Preparação para a safra de verão: dicas e boas práticas

Preparar-se para a safra de verão é um passo crucial para garantir uma colheita produtiva e rentável.  


Esse período, caracterizado por temperaturas elevadas e maior incidência de luz solar, pode ser altamente favorável para o desenvolvimento de diversas culturas, desde que o planejamento de safra seja realizado de maneira adequada. 

A preparação envolve uma série de etapas essenciais, como a escolha das sementes, o preparo do solo, a gestão hídrica e o monitoramento de pragas e doenças. 

Implementar boas práticas agrícolas, como a rotação de culturas, o uso de tecnologias modernas e a adubação correta, pode maximizar os rendimentos e a sustentabilidade da lavoura. 

Este guia oferece dicas e estratégias para ajudar os agricultores a planejar e executar uma safra de verão bem-sucedida, abordando desde o planejamento inicial até a colheita final.

Boa leitura!

O que é Planejamento de Safra?

O planejamento de safra é uma ferramenta essencial para a gestão eficiente da lavoura, sendo fundamental para definir metas e objetivos que aumentem a rentabilidade da fazenda.

Este processo deve ser iniciado durante a organização dos detalhes para uma nova safra, considerando possíveis erros e acertos que visem à sustentabilidade do plantio e ao aumento da renda.

Figura 1. Planejamento de safra agrícola. Créditos: IA | Edga

Melhores práticas para um bom planejamento de safra

Para garantir uma safra bem-sucedida, é crucial adotar um conjunto de práticas e estratégias que considerem desde a escolha das culturas até a utilização de tecnologias avançadas. 

A seguir, detalhamos os principais pontos para um planejamento eficiente:

1. Planejamento de plantio: escolha das culturas e rotação de culturas

Escolha das culturas: A seleção das culturas deve ser baseada em fatores como a demanda do mercado, condições climáticas locais e características do solo. 

É importante analisar o ciclo de crescimento de cada planta e a compatibilidade com o período de cultivo. 

Culturas que se adaptam bem ao clima e ao solo local tendem a ser mais produtivas e resistentes a doenças. 

Além disso, considere a viabilidade econômica, escolhendo culturas que tenham boa aceitação no mercado e preços favoráveis.

Figura 2. Demonstração de soja, milho e algodão para um futuro planejamento de safra. Créditos: IA | Edga

Rotação de culturas: Implementar a rotação de culturas é essencial para manter a saúde do solo e prevenir o esgotamento de nutrientes. A rotação ajuda a reduzir a incidência de pragas e doenças, além de melhorar a estrutura do solo e a biodiversidade. 

Alternar entre diferentes tipos de culturas, como leguminosas e gramíneas, pode melhorar a fertilidade do solo e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. 

A rotação também ajuda a interromper os ciclos de vida de pragas e doenças específicas a uma cultura, diminuindo a necessidade de defensivos agrícolas.

2. Preparação do solo: análise de solo, adubação e correção

Análise de solo: realize uma análise completa do solo para identificar suas características químicas, físicas e biológicas. Essa análise é crucial para determinar a necessidade de correções e adubação.

A análise deve ser feita em diferentes pontos da lavoura para obter uma visão geral da variabilidade do solo. Parâmetros como pH, matéria orgânica, textura, capacidade de retenção de água e níveis de nutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, entre outros) devem ser avaliados.

Adubação e correção: com base na análise de solo, aplique os corretivos necessários para ajustar o pH e os níveis de nutrientes. Utilize adubos orgânicos e inorgânicos de forma equilibrada para suprir as necessidades das culturas. 

A calagem é uma prática comum para corrigir a acidez do solo, enquanto a aplicação de compostos orgânicos ajuda a aumentar a matéria orgânica e a atividade biológica do solo. 

A adubação deve ser feita de acordo com as recomendações técnicas, considerando as fases de desenvolvimento das plantas para otimizar a absorção de nutrientes.

3. Seleção e uso eficiente de insumos

Insumos agrícolas: escolha sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas de alta qualidade e adequados para as condições específicas da sua lavoura. Prefira insumos certificados e de fornecedores confiáveis. 

A qualidade das sementes é um fator determinante para a produtividade. Sementes certificadas garantem maior vigor, uniformidade e resistência a doenças. Os fertilizantes devem ser escolhidos com base nas necessidades nutricionais das culturas, enquanto os defensivos agrícolas devem ser selecionados para controlar pragas e doenças específicas de maneira eficaz e segura.

Uso eficiente: planeje a aplicação dos insumos de forma racional, evitando desperdícios e reduzindo os custos. Utilize técnicas como a adubação de precisão e o manejo integrado de pragas (MIP) para otimizar o uso dos recursos. 

A adubação de precisão envolve a aplicação de fertilizantes na quantidade certa, no local certo e no momento adequado, utilizando tecnologias como GPS e sensores de solo. O MIP combina métodos químicos, biológicos e culturais para controlar pragas de forma sustentável, reduzindo a dependência de defensivos químicos.

4. Monitoramento climático: como usar previsões meteorológicas para otimizar o plantio

Previsões meteorológicas: utilize dados meteorológicos para planejar o plantio e as operações agrícolas. Ferramentas como aplicativos de clima e estações meteorológicas locais podem fornecer previsões precisas e em tempo real. Essas previsões ajudam a tomar decisões informadas sobre o melhor momento para semear, irrigar e aplicar defensivos agrícolas. É importante acompanhar não apenas a previsão do tempo, mas também tendências climáticas de médio e longo prazo, que podem afetar o desenvolvimento das culturas.

Tomada de decisões: ajuste as datas de plantio e as práticas de manejo com base nas previsões de chuva, temperatura e umidade. Um bom monitoramento climático ajuda a minimizar os riscos e maximizar a produtividade. 

Por exemplo, antecipar ou atrasar o plantio em resposta a uma previsão de seca ou chuvas intensas pode proteger as sementes e melhorar a germinação. Além disso, o monitoramento climático contínuo permite ajustar a irrigação e a aplicação de insumos ao longo da safra, otimizando o uso dos recursos e evitando desperdícios.

5. Ferramentas e tecnologias para a gestão eficiente da safra

Tecnologias digitais: adote tecnologias como software de gestão agrícola, sensores de solo e drones para monitoramento e análise da lavoura. Essas ferramentas auxiliam na coleta de dados precisos e na tomada de decisões informadas. 

Softwares de gestão agrícola permitem o registro e análise de dados de campo, facilitando o planejamento e o controle das operações agrícolas. 

Sensores de solo fornecem informações em tempo real sobre a umidade e a temperatura do solo, enquanto drones capturam imagens aéreas detalhadas para monitorar o crescimento das plantas e detectar problemas precocemente.

Automação e IoT: utilize sistemas de irrigação automatizados e dispositivos IoT (Internet das Coisas) para otimizar o uso de água e insumos, garantindo eficiência e sustentabilidade. 

Sistemas de irrigação automatizados, como a irrigação por gotejamento controlada por sensores de umidade, permitem aplicar a quantidade exata de água necessária, evitando o desperdício e melhorando a eficiência hídrica. 

Dispositivos IoT, como sensores de clima e estações meteorológicas conectadas, fornecem dados em tempo real que podem ser usados para ajustar as práticas de manejo e melhorar a precisão das operações agrícolas.

6. Planejamento de safra por estação

Estacionalidade: planeje as atividades agrícolas considerando as características de cada estação do ano. Cada estação oferece condições específicas que podem ser aproveitadas para diferentes culturas e práticas de manejo. 

O planejamento estacional envolve a adaptação das operações agrícolas às variações climáticas sazonais, como a temperatura, a precipitação e a duração do dia.

Por exemplo, culturas de estação fria, como trigo e cevada, são mais adequadas para o outono e inverno, enquanto culturas de estação quente, como milho e soja, prosperam na primavera e verão.

Calendário agrícola: desenvolva um calendário agrícola detalhado, mapeando todas as atividades desde o preparo do solo até a colheita. Este calendário deve ser ajustado conforme as condições climáticas e as necessidades da lavoura. 

Um calendário agrícola bem planejado permite coordenar todas as operações agrícolas, garantindo que cada atividade seja realizada no momento ideal. Isso inclui o preparo do solo, a semeadura, a irrigação, a adubação, o controle de pragas e doenças, e a colheita.

Ajustes podem ser feitos ao longo da safra com base no monitoramento contínuo das condições climáticas e do desenvolvimento das culturas.

Integração com planejamento financeiro e de estoque

O planejamento de safra deve estar alinhado ao planejamento financeiro e de estoque, sempre partindo dos custos de produção. 

A análise financeira contínua e o controle de estoque são fundamentais para evitar gastos desnecessários e otimizar os recursos disponíveis. 

Um bom planejamento financeiro envolve a elaboração de orçamentos detalhados, que consideram todos os custos operacionais, desde a compra de insumos até a colheita e a comercialização. 

O controle de estoque, por sua vez, garante que todos os insumos necessários estejam disponíveis no momento certo, evitando atrasos e interrupções nas operações agrícolas.

Ferramentas de Gestão: Aegro

Para otimizar o planejamento de safra, considere o uso de ferramentas digitais como o Aegro. Este aplicativo centraliza todas as informações da safra, unindo áreas operacionais e financeiras da fazenda. Entre as principais funcionalidades estão:

  • Planejamento, controle e registro de atividades no campo;
  • Mapeamento e medição de áreas dos talhões;
  • Registro de observações com geolocalização e fotos;
  • Controle de abastecimentos e manutenções de máquinas;
  • Monitoramento de pragas e doenças;
  • Administração do fluxo de caixa;
  • Gestão do estoque da fazenda.

O Aegro facilita a gestão integrada da fazenda, permitindo que o produtor acompanhe cada etapa da safra, desde a semeadura até a comercialização. 

Pelo computador ou celular, o produtor e sua equipe podem trabalhar de forma mais integrada, melhorando a eficiência operacional e a tomada de decisões. 

No final do ciclo produtivo, o Aegro oferece uma análise detalhada sobre os custos de produção e a rentabilidade de cada talhão, permitindo entender o que deu certo ou errado no plantio e otimizar os processos da lavoura.

Agende sua demonstração aqui

Conclusão

O planejamento de safra é essencial para o sucesso e sustentabilidade da produção agrícola. Envolve desde a escolha das culturas e preparação do solo até o uso eficiente de insumos e tecnologias avançadas. Estratégias como a rotação de culturas e o manejo integrado de pragas são fundamentais. 

A utilização de ferramentas digitais, como o Aegro, centraliza informações e otimiza o controle operacional e financeiro.

Alinhar o planejamento de safra ao planejamento financeiro e ao controle de estoque garante eficiência e controle de custos. A integração de práticas sustentáveis também é crucial para a longevidade e produtividade da lavoura. 

Com um planejamento bem elaborado e o uso de tecnologias adequadas, produtores podem enfrentar os desafios do campo com mais confiança e obter melhores resultados. 

Se tiver dúvidas ou quiser compartilhar suas experiências, deixe um comentário abaixo!

Como as alterações climáticas podem alterar o curso da agricultura

Como os padrões climáticos mais extremos têm influenciado as atividades agrícolas e a produtividade. A agricultura é o culpada ou vítima?

As alterações de padrões climáticos têm sido um dos temas mais recorrentes quando se fala sobre os riscos futuros que podem influenciar a humanidade. Algumas alterações têm sido observadas gradualmente ao longo dos anos, como aumentos de temperatura, e outras têm sido mais extremas e pontuais, como ondas de calor, chuvas acumuladas ou secas duradouras.

A agricultura, por ser uma “fábrica a céu aberto” recebe diretamente os impactos das alterações nos padrões climáticos. Os diferentes tipos de lavouras têm diferentes requerimentos quanto a padrões ambientais para potencializar sua produtividade. Dessa forma, condições não-ideais de parâmetros como temperatura, pluviosidade, insolação, umidade relativa, podem causar grandes perdas agrícolas.

Hoje em dia há uma tendência do uso de técnicas de agricultura regenerativa que possam evitar impactos maiores ao ambiente e também auxiliar na resiliência das culturas agrícolas frente a padrões climáticos cada vez menos previsível.

Nesse artigo trataremos das principais influências do clima na atividade agrícola brasileira, as ações potencialmente danosas ao meio-ambiente, técnicas de recuperação visando maior sustentabilidade e a importância de se aumentar a resiliência agrícola.  

Quais os fatores climáticos mais limitantes?

Chamamos a influência negativa de fatores do ambiente em uma lavoura de estresse abiótico. Cada região tem fatores abióticos específicos que limita a produção vegetal. Os fatores que do clima que mais influenciam a agricultura, são:

  • Água: a água é fator primordial para o crescimento de plantas por estar envolvido em processos metabólicos e atuar como carreador de nutrientes e fotoassimilados, além de muitas outras funções. Há uma faixa ideal de água no sistema solo-planta atmosfera que propicia melhor desenvolvimento de plantas. O excesso, em caso de inundação do solo, ou falta, no caso de secas, causa danos severos à produção agrícola; 
  • Temperatura: cada tipo de planta tem uma faixa ideal de temperatura em que se desenvolve melhor. A temperatura é importante para modular relações químicas e também na evapotranspiração, importante para o ciclo da água. Temperaturas muito altas tendem a comprometer o crescimento vegetal, enquanto temperaturas muito baixas podem causar queimas e danos permanentes a lavouras inteiras;
  • Radiação: a radiação é a base da fotossíntese e sem ela é impossível o crescimento de plantas. Temos pouco controle sobre a radiação em campos abertos, porém é importante saber que excessos de radiação podem danificar o aparelho fotossintético da planta. Da mesma forma, grandes períodos nublados podem diminuir a capacidade de produção;
  • Umidade do ar: a umidade do ar é importante principalmente para o controle da transpiração das plantas. Os estômatos das folhas são as portas para saída de água da planta e entrada de gás carbônico para a fotossíntese. A abertura e fechamento de estômatos depende da umidade do ar, sendo que baixas umidades podem causar fechamento estomático por longos períodos;
  • Vento: o vento pode ser danoso de duas formas para plantas, ou pela derrubada ou arranquio de plantas, ou por aumentar grandemente a transpiração, causando uma perda excessiva de água;
  • Condições de solo: existem condições de solo que podem também serem dependentes do clima e do manejo da lavoura. A salinidade é uma delas e pode levar a uma limitação no crescimento de plantas e absorção de nutrientes, causando estresses na planta.

Como o clima influencia a agricultura?

Esses fatores citados acima podem influenciar grandemente as várias fases da produção agrícola e processos metabólicos:

  • Reações enzimáticas e metabolismo: condições não ideais do clima alteram a eficiência de reações enzimáticas que controlam o metabolismo vegetal. Além disso, aumentam os gastos de manutenção da planta, diminuindo sua capacidade produtiva; 
  • Trocas gasosas e fotossíntese: o principal processo de ganha de massa das plantas é a fotossíntese. Para que ela acontece a planta precisa ter a troca gasosa com a ambiente através do estômato, em que vapor de água é liberado e ar atmosférico é absorvido. Condições de baixa radiação, seca e altas temperaturas limitam essas trocas e diminuem o acúmulo de biomassa;
  • Crescimento e desenvolvimento: a estado hídrico das células permite seu crescimento e divisão, fazendo com a planta tenho potencial de crescimento. Além disso, a mudança entre seus estágios de crescimento pode responder ao ambiente. Condições limitantes podem encurtar ou alongar o ciclo de culturas, alterando seus padrões produtivos; 
  • Florescimento: o processo de indução floral e de fecundação dependem grandemente da temperatura e da umidade. Eventos climáticos mais extremos podem limitar esses processos e reduzir a produção de frutos ou grãos;
  • Enchimento de grãos/frutos: a etapa de transferência de biomassa para os grãos ou frutos depende grandemente da água e da fotossíntese. Condições de seca ou altas temperaturas nesse estágio tende a diminuir a produtividade e qualidade da produção;
  • Insetos e pragas: a mudança em características climáticas pode favorecer maiores infestações de pragas ou pressão de doenças, dificultando a produção agrícola.

Preocupado com o impacto das alterações climáticas na sua produção agrícola? Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a mitigar esses efeitos e aumentar a resiliência da sua propriedade. Não perca tempo, comece a adaptar sua produção às novas condições climáticas e garanta colheitas mais seguras agora mesmo!

Técnicas de agricultura sustentável e resiliente

Algumas técnicas já são usadas a mais tempo, mas outras têm surgido atualmente para contribuir com uma produção agrícola mais sustentável e resiliente. Abaixo citamos algumas delas:

  • Plantio direto e outras técnicas de cultivo mínimo;
  • Acúmulo de crédito de carbono e uso de técnicas de baixa emissão de carbono;
  • Sanidade e estruturação do solo;
  • Uso racional de produtos químicos e uso combinado de produtos biológicos;
  • Uso de água de maneira eficiente e com possibilidades de reciclagem;
  • Agricultura regenerativa e aumento da biodiversidade;
  • Uso de recursos genéticos para resiliência a fatores ambientais;
  • Rotação de culturas e consórcios como ILPF;
  • Emprego de ferramentas para monitoramento do clima e zoneamento agroclimático;
  • Uso de técnicas de agricultura de precisão;
  • Emprego de tecnologias modernas e métodos digitais para a gestão e manejo da propriedade.

Agro é vilão ou vítima?

Quando se fala em alterações climáticas, há sempre a discussão sobre o papel de vilão do agronegócio nas alterações dos padrões climáticos. Nesse quesito, não há uma resposta definitiva.

É compreensível que a alteração para monocultivos em áreas com maior biodiversidade e cobertura vegetal podem influenciar os ciclos hídricos e de temperatura locais. Porém, há uma série de outros fatores que influenciam o micro e macroclima do planeta como um todo.

A emissão de gases poluentes, o uso indiscriminado de produtos não-recicláveis, a expansão das cidades, a queima de combustível, por exemplo, tem potencial altamente impactante nas questões climáticas.

De outro lado, a atividade agrícola contribui para a assimilação de carbono da atmosfera e pode servir para recuperação de áreas degradadas. Mas, também é bastante claro que o potencial de impacto positivo ao meio ambiente pode ser atingido por meio de técnicas mais sustentáveis como as mencionadas acima.

Considerações finais

Os padrões climáticos extremos como veranicos, ondas de calor, chuvas e ventos fortes, tem sido cada vez mais comuns ao redor do mundo. Isso impacta grandemente a agricultura, diminuindo a produtividade e até mesmo tornando a atividade impraticável em alguns locais.

Há uma necessidade urgente do uso de técnicas de agricultura sustentável e de maior resiliência aos fatores climáticos, propiciando maior segurança ao produtor e, ao mesmo tempo, contribuindo para a atenuação dos padrões extremos.

Ao mesmo tempo, o produtor tem o desafio de produzir alimentos, fibras e biomassa através de métodos cada vez mais sustentáveis, com menor uso de recursos e sem agredir o meio ambiente.

Porém, além de um desafio, essa pode ser uma grande oportunidade para o agronegócio mostrar sua capacidade de superação e como a agricultura brasileira pode ser a base para um uso da terra sustentável e rentável.

Como restituir seguro da colheita perdida em desastres ambientais?

O seguro de colheita pode ser o melhor aliado para reduzir o impacto dos desastres naturais na sua fazenda

As atividades humanas estão alterando a atmosfera e causando mudanças climáticas no planeta. Essas mudanças podem, em um futuro próximo, provocar modificações no cenário agrícola brasileiro.

A agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, por isso a mudança no clima pode afetar a produção agrícola de várias formas: mudança na severidade de eventos extremos, no número de ondas de calor, modificação na ocorrência e na severidade de pragas e doenças.

Nos últimos anos, o Brasil tem sofrido intensamente com eventos climáticos extremos representados por fortes chuvas que deixam um rastro de destruição em diversos pontos do país, como no Rio Grande do Sul, em abril de 2024. 

O seguro da colheita pode ser o melhor aliado do agricultor para que ele não perca sua safra por conta de eventos climáticos e de outros perigos, garantindo a continuidade e o desenvolvimento sustentável da produção.

O que é o seguro de colheita

O seguro da colheita protege contra prejuízos financeiros devido a adversidades climáticas. Ele garante segurança financeira para o produtor rural, mantendo a estabilidade mesmo diante de eventos climáticos inesperados.

A contratação é flexível e adaptável às necessidades de cada produtor. Planos personalizados levam em conta o tipo de cultura, área cultivada e riscos regionais. Isso torna o seguro efetivamente útil para cada agricultor.

Para quem é o seguro de colheita

O seguro de colheita atende diretamente os agricultores, produtores rurais e fazendeiros, independentemente do porte – pequeno, médio ou grande. Ele é ideal para quem tem como principal atividade a plantação e busca segurança contra imprevistos climáticos.

Adicionalmente, este seguro é adaptável a diferentes culturas e regiões. Isso significa que existe uma cobertura adequada para cada tipo de cultivo ou localização da fazenda. Ou seja, ele é projetado para atender às necessidades específicas de cada produtor, garantindo que a cobertura seja a mais eficiente possível.

Quais as coberturas do seguro de colheita

O seguro proporciona uma ampla variedade de coberturas, essenciais para proteger os agricultores contra as adversidades climáticas.

  • Incêndio e raio;
  • Tromba d’água;
  • Ventos fortes e ventos frios;
  • Geada;
  • Granizo;
  • Seca;
  • Chuvas excessivas.

Além de garantir a proteção contra adversidades climáticas, é essencial investir na preparação do maquinário para a colheita, um passo fundamental para otimizar a eficiência e reduzir perdas. Saiba mais no artigo sobre a preparação do maquinário para a colheita.

O que o seguro não cobre

O seguro de colheita oferece uma ampla proteção, mas há situações que não estão cobertas, como:

  • Danos intencionais;
  • Má gestão agrícola;
  • Doenças e pragas;
  • Poluição e contaminação;
  • Conflitos e atos de guerra.

Como acionar o seguro em caso de sinistro

Ao enfrentar um sinistro coberto pelo seguro de colheita é crucial agir de forma rápida e organizada para assegurar a compensação adequada.

Seguir corretamente o processo faclita o processo de indenização, além de garantir que você receba o suporte necessário para recuperar-se das perdas.

  • Notificação imediata do sinistro: assim que identificar um sinistro, o primeiro passo é notificar a seguradora;
  • Documentação do sinistro: proceda com a coleta de todas as evidências relacionadas ao sinistro.;
  • Avaliação da seguradora: a seguradora, por sua vez, irá designar um perito ou uma equipe para avaliar os danos no local;
  • Processamento da indenização: com base na avaliação dos danos e na apólice contratada, a seguradora determina o valor da indenização;
  • Recebimento da indenização: uma vez aprovada, a indenização será processada conforme os termos da apólice;
  • Reinício das atividades: com a indenização recebida, você poderá dar início às atividades de recuperação e planejamento para a próxima safra.

Conclusão

A contratação de um seguro de colheita é uma salvaguarda para os agricultores contra os desastres ambientais, como visto no Rio Grande do Sul em 2024.

Esse tipo de seguro oferece uma certa tranquilidade para que os agricultores possam planejar suas safras, investir em inovação e tecnologia e trabalhar para aumentar a produtividade, sem o temor constante de perdas devastadoras.

Perspectivas para a safra do arroz após as chuvas no RS

O desastre climático no Rio Grande do Sul impactou a produção de grãos nas áreas alagadas. De acordo com a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), estima-se um prejuízo de R$435 milhões para os produtores do estado.

Uma das produções afetadas, é a de arroz. A preocupação inicial é com o preço do grão, visto que o Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional e, além disso, o arroz é um dos itens mais importantes na cesta básica brasileira.

Dessa forma, a disparada no preço do produto pode impactar as famílias brasileiras. Portanto, estima-se que a enchente terá consequências econômicas não só no estado, mas no Brasil todo. 

O mercado de arroz no Brasil

Por ano, o Brasil produz mais de 10 milhões de toneladas de arroz, quantidade necessária para atender o mercado doméstico. O Rio Grande do Sul é responsável por mais de 70% do total produzido.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a colheita do cereal já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores e pode ser ainda mais prejudicada com as chuvas.

Contudo, a maior parte do arroz produzido no país é cultivado em um sistema de irrigação por inundação, onde a produção fica sob uma lâmina de água. Essa característica torna a cultura mais resistente às enchentes.

Perdas na produção de arroz

Até o dia 25 de abril, 78,76% da área total semeada no Rio Grande do Sul já haviam sido colhidos nesta safra de 2023/2024.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) argumenta que as chuvas que atingiram o estado impactarão a produção agrícola, mas ainda seria precipitado fazer qualquer previsão de quantitativo e como isso influenciará o abastecimento e os preços dos alimentos.

Além disso, no relatório “Desastre Climático no Rio Grande do Sul: Uma avaliação preliminar dos impactos econômicos” divulgado pelo Bradesco, indica que 7,5% da produção de arroz no Brasil pode estar comprometida.

Ainda segundo o relatório, essa estimativa pode ser conservadora, uma vez que, não é possível saber o comprometimento da parcela já colhida em fase de beneficiamento.

Impactos na importação de arroz

Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), o Brasil já importa uma pequena quantidade de arroz de outros países, como o Paraguai. 

O Ipead acredita que o anúncio de importação de arroz pelo presidente Lula tenha sido de forma preventiva, caso haja algum tipo de especulação do preço do arroz ou uma impossibilidade mais prolongada de comercialização por conta dos problemas logísticos.

Por outro lado, a Conab informou que vai comprar 200 mil toneladas de arroz já industrializado e empacotado no mercado internacional, de países como Argentina, Uruguai e Paraguai. 

Essa medida seria para evitar uma possível escalada no preço do arroz e aumentar a inflação de alimentos.

Impactos no preço do arroz

Espera-se um aumento nos preços do arroz, mas de modo temporário. Ainda de acordo com o relatório do Bradesco, espera-se que o desastre climático impactaria o IPCA nacional na ordem de 0,06 pontos percentuais (p.p.), que deve ser revertido nos meses seguintes.

Contudo, a ampliação na importação de arroz poderia evitar uma alta imediata no preço do arroz.

Conclusão

O desastre climático no Rio Grande do Sul impactará a produção agrícola no país, reduzindo a produção de grãos importantes da cesta básica brasileira.

Grande parte da produção de arroz já havia sido colhida, entretanto, é cedo para dizer a proporção da perda. Além disso, se as perdas na produção forem confirmadas, poderá ter um aumento no preço do item.

Preocupado com os impactos das enchentes no preço e na produção do arroz no Rio Grande do Sul? Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a gerenciar esses desafios e otimizar sua produção. Não perca tempo, comece a proteger sua colheita e garantir a sustentabilidade do seu negócio agora mesmo!

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O que acontece se você fez venda futura e perdeu a safra nas enchentes?

O desastre climático que atingiu o Rio Grande do Sul não poupou a produção agrícola do estado. As inundações devem trazer redução na produção de diversos produtos agrícolas do estado e, consequentemente, do Brasil.

Com a perda de parte da produção pelos produtores, aumentaram as incertezas com relação ao pagamento da safra, que, em alguns casos, era financiada pelos fornecedores de insumos, chamada de operação de Barter.

O que é a operação de Barter

A operação de Barter é um tipo de financiamento realizado entre agricultores e empresas de insumos agrícolas. A tradução para o português é “troca”, visto que a operação se dá pela troca de produtos da empresa por parte da safra.

Barter pode ser definido como uma operação gerenciadora de risco de mercado, que possibilita a venda de insumos a longo prazo tendo como pagamento parte da produção agrícola.

Com essa operação é possível reduzir o custo de insumos e fixar o preço de venda da produção.

Como funciona a operação de Barter

Os integrantes da operação – produtor, indústria ou revendedora de insumos e/ou uma trading – tem seus objetivos com o Barter:

  • Produtor: precisa de insumos para produzir e, muitas vezes, precisa de prazo para pagar seus custos;
  • Indústria ou revendedora: tem o interesse em vender seus produtos. Além disso, pode ter outros objetivos, como aumentar sua participação no mercado;
  • Trading: deseja obter lucros e garantia do recebimento, intermediando tanto o mercado interno quanto o mercado externo, pois é uma empresa que opera na compra e venda de ações e/ou produção de curto prazo.

O produtor que deseja obter esse financiamento, deve passar por uma análise de crédito para saber se está apto ou não para o barter. Afinal, é uma operação que envolve riscos para todos os agentes.

Para essa negociação utiliza-se a Cédula de Produto Rural (CPR), que é um contrato com registro legal. Essa cédula foi instituída pela Lei nº 8.929/1994, atualizada mais recentemente pela Lei nº 14.421/2022.

Por isso, certifique-se que a operação de Barter que será feita está de acordo com suas necessidades e atende seus interesses.

Quais as vantagens da operação de Barter para o produtor

Como existem várias modalidades de Barter, o produtor rural pode ter diferentes vantagens como:

  • Compra de insumos sem a necessidade de dinheiro disponível ou quando não há crédito suficiente para o custeio;
  • Garantia de venda de parte ou totalidade da produção por preço que cubra custo e remunere a atividade – e, com isso, proteção contra oscilações de preço;
  • Preços de insumos mais atrativos, conforme o pacote promocional;
  • Fôlego no fluxo de caixa;
  • Menos preocupação com o armazenamento da safra no pós-colheita;
  • Dependendo da modalidade, o Barter pode ser estabelecido antes e após a semeadura da safra ou até mesmo para safras futuras;
  • Economia de tempo na compra de insumos.

Dicas ao produtor rural que tem operação de Barter

A operação de Barter é uma opção muito atrativa para viabilizar o cultivo da safra. Para garantir a quitação do financiamento em tempo hábil, é importante que o produtor siga algumas dicas:

  • Não crie expectativas de aumento do valor de venda do grão. Realize a venda em partes, assim você consegue aproveitar as boas fases do mercado, obtendo o valor médio da commodity e evitando prejuízos.
  • Se perceber que não irá conseguir cumprir o pagamento na data prevista, converse e renegocie, assim você pode evitar o pagamento de juros por atraso.
  • Em caso de endividamento, não postergue o pagamento da dívida por muito tempo, isso aumentará ainda mais os juros. Se possível, realize a venda de um maquinário, equipamento ou porção da propriedade e quite a dívida o quanto antes.

Conclusão

A operação de Barter pode ser uma boa estratégia ao produtor para gerenciar os riscos de mercado, visto que, envolve a possibilidade de compra de insumos a longo prazo com o pagamento sendo o próprio produto agrícola.

Se você, produtor, tem operação de Barter e, por ventura, teve perda de produção por conta dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, é importante entender como essas perdas podem impactar a agricultura no Brasil. Saiba mais no artigo sobre as perdas agrícolas no RS. Entre em contato com o credor e renegocie o pagamento.

Perdeu a colheita que já havia sido vendida por venda futura? Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a gerenciar a recuperação e cumprir seus compromissos. Não perca tempo, comece a proteger sua produção e garantir a continuidade dos seus negócios agora mesmo!

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Como restituir o seguro do maquinário perdido em desastres ambientais?

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Para proteger seus investimentos no agronegócio, invista em um seguro para máquinas agrícolas

O seguro de maquinário é uma ferramenta indispensável hoje para os agricultores e/ou proprietários de máquinas agrícolas. Diante de imprevistos e desafios enfrentados, como o desastre natural que atingiu o Rio Grande do Sul em maio de 2024, é fundamental ter a segurança de que os equipamentos utilizados nas atividades estão protegidos.

Os equipamentos agrícolas são bens essenciais e estão diretamente relacionados à eficiência das propriedades rurais. Dessa forma, nada melhor que proteger esse patrimônio também.

O que é o seguro de maquinário

O seguro de máquinas agrícolas engloba desde tratores robustos até colheitadeiras de alta tecnologia. Esses equipamentos representam investimentos significativos cuja funcionalidade é fundamental para o sucesso das operações agrícolas.

Este seguro é um salvaguarda contra uma série de riscos, como danos causados por acidentes ou fenômenos naturais (tempestades e inundações). Com o seguro, é possível cobrir reparo/substituição de equipamentos danificados.

Além disso, é possível personalizar o seguro de maquinário agrícola para incluir coberturas adicionais, como responsabilidade civil e perda de renda, garantindo que o agricultor esteja preparado para enfrentar não apenas danos físicos, mas também as consequências financeiras dos eventos.

Portanto, investir em um seguro de maquinário é uma decisão estratégica para qualquer negócio do campo. Além de proteger contra perdas significativas, ele também garante a continuidade das operações.  

Quem pode contratar o seguro de máquinas agrícolas

O seguro de maquinário agrícola pode ser contratado por:

  • Agricultores;
  • Proprietários de máquinas agrícolas;
  • Gestores de fazendas.

Como funciona o seguro de maquinário

O seguro funciona como uma proteção financeira contra perdas ou danos às máquinas e equipamentos utilizados na agricultura, mas também pode englobar coberturas adicionais.

Se tratores de uma propriedade agrícola forem furtados, por exemplo, se o proprietário desses tratores tiver o seguro de máquinas agrícolas, basta que ele acione e siga todo o processo de sinistro conforme consta na apólice. Isso alivia a perda financeira que ele teria de arcar caso não possuísse a proteção.

Quais bens estão cobertos no seguro

O seguro de máquinas agrícolas cobre uma gama de equipamentos utilizados na agricultura, tais como tratores, colheitadeiras, plantadeiras, pulverizadores, bem como outros maquinários essenciais para o plantio, cultivo e colheita.

Além disso, o seguro pode cobrir acessórios e implementos agrícolas acoplados ou utilizados em conjunto com as máquinas principais.

As coberturas específicas e os bens cobertos pelo seguro podem variar conforme a seguradora e o plano contratado, sendo importante verificar os detalhes da apólice para entender completamente o escopo da proteção eferecida.

Por que fazer o seguro de máquinas agrícolas

Fazer o seguro de máquinas agrícolas é uma decisão estratégica e prudente para qualquer profissional do setor agrícola.

Primeiramente, o seguro garante proteção financeira contra imprevistos e acidentes que podem causar danos significativos às máquinas e equipamentos, que são, sem dúvida, os pilares da produtividade no campo.

Além disso, ao assegurar a rápida recuperação ou substituição de equipamentos danificados, o seguro ajuda a minimizar o tempo de inatividade, mantendo a operação agrícola em pleno funcionamento.

Diante dos desafios climáticos e dos riscos inerentes às atividades agrícolas, contrar com um seguro específico para máquinas agrícolas proporciona uma camada extra de segurança e tranquilidade para o agricultor.

Quais as coberturas do seguro de máquinas agrícolas

O seguro de maquinário oferece uma ampla gama de coberturas para proteger os equipamentos essenciais utilizados no agronegócio. Essas coberturas são projetadas para minimizar as perdas financeiras e operacionais em caso de eventos inesperados.

  • Incêndio, queda de raio, explosão e danos de causa externa;
  • Perda de aluguel;
  • Pagamento de aluguel a terceiros;
  • Operação de equipamentos em proximidade de água;
  • Danos elétricos;
  • Roubo e/ou furto;
  • Acidentes para viagens de entrega;
  • Responsabilidade civil (para equipamentos móveis);
  • Acidentes pessoais do operador;
  • Quebra de vidros;
  • Colisão, capotamento e tombamento;
  • Despesas de salvamento;
  • Lucros cessantes.

Quais os riscos excluídos do seguro

Algumas situações e alguns eventos não são cobertos pela apólice de seguro de maquinário. Isso se dá pela natureza previsível do dando, alto risco envolvido ou por serem considerados como responsabilidade do segurado.

  • Desgaste natural;
  • Falha de manutenção;
  • Ação intencional;
  • Operação inadequada;
  • Desastres naturais específicos;
  • Guerra e conflitos;
  • Contaminação e poluição;
  • Fraude.

Dessa forma, é crucial revisar cuidadosamente a apólice de seguro para compreender completamente quais riscos estão excluídos e considerar a contratação de coberturas adicionais, se necessário, para garantir a proteção de suas máquinas agrícolas.

Conclusão

A contratação de um seguro para maquinário é crucial na gestão de riscos no setor agrícola. Ele proporciona segurança financeira, garantindo que operações agrícolas possam continuar sem interrupções significativas, mesmo diante de imprevistos como danos físicos, roubos e desastres naturais.

O seguro não é só uma medida de precaução, mas também, é um investimento estratégico na proteção e no futuro do seu negócio. Diante dos desafios e incertezas inerentes à agricultura, assegurar-se contra potenciais perdas é um passo prudente que todos no agronegócio devem considerar.

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Como fica a terra após uma enchente?

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Após uma enchente, o solo pode sofrer compactação, perda de nutrientes, contaminação e alteração na estrutura do solo. Para recuperar a terra, é essencial descompactar o solo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem. 


Os temporais que assolaram o Rio Grande do Sul por mais de 10 dias afetaram 425 das 497 cidades do estado, resultando em 107 mortes, 136 desaparecidos e forçando 232,1 mil pessoas a deixarem suas casas, impactando cerca de 1,476 milhão de pessoas, segundo a Defesa Civil. 

As enchentes recorrentes causam destruição em lavouras e infraestruturas agrícolas, além de perdas econômicas e deslocamento de comunidades rurais, evidenciando a necessidade de estratégias de resiliência e adaptação para enfrentar os desafios climáticos e de gestão de recursos hídricos na região. 

Estas inundações podem causar danos significativos às comunidades, infraestruturas e terras agrícolas. Após uma enchente, o solo sofre diversas alterações físicas, químicas e biológicas, que podem afetar a sua fertilidade e capacidade de sustentação da vegetação.

Quando as águas das enchentes recuam, a terra pode ficar compactada, com camadas de sedimentos depositados na superfície. 

Além disso, a saturação prolongada de água pode levar à perda de nutrientes, à contaminação por poluentes transportados pelas águas e à erosão do solo. Recuperar a terra após uma enchente é um desafio que envolve várias etapas, desde a remoção de detritos e sedimentos até a reestruturação do solo para restaurar sua capacidade produtiva.

Para revitalizar a terra afetada por enchentes, é fundamental adotar práticas de recuperação que incluam a descompactação do solo, a reposição de nutrientes e a implementação de sistemas de drenagem eficazes. 

A recuperação das terras após uma enchente exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada que considere tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas. Com as práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos das enchentes.

Boa leitura!

Erosão hídrica dos solos 

A erosão hídrica é um processo natural intensificado pela ação das águas superficiais que resulta na remoção e transporte de partículas do solo. Quando associado a alagamentos, este fenômeno pode causar danos significativos ao ambiente, à infraestrutura e à agricultura. Entender os mecanismos e impactos da erosão hídrica durante eventos de alagamento é crucial para desenvolver estratégias de mitigação e recuperação.

Figura 1. Enchente em área agrícola do Arroio do Meio – RS, Fotos: Fábio Fuhr (2024).

Mecanismos da erosão hídrica durante alagamentos

Os alagamentos, caracterizados pelo excesso de água em áreas normalmente secas, amplificam a erosão hídrica através de vários mecanismos:

  • Desagregação do solo: a força das águas em movimento desagrega as partículas do solo, facilitando seu transporte. A saturação do solo durante um alagamento reduz sua coesão, tornando-o mais suscetível à erosão;
  • Fluxo de superfície: a água em excesso não consegue infiltrar-se no solo completamente, resultando em fluxos superficiais intensos. Esses fluxos aumentam a capacidade erosiva, principalmente em áreas com pouca cobertura vegetal;
  • Sedimentação e deposição: as águas de alagamento transportam sedimentos para áreas mais baixas, depositando material erodido em novas localidades. Este processo altera o perfil do solo e a topografia local, impactando negativamente a fertilidade do solo e a capacidade agrícola.

Figura 2. Deposição de material físico em área agrícola RS após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).

Impactos da erosão hídrica

A erosão hídrica causada por alagamentos traz uma série de consequências adversas:

  • Perda de solo fértil: a camada superficial do solo, rica em nutrientes, é frequentemente a mais afetada pela erosão. Sua perda compromete a produtividade agrícola e a capacidade de suporte à vegetação nativa;
  • Danos à infraestrutura: estradas, pontes, sistemas de drenagem e edificações podem ser seriamente danificados. A erosão sob fundações e estradas pode causar colapsos e deslizamentos;
  • Sedimentação de corpos hídricos: sedimentos transportados pela água podem assorear rios, lagos e reservatórios, reduzindo a capacidade de armazenamento de água e afetando a qualidade da água;
  • Deslocamento de comunidades: em áreas rurais, a erosão pode forçar o deslocamento de comunidades devido à perda de terras cultiváveis e à destruição de infraestruturas essenciais.

Estratégias de mitigação e recuperação

Para lidar com a erosão hídrica ocasionada por alagamentos, várias estratégias podem ser implementadas:

  • Controle da vegetação: plantar espécies vegetais de cobertura, que protegem o solo e aumentam a infiltração de água, reduzindo o fluxo superficial;
  • Construção de barreiras: instalação de terraços, muros de contenção e bacias de retenção para controlar o fluxo de água e reduzir sua velocidade, minimizando a erosão;
  • Melhorias na gestão de recursos hídricos: implementação de sistemas de drenagem eficientes para controlar o excesso de água e prevenir a saturação do solo;
  • Recuperação do solo: técnicas de recuperação do solo, como a adição de matéria orgânica e corretivos, para restaurar a estrutura e fertilidade do solo erodido;
  • Planejamento do uso da terra: avaliação e planejamento do uso da terra com base em mapas de risco de erosão e alagamento, para evitar construções e atividades agrícolas em áreas vulneráveis.

Figura 3. Benefícios fornecidos pela utilização de plantas de cobertura. Créditos: Bruna Emanuele Schiebelbein | ESALQ

O uso de plantas pioneiras, que são espécies capazes de se estabelecer em solos degradados e melhorar sua qualidade, é uma estratégia recomendada. Entre as culturas apropriadas para plantar após uma enchente estão leguminosas, que fixam nitrogênio no solo, gramíneas resistentes e plantas de cobertura, que ajudam a proteger o solo da erosão e melhoram a estrutura do solo.

Alterações no solo devido às enchentes

Alterações químicas

  1. Redução do oxigênio: a saturação do solo com água reduz a disponibilidade de oxigênio, criando condições anaeróbicas. Este ambiente favorece processos de redução, como a desnitrificação, onde nitratos (NO₃⁻) são convertidos em gás nitrogênio (N₂) e outros gases, levando à perda de nutrientes essenciais.
  2. Alterações no pH: as condições anaeróbicas podem levar à produção de ácidos orgânicos e outros compostos que alteram o pH do solo. A acidificação pode ocorrer devido à produção de ácidos graxos voláteis e ácido sulfúrico em solos com sulfetos.
  3. Mobilização de nutrientes: a saturação pode solubilizar certos nutrientes e metais pesados, aumentando sua disponibilidade e potencial toxicidade para plantas. Por exemplo, o ferro (Fe) e o manganês (Mn) podem se mobilizar em condições redutoras.

Alterações físicas

  1. Compactação do solo: o peso da água sobre o solo saturado pode causar compactação, diminuindo a porosidade e a capacidade de infiltração do solo. Isto resulta em uma menor capacidade de retenção de água e ar, dificultando o crescimento das raízes das plantas.
  2. Estrutura do solo: a estrutura do solo pode ser destruída devido à ação das forças erosivas da água. A agregação do solo é prejudicada, resultando em uma menor estabilidade estrutural e maior susceptibilidade à erosão.
  3. Sedimentação: a deposição de sedimentos transportados pela água altera a textura e a composição superficial do solo, frequentemente enriquecendo-o com partículas finas como silte e argila, que podem reduzir a permeabilidade e alterar a capacidade de retenção de água.
Campo de terra

Descrição gerada automaticamente
Caminhão na terra

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Figura 4. Área de produção de grãos após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).

Alterações biológicas

  1. Mudança na atividade microbiana: as condições anaeróbicas alteram a composição e atividade da comunidade microbiana. Bactérias anaeróbicas, como aquelas responsáveis pela metanogênese e redução de sulfato, tornam-se dominantes, enquanto organismos aeróbicos diminuem significativamente.
  2. Decomposição da matéria orgânica: em ambientes anaeróbicos, a decomposição da matéria orgânica é mais lenta e pode produzir compostos tóxicos, como metano (CH₄) e sulfeto de hidrogênio (H₂S), que são prejudiciais às plantas e à vida do solo.
  3. Impacto na fauna do solo: a fauna do solo, incluindo minhocas e outros invertebrados, é adversamente afetada pela falta de oxigênio e pode sofrer mortalidade em massa ou migrar para áreas menos saturadas, reduzindo a biodiversidade e a funcionalidade biológica do solo. 

Figura 5. Benefícios de um solo/ambiente agrícola biologicamente saudável. Fonte: EDGA IA (2024).

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Conclusão

Após uma enchente, a terra sofre alterações significativas: compactação do solo, perda de nutrientes, contaminação por poluentes e mudanças na estrutura do solo. Essas alterações físicas, químicas e biológicas afetam a fertilidade e a capacidade de sustentação da vegetação. 

Para recuperar o solo, é essencial descompactá-lo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem eficazes. Plantas de cobertura, como leguminosas e gramíneas resistentes, são recomendadas para estabilizar e melhorar a qualidade do solo.

A recuperação do solo após enchentes exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada, considerando tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas. 

Com práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos de futuras enchentes, promovendo a resiliência das áreas agrícolas e das comunidades no Rio Grande do Sul.

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