O que você precisa saber sobre regulagem e manutenção de implementos agrícolas

A regulagem de implementos agrícolas pode fazer com que as máquinas tenham diferentes performances no campo.

Você já percebeu como motosserras, furadeiras e cortadores de grama podem ser regulados e utilizados de diferentes formas? O mesmo acontece com os vários tipos de implementos agrícolas.

Além disso, 25% dos custos provenientes de reparo podem ser cortados se a manutenção do maquinário agrícola for realizada rotineiramente. A correta manutenção e regulagem fará a diferença entre redução de custos de produção e maiores ganhos dentro da porteira.

Confira o que você precisa saber sobre manutenção e regulagem de implementos agrícolas.

Tipos de máquinas e implementos agrícolas

Existem 10 grupos de máquinas e implementos agrícolas usados na lavoura dependendo da função no campo:

  1. Preparo do solo (correntão, lâminas desenraizadoras, arados de disco, sulcadores, etc);
  2. Semeadura, plantio e transplante (semeadoras, plantadoras, transportadoras);
  3. Aplicação, carregamento, e transporte de adubos e de corretivos (adubadoras, calcareadoras, carretas);
  4. Limpeza de terrenos (roçadoras);
  5. Aplicação de defensivos (pulverizadoras, fumigadores, atomizadores, etc);
  6. Cultivo, desbaste e poda (cultivadores de enxadas rotativas, ceifadoras, etc);
  7. Trator Agrícola para colheita (colheitadoras em geral);
  8. Processamento (beneficiadoras de café, arroz, algodão, cana, etc);
  9. Transporte, elevação e manuseio (carretas, carroças, caminhões, etc);
  10. Utilitárias (perfurador de solo, etc).

Manutenção preventiva ou corretiva?

regulagem de implementos agrícolas
Manutenção e regulagem de implementos agrícolas
Fonte: (Jim Patrico em DTN/The Progressive Farmer)

Afinal, qual manutenção é melhor para minhas máquinas e implementos agrícolas? Vamos entender um pouco mais sobre as diferenças entre elas.

A manutenção preventiva é realizada antes que os problemas ou quebras de peças ocorram. É utilizada como uma forma de prevenir que a máquina se quebre ou pare de atuar no meio da operação em que ela foi designada a realizar.

Garante seu bom funcionamento e maximiza a vida útil. É semelhante às revisões feitas em nossos carros. A substituição de peças como filtros de óleo, revisão das engrenagens, checagens de pontos de engraxe, troca de correias antes que estas se quebrem é um exemplo de manutenção preventiva.

Essa manutenção varia de acordo com cada máquina e fabricante. Mas em geral, você pode fazer uma boa manutenção preventiva verificando os itens abaixo conforme as horas trabalhadas:

itens a serem verificados e tipos de implementos agrícolas
(Fonte: Portal Máquinas Agrícolas)

A manutenção corretiva acontece com o objetivo de substituir uma peça quebrada ou algum sistema danificado.

Na maioria dos casos em que esta manutenção é necessária, a máquina ou o implemento cessa a operação que está realizando, gerando atrasos ou acarretando em tempo ocioso de máquina e operador.

Evidentemente que este tipo de manutenção é mais cara, tanto financeiramente quanto operacionalmente. Por isso, devemos sempre realizar a manutenção preventiva: custa menos e depende apenas de um bom planejamento agrícola.

Como regular implementos e máquinas agrícolas?

A adequada regulagem de implementos agrícolas varia de acordo com cada fabricante. O gestor da propriedade deve buscar um profissional qualificado frente aos equipamentos e implementos que possui.

O que você deve fazer com certeza é testar o funcionamento dos implementos agrícolas antes de autorizar a realização da operação na área inteira.

É nesse momento que vão aparecer os problemas a serem solucionados: colhedora com corte muito alto ou muito baixo, bico de pulverização entupidos, semeadoras com discos dosadores errados etc. Desse modo você evita que a operação em toda área fique comprometida.

Algumas operações possuem softwares e programas gratuitos para avaliação do desempenho das máquinas agrícolas. Um exemplo é o Adulanço 3.1, desenvolvido pelo LAP (Laboratório de Agricultura de Precisão) da Esalq/USP.

Com o auxílio do Adulanço é possível verificar qual a largura de trabalho ideal em máquinas de distribuição transversal de fertilizantes e corretivos. No programa, ele gera a largura de aplicação de cada máquina avaliada, segundo os coeficientes de variação.

Para começar, você pode baixá-lo gratuitamente aqui.

adulanço 3.1 para regulagem de implementos agrícolas

Após ler o manual, você pode começar seu teste.

Em geral, o teste consiste em arranjar corretamente bandejas (coletores) em campo; regular sua máquina e implemento e passar pelas bandejas, depositando nelas os insumos.

Após inserir os dados de quantidade de insumo de cada coletor,  é possível ver o perfil de distribuição, segundo a largura simulada (neste caso é 8,5 m) de acordo com as passadas do implemento.

perfil de distribuição adulanço

Assim, você pode saber exatamente qual a largura de trabalho mais eficiente das suas máquinas ensaiadas.

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Importância de regular sua semeadora

Durante a semeadura, a regulagem correta posicionará tanto a semente quanto o adubo nos locais corretos. A profundidade de semeadura é essencial para a boa emergência das plântulas.

A semente possui uma reserva de energia, e em profundidades inadequadas, tal reserva se esgota antes da planta emergir no solo, acarretando desuniformidade e falhas no dossel. A escolha dos dosadores de sementes é fundamental na hora do plantio.

Teste antes os discos com as sementes que possui para que a distribuição da semente seja adequada.

Sementes_mal_calibradas
Disco inadequado para as sementes (má calibração)
(Fonte: Semeato)

Sementes com discos mal dimensionados causam falhas no plantio e redução das produtividades. E lembre-se que é preciso a correta regulagem de implementos agrícolas, da semeadura até a colheita. Nesse sentido, veja também os artigos:

Regulagem de implementos agrícolas para colheita

A regulagem de equipamentos agrícolas é o procedimento mais importante a ser realizado na colheita. O objetivo é coletar o máximo dos produtos com a melhor qualidade possível.

Após todo o trabalho de correção do solo, adubação adequada, manejo de pragas e doenças ao longo da safra, temos o produto pronto para ser colhido e vendido, perdas não são toleráveis.

Máquinas desreguladas ocasionam perdas de colheita da ordem de 3 a 10%, cerca de 2 sacas de soja /ha ou mais, segundo a Conab. O aceitável nacional e internacionalmente para a cultura da soja é 1 saca/ha.

Segundo Nunes, do total de perdas na colheita, 80% se deva a má regulagem da colhedora e 20% ao manejo inadequado da cultura.

Implementos agrícolas na colheita

Além da boa regulagem de implementos agrícolas, o momento de realização da colheita é essencial para evitar perdas. O teor de umidade dos grãos deve ser respeitado. Para a colheita da cultura do milho, o ideal é que os grãos estejam entre 12 e 13% de umidade e a colhedora com velocidade entre 4 e 6 km/h.

Se houver necessidade de colheita antecipada com umidades entre 18 e 20%, o produtor precisará levar em conta a secagem do material antes do armazenamento, segundo José Nunes. Em grãos, a colhedora é considerada uma máquina combinada, pois realiza na mesma passada diversas operações.

Durante a colheita da soja ou do milho, a colhedora efetua as operações de corte do material, alimentação, trilha e limpeza.

É essencial que cada um desses sistemas esteja calibrado e com as devidas regulagens e manutenções em dia. Se um sistema estiver em desequilíbrio, vários outros podem ser prejudicados. Fique atento para alguns fatores de perdas na colheita:

  • Barra de corte, substituição de navalhas danificadas e ajuste da folga;
  • Troca de dedos quebrados e alinhamento dos dedos;
  • Velocidade de rotação do molinete, de acordo com umidade e massa de plantas;
  • Altura do molinete (geralmente 30cm a frente da barra de corte);
  • Caracol (altura em relação a parte posterior de alimentação);
  • Velocidade de colheita (entre 4 e 8 km/h).

Uma colheita mal feita deixa muitos grãos no solo, os quais germinarão e resultarão em tiguera na próxima cultura.

tiguera
(Fonte: Cotrisoja)

É evidente que o manejo das lavouras também deve ser realizado adequadamente, mesmo uma máquina bem regulada irá embuchar numa colheita de soja com a presença de muitas plantas daninhas. Falando em manejo bem feito, como está seu pulverizador?

Pulverizador também necessita de regulagem?

O pulverizador, seja autopropelido ou não, necessita de muita regulagem, que no caso é feita pela calibração. Vários são os fatores que interferem diretamente nas aplicações realizadas nas lavouras.

O pulverizador é um dos equipamentos mais versáteis presentes nas propriedades e sua correta regulagem irá influenciar na efetividade da operação.

Com este intuito, a Basf realizou um estudo testando a influência da má regulagem do equipamento quando aplicava defensivos agrícolas na cultura da soja.

O resultado foi que: Ajustar corretamente o equipamento eleva a produtividade e reduz custos com agroquímicos em até 30%.

Então fique atento à calibração com escolha dos bicos, velocidade do vento adequada, altura de pulverização, parte da planta a ser atingida pelas gotas, tipo de gotas, etc. E sempre teste antes para saber se o volume de calda, bicos, altura da barra, entre outros estão adequados.

Futuro da manutenção e regulagem de implementos agrícolas

As máquinas e implementos agrícolas estão cada dia mais modernas. Muitas possuem sistemas auxiliares, que ajudam nas regulagens, mesmo durante a operação.

Da cabine das máquinas é possível alterar a forma de trabalho.

Atualmente as máquinas agrícolas possuem dezenas de sensores e sistemas de monitoramento nas controladoras que englobam a tecnologia de telemetria e gestão de frotas.

Todos os dias, milhares de dados são gerados. Muitas empresas estão usando algoritmos e inteligência artificial para tentar antever os problemas nas máquinas.

Em um  futuro próximo, as concessionárias terão informações das máquinas de seus clientes; e todo o processo de revisões e manutenções irá atingir um novo patamar.

Assim, cada vez mais revisões serão programas e problemas serão antecipados.

Dessa e de outras maneiras a tecnologia vem para ajudar a agricultura.

Conclusão

As máquinas e implementos agrícolas são nossas ferramentas de trabalho, e toda ferramenta precisa de regulagem. E ferramenta adequada rende muito mais!

Máquinas com manutenções em dia possuem maior valor na revenda, menos problemas no meio da operação e, assim, menos prejuízos.

Então aproveite essas dicas, faça a manutenção preventiva e sempre faça sua regulagem de implementos agrícolas antes de uma atividade rural.

É assim que você pode começar a ganhar eficiência e reduzir prejuízos na fazenda

5 dicas infalíveis para uma aplicação de defensivos agrícolas mais eficaz

Aplicação de defensivos agrícolas: como proteger sua lavoura com eficiência e otimização de recursos.

Mais de 45% das aplicações de defensivos agrícolas são desperdiçadas por erros cometidos pelo próprio agricultor.

Alguns estudos chegam a mostrar perdas de 10% a 12% em produtividade, devido à aplicação de defensivos agrícolas mal feita.

E você sabe bem a importância do uso de defensivos na lavoura?

Sabia que seu mau uso pode aumentar os custos de produção, não proteger a lavoura e ainda trazer riscos ao meio ambiente e ao homem?

Importante lembrar que os defensivos agrícolas são chamados oficialmente de agrotóxicos. Embora seja um termo que gera controvérsias, é o termo oficial da legislação brasileira (Lei 7.802/89 e Decretos 98.816/90 e 4.074/2002).

Outros termos também são comumente utilizados, como: produtos fitossanitários, pesticidas, agroquímicos.

O Prof. Dr. José Otávio Menten, da USP/Esalq, trata de pontos importantes como benefícios e riscos do uso de defensivos no Brasil.

Dada a importância da aplicação de defensivos agrícolas para a proteção da lavoura, vou mostrar 5 dicas infalíveis de como torná-la mais eficiente.

Algumas dicas envolvem conhecimento prático e outras, tecnologia de aplicação. Então confira!

1. Consulte a bula antes da aplicação de defensivos agrícolas

Para uma aplicação eficaz, nada melhor do que realmente conhecer o que se está aplicando.

aplicação de defensivos agrícolas

Classes De Classificação Toxicológica dos Produtos Fitossanitários
(Fonte: Seagro)

Você pode buscar informação em diversas plataformas, como a plataforma nacional de consulta de produtos fitossanitários, o Agrofit.

Veja como é simples:

Passo 1: Acesse a lista de defensivos agrícolas e faça buscas por pragas e doenças.

aplicação de defensivos agrícolas

É possível conseguir informações sobre os produtos registrados e recomendados para o controle de pragas, plantas daninhas e doenças, com direito a textos explicativos e fotos para facilitar a consulta.

O sistema também conta com dados do Ministério da Saúde e do Ministério do Meio Ambiente, oferecendo melhores informações em defensivos agrícolas para você.

Passo 2: Insira o nome vulgar ou científico da doença.

aplicação de defensivos agrícolas

Passo 3: Realize a busca e veja as informações que aparecerão na sua tela. Você pode ter um relatório descrevendo o que é a ferrugem asiática, sintomas da doença, Bioecologia, controle, fotos da doença e lista de produtos para combater.

aplicação de defensivos agrícolas

Simples e prático! Agora você pode obter informações sobre os produtos mais recomendados para “Ferrugem Asiática”.

Outros sistemas de consulta

Outra opção é a a SEAB/PR. Embora seja estadual, é até mais completa que o Agrofit.

Nesses dois portais é possível consultar os defensivos agrícolas por princípio ou ingrediente ativo; por marca comercial; classe (fungicida, inseticida, herbicida, etc.); cultura recomendada; praga, entre outros. Há, inclusive, links para as bulas dos produtos.

Além disso, outros portais também oferecem informações sobre aplicações de defensivos, como Embrapa, Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal) e os sites das próprias fabricantes.

Essas informações são essenciais para saber:

  • Em que momento da cultura é ideal aplicar o produto;
  • Se é preciso o uso de adjuvantes;
  • Qual o volume de calda ideal;
  • Para quais plantas daninhas, insetos e doenças são indicados;
  • Em qual estágio dessas pragas a eficiência do produto é melhor e etc.

Ao contrário do que muitos pensam, ter o produto ideal no momento ideal da cultura e da praga não é o suficiente para uma aplicação de defensivos agrícolas eficaz!

Para isso a manutenção e regulagem são fundamentais:

2. Manutenção e regulagem do pulverizador

Ajustar corretamente o equipamento de pulverização eleva a produtividade e reduz custos com produtos agrícolas em até 30%.

Fundamental para a aplicação de defensivos agrícolas eficiente, o pulverizador tratorizado, pulverizador autopropelido ou até um pulverizador costal de 20 L devem estar bem calibrados e com manutenção em dia.

aplicação de defensivos agrícolas

(Fonte: Dinheiro Rural)

Antes das aplicações:

  1. Observe se os bicos não estão entupidos e se são adequados para o tipo de aplicação;
  2. Verifique a barra de pulverização;
  3. Coloque água no tanque do pulverizador;
  4. Regule o pulverizador;
  5. Aplique em uma área plana e de tamanho conhecido;
  6. Durante a aplicação, verifique o volume de água que sai em cada bico de pulverização por determinado tempo (normalmente 10 segundos) e, assim, veja se algum está com problemas;
  7. Somando o volume de água coletado em todos os bicos, você pode verificar se o volume de calda é o desejado.

O volume de calda, quando não adequado, pode representar aplicação de doses acima ou abaixo das recomendadas.

Isso ocasiona um controle não eficaz ou ainda intoxicação das plantas da lavoura (fitotoxicidade).

O volume de calda recomendado é apresentado na bula do produto, variando de acordo com o equipamento.

Em geral, o volume de aplicação recomendado fica entre 100 e 300 L/ha. Aplicações entre 100 e 200 L/ha tem se mostrado eficientes operacionalmente e eficazes no controle.

Como já citado, a escolha dos tipos de bicos é importante. Existem de diversos modelos e vazões para tamanhos de gotas, que se encaixam em diferentes situações:

Bicos para a redução de deriva, bicos mais indicados para aplicação de fungicidas, inseticidas, herbicidas pré-emergentes, herbicidas pós-emergentes.

A lista de defensivos da TeeJet® traz ótimas informações acerca disso.

aplicação de defensivos agrícolas

(Fonte: TeeJet)

Para tornar suas aplicações mais eficientes você deve conhecer sobre os adjuvantes:

3. Auxilie sua aplicação de defensivos agrícolas com adjuvantes

Adjuvante é qualquer composto adicionado ao tanque de pulverização que auxilie a aplicação de defensivos agrícolas.

Podem ter diferentes funções e vantagens como regular o pH da calda, reduzir a deriva e, o mais buscado, oferecer uma melhor distribuição na folha da cultura ou da planta daninha… Tudo depende da situação.

aplicação de defensivos agrícolas

(Fonte: Aenda)

Novamente, busque as informações na bula do defensivo a ser aplicado. Nela estão as informações do adjuvante a ser utilizado, volume etc.

É importante ressaltar que alguns produtos não necessitam do uso de adjuvantes, pois já são adicionados na fábrica, ou seja, já vem na formulação.

Nestes casos, o uso do adjuvante pode atrapalhar a eficácia do produto e ainda causar fitotoxicidade para cultura. Assim, você estará jogando dinheiro fora.

4. Limpeza de equipamentos

De nada adianta seguir todas as recomendações anteriores, usar tecnologia de ponta, se você não realizar a limpeza adequada de todos componentes da aplicação.

Em algumas situações, recomenda-se até separar os pulverizadores para cada uma das classes de defensivos. Mas (claro) nem sempre isso é possível.

Assim, uma boa limpeza é a melhor solução.

aplicação de defensivos agrícolas

Sintoma de 2,4D na soja (clorose e deformação) por contaminação de tanque (sem lavagem entre aplicações)
(Fonte: Campeonato Brasileiro De Herbologia)

Alguns produtos merecem mais atenção, pois podem depositar no fundo do tanque ou entupir os bicos. Nestes casos, o cuidado deve ser redobrado.

Uma situação comum é a contaminação do tanque por produtos devido à falta de lavagem.

Vou te dar um exemplo! Após a aplicação de herbicidas em milho (com nicosulfuron e atrazina), será realizada aplicação em soja.

Mas estes dois herbicidas não são recomendados para a soja. Portanto, se não for realizada uma boa lavagem do pulverizador, sintomas de fitotoxicidade severos serão observados.

Existem até mesmo produtos comerciais indicados para limpeza do pulverizador com diferentes recomendações e que te ajudarão na lavagem.

5. Levantamento de pragas e manejo integrado

Conhecer o seu problema é a melhor forma de controlá-lo. É muito importante saber quais são os insetos-praga presentes na sua lavoura.

Para tanto, é preciso realizar amostragens, fazer panos de batida, identificar e realizar as contagens dos insetos.

Umas da maneiras de você fazer amostragem é utilizando software para gestão agrícola.

A partir de uma determinada população da praga é que se recomenda a aplicação. Isso é chamado de nível de ação de controle – ou simplesmente nível de controle.

aplicação de defensivos agrícolas
Monitoramento de pragas na lavoura pode ser feito de forma fácil e eficiente com o Aegro

Para tanto, é imprescindível conhecer a infestação da lavoura e o histórico ao longo dos anos.

Para plantas daninhas, por exemplo, você deve saber se há algum caso de resistência a herbicidas. Essas informações são cruciais na escolha do produto aplicado.

Além de conhecer o problema, você precisa utilizar diferentes ferramentas para controlá-lo, como: 

  • Rotacionar os mecanismos de ação dos defensivos; 
  • Utilizar outras medidas de controle; 
  • Cobertura do solo com restos culturais da cultura anterior;
  • E, em determinadas situações, fazer o controle biológico.

Esse é o manejo integrado.

A utilização de diferentes ferramentas para administração rural, não apenas o controle químico, vai tornar o controle mais eficiente e sustentável ao longo do tempo, bem como garantir a eficiência da aplicação dos defensivos agrícolas.

aplicação de defensivos agrícolas

Monitoramento de pragas da soja
(Fonte:  Foto RRRufino em Embrapa)

Conclusão

Essas são algumas dicas infalíveis para ter uma melhor eficiência na aplicação de defensivos agrícolas. Na lavoura, você sabe que, mesmo seguindo estas e outras recomendações, podem acontecer problemas.

A lavoura está sujeita a condições climáticas adversas, problemas econômicos, entre outros. Mas se esses problemas já causam impactos até mesmo quando se faz ‘tudo certo’ imagina quando isso não ocorre.

Seguindo essas e outras recomendações, com planejamento agrícola, as chances do sucesso e a eficácia da aplicação de defensivos agrícolas serão com certeza maiores.

E claro, sempre consulte um engenheiro agrônomo.

>> Leia mais:

Como fazer controle de estoque de defensivos agrícolas em 5 passos

6 dicas de compra de defensivos agrícolas para potencializar o manejo da sua lavoura

Gostou das 5 dicas infalíveis para uma aplicação de defensivos agrícolas mais eficaz? Você faz uso de alguma estratégia diferente? Adoraria ver aqui nos comentários sua opinião!