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O que é agricultura?

Imagem de uma lavoura com plantas bem verdes e céu azul com nuvens brancas

A agricultura é a prática de cultivar a terra para a produção de alimentos, fibras, combustíveis e outras commodities essenciais para a sobrevivência e o desenvolvimento humano.

Desde os primórdios da civilização, a agricultura tem sido a base da subsistência humana, permitindo a formação de sociedades complexas e o avanço econômico, envolvendo um conjunto de técnicas e conhecimentos, como:

A agricultura garante a segurança alimentar, o desenvolvimento das economias rurais e a sustentabilidade global, além de ser uma das principais fontes de emprego e renda em diversos países, especialmente no Brasil.

No Brasil, a prática é o centro da economia, sendo responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e das exportações.

Tipos de agricultura

No Brasil, a agricultura ocupa cerca de 30% do território nacional e emprega diretamente mais de 18 milhões de pessoas.

O país é um dos maiores produtores mundiais de soja, milho, café e carne bovina, exportando para mais de 160 países.

Mesmo com números positivos, a agricultura como um todo enfrenta desafios com as mudanças climáticas, escassez de água e degradação do solo, exigindo inovações para garantir a produção sustentável no futuro.

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História da agricultura

A agricultura teve início há aproximadamente 12.000 anos, quando comunidades humanas começaram a domesticar plantas e animais, passando de um estilo de vida nômade de caça e coleta para a sedentarização em aldeias agrícolas.

Essa transição permitiu o desenvolvimento de excedentes alimentares, o que, por sua vez, levou ao crescimento populacional e ao surgimento de civilizações complexas.

As primeiras evidências arqueológicas de práticas agrícolas foram encontradas na região conhecida como Crescente Fértil, no Oriente Médio, abrangendo áreas dos atuais Iraque, Síria, Líbano, Israel e Egito.

Culturas como trigo e cevada começaram a ser cultivadas sistematicamente. Simultaneamente, em outras partes do mundo, como na China e nas Américas, povos indígenas desenvolveram práticas agrícolas independentes, cultivando arroz e milho, respectivamente.

No Brasil, as práticas agrícolas indígenas já estavam estabelecidas muito antes da chegada dos colonizadores europeus. 

Culturas como mandioca, milho e batata-doce eram amplamente cultivadas por diversas etnias indígenas. Com a colonização, novas culturas foram introduzidas, e a agricultura virou uma atividade econômica central, especialmente com o cultivo de cana-de-açúcar e café.

Onde surgiu a agricultura?

A agricultura surgiu há cerca de 10.000 anos durante o período Neolítico, quando os seres humanos passaram de caçadores-coletores para sociedades agrícolas.

Esse processo aconteceu de forma independente em diferentes partes do mundo, mas os primeiros registros estão na região do Crescente Fértil, que inclui partes do Oriente Médio, como o atual Iraque, Síria, Turquia e Irã.

Foi durante este período que alguns países se tornaram os centros de origem da agricultura, com as seguintes culturas:

Quais são as atividades econômicas da agricultura?

As atividades econômicas relacionadas à agricultura vão além do cultivo de plantas e criação de animais.

Essas atividades auxiliam no desenvolvimento e na modernização do setor, tornando a agricultura não apenas a base de várias cadeias produtivas, mas também um pilar de inovação na economia global.

Neste contexto, as principais atividades econômicas da agricultura incluem:

O que são sistemas agrícolas?

Sistemas agrícolas são os modelos de produção usados para cultivar plantas e criar animais, variando de acordo com fatores como clima, solo, tecnologia e objetivos econômicos.

Esses sistemas são responsáveis por determinar a forma como os recursos naturais e insumos são manejados. Alguns exemplos incluem:

Cada sistema agrícola tem suas vantagens e desafios, sendo escolhido de acordo com as condições ambientais, a disponibilidade de recursos e os objetivos do cultivo.

Agricultura moderna e agricultura tradicional: O que muda?

A agricultura tradicional preserva técnicas herdadas ao longo de gerações, com menor mecanização e menor dependência de insumos químicos. Costuma valorizar o equilíbrio ambiental e o uso de práticas sustentáveis, como a rotação de culturas e o manejo manual do solo.

Já a agricultura moderna faz uso intensivo de tecnologia, incluindo maquinário agrícola, irrigação controlada e biotecnologia, permitindo maior eficiência no uso dos recursos.

Enquanto a agricultura tradicional é mais sustentável a longo prazo, a agricultura moderna tem sido essencial para atender à crescente demanda mundial por alimentos.

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O que é agricultura comercial?

A agricultura comercial é dedicada para produção em larga escala, com o objetivo de vender os produtos no mercado, seja nacional ou internacional.

Diferente da agricultura de subsistência, que busca suprir apenas as necessidades de uma família ou comunidade, a agricultura comercial foca no lucro e na eficiência.

Suas principais características são a produção em larga escala, em grandes áreas de terra para o cultivo de monoculturas, como soja, milho, algodão, café e cana-de-açúcar.

Esse modelo também faz uso intensivo de tecnologia, com máquinas agrícolas, irrigação avançada, insumos químicos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, e até drones para otimizar a produtividade.

Além disso, tem um forte foco na exportação, com muitos de seus produtos, como grãos, carne e frutas, sendo comercializados em mercados internacionais.

Normalmente, as propriedades agrícolas são especializadas em um ou poucos tipos de cultura ou criação de animais, o que favorece a eficiência e a escalabilidade.

No Brasil, esse tipo de agricultura é uma das principais forças econômicas, sendo um dos maiores setores responsáveis pelo PIB e pelas exportações.

Qual o papel dos agroquímicos na agricultura?

Os agroquímicos incluem fertilizantes, defensivos agrícolas e reguladores de crescimento, sendo usados para aumentar a produtividade e proteger as culturas de pragas e doenças. 

Mesmo sendo importantes para aumentar a produtividade, os agroquímicos trazem preocupações ambientais e de saúde, como a resistência das pragas, contaminação de solos e águas e riscos para os trabalhadores e consumidores.

O recomendado é que sejam usados de forma responsável, seguindo as orientações de aplicação e buscando alternativas mais sustentáveis, como o uso de biopesticidas ou práticas agrícolas integradas.

Sabendo isso, existem alguns tipos de agroquímicos, cada um com a sua determinada função de uso. Confira:

Qual a importância da agricultura no Brasil e no mundo?

A agricultura no Brasil é responsável por uma parcela grande do Produto Interno Bruto (PIB), geração de empregos e exportações.

Em 2023, o setor agropecuário brasileiro registrou um crescimento de 15,1%, alcançando R$ 677,6 bilhões. Esse desempenho impulsionou o PIB nacional, que aumentou 2,9% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 10,9 trilhões.

Além disso, houve uma receita de US$ 159 bilhões em 2022, contribuindo para o saldo comercial do país com US$ 62 bilhões. O Brasil é o maior exportador global de commodities agrícolas, como soja, milho, café, carne bovina, aves, açúcar e celulose.

Desafios e perspectiva da agricultura brasileira

A agricultura enfrenta desafios como mudanças climáticas, regulamentações internacionais e infraestrutura deficitária. No entanto, avanços tecnológicos e práticas sustentáveis podem garantir o crescimento do setor. 

O investimento em biotecnologia, gestão hídrica e sistemas agrícolas inteligentes é preciso para manter a competitividade global.

Desafios da agricultura

Perspectivas para o futuro da agricultura

A agricultura brasileira está em uma encruzilhada entre desafios ambientais, sociais e econômicos, mas também tem um grande potencial de crescimento.

A adoção de novas tecnologias, práticas sustentáveis e a diversificação das exportações são importantes para assegurar o futuro do setor, posicionando o Brasil como líder global em produção agrícola sustentável.

Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

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