Previsão do preço do milho em 2021: confira a situação atual do mercado, estimativas de produção para esta safra e muito mais!
A produção brasileira de milho para a safra 2020/21 deverá manter-se próxima aos patamares recordes da safra anterior.
No entanto, os baixos volumes de estoque e a alta demanda dos mercados interno e externo podem influenciar os preços.
Além disso, a pandemia do Covid-19 também impacta as commodities, principalmente em função das incertezas no mercado financeiro.
Confira a seguir quais são as previsões para o preço do milho em 2021!
Índice do Conteúdo
Produção e consumo de milho em 2021
A produção de milho no Brasil vem crescendo ano após ano. Mesmo com a previsão de queda para esta safra, a expectativa é de elevada produção, segundo a Conab.
Estima-se que a produção brasileira de milho para a safra 2020/21 seja de 102,3 milhões de toneladas, 0,2% menor em comparação à safra anterior, a qual bateu recorde em produção.
Essa queda se deve principalmente ao milho 1ª safra, prejudicado em função do déficit hídrico ocorrido na região sul.
Já as estimativas para a produção e área semeada do milho safrinha são de aumento, mesmo com o atraso na semeadura devido ao cultivo da soja.
Isso porque, em função dos altos preços pagos pelo produto, o agricultor está motivado a arriscar o plantio mesmo fora da janela ideal de semeadura, principalmente em cultivos irrigados.
Enquanto isso, o mercado interno segue aquecido. Estima-se uma demanda de 71,8 milhões de toneladas para o consumo interno.
Com a manutenção da produção, mas com aumento da demanda, o estoque de milho projetado para o final da safra 2020/21 é de 7,3 milhões de toneladas, 32,4% menor do que o da safra anterior.

(Fonte: Embrapa)
O que esperar do mercado para o milho
Mercado interno
No início de 2021, o mercado brasileiro do milho vem mantendo as altas cotações percebidas no último semestre de 2020.
A demanda interna, principalmente para o setor de produção de carne e etanol de milho no Centro-Oeste, segue aumentando.
Aliado a isso, a pouca oferta, devido aos baixos estoques e aspectos internos e externos ao país, faz com que os preços se mantenham altos no primeiro semestre.
Além disso, o aumento do custo do frete, devido ao escoamento da soja, pode elevar ainda mais o preço do milho.
Quanto à comercialização, nestes primeiros meses do ano, o ritmo tem sido lento. Os vendedores estão segurando o produto em busca de melhores preços, principalmente pela redução da produção do milho de 1ª safra.
Em contrapartida, os compradores estão retraídos, pois consideram o preço muito elevado.
Mercado internacional
No mercado internacional, o milho continua valorizado.
A estimativa de redução na produção de milho nos Estado Unidos atrelada à forte demanda pelo grão norte-americano por parte da China, mantém os preços elevados.
Além disso, as perdas de produção no Brasil e Argentina e as altas precipitações registradas nesses países vem dificultando a colheita do milho, fazendo com que os compradores procurem o grão norte americano.
Estes fatores, dentre outros, fizeram com que o milho atingisse a maior cotação em 7 anos na Bolsa de Mercadorias de Chicago.
Exportações
Em 2020, o Brasil exportou 34,4 milhões de toneladas de milho, de acordo com o Ministério da Economia.
A estimativa da Conab é de que o Brasil exporte cerca de 35 milhões de toneladas em 2021. No primeiro mês deste ano já foram exportadas mais de 2,5 milhões de toneladas de milho.
Com a redução do embarque da soja, devido aos atrasos no cultivo, a exportação de milho aumentou. No entanto, devido aos baixos estoques, o volume exportado poderá não atingir os patamares anteriores.
Previsão do preço do milho em 2021
A pandemia de Covid-19 ocasionou estagnação econômica e incertezas no mundo todo, fato que elevou o dólar a patamares históricos.
Esse aumento da moeda norte-americana impactou os custos de produção do milho, fazendo com que o preço da saca saísse de R$ 57,41 em março de 2020 (início da pandemia no Brasil), para R$ 75,33 em dezembro do mesmo ano.

Histórico do preço do milho na B3 nos últimos 12 meses
(Fonte: Cepea)
Em 2021, os preços do milho vêm mantendo os altos patamares apresentados em 2020.
No início de fevereiro deste ano, o milho fechou em R$ 83,09 por saca de 60 kg na B3 e US$ 5,52 por bushel na Bolsa de Mercadorias de Chicago.
No mercado físico do milho, em 5 de fevereiro de 2021, a saca estava sendo cotada a R$ 80,00 em Não-Me-Toque/RS e R$ 67,00 em Sorriso/MT.
Devido à alta cotação do dólar, baixo estoque no mercado interno e alta demanda, a tendência para 2021 é que os preços se mantenham em alta.
Conclusão
Vimos que a safra brasileira de milho neste ano deverá manter produção próxima à obtida na safra anterior, a qual foi recorde.
No entanto, a produção de milho de 1ª safra sofreu prejuízos ocasionados pela seca na região sul, o que pode impactar o mercado interno até a colheita da safrinha. Esta, por sua vez, terá a semeadura retardada devido aos atrasos no cultivo da soja.
Ainda assim, a expectativa é de que a produção e a área semeada sejam altas, em virtude da valorização do preço do milho nos últimos meses.
Devido aos baixos estoques e à quebra na produção de milho na 1ª safra, associados ao aumento do consumo interno, aquecimento das exportações e o dólar alto, há pressão sobre o preço do milho. Portanto, a previsão é de que se mantenha em patamares elevados.
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