Nutrição do solo: Qual o impacto na lavoura?

O solo é a base da produção agrícola e sua qualidade está diretamente ligada ao sucesso das lavouras. Entre os fatores que influenciam a produtividade das culturas, a nutrição do solo ocupa um papel de destaque, fornecendo os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento das plantas. 

Um solo equilibrado não só garante o fornecimento adequado de nutrientes, mas também contribui para a fertilidade do solo, promovendo uma maior eficiência no uso de insumos agrícolas e reduzindo impactos ambientais.

Um solo bem nutrido apresenta características químicas, físicas e biológicas adequadas para o desenvolvimento radicular e a absorção eficiente dos nutrientes. 

Identificar e corrigir deficiências nutricionais exige um conhecimento aprofundado sobre o processo de nutrição do solo e práticas de manejo que garantam um equilíbrio sustentável.

O que é nutrição do solo?

A nutrição do solo se refere à disponibilidade e ao balanço de nutrientes necessários para o crescimento das plantas. 

Um solo bem nutrido fornece os elementos essenciais para que as plantas completem seu ciclo de desenvolvimento, garantindo um bom desempenho agrícola. 

O padrão de nutrição do solo é determinado pelo equilíbrio entre os nutrientes disponíveis e a necessidade das culturas.

O cuidado envolve o manejo equilibrado de insumos agrícolas, práticas conservacionistas e a adoção de estratégias para melhorar a fertilidade do solo

Esse conjunto de técnicas contribui para a saúde do ecossistema agrícola e para o aumento da eficiência da produção.

Além disso, o solo pode armazenar até 25.000 kg de matéria orgânica por hectare em condições ideais. Essa matéria orgânica é importante para a fertilidade e nutrição do solo, por melhorar a retenção de umidade, disponibilizando nutrientes e estimulando a atividade microbiana.

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Quais são os nutrientes para o solo?

Os nutrientes essenciais para o solo são divididos em macronutrientes e micronutrientes, ambos fundamentais para o desenvolvimento saudável das plantas, sendo eles:

Macronutrientes:

  • Primários: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K);
  • Secundários: Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S).

Micronutrientes:

  • Boro (B): Usado para a germinação do pólen e desenvolvimento celular;
  • Cloro (Cl): Ajuda na regulação osmótica e equilíbrio hídrico;
  • Cobre (Cu): Auxilia na fotossíntese e na formação de enzimas;
  • Ferro (Fe): Essencial para a produção de clorofila;
  • Manganês (Mn): Participa da fotossíntese e da ativação enzimática;
  • Molibdênio (Mo): Necessário para a fixação biológica do nitrogênio;
  • Zinco (Zn): Importante para a produção de hormônios de crescimento.

Esses elementos tem funções vitais para a formação e desenvolvimento das plantas, principalmente para a fertilidade e nutrição do solo. A ausência ou excesso de qualquer um deles pode comprometer o desempenho das culturas e reduzir a produtividade.

Quais são os 3 tipos de fertilidade do solo?

A fertilidade não é algo estático, podendo ser classificada de diferentes maneiras, dependendo das condições e do manejo do solo.

Existem três tipos principais de fertilidade, cada uma influencia diretamente o desenvolvimento das culturas e deve ser entendido para aumentar a produtividade das lavouras. Veja mais detalhes a seguir:

  • Fertilidade química: Relacionada à presença de nutrientes no solo e à sua disponibilidade para as plantas. Solos bem equilibrados quimicamente favorecem a absorção eficiente dos nutrientes pelas raízes.
  • Fertilidade física: Diz respeito à estrutura do solo, como a porosidade, aeração e capacidade de retenção de água, que influenciam diretamente o crescimento radicular.
  • Fertilidade biológica: Atividade dos microrganismos benéficos presentes no solo, que auxiliam na decomposição da matéria orgânica, na fixação biológica de nitrogênio e na disponibilização de nutrientes essenciais para as plantas.

Como são classificados os nutrientes do solo?

Os nutrientes do solo são classificados em dois grupos principais, com base na quantidade em que as plantas precisam, e quanto à sua função no crescimento das plantas. Veja abaixo:

  • Essenciais: Fundamentais para o ciclo de vida da planta.
  • Benéficos: Melhoram o crescimento, mas não são essenciais.

A análise de nutrição de solo auxilia na identificação dos teores desses elementos e na aplicação adequada de fertilizantes.

A correta interpretação dos resultados permite ajustes específicos para cada cultura, otimizando o uso dos insumos agrícolas.

Cada nutriente tem um papel específico no desenvolvimento da planta, e a disponibilidade deles no solo é necessária para garantir uma boa produtividade agrícola.

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Como saber se o solo está nutrido?

A melhor forma de avaliar a nutrição do solo é por meio da análise de solo. Esse procedimento indica os níveis de nutrientes e permite correções adequadas com fertilizantes e corretivos. A interpretação correta dos resultados auxilia no ajuste do padrão de nutrição do solo.

Além da análise laboratorial, observações em campo, como a coloração das folhas, o desenvolvimento radicular e o crescimento uniforme da cultura, são indicativos do estado nutricional do solo.

1. Análise de Solo

A maneira mais precisa de saber se seu solo está nutrido é por meio de uma análise de solo, que envolve a coleta de amostras de diferentes partes da lavoura e o envio para um laboratório especializado. A análise indica informações sobre:

  • Níveis de nutrientes (macronutrientes e micronutrientes);
  • pH do solo (acidez ou alcalinidade);
  • Capacidade de troca catiônica (CTC), que indica a capacidade do solo de reter nutrientes;
  • Teor de matéria orgânica.

Com base nos resultados, você pode determinar se o solo está carente de algum nutriente e qual tipo de correção (como a aplicação de fertilizantes ou calagem) é necessária.

2. Observação das Plantas

A saúde das plantas é um reflexo direto da qualidade do solo e caso apresentem sintomas ou aparência incomum, pode ter certeza que alguma coisa está faltando. Fique atento se você notar:

  • Amarelecimento das folhas (indica possível deficiência de nitrogênio, ferro ou enxofre)
  • Folhas murchas ou retorcidas (pode ser falta de potássio ou cálcio)
  • Crescimento fraco ou plantas anãs (pode indicar deficiência de fósforo ou outros nutrientes)

Esses sinais podem indicar que o solo não está nutrido corretamente, ou que a nutrição não está sendo absorvida eficientemente.

3. Testes de pH

O pH do solo influencia a disponibilidade de nutrientes para as plantas e, se estiver muito baixo (ácido) ou muito alto (alcalino), indica que alguns nutrientes estão menos acessíveis.

O nível de pH ideal varia de acordo com a planta cultivada, mas a faixa entre 6 e 6,5 é considerada ideal para a maioria das culturas.

4. Quantidade e Qualidade da Matéria Orgânica

A presença de matéria orgânica no solo é um bom indicador de nutrição, por conta da decomposição que libera ótimos nutrientes para as plantas e melhora a estrutura do solo, facilitando a retenção de água e aeração.

Se seu solo parecer empobrecido ou sem matéria orgânica visível, ele pode precisar de uma adição de composto ou esterco.

5. Índices de Fertilidade

Alguns índices, como a Capacidade de Troca Catiônica (CTC), podem fornecer informações sobre a capacidade do solo de reter nutrientes.

Os solos com alta CTC geralmente têm uma maior capacidade de armazenar nutrientes e são considerados mais férteis.

6. Uso de Fertilizantes

Se você tem aplicado fertilizantes de forma equilibrada, mas ainda percebe que as plantas não estão respondendo como esperado, ou precisa usar grandes quantidades de produto, pode ser um sinal de desequilíbrio de nutrientes no solo.

Esse problema pode estar relacionado a fatores como pH inadequado, antagonismo entre nutrientes ou deficiência de matéria orgânica. Para identificar a causa com precisão e corrigir de forma eficiente, é preciso fazer a análise do solo.

7. Microrganismos do Solo

A presença de microrganismos saudáveis no solo também é um bom sinal de nutrição adequada, por ajudarem na decomposição de matéria orgânica e na liberação de nutrientes.

A atividade microbiológica pode ser verificada de forma indireta, por exemplo, pela presença de minhocas, que são indicadores de um solo bem nutrido e equilibrado.

Com essas práticas, você consegue avaliar a nutrição do seu solo com eficiência e tomar as medidas corretivas necessárias para garantir um bom desenvolvimento das suas culturas.

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Processo de nutrição do solo

O processo de nutrição do solo envolve uma série de práticas que garantem a disponibilidade adequada de nutrientes para as plantas, promovendo um ambiente mais saudável e sustentável. Com isso, são feitos alguns passos, como:

  1. Análise do solo: Determina as condições químicas, físicas e biológicas;
  2. Correção do solo: Uso de calcário, gesso e outros corretivos para ajustar a fertilidade;
  3. Adubação: Aplicar fertilizantes conforme a necessidade da cultura;
  4. Rotação de culturas: Melhora a estrutura e a fertilidade do solo;
  5. Manejo da matéria orgânica: Uso de adubos verdes e cobertura morta para fortalecer o processo de nutrição do solo;
  6. Monitoramento contínuo: Acompanhamento regular dos níveis de nutrientes para ajustes precisos e sustentáveis.

A fertilidade e a nutrição do solo estão diretamente conectadas. Um solo bem nutrido oferece melhores condições para o desenvolvimento das plantas, resultando em maior produtividade e eficiência no uso dos recursos.

Além disso, a fertilidade do solo vai além da simples presença de nutrientes, dependendo da capacidade do solo de reter e disponibilizar esses elementos para as plantas de maneira equilibrada.

Usar estratégias que melhoram a estrutura do solo, aumentam sua capacidade de retenção de água e nutrientes e favorecem a atividade biológica, garantindo um ambiente produtivo e sustentável.

Previsão do preço do milho para 2025: Saiba o que esperar

O milho é um cereal com produção mundial que ultrapassa 1,2 bilhão de toneladas por safra, com os Estados Unidos liderando com aproximadamente 30% desse total, seguidos pela China e pelo Brasil. 

No Brasil, terceiro maior produtor global, a produção atingiu cerca de 100 milhões de toneladas na safra 2019/2020, consolidando o país como um dos principais exportadores do grão. 

A cultura do milho tem importância estratégica no agronegócio brasileiro, sendo o segundo principal produto da safra nacional.

Se você produz essa commodity agrícola, deve ficar de olho nas oscilações do mercado, já que para a safra 2025, é esperado uma forte queda na produção nacional de milho.

Mercado Físico do Milho: Atualização 2025

O preço do milho segue estável em algumas regiões, enquanto outras registraram leve alta nas últimas cotações.

Em Não-Me-Toque (RS) e Nonoai (RS), a saca de 60 kg permanece cotada a R$ 66,00, sem variação. Já em Ubiratã (PR) e Marechal Cândido Rondon (PR), a cotação subiu para R$ 64,00, um aumento de 1,59%.

Em Pato Branco (PR), o milho foi cotado a R$ 68,00, com alta de 1,49%, e em Sorriso (MT), a cotação atingiu R$ 60,95, apresentando crescimento de 1,58%. No Mato Grosso, os valores variam entre R$ 63,00 em Campo Novo do Parecis e R$ 71,00 em Rondonópolis.

Na região do Centro-Oeste, o milho apresentou poucas oscilações. Rio Verde (GO) e Jataí (GO) mantêm o preço de R$ 66,00, sem alterações.

Em Campo Grande (MS), a cotação subiu para R$ 67,00, um aumento de 1,52%, enquanto em Maracaju (MS), o valor ficou em R$ 68,00, representando um crescimento de 1,49%.

Os portos brasileiros também registram preços diferenciados para o milho disponível. Em Paranaguá (PR), a cotação se mantém em R$ 72,00, enquanto no Porto de Santos (SP), as negociações para agosto/setembro de 2025 indicam R$ 74,00 por saca.

Médias Regionais do Milho

  • Sul do Brasil (RS, PR, SC): Média de R$ 67,00 por saca, com algumas variações positivas;
  • Centro-Oeste (MT, MS, GO, DF): Média de R$ 65,00, com destaque para Rondonópolis (MT) em R$ 71,00;
  • Sudeste (SP, MG): Média de R$ 70,00, com Campinas (SP) liderando a cotação a R$ 81,00;
  • Nordeste (BA, SE, TO): Média de R$ 60,00, com preços mais baixos devido à oferta elevada na região.
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Expectativas para o Mercado do Milho

As projeções indicam que o preço do milho pode sofrer oscilações nos próximos meses, dependendo da demanda interna e das exportações. 

A safra atual no Brasil teve impactos climáticos que podem afetar a produção e, consequentemente, os preços ao longo do ano. Além disso, fatores externos, como a demanda da China e os estoques globais, podem influenciar a precificação da commodity.

Oscilação entre oferta e demanda, condições climáticas adversas, política externa, cotação do milho na CBOT e custos de produção, também são alguns dos principais fatores que ter influência no valor de mercado.

Como está o desenvolvimento das lavouras de milho em 2025?

Em 2025, as lavouras de milho no Brasil apresentam um cenário positivo, com estimativas de crescimento na produção.

A Conab prevê 122 milhões de toneladas, um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior, impulsionado por uma expansão de 2,1% na área cultivada e recuperação na produtividade projeta 120,6 milhões de toneladas, crescimento de 5,1%, com rendimento médio de 5.613 kg/ha .

No Sul, as chuvas favoreceram o plantio do milho, que atingiu 37% da área projetada, com produtividade estimada em 7.116 kg/ha .

Em Goiás, a primeira safra foi concluída antes do previsto, com 27,5% das lavouras em enchimento de grãos até janeiro .

Entretanto, no Cerrado e no Centro-Oeste houveram em atrasos no plantio da soja e do milho, exigindo estratégias de mitigação . Apesar disso, a boa oferta do grão poa estabilização dos preços internos .

De forma geral, as lavouras de milho no Brasil é promissora para 2025, consolidando o país como um dos líderes globais na produção e exportação do cereal .

Milho Safrinha: Tudo o que o produtor rural precisa saber

O milho é cultivado em praticamente todos os continentes, se destacando como uma commodity para alimentação humana, ração animal e matéria-prima para a indústria. 

De acordo com a FAO, a produção mundial de milho ultrapassa 1 bilhão de toneladas anuais, com os Estados Unidos liderando o ranking como maior produtor global.

No Brasil, o milho ocupa uma posição estratégica na agricultura, sendo cultivado em diferentes regiões e condições climáticas. Os principais estados produtores incluem Mato Grosso, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que juntos respondem por mais de 70% da produção nacional. 

O território brasileiro é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, se consolidando também como um dos principais exportadores globais.

O que é milho safrinha?

A safrinha do milho é o cultivo realizado após a colheita da safra principal, geralmente sem a dependência das chuvas mais regulares, características do período de verão. 

O termo “safrinha” significa literalmente “pequena safra”, mas, na prática, isso mudou. Hoje, em muitas regiões, ela representa produções expressivas, até mesmo superiores às da primeira safra.

A safrinha normalmente ocorre entre fevereiro e setembro, dependendo da região e do calendário da safra anterior, principalmente da soja, cultura comumente utilizada no sistema de rotação.

Qual a época de plantar milho safrinha?

A época ideal para plantar milho safrinha varia conforme a região e o calendário climático, mas costuma ser logo após a colheita da soja, entre janeiro e março.

O fator mais importante é a janela climática porque o milho safrinha depende da umidade residual do solo e pode sofrer com a falta de chuvas no final do ciclo.

Por conta disso, o grão é plantado em sistema de sequeiro, aproveitando a umidade residual do solo.

Calendário de plantio do milho safrinha:

  • Centro-Oeste: Plantio entre janeiro e fevereiro, colheita de junho a agosto;
  • Sudeste: Plantio de fevereiro a março, colheita de julho a setembro;
  • Sul: Plantio em março e abril, colheita entre agosto e outubro.

Atenção ao ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) do governo, que define períodos de menor risco para cada município. O planejamento deve considerar o ciclo da cultivar escolhida e a previsão climática para evitar estiagens ou geadas tardias.

O milho safrinha pode ser cultivado em todo o Brasil?

Sem irrigação, ao contrário do que muitos pensam, o milho 2ª safra não pode ser cultivado em todo o Brasil.

Atualmente, com o avanço da importância da safrinha na economia brasileira, novos centros de pesquisas e empresas privadas estão investindo tempo e dinheiro para desenvolvimento de novas variedades.

Frente a isso, novas variedades estão aparecendo no mercado, o que facilita o plantio em certas regiões do Brasil que ainda não aparecem no mapa de zoneamento.

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Qual a diferença entre milho safrinha e milho primeira safra?

Antes de explorar as diferenças, é importante entender que o milho da safra principal e o milho safrinha são cultivados em contextos diferentes, o que impacta diretamente o manejo, a produtividade e o destino da produção. 

O milho da safra principal é cultivado durante o período chuvoso, enquanto o milho safrinha ocorre em uma época de menor disponibilidade hídrica, exigindo práticas de manejo mais específicas. Veja mais detalhes abaixo:

CaracterísticaMilho Safra PrincipalMilho Safrinha
Época de PlantioPrimavera/verão (outubro-dezembro)Verão/outono (janeiro-março)
Disponibilidade de ÁguaAlta (período chuvoso)Baixa (período seco)
ProdutividadePotencial elevadoVariável
FinalidadeAlimentação humana e sementesRação animal e indústria
Riscos ClimáticosMenores riscos de estresse hídricoRisco de seca e geadas

A tabela destaca que o milho safrinha, apesar de enfrentar desafios como menor disponibilidade de água e maior exposição a riscos climáticos, tem se consolidado como uma importante fonte de grãos para o mercado interno e externo. 

O uso de tecnologia e o manejo têm permitido que a produtividade da safrinha se aproxime da safra principal em algumas regiões.

O ciclo do milho safrinha difere da safra normal?

Em geral, não existe diferença entre a cultivar de milho da safra normal e da safrinha. Mas a época que o milho é cultivado faz com que o ciclo mude um pouco, por conta das temperaturas menores e as horas de sol também.

Assim, há o prolongamento do ciclo do milho safrinha até a colheita se compararmos com o milho na safra normal.

Esse prolongamento pode chegar até a um mês, especialmente na região sul e sudeste do país, devido à menor disponibilidade de calor. Por essa razão, apenas parte dos híbridos no mercado pode ser cultivado nas condições ambientais da safrinha (outono-inverno e sem irrigação).

Quanto mais as plantas de milho prolongam seu ciclo nessa época, maior a probabilidade de falta de água. Além disso, menor será a temperatura e a radiação solar, já que vamos nos aproximando do inverno.

O ciclo do milho safrinha pode variar bastante. Híbridos superprecoces de milho completam o ciclo entre 105 e 125 dias, enquanto o ciclo dos precoces varia de 115 a 130. Já o ciclo dos híbridos normais varia entre 125 e 140 dias.

As cultivares de milho tendem a prolongar seu ciclo quanto mais tarde é o semeio, mesmo levando em consideração sua precocidade.

Por isso, nos casos em que a safra de verão teve sua colheita atrasada, é interessante a utilização de milho 2ª safra mais precoce. Assim, a planta sairá do campo antes e sofrerá menos os déficit ambientais (água, luz e temperatura).

Como fazer o plantio de milho safrinha?

O milho safrinha representa cerca de 75% da produção total de milho do Brasil, sendo um dos principais produtos para abastecer o mercado interno e a exportação.

Por ser uma safra que acontece em um período do ano com maior risco de estiagens, temperaturas elevadas e ataques de pragas, o plantio requer atenção especial a alguns fatores:

1. Escolha da cultivar

Prefira híbridos de ciclo precoce ou superprecoce, tolerantes ao estresse hídrico e com resistência a pragas e doenças comuns no período seco.

Segundo informações da Embrapa, o uso de híbridos adaptados pode aumentar a produtividade em até 15%.

2. Correção do solo

Mantenha o solo bem nutrido, com atenção para nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K).

O milho safrinha geralmente é plantado após a soja, o que pode reduzir a disponibilidade de nitrogênio no solo.

A recomendação é aplicar de 80 a 150 kg/ha de N, dependendo do histórico da área e da expectativa de produtividade.

3. Preparo da área

O plantio direto é uma prática comum, que preserva a umidade do solo e melhora a estrutura física, reduzindo riscos de erosão.

Estudos apontam que essa técnica pode manter até 30% mais umidade no solo em comparação ao plantio convencional.

4. Densidade de semeadura

Ajuste conforme o potencial hídrico da região e o espaçamento entre linhas. Em áreas com maior risco de estiagem, é recomendado populações entre 50.000 e 65.000 plantas/ha.

Já nas regiões com maior disponibilidade hídrica, é possível trabalhar com até 80.000 plantas/ha para maximizar a produtividade.

5. Época de plantio

A janela ideal varia conforme a região, mas a semeadura deve ocorrer logo após a colheita da soja, geralmente entre janeiro e março, para evitar riscos climáticos como a estiagem e geadas tardias.

O atraso no plantio pode reduzir o potencial produtivo, já que a cultura entra em estágios críticos de desenvolvimento durante períodos de menor disponibilidade hídrica.

6. Manejo fitossanitário

A pressão de pragas como a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) tem aumentado. O monitoramento e o controle integrado são essenciais para evitar perdas significativas, que podem chegar a até 70% em casos de infecção severa por enfezamento.

Qual híbrido escolher para minha safrinha?

A escolha do híbrido para a safrinha de milho deve considerar condições climáticas, tipo de solo e objetivos de produtividade, por envolver um ciclo de cultivo mais curto e maior exposição a condições climáticas instáveis.

A adaptação do híbrido às características regionais e ao perfil de solo também devem ser levadas em consideração para garantir uma boa produtividade e reduzir riscos. Aqui vão alguns pontos a serem analisados:

  1. Ciclo do híbrido;
  2. Tolerância ao estresse hídrico;
  3. Resistência a pragas e doenças;
  4. Potencial produtivo;
  5. Adaptação regional.

Exemplos de híbridos com características favoráveis para a safrinha:

  • Pioneer 30F53: Híbrido de ciclo curto e resistência a doenças e pragas, com boa adaptação para o milho safrinha.
  • Dekalb 30A20: Híbrido precoce, resistente ao estresse hídrico e com bom potencial produtivo para a safrinha.
  • BASF 2B710: Híbrido com boa tolerância a pragas e doenças, ideal para o clima da safrinha.
  • Syngenta 2B710: Híbrido precoce, com boa resistência ao estresse e ao acamamento.

Como é a adubação no milho safrinha?

Estudos mostram que o milho safrinha cultivado em solos corrigidos não responde significativamente à adubação de macro e micronutrientes, exceto ao nitrogênio (N).

Por isso, a recomendação é focar na reposições dos nutrientes conforme a exportação de nutrientes pelas plantas de milho.

Para definir a dose de adubação, é importante calcular com base na quantidade de nutrientes que a planta vai retirar do solo, conforme a tabela de exportação abaixo.

Em lavouras com soja como cultura anterior, a fixação biológica de nitrogênio pode deixar um residual de 35 a 45 kg de N por hectare no solo, o que deve ser descontado da dose de adubação nitrogenada.

Se optar por aplicação de nitrogênio em cobertura, é preciso fazer a aplicação no início do ciclo, entre as fases V2 ou V3, devido à menor quantidade de chuvas e à instabilidade climática nesse período.

Para solos corrigidos e na safrinha de milho, não há necessidade de se preocupar com a adubação de Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S), pois esses nutrientes geralmente estão presentes em quantidade suficiente no solo.

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Quais as principais pragas da safrinha de milho?

O milho safrinha, apesar de ser rentável, passa por desafios fitossanitários significativos pelo plantio em uma época mais seca e quente.

Um clima desse tipo favorece o ataque de pragas que podem causar prejuízos à produtividade, reduzindo o potencial produtivo e comprometendo a qualidade dos grãos.

O manejo eficiente dessas pragas depende de estratégias como monitoramento frequente, controle químico e biológico, rotação de culturas e o uso de cultivares resistentes, especialmente híbridos Bt (Bacillus thuringiensis), que apresentam resistência a lagartas.

A melhor estratégia para as pragas do milho do milho safrinha, é conhecer quais são as principais e os melhores métodos para acabar com elas. Confira:

1. Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

  • Dano: Transmite os enfezamentos pálido e vermelho e vírus da risca, que reduz a produtividade em até 70%;
  • Sintomas: Folhas amareladas ou vermelhas, crescimento atrofiado e redução do número de grãos por espiga. O enfezamento pode causar o murchamento e quebra precoce das plantas;
  • Controle: Uso de híbridos tolerantes, tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos e manejo com inseticidas foliares.

Confira mais informações sobre a Cigarrinha-do-milho.

2. Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

  • Dano: Ataca as folhas, reduzindo a área fotossintética e prejudicando o desenvolvimento das plantas. Pode perfurar a espiga, afetando a qualidade do grão;
  • Sintomas: As folhas ficam com buracos irregulares e furo nas espigas, levando à desfolha prematura. Em ataques severos, a planta pode perder até 50% da área foliar;
  • Controle: Uso de cultivares Bt, rotação de inseticidas e monitoramento regular.

Confira mais informações sobre a Lagarta-do-cartucho.

3. Percevejo-barriga-verde (Dichelops spp.)

  • Dano: Ataca as plântulas logo após a emergência, causando deformações e até a morte das plantas;
  • Sintomas: As plantas ficam com pontos necróticos nas folhas jovens, distorção e murchamento das folhas. Em ataques mais intensos, as plantas podem morrer ainda na fase inicial;
  • Controle: Tratamento de sementes e aplicação de inseticidas no início do desenvolvimento da lavoura.

Confira mais informações sobre Percevejo no Milho.

4. Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)

  • Dano: Sugam a seiva da planta, enfraquecendo e transmitindo viroses.
  • Sintomas: Amarelecimento das folhas e enrolamento das pontas. Quando há infecção viral, pode ter distorções nas folhas e redução do vigor das plantas.
  • Controle: Monitoramento, controle biológico com inimigos naturais e, se necessário, aplicação de inseticidas seletivos.

5. Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)

  • Dano: Corta as plântulas na base do caule, causando falhas no estande.
  • Sintomas: Quebra das plantas na base, deixando tombadas, ou buracos nas raízes. O ataque pode levar à morte das plantas ainda na fase inicial em casos mais severos.
  • Controle: Tratamento de sementes e aplicação de iscas tóxicas.

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6. Helicoverpa (Helicoverpa zea)

  • Dano: Ataca principalmente as espigas, reduzindo a qualidade dos grãos e favorecendo infecções por fungos;
  • Sintomas: Buracos nas espigas, grãos danificados e presença de fezes nas espigas, o que favorece a contaminação por fungos, como a Fusarium;
  • Controle: Manejo integrado com uso de cultivares Bt, controle biológico e monitoramento com armadilhas.

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O controle dessas pragas exige monitoramento constante e estratégias integradas, como o uso de híbridos resistentes, rotação de culturas e controle químico quando necessário. Para não ter erro, opte pelo Monitoramento Integrado de Pragas.

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Colheita do milho safrinha

A colheita do milho safrinha acontece quando o grão atinge a umidade ideal, entre 13% e 15%. A colheita precoce pode gerar custos adicionais de secagem e risco de perda de qualidade, além de prejudicar o rendimento, já que os grãos podem não ter atingido o peso ideal.

Por outro lado, a colheita tardia pode aumentar o risco de perdas por acamamento, deterioração dos grãos e maior exposição a pragas, como broca-do-milho e fungos que comprometem a qualidade dos grãos e a sanidade da lavoura.

É importante observar que o milho atinge a maturação fisiológica quando o grão atinge a firmeza e a casca se torna dura.

Esse é o melhor momento para a colheita, garantindo maior eficiência no processo e qualidade do produto final.

Uma boa prática é monitorar a umidade de cada talhão da lavoura com medidores de umidade e observar a coloração das espigas, para evitar perdas e a otimizar os custos com secagem.

E se o clima estiver muito úmido, pode considerar a colheita antecipada para evitar o risco de grãos brotados ou a proliferação de fungos durante o armazenamento.

Dicas para uma colheita segura

  1. Realize calibrações periódicas das máquinas;
  2. Monitore a umidade dos grãos durante a colheita;
  3. Evite colheitas em dias de alta umidade relativa do ar;
  4. Verifique e ajuste a velocidade da colhedora conforme as condições da lavoura;
  5. Mantenha as lâminas e facas da colhedora afiadas;
  6. Faça inspeções regulares para evitar perdas por vazamentos;
  7. Utilize peneiras adequadas para diferentes condições de grãos;
  8. Evite o acúmulo excessivo de material na plataforma da colhedora;
  9. Planeje a logística de transporte para evitar o acúmulo de grãos colhidos no campo;
  10. Realize treinamentos periódicos para operadores de máquinas.

Como fica o custo de produção do milho safrinha?

O custo de produção do milho safrinha pode ser mais vantajoso em comparação com o milho da safra principal, principalmente devido a algumas características específicas dessa modalidade de cultivo, como:

1. Preços mais baixos de insumos

    Como o milho safrinha é cultivado fora da safra convencional, os preços dos insumos tendem a ser mais baixos.

    Isso ocorre devido à oferta e demanda fora da janela de pico, com menor demanda para fertilizantes e outros insumos, o que reduz os custos.

    2. Aproveitamento de insumos da safra anterior

    Na safrinha, é possível aproveitar muitos dos insumos utilizados na soja ou outras culturas anteriores, o que diminui a necessidade de novos aportes. Isso reduz o custo de fertilizantes e corretivos para o solo.

    3. Preços de venda durante a entressafra

    Embora os preços de venda do milho possam ser menores em alguns períodos, a colheita do milho safrinha ocorre na entressafra, quando a oferta de grãos no mercado é menor. Isso pode resultar em preços mais vantajosos, pois a oferta do produto é reduzida no mercado.

    4. Maior produtividade para compensar preços baixos

    Mesmo que os preços de venda estejam ruins, a maior produtividade do milho safrinha, devido ao seu ciclo mais curto, pode compensar a queda nos preços.

    A chave está em aumentar a produção, com o auxílio de boas práticas agrícolas e escolha de híbridos eficientes.

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    Impactos climáticos: Como as mudanças atuais podem afetar a agricultura?

    Os impactos das mudanças climáticas na agricultura têm gerado não apenas perdas para os produtores rurais, mas também para a população urbana, com alta nos preços dos alimentos.

    Nos últimos tempos, o setor tem enfrentado sérios desafios, como quebras de safra e variações drásticas nas chuvas, com episódios de alagamentos no Sul e secas no Centro-Oeste do Brasil. 

    Todos esses fenômenos são resultado de alterações nas variáveis ambientais, como a ação humana, emissões de gases de efeito estufa, atividades industriais, queimadas e desmatamento.

    Diante desse contexto, é preciso adotar medidas para diminuir esses impactos, tanto nas propriedades agrícolas quanto em estratégias mais amplas

    Quais os impactos das mudanças climáticas? 

    Os impactos climáticos na agricultura causam reflexos ambientais, sociais e econômicos, afetando o equilíbrio da natureza de diversas maneiras. 

    Entre essas alterações, estão o aumento dos níveis dos oceanos, o aumento das temperaturas e a perda de espécies e ecossistemas, além dos riscos à produção de alimentos e à saúde. 

    Essas transformações exigem uma resposta direta para mitigar seus efeitos e promover a adaptação.

    Como os impactos das mudanças climáticas afetam a agricultura?

    Os impactos das mudanças climáticas na agricultura estão favorecendo o crescimento de plantas daninhas e aumentando a incidência de pragas e doenças, resultando na perda de nutrientes e na diminuição da fertilidade do solo

    O desenvolvimento de doenças em plantas depende da interação entre hospedeiros, patógenos e condições ambientais, que estão sendo alteradas por variações de temperatura e precipitação. 

    Esses fatores climáticos criam ambientes que podem facilitar ou dificultar o surgimento de doenças.

    Além disso, os impactos das mudanças climáticas na agricultura afetam a distribuição geográfica dos patógenos, modificando onde e quando eles podem sobreviver.

    A umidade e a precipitação influenciam a dispersão de esporos, enquanto a sobrevivência dos patógenos em condições desfavoráveis é impactada por temperaturas variáveis

    Embora haja poucos casos comprovados de doenças fitossanitárias ligadas às mudanças climáticas, a complexidade dessa relação é evidente, exigindo um monitoramento das interações entre clima, pragas e saúde das plantas. 

    Guia para manejo de plantas daninhas

    Alterações na temperatura e agricultura 

    O aumento das temperaturas médias e as variações nos padrões de chuva, como secas severas e inundações, são tendências alarmantes.

    Segundo o IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a temperatura da superfície global já subiu 1,1ºC entre 2011 e 2020 e pode alcançar 1,5ºC em breve.

    Esses impactos das mudanças climáticas na agricultura impactam no estresse térmico da lavoura, escassez de água e danos às culturas. 

    Eventos extremos, como a seca no Brasil em 2022 e as inundações de 2024 no Rio Grande do Sul, ilustram esses desafios. 

    As previsões indicam que, até 2100, a produção de milho pode ser drasticamente afetada, com reduções que variam de 3% a 35%, dependendo do aumento de temperatura. 

    Projeções de temperatura globais, indicando os impactos das mudanças climáticas na agricultura
    Figura 1. Projeções de temperatura, umidade e precipitação em cenários de aquecimento global até 4ºC (1850-1900) – IPCC 2023. Fonte: IPCC, Relatório Síntese sobre Mudança do Clima 2023 e Agroadvance (2024).

    El Niño e La Niña: Efeitos no Brasil e diferenças 

    O El Niño é um fenômeno caracterizado pelo aquecimento irregular das águas do Oceano Pacífico Equatorial, resultando em mudanças climáticas globais. 

    No Brasil, os seus efeitos são intensificados, levando a chuvas fortes no Sul e Sudeste, causando alagamentos e deslizamentos. Já no Nordeste acontece o oposto: secas severas, afetando a agricultura e a qualidade de vida da comunidade.

    Por outro lado, La Niña acontece quando as águas do Pacífico Equatorial se resfriam, intensificando os ventos alísios. Esse fenômeno traz chuvas mais intensas para o norte e nordeste do Brasil, beneficiando regiões com clima semiárido. 

    No entanto, o Sul enfrenta secas severas, prejudicando as atividades agrícolas e aumentando a vulnerabilidade das comunidades locais.

    Ambos os fenômenos têm impactos significativos e opostos nas condições climáticas do Brasil, exigindo estratégias de adaptação para mitigar os efeitos adversos.

    Ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas na agricultura

    Os impactos das mudanças climáticas na agricultura exigem uma abordagem integrada para seguir a produção.

    Uma das principais estratégias é a implementação de políticas de apoio a práticas sustentáveis, incluindo subsídios e financiamento para inovações

    Além disso, a educação e capacitação dos agricultores são essenciais para a adoção de novas técnicas e conhecimentos, permitindo uma adaptação eficaz às adversidades climáticas. 

    Aderir a tecnologias agrícolas, como a rotação de culturas e sistemas de irrigação de precisão, ajudam a otimizar a produtividade e a saúde do solo. 

    Em paralelo, a diversificação de culturas, com a introdução de variedades mais resistentes, aumenta a resiliência das plantações. 

    É recomendado realizar a gestão eficiente dos recursos hídricos, para garantir a disponibilidade de água por meio de técnicas de captação e irrigação eficazes. 

    Por último, a implementação de seguros agrícolas protege contra perdas financeiras causadas por eventos climáticos extremos, oferecendo uma rede de segurança para a recuperação. 

    diagnostico de gestao

    Redução de custos na fazenda: dicas práticas para produtores rurais

    A redução de custos na fazenda é uma prioridade para qualquer produtor rural que deseja aumentar a rentabilidade e assegurar a sustentabilidade do seu negócio.

    Diante de margens de lucro frequentemente apertadas, é preciso adotar estratégias eficazes, como eliminar desperdícios, otimizar recursos e investir em inovações tecnológicas para manter a competitividade.

    Neste artigo, você vai descobrir técnicas práticas para reduzir os custos operacionais na fazenda e entender como o software Aegro pode ser um grande aliado nesse processo.

    O que é redução de custos agrícolas? 

    A produção de soja e milho envolve custos que impactam diretamente a rentabilidade, como insumos agrícolas, mão de obra, maquinário, transporte e logística.

    Insumos como sementes, fertilizantes e defensivos, por exemplo, representam uma parte significativa do orçamento.

    Por isso, é importe optar por sementes de alta qualidade e adaptadas à região, além de realizar adubações baseadas em análises de solo para maximizar o potencial produtivo.

    O manejo adequado de pragas e doenças é indispensável para proteger a lavoura e evitar perdas. Já os custos com mão de obra, que incluem salários e encargos trabalhistas, precisam ser bem planejados, assim como os relacionados à aquisição, manutenção e operação de máquinas agrícolas.

    Transporte e logística, como o escoamento da produção e o armazenamento dos grãos, também são fatores que influenciam na rentabilidade.

    Para reduzir custos, é fundamental buscar eficiência no uso de insumos, aplicando fertilizantes e defensivos com base nas reais necessidades das plantas.

    O manejo integrado de pragas, combinando práticas biológicas, químicas e culturais, é uma estratégia eficaz e econômica para preservar a produtividade e otimizar os recursos.

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    7 dicas de redução de custos na fazenda

    A melhor maneira fazer a redução de custos na fazenda é identificar os pontos que impactam a rentabilidade e garantir a sustentabilidade do negócio agrícola. Abaixo, listamos algumas estratégias e cuidados eficazes para alcançar essa redução:

    1. Eficiência no uso de insumos

    • Planeje o uso de fertilizantes e defensivos: Realize análises de solo para aplicar apenas os insumos necessários e de forma precisa. Isso evita desperdícios e custos excessivos.
    • Agricultura de precisão: Utilize tecnologias como sensores, drones e softwares de monitoramento para otimizar o uso de insumos, garantindo que cada recurso seja aplicado na quantidade certa, no momento certo.
    • Manejo integrado de pragas: Combine métodos biológicos, químicos e culturais para controlar pragas e doenças de forma mais econômica, evitando o uso excessivo de defensivos químicos.

    2. Automatização e inovações tecnológicas

    • Máquinas agrícolas inteligentes: Investir em equipamentos que oferecem maior precisão, como semeadoras, tratores e pulverizadores automatizados, pode reduzir custos com mão de obra e aumentar a eficiência no campo.
    • Drones e robôs agrícolas: Usar drones para monitorar a lavoura e realizar a aplicação de insumos, ou robôs para tarefas repetitivas, pode reduzir o tempo e o custo operacional.
    • IoT (Internet das Coisas): Sensores conectados ao solo e ao ambiente podem monitorar variáveis em tempo real e gerar dados para tomadas de decisão mais eficientes, melhorando o controle e a produtividade.

    3. Gestão eficiente da mão de obra

    • Treinamento e qualificação: Investir em capacitação para sua equipe pode aumentar a produtividade e reduzir erros. Funcionários bem treinados operam as máquinas com mais eficiência e evitam desperdícios.
    • Uso de trabalho temporário: Durante períodos de pico, como colheitas, contratar mão de obra temporária pode reduzir os custos fixos com salários e encargos trabalhistas.
    • Automatização de tarefas repetitivas: Substituir tarefas manuais por automação pode reduzir custos com mão de obra de forma significativa.

    4. Controle de custos com maquinário

    • Manutenção preventiva: Manter os equipamentos bem cuidados e realizar manutenções regulares pode evitar quebras e custos altos com reparos de emergência.
    • Uso compartilhado de máquinas: Se possível, formar parcerias com outros produtores para compartilhar maquinário é uma ótima forma de reduzir gastos com a aquisição e manutenção.
    • Comprar máquinas usadas ou com condições melhores: Analisar a compra de máquinas usadas ou de modelos mais antigos que ainda atendem às necessidades da produção pode reduzir o custo inicial.

    5. Gestão de estoques e armazenamento

    • Armazenamento adequado: Usar métodos apropriados para armazenar grãos e outros produtos agrícolas pode evitar perdas por deterioração e aumentar a vida útil dos produtos.
    • Controle de qualidade: Implementar sistemas rigorosos de controle de qualidade para garantir que a produção seja mantida sem perdas e em boas condições até o momento da venda.

    6. Parcerias e cooperativas

    • Cooperativas agrícolas: Participar de cooperativas pode garantir melhores condições de compra de insumos e venda de produtos, além de facilitar o acesso a crédito e apoio técnico.
    • Compras coletivas: Unir-se a outros produtores para comprar insumos em grandes quantidades pode gerar descontos e melhores condições de pagamento.

    7. Planejamento financeiro e controle de custos

    • Acompanhamento de custos e receitas: Manter um controle rigoroso sobre todas as despesas e receitas da fazenda ajuda a identificar áreas onde é possível reduzir custos e melhorar a rentabilidade.
    • Análises periódicas: Avaliar regularmente o custo de produção por hectare e compar com o preço de venda garante uma visão clara de como os custos estão impactando a lucratividade.

    Adotar essas estratégias de forma integrada pode não só reduzir os custos de produção, mas também aumentar a eficiência e a competitividade da fazenda, garantindo melhores resultados financeiros.

    Planilha de fluxo de caixa para sucessão feminina

    Por que é importante reduzir custos em uma fazenda?

    A redução de custos na fazenda é importante para aumentar a rentabilidade, manter a competitividade e garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo.

    Com menos despesas, você maximiza os lucros e se adapta a variações de preços no mercado, mantendo a operação lucrativa mesmo em períodos de preços baixos.

    Além disso, contribui para a eficiência operacional, pois está frequentemente associada à eliminação de desperdícios e à otimização de processos, e possibilita os investimentos em inovação e crescimento.

    Controlar os custos ajuda a manter a saúde financeira da fazenda, tornando o negócio mais resiliente a imprevistos e condições adversas, favorecendo a adoção de práticas mais sustentáveis, como o uso de recursos naturais.

    Como identificar os gastos da fazenda?

    Identificar os principais gastos da fazenda envolve um processo de análise detalhada de todas as despesas relacionadas à produção agrícola. A melhor forma de fazer é por meio de uma planilha ou um software de gestão rural.

    De qualquer forma, listamos todos os gatos que você deve ficar de olho na sua propriedade rural. Confira abaixo:

    1. Mapeamento das categorias de custos
      • Insumos agrícolas: sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos.
      • Mão de obra: salários, encargos trabalhistas e custos com temporários.
      • Maquinário: aquisição, manutenção e operação de máquinas agrícolas.
      • Transporte e logística: custos de escoamento da produção e armazenamento de produtos.
    2. Acompanhamento contínuo
      • Registre todas as despesas diárias, mensais e anuais usando planilhas ou softwares de gestão.
    3. Classificação entre custos fixos e variáveis
      • Custos fixos: não variam com a produção (ex: aluguel de terras, seguros).
      • Custos variáveis: mudam conforme a produção (ex: insumos agrícolas, combustível).
    4. Avaliação de despesas indiretas
      • Considere custos indiretos, como manutenção de infraestrutura, eletricidade, água e administrativos.
    5. Análise de custos por hectare ou unidade de produção
      • Calcule o custo por unidade de área (hectare) ou unidade de produção (tonelada de grãos, litros de leite, etc.).
    6. Utilização de ferramentas tecnológicas
      • Use sistemas de gestão agrícola ou ferramentas de controle de custos para monitorar e gerar relatórios detalhados.
    7. Comparação com benchmarks do setor
      • Compare seus custos com benchmarks do setor agrícola para identificar ineficiências e oportunidades de redução.

    Essas etapas ajudam a identificar e monitorar os principais gastos, permitindo uma gestão mais eficiente e a redução de custos.

    Desafios e oportunidades na gestão agrícola por escala de produção

    Produtores de diferentes portes enfrentam desafios distintos, mas compartilham erros recorrentes. É comum pequenos produtores tenham dificuldades em acessar crédito e recursos tecnológicos, limitando suas operações.

    A falta de um planejamento financeiro adequado pode gerar problemas para lidar com custos imprevistos e realizar os investimentos necessários.

    Já os médios produtores, ao buscarem modernizar suas operações, muitas vezes investem em tecnologia e maquinário sem uma estratégia clara, resultando em gastos desnecessários e subutilização dos recursos.

    E os grandes produtores enfrentam a complexidade de gerir grandes operações, onde a burocratização e a falta de flexibilidade podem tornar as decisões mais lentas e menos eficientes.

    A dependência excessiva de monoculturas é um risco significativo para todos os produtores, podendo gerar grandes perdas em caso de pragas, doenças ou variações de mercado.

    Para superar esses desafios, é preciso ter uma gestão mais estratégica e eficiente. A chave está no planejamento financeiro, no uso inteligente de tecnologias e na diversificação das atividades agrícolas.

    Investir em soluções que atendam às necessidades específicas de cada operação pode reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade no longo prazo. .

    Como um software de gestão de fazendas ajuda a reduzir os custos?

    Um software de gestão de fazendas ajuda a reduzir custos ao integrar soluções para otimização das operações agrícolas.

    No Aegro você tem acesso a funcionalidades como controle de estoque, planejamento de safra e monitoramento de custos de produção, além de permitir a gestão financeira e fiscal de forma eficiente.

    A partir de toda essa visão, você consegue tomar decisões mais informadas, permitindo identificar e eliminar desperdícios, melhorar a produtividade e reduzir custos operacionais.

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    Preparação para a safra de verão: dicas e boas práticas

    Preparar-se para a safra de verão é um passo crucial para garantir uma colheita produtiva e rentável.  


    Esse período, caracterizado por temperaturas elevadas e maior incidência de luz solar, pode ser altamente favorável para o desenvolvimento de diversas culturas, desde que o planejamento de safra seja realizado de maneira adequada. 

    A preparação envolve uma série de etapas essenciais, como a escolha das sementes, o preparo do solo, a gestão hídrica e o monitoramento de pragas e doenças. 

    Implementar boas práticas agrícolas, como a rotação de culturas, o uso de tecnologias modernas e a adubação correta, pode maximizar os rendimentos e a sustentabilidade da lavoura. 

    Este guia oferece dicas e estratégias para ajudar os agricultores a planejar e executar uma safra de verão bem-sucedida, abordando desde o planejamento inicial até a colheita final.

    Boa leitura!

    O que é Planejamento de Safra?

    O planejamento de safra é uma ferramenta essencial para a gestão eficiente da lavoura, sendo fundamental para definir metas e objetivos que aumentem a rentabilidade da fazenda.

    Este processo deve ser iniciado durante a organização dos detalhes para uma nova safra, considerando possíveis erros e acertos que visem à sustentabilidade do plantio e ao aumento da renda.

    Figura 1. Planejamento de safra agrícola. Créditos: IA | Edga

    Melhores práticas para um bom planejamento de safra

    Para garantir uma safra bem-sucedida, é crucial adotar um conjunto de práticas e estratégias que considerem desde a escolha das culturas até a utilização de tecnologias avançadas. 

    A seguir, detalhamos os principais pontos para um planejamento eficiente:

    1. Planejamento de plantio: escolha das culturas e rotação de culturas

    Escolha das culturas: A seleção das culturas deve ser baseada em fatores como a demanda do mercado, condições climáticas locais e características do solo. 

    É importante analisar o ciclo de crescimento de cada planta e a compatibilidade com o período de cultivo. 

    Culturas que se adaptam bem ao clima e ao solo local tendem a ser mais produtivas e resistentes a doenças. 

    Além disso, considere a viabilidade econômica, escolhendo culturas que tenham boa aceitação no mercado e preços favoráveis.

    Figura 2. Demonstração de soja, milho e algodão para um futuro planejamento de safra. Créditos: IA | Edga

    Rotação de culturas: Implementar a rotação de culturas é essencial para manter a saúde do solo e prevenir o esgotamento de nutrientes. A rotação ajuda a reduzir a incidência de pragas e doenças, além de melhorar a estrutura do solo e a biodiversidade. 

    Alternar entre diferentes tipos de culturas, como leguminosas e gramíneas, pode melhorar a fertilidade do solo e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. 

    A rotação também ajuda a interromper os ciclos de vida de pragas e doenças específicas a uma cultura, diminuindo a necessidade de defensivos agrícolas.

    2. Preparação do solo: análise de solo, adubação e correção

    Análise de solo: realize uma análise completa do solo para identificar suas características químicas, físicas e biológicas. Essa análise é crucial para determinar a necessidade de correções e adubação.

    A análise deve ser feita em diferentes pontos da lavoura para obter uma visão geral da variabilidade do solo. Parâmetros como pH, matéria orgânica, textura, capacidade de retenção de água e níveis de nutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, entre outros) devem ser avaliados.

    Adubação e correção: com base na análise de solo, aplique os corretivos necessários para ajustar o pH e os níveis de nutrientes. Utilize adubos orgânicos e inorgânicos de forma equilibrada para suprir as necessidades das culturas. 

    A calagem é uma prática comum para corrigir a acidez do solo, enquanto a aplicação de compostos orgânicos ajuda a aumentar a matéria orgânica e a atividade biológica do solo. 

    A adubação deve ser feita de acordo com as recomendações técnicas, considerando as fases de desenvolvimento das plantas para otimizar a absorção de nutrientes.

    3. Seleção e uso eficiente de insumos

    Insumos agrícolas: escolha sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas de alta qualidade e adequados para as condições específicas da sua lavoura. Prefira insumos certificados e de fornecedores confiáveis. 

    A qualidade das sementes é um fator determinante para a produtividade. Sementes certificadas garantem maior vigor, uniformidade e resistência a doenças. Os fertilizantes devem ser escolhidos com base nas necessidades nutricionais das culturas, enquanto os defensivos agrícolas devem ser selecionados para controlar pragas e doenças específicas de maneira eficaz e segura.

    Uso eficiente: planeje a aplicação dos insumos de forma racional, evitando desperdícios e reduzindo os custos. Utilize técnicas como a adubação de precisão e o manejo integrado de pragas (MIP) para otimizar o uso dos recursos. 

    A adubação de precisão envolve a aplicação de fertilizantes na quantidade certa, no local certo e no momento adequado, utilizando tecnologias como GPS e sensores de solo. O MIP combina métodos químicos, biológicos e culturais para controlar pragas de forma sustentável, reduzindo a dependência de defensivos químicos.

    4. Monitoramento climático: como usar previsões meteorológicas para otimizar o plantio

    Previsões meteorológicas: utilize dados meteorológicos para planejar o plantio e as operações agrícolas. Ferramentas como aplicativos de clima e estações meteorológicas locais podem fornecer previsões precisas e em tempo real. Essas previsões ajudam a tomar decisões informadas sobre o melhor momento para semear, irrigar e aplicar defensivos agrícolas. É importante acompanhar não apenas a previsão do tempo, mas também tendências climáticas de médio e longo prazo, que podem afetar o desenvolvimento das culturas.

    Tomada de decisões: ajuste as datas de plantio e as práticas de manejo com base nas previsões de chuva, temperatura e umidade. Um bom monitoramento climático ajuda a minimizar os riscos e maximizar a produtividade. 

    Por exemplo, antecipar ou atrasar o plantio em resposta a uma previsão de seca ou chuvas intensas pode proteger as sementes e melhorar a germinação. Além disso, o monitoramento climático contínuo permite ajustar a irrigação e a aplicação de insumos ao longo da safra, otimizando o uso dos recursos e evitando desperdícios.

    5. Ferramentas e tecnologias para a gestão eficiente da safra

    Tecnologias digitais: adote tecnologias como software de gestão agrícola, sensores de solo e drones para monitoramento e análise da lavoura. Essas ferramentas auxiliam na coleta de dados precisos e na tomada de decisões informadas. 

    Softwares de gestão agrícola permitem o registro e análise de dados de campo, facilitando o planejamento e o controle das operações agrícolas. 

    Sensores de solo fornecem informações em tempo real sobre a umidade e a temperatura do solo, enquanto drones capturam imagens aéreas detalhadas para monitorar o crescimento das plantas e detectar problemas precocemente.

    Automação e IoT: utilize sistemas de irrigação automatizados e dispositivos IoT (Internet das Coisas) para otimizar o uso de água e insumos, garantindo eficiência e sustentabilidade. 

    Sistemas de irrigação automatizados, como a irrigação por gotejamento controlada por sensores de umidade, permitem aplicar a quantidade exata de água necessária, evitando o desperdício e melhorando a eficiência hídrica. 

    Dispositivos IoT, como sensores de clima e estações meteorológicas conectadas, fornecem dados em tempo real que podem ser usados para ajustar as práticas de manejo e melhorar a precisão das operações agrícolas.

    6. Planejamento de safra por estação

    Estacionalidade: planeje as atividades agrícolas considerando as características de cada estação do ano. Cada estação oferece condições específicas que podem ser aproveitadas para diferentes culturas e práticas de manejo. 

    O planejamento estacional envolve a adaptação das operações agrícolas às variações climáticas sazonais, como a temperatura, a precipitação e a duração do dia.

    Por exemplo, culturas de estação fria, como trigo e cevada, são mais adequadas para o outono e inverno, enquanto culturas de estação quente, como milho e soja, prosperam na primavera e verão.

    Calendário agrícola: desenvolva um calendário agrícola detalhado, mapeando todas as atividades desde o preparo do solo até a colheita. Este calendário deve ser ajustado conforme as condições climáticas e as necessidades da lavoura. 

    Um calendário agrícola bem planejado permite coordenar todas as operações agrícolas, garantindo que cada atividade seja realizada no momento ideal. Isso inclui o preparo do solo, a semeadura, a irrigação, a adubação, o controle de pragas e doenças, e a colheita.

    Ajustes podem ser feitos ao longo da safra com base no monitoramento contínuo das condições climáticas e do desenvolvimento das culturas.

    Integração com planejamento financeiro e de estoque

    O planejamento de safra deve estar alinhado ao planejamento financeiro e de estoque, sempre partindo dos custos de produção. 

    A análise financeira contínua e o controle de estoque são fundamentais para evitar gastos desnecessários e otimizar os recursos disponíveis. 

    Um bom planejamento financeiro envolve a elaboração de orçamentos detalhados, que consideram todos os custos operacionais, desde a compra de insumos até a colheita e a comercialização. 

    O controle de estoque, por sua vez, garante que todos os insumos necessários estejam disponíveis no momento certo, evitando atrasos e interrupções nas operações agrícolas.

    Ferramentas de Gestão: Aegro

    Para otimizar o planejamento de safra, considere o uso de ferramentas digitais como o Aegro. Este aplicativo centraliza todas as informações da safra, unindo áreas operacionais e financeiras da fazenda. Entre as principais funcionalidades estão:

    • Planejamento, controle e registro de atividades no campo;
    • Mapeamento e medição de áreas dos talhões;
    • Registro de observações com geolocalização e fotos;
    • Controle de abastecimentos e manutenções de máquinas;
    • Monitoramento de pragas e doenças;
    • Administração do fluxo de caixa;
    • Gestão do estoque da fazenda.

    O Aegro facilita a gestão integrada da fazenda, permitindo que o produtor acompanhe cada etapa da safra, desde a semeadura até a comercialização. 

    Pelo computador ou celular, o produtor e sua equipe podem trabalhar de forma mais integrada, melhorando a eficiência operacional e a tomada de decisões. 

    No final do ciclo produtivo, o Aegro oferece uma análise detalhada sobre os custos de produção e a rentabilidade de cada talhão, permitindo entender o que deu certo ou errado no plantio e otimizar os processos da lavoura.

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    Conclusão

    O planejamento de safra é essencial para o sucesso e sustentabilidade da produção agrícola. Envolve desde a escolha das culturas e preparação do solo até o uso eficiente de insumos e tecnologias avançadas. Estratégias como a rotação de culturas e o manejo integrado de pragas são fundamentais. 

    A utilização de ferramentas digitais, como o Aegro, centraliza informações e otimiza o controle operacional e financeiro.

    Alinhar o planejamento de safra ao planejamento financeiro e ao controle de estoque garante eficiência e controle de custos. A integração de práticas sustentáveis também é crucial para a longevidade e produtividade da lavoura. 

    Com um planejamento bem elaborado e o uso de tecnologias adequadas, produtores podem enfrentar os desafios do campo com mais confiança e obter melhores resultados. 

    Se tiver dúvidas ou quiser compartilhar suas experiências, deixe um comentário abaixo!

    Perspectivas para a safra do arroz após as chuvas no RS

    O desastre climático no Rio Grande do Sul impactou a produção de grãos nas áreas alagadas. De acordo com a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), estima-se um prejuízo de R$435 milhões para os produtores do estado.

    Uma das produções afetadas, é a de arroz. A preocupação inicial é com o preço do grão, visto que o Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional e, além disso, o arroz é um dos itens mais importantes na cesta básica brasileira.

    Dessa forma, a disparada no preço do produto pode impactar as famílias brasileiras. Portanto, estima-se que a enchente terá consequências econômicas não só no estado, mas no Brasil todo. 

    O mercado de arroz no Brasil

    Por ano, o Brasil produz mais de 10 milhões de toneladas de arroz, quantidade necessária para atender o mercado doméstico. O Rio Grande do Sul é responsável por mais de 70% do total produzido.

    De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a colheita do cereal já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores e pode ser ainda mais prejudicada com as chuvas.

    Contudo, a maior parte do arroz produzido no país é cultivado em um sistema de irrigação por inundação, onde a produção fica sob uma lâmina de água. Essa característica torna a cultura mais resistente às enchentes.

    Perdas na produção de arroz

    Até o dia 25 de abril, 78,76% da área total semeada no Rio Grande do Sul já haviam sido colhidos nesta safra de 2023/2024.

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) argumenta que as chuvas que atingiram o estado impactarão a produção agrícola, mas ainda seria precipitado fazer qualquer previsão de quantitativo e como isso influenciará o abastecimento e os preços dos alimentos.

    Além disso, no relatório “Desastre Climático no Rio Grande do Sul: Uma avaliação preliminar dos impactos econômicos” divulgado pelo Bradesco, indica que 7,5% da produção de arroz no Brasil pode estar comprometida.

    Ainda segundo o relatório, essa estimativa pode ser conservadora, uma vez que, não é possível saber o comprometimento da parcela já colhida em fase de beneficiamento.

    Impactos na importação de arroz

    Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), o Brasil já importa uma pequena quantidade de arroz de outros países, como o Paraguai. 

    O Ipead acredita que o anúncio de importação de arroz pelo presidente Lula tenha sido de forma preventiva, caso haja algum tipo de especulação do preço do arroz ou uma impossibilidade mais prolongada de comercialização por conta dos problemas logísticos.

    Por outro lado, a Conab informou que vai comprar 200 mil toneladas de arroz já industrializado e empacotado no mercado internacional, de países como Argentina, Uruguai e Paraguai. 

    Essa medida seria para evitar uma possível escalada no preço do arroz e aumentar a inflação de alimentos.

    Impactos no preço do arroz

    Espera-se um aumento nos preços do arroz, mas de modo temporário. Ainda de acordo com o relatório do Bradesco, espera-se que o desastre climático impactaria o IPCA nacional na ordem de 0,06 pontos percentuais (p.p.), que deve ser revertido nos meses seguintes.

    Contudo, a ampliação na importação de arroz poderia evitar uma alta imediata no preço do arroz.

    Conclusão

    O desastre climático no Rio Grande do Sul impactará a produção agrícola no país, reduzindo a produção de grãos importantes da cesta básica brasileira.

    Grande parte da produção de arroz já havia sido colhida, entretanto, é cedo para dizer a proporção da perda. Além disso, se as perdas na produção forem confirmadas, poderá ter um aumento no preço do item.

    Preocupado com os impactos das enchentes no preço e na produção do arroz no Rio Grande do Sul? Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a gerenciar esses desafios e otimizar sua produção. Não perca tempo, comece a proteger sua colheita e garantir a sustentabilidade do seu negócio agora mesmo!

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    O que acontece com a safra que molhou após uma enchente?

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    Descubra como as últimas inovações agronômicas estão sendo aplicadas para lidar com o desafio das safras alagadas no Rio Grande do Sul. Explore soluções práticas, desde técnicas de drenagem até estratégias de manejo do solo, para reduzir os impactos do excesso de água nas culturas e garantir a recuperação da produtividade agrícola.


    Os temporais que têm assolado o estado do Rio Grande do Sul por mais de 10 dias deixaram um rastro de destruição em sua passagem. Segundo levantamentos, 425 das 497 cidades do estado foram afetadas pelos eventos climáticos extremos. Os danos à humanos e materiais são significativos, com o registro de 107 mortes confirmadas, enquanto 136 pessoas ainda estão desaparecidas. 

    Além disso, cerca de 232,1 mil indivíduos foram forçados a deixar suas casas devido às inundações e deslizamentos de terra causados pelas fortes chuvas. A escala da devastação é ampla, afetando aproximadamente 1,476 milhão de pessoas, segundo estimativas da Defesa Civil. 

    As enchentes que periodicamente atingem o estado do Rio Grande do Sul representam não apenas eventos climáticos extremos, mas também desafios recorrentes para a produção agrícola da região. 

    A combinação de fatores climáticos adversos e questões relacionadas à gestão de recursos hídricos muitas vezes resulta em tragédias anunciadas, como evidenciado por uma linha do tempo dos eventos ligados à situação. 

    No presente contexto, analisaremos não apenas os efeitos diretos das enchentes, como a destruição das lavouras e infraestrutura agrícola, mas também os efeitos indiretos, incluindo perdas econômicas, deslocamento de comunidades rurais e impactos a longo prazo na segurança alimentar e na economia rural

    O acompanhamento dessa cronologia e a compreensão dos eventos associados fornecem insights cruciais para o desenvolvimento de estratégias de resiliência e adaptação para os agricultores e comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

    Boa leitura!

    Enchentes no Rio Grande do Sul  

    As recentes enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul, resultando no maior desastre natural dos últimos 40 anos na região, foram desencadeadas pela passagem de um ciclone extratropical. Esse sistema meteorológico trouxe consigo uma série de eventos climáticos extremos, incluindo fortes chuvas, rajadas de vento e até mesmo queda de granizo. 

    O volume de chuvas foi excepcionalmente alto, com algumas cidades registrando toda a precipitação esperada para o mês de setembro em apenas uma semana. Esse acúmulo de água saturou o solo e fez com que os rios transbordassem, resultando em enchentes generalizadas e deslizamentos de terra em diversas áreas do estado. A situação foi agravada pela intensidade do ciclone, que se beneficiou de águas oceânicas mais quentes do que o normal, aumentando sua força e impacto. 

    Figura 1. Rio Taquari no Rio Grande do Sul— Foto: Diego Vara/Reuters (2024)

    Como resultado, muitas regiões, incluindo o Rio Taquari, enfrentaram a segunda maior enchente de sua história, com níveis de água atingindo quase 30 metros. Esse cenário de eventos extremos demonstra a importância de medidas de prevenção e adaptação para lidar com os impactos das mudanças climáticas, que estão contribuindo para a intensificação e frequência de sistemas meteorológicos como os ciclones extratropicais

    A calamidade enfrentada no Rio Grande do Sul foi resultado da conjunção de diversos fatores, conforme apontado pelos especialistas:

    • A presença de um cavado, que é uma corrente intensa de vento, influenciou a instabilidade atmosférica na região, contribuindo para as condições climáticas adversas;
    • Um corredor de umidade vindo da Amazônia se somou a esse cenário, aumentando a intensidade e frequência das chuvas na área afetada;
    • O bloqueio atmosférico, associado a uma onda de calor, resultou na “secura” e calor no centro do país, desviando as chuvas para as áreas extremas, como o Rio Grande do Sul, exacerbando ainda mais os efeitos das enchentes.

    Figura 2. Chuvas extremas no Rio Grande do Sul — Foto: Ighor Jesus/Arte g1 (2024)

    Impacto na agricultura

    As chuvas e enchentes recentes no Rio Grande do Sul tiveram um impacto devastador na agricultura do estado. Esses eventos climáticos extremos causaram inundações generalizadas, resultando na perda de lavouras, danos a infraestruturas agrícolas e perdas significativas de animais

    Muitos agricultores enfrentam a difícil tarefa de recuperar suas terras cultiváveis, que foram inundadas por longos períodos. Além disso, as estradas rurais foram danificadas, dificultando o acesso às áreas afetadas e o escoamento da produção agrícola

    Essas adversidades têm um impacto direto na economia agrícola do estado, com prejuízos financeiros consideráveis para os produtores rurais e para toda a cadeia produtiva relacionada ao setor agrícola. A incerteza em relação à recuperação das terras e à próxima safra agrava ainda mais a situação, levando muitos agricultores a considerar abandonar a atividade agrícola. 

    Excesso de água na safra 2023/2024

    Mas, o que ocorre com o excesso de água no solo e nas culturas?

    Quando ocorre um excesso de água no solo ou inundação, como é o caso das enchentes, isso pode afetar significativamente o cultivo de arroz, feijão, soja e milho de várias maneiras, devido às suas diferentes características fisiológicas e exigências de crescimento.

    Arroz

    O arroz é uma cultura que pode tolerar condições de inundação temporária. Na verdade, o arroz alagado é uma prática comum em algumas regiões. No entanto, o excesso prolongado de água pode levar a problemas como a falta de oxigênio no solo, o que prejudica o crescimento das raízes e, consequentemente, afeta a absorção de nutrientes. Além disso, o acúmulo de água pode favorecer o desenvolvimento de doenças nessa cultura.

    A produção de arroz enfrenta um desafio significativo devido às chuvas intensas, o que pode resultar em uma redução considerável na produtividade. As tempestades inundaram as lavouras, retardando ainda mais os trabalhos de campo. Essa situação pode afetar o abastecimento nacional, considerando que o estado é o principal produtor de arroz do país. 

    Além disso, alguns relatórios indicam que estradas estão interditadas, dificultando o transporte do cereal. Os últimos dados reportados pelo Instituto Rio-Grandense do Arroz (IRGA) apontavam para um rendimento médio do estado esperado em 8.6 toneladas por hectare, porém, essa estimativa pode ser comprometida devido às condições adversas causadas pelas enchentes.

    Feijão

     O feijão é mais sensível à inundação do que o arroz. O excesso de água pode resultar em falta de oxigênio nas raízes, levando à morte das plantas por asfixia radicular. Além disso, a saturação do solo pode causar o apodrecimento das sementes/grãos e o desenvolvimento de doenças fúngicas, como a podridão das raízes.

    Soja

    A soja é relativamente ‘tolerante’ à inundação temporária, mas o excesso de água pode reduzir a disponibilidade de oxigênio no solo, afetando o crescimento das raízes e a absorção de nutrientes. 

    Isso pode resultar em crescimento retardado, amarelecimento das folhas e queda de flores e vagens. “Além disso, o excesso de umidade tende a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia”, afirma o Cepea (2024).

    Figura 3. Chuvas extremas em áreas de produção de soja — Fonte: Bing AI – EDGA 2024. 

    Milho

    O milho é mais sensível à inundação do que o arroz e a soja. O excesso de água pode causar danos significativos às raízes, levando à falta de oxigênio e à morte das plantas por asfixia radicular. Além disso, a saturação do solo pode resultar em perda de nutrientes, como nitrogênio, e aumentar o risco de doenças fúngicas

    Para o milho, a condição permanece desafiadora. As inundações interromperam a colheita, mesmo estando em estágio avançado. De acordo com informações da Emater/RS, aproximadamente 83% das áreasdestinadas ao cultivo de milho já passaram pelo processo de colheita.

    Figura 4. Situação dos silos com armazenamento de grãos no RS — Fonte: G1 2024 – Foto: Carlos Cogo.

    Manejo futuro da lavoura

    Após um episódio de excesso de água em uma área agrícola, algumas soluções agronômicas podem ser consideradas para mitigar os impactos e permitir a recuperação da produtividade:

    • Drenagem: implementar ou melhorar sistemas de drenagem para remover o excesso de água do solo, ajudando a restaurar condições ideais de umidade e oxigenação para as raízes das plantas;
    • Manejo do solo: realizar práticas de manejo do solo, como aração e gradagem, para melhorar a estrutura do solo e promover a drenagem adequada da água (desde que a área tenha mais excesso de água no solo para evitar compactação);
    • Fertilização balanceada: aplicar fertilizantes de forma equilibrada para fornecer os nutrientes necessários às plantas, especialmente após eventos de inundação que podem ter lixiviado os nutrientes do solo;
    • Monitoramento fitossanitário: fazer um acompanhamento rigoroso das condições das plantas para detectar e tratar rapidamente quaisquer problemas fitossanitários que possam surgir devido ao estresse causado pelo excesso de água;
    • Rotação de culturas: praticar a rotação de culturas para melhorar a saúde do solo e reduzir o risco de problemas relacionados ao alagamento em safras futuras;
    • Manejo de resíduos: remover resíduos vegetais ou detritos que possam obstruir a drenagem e contribuir para o acúmulo de água nas áreas agrícolas;
    • Monitoramento climático: estar atento às previsões meteorológicas e tomar medidas preventivas, como a construção de barreiras de contenção de água, para proteger as plantações de eventos climáticos extremos no futuro.

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    Conclusão

    Após uma enchente, as safras que foram molhadas enfrentam diversos desafios e consequências. 

    Impacto direto nas lavouras e infraestrutura agrícola

    • As enchentes inundam os campos, sufocando as raízes das plantas e levando à morte das culturas. A destruição direta das lavouras afeta a produtividade e a renda dos agricultores;
    • Além disso, a infraestrutura agrícola, como galpões e equipamentos, também pode ser danificada pelas inundações, dificultando ainda mais a recuperação.

    Impactos a longo prazo na segurança alimentar e economia rural

    • A disponibilidade local de alimentos é afetada, o que pode impactar a segurança alimentar da região;
    • A economia rural sofre, pois a agricultura é uma parte fundamental da economia do estado. Estratégias de resiliência e adaptação são essenciais para garantir a recuperação da produtividade agrícola no Rio Grande do Sul.

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