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Manejo Integrado de Pragas e Doenças para Soja e Milho

Lavoura de soja madura sob céu azul, com vagens secas prontas para a colheita.

O começo de tudo na lavoura é um momento de grande expectativa. A germinação das sementes, a emergência das plântulas e o desenvolvimento das primeiras folhas definem o potencial produtivo da safra.

No entanto, essa fase é também um período de alta vulnerabilidade, por conta das pragas e doenças que podem comprometer a cultura.

Para proteger a lavoura, é preciso adotar uma abordagem inteligente e sustentável. É aqui que entra o Manejo Integrado de Pragas e Doenças para Soja e Milho.

Muito mais do que simplesmente aplicar defensivos, este tipo de manejo combina diferentes ferramentas de controle, baseada em conhecimento técnico e observação atenta do campo.

O que é o Manejo Integrado de Pragas e Doenças para Soja e Milho?

O MIP é uma combinação harmônica de diferentes métodos de controle para manter as populações de pragas e a incidência de doenças em níveis que não causem perdas econômicas significativas.

Para que o Manejo Integrado de Pragas e Doenças funcione, é necessário seguir alguns passos. Sendo eles:

O MIP pode ser usado em todas as culturas agrícolas e se apoia na informação coletada no campo para decidir quando e como agir.

Investir tempo no monitoramento e no entendimento dos níveis de ação, é um modo mais racional de usar insumos, gerando economia e menor impacto ambiental.

Manejo ecológico de pragas e doenças

Dentro dessa filosofia mais ampla, você pode ouvir falar também em manejo ecológico de pragas e doenças.

Esse termo se refere a uma abordagem com mais foco em táticas preventivas, no controle biológico e cultural, para reduzir ao máximo ou até eliminar o uso de defensivos químicos sintéticos.

Pode ser visto como uma vertente, ou um aprofundamento, dos princípios do MIP, porém com um foco maior em métodos considerados mais naturais.

No fim das contas, seja no MIP padrão ou no manejo ecológico, a meta não é a erradicação total, mas sim o manejo inteligente e sustentável dos problemas fitossanitários, mantendo a lavoura saudável e viável.

Banner planilha- manejo integrado de pragas

Soja e Milho: Quais pragas e doenças ficar de olho?

As primeiras semanas após o plantio são um período delicado e é quando o manejo integrado de pragas e doenças para soja e milho vão fazer diferença.

Desde a seleção de sementes e a germinação, até as pequenas plântulas com poucas folhas (estádios V1 a V4, por exemplo), a lavoura está suscetível a uma série de inimigos.

Os danos nessa fase inicial podem resultar diretamente na redução do número de plantas por área (estande), desenvolvimento desuniforme e perdas de produtividade.

A melhor forma de prevenção é reconhecer as pragas e doenças desse período crítico, que aparecem nos primeiros 30 a 45 dias após o plantio. Veja a seguir:

Principais ameaças nas fases iniciais da soja e do milho

CulturaFase CríticaAmeaçaTipoDanos
SojaGerminação/PlântulaCorós, Elasmo, TamanduáInseto (Solo)Falhas na germinação, corte de plântulas, danos radiculares
SojaGerminação/PlântulaTombamento (Pythium, etc.)Fungo (Solo/Semente)Semente não germina, plântula morre antes/após emergir
SojaVegetativo InicialVaquinhas, Lagartas IniciaisInseto (Folha)Desfolha, danos em cotilédones/folhas jovens
SojaVegetativo InicialAntracnose (início)FungoManchas escuras em hastes/pecíolos (pode começar cedo)
MilhoGerminação/PlântulaLarva-arame, AlfineteInseto (Solo)Falhas na germinação, galerias em raízes/colmo inicial
MilhoGerminação/PlântulaPodridões (Fusarium, etc.)Fungo (Solo/Semente)Falha na emergência, podridão de sementes/raízes/plântulas
MilhoPlântula/Veg. InicialLagarta-elasmo, RoscaInseto (Superfície/Solo)Corte de plântulas na base, “coração morto”
MilhoPlântula/Veg. InicialCigarrinha (Dalbulus)Inseto (Vetor)Sucção de seiva, transmissão de enfezamentos (viroses/molicutes)
MilhoVegetativo InicialLagarta-do-cartuchoInseto (Folha)Folhas raspadas/perfuradas, dano no cartucho

Pragas de solo

Insetos como corós, larva-arame, larva-alfinete e lagarta-elasmo atacam as sementes antes mesmo da germinação ou as raízes, e o caule das plântulas logo após a emergência.

Seus danos são muitas vezes silenciosos, resultando em falhas de estande que só são percebidas tarde demais.  

Doenças de solo e semente

Um complexo de fungos no solo ou nas sementes, pode causar o apodrecimento das sementes ou a morte das plântulas antes ou logo após emergirem. Condições de solo úmido e frio podem agravar o problema.  

Pragas iniciais da parte aérea

Assim que as primeiras folhas aparecem, pragas como vaquinhas, pulgões, lagartas desfolhadoras e a cigarrinha-do-milho começam a atacar, sugando seiva, comendo folhas ou transmitindo doenças.

Doenças foliares iniciais

Embora muitas doenças fúngicas tenham seu pico mais tarde, algumas como a antracnose na soja.

Algumas manchas foliares também podem iniciar a infecção nos estágios vegetativos iniciais, especialmente se as condições climáticas forem favoráveis.  

A similaridade nos tipos de ameaças sugere que práticas de manejo focadas na saúde do solo e na qualidade de sementes podem trazer benefícios para ambas as culturas dentro de um sistema de rotação.

Como se preparar para as principais pragas agrícolas

Como colocar o MIP em prática desde o plantio?

Sabendo quais são as principais ameaças, a pergunta é: como implementar o Manejo Integrado de Pragas e Doenças para soja e milho desde o início do ciclo?

A resposta está em combinar planejamento, prevenção e monitoramento constante. Veja o passo a passo abaixo:

1. Planejamento e prevenção (antes e durante o plantio)

2. Monitoramento e amostragem

3. Táticas de controle cultural

Guia para manejo de plantas daninhas

4. Controle Biológico

5. Controle Químico

A implementação bem-sucedida do Manejo Integrado de Pragas e Doenças para soja e milho nas fases iniciais depende muito mais das ações preventivas e da qualidade do monitoramento.

Essas ações iniciais criam uma base sólida para a saúde da lavoura ao longo de todo o ciclo.

Monitoramento de pragas eficiente por aplicativo

Por que investir no MIP gera retorno?

Adotar o Manejo Integrado de Pragas e Doenças para soja e milho não é apenas uma questão de seguir boas práticas agrícolas, é também um investimento inteligente.

Por conta da eficácia, o MIP acaba gerando retorno a curto, médio e longo prazo, além de outros benefícios, como:

O uso do Manejo Integrado de Pragas e Doenças para soja e milho vai muito além da economia na compra de defensivos.

Se trata de uma abordagem que fortalece a resiliência do sistema produtivo, protege os recursos naturais, reduz riscos e contribui para a viabilidade econômica e social da atividade agrícola.

É um jeito de cuidar da lavoura pensando no todo, equilibrando produtividade com a saúde do ambiente.

Com o Aegro, você coloca isso em prática: monitore a lavoura, reduza os custos com defensivos e receba relatórios que mostram as pragas-alvo e o melhor momento para pulverizar

Mathias Bergamin

Engenheiro Agrônomo (UFRGS, Kansas State) e especialista de Novos Negócios na Aegro. Reconhecido como referência em Agricultura Digital, especialização em administração, gestão rural, plantas de lavoura.

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