Mercado do milho 2020: Confira os principais movimentos do mercado e como o clima pode moldar esse cenário.
A safra de milho para este ano deve ser 7,5% menor, segundo as previsões do IBGE. Mas como isso afeta o mercado do milho 2020?
Bem, este mercado é complexo. Os preços e as exportações variam de acordo com vários fatores, internos e externos ao Brasil. Além do clima, é claro.
Algo que acontece em outros países produtores/importadores afeta diretamente o comércio brasileiro de milho.
Veja a seguir o que esperar do mercado do milho para 2020. Acompanhe!
Índice do Conteúdo
Previsões do mercado do milho 2020
Mercado interno
O fim de ano é sempre conturbado para o escoamento de produção da safra brasileira. A logística deixa a desejar…
Ao mesmo tempo, que em algumas regiões, a estratégia de boa parte dos produtores de milho é reter sua produção esperando uma alta no mercado.
Tudo isso gerou dificuldades para os compradores de milho no final de 2019. Por isso, a expectativa é que deve subir o ritmo de compras no início de 2020, pelo menos nessas regiões.
Mercado internacional
Mesmo que em fase preliminar, o fechamento do acordo de comércio entre EUA e China já aqueceu o mercado internacional.
A diminuição das incertezas gerou alta nos principais ativos da bolsa de Chicago, como o milho. Enquanto que os Estados Unidos serão fornecedores de nossa principal parceira, a China.
Os americanos não conseguem suprir toda demanda dos chineses e podem gerar uma lacuna no mercado ao deixar de fornecer milho para outros países.
Dessa forma, poderiam entrar as commodities brasileiras. Mas ainda é cedo para falar no que isso vai resultar para a nossa economia.

(Fonte: Embrapa)
Área plantada e produção de milho em 2020
A expectativa é de aumento de área plantada na safra de 1,2% maior que a safra passada.
O aquecimento do mercado estimulou o plantio e o volume de chuvas acumulado em novembro e dezembro, por isso, deve favorecer a safra de verão de milho no Brasil.
Temos perspectivas de aumento de produção.
A safrinha continua como a principal produtora, com o milho em sucessão após a soja. O atraso no plantio da soja em várias regiões do país gera preocupação para o milho safrinha, pois em muitos casos o plantio poderá ocorrer fora da janela ideal.
Mesmo assim, as boas condições climáticas para o primeiro trimestre de 2020 devem contribuir para a manutenção da área plantada em segunda safra.
Embora as previsões mostrem uma probabilidade de redução de 3% da produtividade.
No total produzido, a projeção do IBGE indica 92,7 milhões de toneladas de milho para 2020. Uma redução de 7,5% em relação à safra 2019.
Previsão do preço do milho para 2020
A demanda interna de milho 2020 deverá ser alta, sendo que a projeção é de quase 64 milhões de toneladas.
A produção de etanol com base no cereal e o setor de produção de frangos e suínos deverão ser o carro-chefe para o aquecimento do mercado interno.
Com isso, a tendência é que os preços pagos pelo milho internamente se mantenham altos, pelo menos no início do ano.
Exportações
A alta do dólar junto com a alta disponibilidade (fruto da safra de produção recorde do ano passado) favoreceram as exportações de milho durante todo o ano de 2019.
Segundo o Cepea, a primeira quinzena de dezembro ainda teve aumento das exportações.
Contudo, com o fechamento da safra norte-americana e maior volume de produtos no mercado, esse volume de exportação deve se retrair no início de 2020.
A forte demanda interna também contribui para um menor excedente exportável e, portanto, teríamos reduções na exportação do milho neste ano – com estimativa da redução de 6 milhões de toneladas.
No fim das contas, um balanço entre esses dois fatos pode determinar como serão as exportações do mercado do milho 2020.
Conclusão
Embora a previsão seja de uma safra menor, o volume de chuvas deve favorecer uma boa safra de milho verão.
Na safrinha, as previsões climáticas para o início de 2020 animam os produtores ao plantio, apesar dos atrasos no plantio da soja.
A demanda aquecida e a retenção de milho por parte dos produtores deverá manter os preços altos, pelo menos no início do ano.
Vimos também que com o fechamento do acordo comercial entre EUA e China, o mercado está aquecido e isso pode favorecer exportações do milho brasileiro.
Ao mesmo tempo que a demanda interna reduz o excedente exportável do cereal.
Além disso, abordamos no artigo que, inicialmente, as exportações vão se reduzir frente o mercado interno, mas deverão ser moldadas de acordo com o fluxo das exportações do agronegócio brasileiro.
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