O Aegro é bom? Entenda como o software pode ajudar na gestão da fazenda

A gestão agrícola tem se tornado cada vez mais complexa, exigindo planejamento eficiente, controle financeiro rigoroso e organização de dados precisos

Com as constantes mudanças no mercado e os desafios do campo, muitos produtores buscam um software para gestão de fazendas que facilite o dia a dia e melhore a rentabilidade da propriedade.

Entre as opções disponíveis, o software Aegro se destaca por sua capacidade de integrar controle financeiro, planejamento operacional e monitoramento de atividades no campo

Mas, afinal, o Aegro é bom? Para responder a essa questão, analisamos suas funcionalidades, benefícios e apresentamos relatos de produtores que utilizam essa solução na prática.

O que é o Aegro?

O Aegro é um software de gestão agrícola que ajuda produtores rurais no gerenciamento de suas fazendas, reunindo todas as operações da propriedade em um só lugar

A plataforma permite o controle financeiro, a administração de insumos, o planejamento das atividades e a análise de produtividade, garantindo mais eficiência e segurança na tomada de decisão.

Com um sistema intuitivo e acessível, o Aegro é ideal para produtores de grãos, pecuaristas, horticultores e demais profissionais do agronegócio que precisam de mais controle sobre a sua produção.

Software para produtor rural: 10 formas de ganhar mais ao utilizar!

Como funciona o Aegro?

Ao cadastrar os dados da fazendo no Aegro, o sistema integra soluções financeiras, fiscais e operacionais para propriedades rurais.

A partir disso, você tem o controle da produção, desde o planejamento da safra até o manejo do campo.

Um dos maiores destaques é a emissão de notas fiscais integradas ao Sefaz, junto do controle de estoque e de custos, pelo computador ou um aplicativo de celular.

O Aegro ainda oferece uma série de funcionalidades que otimizam a gestão de fazendas, como:

  • Registro completo das operações agrícolas: Controle detalhado de plantio, colheita, pulverizações e tratos culturais.
  • Gerenciamento financeiro: Acompanhamento de custos, receitas, fluxo de caixa e relatórios financeiros.
  • Gestão de insumos e estoques: Monitoramento de defensivos, sementes, máquinas agrícolas e demais produtos.
  • Planejamento da produção: Previsão de gastos e receitas, visualização de custos por talhão e análise da produtividade.
  • Emissão de relatórios personalizados: Para avaliação de desempenho e apoio à tomada de decisão.

Quais os benefícios do Aegro?

A Aegro se destaca por ser uma plataforma que consegue organizar a gestão da fazenda, financeira e fiscal, com integração com a SEFAZ.

Um dos maiores destaques é a emissão de notas fiscais eletrônicas sem limitações e gratuita, além de funcionalidades de acompanhamento de custos e rentabilidade.

Outo benefício é a versão aplicativo em aplicativo do software Aegro, que se torna uma solução acessível e eficiente, promovendo um controle mais preciso e otimização das operações no campo, além de:

  • Maior controle financeiro: Acompanhe o fluxo de caixa, rateio avançado e livro caixa, evitando desperdícios e proporcionando maior previsibilidade;
  • Redução de desperdícios: Com o controle de insumos e estoques e comparador de preços, você evita compras desnecessárias e melhora o aproveitamento dos recursos;
  • Monitoramento das operações: Todas as atividades da fazenda são registradas, facilitando a supervisão da equipe;
  • Decisões baseadas em dados: Os relatórios gerados automaticamente permitem a análise detalhada dos custos, produtividade e rentabilidade da propriedade;
  • Controle de máquinas: Gerenciamento de máquinas e patrimônio, com monitoramento de horas e manutenção preventiva, integrada com grandes marcas;
  • Controle fiscal: Emissão de nota fiscal e MDF-e, pelo celular ou computador, com preenchimento automático e gratuito.
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Monitoramento Inteligente para Melhorar a Produtividade

Monitorar a lavoura e controlar pragas são desafios constantes para todo o produtor rural. Sem dados precisos, problemas como falhas no plantio, estresse hídrico e uso excessivo de defensivos podem aumentar custos e reduzir a produtividade.

Para otimizar esse manejo, o Aegro oferece as ferramentas NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) e MIP (Manejo Integrado de Pragas).

  • NDVI: Utiliza imagens de satélite para identificar áreas com baixa saúde vegetal, falhas no plantio e direcionar melhor a aplicação de insumos, evitando desperdícios.
  • MIP: Permite monitoramento preciso de pragas, auxiliando na decisão do momento certo para aplicação de defensivos, reduzindo custos e impactos ambientais.

Com essas funcionalidades, o manejo fica mais preciso, reduzindo custos, minimizando desperdícios e promovendo uma produção mais eficiente e sustentável.

O Aegro é bom para qual tipo de propriedade rural?

O Aegro é bom para propriedades rurais de todos os portes, seja para pequenos produtores familiares ou grandes fazendas comerciais.

O software tem ferramentas que auxiliam na comparação de insumos, controle de livro caixa e monitoramento de doenças que se adapta a diferentes culturas, podendo ser usado por:

  • Produtores de grãos (soja, milho, trigo, arroz): Oferece controle de safra, gestão financeira e monitoramento de insumos;
  • Produtores de cereais: Gerenciamento da produção, controlando custos, emissão de notas fiscais e acompanhando a safra.
  • Propriedades de agroindústria: Para atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agrícolas;
  • Propriedades mistas: Que combinam diferentes tipos de produção, como agricultura e pecuária.

Com suas funcionalidades integradas, o Aegro atende propriedades que buscam uma gestão de fazenda com menos falhas, mais economia e organização.

Quem pode contratar o Aegro?

O Aegro pode ser contratado por produtores que estão com dificuldades no controle financeiro, gestão operações de campo, dificuldades na emissão de notas fiscais e falta de integração entre as diferentes áreas da propriedade.

Se você está com dificuldade de gerenciar custos de produção, planejamento de safra, controle de estoque ou até mesmo dificuldades com o uso de tecnologia no campo, o Aegro pode ser uma solução para automatizar esses processos e melhorar a gestão.

Para garantir que a plataforma seja adequada às suas necessidades, é possível agendar uma demonstração gratuita com especialistas, que vão mostrar como software pode ajudar nessas questões.

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Checklist de pós-colheita: 10 melhores práticas

A pós-colheita é uma etapa estratégica que vai além de apenas finalizar o ciclo produtivo, sendo tão relevante quanto o plantio e a colheita. É neste momento que o esforço investido ao longo da safra em resultados concretos. 

Essa fase determina a qualidade dos grãos, a redução de perdas e a viabilidade econômica da produção, impactando diretamente a rentabilidade e a competitividade do produtor no mercado.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes como o manejo adequado do pós-colheita pode preservar a qualidade dos produtos agrícolas, otimizar o uso dos recursos e preparar o solo para o próximo ciclo. 

O que é a pós-colheita e por que ela é importante?

A pós-colheita envolve todas as práticas realizadas após a colheita da cultura, com o objetivo de manter a qualidade dos produtos, evitar perdas e garantir a rentabilidade. 

As principais etapas incluem o transporte, armazenamento, secagem e comercialização.  A negligência em qualquer uma dessas etapas pode resultar em perdas significativas, tanto em quantidade quanto em qualidade.

Checklist prático para o produtor no pós-colheita

Independente da cultura da sua propriedade rural, após a colheita, é importante ter um planejamento para garantir a qualidade do produto. 

Algo que não pode faltar é a eficiência do processo e a adoção de boas práticas na lavoura para as próximas etapas. Aqui está um checklist prático para ajudar nesse período:

1. Armazenamento da Colheita

  • Verifique a umidade e a temperatura do ambiente.
  • Remova resíduos de safras anteriores para evitar contaminação.
  • Realize o controle de pragas com tratamentos preventivos de armazenamento.

2. Secagem dos Grãos

  • Use medidores de umidade para garantir que os grãos estão secos adequadamente.
  • Evite temperaturas excessivas que podem prejudicar a qualidade do grão.

3. Verifique as condições dos equipamentos

  • Certifique-se de que máquinas e ferramentas estejam limpas, bem conservadas e adequadas para uso.
  • Se aplicável, confira o estado das bombas, filtros e tubulações para a próxima safra.

4. Garanta o transporte adequado 

  • Utilize veículos limpos e protegidos contra poeira e umidade.
  • Planeje a logística para minimizar o tempo de transporte e reduzir perdas.

5. Higienize os silos regularmente

  • Verifique o estado dos grãos armazenados para identificar sinais de pragas ou deterioração.
  • Monitore a umidade para garantir viabilidade comercial e evitar degradação.

6. Inspecione os grãos periodicamente 

  • Verifique o armazenamento para identificar sinais de pragas ou deterioração.
  • Faça testes de viabilidade dos grãos para manter o potencial comercial e reprodutivo.
  • Aja rapidamente ao identificar qualquer irregularidade, evitando a propagação de danos.

7. Monitore a umidade 

8. Classifique e selecione os produtos 

  • Separe os produtos por qualidade para maximizar o valor de mercado.
  • Organize os produtos com base em tamanho, peso e aspecto visual, garantindo uniformidade.
  • Atenda às normas de comercialização com padrões exigidos pelos compradores e pela legislação.

9. Adote culturas de cobertura no solo: 

  • Proteja o solo contra erosão e melhore a retenção de nutrientes com o plantio de culturas adequadas.
  • Enriqueça o solo com matéria orgânica e promova a atividade biológica.
  • Diminua a necessidade de fertilizantes químicos e herbicidas, controlando naturalmente plantas daninhas e recuperando nutrientes.

10. Utilize tecnologias digitais

  • Ferramentas como a Aegro ajudam a monitorar e planejar as etapas da pós-colheita, otimizando recursos e reduzindo perdas.
  • Centralize dados sobre colheita, armazenamento e transporte, garantindo maior controle e eficiência em cada etapa.

Pós-colheita por cultura: Cuidados específicos

Após a colheita, cada cultura exige cuidados diferentes para garantir que mantenham a qualidade e o valor de mercado. 

O manejo adequado no pós-colheita não só prolonga a vida útil dos produtos, mas também minimiza perdas e maximiza os resultados econômicos. 

Neste contexto, entender as necessidades específicas de cada cultura — como grãos, frutas ou hortaliças — são vitais para um processo de armazenagem, transporte e comercialização eficientes. Confira mais detalhes: 

1. Café: Após a colheita, lave os frutos e realize a secagem em terreiros ou secadores mecânicos.
2. Soja: Evite danos mecânicos durante o transporte e mantenha os grãos armazenados a uma umidade ideal de 13%.
3. Milho: Inspecione os grãos para evitar infestação de pragas e fungos, priorizando a ventilação no armazenamento.
4. Trigo: Realize a secagem rapidamente para evitar germinação indesejada.

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Principais causas de perdas na pós-colheita

As perdas pós-colheita resultam de fatores como contaminação, manuseio inadequado e armazenamento em condições desfavoráveis. 

Para minimizá-las, é preciso utilizar equipamentos adequados e em bom estado de conservação, realizar a secagem dos grãos logo após a colheita e monitorar continuamente as condições do ambiente de armazenamento.

1. Armazenamento inadequado

Fatores como temperatura, umidade e ventilação afetam diretamente a qualidade dos produtos armazenados. Ambientes mal controlados favorecem o desenvolvimento de fungos, pragas e deterioração dos grãos.

2. Transporte deficiente 

A má conservação das estradas, frotas inadequadas e falta de cuidado no transporte resultam em perdas significativas. Cargas mal protegidas também estão mais expostas a intempéries e danos mecânicos.

3. Proliferação de pragas e doenças

A falta de manejo fitossanitário, secagem insuficiente e armazenamento em condições inadequadas são fatores que aumentam a proliferação de pragas e fungos.

4. Secagem inadequada

A secagem inadequada de grãos e outros produtos pode levar ao aumento da umidade, favorecendo o crescimento de fungos e outros microrganismos que comprometem a qualidade e a viabilidade comercial.

5. Fatores climáticos 

Condições climáticas adversas, como chuvas fortes ou altas temperaturas, podem afetar negativamente a colheita e o armazenamento dos produtos.

Compreender essas causas e implementar estratégias eficazes de manejo, vai garantir a preservação da qualidade e o aproveitamento máximo da produção.

Por mais que você seja experiente na lavoura, procure não prolongar qualquer sinal de irregularidade com a sua pós-colheita.

Leia também:

A importância da pós-colheita no manejo agrícola

A fase de pós-colheita não se limita apenas à conservação dos grãos colhidos, mas também ao preparo do solo para o próximo ciclo agrícola.

Essa etapa é responsável por manter a qualidade dos produtos e assegurar a produtividade futura. Desde o transporte adequado até o manejo do solo, cada detalhe influencia diretamente a eficiência e a sustentabilidade da lavoura.

Além disso, práticas como a análise de solo, a rotação de culturas e a semeadura de plantas de cobertura ajudam a preparar a área para o próximo plantio, reduzindo a incidência de pragas, otimizando a retenção de nutrientes e aumentando a resiliência do solo.

Junto disso, o uso de tecnologias tem ajudado muito na a gestão pós-colheita. Uso de ferramentas como drones, imagens de satélite, sistemas de inteligência artificial e softwares de gestão agrícola auxiliam no monitoramento e controle de qualidade dos produtos.

Essas tecnologias permitem otimizar processos, reduzir perdas e aumentar a eficiência na cadeia produtiva.

O Aegro é uma dessas soluções e, além de ajudar no acompanhamento da colheita, tem módulos de controle financeiro, fiscal e monitoramento via NDVI.

Faça um teste gratuito por 7 dias e veja como a plataforma é capaz de ajudar em diversas áreas da sua propriedade rural, principalmente no pós-colheita. Clique no botão e saiba mais!


Saúde do solo: por que é tão importante cuidar disso?

A saúde do solo é definida pela capacidade de funcionar como um sistema vivo. Os solos saudáveis abrigam uma rica comunidade de organismos que auxiliam na supressão de pragas, reciclagem de nutrientes e controle de doenças

Além disso, mantêm a capacidade de retenção de água e nutrientes, fatores fundamentais para garantir a sustentabilidade da produção de alimentos.

A preservação da qualidade do solo não favorece apenas a produtividade agrícola, mas também a mitigação das mudanças climáticas ao armazenar carbono. 

Até o momento, é estimado que 95% da produção mundial de alimentos depende direta ou indiretamente da terra, reforçando a necessidade de práticas sustentáveis para garantir a segurança alimentar global. 

Nesse contexto, a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, destaca a importância da conservação do solo, apresentando os principais benefícios proporcionados por solos saudáveis.

O que é considerado um solo saudável?

Um solo saudável é bem estruturado, rico em biodiversidade microbiana, com níveis adequados de nutrientes e matéria orgânica, oferecendo condições ideais para o desenvolvimento das plantas e maior rendimento das culturas.

Além disso, alimentos cultivados em solos saudáveis tendem a apresentar maior valor nutricional, com concentrações mais elevadas de vitaminas, minerais e compostos bioativos

A manutenção da saúde do solo garante uma produção agrícola sustentável, viável economicamente e capaz de atender às demandas por alimentos mais nutritivos.

A melhor estrutura física desses solos facilita a infiltração de água, a aeração e o crescimento das raízes. 

Enquanto isso, a alta biodiversidade microbiana melhora a ciclagem de nutrientes e reduz a incidência de patógenos, enquanto a presença adequada de matéria orgânica aumenta a capacidade de retenção de água e a fertilidade. 

Já o equilíbrio de nutrientes garante a disponibilidade dos elementos essenciais para o crescimento saudável das plantas, contribuindo para uma agricultura mais eficiente e sustentável.

Por que a saúde do solo é tão importante?

Um solo saudável é importante porque fornece os nutrientes, a estrutura e a água necessários para o crescimento das plantas, gerando uma produtividade maior e qualidade dos alimentos.

Além disso, funcionam como filtros naturais, protegendo a qualidade da água e contribuindo para o sequestro de carbono, mitigando as mudanças climáticas e promovendo a sustentabilidade ambiental. 

Manter a saúde do solo não impacta apenas a lavoura, mas também o consumo de alimento mundial, interferindo economicamente. Entenda mais detalhes: 

1. Produção de Alimentos

  • Suporte para Plantas: Fornecimento de nutrientes essenciais que as plantas precisam para crescer, como nitrogênio, fósforo e potássio. Também ajuda na retenção de água e permite que as raízes se fixem e absorvam esses nutrientes.
  • Melhora a Produtividade: Solos ricos em matéria orgânica e bem estruturados aumentam a produtividade agrícola, permitindo que as culturas cresçam mais saudáveis e vigorosas.

2. Qualidade da Água

  • Filtragem Natural: Solos saudáveis atuam como filtros naturais, limpando a água que passa através deles. Eles absorvem contaminantes e evitam que poluentes entrem nos corpos d’água, contribuindo para a preservação de rios, lagos e lençóis freáticos.
  • Retenção de Água: Solos ricos em matéria orgânica conseguem reter mais água, o que é importante para reduzir a erosão e para garantir o abastecimento hídrico das plantas durante períodos de seca.

3. Ciclo de Nutrientes

  • Reciclagem de Nutrientes: Um solo saudável promove a decomposição de matéria orgânica, reciclando nutrientes para que estejam disponíveis para novas plantas. Isso reduz a necessidade de fertilizantes químicos e promove uma agricultura mais sustentável.
  • Fixação de Nitrogênio: Certos microrganismos no solo ajudam a converter o nitrogênio atmosférico em formas utilizáveis pelas plantas, um processo essencial para o crescimento saudável das culturas.

4. Sustentabilidade e Conservação Ambiental

  • Prevenção da Erosão: Solos bem estruturados são menos propensos à erosão, que é a perda de camadas superficiais do solo devido ao vento ou à água. A erosão reduz a fertilidade do solo e pode causar danos ambientais significativos.
  • Sequestro de Carbono: Solos ricos em matéria orgânica ajudam a capturar e armazenar carbono, reduzindo a quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Isso contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

5. Biodiversidade

  • Habitat para Organismos: Um solo saudável é um ecossistema vivo, abrigando uma enorme variedade de microrganismos, insetos e outros organismos que desempenham papéis importantes na decomposição de matéria orgânica, controle de pragas e reciclagem de nutrientes.
  • Promove a Resiliência das Plantas: A biodiversidade do solo contribui para plantas mais resistentes, ajudando a prevenir doenças e ataques de pragas, e promovendo uma agricultura mais sustentável.
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BioAS: O que é e qual a ligação com saúde do solo?

Para promover um manejo mais sustentável na agricultura, a Embrapa desenvolveu a tecnologia BioAS

A proposta é integrar a bioanálise das avaliações do solo, proporcionando uma visão mais completa da sua saúde e contribuindo para aumentar a produtividade agrícola.

A criação da BioAS foi impulsionada após a FAO informar que aproximadamente 33% dos solos do mundo estão degradados. 

Grande parte dessa degradação poderia ser evitada ou revertida com práticas agrícolas que valorizassem a biologia do solo. 

As análises tradicionais costumam focar apenas em aspectos químicos e físicos, deixando de lado a biodiversidade presente no solo e seu papel vital na manutenção da qualidade.

Como avaliar a saúde do solo?

A avaliação da saúde do solo pode ser feita por coleta de amostras, principalmente pela BioAS, pela confiabilidade dos resultados.

1. Escolha do local de análise 

Primeiramente, é preciso escolher locais representativos da lavoura, evitando áreas anômalas, como declives acentuados, depressões ou locais próximos a carreadores, que podem distorcer os resultados. 

2. Condições de coleta 

A coleta deve ser feita após a colheita, em condições de solo estáveis, evitando períodos de alta umidade ou seca extrema. A profundidade recomendada é de 0 a 10 cm, onde ocorre maior atividade microbiana e concentração de matéria orgânica. 

3. Quantidade da coleta 

A quantidade ideal de solo coletada deve ser suficiente para todas as análises previstas, geralmente entre 500 g e 1 kg. 

Para garantir que a amostra seja representativa, é necessário homogeneizar bem o solo retirado de diferentes pontos da área. 

4. Conservação e envio da amostra 

Após a coleta, as amostras devem ser mantidas em local fresco e ao abrigo do sol, e se o envio ao laboratório demorar mais de 24 horas, é recomendado armazenar em recipiente refrigerado. O envio deve ser realizado o mais rápido possível para garantir a precisão dos resultados. 

A Embrapa disponibiliza uma lista atualizada dos laboratórios capacitados para realizar a bioanálise de solo com a tecnologia BioAS, garantindo que estes sigam protocolos rigorosos para assegurar a confiabilidade das análises.

Para ajudar ainda mais nos cuidados com a saúde do solo, separamos algumas dicas de manejo integrado a seguir. Clique no play para assistir o vídeo.

Manejo integrado da lavoura: como ele pode impulsionar sua produtividade

Como melhorar a qualidade da saúde do solo?

Se durante a análise, foi constatado que há problemas, existem formas de melhorar a qualidade do solo. Esse cuidado envolve práticas que aumentam a fertilidade, estrutura e biodiversidade. Confira abaixo o que fazer: 

1. Adição de Matéria Orgânica

  • Compostagem: Como esterco, restos de culturas e composto doméstico, melhora a estrutura do solo, aumenta a retenção de água e fornece nutrientes essenciais.
  • Cobertura Vegetal: Leguminosas ajudam a adicionar matéria orgânica ao solo e proteger sua superfície.

2. Rotação de Culturas

  • Diversificação das Plantas: Ajuda a evitar o esgotamento de nutrientes específicos e melhora a estrutura e a saúde do solo.

3. Plantio Direto

  • Redução da Erosão: Evita o revolvimento constante do solo, preservando sua estrutura e reduzindo a erosão. Também ajuda a reter mais umidade e matéria orgânica.

4. Controle de Erosão

  • Curvas de Nível e Terraços: Instalar barreiras físicas e técnicas para evitar que o solo seja carregado pela água da chuva, prevenindo a perda de nutrientes.
  • Cobertura do Solo: Palha ou culturas de cobertura protegem o solo contra o impacto direto das chuvas e vento.

5. Uso de Fertilizantes Naturais

  • Adubos Verdes: Culturas específicas, como feijão e ervilhaca, podem ser plantadas e incorporadas ao solo para adicionar nitrogênio e outros nutrientes naturalmente.
  • Evitando o Uso Excessivo de Fertilizantes Químicos: O excesso de fertilizantes prejudica a estrutura do solo e contamina lençóis freáticos.

6. Biodiversidade no Solo

  • Apoio à Vida Microbiana: Introduzir microrganismos como bactérias e fungos no solo, ajudam na decomposição de matéria orgânica e na disponibilidade de nutrientes para as plantas.
  • Manejo Integrado de Pragas e Doenças: Promover práticas que não prejudiquem a fauna do solo e que ajudem a controlar pragas de forma natural.

7. Teste Regular do Solo

  • Monitoramento de Nutrientes: Realizar análises regulares para identificar a necessidade de correções, garantindo um equilíbrio adequado de nutrientes e ajustando práticas de manejo conforme necessário.

Saúde do solo e clima: Qual a ligação? 

Solos saudáveis são fundamentais para a agricultura para fazer a armazenagem de carbono e manter o equilíbrio do ciclo da água

Por outro lado, alterações climáticas, como mudanças nos padrões de temperatura e precipitação, afetam a estrutura e a fertilidade do solo, influenciando a disponibilidade de nutrientes, a atividade de microrganismos e a retenção de água.

Além disso, práticas agrícolas que degradam o solo, como o uso excessivo de fertilizantes químicos e o desmatamento, contribuem para a liberação de carbono armazenado, aumentando as emissões de gases de efeito estufa. 

Considerando tudo isso, a manutenção da saúde do solo é essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, além de garantir a produtividade agrícola e a sustentabilidade dos ecossistemas.

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Como fica a terra após uma enchente?

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Após uma enchente, o solo pode sofrer compactação, perda de nutrientes, contaminação e alteração na estrutura do solo. Para recuperar a terra, é essencial descompactar o solo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem. 


Os temporais que assolaram o Rio Grande do Sul por mais de 10 dias afetaram 425 das 497 cidades do estado, resultando em 107 mortes, 136 desaparecidos e forçando 232,1 mil pessoas a deixarem suas casas, impactando cerca de 1,476 milhão de pessoas, segundo a Defesa Civil. 

As enchentes recorrentes causam destruição em lavouras e infraestruturas agrícolas, além de perdas econômicas e deslocamento de comunidades rurais, evidenciando a necessidade de estratégias de resiliência e adaptação para enfrentar os desafios climáticos e de gestão de recursos hídricos na região. 

Estas inundações podem causar danos significativos às comunidades, infraestruturas e terras agrícolas. Após uma enchente, o solo sofre diversas alterações físicas, químicas e biológicas, que podem afetar a sua fertilidade e capacidade de sustentação da vegetação.

Quando as águas das enchentes recuam, a terra pode ficar compactada, com camadas de sedimentos depositados na superfície. 

Além disso, a saturação prolongada de água pode levar à perda de nutrientes, à contaminação por poluentes transportados pelas águas e à erosão do solo. Recuperar a terra após uma enchente é um desafio que envolve várias etapas, desde a remoção de detritos e sedimentos até a reestruturação do solo para restaurar sua capacidade produtiva.

Para revitalizar a terra afetada por enchentes, é fundamental adotar práticas de recuperação que incluam a descompactação do solo, a reposição de nutrientes e a implementação de sistemas de drenagem eficazes. 

A recuperação das terras após uma enchente exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada que considere tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas. Com as práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos das enchentes.

Boa leitura!

Erosão hídrica dos solos 

A erosão hídrica é um processo natural intensificado pela ação das águas superficiais que resulta na remoção e transporte de partículas do solo. Quando associado a alagamentos, este fenômeno pode causar danos significativos ao ambiente, à infraestrutura e à agricultura. Entender os mecanismos e impactos da erosão hídrica durante eventos de alagamento é crucial para desenvolver estratégias de mitigação e recuperação.

Figura 1. Enchente em área agrícola do Arroio do Meio – RS, Fotos: Fábio Fuhr (2024).

Mecanismos da erosão hídrica durante alagamentos

Os alagamentos, caracterizados pelo excesso de água em áreas normalmente secas, amplificam a erosão hídrica através de vários mecanismos:

  • Desagregação do solo: a força das águas em movimento desagrega as partículas do solo, facilitando seu transporte. A saturação do solo durante um alagamento reduz sua coesão, tornando-o mais suscetível à erosão;
  • Fluxo de superfície: a água em excesso não consegue infiltrar-se no solo completamente, resultando em fluxos superficiais intensos. Esses fluxos aumentam a capacidade erosiva, principalmente em áreas com pouca cobertura vegetal;
  • Sedimentação e deposição: as águas de alagamento transportam sedimentos para áreas mais baixas, depositando material erodido em novas localidades. Este processo altera o perfil do solo e a topografia local, impactando negativamente a fertilidade do solo e a capacidade agrícola.

Figura 2. Deposição de material físico em área agrícola RS após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).

Impactos da erosão hídrica

A erosão hídrica causada por alagamentos traz uma série de consequências adversas:

  • Perda de solo fértil: a camada superficial do solo, rica em nutrientes, é frequentemente a mais afetada pela erosão. Sua perda compromete a produtividade agrícola e a capacidade de suporte à vegetação nativa;
  • Danos à infraestrutura: estradas, pontes, sistemas de drenagem e edificações podem ser seriamente danificados. A erosão sob fundações e estradas pode causar colapsos e deslizamentos;
  • Sedimentação de corpos hídricos: sedimentos transportados pela água podem assorear rios, lagos e reservatórios, reduzindo a capacidade de armazenamento de água e afetando a qualidade da água;
  • Deslocamento de comunidades: em áreas rurais, a erosão pode forçar o deslocamento de comunidades devido à perda de terras cultiváveis e à destruição de infraestruturas essenciais.

Estratégias de mitigação e recuperação

Para lidar com a erosão hídrica ocasionada por alagamentos, várias estratégias podem ser implementadas:

  • Controle da vegetação: plantar espécies vegetais de cobertura, que protegem o solo e aumentam a infiltração de água, reduzindo o fluxo superficial;
  • Construção de barreiras: instalação de terraços, muros de contenção e bacias de retenção para controlar o fluxo de água e reduzir sua velocidade, minimizando a erosão;
  • Melhorias na gestão de recursos hídricos: implementação de sistemas de drenagem eficientes para controlar o excesso de água e prevenir a saturação do solo;
  • Recuperação do solo: técnicas de recuperação do solo, como a adição de matéria orgânica e corretivos, para restaurar a estrutura e fertilidade do solo erodido;
  • Planejamento do uso da terra: avaliação e planejamento do uso da terra com base em mapas de risco de erosão e alagamento, para evitar construções e atividades agrícolas em áreas vulneráveis.

Figura 3. Benefícios fornecidos pela utilização de plantas de cobertura. Créditos: Bruna Emanuele Schiebelbein | ESALQ

O uso de plantas pioneiras, que são espécies capazes de se estabelecer em solos degradados e melhorar sua qualidade, é uma estratégia recomendada. Entre as culturas apropriadas para plantar após uma enchente estão leguminosas, que fixam nitrogênio no solo, gramíneas resistentes e plantas de cobertura, que ajudam a proteger o solo da erosão e melhoram a estrutura do solo.

Alterações no solo devido às enchentes

Alterações químicas

  1. Redução do oxigênio: a saturação do solo com água reduz a disponibilidade de oxigênio, criando condições anaeróbicas. Este ambiente favorece processos de redução, como a desnitrificação, onde nitratos (NO₃⁻) são convertidos em gás nitrogênio (N₂) e outros gases, levando à perda de nutrientes essenciais.
  2. Alterações no pH: as condições anaeróbicas podem levar à produção de ácidos orgânicos e outros compostos que alteram o pH do solo. A acidificação pode ocorrer devido à produção de ácidos graxos voláteis e ácido sulfúrico em solos com sulfetos.
  3. Mobilização de nutrientes: a saturação pode solubilizar certos nutrientes e metais pesados, aumentando sua disponibilidade e potencial toxicidade para plantas. Por exemplo, o ferro (Fe) e o manganês (Mn) podem se mobilizar em condições redutoras.

Alterações físicas

  1. Compactação do solo: o peso da água sobre o solo saturado pode causar compactação, diminuindo a porosidade e a capacidade de infiltração do solo. Isto resulta em uma menor capacidade de retenção de água e ar, dificultando o crescimento das raízes das plantas.
  2. Estrutura do solo: a estrutura do solo pode ser destruída devido à ação das forças erosivas da água. A agregação do solo é prejudicada, resultando em uma menor estabilidade estrutural e maior susceptibilidade à erosão.
  3. Sedimentação: a deposição de sedimentos transportados pela água altera a textura e a composição superficial do solo, frequentemente enriquecendo-o com partículas finas como silte e argila, que podem reduzir a permeabilidade e alterar a capacidade de retenção de água.
Campo de terra

Descrição gerada automaticamente
Caminhão na terra

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Figura 4. Área de produção de grãos após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).

Alterações biológicas

  1. Mudança na atividade microbiana: as condições anaeróbicas alteram a composição e atividade da comunidade microbiana. Bactérias anaeróbicas, como aquelas responsáveis pela metanogênese e redução de sulfato, tornam-se dominantes, enquanto organismos aeróbicos diminuem significativamente.
  2. Decomposição da matéria orgânica: em ambientes anaeróbicos, a decomposição da matéria orgânica é mais lenta e pode produzir compostos tóxicos, como metano (CH₄) e sulfeto de hidrogênio (H₂S), que são prejudiciais às plantas e à vida do solo.
  3. Impacto na fauna do solo: a fauna do solo, incluindo minhocas e outros invertebrados, é adversamente afetada pela falta de oxigênio e pode sofrer mortalidade em massa ou migrar para áreas menos saturadas, reduzindo a biodiversidade e a funcionalidade biológica do solo. 

Figura 5. Benefícios de um solo/ambiente agrícola biologicamente saudável. Fonte: EDGA IA (2024).

Sofreu prejuízos com a terra após as enchentes? Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a gerenciar a recuperação da sua produção. Não perca tempo, comece a revitalizar sua colheita e garantir a continuidade do seu negócio agora mesmo!

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Conclusão

Após uma enchente, a terra sofre alterações significativas: compactação do solo, perda de nutrientes, contaminação por poluentes e mudanças na estrutura do solo. Essas alterações físicas, químicas e biológicas afetam a fertilidade e a capacidade de sustentação da vegetação. 

Para recuperar o solo, é essencial descompactá-lo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem eficazes. Plantas de cobertura, como leguminosas e gramíneas resistentes, são recomendadas para estabilizar e melhorar a qualidade do solo.

A recuperação do solo após enchentes exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada, considerando tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas. 

Com práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos de futuras enchentes, promovendo a resiliência das áreas agrícolas e das comunidades no Rio Grande do Sul.

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