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Tendências do agronegócio para 2025: o que esperar dos preços e custos?

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O agronegócio é a atividade que mais gera riqueza ao Brasil. Sua participação é vital na geração de empregos e de riqueza interna, além de liderar as exportações brasileiras.

O agro é o responsável por manter a balança comercial brasileira no verde desde 2010. 

Porém, o agronegócio é uma atividade que depende de diversos fatores para o seu bom andamento e para a definição de suas tendências

Nesse artigo, veja as principais projeções para o agronegócio nos próximos anos em termos de produção, preços e custos e participação na economia nacional. Boa leitura!

Tendências do agronegócio brasileiro em 2025

O ano de 2025 chega tem apresentado algumas tendências do agronegócio Brasileiro que apontam para um setor cada vez mais tecnológico, sustentável e conectado.

Entre os principais movimentos, está a digitalização das propriedades rurais, com o uso de inteligência artificial, sensores e drones, e o fortalecimento das práticas sustentáveis.

Essas tendências mostram que quem se adapta e investe em inovação, tem mais chances de se destacar no mercado e garantir a competitividade a longo prazo. Veja mais informações abaixo:

1. Inteligência Artificial (IA)

No campo, a inteligência artificial significa usar dados para prever padrões, otimizar o uso de insumos e antecipar problemas climáticos, impactando em menos desperdício e colheitas mais eficientes.

A IA permite o monitoramento em tempo real das lavouras, identificando pragas agrícolas, doenças ou falhas no plantio com muito mais precisão.

Com essas informações, você consegue tomar decisões rápidas e assertivas, reduzindo custos, melhorando a produtividade e aumentando a rentabilidade da safra.

Como a IA pode ser uma estratégia no setor agrícola?

2. Sustentabilidade

Cada vez mais, o mercado e o consumidor querem saber como o alimento é produzido.

Com isso, as práticas sustentáveis estão cada vez mais em alta, sendo vistas como uma necessidade e oportunidade de agregar valor ao seu produto.

A agricultura regenerativa, por exemplo, que foca em melhorar a qualidade, estrutura e fertilidade do solo com práticas como rotação de culturas e plantio direto, é uma forte aliada.

3. Digitalização e Integração de Sistemas

Fazendas com sensores no solo, drones sobrevoando as lavouras e máquinas conectadas já são uma realidade no campo.

Toda essa tecnologia gera uma grande quantidade de dados que, quando bem analisados, ajudam a tomar decisões mais rápidas e assertivas.

A Internet das Coisas (IoT) e o Big Data, por exemplo, tornam possível coletar, processar e interpretar essas informações em tempo real, contribuindo para uma gestão mais eficiente.

Por mais se sejam aquisições comuns, a e manutenção dessas tecnologias têm um custo, e a conectividade no campo ainda é um desafio em muitas regiões do Brasil.  

4. Uso de Bioinsumos

A busca por práticas mais sustentáveis está promovendo o uso de bioinsumos como alternativa aos insumos químicos tradicionais.

Esses insumos biológicos, como biofertilizantes e bioestimulantes, ajudam a melhorar a saúde do solo, a eficiência nutricional das plantas e o controle de pragas e doenças de forma mais natural.

Além de reduzirem o impacto ambiental, os bioinsumos também podem diminuir os custos de produção a longo prazo e atender às exigências de mercados que valorizam produtos cultivados com menor uso de químicos.

5. Mercado de Créditos de Carbono

A crescente preocupação com as mudanças climáticas está impulsionando o mercado de créditos de carbono no agronegócio.

Diversos produtores que adotam práticas sustentáveis podem gerar créditos de carbono, criando uma nova fonte de receita e contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

Além do benefício financeiro, participar desse mercado fortalece a sua imagem perante consumidores e investidores, agregando valor à produção e favorecendo o acesso a mercados internacionais.

Cenário geral de preços e custos para 2025

O cenário para 2025 indica que os custos de produção podem continuar pressionados. Fatores como o dólar valorizado tendem a encarecer insumos importados, como fertilizantes e componentes tecnológicos.

Questões logísticas globais e tensões no Oriente Médio também podem impactar esses custos.

Além disso, a manutenção da taxa Selic em patamares elevados, como projetado por algumas análises, deve encarecer o crédito rural.  

Para as principais culturas, como soja e milho, a expectativa da Conab para o Brasil é de boa produção em 2025, com projeção de recorde para a soja.

Em alguns casos, isso pode contribuir para a estabilidade dos preços no mercado interno.

Mas, a demanda internacional, especialmente da China, e as variações do câmbio continuam sendo determinantes na formação dos preços de venda.

No caso da carne bovina, por exemplo, os altos custos de produção e os impactos climáticos seguem como desafios, e a margem de consumo interno pode continuar apertada.  

Diante dessa volatilidade, você acompanhe de perto os boletins da Conab, com as estimativas de safra e informações de mercado, e as análises de instituições como o Cepea, que fornecem um termômetro atualizado dos preços.

Tecnologia no campo: como ela vai mudar o futuro da sua lavoura?

A tecnologia é uma das grandes tendências do agronegócio, e promete transformar a forma de produzi, monitorar e tomar decisões no campo.

Soluções como sensores, drones, softwares de gestão e inteligência artificial já estão mudando o dia a dia de muitos produtores.

Com essas ferramentas, é possível acompanhar a lavoura em tempo real, identificar falhas antes que causem prejuízos e aplicar insumos de forma mais precisa. Veja a seguir:

Embora tecnologias como IA e Big Data estejam ficando mais acessíveis, nem todos os produtores conseguem usar todo o potencial delas.

Sem políticas de inclusão digital e capacitação, a diferença entre produtores mais e menos tecnificados tende a crescer, aumentando a desigualdade no campo.

Além disso, o sucesso dessas tecnologias depende da qualidade dos dados. Quem souber coletar, organizar e interpretar, terá uma vantagem competitiva. Para isso, pode ser necessário aprender novas habilidades ou buscar ajuda técnica especializada.

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Qual o futuro da agricultura no Brasil?

O Brasil já é um gigante no agronegócio mundial, e as perspectivas continuam sendo de crescimento.

Mesmo com isso e adoção das tendências do agronegócio, ainda há desafios e oportunidades decisivos para um futuro próspero na agricultura.

Mesmo assim, os desafios continuam, como a volatilidade climática, custos elevados de insumos e a necessidade de capacitação da mão de obra rural. Confira:

Projeções de safra e produção

Para 2025, a Conab projeta uma safra de grãos que pode chegar a 332,9 milhões de toneladas.

Os grandes destaques continuam sendo a soja, com uma estimativa de colheita de mais de 168 milhões de toneladas, e o milho, com cerca de 126,9 milhões de toneladas.

Já para o café, a estimativa da Conab para 2025 é de 55,7 milhões de sacas beneficiadas.  

Olhando mais para frente, as projeções do Ministério da Agricultura indicam que, até a safra 2032/33, a produção brasileira de grãos pode alcançar quase 390 milhões de toneladas.

Um ponto importante é que grande parte desse crescimento deve vir do aumento da produtividade, ou seja, colher mais sacas na mesma área plantada, o que é uma ótima notícia.  

Desafios nacionais

Apesar do otimismo com a produção, alguns desafios são velhos conhecidos e persistentes, como o custo de produção.

Os preços de fertilizantes e defensivos, muitos deles importados e cotados em dólar, além das taxas de juros para financiamento, podem apertar a margem de lucro.

Outro problema relacionado é a logística de escoamento da safra, com a qualidade das estradas e a capacidade dos portos, sendo um gargalo em muitas regiões.

Isso não só aumenta os custos com transporte, mas também afeta a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.

Questões ambientais e a necessidade de regularização das propriedades (como o Cadastro Ambiental Rural – CAR) também estão na mesa.

Se adequar às leis pode trazer custos, mas, por outro lado, abre portas para mercados que valorizam a sustentabilidade e pode até facilitar o acesso a crédito com melhores condições.

Políticas Agrícolas e o Plano Safra: O que esperar?

O Plano Safra é sempre uma referência importante para o crédito rural no Brasil.

Para o ciclo 2024/2025, por exemplo, foram anunciados R$ 508,59 bilhões para o agronegócio, com um direcionamento de recursos e incentivos para práticas mais sustentáveis.  

A alta da Selic e limitações no orçamento federal já levaram à suspensão de algumas linhas de crédito com juros subsidiados, tornando o financiamento mais caro, principalmente para pequenos e médios produtores.

Isso tem levado muitos a buscar alternativas no mercado privado, como as CPRs, que geralmente têm custos mais altos.

Entidades como a CNA seguem negociando com o governo melhorias no crédito, como mais verba para o seguro rural, menos burocracia e melhores ferramentas de gestão de risco.

Além disso, órgãos como o TCU estão atentos a temas como a qualidade dos alimentos, riscos no campo e regularização fundiária, o que pode impactar diretamente políticas públicas e os custos de produção.

A agricultura brasileira tem crescido com base na produtividade e não com o uso das tendências do agronegócio, mas esse modelo tem limites.

A expansão sobre áreas degradadas ainda ocorre e levanta debates sobre sustentabilidade, desmatamento e pressão internacional.

Melhore a rentabilidade do seu negócio

Contar com um software de gestão rural é um das principais tendências do agronegócio por melhorar a rentabilidade do negócio.

A partir disso, você consegue realizar o amotinamento da fazenda e controle de custos e ganhos, encontrando oportunidades para maximizar o lucro e reduzir seus gastos.

Investindo no Aegro, você ganha acesso às informações das diversas áreas do seu negócio, capaz realizar:

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Pedro Martins Dusso

Pedro Dusso

Bacharelado em Ciência da Computação pela UFRGS, Mestrado em Bancos de Dados e Sistemas de Informação, pela TU Kaiserslautern, Fundador e CEO da Aegro.

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