A gestão agrícola tem se tornado cada vez mais complexa, exigindo planejamento eficiente, controle financeiro rigoroso e organização de dados precisos.
Com as constantes mudanças no mercado e os desafios do campo, muitos produtores buscam umsoftware para gestão de fazendas que facilite o dia a dia e melhore a rentabilidade da propriedade.
Entre as opções disponíveis, o software Aegro se destaca por sua capacidade de integrar controle financeiro, planejamento operacional e monitoramento de atividades no campo.
Mas, afinal, o Aegro é bom? Para responder a essa questão, analisamos suas funcionalidades, benefícios e apresentamos relatos de produtores que utilizam essa solução na prática.
O que é o Aegro?
O Aegro é um software de gestão agrícola que ajuda produtores rurais no gerenciamento de suas fazendas, reunindo todas as operações da propriedade em um só lugar.
A plataforma permite o controle financeiro, a administração de insumos, o planejamento das atividades e a análise de produtividade, garantindo mais eficiência e segurança na tomada de decisão.
Com um sistema intuitivo e acessível, o Aegro é ideal para produtores de grãos, pecuaristas, horticultores e demais profissionais do agronegócio que precisam de mais controle sobre a sua produção.
Como funciona o Aegro?
Ao cadastrar os dados da fazendo no Aegro, o sistema integra soluções financeiras, fiscais e operacionais para propriedades rurais.
A partir disso, você tem o controle da produção, desde o planejamento da safra até o manejo do campo.
Um dos maiores destaques é a emissão de notas fiscais integradas ao Sefaz, junto do controle de estoque e de custos, pelo computador ou um aplicativo de celular.
O Aegro ainda oferece uma série de funcionalidades que otimizam a gestão de fazendas, como:
Registro completo das operações agrícolas: Controle detalhado de plantio, colheita, pulverizações e tratos culturais.
Gerenciamento financeiro: Acompanhamento de custos, receitas, fluxo de caixa e relatórios financeiros.
Gestão de insumos e estoques: Monitoramento de defensivos, sementes, máquinas agrícolas e demais produtos.
Planejamento da produção: Previsão de gastos e receitas, visualização de custos por talhão e análise da produtividade.
Emissão de relatórios personalizados: Para avaliação de desempenho e apoio à tomada de decisão.
Quais os benefícios do Aegro?
A Aegro se destaca por ser uma plataforma que consegue organizar a gestão da fazenda, financeira e fiscal, com integração com a SEFAZ.
Um dos maiores destaques é a emissão de notas fiscais eletrônicassem limitações e gratuita, além de funcionalidades de acompanhamento de custos e rentabilidade.
Outo benefício é a versão aplicativo em aplicativo do software Aegro, que se torna uma solução acessível e eficiente, promovendo um controle mais preciso e otimização das operações no campo, além de:
Maior controle financeiro: Acompanhe o fluxo de caixa, rateio avançado e livro caixa, evitando desperdícios e proporcionando maior previsibilidade;
Redução de desperdícios: Com o controle de insumos e estoques e comparador de preços, você evita compras desnecessárias e melhora o aproveitamento dos recursos;
Monitoramento das operações: Todas as atividades da fazenda são registradas, facilitando a supervisão da equipe;
Decisões baseadas em dados: Os relatórios gerados automaticamente permitem a análise detalhada dos custos, produtividade e rentabilidade da propriedade;
Controle de máquinas: Gerenciamento de máquinas e patrimônio, com monitoramento de horas e manutenção preventiva, integrada com grandes marcas;
Controle fiscal: Emissão de nota fiscal e MDF-e, pelo celular ou computador, com preenchimento automático e gratuito.
Monitoramento Inteligente para Melhorar a Produtividade
Monitorar a lavoura e controlar pragas são desafios constantes para todo o produtor rural. Sem dados precisos, problemas como falhas no plantio, estresse hídrico e uso excessivo de defensivos podem aumentar custos e reduzir a produtividade.
Para otimizar esse manejo, o Aegro oferece as ferramentas NDVI(Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) e MIP (Manejo Integrado de Pragas).
NDVI: Utiliza imagens de satélite para identificar áreas com baixa saúde vegetal, falhas no plantio e direcionar melhor a aplicação de insumos, evitando desperdícios.
MIP: Permite monitoramento preciso de pragas, auxiliando na decisão do momento certo para aplicação de defensivos, reduzindo custos e impactos ambientais.
Com essas funcionalidades, o manejo fica mais preciso, reduzindo custos, minimizando desperdícios e promovendo uma produção mais eficiente e sustentável.
O Aegro é bom para qual tipo de propriedade rural?
O Aegro é bom para propriedades rurais de todos os portes, seja para pequenos produtores familiares ou grandes fazendas comerciais.
O software tem ferramentas que auxiliam na comparação de insumos, controle de livro caixa e monitoramento de doenças que se adapta a diferentes culturas, podendo ser usado por:
Produtores de grãos (soja, milho, trigo, arroz): Oferece controle de safra, gestão financeira e monitoramento de insumos;
Produtores de cereais: Gerenciamento da produção, controlando custos, emissão de notas fiscais e acompanhando a safra.
Propriedades de agroindústria: Para atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agrícolas;
Propriedades mistas: Que combinam diferentes tipos de produção, como agricultura e pecuária.
Com suas funcionalidades integradas, o Aegro atende propriedades que buscam uma gestão de fazenda com menos falhas, mais economia e organização.
Quem pode contratar o Aegro?
O Aegro pode ser contratado por produtores que estão com dificuldades no controle financeiro, gestão operações de campo, dificuldades na emissão de notas fiscais e falta de integração entre as diferentes áreas da propriedade.
Se você está com dificuldade de gerenciar custos de produção, planejamento de safra, controle de estoque ou até mesmo dificuldades com o uso de tecnologia no campo, o Aegro pode ser uma solução para automatizar esses processos e melhorar a gestão.
Para garantir que a plataforma seja adequada às suas necessidades, é possível agendar uma demonstração gratuita com especialistas, que vão mostrar como software pode ajudar nessas questões.
Bacharelado em Ciência da Computação pela UFRGS, Mestrado em Bancos de Dados e Sistemas de Informação, pela TU Kaiserslautern, Fundador e CEO da Aegro.
A pós-colheita é uma etapa estratégica que vai além de apenas finalizar o ciclo produtivo, sendo tão relevante quanto o plantio e a colheita. É neste momento que o esforço investido ao longo da safra em resultados concretos.
Essa fase determina a qualidade dos grãos, a redução de perdas e a viabilidade econômica da produção, impactando diretamente a rentabilidade e a competitividade do produtor no mercado.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes como o manejo adequado do pós-colheita pode preservar a qualidade dos produtos agrícolas, otimizar o uso dos recursos e preparar o solo para o próximo ciclo.
O que é a pós-colheita e por que ela é importante?
A pós-colheita envolve todas as práticas realizadas após acolheita da cultura, com o objetivo de manter a qualidade dos produtos, evitar perdas e garantir a rentabilidade.
Independente da cultura da sua propriedade rural, após a colheita, é importante ter um planejamento para garantir a qualidade do produto.
Algo que não pode faltar é a eficiência do processo e a adoção de boas práticas na lavoura para as próximas etapas. Aqui está um checklist prático para ajudar nesse período:
1. Armazenamento da Colheita
Verifique a umidade e a temperatura do ambiente.
Remova resíduos de safras anteriores para evitar contaminação.
Realize o controle de pragas com tratamentos preventivos de armazenamento.
2. Secagem dos Grãos
Use medidores de umidade para garantir que os grãos estão secos adequadamente.
Evite temperaturas excessivas que podem prejudicar a qualidade do grão.
3. Verifique as condições dos equipamentos
Certifique-se de que máquinas e ferramentas estejam limpas, bem conservadas e adequadas para uso.
Se aplicável, confira o estado das bombas, filtros e tubulações para a próxima safra.
4. Garanta o transporte adequado
Utilize veículos limpos e protegidos contra poeira e umidade.
Planeje a logística para minimizar o tempo de transporte e reduzir perdas.
5. Higienize os silos regularmente
Verifique o estado dos grãos armazenados para identificar sinais de pragas ou deterioração.
Monitore a umidade para garantir viabilidade comercial e evitar degradação.
6. Inspecione os grãos periodicamente
Verifique o armazenamento para identificar sinais de pragas ou deterioração.
Faça testes de viabilidadedos grãos para manter o potencial comercial e reprodutivo.
Aja rapidamente ao identificar qualquer irregularidade, evitando a propagação de danos.
7. Monitore a umidade
Mantenha os níveis de umidade adequados para evitar degradação e perda de viabilidade comercial.
Após a colheita, cada cultura exige cuidados diferentes para garantir que mantenham a qualidade e o valor de mercado.
O manejo adequado no pós-colheita não só prolonga a vida útil dos produtos, mas também minimiza perdas e maximiza os resultados econômicos.
Neste contexto, entender as necessidades específicas de cada cultura — como grãos, frutas ou hortaliças — são vitais para um processo de armazenagem, transporte e comercialização eficientes. Confira mais detalhes:
1. Café: Após a colheita, lave os frutos e realize a secagem em terreiros ou secadores mecânicos. 2. Soja: Evite danos mecânicos durante o transporte e mantenha os grãos armazenados a uma umidade ideal de 13%. 3. Milho:Inspecione os grãos para evitar infestação de pragas e fungos, priorizando a ventilação no armazenamento. 4. Trigo: Realize a secagem rapidamente para evitar germinação indesejada.
Principais causas de perdas na pós-colheita
As perdas pós-colheita resultam de fatores como contaminação, manuseio inadequado e armazenamento em condições desfavoráveis.
Para minimizá-las, é preciso utilizar equipamentos adequados e em bom estado de conservação, realizar a secagem dos grãos logo após a colheita e monitorar continuamente as condições do ambiente de armazenamento.
A má conservação das estradas, frotas inadequadas e falta de cuidado no transporte resultam em perdas significativas. Cargas mal protegidas também estão mais expostas a intempéries e danos mecânicos.
3. Proliferação de pragas e doenças
A falta de manejo fitossanitário, secagem insuficiente e armazenamento em condições inadequadas são fatores que aumentam a proliferação de pragas e fungos.
4. Secagem inadequada
A secagem inadequada de grãose outros produtos pode levar ao aumento da umidade, favorecendo o crescimento de fungos e outros microrganismos que comprometem a qualidade e a viabilidade comercial.
5. Fatores climáticos
Condições climáticas adversas, como chuvas fortes ou altas temperaturas, podem afetar negativamente a colheita e o armazenamento dos produtos.
Compreender essas causas e implementar estratégias eficazes de manejo, vai garantir a preservação da qualidade e o aproveitamento máximo da produção.
Por mais que você seja experiente na lavoura, procure não prolongar qualquer sinal de irregularidade com a sua pós-colheita.
A fase de pós-colheita não se limita apenas à conservação dos grãos colhidos, mas também ao preparo do solo para o próximo ciclo agrícola.
Essa etapa é responsável por manter a qualidade dos produtos e assegurar a produtividade futura. Desde o transporte adequado até o manejo do solo, cada detalhe influencia diretamente a eficiência e a sustentabilidade da lavoura.
Além disso, práticas como a análise de solo, arotação de culturase a semeadura de plantas de coberturaajudam a preparar a área para o próximo plantio, reduzindo a incidência de pragas, otimizando a retenção de nutrientes e aumentando a resiliência do solo.
Junto disso, o uso de tecnologias tem ajudado muito na a gestão pós-colheita. Uso de ferramentas como drones, imagens de satélite, sistemas de inteligência artificial e softwares de gestão agrícola auxiliam no monitoramento e controle de qualidade dos produtos.
Essas tecnologias permitem otimizar processos, reduzir perdas e aumentar a eficiência na cadeia produtiva.
O Aegro é uma dessas soluções e, além de ajudar no acompanhamento da colheita, tem módulos de controle financeiro, fiscal e monitoramento via NDVI.
Faça um teste gratuito por 7 dias e veja como a plataforma é capaz de ajudar em diversas áreas da sua propriedade rural, principalmente no pós-colheita. Clique no botão e saiba mais!
Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).
A saúde do solo é definida pela capacidade de funcionar como um sistema vivo. Os solos saudáveis abrigam uma rica comunidade de organismos que auxiliam na supressão de pragas, reciclagem de nutrientes e controle de doenças.
Além disso, mantêm a capacidade de retenção de água e nutrientes, fatores fundamentais para garantir a sustentabilidade da produção de alimentos.
A preservação da qualidade do solo não favorece apenas a produtividade agrícola, mas também a mitigação das mudanças climáticas ao armazenar carbono.
Até o momento, é estimado que 95% da produção mundial de alimentos depende direta ou indiretamente da terra, reforçando a necessidade de práticas sustentáveis para garantir a segurança alimentar global.
Nesse contexto, a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, destaca a importância da conservação do solo, apresentando os principais benefícios proporcionados por solos saudáveis.
O que é considerado um solo saudável?
Um solo saudável é bem estruturado, rico em biodiversidade microbiana, com níveis adequados de nutrientes e matéria orgânica, oferecendo condições ideais para o desenvolvimento das plantas e maior rendimento das culturas.
Além disso, alimentos cultivados em solos saudáveis tendem a apresentar maior valor nutricional, com concentrações mais elevadas de vitaminas, minerais e compostos bioativos.
A manutenção da saúde do solo garante uma produção agrícola sustentável, viável economicamente e capaz de atender às demandas por alimentos mais nutritivos.
A melhor estrutura física desses solos facilita a infiltração de água, a aeração e o crescimento das raízes.
Enquanto isso, a alta biodiversidade microbiana melhora a ciclagem de nutrientes e reduz a incidência de patógenos, enquanto a presença adequada de matéria orgânica aumenta a capacidade de retenção de água e a fertilidade.
Já o equilíbrio de nutrientes garante a disponibilidade dos elementos essenciais para o crescimento saudável das plantas, contribuindo para uma agricultura mais eficiente e sustentável.
Por que a saúde do solo é tão importante?
Um solo saudável é importante porque fornece os nutrientes, a estrutura e a água necessários para o crescimento das plantas, gerando uma produtividade maior e qualidade dos alimentos.
Além disso, funcionam como filtros naturais, protegendo a qualidade da água e contribuindo para o sequestro de carbono, mitigando as mudanças climáticas e promovendo a sustentabilidade ambiental.
Manter a saúde do solo não impacta apenas a lavoura, mas também o consumo de alimento mundial, interferindo economicamente. Entenda mais detalhes:
1. Produção de Alimentos
Suporte para Plantas: Fornecimento de nutrientes essenciais que as plantas precisam para crescer, como nitrogênio, fósforo e potássio. Também ajuda na retenção de água e permite que as raízes se fixem e absorvam esses nutrientes.
Melhora a Produtividade: Solos ricos em matéria orgânica e bem estruturados aumentam a produtividade agrícola, permitindo que as culturas cresçam mais saudáveis e vigorosas.
2. Qualidade da Água
Filtragem Natural: Solos saudáveis atuam como filtros naturais, limpando a água que passa através deles. Eles absorvem contaminantes e evitam que poluentes entrem nos corpos d’água, contribuindo para a preservação de rios, lagos e lençóis freáticos.
Retenção de Água: Solos ricos em matéria orgânica conseguem reter mais água, o que é importante para reduzir a erosão e para garantir o abastecimento hídrico das plantas durante períodos de seca.
3. Ciclo de Nutrientes
Reciclagem de Nutrientes: Um solo saudável promove a decomposição de matéria orgânica, reciclando nutrientes para que estejam disponíveis para novas plantas. Isso reduz a necessidade de fertilizantes químicos e promove uma agricultura mais sustentável.
Fixação de Nitrogênio: Certos microrganismos no solo ajudam a converter o nitrogênio atmosférico em formas utilizáveis pelas plantas, um processo essencial para o crescimento saudável das culturas.
4. Sustentabilidade e Conservação Ambiental
Prevenção da Erosão: Solos bem estruturados são menos propensos à erosão, que é a perda de camadas superficiais do solo devido ao vento ou à água. A erosão reduz a fertilidade do solo e pode causar danos ambientais significativos.
Sequestro de Carbono: Solos ricos em matéria orgânica ajudam a capturar e armazenar carbono, reduzindo a quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Isso contribui para a mitigação das mudanças climáticas.
5. Biodiversidade
Habitat para Organismos: Um solo saudável é um ecossistema vivo, abrigando uma enorme variedade de microrganismos, insetos e outros organismos que desempenham papéis importantes na decomposição de matéria orgânica, controle de pragas e reciclagem de nutrientes.
Promove a Resiliência das Plantas: A biodiversidade do solo contribui para plantas mais resistentes, ajudando a prevenir doenças e ataques de pragas, e promovendo uma agricultura mais sustentável.
BioAS: O que é e qual a ligação com saúde do solo?
Para promover um manejo mais sustentável na agricultura, a Embrapa desenvolveu a tecnologia BioAS.
A proposta é integrar a bioanálise das avaliações do solo, proporcionando uma visão mais completa da sua saúde e contribuindo para aumentar a produtividade agrícola.
A criação da BioAS foi impulsionada após a FAO informar que aproximadamente 33% dos solos do mundo estão degradados.
Grande parte dessa degradação poderia ser evitada ou revertida com práticas agrícolas que valorizassem a biologia do solo.
As análises tradicionais costumam focar apenas em aspectos químicos e físicos, deixando de lado a biodiversidade presente no solo e seu papel vital na manutenção da qualidade.
Como avaliar a saúde do solo?
A avaliação da saúde do solo pode ser feita por coleta de amostras, principalmente pela BioAS, pela confiabilidade dos resultados.
1. Escolha do local de análise
Primeiramente, é preciso escolher locais representativos da lavoura, evitando áreas anômalas, como declives acentuados, depressões ou locais próximos a carreadores, que podem distorcer os resultados.
2. Condições de coleta
A coleta deve ser feita após a colheita, em condições de solo estáveis, evitando períodos de alta umidade ou seca extrema. A profundidade recomendada é de 0 a 10 cm, onde ocorre maior atividade microbiana e concentração de matéria orgânica.
3. Quantidade da coleta
A quantidade ideal de solo coletada deve ser suficiente para todas as análises previstas, geralmente entre 500 g e 1 kg.
Para garantir que a amostra seja representativa, é necessário homogeneizar bem o solo retirado de diferentes pontos da área.
4. Conservação e envio da amostra
Após a coleta, as amostras devem ser mantidas em local fresco e ao abrigo do sol,e se o envio ao laboratório demorar mais de 24 horas, é recomendado armazenar em recipiente refrigerado. O envio deve ser realizado o mais rápido possível para garantir a precisão dos resultados.
A Embrapa disponibiliza uma lista atualizada dos laboratórios capacitados para realizar a bioanálise de solo com a tecnologia BioAS, garantindo que estes sigam protocolos rigorosos para assegurar a confiabilidade das análises.
Para ajudar ainda mais nos cuidados com a saúde do solo, separamos algumas dicas de manejo integrado a seguir. Clique no play para assistir o vídeo.
Quais são os principais componentes do solo vivo e o que o ameaça?
Para entender o cuidado com o solo, precisamos conhecer suas três partes principais: a física, a química e a biológica.
Todas elas trabalham juntas, como engrenagens de um motor. Se uma falha, todo o sistema sofre. A interação equilibrada entre esses três pilares define um solo verdadeiramente saudável.
Componentes físicos do solo
Textura: Proporção de areia, silte e argila influencia a drenagem e a disponibilidade de água para as plantas;
Estrutura: É como as partículas do solo se agregam, formando unidades maiores. Uma boa estrutura cria um ambiente poroso favorável ao crescimento das raízes, à infiltração de água e à aeração;
Porosidade: São os espaços vazios entre as partículas sólidas do solo, que podem ser grandes (macroporos) ou pequenos (microporos);
Densidade: Massa do solo por unidade de volume. Se a densidade for alta, indica que o solo está compactado, dificultando o crescimento das raízes e a movimentação de água e ar.
Componentes químicos do solo
pH: Mede a acidez ou alcalinidade do solo, sendo fator determinante que afeta a disponibilidade da maioria dos nutrientes para as plantas e a atividade dos microrganismos;
Nutrientes: São os alimentos das plantas, como Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio(K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Enxofre (S) e micronutrientes;
Capacidade de Troca Catiônica (CTC): É a capacidade do solo de reter íons positivos (cátions), como Ca²⁺, Mg²⁺, K⁺.6O solo guarda esses nutrientes importantes, liberando gradualmente para as plantas;
Matéria Orgânica do Solo (MOS): É composta por restos de plantas, animais em decomposição e húmus. É responsável por melhorar a estrutura física, aumentar a capacidade de retenção de água, atuar como reserva e ser fonte de nutrientes. Além de tudo isso, ainda aumenta a CTC e serve de alimento para a vasta comunidade de organismos do solo.
Componentes biológicos do solo
Microrganismos: Incluem bactérias, fungos, actinomicetos e protozoários. São importante na decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, formação da estrutura do solo e podem até suprimir doenças e fixar nitrogênio atmosférico.
Macrofauna: São organismos maiores como minhocas, cupins, formigas e besouros. Suas atividades melhoram a aeração e a infiltração de água, e ajudam a incorporar a matéria orgânica das camadas superficiais para as mais profundas.
Foto: Felipe Fabbri, zootecnista me
Como melhorar a qualidade da saúde do solo?
Se durante a análise, foi constatado que há problemas, existem formas de melhorar a qualidade do solo. Esse cuidado envolve práticas que aumentam a fertilidade, estrutura e biodiversidade. Confira abaixo o que fazer:
1. Adição de Matéria Orgânica
Compostagem: Como esterco, restos de culturas e composto doméstico, melhora a estrutura do solo, aumenta a retenção de água e fornece nutrientes essenciais.
Cobertura Vegetal: Leguminosas ajudam a adicionar matéria orgânica ao solo e proteger sua superfície.
2. Rotação de Culturas
Diversificação das Plantas: Ajuda a evitar o esgotamento de nutrientes específicos e melhora a estrutura e a saúde do solo.
3. Plantio Direto
Redução da Erosão: Evita o revolvimento constante do solo, preservando sua estrutura e reduzindo a erosão. Também ajuda a reter mais umidade e matéria orgânica.
4. Controle de Erosão
Curvas de Nível e Terraços: Instalar barreiras físicas e técnicas para evitar que o solo seja carregado pela água da chuva, prevenindo a perda de nutrientes.
Cobertura do Solo: Palha ou culturas de coberturaprotegem o solo contra o impacto direto das chuvas e vento.
5. Uso de Fertilizantes Naturais
Adubos Verdes: Culturas específicas, como feijão e ervilhaca, podem ser plantadas e incorporadas ao solo para adicionar nitrogênio e outros nutrientes naturalmente.
Evitando o Uso Excessivo de Fertilizantes Químicos: O excesso de fertilizantes prejudica a estrutura do solo e contamina lençóis freáticos.
6. Biodiversidade no Solo
Apoio à Vida Microbiana: Introduzir microrganismos como bactérias e fungosno solo, ajudam na decomposição de matéria orgânica e na disponibilidade de nutrientes para as plantas.
Manejo Integrado de Pragas e Doenças: Promover práticas que não prejudiquem a fauna do solo e que ajudem a controlar pragas de forma natural.
7. Teste Regular do Solo
Monitoramento de Nutrientes: Realizar análises regulares para identificar a necessidade de correções, garantindo um equilíbrio adequado de nutrientes e ajustando práticas de manejo conforme necessário.
Reduz a erosão, aumenta MOS e infiltração de água, melhora estrutura e conserva umidade.
Seu sucesso depende da cobertura permanente e rotação e pode exigir manejo de compactação superficial inicial.
Rotação de Culturas
Quebra ciclo de pragas/doenças, melhora estrutura física e otimiza uso de nutrientes.
É recomendado planejar a sequência considerando necessidades nutricionais e produção de palhada.
Adubação Verde/Cobertura
Protege o solo, suprime daninhas, adiciona MOS e melhora estrutura,
Escolha uma espécie adaptada à região. Se você estiver no Cerrado, por exemplo, opte por Braquiária ou Crotalária.
Saúde do solo e clima: Qual a ligação?
Solos saudáveis são fundamentais para a agricultura para fazer a armazenagem de carbono e manter o equilíbrio do ciclo da água.
Por outro lado, alterações climáticas, como mudanças nos padrões de temperatura e precipitação, afetam a estrutura e a fertilidade do solo, influenciando a disponibilidade de nutrientes, a atividade de microrganismos e a retenção de água.
Além disso, práticas agrícolas que degradam o solo, como o uso excessivo de fertilizantes químicos e o desmatamento, contribuem para a liberação de carbono armazenado, aumentando as emissões de gases de efeito estufa.
Considerando tudo isso, a manutenção da saúde do solo é essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, além de garantir a produtividade agrícola e a sustentabilidade dos ecossistemas.
Quais tecnologias ajudam no cuidado com o solo?
A tecnologia moderna oferece ótimas opções de ferramentas para melhorar os cuidados com a saúde do solo, complementando as práticas de manejo conservacionista.
A Agricultura de Precisão (AP) é um exemplo disso, que reconhece e gerencia a variabilidade espacial dentro de cada talhão.
As tecnologias como GPS, sensores embarcados em máquinas, sensores de solo imagens de satélite e drones, são usadas para mapear essas diferenças.
Esse mapeamento permite criar um diagnóstico detalhado da variabilidade da fertilidade, identificar zonas com maior ou menor potencial produtivo, áreas compactadas, problemas de drenagem ou infestações localizadas de pragas e daninhas.
Com base nesse diagnóstico preciso, a AP permite a Aplicação em Taxa Variável (VRT). Usando mapas de recomendação e equipamentos específicos, você pode fazer aplicações apenas onde é necessário.
Os bioinsumos, como inoculantes com microrganismos benéficos, também vêm ganhando espaço por promoverem o crescimento das plantas e a saúde do solo.
Na soja, conseguem eliminar a necessidade de adubo nitrogenado, enquanto no milho, ajudam na absorção de nutrientes.
Além disso, atuam na solubilização de fósforo, produção de hormônios e controle biológico.
O Brasil é destaque no uso dessas tecnologias, que funcionam melhor quando associadas a boas práticas de manejo e ao uso de dados para decisões mais precisas no campo.
Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).
Após uma enchente, o solo pode sofrer compactação, perda de nutrientes, contaminação e alteração na estrutura do solo. Para recuperar a terra, é essencial descompactar o solo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem.
Os temporais que assolaram o Rio Grande do Sul por mais de 10 dias afetaram 425 das 497 cidades do estado, resultando em 107 mortes, 136 desaparecidos e forçando 232,1 mil pessoas a deixarem suas casas, impactando cerca de 1,476 milhão de pessoas, segundo a Defesa Civil.
As enchentes recorrentes causam destruição em lavouras e infraestruturas agrícolas, além de perdas econômicas e deslocamento de comunidades rurais, evidenciando a necessidade de estratégias de resiliência e adaptação para enfrentar os desafios climáticos e de gestão de recursos hídricos na região.
Estas inundações podem causar danos significativos às comunidades, infraestruturas e terras agrícolas. Após uma enchente, o solo sofre diversas alterações físicas, químicas e biológicas, que podem afetar a sua fertilidade e capacidade de sustentação da vegetação.
Quando as águas das enchentes recuam, a terra pode ficar compactada, com camadas de sedimentos depositados na superfície.
Além disso, a saturação prolongada de água pode levar à perda de nutrientes, à contaminação por poluentes transportados pelas águas e à erosão do solo. Recuperar a terra após uma enchente é um desafio que envolve várias etapas, desde a remoção de detritos e sedimentos até a reestruturação do solo para restaurar sua capacidade produtiva.
Para revitalizar a terra afetada por enchentes, é fundamental adotar práticas de recuperação que incluam a descompactação do solo, a reposição de nutrientes e a implementação de sistemas de drenagem eficazes.
A recuperação das terras após uma enchente exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada que considere tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas. Com as práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos das enchentes.
Boa leitura!
Erosão hídrica dos solos
A erosão hídrica é um processo natural intensificado pela ação das águas superficiais que resulta na remoção e transporte de partículas do solo. Quando associado a alagamentos, este fenômeno pode causar danos significativos ao ambiente, à infraestrutura e à agricultura. Entender os mecanismos e impactos da erosão hídrica durante eventos de alagamento é crucial para desenvolver estratégias de mitigação e recuperação.
Figura 1. Enchente em área agrícola do Arroio do Meio – RS, Fotos: Fábio Fuhr (2024).
Mecanismos da erosão hídrica durante alagamentos
Os alagamentos, caracterizados pelo excesso de água em áreas normalmente secas, amplificam a erosão hídrica através de vários mecanismos:
Desagregação do solo: a força das águas em movimento desagrega as partículas do solo, facilitando seu transporte. A saturação do solo durante um alagamento reduz sua coesão, tornando-o mais suscetível à erosão;
Fluxo de superfície: a água em excesso não consegue infiltrar-se no solo completamente, resultando em fluxos superficiais intensos. Esses fluxos aumentam a capacidade erosiva, principalmente em áreas com pouca cobertura vegetal;
Sedimentação e deposição: as águas de alagamento transportam sedimentos para áreas mais baixas, depositando material erodido em novas localidades. Este processo altera o perfil do solo e a topografia local, impactando negativamente a fertilidade do solo e a capacidade agrícola.
Figura 2. Deposição de material físico em área agrícola RS após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).
Impactos da erosão hídrica
A erosão hídrica causada por alagamentos traz uma série de consequências adversas:
Perda de solo fértil: a camada superficial do solo, rica em nutrientes, é frequentemente a mais afetada pela erosão. Sua perda compromete a produtividade agrícola e a capacidade de suporte à vegetação nativa;
Danos à infraestrutura: estradas, pontes, sistemas de drenagem e edificações podem ser seriamente danificados. A erosão sob fundações e estradas pode causar colapsos e deslizamentos;
Sedimentação de corpos hídricos: sedimentos transportados pela água podem assorear rios, lagos e reservatórios, reduzindo a capacidade de armazenamento de água e afetando a qualidade da água;
Deslocamento de comunidades: em áreas rurais, a erosão pode forçar o deslocamento de comunidades devido à perda de terras cultiváveis e à destruição de infraestruturas essenciais.
Estratégias de mitigação e recuperação
Para lidar com a erosão hídrica ocasionada por alagamentos, várias estratégias podem ser implementadas:
Controle da vegetação: plantar espécies vegetais de cobertura, que protegem o solo e aumentam a infiltração de água, reduzindo o fluxo superficial;
Construção de barreiras: instalação de terraços, muros de contenção e bacias de retenção para controlar o fluxo de água e reduzir sua velocidade, minimizando a erosão;
Melhorias na gestão de recursos hídricos: implementação de sistemas de drenagem eficientes para controlar o excesso de água e prevenir a saturação do solo;
Recuperação do solo: técnicas de recuperação do solo, como a adição de matéria orgânica e corretivos, para restaurar a estrutura e fertilidade do solo erodido;
Planejamento do uso da terra: avaliação e planejamento do uso da terra com base em mapas de risco de erosão e alagamento, para evitar construções e atividades agrícolas em áreas vulneráveis.
Figura 3. Benefícios fornecidos pela utilização de plantas de cobertura. Créditos: Bruna Emanuele Schiebelbein | ESALQ
O uso de plantas pioneiras, que são espécies capazes de se estabelecer em solos degradados e melhorar sua qualidade, é uma estratégia recomendada. Entre as culturas apropriadas para plantar após uma enchente estão leguminosas, que fixam nitrogênio no solo, gramíneas resistentes e plantas de cobertura, que ajudam a proteger o solo da erosão e melhoram a estrutura do solo.
Alterações no solo devido às enchentes
Alterações químicas
Redução do oxigênio: a saturação do solo com água reduz a disponibilidade de oxigênio, criando condições anaeróbicas. Este ambiente favorece processos de redução, como a desnitrificação, onde nitratos (NO₃⁻) são convertidos em gás nitrogênio (N₂) e outros gases, levando à perda de nutrientes essenciais.
Alterações no pH: as condições anaeróbicas podem levar à produção de ácidos orgânicos e outros compostos que alteram o pH do solo. A acidificação pode ocorrer devido à produção de ácidos graxos voláteis e ácido sulfúrico em solos com sulfetos.
Mobilização de nutrientes: a saturação pode solubilizar certos nutrientes e metais pesados, aumentando sua disponibilidade e potencial toxicidade para plantas. Por exemplo, o ferro (Fe) e o manganês (Mn) podem se mobilizar em condições redutoras.
Alterações físicas
Compactação do solo: o peso da água sobre o solo saturado pode causar compactação, diminuindo a porosidade e a capacidade de infiltração do solo. Isto resulta em uma menor capacidade de retenção de água e ar, dificultando o crescimento das raízes das plantas.
Estrutura do solo: a estrutura do solo pode ser destruída devido à ação das forças erosivas da água. A agregação do solo é prejudicada, resultando em uma menor estabilidade estrutural e maior susceptibilidade à erosão.
Sedimentação: a deposição de sedimentos transportados pela água altera a textura e a composição superficial do solo, frequentemente enriquecendo-o com partículas finas como silte e argila, que podem reduzir a permeabilidade e alterar a capacidade de retenção de água.
Figura 4. Área de produção de grãos após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).
Alterações biológicas
Mudança na atividade microbiana: as condições anaeróbicas alteram a composição e atividade da comunidade microbiana. Bactérias anaeróbicas, como aquelas responsáveis pela metanogênese e redução de sulfato, tornam-se dominantes, enquanto organismos aeróbicos diminuem significativamente.
Decomposição da matéria orgânica: em ambientes anaeróbicos, a decomposição da matéria orgânica é mais lenta e pode produzir compostos tóxicos, como metano (CH₄) e sulfeto de hidrogênio (H₂S), que são prejudiciais às plantas e à vida do solo.
Impacto na fauna do solo: a fauna do solo, incluindo minhocas e outros invertebrados, é adversamente afetada pela falta de oxigênio e pode sofrer mortalidade em massa ou migrar para áreas menos saturadas, reduzindo a biodiversidade e a funcionalidade biológica do solo.
Figura 5. Benefícios de um solo/ambiente agrícola biologicamente saudável. Fonte: EDGA IA (2024).
Sofreu prejuízos com a terra após as enchentes? Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a gerenciar a recuperação da sua produção. Não perca tempo, comece a revitalizar sua colheita e garantir a continuidade do seu negócio agora mesmo!
Após uma enchente, a terra sofre alterações significativas: compactação do solo, perda de nutrientes, contaminação por poluentes e mudanças na estrutura do solo. Essas alterações físicas, químicas e biológicas afetam a fertilidade e a capacidade de sustentação da vegetação.
Para recuperar o solo, é essencial descompactá-lo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem eficazes. Plantas de cobertura, como leguminosas e gramíneas resistentes, são recomendadas para estabilizar e melhorar a qualidade do solo.
A recuperação do solo após enchentes exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada, considerando tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas.
Com práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos de futuras enchentes, promovendo a resiliência das áreas agrícolas e das comunidades no Rio Grande do Sul.