A inteligência artificial no agronegócio não é mais uma promessa: é realidade no campo.
Em um cenário em que as demandas por alimento aumentam e os recursos naturais precisam ser usados com mais responsabilidade, a IA surge como uma aliada para facilitar o dia a dia do produtor.
Seu uso está presente em diferentes etapas da produção agrícola, do planejamento até a comercialização, promovendo precisão nas decisões e otimizando o uso de insumos.
Combinando algoritmos avançados, sensores inteligentes,big data e conectividade, a IA tem redesenhado o jeito deproduzir no campo. A transformação já está em curso.
O que é inteligência artificial?
A inteligência artificial (IA) é o conjunto de tecnologias que permitem que máquinas simulem o raciocínio humano.
No agronegócio, é aplicada em tarefas como diagnóstico de pragas, previsão de safra e gestão de operações, com base em dados e padrões extraídos do próprio campo.
A IA combina aprendizado, adaptação e tomada de decisão, facilitando a resolução de problemas mais complexos.
Essa tecnologia é uma combinação de machine learning, deep learning, visão computacional e big data, usada para recomendar manejos agronômicos, identificar problemas na lavoura e melhorar o uso de recursos.
Como a inteligência artificial no agronegócio é usada?
A IA é utilizada no agronegócio em diversas frentes, como no sensoriamento remoto, NDVI, NDRE e GNDVI, por exemplo.
Os softwares de previsão climática também fazem parte disso, mas aplicam modelos baseados em séries históricas e aprendizado de máquina para antecipar eventos como geadas e chuvas intensas.
Já as plataformas de gestão agrícola, como o Aegro, integram dados de produtividade, fertilidade, clima e manejo para sugerir ajustes em tempo real.
A IA ainda está embarcada em tratores e pulverizadores que usam visão computacional e algoritmos como Random Forest e SVM para tomada de decisões em campo.
Além disso, robôs e sensores conectados via IoT automatizam tarefas como irrigação, adubação e colheita, com monitoramento climático remoto e contínuo.
O impulso da agricultura com inteligência artificial
O agronegócio representou 27% do PIB brasileiro em 2024 e segue passando por mudanças com o uso de máquinas autônomas, sensores IoT e algoritmos preditivos
Essas ferramentas aumentam a produtividade em até 20% e reduzem perdas por clima e pragasem até 30%, segundo a Embrapa.
Porém, essa revolução traz novos desafios. Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), apenas 32% das empresas superaram o déficit de habilidades para operar essas tecnologias.
Profissões como pilotos de drones e operadores remotos de sensores estão em alta, exigindo conhecimento técnico específico e domínio de ferramentas digitais.
Além da capacitação, plataformas de gestão de talentos com aplicação de IA podem ajudar no mapeamento de lacunas e na formação de equipes mais preparadas.
O retorno desse investimento é concreto: empresas que usam IA de forma integrada relatam reduções de 15% a 25% nos custos operacionais.
O futuro do agro depende da integração entre tecnologia, pessoas e propósito, com diagnósticos personalizados e planos de carreira alinhados às novas demandas.
De previsões climáticas mais confiáveis a aplicações precisas, a tecnologia tem mudado o jeito de produzir.
A integração com sensores, drones, tratores autônomos e sistemas de IoT permite uma atuação automatizada, com coleta e análise de dados em tempo real (Jorge et al., 2024).
E este é um cenário em evolução constante: segundo a Markets and Markets (2024), o mercado global de IA na agricultura deve movimentar cerca de US$ 4,7 bilhões até 2028.
Como usar a inteligência artificial no campo?
A inteligência artificial no agronegócio pode ser aplicada desde o planejamento até a comercialização.
No planejamento agrícola, é responsável por analisar os dados históricos da área para identificar zonas de manejo, prever cenários climáticos e otimizar o uso de insumos.
Durante a produção, permite a automação do plantio, adubação, pulverização e colheita, gerando mapas de variabilidade espacial que guiam o manejo.
Na comercialização, a IA contribui com a previsão de tendências de preço, auxiliando o produtor a definir o melhor momento para vender ou estocar sua produção (Bernardi et al., 2024).
Aplicações da inteligência artificial na agricultura
As principais aplicações da inteligência artificial na agricultura vão do monitoramento da lavoura até a agricultura de precisão.
1. Monitoramento da lavoura
Os drones na agricultura são as principais ferramentas na coleta de dados para os sistemas de inteligência artificial.
Nos últimos anos, eles ganharam muito espaço e vêm sendo utilizados para identificação de uma série de pontos da lavoura, como:
Devido às imagens obtidas por eles, as ferramentas de aprendizado de máquina identificam as alterações existentes nas lavouras. Isso permite uma tomada de decisão mais precisa.
2. Clima, tempo e previsibilidade
Os sistemas de previsão do tempo já são velhos conhecidos dos meteorologistas. A inteligência artificial tem refinado ainda mais essas predições.
Os algoritmos de aprendizado de máquina trabalham nos bancos de dados históricos climáticos. Isso aumentaa confiabilidade das previsões.
Associado ao monitoramento de chuvas das fazendas, você pode saber quais talhões precisarão de irrigação suplementare quais não, por exemplo.
3. Agricultura de precisão e veículos autônomos
O GPS agrícola já faz parte da rotina de muitos trabalhadores do campo. Por isso, o uso de veículos autônomos pode parecer algo comum.
Mas quando esses veículos se conectam a sistemas de inteligência artificial, o impacto na agricultura se torna ainda maior.
Com IA, eles ajustam com precisão suas atividades, como a aplicação automática de fertilizantes com base em mapas de produtividade e análise de solo, além da pulverização direcionada de herbicidas.
Tudo isso é controlado por um sistema central de inteligência artificial, que integra e gerencia as operações no campo.
Tendências e desafios da inteligência artificial na agricultura
Os tipos de inteligência artificial aplicados no agronegócio variam com o nível de complexidade. A IA reativa, mais simples, atua apenas no momento, sem memória ou capacidade de aprendizado.
A IA de memória, a mais comum no setor agrícola, armazena informações e aprende com elas, sendo usada em tratores autônomos e na robótica agrícola.
Já a IA da mente, ainda em desenvolvimento, busca reconhecer emoções, intenções e estados mentais humanos, com aplicações em robôs sociais.
Por fim, a IA autônoma representa um estágio avançado, com alta capacidade de processamento e independência, sendo voltada para áreas como pesquisa científica e missões espaciais.
As bases dessas tecnologias incluem machine learning, deep learning, redes neurais e visão computacional, que permitem reconhecer padrões de solo, doenças e produtividade (Bernardi et al., 2024).
Casos recentes e aplicações no campo
A IA tem sido usada no mercado financeiro do agro para analisar preços e planejar estratégias de venda.
A Embrapa, em 2024, desenvolveu um sistema com IA para identificar ferrugem asiáticavia drones.
No mesmo ano, a John Deere lançou tratores autônomos capazes de pulverizar com precisão. Startups como Agrosmart e Solinftec criaram plataformas que integram clima, solo e economia para orientar decisões em tempo real.
A Aegro desenvolveu uma leitura de romaneios por inteligência artificial que economiza tempo e reduz erros no registro da colheita.
Com apenas uma foto, a plataforma preenche automaticamente os campos do formulário. Marque uma demonstração e veja tudo que a Aegro pode fazer por você.
Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).
Você já parou para pensar por que algumas partes do seu talhão produzem mais que outras, mesmo recebendo o mesmo tratamento?
Essa pergunta é comum para quem vive o dia a dia no campo. A boa notícia é que a agricultura de Precisão (AP) é uma forma de fazer isso.
O uso detecnologias agrícolas, como a AP, tem permitido um manejo melhor elaborado e detalhado da propriedade, áreas e culturas.
Poder plantar a quantidade certa de sementes, fornecer o adubo exato que solo precisa e aplicar defensivos apenas onde a praga realmente está, já é uma realidade.
Neste artigo, você vai conhecer os conceitos e vantagens da agricultura de precisão e quais ferramentas estão tomando conta das lavouras.
O que é agricultura de precisão?
A agricultura de precisão é uma estratégia de gestão de informações das culturas agrícolas para coletar, processar e analisar dados sobre as variações espaciais e temporais dentro de uma lavoura.
A AP reconhece que sua lavoura não é um algo uniforme. Existem diferenças nas características do solo (fertilidade, textura, umidade), no relevo, na incidência de pragas e doenças, e até no potencial produtivo de cada metro quadrado.
A agricultura de precisão usa a tecnologia para mapear essas diferenças, permitindo um um manejo “metro a metro”, aplicando os insumos de acordo com a necessidade de cada local.
Quais são os benefícios da agricultura de precisão?
Há inúmeras vantagens da agricultura de precisão em relação a economia e a saúde da fazenda.
A partir desse método, temos informações que auxiliam a tomar decisões, permitindo aplicar somente o necessário em cada pedaço da propriedade. Isso gera vários benefícios como:
1. Aumento da eficiência e produtividade
Ao aplicar insumos apenas onde, quando e na quantidade necessária, você evita odesperdício e otimiza o potencial produtivo de cada área.
Além disso, a otimização das rotas das máquinas com GPS e piloto automático reduz o consumo de combustível e o tempo de operação.
3. Sustentabilidade ambiental
Usar menos insumos químicos e aplicar de forma mais inteligente minimiza a contaminação do solo e da água, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
4. Decisões mais estratégicas
A coleta e análise de dados detalhados sobre a lavoura oferecem informações para decisões de manejo mais assertivas.
Isso inclui desde oplanejamento do plantio até a colheita, passando pelo manejo de fertilidade e pragas.
5. Melhora na qualidade do produto
Um manejo personalizado, que atende às necessidades da cultura em cada ponto da lavoura, pode resultar em produtos agrícolas de maior qualidade, mais uniformes em tamanho, cor e sabor, atendendo melhor às exigências do mercado.
Comparativo: Plantio tradicional vs. plantio com agricultura de precisão
Característica
Plantio Tradicional
Plantio com AP
Gerenciamento da Área
Uniforme (baseado na média)
Localizado (baseado na variabilidade)
Uso de Tecnologia
Baixo a Médio (mecânico)
Alto (GPS, VRT, Sensores, Software) 13
Aplicação de Insumos (Sementes/Adubo)
Taxa Fixa
Taxa Variável (VRT) 11
Precisão no Plantio (Espaçamento/Pop.)
Menor (depende do operador/máquina)
Maior (automação, controle linha a linha) 2
Uso de Dados
Limitado/Histórico
Intensivo (tempo real, mapas, análise) 13
Potencial de Eficiência (Insumos)
Menor
Maior (otimizado) 1
Potencial de Produtividade
Limitado pela média
Otimizado por zona 1
Impacto Ambiental (Insumos)
Potencialmente maior (desperdício)
Potencialmente menor (uso racional) 1
Quais são as ferramentas usadas na agricultura de precisão?
Muita gente confunde agricultura de precisão com somente o GPS agrícola, piloto automático ou até mesmo drones.
Todas estas tecnologias são ferramentas de agricultura de precisão nas fazendas, que trabalham juntas.
Esses equipamentos são componentes de um sistema integrado de gestão para levantar dados e aplicações em campos. Confira:
1. GPS agrícola
O GPS fornece as coordenadas geográficas exatas de qualquer ponto da lavoura, permitindo criar mapas detalhados, guiarmáquinas agrícolas e registrar amostras de solo.
Para operações que exigem altíssima precisão, como o plantio, sistemas de correção como o RTK são utilizados para reduzir a margem de erro.
O GPS é como o endereço de cada ponto da sua lavoura, sendo importante para saber onde aplicar cada insumo ou semente.
2. Máquinas de Taxa Variável
Após identificar e mapear áreas semelhantes no talhão, o próximo passo é tratar de forma específica — seja na adubação ou no controle de pragas e doenças.
Para isso, são usadas máquinas que aplicam produtos em taxas variáveis, como fertilizantes, fungicidas e inseticidas.
Essa tecnologia permite que plantadoras, distribuidores e pulverizadores ajustem automaticamente a quantidade de insumos aplicada enquanto operam.
Isso é possível graças aos mapas de prescrição, carregados no computador de bordo da máquina, que indicam a dose ideal para cada parte da área.
3. Colheita monitorada
Toda e qualquer alteração no manejo das áreas irá refletir na produtividade.
Ter uma colhedora que monitore esse processo de acordo com o georreferenciamento é a maneira mais fácil de verificar a eficiência das aplicações.
Além disso, esses dados formam os mapas de colheita, que servem de base para as próximas safras/safrinha.
4. Sensores (Remotos, de solo e de planta)
Os sensores são como os olhos e os ouvidos dentro da agricultura de precisão e do campo. A partir deles são coletados dados sobre o solo, as plantas, o clima e as máquinas — em tempo real. Veja:
Sensores remotos (drones e satélites)
Drones e satélites capturam imagens da lavoura em diferentes espectros de luz, avaliando a saúde das plantas em larga escala.
Com essas imagens, são gerados índices como o NDVI, que mostra o vigor da vegetação e ajuda a identificar estresse hídrico, falta de nutrientes ou pragas.
Já os drones oferecem alta resolução e monitoramento sob demanda e os satélites cobrem grandes áreas com frequência.
Sensores de solo
Podem medir diversas propriedades do solo diretamente no campo, como teores de nutrientes, pH, umidade, compactação e condutividade elétrica.
Esses dados geram mapas de fertilidade, que servem de base para a aplicação de corretivos e fertilizantes em taxa variável.
Sensores de planta
Instalados em máquinas ou portáteis, medem características das próprias plantas, como o teor de clorofila ou a refletância da luz nas folhas.
Essas informações ajudam a avaliar o estado nutricional da cultura em tempo real, permitindo ajustes finos na adubação, especialmente a nitrogenada.
5. Software de gestão rural
A agricultura de precisão traz uma capacidade enorme de captar dados e usá-los para tomada de decisão mais rápida e assertiva dentro da propriedade.
Para isso, os softwares de gestão ruralsão indispensáveis, já que potencializam as ferramentas aplicadas e permitem a análise de muitos mais dados.
Um exemplo disso é o software Aegro, que integra operações do campo ao escritório, gerando de forma automática indicadores agrícolas e financeiros.
6. Piloto Automático Agrícola
Alguns maquinários mais modernos já saem de fábrica com piloto automático integrado ao GPS.
Essa tecnologia permite o georreferenciamento da área e o mapeamento das heterogeneidades dela.
Utilizando sinais de GPS de alta precisão (como RTK), o piloto automático guia tratores, pulverizadores e colhedoras ao longo de trajetórias pré-definidas.
Isso reduz falhas e sobreposições, gerando economia com combustível e trabalhar em condições de baixa visibilidade.
7. Semeadoras/plantadoras de precisão
As plantadoras modernas vão muito além de lançar sementes no solo e usam GPS para piloto automático, VRT para aplicar sementes e fertilizantes em taxas variáveis, e sistemas de dosagem com alta precisão.
Também controlam a profundidade da semeadura e contam com sensores que detectam falhas ou sementes duplas.
Essas máquinas ainda contam com desligamento automático por seção ou linha evitando sobreposição e desperdício. Tudo isso garante precisão milimétrica no plantio.
Quais são as etapas da agricultura de precisão?
Todas as ferramentas da agricultura de precisão devem ser utilizadas em etapas específicas. Confira quais são:
Etapa 1: Coleta de dados
Antes de agir, você precisa coletar os dados da sua lavoura. Afinal, você precisa saber exatamente a situação do solo, das daninhas presentes, dos fertilizantes utilizados.
Para coletar dados da lavoura, é necessário usar ferramentas de agricultura de precisão.
Por exemplo, GPS agrícola, drones, telemetria e sensores podem ser utilizados para coletar os dados. É importante dar atenção a essa etapa, já que é ela que te ajuda nas tomadas de decisão.
Essas informações podem ser exportadas em tempo geral ao seu sistema de gestão, como na integração entre Aegro e as plataformas Climate FieldView e Operations Center John Deere.
Etapa 2: Planejamento
Com os dados coletados, é hora de planejar as ações na lavoura. Sabendo como está a situação do solo e das plantas, você consegue elaborar um mapa de aplicação para garantir assertividade na etapa.
Com os dados coletados, você também consegue saber e decidir quais as melhores táticas de colheita, de plantio e de aplicação.
É bom lembrar que, na dúvida de como interpretar os dados coletados, é necessário procurar uma pessoa especialista para te orientar.
O planejamento de atividades e pontos de monitoria podem ser elaborados também com apoio do Aegro, dando mais mobilidade a sua equipe.
Etapa 3: Aplicação localizada
A etapa final é a hora de colocar a mão na massa e aplicar os produtos na lavoura.
Antes disso, é claro, é necessário garantir que suas máquinas e equipamentos estão em ordem.
Você também pode contar com ferramentas da agricultura de precisão, como drones aplicadores.
Tendo feito bem as duas etapas anteriores, a garantia de que a aplicação correrá bem é enorme.
Como a agricultura chegou a esse nível de tecnologia?
A jornada até a agricultura de precisão foi impulsionada por uma combinação de necessidades crescentes e avanços tecnológicos.
Vários fatores motivaram a busca por novas tecnologias agrícolas ao longo do tempo, como:
Pressão de alimentar uma população mundial em crescimento;
A agricultura de precisão moderna começou a se consolidar nas décadas de 1980 e 1990, com o avanço do GPS e dos computadores.
No Brasil, chegou em 1990 com a importação de colhedoras com monitores de produtividade, mas ganhou força em 2000, quando o GPS ficou mais acessível.
Ao longo dos anos, alguns projetos e iniciativas foram acontecendo como o primeiro simpósio sobre o tema, feito pela ESALQ/USP, em 1996, e o projeto Aquarius (UFSM) e iniciativas da UFV, nos anos 2000.
Quais informações podem ser obtidas com esse sistema na agricultura?
Considerando que a área não é uniforme, com as ferramentas da agricultura de precisão e uma dose de tecnologia, seguem alguns mapeamentos e levantamentos de informação que podem ser feitas na sua fazenda:
Mmapas de infestação de insetos para pulverização;
Mapas de irrigação;
Semeadura a taxa variável;
Mapas de solo para aplicação de fertilizantes;
Criação de unidades de gestão diferenciadas;
Levantamento de áreas degradadas;
Quantificação de biomassa das lavouras;
Estimativas de produtividade;
Automação de máquinas e processos, etc.
Com uso de sistemas de posicionamento global, como GPS ou Glonass, Galileu, entre outros, você pode fazer aplicação de insumos a taxa variável utilizando AP. Os insumos que podem ser aplicados em doses variadas podem ser:
Pontos positivos e negativos da tecnologia na agricultura
Como toda tecnologia, a AP traz um conjunto de pontos positivos e negativos (ou desafios).
Quanto aos pontos positivos, pode ter aumento de eficiência e produtividade, redução de custos, maior sustentabilidade e melhores decisões.
Já como pontos negativos, pode ter um custo maior na aquisição de máquinas equipadas com GPS e piloto automático, por exemplo.
Algo bastante comum também é a falta de mão de obra qualificada para analisar os dados e transformar em ações.
Muitos produtores ainda têm dúvidas sobre como começar, quais tecnologias escolher e como implementar a AP.
Por mais que seja desafiador, a agricultura de precisão realmente faz mudanças na lavoura e a Aegro pode ajudar você a deixar tudo mais simples. Converse com os nossos especialistas.
Tipos de agricultura: Onde a agricultura de precisão se encaixa?
Para entender onde a agricultura de precisão se insere, é útil conhecer as classificações mais comuns.
Frequentemente, ouvimos falar em “4 tipos de agricultura”, mas existam várias formas de categorizar. Algumas das principais são:
1. Agricultura tradicional ou de subsistência
Caracterizada pelo uso de ferramentas simples, como enxada e arado animal, a agricultura de subsistência quase não usa tecnologia.
A sua maior característica é o uso de mão de obra predominantemente manual ou familiar.
A produção é em pequena escala, muitas vezes com policultura e destinada ao consumo da própria família ou comunidade local.
A agricultura de precisão, com seu alto custo e dependência tecnológica, geralmente não se aplica a este sistema.
2. Agricultura Familiar
É praticada em pequenas propriedades rurais onde a gestão e a maior parte do trabalho são feitos pela família.
A produção da agricultura familiar pode ser tanto para subsistência quanto para venda no mercado interno, sendo responsável por uma grande parcela dos alimentos que chegam à nossa mesa.
Embora a adoção de AP seja mais desafiadora pelo custo e à escala, existe um potencial crescente com o uso de ferramentas mais acessíveis, como apps e modelos cooperativos.
3. Agricultura moderna, comercial, patronal ou empresarial
É a agricultura moderna é voltada para o mercado, tanto interno quanto de exportação, é praticada em médias e grandes propriedades.
Sua maior característica é o alto investimento em tecnologia, gestão, mão de obra especializada, produção em larga escala e monocultura.
É neste tipo de agricultura que a AP encontra seu principal campo de aplicação e onde sua adoção é mais expressiva.
As ferramentas são usadas para maximizar a eficiência e a rentabilidade dessas operações de grande escala.
4. Agricultura orgânica
É um sistema de produção que busca a sustentabilidade ambiental, social e econômica, evitando o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, transgênicos e outras práticas.
Utiliza adubos orgânicos, controle biológico de pragas, rotação de culturas e outras técnicas para manter asaúde do solo e a biodiversidade.
As ferramentas da AP, como GPS, podem ser usadas para aumentar a eficiência do manejo orgânico e melhorar o planejamento.
Mesmo com essas funções ajudando, a sua aplicação ainda é menos comum do que na agricultura comercial convencional.
Exemplos da agricultura de precisão no plantio brasileiro
A agricultura de precisão já é uma realidade em muitas lavouras brasileiras, especialmente nas grandes culturas como soja, milho e cana-de-açúcar.
O uso estratégico de dados, sensores e máquinas inteligentes têm transformado a forma de planejar e executar o plantio. Veja alguns exemplos abaixo:
Soja e milho
O uso da taxa variável (VRT) na semeadura e adubação ajusta a quantidade de sementes e fertilizantes conforme o potencial produtivo do solo, aumentando a produtividade e reduzindo custos.
Plantadoras modernas, aliadas ao GPS de alta precisão (RTK), garantem um estande mais uniforme, melhorando o aproveitamento de luz, água e nutrientes.
Estudos e análises econômicas confirmam a rentabilidade dessas tecnologias na produção de soja e milho no Brasil.
Cana-de-Açúcar
A revitalização do Método Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente (MEIOSI) mostra bem o impacto da agricultura de precisão na cana-de-açúcar.
Com GPS e piloto automático, foi possível resolver o problema de alinhamento das linhas para a colheita mecanizada, tornando o método mais eficiente.
O MEIOSI também costuma ser usado junto com Mudas Pré-Brotadas (MPB), garantindo mudas mais saudáveis e vigorosas.
Na cana-de-açúcar, a AP também é usada na aplicação de insumos em taxa variável, no mapeamento da produtividade e no tráfego controlado para reduzir a compactação do solo.
Outras culturas
Outras culturas como algodão, arroz irrigado, café, citros, eucalipto e frutas de clima temperado têm apresentado resultados positivos com a AP.
Isso tem acontecido porque a agricultura de precisão pode ser usada fpara aprimorar ou viabilizar práticas agronômicas já conhecidas e adaptar aos sistemas de produção modernos e mecanizados.
Ao resolver problemas como o alinhamento das máquinas, a AP permite que métodos como o MEIOSI voltem a ser usados com eficiência em grande escala.
Plantando o futuro com inteligência
A agricultura de precisão vai além de máquinas modernas, é uma nova forma de gerenciar a lavoura com base em dados e tecnologia.
Seu foco é entender e manejar a variabilidade do campo, aplicando insumos de forma precisa para reduzir custos, aumentar a produtividade e promover sustentabilidade.
No plantio, tecnologias como GPS, VRT e semeadoras de precisão garantem um aproveitamento máximo da área.
Apesar dos desafios, como custo inicial e necessidade de capacitação, a adoção da AP no Brasil cresce com apoio da pesquisa, da indústria e do próprio produtor.
A Aegro pode ajudar você nessa jornada. Com uma plataforma completa de gestão rural, é possível reunir e analisar dados da propriedade de um jeito simples, integrado e acessível. Fale com os nossos especialistas!
Funrural: confira as principais questões sobre o tema, as novidades, as alíquotas e os prazos
Funrural é a sigla para Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural. Trata-se de um fundo rural destinado à contribuição social, com recolhimento obrigatório para que o empregado rural possa se aposentar.
Ficar sempre em dia com as obrigações fiscais é muito importante, porque os tributos costumam sofrer alterações com o tempo.
Então, para te manter por dentro do Funrural, veja algumas das respostas para as principais dúvidas que envolvem o tema. Aproveite!
O que é o Funrural?
O Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) é uma contribuição previdenciária que financia a seguridade social dos trabalhadores rurais. Dessa forma, ele é uma contribuição recolhida para o INSS, RAT (Risco Ambiental do Trabalho) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).
A contribuição funciona como uma espécie de INSS para a categoria e é cobrado sobre a receita bruta da comercialização da produção rural ou sobre a folha de pagamento.
Ou seja, quando um produtor rural vende sua produção, uma parte do valor arrecadado deve ser destinada ao Funrural. Esse recolhimento garante benefícios previdenciários aos trabalhadores do setor, como aposentadoria e auxílio-doença.
A obrigatoriedade do Funrural se aplica tanto a produtores rurais pessoa física quanto a pessoa jurídica. No entanto, a forma de recolhimento pode variar.
A responsabilidade pelo recolhimento do Funrural depende da categoria do contribuinte:
Produtor rural pessoa física: A responsabilidade é do próprio produtor, seja ele com ou sem empregados. Se houver empregados, o produtor também deve recolher o INSS patronal sobre a folha de pagamento.
Produtor rural pessoa jurídica: A responsabilidade é da empresa, que deve recolher o Funrural sobre a receita bruta de comercialização, além do INSS patronal sobre a folha de pagamento de seus empregados.
Adquirentes de produção rural (como frigoríficos, laticínios e cooperativas): Quando a comercialização for realizada por esses adquirentes, eles são responsáveis por reter e recolher a contribuição do Funrural, conforme o percentual aplicado à receita bruta da produção adquirida.
Dentro disso, o recolhimento ainda pode ser feito de duas formas, sendo elas:
Sobre a folha de pagamento – opção disponível para produtores pessoa jurídica que preferem calcular a contribuição com base nos salários pagos aos funcionários.
Sobre a receita bruta da comercialização da produção rural – o valor é descontado diretamente no momento da venda do produto.
Qual é a alíquota do Funrural em 2025?
As alíquotas do Funrural variam conforme o tipo de produtor rural e a base de cálculo escolhida. A última atualização da legislação estabeleceu os seguintes percentuais:
Produtor Rural Pessoa Física
1,2% sobre a receita bruta da comercialização
0,1% para o RAT (Risco Ambiental do Trabalho)
0,2% para o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural)
Total: 1,5% sobre a receita bruta
Produtor Rural Pessoa Jurídica
2,5% sobre a receita bruta da comercialização
0,1% para o RAT
0,2% para o Senar
Total: 2,8% sobre a receita bruta
Caso o produtor rural opte por recolher sobre a folha de pagamento, a alíquota será de 20% sobre os salários pagos aos funcionários.
É fundamental verificar as alíquotas vigentes, pois podem sofrer atualizações anuais conforme determinações da Receita Federal.
Como funciona o Funrural?
O recolhimento do Funrural varia de acordo com quem realiza a operação de venda ou compra.
Quando um produtor rural pessoa física vende sua produção para uma empresa (pessoa jurídica), como cooperativas, agroindústrias ou grandes redes varejistas, a responsabilidade pelo recolhimento do tributo é da empresa compradora.
Nesse caso, o valor do Funrural é retido na fonte e repassado diretamente ao governo pelo adquirente da mercadoria.
Já quando um produtor rural pessoa jurídica comercializa sua produção, seja para outra empresa ou para consumidores finais, ele mesmo é o responsável pelo recolhimento e pelo pagamento do tributo.
Nesse cenário, o produtor deve calcular o valor devido, emitir a guia de pagamento e garantir que o recolhimento ocorra dentro do prazo estipulado pela Receita Federal.
O pagamento do Funrural deve ser realizado por meio da Guia da Previdência Social (GPS), que pode ser gerada no site da Receita Federal.
Além disso, é essencial que a contribuição seja devidamente informada na GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social), garantindo que os valores pagos sejam registrados corretamente no sistema previdenciário.
Para manter a regularidade fiscal da fazenda e evitar problemas futuros, é fundamental que o produtor esteja atento às datas de vencimento e ao correto preenchimento das guias.
A ausência de pagamento ou erros no recolhimento podem resultar em multas, restrições financeiras e até dificuldades para acessar financiamentos rurais e benefícios governamentais.
Contar com um sistema de gestão financeira e um acompanhamento contábil especializado pode facilitar esse processo, garantindo que todas as obrigações sejam cumpridas sem atrasos ou inconsistências.
É importante que você saiba o que é empregado rural, produtor rural pessoa física e produtor rural pessoa jurídica para entender como irá recolher o imposto:
Produtor Rural Pessoa Jurídica: empresa rural;
Empregado Rural: aquele que trabalha para um produtor rural;
Produtor Rural Pessoa Física: é a pessoa física da área rural que produz e comercializa produtos.
O que acontece se o Produtor Rural não recolher o Funrural?
Não pagar o Funrural corretamente pode trazer diversos problemas para o produtor rural. O primeiro impacto é o risco de multas e juros, já que o não recolhimento é considerado inadimplência com a Receita Federal.
Outro problema grave é a impossibilidade de emitir a Certidão Negativa de Débitos (CND), documento essencial para acessar financiamentos agrícolas, participar de programas de incentivos e formalizar negócios com grandes compradores.
Além disso, a falta de pagamento pode resultar em dívidas ativas e até processos judiciais, caso a Receita Federal cobre os valores retroativos com penalidades adicionais.
Para evitar problemas, é fundamental manter o recolhimento do Funrural em dia e acompanhar possíveis mudanças na legislação.
Mudanças e atualizações na legislação do Funrural
A legislação do Funrural já passou por várias mudanças ao longo dos anos. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a declarar a cobrança inconstitucional, o que gerou incertezas no setor.
No entanto, em 2017, o STF voltou atrás e considerou a contribuição obrigatória novamente. Desde então, os produtores rurais devem seguir as regras vigentes, recolhendo a contribuição conforme as alíquotas estabelecidas.
É essencial que o produtor rural acompanhe as atualizações fiscais e consulte um contador para garantir que está cumprindo todas as obrigações corretamente.
Principais dúvidas sobre o Funrural
O Funrural é um dos tributos mais importantes para o setor rural, mas ainda gera diversas dúvidas, especialmente depois das mudanças da Lei nº 13.606/2018. Para resolver tudo isso, separamos algumas dúvidas frequentes sobre a obrigação. Confira:
1. Quem precisa recolher o Funrural?
O recolhimento do Funrural depende da categoria que você se encaixa como produtor rural. As principais situações são:
Produtor rural pessoa física sem empregados: Não é obrigado a recolher o Funrural, a não ser que sua receita bruta anual ultrapasse R$ 4,8 milhões.
Produtor rural pessoa física com empregados: Tem a obrigação de recolher o Funrural tanto sobre a receita bruta da comercialização de sua produção quanto sobre a folha de pagamento de seus empregados.
Produtor rural pessoa jurídica com empregados: Deve recolher o Funrural sobre a receita bruta da comercialização da produção e sobre a folha de pagamento dos empregados.
2. Quais produtos são isentos do Funrural em 2025?
A isenção do Funrural se aplica a alguns produtos e situações específicas. Em 2025, os seguintes produtos estão isentos do pagamento:
Produtos da agricultura familiar: Pequenos produtores rurais, desde que a receita bruta anual não ultrapasse R$ 4,8 milhões, incluindo como grãos, hortaliças e frutas produzidas em pequena escala.
Leite de vaca: Para produtores que sejam pessoa física e sem empregados ou que a produção seja voltada para consumo interno e de pequeno porte.
Produtos de pequena produção: Pescadores e agricultores familiares com receita bruta inferior a R$ 4,8 milhões por ano também podem ser isentos, com base em sua receita anual.
Produtos agrícolas destinados à alimentação: Em casos em que os alimentos sejam produzidos em pequena escala e o produtor atenda às exigências da legislação vigente.
A isenção do Funral dependente da natureza do produto, da atividade do produtor e do volume de receita anual.
Vale ressaltar que os pequenos produtores devem comprovar sua condição perante a Receita Federal para obter a isenção.
3. Quais as formas de pagamento para recolher o Funrural?
O recolhimento do Funrural pode ser feito de duas formas: sobre o faturamento da produção ou sobre a folha de pagamento.
Sobre o faturamento da produção:
Produtor rural pessoa física deve pagar 1,2% do Funrural, 0,1% do RAT e 0,2% do Senar. Ou seja, a alíquota total é de 1,5%.
Produtor rural pessoa jurídica deve pagar 1,7% do Funrural, 0,1% do RAT e 0,25% do Senar. A alíquota total é de 2,8%.
Sobre a folha de pagamento:
A alíquota é de 20% para o INSS patronal (Funrural) e 3% para o RAT. O total da alíquota é de 23%, além das alíquotas de terceiros (como o SENAR, que permanece em 0,2% sobre a receita bruta da produção).
O Senar incide apenas sobre a receita bruta da comercialização da produção. O produtor rural, seja pessoa física ou pessoa jurídica, pode escolher entre o recolhimento sobre a comercialização da produção ou sobre a folha de pagamento.
A escolha deve ser feita até 31 de janeiro de cada ano e será válida para todo o ano, não podendo ser alterada até o ano seguinte.
4. Funrural e aposentadoria
O pagamento do Funrural não garante ao produtor rural a aposentadoria. Para receber o benefício, quem produz deve contribuir também com o INSS.
Ou seja, é preciso contribuir para o INSS individualmente para adquirir o direito de se aposentar. O Funruralé uma contribuição para a previdência como um todo.
O Funrural não é uma declaração, mas uma contribuição recolhida para o INSS (previdência), RAT (seguro de acidente de trabalho) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).
Essa contribuição deve ser declarada por meio da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social), ou seja, da Sefip/GFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social).
6. Existem multas para quem não paga o Funrural?
Sim, as multas do Funrural existem e variam de 75% a 225% do tributo devido. De acordo com a Receita Federal, a dívida acumulada dessa contribuição está em torno de R$ 11 bilhões.
A renegociação das dívidas do Funrural pode ser feita por meio do PRR (Programa de Regularização Tributária Rural), criado para possibilitar o parcelamento de débitos tributários de produtores rurais e adquirentes de produção rural (como frigoríficos, laticínios e cooperativas). Podem participar do PRR:
Produtores rurais pessoa física;
Adquirentes de produção rural, como frigoríficos, laticínios e cooperativas.
Como garantia, débitos iguais ou superiores a R$ 15 milhões exigem a carta de fiança ou o seguro garantia judicial.
No guia GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), é possível encontrar as orientações detalhadas para cada situação, incluindo a possibilidade de utilizar o depósito judicial como forma de quitação dos débitos.
7. Qual o prazo de escolha do Funrural em 2025?
A escolha do regime de recolhimento do Funrural para 2025 deve ser feita até 31 de janeiro de 2025.
A contribuição vai ser vinculada ao mês de janeiro, sendo que, se o produtor optar por pagar o boleto relacionado à folha de salários, vai estar automaticamente desvinculado do Funrural sobre a receita e pagará com base na folha de pagamento.
Se o pagamento da contribuição de janeiro não for feito, o produtor será automaticamente incluído no regime do Funrural sobre a produção e precisará pagar o percentual sobre a receita bruta de comercialização durante o ano. Esse valor será retido pela empresa que compra o produto.
Lembre-se de que essa escolha será válida para todo o ano de 2025 e só poderá ser alterada no ano seguinte.
Para mais detalhes sobre o tema, consulte a Lei nº 13.606, de 9 de janeiro de 2018 e a Instrução Normativa RFB nº 1.867, de 25 de janeiro de 2019.
Como softwares de gestão rural podem ajudar gerenciar obrigações fiscais?
Essas plataformas permitem centralizar todas as informações financeiras, planejar safras, monitorar a produtividade e, claro, controlar contribuições fiscais, como o Funrural.
Com o uso de tecnologia, é possível ter uma visão mais clara das finanças da sua propriedade, garantindo que você cumpra todas as suas obrigações sem surpresas.
Se você está buscando uma solução completa para a gestão da sua fazenda, vale a pena explorar as opções disponíveis e como elas podem otimizar o seu dia a dia.
A produção agrícola é uma das atividades mais relevantes para a sustentação da economia global e para a segurança alimentar da população mundial.
O setor é essencial não só para fornecer alimentos, mas também fibras, biocombustíveis e outros produtos.
O Brasil, por exemplo, é responsável por cerca de 23% do PIB, sendo um dos maiores exportadores de grãos, café, carnes e frutas tropicais.
Essa relevância é impulsionada pela diversidade de biomas e condições climáticas, que permitem uma variedade de cultivos.
Nos últimos anos, o ainda setor passou por uma revolução com o uso de tecnologias digitais, práticas sustentáveis e sistemas integrados, como o plantio direto, rotação de culturas e uso de bioinsumos, que aumentam a produtividade de forma sustentável.
O que é produção agrícola?
A produção agrícola é o conjunto de atividades relacionadas ao cultivo de plantas destinadas à alimentação humana, animal ou à produção industrial.
Dentro do contexto também é envolvido o preparo do solo, escolha de culturas, manejo e colheita, considerando fatores como clima, topografia e disponibilidade de recursos.
No Brasil, a produção agrícola é diversificada e inclui grãos, frutas, hortaliças, fibras e culturas energéticas, como a cana-de-açúcar.
Esse cenário reflete a ampla variedade de biomas e solos do país, favorecendo diferentes modelos de produção.
Como é o Brasil na agricultura?
O Brasil tem uma agricultura influenciada pelo clima tropical, que oferece vantagens como alta radiação solar, períodos de chuvas regulares e uma biodiversidade excepcional.
Esses fatores permitem o cultivo de uma ampla variedade de culturas, como café, cana-de-açúcar, soja e frutas tropicais. Por outro lado, também impõem desafios como a alta incidência de pragas e a necessidade de manejo adequado do solo para evitar a degradação.
A agricultura tropical também favorece sistemas como o consórcio de culturas, onde diferentes plantas são cultivadas na mesma área, promovendo a diversificação agrícola.
Quais os tipos de produção agrícola?
Os tipos de produção agrícola podem ser classificados de várias maneiras, dependendo do enfoque, como a finalidade do cultivo, o uso de tecnologias agrícolasou os sistemas de cultivo.
Por conta do clima variado, no Brasil, existem 7 tipos de produção de agrícola que acabam se destacando, sendo elas:
Agricultura intensiva;
Agricultura familiar;
Agricultura patronal;
Agricultura orgânica;
Permacultura;
Agricultura comercial.
Essas sistemas de produção agrícola têm características distintas e são adotados conforme o contexto econômico, social e ambiental de cada região, podendo coexistir em uma mesma área, como no caso da agricultura familiar misturada à agricultura comercial.
1. Agricultura extensiva
A agricultura extensiva é um dos sistemas deprodução agrícola tradicional, que utiliza técnicas rudimentares e de baixa tecnologia. Normalmente é utilizada para subsistência, ou até mesmo para mercado local e interno, com predomínio de mão de obra humana.
Esse tipo de agricultura é comum em pequenas e médias propriedades, e normalmente não conta com a inserção de tecnologia. Somado a isso, o uso de insumos agrícolas não é comum, o que torna a produtividade baixa.
Além dessas características, a agricultura extensiva também é caracterizada por:
Baixo capital investido;
Dispor de poucos recursos para investimento;
Uso de mão de obra pouco tecnificada;
Uso de arado animal;
Uso de sementes não selecionadas;
2. Agricultura intensiva
A agricultura intensiva (ou agricultura moderna) é caracterizada pelos altos índices de produtividade e capital de investimento. Nesse tipo de agricultura, os meios de produção são usados de maneira intensiva, e normalmente apenas um tipo de cultura é produzida em larga escala.
Ao contrário da agricultura extensiva, ela utiliza insumos agrícolas. Além disso, esse modelo não adota a rotação de terra, o que pode gerar impacto no ambiente e no solo. A agricultura intensiva é o modelo mais comum de cultivo, sendo uma grande fonte de alimentos.
Outras grandes características desse modelo de produção são:
A agricultura familiar é desenvolvida por famílias, com a produção voltada para a sua subsistência. Essa atividade acontece em pequenas propriedades, com cultivo feito por mão de obra necessariamente familiar.
Normalmente, a agricultura desenvolvida por famílias é mais sustentável. Além dessas características, a agricultura familiar também tem:
Maior diversidade produtiva;
Baixa utilização de insumos agrícolas;
Baixo uso de tecnologias;
4. Agricultura patronal
Na agricultura patronal, a produção não é voltada para a subsistência da família, e sim para o mercado interno e para a exportação.
Nesse tipo, o trabalhador não é o proprietário. Há a contratação de trabalhadores qualificados e utilização de insumos agrícolas e tecnologias que assegurem a rentabilidade.
A agricultura patronal é utilizada em médias e grandes propriedades que possuem potencial produtivo.
5. Agricultura orgânica
A agricultura orgânica ou biológica tem como objetivo o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social dos produtores. Além disso, produz não utilizando nenhum tipo de defensivo agrícola.
Nesse modelo, tecnologias próprias para cada tipo de solo, clima, biodiversidade e topografia são desenvolvidas. Além disso, há outras características relevantes:
Na permacultura, que significa “cultura permanente”, o cultivo é realizado por ocupações humanas. Nesse modelo, as necessidades humanas devem estar ligadas a soluções sustentáveis, considerando o equilíbrio entre os ecossistemas. Suas características são:
Trabalho a favor do meio ambiente;
Utiliza os recursos naturais de maneira racional;
Elabora e executa ocupações humanas sustentáveis;
Analisa todas as funções do sistema.
Ou seja, ela é caracterizada por compreender a ecologia. A permacultura é baseada em três princípios básicos: cuidar da terra, do futuro e das pessoas.
7. Agricultura comercial
A agricultura comercial é voltada, principalmente, para fins de exportação e comercialização agrícola. Nela, a monocultura é o foco. Ou seja, apenas uma cultura agrícola é cultivada em grandes extensões de terra.
Nela, tecnologia de ponta e mão de obra qualificada são usadas, além do alto nível de mecanização agrícola. Além dessas características, a agricultura comercial também apresenta:
Alta produtividade;
Grande aproveitamento de recursos e de terra;
Utilização de fertilizantes e defensivos agrícolas;
Agricultura moderna e agricultura tradicional: Qual a diferença?
A agricultura moderna se caracteriza pela aplicação de tecnologias que têm transformado a dinâmica do campo.
Equipamentos automatizados, insumos químicos especializados, biotecnologia e sistemas avançados de irrigação, são exemplos de ferramentas que proporcionam resultados mais precisos e otimizam o uso dos recursos disponíveis.
O monitoramento digital por meio de softwares agrícolas e dispositivos de sensoriamento remoto possibilita um acompanhamento detalhado das condições do solo, clima e plantações, orientando as atividades agrícolas de forma mais direcionada.
Por outro lado, a agricultura tradicional preserva práticas que refletem o conhecimento acumulado por gerações. Métodos como a rotação de culturas, o manejo manual do solo e o uso de compostos naturais são característicos desse modelo, que mantém uma relação intrínseca com os ciclos naturais e as condições locais.
Além disso, a agricultura tradicional está frequentemente conectada a valores culturais e sociais, sendo um elemento importante para comunidades que mantêm vínculos históricos com a terra.
Mudanças na produção agrícola e impactos ambientes
A ampliação da produção agrícola no Brasil levanta discussões sobre as práticas ambientais e o uso sustentável dos recursos naturais.
O crescimento da área plantada pode afetar biomas sensíveis, como o Cerrado e a Amazônia, intensificando os riscos de desmatamento e desequilíbrio ecológico.
Para reduzir esses impactos, políticas públicas têm incentivado práticas de manejo consciente, como:
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): método que promove a diversificação do uso da terra e melhora a conservação do solo;
Plantio Direto: reduz a erosão e melhora a retenção de umidade no solo;
Uso de bioinsumos e controle biológico: práticas naturais para reduzir a dependência de defensivos químicos.
Inovações tecnológicas no agronegócio
A modernização do setor agrícola está ligada à adoção de novas tecnologias, que aprimoram a produção e reduzem desperdícios. Entre as principais inovações estão:
Agricultura de precisão: uso de sensores e drones para monitoramento em tempo real das lavouras;
Inteligência artificial e big data: análise de dados para otimizar a tomada de decisões e prever safras;
Máquinas autônomas e robotização: colheitadeiras e tratores com tecnologia autônoma para reduzir custos operacionais;
Biotecnologia e melhoramento genético: desenvolvimento de sementes mais resistentes a pragas e mudanças climáticas.
Sistemas de produção agrícola: Desafios atuais
Os sistemas de produção agrícola enfrentam desafios como variações climáticas, desgaste do solo e a pressão por atender à demanda global.
Para equilibrar o uso de recursos naturais e preservar a qualidade ambiental, práticas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) têm se destacado.
Essa abordagem combina agricultura, criação de animais e plantio de árvores, promovendo um uso mais eficiente dos recursos e diversificando fontes de renda no campo.
A ILPF também ajuda a mitigar impactos climáticos, como a erosão do solo e a melhoria das condições microclimáticas.
No entanto, para garantir seu sucesso, é necessário contar com planejamento técnico e acompanhamento constante.
O software de gestão de fazendas Aegro pode ser uma solução eficaz nesse processo, oferecendo ferramentas para o manejo integrado, monitoramento da lavoura e otimização da produção agrícola, auxiliando na implementação e gestão de modelos sustentáveis como a ILPF.
Agricultura 5.0: conheça todas as novidades, o que já é aplicável na sua lavoura e o que esperar das tecnologias
A agricultura está em constante evolução. A vantagem disso é que, cada vez mais, seu trabalho no campo será facilitado.
Atualmente, a agricultura 5.0 vem trazendo uma forte revolução de métodos, processos e demandas.
Uma das principais aliadas de produtores rurais e fornecedores de insumos tem sido a inovação tecnológica para alcançar esse objetivo.
Quer saber mais sobre a agricultura 5.0 e como ela vai impactar a sua fazenda? Acompanhe a leitura!
O que é a agricultura 5.0
A Agricultura 5.0 busca alcançar alta precisão e desempenho na produção agrícola por meio do uso de big data e inteligência artificial. Para viabilizar essa abordagem, a Agricultura 5.0 incorpora uma ampla variedade de serviços e ferramentas digitais, tais como:
Análise de solo georreferenciada;
Mapeamento via satélite;
Utilização de drones;
Agricultura de precisão;
Maquinário autônomo.
A Agricultura 5.0 não está relacionada apenas ao uso das ferramentas digitais mais modernas. Ela também tem grande papel no auxílio à tomada de decisão.
As decisões são tomadas pelos próprios sistemas autônomos e máquinas inteligentes.
A viabilidade de todas essas operações está intrinsecamente ligada às análises estatísticas e probabilísticas. Por essa razão, a importância da coleta, armazenamento e processamento de dados é destacada.
Quais os objetivos da Agricultura 5.0?
O objetivo principal da Agricultura 5.0 é atingir máxima eficiência no processo de produção agrícola, mesmo em um ambiente de baixa capacidade de controle.
Esse objetivo pode ser alcançado por meio de sistemas integrados de captação e análise de dados para tomadas de decisão por inteligência artificial.
Para isso, são necessários alguns pilares de evolução dentro do conceito de Agricultura 5.0.
Os 4 pilares e benefícios da agricultura 5.0
A Agricultura 5.0 é composta de 4 pilares.
1. Aumento de produtividade
Esse é um dos principais objetivos desde o começo da agricultura. As soluções que já existem permitem alimentar cada vez mais pessoas.
Além disso, já existemtecnologias na agricultura que ajudam você a ter domínio sobre todos os detalhes da sua plantação.
Estando por dentro de todos os detalhes do seu trabalho, você pode tomar decisões eficazes para aumentar a produtividade.
2. Segurança alimentar
A agricultura 5.0 já pensa no futuro, e considera aspectos sociais e políticos para garantir a segurança alimentar da população.
Infelizmente, é a realidade de muitas pessoas não saber se terá comida na mesa no dia seguinte. O objetivo é reduzir ao máximo possível essa triste situação.
3. Redução de desperdício
Aproximadamente 30% de tudo que é produzido é desperdiçado.
Um dos focos da agricultura 5.0 é atuar na melhoria das práticas de conservação, armazenamento e transporte. Assim, o desperdício tende a ser cada vez menor.
Essa redução só é possível por meio da inteligência artificial e de robôs, além de técnicas e métodos de cultivo e colheita avançados.
4. Alimentação saudável e menor impacto ambiental
O estímulo à alimentação saudável também é um foco da Agricultura 5.0.
Ela irá garantir alimentos nutritivos para a população. Ela também irá controlar e reduzir os impactos ambientais que podem ser causados pela atividade.
Tecnologias disponíveis da agricultura 5.0
Graças ao GPS, hoje há muitas tecnologias disponíveis na agricultura 5.0.
Veja alguns serviços e produtos que já são realidades:
Sensores de linha: acoplados às semeadoras, eles conseguem gerar mapas de plantio em tempo real e ainda informar a porcentagem de uniformidade, linhas duplas e falhas.
Sistemas distribuidores de sementes: as mudanças nos sistemas distribuidores permitiram uma melhora considerável na uniformidade de distribuição de sementes, além da possibilidade de trabalhar com mais de um híbrido ao mesmo tempo.
Sistemas de linhas independentes: esse sistema auxilia na correção do remonte nas cabeceiras e arremates da lavoura. Há expectativas de se aplicar essa mesma tecnologia para a distribuição de adubo, reduzindo gastos excessivos com sementes e insumos.
Regulador de pressão das linhas: já amplamente utilizado no exterior, a ideia é substituir as molas de pressão das semeadoras por um sistema pneumático. Esse sistema garantirá a regulagem automática da pressão das linhas exercida sob o solo, variando de acordo com as condições do solo e cultura.
Novidades da agricultura 5.0
Há muitas outras novidades que já estão chegando e logo serão tendências na agricultura.
Como a agricultura 5.0 será baseada em análises de dados e processamento, os sensores terão local de destaque, pois são os responsáveis pela coleta desses dados.
Dessa forma, podemos esperar sensores em todas as etapas do cultivo, desde a análise e preparo do solo até a colheita!
Atrelado a isso, o uso de drones e o sensoriamento remoto auxiliarão na confecção dos mapas alimentados e processados por softwares de informação em tempo real.
Informação em tempo real é sinônimo de facilidade de monitoramento, gestão integral e economia.
Principais desafios
A Agricultura 5.0 representará uma grande revolução para o agronegócio. Como qualquer grande mudança, ela enfrenta obstáculos.
Por exemplo, não há incentivos à pesquisa e desenvolvimento de tecnologiascom baixos custos para facilitar a vida de quem produz. Mas existem outros:
falta de incentivo fiscal;
falta de créditoagrícola;
pouco treinamento de equipes técnicas especializadas;
O agronegócio vive um momento de transformação único e sem precedentes.
Poderemos alcançar uma agricultura sustentável e moderna com base na gestão e processamento de dados.
Quando surgiu a Agricultura 5.0?
O conceito de Agricultura 5.0 surgiu por volta de 2010, motivado pela proposição de uma nova organização da atividade agrícola visando sustentabilidade, qualidade de vida, eficiência e adaptação à tecnologia, em benefício da sociedade em geral.
Inicialmente surgiu no Japão juntamente com o conceito de Sociedade 5.0, que propõe a adaptação da sociedade como um todo à nova geração de tecnologias desenvolvidas ou em desenvolvimento.
A Agricultura 5.0 vem como um avanço das revoluções anteriores da agricultura, desde o início dessa atividade pelos humanos.
Quais outras revoluções a agricultura sofreu?
No início, a relação com a agricultura e a criação de animais permitiu com que as populações humanas obtivessem alimentos numa escala até então nunca vista.
Como consequência, as populações deixaram de ser nômades e se fixaram nos territórios, criando sociedades.
Essa fase pode ser chamada Agricultura 1.0. Aqui, a agricultura dependia do esforço árduo, e todos, de alguma forma, estavam envolvidos na produção de alimentos.
Depois da Revolução Industrial, começou a “Era das máquinas” ou a Agricultura 2.0. As máquinas atuaram pelas pessoas em algumas atividades.
A principal mudança dessa época foi o motor a combustão, o coração das máquinas e tratores agrícolas.
Com o surgimento dos motores e tratores, o preparo do solo para a agricultura tornou-se muito mais fácil. (Fonte: Conectar Agro)
Por volta da década de 70, houve a revolução verde. Graças a ela, começou a Agricultura 3.0, ou a “Era da Química”.
Buscando aumentar a produção e a redução de custos de produção, novos manejos e tecnologias surgiram no campo.
Essas mudanças aparecem especialmente no campo dos agroquímicos.
Avanço no campo dos agroquímicos e mudanças na agricultura 3.0 (Fonte: Brasil Escola)
Na década de 90, surgiu a Agricultura 4.0, ou da “Era da Biotecnologia e genética”.
Nessa época, surgiram culturas geneticamente modificadas, tolerantes à agroquímicos, mais produtivas e adaptadas.
Surgiram também as tecnologias digitais, desde a agricultura de precisão ao sensoriamento remoto com drones e imagens.
A Agricultura 4.0 trouxe um foco bastante acentuado nos maquinários mais eficientes e na automação agrícola como um todo.
Quais as principais diferenças da Agricultura 5.0 para a Agricultura 4.0?
A agricultura 5.0 promete dar continuidade a todas essas mudanças na agricultura, trazendo avanços cada dia mais tecnológicos.
A principal diferença da Agricultura 5.0 em relação à Agricultura 4.0 é o fato de que todos os avanços atingidos até o momento estarão unidos pela conectividade.
Os avanços da internet e sua expansão e cobertura cada vez mais global permitirão uma gestão e execução de atividades remotamente e coordenadas por bancos de dados previamente adquiridos.
Outra alteração importante é que o foco no maquinário será diminuído por serem tecnologias mais consolidadas, sendo que esse foco passará ao indivíduo e a gestão das tomadas de decisão em tempo real, baseadas em um pacote tecnológico.
Como a agricultura 5.0 pode contribuir com o meio ambiente?
O aumento da eficiência da produção agrícola, por si só, é um ponto importante para o meio ambiente. Hoje em dia há grande desperdício de recursos, sejam eles hídricos, de produtos, de combustível, de material genético e da produção agrícola.
Ao aumentar o controle e a eficiência nas tomadas de decisão, a Agricultura 5.0 irá potencializar a produtividade agrícola com o mínimo necessário de recursos, diminuindo o impacto ambiental da atividade.
Assim, recursos não-renováveis terão maior duração e renováveis serão mais facilmente recuperados. Isso inclui recursos como água, solo, nutrientes, energia, entre outros.
Ou seja, a Agricultura 5.0 vem ao encontro da necessidade de produzir mais alimentos
Conclusão
Agricultura 5.0 emerge como uma revolução significativa no campo, impulsionada pela integração de big data e inteligência artificial. Esta abordagem inovadora visa atingir máxima eficiência na produção agrícola, mesmo em ambientes de baixa capacidade de controle.
Essa evolução não se restringe apenas à implementação de ferramentas digitais avançadas, mas também desempenha um papel crucial na melhoria da tomada de decisões, delegando tarefas a sistemas autônomos e máquinas inteligentes.
A coleta, armazenamento e processamento de dados desempenham papel essencial, respaldando análises estatísticas e probabilísticas fundamentais para o sucesso da Agricultura 5.0.
Os objetivos claros da Agricultura 5.0 abrangem o aumento de produtividade, a segurança alimentar, a redução de desperdício e o estímulo à alimentação saudável, visando não apenas a eficiência agrícola, mas também a sustentabilidade e menor impacto ambiental.
Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).
Administrador de fazenda: veja as principais dicas para se preparar para essa função, as atribuições necessárias e mais!
Nas últimas décadas, a sucessão familiar direta foi o modelo de negócio mais utilizado na maioria das propriedades rurais. Nele, os herdeiros seguiam a mesma lógica de seus pais.
Devido ao avanço da tecnologia vindo dos desafios enfrentados pelas empresas rurais e da profissionalização da agropecuária, a função de administrador de fazenda se tornou muito importante.
Além das habilidades técnicas, é preciso desenvolver capacidades de administração rural. Elas são importantes para realizar de maneira eficiente a gestão de pessoas, financeira, de risco e de novos investimentos.
Se você vai assumir os negócios da família ou deseja a posição de administrador de fazenda, confira algumas dicas para assumir esta responsabilidade. Ainda, veja como organizar uma propriedade rural. Aproveite a leitura!
O que é ser um administrador de fazenda?
O administrador da fazenda realiza a gestão das áreas de recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos envolvidos nas atividades rurais.
Com isso, o administrador consegue ter os melhores resultados, ao que diz respeito ao desenvolvimento, manutenção e crescimento da empresa.
O que faz o administrador rural?
O administrador de fazenda deve ter conhecimentos sobre processos da agricultura e da zootecnia. Esse profissional é responsável pela saúde financeira da fazenda. Por isso, deve identificar pontos sociais e econômicos que compõem a cadeia produtiva do negócio.
Além disso, essa pessoa precisa planejar, tomar decisões, controlar e avaliar os resultados obtidos com o objetivo de aumentar o lucro e o bem-estar dos colaboradores. Conhecer bem os indicadores financeiros da fazenda também é uma das mais importantes tarefas.
Para que o gerente agrícola tome decisões corretas, ele deve estudar antecipadamente o mercado. Com isso, ele poderá identificar a demanda pelos produtos no mercado interno e externo.
Ou seja, o encarregado de uma fazenda precisa agir com visão ampla da parte financeira da fazenda para aumentar a produtividade.
Mais do que isso, o administrador tem que manter o controle da situação, ser dedicado e ser maleável para conseguir se adaptar a novas situações. Abaixo listamos algumas funções do administrador de fazendas:
Como a agricultura é uma atividade sazonal, o tempo de reação para resolver um problema acaba sendo muito curto. Esse é um aspecto que deve ser sempre considerado.
Quanto ganha um administrador de fazenda?
Se a sua fazenda está pensando em contratar alguém, deve estar se perguntando quanto ganha um administrador de fazenda.
O salário de um administrador de fazendas gira em torno de R$ 7 mil por mês.
É importante ter em mente que o valor pode variar, dependendo da experiência e da região onde o profissional atua. Além disso, o tamanho da fazenda também influencia nesse valor.
Quais as principais competências de um administrador de fazenda?
Para o sucesso da fazenda, é essencial que o gerente agrícola possua algumas competências, técnicas (engenheiro ou técnico agrícola) ou de personalidade para gerir pessoas. Em linhas gerais, para ser administrador de fazenda, o profissional precisa:
trabalhar em equipe;
ter visão de negócio;
atitude e autoconhecimento;
mostrar resultados;
liderança;
ser pontual;
ter autoconfiança.
O gerente de fazenda não pode se envolver demais nas atividades técnicas da fazenda. Afinal, assim não terá tempo para realizar as atividades administrativas.
Entretanto, é importante que ele tenha algum conhecimento técnico para gerir melhor o negócio, reduzindo os custos de gestão agrícola e aumentando os lucros. Abaixo, citamos alguns conhecimentos que esse profissional precisa ter:
Além do conhecimento técnico, o administrador de fazendas precisa ter algumas habilidades, principalmente interpessoais. É necessário ter uma boa comunicação para evitar desencontros de informação, além de:
Saber trabalhar em equipe;
Coordenar;
Motivar;
Liderar;
Resolver conflitos;
Gerenciar equipes.
Um gerente de fazenda com essas competências promove maior segurança ao empregador e maior crescimento para a empresa rural. Afinal, o gerente de fazenda define o propósito do negócio, as metas a serem alcançadas e os meios para atingi-las.
Como ser um bom administrador de fazenda?
Agora que você viu as qualificações necessárias ao administrador rural, confira algumas dicas de como administrar uma fazenda e garantir sucesso nos processos.
1. Qualificação contínua
Independente do tamanho da propriedade, invista em cursos de capacitação, treinamentos técnicos e comportamentais para você e para seus colaboradores. Também elabore um calendário, para que esses treinamentos e cursos sejam constantes.
Assim, você e sua equipe sempre estarão motivados. O desenvolvimento pessoal da equipe de trabalho reflete no crescimento da empresa rural.
2. Comunicação
Um gerente de fazenda que possui boa comunicação evita desencontros. Por isso, a adoção de um sistema de comunicação em sua fazenda pode facilitar o diálogo entre todos os funcionários. Uma boa administração de pessoas é fundamental nessa etapa.
Além disso, essa prática permite unificar as informações da empresa. Aproveite a tecnologia disponível para isso, como programas e softwares de gestão de fazendas podem te ajudar nessa comunicação interna.
3. Gestão de risco e investimentos futuros
Como a agricultura é uma atividade sazonal, um bom administrador de fazenda deve estar preparado para intempéries climáticas ou oscilações do mercado.
O gestor também deve considerar fazer um seguro agrícola e contratos de venda para o mercado futuro. Além disso, deve incluir práticas que melhorem a sustentabilidade e prepare a lavoura para eventos adversos, como construção de perfil de solo.
Como você viu, essa tarefa exige desde conhecimentos financeiros até agronômicos. Ainda, um bom planejamento de risco com certeza será a base para planejar e realizar seus investimentos futuros.
4. Planejamento
Planejar todas as etapas da safra é fundamental para ser um bom gestor. Programe-se e descreva todas as atividades a serem realizadas de forma detalhada.
O planejamento agrícola de cada etapa do calendário rural é fundamental para o sucesso de sua gestão. Esse é um dos estágios considerado peça-chave na tomada de decisão, acelerando diversos processos na empresa rural.
5. Software agrícola
Para ter um controle mais eficiente sobre processos produtivos e tomar decisões mais assertivas, é fundamental que o administrador use um software agrícola como o Aegro.
O Aegro permite que a gestão financeira e operacional da propriedade rural sejam feitas em um só lugar. Assim, evita-se perder tempo procurando informações em diferentes planilhas e sistemas.
Além disso, o Aegro ajuda a equipe da fazenda a trabalhar de forma mais integrada. Cada funcionário pode receber acesso ao sistema e registrar a realização de suas atividades diárias.
De maneira geral, o Aegro oferece ao gerente uma visão realista sobre o funcionamento e a saúde do seu negócio. Afinal, ele consegue acompanhar a trajetória completa da safra pelo computador ou celular. Confira algumas funcionalidades do Aegro:
Planejar, acompanhar e registrar atividades agrícolas;
Controlar o fluxo de caixa, visualizando contas a pagar e cadastrando novas despesas;
Quais são os maiores desafios do administrador de fazendas?Administrar uma propriedade rural representa um desafio para grande maioria dos produtores rurais. Confira:
Administração das finanças
A gestão financeira é um dos principais desafios da administração rural. Para conseguir ter o controle das finanças, é preciso registrar tudo o que entra e sai, além de separar os gastos pessoais dos gastos da empresa rural.
Os softwares de gestão podem ser grandes aliados na organização e registro de movimentações financeiras.
Gerenciamento da produção e logística
O controle da produção é uma das principais tarefas do gestor rural. Para desempenhá-la, é preciso ter conhecimento não só sobre o que é produzido, mas também da logística.
A partir disso, será possível identificar problemas e os pontos que precisam de melhora durante todo processo.
Desse modo, ao gerenciar a produção e logística, o gestor conseguirá otimizar os custos e eliminar os desperdícios.
Mensuração de resultados
A mensuração dos resultados vai ajudar o produtor a analisar se o que foi implementado na gestão atingiu as expectativas. Com base nisso, novas estratégias podem ser definidas ou aprimoradas.
As métricas de resultados revelam os valores exatos, e assim, mostram se a produção aumentou ou reduziu. Além disso, o agricultor consegue analisar se esses números refletem na lucratividade da propriedade rural.
Criação de novos processos e delegação de tarefas
A elaboração de novos processos pode representar um desafio, principalmente, para as empresas familiares.
No entanto, à medida que o negócio rural cresce, é inevitável padronizar e formalizar as operações para que a empresa evolua.
Além disso, é preciso definir a função de cada membro da equipe e delegar tarefas para que as operações sejam desenvolvidas sem o envolvimento constante do gestor.
Conclusão
Para ser um bom administrador é fundamental que além de habilidades técnicas, o profissional desenvolva boas aptidões na área de gestão. Desta forma, mostramos como um administrador pode melhorar a gestão das fazendas.
Também descrevemos o que faz um administrador de fazendas e quais suas principais competências. Ainda, mostramos algumas dicas para ser um bom gerente agrícola e qual a remuneração média desse profissional.
Espero que com essas dicas você alcance ainda mais sucesso!
Você é ou pretende ser um administrador de fazenda? Não deixe de se inscrever na nossa newsletter e e compartilhar esse artigo com quem cuida da sua propriedade.
Automatização de processos: saiba como simplificar o envio de atividades do campo para o escritório com as integrações de máquinas do Aegro.
Realizar o planejamento do seu negócio baseando-se em dados garante precisão para tomada de decisões.
No entanto, digitar todas as informações do campo no sistema pode levar tempo, além do claro risco de erros por digitação.
Já imaginou receber automaticamente as informações em seu sistema?
Com o Aegro Máquinas isso é possível!
Você pode conectar seu maquinário ao software do Aegro e, ao final de cada atividade, a máquina envia as informações direto para o sistema.
Como as integrações de máquinas funcionam?
Com o Aegro Máquinas, você pode importar as suas atividades agrícolas realizadas com a plataforma Climate FieldView™, John Deere Operations Center e a novidade, a importação das máquinas com a Stara via MyEasyFarm.
Importação de atividades da Stara na tela do Aegro
Ao conectar seu maquinário com o sistema Aegro, informações de plantio, aplicação e colheita ficam disponíveis para análise.
Dessa forma, o sistema disponibiliza as informações em tempo real, permitindo o acompanhamento das atividades da fazenda.
Aumento de eficiência
Com acesso às informações do maquinário, você tem em mãos a oportunidade de melhorar a eficiência dos processos da lavoura, identificando chances de melhorias nas rotas da operação e quantidade de insumos utilizados, por exemplo.
Assim você evita desperdício de material e reduz os custos, alocando as despesas com base em informações precisas e aumentando o retorno financeiro do negócio.
Prevenção de problemas
Outra vantagem em utilizar essa integração é acompanhar seu maquinário, de modo a identificar e corrigir (possíveis) problemas durante as atividades.
A utilização excessiva de combustível, o desperdício de insumos e a perda de eficiência costuma ser um sinal de alerta. Identificar problemas no estágio inicial reduz perdas e facilita a correção da máquina.
Monitore sua lavoura de qualquer lugar
Assim como na versão para computador, as informações das máquinas também estão disponíveis no aplicativo para celular do Aegro.
Você pode visualizar as atividades sem ficar preso ao escritório.
Conclusão
O acompanhamento das atividades do campo pode ser o diferencial na redução de custos do seu negócio.
As integrações de máquinas com o Aegro são uma grande oportunidade de simplificar a rotina da operação do campo e reduzir possíveis falhas que ocorram na lavoura.
Novidades do Aegro em 2023: fique por dentro dos lançamentos, funcionalidades e principais novidades do software para gestão de fazendas!
O time da Aegro não para de trazer novas funcionalidades para tornar nosso sistema de gestão ainda mais completo e preparado, para você ter o controle e aumentar a produtividade do seu negócio.
Fique por dentro das principais mudanças que já implementamos e das maiores novidades do Aegro em 2023, confira!
Uma das novidades do Aegro em 2023 é que ficou mais fácil ajustar o lançamento entre despesa ou receita conforme a realidade da nota fiscal e manter seu financeiro organizado.
Ao importar uma nota emitida em outra plataforma, será possível sinalizar seu papel como emitente, clicando no botão Sou emitente da NF-e.
Simplifique a importação do histórico financeiro
Nunca foi tão simples levar seus dados de contas a pagar e a receber de outra planilha ou sistema para dentro do Aegro.
Acesse o sistema e baixe a planilha em Excel para ganhar tempo e garantir que seu histórico fique centralizado em seu financeiro. Assim, você pode controlar seus dados e analisar com base em períodos anteriores.
Facilite a organização de seu financeiro e mantenha o histórico dos seus dados com o Aegro
Acompanhe o consumo e eficiência de suas máquinas e veículos
Com o relatório de consumo, agora você pode fazer a gestão da eficiência de suas máquinas, consultando dados para comparar o consumo de gastos e identificar possíveis falhas ou falta de registro de dados.
Gere o relatório na aba Patrimônio, selecionando o período que gostaria de visualizar, e escolha entre o formato .xlsx ou pdf para receber o documento
Novos filtros múltiplos
Simplificamos a busca e visualização dos itens nas abas do Financeiro e Fiscal com novos filtros de agrupadores, categorias, patrimônios e safras.
Chega de perder tempo procurando informações! Aproveite a nova funcionalidade para agilizar a análise dos dados no sistema.
Envie suas notas e acumule pontos na Orbia
Acumular pontos na Orbia ficou ainda mais fácil!
Reduzimos o seu trabalho de cadastrar notas nos dois sistemas para ganhar pontos. Agora, ao importar notas fiscais por XML ou Sefaz, você tem a opção de enviar para a Orbia direto pelo Aegro, selecionando a opção Enviar para a Orbia.
Ganhe mais pontos em menos tempo e resgate produtos e serviços com a Orbia
Conclusão
Do lançamento da importação de histórico ao acompanhamento mais preciso do controle de máquinas da fazenda, conte com as novidades do Aegro em 2023 — e todas as suas demais funcionalidades — para fazer a gestão da sua lavoura de ponta a ponta.