Entenda por que o consultor deve incentivar a diversificação de culturas na fazenda

Diversificação de culturas na fazenda: saiba por onde começar e como essa ação pode gerar impactos positivos e rentáveis para seus clientes!

No cenário de incertezas em que 2021 chegou, a gestão do agronegócio deve estar ainda mais atenta às oportunidades de evitar prejuízos e garantir a rentabilidade do produtor rural. 

Sem trocadilhos, a diversificação da cultura agrícola pode ser, literalmente, a salvação da lavoura. Essa visão é capaz de fazer a grande diferença nas atividades desenvolvidas por um consultor rural.

A aposta em apenas uma cultura pode ser uma fragilidade para o produtor em casos de adversidade climática, provocando prejuízos, por exemplo. E é papel do consultor ajudar a evitar esses riscos.

Mas quais opções de diversificação podem ser implantadas dentro do um plano de gestão? Como incentivar o produtor a ter essa variação de culturas de forma sustentável? Conversamos com o consultor agrícola Douglas Rathke e as principais dicas você confere a seguir!

Por que diversificar as culturas agrícolas da fazenda?

As estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, até 2030, o mundo viverá um aumento populacional de mais de 8 bilhões de pessoas. Este cenário sinaliza quão importante continuará sendo o agronegócio. 

Neste sentido, o consultor pode atuar para orientar o produtor a ter mais rentabilidade, sem perder o foco na subsistência e na qualidade da oferta de produtos ao consumidor final.

“Dentro dessa realidade, é importante garantir formas de sustentabilidade ambiental e financeira na produção agrícola”, comenta Rathke. 

“A produção de subsistência aliada ao uso de tecnologias, já que as commodities estão com preços elevados e nossa economia está defasada, são uma alternativa viável no agronegócio. Assim, é possível despertar o senso de produção mais intensificada de alguns alimentos básicos, fazendo uma gestão inteligente da lavoura”, afirma o consultor.

Quais os impactos da diversificação da lavoura?

Ampliar a gama de produtos produzidos no campo buscando uma diversificação, principalmente no caso de pequenos produtores, pode ajudar na diminuição de custos totais da fazenda. 

Independente do tamanho da propriedade, sempre é possível destinar uma área para culturas que podem ser comercializadas “in natura”. Aquelas em que não é preciso investimento significativo, já que é possível aproveitar o que já existe na aplicação de outros cultivos.

Alguns exemplos dados por Rathke são os plantios de acerola, laranja e maracujá.

“O produtor tem a possibilidade de comercializar a fruta pronta para o consumo, mas também pode lucrar com produção de polpas, suco e geleias, como variantes do cultivo. Isso sem deixar suas culturas de soja, algodão ou milho de lado, por exemplo. A ideia é aproveitar melhor a capacidade produtiva da fazenda”, explica o consultor.

São alternativas de trabalho que não exigem um grande esforço. “Muitas vezes, o produtor paga seus funcionários por dia de trabalho e, dependendo das tarefas, sobram horas. Por isso, a criação dessa diversificação de culturas se torna uma oportunidade para um melhor emprego da mão de obra.” 

diversificação de culturas na fazenda - foto de uma plantação de maracujá

Maracujá pode ser uma boa opção para diversificação em áreas de café
(Fonte: Revista Campo e Negócios)

Outra opção são as hortaliças, que garantem a alimentação da família na propriedade e também das equipes de trabalhadores. Nesse caso, a mão de obra também é menos penosa e menos onerosa, além da atividade ser bem rentável, porque o ciclo é mais curto.

Também é importante se atentar para o fato de que é possível garantir uma redução de cerca de 20% dos custos com alimentação de pessoal.

Utilizando ferramentas de gestão, fica fácil mensurar esses resultados positivos, inclusive. “Com o Aegro, fica otimizada esta avaliação dos benefícios, já que é possível registrar tudo e obter uma análise do cenário de gestão”, explica o consultor.

Geração de resultados 

Em muitos casos, o produtor rural pode se ver diante da perda de rentabilidade por fatores alheios à sua vontade. Por isso, cabe ao consultor pôr em prática seus conhecimentos para levar resultados importantes para o cliente.

A proposta, explica Douglas, é lançar mão de ideias que não sejam fantasiosas, mas sim de fácil implantação, capazes de gerar resultados perceptíveis e a curto prazo.

Portanto, trata-se de um processo de trabalho que deve ser incluído na forma de atuar do consultor rural. 

Ao ser contratado, ele deve sempre estar atento às oportunidades que a rotina do cliente e suas necessidades podem proporcionar na economia, na geração de boas iniciativas e no resultado de uma gestão mais eficiente da fazenda.

O objetivo é estar ciente que se você, consultor, foi contratado, é porque seu cliente está  passando por dificuldades ou tem dúvidas sobre como potencializar seus resultados.

“É preciso estar sempre atento, se organizar, ler muito e conhecer outras experiências. Assim, o profissional de consultoria personaliza seu trabalho com boas práticas que vão gerar economia e ótimos resultados”, diz o consultor.

“São ações deste tipo que ampliam a confiança do cliente no seu trabalho, o colocam em destaque no mercado e fazem o diferencial entre os seus concorrentes,” explica Rathke.

Como montar um projeto de diversificação de culturas na fazenda

Alternativas que efetivamente permitam a diversificação podem parecer um desafio da agricultura moderna. Entretanto, se observados alguns aspectos, fica claro identificar como montar um bom projeto de plantio.

O primeiro passo é avaliar se o ambiente é favorável à diversificação. Segundo o consultor Douglas Rathke, é quase certo que ocorra uma resposta positiva, pois depende muito do desejo do produtor em obter mais lucratividade para seu negócio.

Se ele tem consciência de que a diversificação vai lhe promover benefícios, o próximo passo é definir em que parte da propriedade será implantada essa diversificação.

Em seguida, deve-se definir quais serão os cultivos – hortaliças, leguminosas ou frutíferas, por exemplo.

O ideal aqui é garantir um baixo investimento. Isso é essencial e também uma das estratégias que dão sustentação dessa novidade na rotina da propriedade.

A partir daí, é dar o andamento devido ao plantio e esperar pelos bons resultados. Enquanto isso, já vale elaborar um plano de ação para a comercialização destes produtos.

Conclusão

A produção de grandes culturas não precisa eliminar possibilidades de um cultivo em menor escala de outro tipo de plantação.

Cabe ao consultor demonstrar ao seu cliente ideias que possam ajudar para que, além da busca pela eficiência, seja possível promover uma gestão inteligente. 

Com boas práticas, é possível garantir a sustentabilidade ambiental e também financeira de uma lavoura.

Neste artigo, mostramos como o consultor pode ajudar o produtor a diversificar as culturas agrícolas da fazenda e por onde começar. 

Douglas Rouchez Rathke é consultor agrícola em Mato Grosso do Sul e parceiro Aegro!

Instagram: @douglas_rouchez

LinkedIn: Douglas Rouchez Rathke

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