Site icon Blog da Aegro

Agricultura familiar: Qual a importância e impacto econômico?

A agricultura familiar é uma das principais atividades que promove a sustentabilidade e a redução do impacto ambiental.

Caracterizada pela gestão e trabalho predominantemente familiar em pequenas propriedades rurais, ela é responsável por uma parcela significativa da produção de alimentos no país. 

A prática também é responsável por garantir a segurança alimentar, impulsionando a economia local e fortalecendo comunidades rurais por várias partes do país.

O que é Agricultura Familiar?

A agricultura familiar é definida como a atividade agrícola gerida e executada por uma família, onde a maior parte da força de trabalho é fornecida pelos próprios membros familiares. 

No Brasil, a Lei nº 11.326/2006 estabelece critérios específicos para classificar um produtor como agricultor familiar:

Esses critérios visam diferenciar a agricultura familiar de outros modelos agrícolas, destacando sua relevância social e econômica.

Importância da Agricultura Familiar no Brasil

A agricultura familiar é responsável por cerca de 70% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros, segundo dados do IBGE. Unindo sustentabilidade, segurança alimentar e desenvolvimento social, esse tipo de agricultura representa:

Além disso, a agricultura familiar é responsável por uma parcela significativa da produção de diversos alimentos essenciais, como:

Esses números evidenciam a importância da agricultura familiar na garantia da segurança alimentar e na geração de empregos no meio rural.

Impacto Econômico da Agricultura Familiar

A agricultura familiar não é importante apenas pelo volume de alimentos que coloca à mesa dos brasileiros, mas também pela capacidade de dinamizar economias locais e regionais. 

Dados do IBGE revelam esse tipo de agricultura é responsável por cerca de 67% da ocupação no meio rural, empregando mais de 10 milhões de pessoas diretamente, o que a torna um importante instrumento para a redução do desemprego e do êxodo rural. 

Isso não apenas mantém as comunidades locais vivas, mas também evita a sobrecarga dos centros urbanos, que já enfrentam desafios em relação à infraestrutura e aos serviços públicos.

No que diz respeito à produção de alimentos, assegura uma parcela significativa do que é consumido diariamente pelos brasileiros. Produtos básicos, como mandioca, leite, feijão, arroz e hortaliças, têm uma expressiva participação desse modelo produtivo. 

Por exemplo, a mandioca, é 70% produzida por agricultores familiares, assim como 64% do leite e quase metade das bananas consumidas no país.

Essa relevância na cadeia produtiva alimentícia é um dos fatores que torna esse modelo de produção estratégico para a segurança alimentar e para a soberania nacional.

A agricultura familiar ainda contribui para a circulação de riquezas nas comunidades locais, fortalecendo pequenos negócios como agropecuárias, cooperativas e feiras.

Além disso, lidera inovações no campo com práticas sustentáveis e tecnologias de baixo custo, valorizando o turismo rural e as culturas locais, gerando novas fontes de renda.

Resiliente em crises econômicas, a agricultura familiar foca no mercado interno, mantendo maior estabilidade em comparação com grandes propriedades voltadas à exportação.

Leia também:

Agricultura Familiar e Agronegócio: Qual a relação?

No Brasil, a agricultura familiar e o agronegócio coexistem, embora apresentem diferenças significativas. 

Enquanto o agronegócio é caracterizado por grandes propriedades, produção em larga escala e foco na exportação, se concentra em pequenas propriedades, com produção diversificada voltada principalmente para o mercado interno.

Apesar das diferenças, ambos os setores são fundamentais para a economia brasileira. A agricultura familiar garante a produção de alimentos básicos para a população, enquanto o agronegócio contribui significativamente para o PIB e as exportações do país.

Características da Agricultura Familiar

A agricultura familiar tem características específicas que a diferenciam de outros modelos de produção agrícola.

Uma dessas características é a integração com a comunidade local. A produção é frequentemente destinada ao mercado local, fortalecendo a economia regional e promovendo a coesão social.

As propriedades familiares tendem a cultivar uma variedade de produtos, o que contribui para a segurança alimentar e a sustentabilidade do sistema produtivo.

A gestão familiar também é algo bem marcando, já que a administração e as decisões sobre a propriedade são realizadas pelos membros da família, fortalecendo os laços familiares e comunitários;

Muitas famílias ainda adotam práticas agrícolas sustentáveis, como a rotação de culturas e o uso de adubos orgânicos, preservando o meio ambiente.

Evolução Histórica da Agricultura Familiar no Brasil

Historicamente, a agricultura familiar no Brasil esteve associada a práticas tradicionais e de subsistência

As famílias cultivavam pequenas parcelas de terra, utilizando técnicas passadas de geração em geração, com foco no autoconsumo e na venda de excedentes em mercados locais. 

A produção era diversificada, incluindo culturas como milho, feijão, mandioca e hortaliças, além da criação de pequenos animais.

Agricultura familiar atualmente

Com o passar dos anos, a prática passou por transformações significativas.  A modernização agrícola, o acesso a políticas públicas de incentivo e a integração a mercados mais amplos permitiram que muitas famílias adotassem práticas mais eficientes e sustentáveis. 

Hoje, a agricultura familiar não se limita à subsistência, desempenhando um papel vital na economia nacional e na exportação de produtos.

Agricultura Familiar e Práticas Agrícolas

A agricultura familiar, com suas propriedades de pequeno porte, adota práticas agrícolas que não só visam à produção de alimentos, mas também ao equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade. Algumas das principais práticas agrícolas adotadas incluem:

  1. Diversificação de Culturas;
  2. Rotação de Culturas;
  3. Uso de Adubos Orgânicos;
  4. Agroecologia e Sistemas Agroflorestais;
  5. Manejo Integrado de Pragas;
  6. Preservação dos Recursos Naturais.

Essas práticas, além de garantirem a produção de alimentos saudáveis e de qualidade, ajudam a proteger o meio ambiente e a promover a sustentabilidade das propriedades no longo prazo.

Muitas propriedades também estão adotando práticas agroecológicas, sistemas agroflorestais e tecnologias de baixo custo, que combinam a preservação ambiental com ganhos econômicos consistentes.

Planilha de Planejamento da Safra de Milho

Exit mobile version