Internet das Coisas na agricultura: como ela pode te ajudar a otimizar a produção e, consequentemente, alcançar mais lucro com a lavoura
A internet trouxe grandes avanços em termos de facilidade e agilidade para nossas vidas – e na agricultura não é diferente.
Máquinas conectadas com sensores e computadores já conseguem prever quebras de peças, locais que demandam de mais insumos e regiões com problemas de pragas e doenças.
A Internet das Coisas (IoT) permite uma comunicação direta entre os equipamentos por meio de sensores e conexões sem fio.
Por meio dela, você pode ganhar agilidade nas tomadas de decisão, aumentando a eficiência operacional e produtiva do sistema de produção.
Quer saber mais sobre as aplicações da Internet das Coisas e como ela beneficia sua fazenda? Confira a seguir!
Índice do Conteúdo
O que é e para que serve a Internet das Coisas?
Internet das Coisas ou apenas IoT (abreviação do termo em inglês Internet of Things) refere-se à tecnologia de conectar equipamentos, objetos ou itens usados no dia a dia a uma rede mundial de computadores.
E essa transformação do mundo físico em digital está cada vez mais presente no campo.
As máquinas, que antigamente eram apenas pedaços de ferro pesados, frios e sujos, estão se transformando em verdadeiros computadores, cada vez mais tecnológicos e eficientes.
A palavra Internet das Coisas tem sido muito utilizada para objetos que estão conectados à internet e são também chamados de inteligentes.
Para que um equipamento possa ser considerado inteligente ele deve:
- ter um nome ou endereço na internet;
- ter a capacidade de enviar ou receber informações de outros dispositivos;
- ser capaz de interagir e responder, de alguma forma, às informações recebidas;
- possuir alguma capacidade de processar os dados;
- possuir algum sensor (físicos, químicos, como velocidade, luz, umidade, temperatura etc.).
Como aplicar a Internet das coisas na agricultura
A Internet das Coisas pode ser aplicada de diversas formas na agricultura, desde sistemas de telemetria, softwares computacionais, levantamento de dados e controle de automação de maneira eficiente.
A IoT é, certamente, uma grande tendência no agronegócio, possibilitando que dados sejam gerados e analisados com intuito de melhorias nas atividades realizadas na fazenda.
As máquinas e os sistemas empregados no campo geram muitos dados detalhados e de forma contínua. Estes dados podem ser armazenados e combinados com outras fontes de informações para otimizar as aplicações e operações nas fazendas.
1 – Irrigação Inteligente
No Brasil, a cada dia que passa, temos um apelo maior pela sustentabilidade e uso racional da água no campo.
Tecnologias de IoT já possibilitam a irrigação inteligente nas fazendas.
Sensores podem ser instalados para medir a umidade dos solos, podendo estar acoplados a sistemas que indicam a textura daquele solo. Assim, de maneira automática, conseguem controlar a irrigação em taxas variadas em cada seção ou bico do pivô central.

(Fonte: Precision Farmer Dealer)
Além do uso mais eficiente da água, é possível selecionar a melhor hora do dia para realizar a irrigação. E, dependendo do horário do dia, o custo da energia pode até ser mais barato, já que ele pode variar ao longo do dia.
Saber exatamente a necessidade de água em cada metro quadrado da lavoura, bem como a hora mais barata para a irrigação, auxiliam na redução de custos na fazenda e ganhos em eficiência.
2 – Controle de pragas e doenças
Sensores portáteis ou acoplados a drones e satélites conseguem levantar mapas diversos das lavouras.
Tais mapas podem estar integrados a sistemas ou plataformas computacionais que auxiliam na identificação de pragas e doenças nas lavouras.
Após sua identificação, os mapas de biomassa como NDVI, NDRE, RGB ou outros índices levantados podem ser enviados às máquinas para atuação apenas nos locais selecionados.
O manejo localizado garante otimização dos insumos aplicados, pois não há aplicação em área total se não houver necessidade. Isso gera economia e aumenta a lucratividade das fazendas.
Sensores acoplados às máquinas conectadas também podem levantar informações e tomar decisões de maneira automática, em tempo real, da dosagem e da necessidade de aplicação dos produtos nas lavouras.
Sistemas de IoT estarão cada vez mais presentes no campo para identificação de pragas e doenças nas lavouras. E, se identificados e combatidos em tempo ideal, tais fatores podem ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso das lavouras.
>> Leia mais:
“Sensores no manejo integrado de pragas: por que você deve começar a usar”
3 – Telemetria
A telemetria possibilita que os dados dos equipamentos que estão realizando as atividades em campo sejam coletados e compartilhados de forma remota.
Muito utilizada na Fórmula 1, a telemetria chegou ao campo agregando muito valor às tomadas de decisões.
Os equipamentos conectados à central podem ser visualizados em tempo real, desde que estejam com sinal de internet, e as operações podem ser corrigidas, se necessário.

(Fonte: John Deere)
Por meio da telemetria é possível checar se as máquinas estão trabalhando na rotação e velocidade ideais, com temperaturas e pressões corretas, a fim de gerar economias de combustível e realização corretas das operações.
Os relatórios gerados podem ser analisados para otimizar as máquinas e as operações em campo, reduzindo custos na propriedade.
4 – Robótica
Os avanços em robótica, impressoras 3D e automações no campo estão facilitando a criação e implantação de tecnologias, como por exemplo, estufas inteligentes.
Dotada de sensores e luzes artificiais, já existem estufas automatizadas produzindo alimentos, baseando seus manejos no conceito de agricultura vertical.
As estufas protegidas e os cultivos inteligentes possuem melhores controles sobre pragas e doenças, melhor utilização da água, energia elétrica e insumos aplicados.
Tratores e máquinas autônomas já estão presentes. Futuramente, é possível que haja redução e substituição da mão de obra no campo com a inserção deste tipo de tecnologia.

(Fonte: Dinheiro Rural)
5 – Rastreabilidade e monitoramento
Mais comuns nas fazendas agropecuárias, as ferramentas e tecnologias de IoT como chips RFID e QRcode têm auxiliado o produtor rural com os dados coletados de localização, peso, consumo de ração e bem-estar dos animais.
As informações coletadas são enviadas a uma central que consegue monitorar animais doentes, animais em período fértil para inseminação, entre outros, auxiliando no manejo do gado e reduzindo custos com mão de obra.
As origens e rastreabilidade dos alimentos devem ser cada vez mais presentes no nosso dia a dia – e cobradas pelo consumidor final. Oferecer essa rastreabilidade desde já pode agregar valor ao preço dos produtos da fazenda.
>> Leia mais: “Blockchain na agricultura: conheça as 3 principais funções e seus benefícios”
Conclusão
Com o avanço da conectividade no campo, no futuro teremos muitas máquinas conectadas e enviando dados pela internet a todo momento.
Por meio da internet das coisas na agricultura será possível avançar com as análises de big data e ser ainda mais eficiente na fazenda.
Como você conferiu, a internet das coisas possibilita que otimizações sejam executadas em tempo real no dia a dia das operações agrícolas. Isso, é claro, impacta e pode trazer o aumento da produtividade agrícola e redução dos custos no campo.
>> Leia mais:
“5 tecnologias que vão deixar sua fazenda mais inteligente e rentável”
“Big data no agronegócio: a revolução dos dados”
“Primeira antena 5G em área rural: entenda como essa tecnologia vai beneficiar sua fazenda”
Quais os avanços da Internet das Coisas na agricultura são mais impactantes para você? Restou alguma dúvida? Deixe seu comentário!