Nota Fiscal de Produtor Rural do estado de Santa Catarina

Se você é produtor rural em Santa Catarina, emitir a nota fiscal produtor rural é uma parte essencial da sua rotina.

Essa emissão garante que suas operações estejam regularizadas e contribui para a transparência e organização financeira da propriedade. Desde o cadastro inicial até a emissão da nota fiscal eletrônica, existem etapas que você precisa conhecer.

Neste artigo, vamos esclarecer as exigências do estado, explicar como fazer o cadastro, usar o sistema SAT e até falar sobre ferramentas gratuitas e pagas, como o emissor Aegro, que facilita o controle fiscal.

Quando a emissão de nota fiscal produtor rural SC é obrigatória?

A Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) será obrigatória para produtores inscritos no Cadastro de Produtores Primários (CPP), conforme as situações abaixo:

  • A partir de 1º de janeiro de 2024: para quem usou 25 ou mais notas modelo 4 em 2023;
  • A partir de 1º de março de 2024: para quem usou 10 ou mais notas modelo 4 em 2023;
  • A partir de 3 de fevereiro de 2025: para quem teve receita bruta acima de R$ 360 mil em 2023 ou 2024;
  • A partir de 5 de janeiro de 2026: obrigatória para todos os demais produtores primários.

Como emitir nota Fiscal produtor rural SC?

Para emitir a nota fiscal como produtor rural em Santa Catarina envolve algumas etapas importantes, que não são tão diferentes em relação aos outros estados.

Mesmo assim, recomendamos que sempre entre em contato com a Secretaria da Fazenda da sua região. Confira mais detalhes do processo:

  1. Cadastro na Prefeitura: O primeiro passo é realizar o cadastro como produtor rural no município onde a propriedade está localizada. Você precisará apresentar documentos como CPF, RG, comprovante de residência e documentação da propriedade.
  2. Autorização Estadual: Após o cadastro na prefeitura, é necessário solicitar a autorização para emissão da Nota Fiscal de Produtor Rural (NFP) na Secretaria da Fazenda de Santa Catarina (SEF-SC).
  3. Emissão Eletrônica: Para quem utiliza o formato eletrônico, é preciso se cadastrar no sistema SAT-SC e obter um certificado digital.
  4. Preenchimento da Nota: Com os dados da propriedade e das operações, preencha corretamente as informações de comprador, produto, quantidade e valor. O sistema eletrônico facilita essa etapa com preenchimento automatizado.

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Regras para Emitir Nota Fiscal Produtor Rural SC

Para garantir que a emissão esteja dentro das normas de Santa Catarina, é importante seguir algumas regras básicas:

  • Cadastro ativo: Certifique-se de que seu cadastro na prefeitura e na SEF-SC esteja atualizado.
  • Informações corretas: Preencha todos os campos obrigatórios da nota, como CNPJ ou CPF do comprador, descrição do produto, quantidade e valor.
  • Respeito às alíquotas de ICMS: Em operações interestaduais ou internas, calcule corretamente as alíquotas de ICMS aplicáveis à venda.
  • Armazenamento de registros: Guarde as notas fiscais emitidas por pelo menos cinco anos, como exige a legislação tributária.

Quais os benefícios da emissão eletrônica?

Emitir nota Fiscal produtor rural SC, e em qualquer outra região do Brasil, tem benefícios para o contribuinte que utiliza a Nota Fiscal de Produtor Eletrônica. Entre as principais vantagens estão>

  • Redução de custos, devido à informatização do sistema, pois a NFP-e será autorizada eletronicamente e somente uma via da DANFE será impressa para acompanhar o transporte;
  • Poderá ser utilizada para toda e qualquer saída do produtor, incluindo a venda de máquinas usadas, equipamentos usados e insumos agropecuários entre produtores;
  • A eliminação de erros de digitação, pois diversos dados serão importados, outros sugeridos e validados, antes da autorização da NFP-e;
  • O aumento da confiabilidade, pois o sistema é baseado no projeto da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), já testado e em, com Chave de Acesso e Código de Barras, para consultas nos respectivos Portais Estaduais.

Vale lembrar que a Nota Fiscal de Produtor em papel continua válida, podendo ser emitida em possíveis casos de indisponibilidade do aplicativo emissor da NFP-e.

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Quando o Produtor Rural Deve Emitir Nota Fiscal?

O produtor rural deve emitir a nota fiscal sempre que realiza uma operação de venda ou transferência de produtos. Aqui estão algumas situações em que a emissão é obrigatória:

  • Venda de produtos in natura, como grãos, hortaliças, frutas e leite;
  • Transporte de mercadorias da propriedade para feiras, cooperativas ou entrepostos;
  • Transferência de produtos entre propriedades rurais de um mesmo dono;
  • Exportação ou venda interestadual de mercadorias.

Emitir a nota fiscal produtor rural garante que a operação seja documentada e ajuda a evitar problemas fiscais no futuro. Além disso, é uma exigência para manter o controle sobre o ICMS, que incide sobre muitas dessas transações.

Como fazer o cadastro na nota fiscal de Santa Catarina?

O cadastro é o ponto de partida para emitir nota fiscal produtor rural SC, já que o processo começa na prefeitura e pode haver um pouco de mudança nas burocracias. Acompanhe:

1. Reúna os documentos necessários: Normalmente, são solicitados:

  • Documento de identidade (RG e CPF);
  • Comprovante de endereço atualizado;
  • Matrícula ou contrato da propriedade rural.

2. Dirija-se à prefeitura: Na maioria dos municípios, o cadastro é realizado presencialmente. Pergunte se sua cidade oferece o serviço online.

3. Solicite o registro estadual: Após a validação pela prefeitura, você deve registrar sua propriedade na Secretaria da Fazenda (SEF-SC). Esse passo é essencial para emitir notas fiscais interestaduais ou utilizar o formato eletrônico.

Como fazer o cadastro no SAT SC?

O SAT (Sistema de Administração Tributária) é a plataforma oficial do estado de Santa Catarina para emissão de notas fiscais eletrônicas. Veja como se cadastrar:

  1. Acesse o site do SAT-SC: Vá ao portal da Secretaria da Fazenda de SC (https://www.sef.sc.gov.br).
  2. Cadastre-se como contribuinte: No menu do SAT, selecione a opção para cadastro. Você precisará informar dados pessoais, da propriedade e criar uma senha de acesso.
  3. Obtenha o certificado digital: Para utilizar o sistema eletrônico, é obrigatório ter um certificado digital, que funciona como uma assinatura eletrônica. Você pode adquirir em entidades certificadoras, como Serasa ou Certisign.
  4. Habilite o emissor de NF-e: Após o cadastro, ative a funcionalidade para emissão de notas fiscais eletrônicas dentro do SAT.

Dica prática: Se preferir, um contador pode auxiliar nesse processo para garantir que tudo seja feito de forma correta e ágil.

Onde Emitir Nota Fiscal Produtor Rural SC Grátis?

Para quem busca opções gratuitas para emitir nota fiscal produtor rural SC, o próprio SAT-SC permite a a atividade sem custo adicional. O sistema é acessível pelo site da Secretaria da Fazenda e é ideal para produtores com menor volume de emissões.

No entanto, o uso do SAT pode ser limitado em termos de funcionalidades, especialmente para quem precisa de relatórios detalhados ou integração com outros sistemas.

Nesses casos, investir em uma ferramenta como o Aegro pode ser uma solução prática e eficiente, já que o software combina controle fiscal com gestão completa da fazenda.

Facilite a Emissão com o Emissor Aegro

Para quem busca praticidade, o emissor Aegro é uma excelente alternativa. Com ele, o produtor rural consegue emitir notas fiscais eletrônicas ilimitadas, sem pagar nada, de forma simples e integrada à gestão financeira da fazenda. Além disso, o software oferece:

  • Emissão de NF-e grátis e ilimitada;
  • Preenchimento automático de dados recorrentes, reduzindo o risco de erros;
  • Acompanhamento das operações fiscais;
  • Integração com a SEFAZ;
  • NF-e com emissão pelo celular ou computador;

O Aegro é uma ferramenta pensada para produtores rurais que desejam aliar tecnologia à gestão eficiente, economizando tempo e garantindo conformidade fiscal.

A emissão da nota fiscal produtor rural SC pode ser feita pela plataforma a hora que você quiser. Saiba mais detalhes de como o processo funciona.

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Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Como gerar nota fiscal eletrônica produtor rural?

A nota fiscal eletrônica (NF-e) é indispensável para o produtor rural que deseja manter suas operações regularizadas e transparentes. Mais do que uma obrigação fiscal, esta é uma ferramenta obrigatória para organizar as finanças, conquistar novos mercados e evitar problemas com o fisco.

Se você ainda tem dúvidas sobre como gerar nota fiscal eletrônica de produtor rural, este guia é para você.

Vamos explicar o que é necessário para começar, quais documentos você precisa, o passo a passo para a emissão e como o Aegro simplifica todo o processo.

O que é necessário para gerar nota fiscal eletrônica produtor rural?

Antes de gerar nota fiscal eletrônica produtor rural, é importante estar com a documentação e as ferramentas certas em mãos. Veja o que você vai precisar:

  1. Cadastro de Produtor Rural: Certifique-se de estar registrado na Secretaria da Fazenda do seu estado. Esse cadastro é obrigatório para emitir NF-e;
  2. Certificado Digital A1: É a assinatura eletrônica que valida juridicamente a nota fiscal. O modelo A1 é o mais recomendado por ser armazenado no computador, oferecendo praticidade e segurança;
  3. Sistema emissor de notas: Você precisará de um software para gerar as notas.

Uma boa opção de emissor, especialmente para não quer gastar, é o emissor de notas fiscais Aegro, Além de ser grátis, é muito simples de usar, está disponível para celular e é voltado para produtores rurais. Clique no botão para saber mais!

Quem deve emitir a NF-e produtor rural?

A nota fiscal de produtor rural pode ser emitida tanto por produtores pessoa física quanto pessoa jurídica, sempre que realizar transações comerciais que envolvam suas mercadorias.

O Ajuste SINIEF nº 27/2024 determina que todos os produtores rurais passem a usar a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no lugar da Nota Fiscal modelo 4. Os prazos variam conforme o tipo de operação e o faturamento do produtor:

A partir de 3 de fevereiro de 2025:

  • Operações entre estados: Todos os produtores, de qualquer faturamento, devem emitir NF-e.
  • Operações dentro do estado: Obrigatória para quem teve receita bruta acima de R$ 360 mil em 2023 ou 2024.

A partir de 5 de janeiro de 2026:

Todos os produtores passam a ser obrigados a emitir NF-e também nas operações internas, mesmo com faturamento abaixo de R$ 360 mil.

Benefícios de gerar nota fiscal eletrônica produtor rural

Gerar a nota fiscal eletrônica produtor rural ajuda na regularidade fiscal, que mantém o produtor em dia com as obrigações legais, além da Transparência nas operações, que facilita auditorias e negociações.

A conformidade com a NF-e possibilita outros benefícios direto a propriedade rural, como:

  • Flexibilidade de localização: a NF-e pode ser emitida de qualquer computador, em qualquer município, estado ou país;
  • Maior controle das operações;
  • Redução de erros nos registros das operações;
  • Fim da exigência da necessidade de ir pessoalmente à prefeitura para retirar e devolver os talões de nota fiscal;
  • Aprovação das notas fiscais em fins de semana e feriados.

Passo a Passo de como gerar Nota Fiscal Eletrônica Produtor Rural

Emitir uma NF-e pode parecer complicado no início, mas seguindo este passo a passo você verá que o processo é mais simples do que parece. Abaixo você confere mais detalhes:

1. Certifique-se de ter o certificado digital ativo

O certificado digital A1 serve para validar sua nota. Se ainda não tiver um, recomendamos que adquira um com autoridade certificadora e que instale no computador que será usado para emitir as NF-e.

2. Escolha um sistema emissor

Você pode optar por sistemas pagos ou gratuitos. O emissor de notas fiscais Aegro, por exemplo, é gratuito e foi desenvolvido pensando nas necessidades do produtor rural.

3. Acesse o sistema e preencha os dados do emissor

No sistema escolhido, insira as informações da propriedade rural, como CNPJ ou CPF, endereço e dados do cadastro de produtor rural.

4. Preencha as informações do destinatário

Adicione os dados do cliente ou destinatário da mercadoria, incluindo CPF/CNPJ, endereço e informações de contato.

5. Descreva a operação

Detalhe o tipo de operação que está realizando, como venda, transferência ou exportação. Informe a natureza da operação, o CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) e o local de saída e entrega das mercadorias.

6. Liste os produtos

Insira os itens que estão sendo comercializados. Para cada produto, adicione:

  • Nome ou descrição;
  • Unidade de medida;
  • Quantidade;
  • Valor unitário e total;
  • Informações fiscais, como alíquota de ICMS, quando aplicável.

7. Gere e valide a nota

Após preencher todos os dados, revise as informações com cuidado. Em seguida, valide e envie a nota para a Secretaria da Fazenda por meio do sistema.

8. Armazene e envie ao cliente

A nota fiscal eletrônica será gerada em formato XML. Guarde o arquivo e envie uma cópia para o cliente, acompanhada do DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica).

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Por que o Certificado Digital A1 é tão importante?

O Certificado Digital A1 é uma assinatura eletrônica que garante a autenticidade e validade jurídica das notas fiscais.

O documento funciona como um arquivo digital que autentica pessoas físicas, jurídicas ou sistemas em transações eletrônicas. Além de ser essencial para o envio de NF-e à Secretaria da Fazenda, ele oferece diversas vantagens, tais como:

  • Praticidade: É armazenado no computador ou na nuvem, dispensando o uso de dispositivos físicos.
  • Segurança: Protege contra fraudes e adulterações nos documentos fiscais.
  • Custo-benefício: O modelo A1 tem validade de um ano, sendo suficiente para maioria dos produtores rurais.

Adquirir e instalar esse certificado é um investimento indispensável para quem deseja emitir notas fiscais eletrônicas.

Como gerar nota fiscal eletrônica produtor rural no Aegro?

O Emissor de Notas Fiscais da Aegro foi desenvolvido para atender às necessidades específicas do produtor rural.

A ferramenta é gratuita, fácil de usar e totalmente integrada à gestão da fazenda, permitindo que o processo de emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e) seja rápido e eficiente.

Com o emissor Aegro, você pode gerar suas notas fiscais diretamente pelo sistema, sem complicação, e acompanhar todas as operações financeiras da propriedade em um só lugar. Confira o passo a passo abaixo:

  1. Acesse o sistema: Entre no painel do Aegro e selecione a opção “Nota Fiscal Eletrônica”;
  2. Configure os dados iniciais: Adicione informações da propriedade, como CPF/CNPJ e endereço;
  3. Adicione o cliente: Insira os dados do destinatário da nota;
  4. Preencha os produtos: Escolha os produtos cadastrados no sistema ou adicione novos, detalhando quantidade e valor;
  5. Revise e envie: Verifique todos os campos, clique em “Gerar Nota” e o sistema se encarrega de enviá-la para a Secretaria da Fazenda;
  6. Envie para o cliente: O Aegro gera automaticamente o arquivo XML e o DANFE, prontos para serem compartilhados.

A emissão no Aegro é integrada com o Sefaz e com o controle financeiro da fazenda, permitindo acompanhar receitas e despesas em tempo real. Você pode gerar nota fiscal eletrônica produtor rural sem limites. Clique no banner para saber mais!

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Guia sobre DIRPF: Tire Todas as Suas Dúvidas

Todo começo de ano, a preocupação com o DIRPF volta para milhões de brasileiros. A sigla pode até parecer complicada, mas a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física é mais simples do que você imagina, desde que feita com atenção e planejamento.

Para quem é produtor rural, o processo pode trazer dúvidas adicionais, já que envolve especificidades da atividade agrícola, como registro de receitas, despesas e patrimônios.

Este guia vai responder às principais dúvidas sobre o tema, ajudando você a entender quem precisa declarar, quais são as obrigações para o produtor rural e como fazer tudo corretamente para evitar problemas com a Receita Federal.

O que é o DIRPF?

O DIRPF é a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, um documento que todo cidadão brasileiro que atende a certos critérios deve enviar anualmente à Receita Federal.

O objetivo é prestar contas sobre seus rendimentos, patrimônios, gastos e impostos pagos ao longo do ano anterior.

Através dessa declaração, o governo verifica se você pagou a quantidade correta de impostos ou se terá direito à restituição.

Para produtores rurais, a DIRPF também é uma ferramenta importante de controle, já que permite a inclusão de dados sobre receitas agrícolas e despesas de produção, ajudando a organizar as finanças da fazenda.

Quem precisa declarar o DIRPF?

Nem todos os brasileiros precisam fazer a declaração, mas algumas condições tornam o envio obrigatório. Confira se você se encaixa:

  1. Teve rendimentos tributáveis (como salários, aposentadorias ou aluguéis acima de R$ 28.559,70 no ano anterior; 
  2. Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superiores a R$ 40.000,00.
  3. É proprietário de bens ou direitos com valor total acima de R$ 300.000,00, como imóveis, veículos, máquinas agrícolas ou contas bancárias.
  4. Obteve ganho de capital na venda de bens, como um imóvel ou um maquinário agrícola.
  5. Fez operações na bolsa de valores, mesmo que o valor tenha sido pequeno.
  6. Atua como produtor rural e teve receita bruta superior a R$ 142.798,50 ou deseja compensar prejuízos de anos anteriores.

Se você está em alguma dessas categorias, a declaração é obrigatória. Caso contrário, ainda é recomendável declarar para evitar problemas futuros ou facilitar processos como financiamentos.

Quando o produtor rural deve declarar DIRPF?

O produtor rural deve apresentar a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) se, no ano anterior, a receita bruta com atividade rural ultrapassar o limite estabelecido pela Receita Federal.

Ou seja, para o ano-calendário de 2023, esse limite foi de R$153.199,50. Caso o valor alcance R$200.000,00, por exemplo, é necessário fazer a declaração.

Além disso, mesmo que a receita bruta não atinja esse valor, todo o produtor rural está obrigado a declarar o IRPF caso se enquadrar em outras condições gerais de obrigatoriedade, como:

  • Receber rendimentos tributáveis superiores ao limite anual definido pela Receita Federal.
  • Possuir bens ou direitos de valor total superior ao limite estabelecido.
  • Realizar operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.

Manter um controle financeiro detalhado das atividades rurais é a melhor estratégia para garantir o cumprimento adequado das obrigações fiscais e evitar possíveis penalidades.

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Passo a passo de como fazer a DIRPF para Produtor Rural

Todos os produtores rurais precisam prestar atenção especial ao preencher a DIRPF, já que sua atividade exige o detalhamento de receitas e despesas específicas. Aqui vai um passo a passo:

1. Organize os documentos necessários: 

Antes de começar, reúna tudo que vai precisar. Para o produtor rural, isso incluir: 

  • Notas fiscais de venda de produtos agrícolas; 
  • Comprovantes de despesas (compra de insumos e manutenção); 
  • Informações de financiamentos ou investimentos na propriedade.

2. Baixe o aplicativo ou faça pelo computador

Todos os anos, a Receita libera uma plataforma específica para o preenchimento e envio da DIRPF. Você pode fazer o download diretamente no site oficial. Você pode escolher o que achar melhor.

3. Preencha os campos específicos para atividade rural

Depois de escolher entre fazer a declaração no celular ou no computado, será preciso colocar seu nome de usuário e senha.

Com isso feito, existe um espaço destinado exclusivamente para quem trabalha no setor agrícola. Aqui você deve registrar uma série de exigências, como: 

  • Receita bruta obtida com a produção; 
  • Custos e despesas operacionais;
  • Prejuízo de anos anteriores.

4. Inclua outros rendimentos e patrimônios 

Além dos dados da atividade rural, não esqueça de informar rendimentos de outras fontes, como salários ou aluguéis, e detalhes sobre imóveis, veículos e saldos bancários.

5. Revise e envie a declaração 

Após preencher todos os dados, revise com cuidado para evitar erros. Depois, envie pelo próprio programa ou pelo aplicativo da Receita.

É importante falar que já existem ferramentas para monitorar a previsão de impostos, dando mais eficiência para a sua gestão de propriedade. 

O Aegro é uma das plataformas que oferece esse serviço e ainda tem integração com o SEFAZ, que automatiza registros de entradas e saídas. Saiba mais!

Quais informações devem estar na DIRPF?

Para que a declaração seja aceita sem problemas, é necessário incluir algumas informações obrigatórias, sendo elas: 

  • Dados pessoais: Nome, CPF, endereço, ocupação e informações sobre dependentes.
  • Rendimentos tributáveis e isentos: Inclua todos os ganhos do ano anterior, como salários, aposentadorias, receitas de vendas agrícolas e rendimentos de poupança.
  • Bens e direitos: Liste imóveis, veículos, máquinas agrícolas, contas bancárias e qualquer outro patrimônio acima de R$ 300.000,00.
  • Despesas dedutíveis: Informe gastos com saúde, educação, pensão alimentícia e despesas ligadas à produção agrícola, que podem ser abatidas para reduzir o imposto devido.

Vale ressaltar que o DIRPF pode ter algum tipo de custo se o cálculo final da Receita determinar se você pagou impostos a menos, gerando um saldo a pagar. Porém,  se você pagou mais do que deveria, vai ganhar uma restituição.

Se houver imposto a pagar, você pode optar por quitar em parcela única ou dividir em até 8 vezes, desde que o valor mínimo da parcela seja de R$50. 

Por outro lado, se você tiver direito à restituição, ela será liberada em lotes mensais, geralmente começando em maio.

Por que o DIRPF é importante para Produtores Rurais?

A declaração do DIRPF para produtores rurais se torna importante para garantir a regularidade fiscal e entender como está o controle financeiro da fazenda para os órgãos federais. A partir disso, você consegue:

  • Monitorar de forma clara as receitas e despesas da atividade rural;
  • Planejar melhor os investimentos na propriedade;
  • Utilizar prejuízos passados para reduzir impostos futuros;
  • Garantir sua regularidade fiscal, evitando problemas com financiamentos ou vendas.

O DIRPF é algo que faz parte da gestão fiscal e não precisa ser um problema.  Com organização e atenção aos detalhes, você pode cumprir essa obrigação de forma simples e ainda aproveitar benefícios fiscais, como a compensação de prejuízos ou deduções importantes.

Os produtores rurais, em especial, devem estar atentos às especificidades da atividade agrícola e, sempre que necessário, buscar ajuda de um contador para garantir que tudo esteja correto.

Lembre-se: O Aegro pode ser uma forma de facilitar suas declarações e deixar tudo registrado em um só lugar, além de integrar tudo diretamente com o SEFAZ. Faça um teste GRÁTIS na plataforma e conheça o nosso módulo fiscal. 

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Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

ROI: Por que é importante em uma Propriedade Rural?

No ambiente rural, onde cada investimento conta para aumentar a produtividade e rentabilidade, entender o ROI (Retorno sobre o Investimento) é essencial.

Saber o que é como calculá-lo ajuda você a avaliar se os recursos aplicados na fazenda estão gerando o retorno esperado, além de orientar decisões que garantem um crescimento saudável e sustentável.

Neste artigo, vamos explorar a sua importância, seu cálculo, diferenças com o ROE e o que pode acontecer se essa análise não for levada a sério.

O que é ROI?

O ROI, ou Retorno sobre o Investimento, é uma métrica que mostra o quanto um investimento gerou de retorno em relação ao que foi aplicado. 

Esse indicador é especialmente útil em uma fazenda, pois ajuda a avaliar se os recursos investidos em insumos, tecnologia, infraestrutura ou mão de obra estão trazendo o retorno financeiro esperado.

O ROI é expresso em percentual e mede o ganho ou a perda obtida em comparação ao valor investido. 

Se a sua fazenda, por exemplo, investiu em novas máquinas, o ROI vai ajudar a entender se esse gasto está resultando em maior produtividade ou economia de tempo, trazendo, assim, mais lucro.

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Por que o ROI é Importante em uma fazenda?

Calcular o ROI permite uma visão clara sobre o que funciona financeiramente na fazenda e o que pode estar consumindo recursos sem um retorno adequado.

Sem essa análise, a propriedade corre o risco de acumular investimentos que não geram valor, comprometendo o orçamento e, em longo prazo, a saúde financeira da propriedade rural

O ROI também contribui para o planejamento estratégico, permitindo que você direcione recursos para atividades que ofereçam maior retorno.

Assim, em vez de investir  “no escuro” você pode tomar decisões com base em dados concretos, maximizando os lucros e otimizando os recursos da propriedade.

Como calcular o ROI na fazenda?

Para calcular o ROI é necessário saber o quanto foi investido e o lucro obtido. A partir desses números, aplique a fórmula abaixo:

ROI = (Lucro obtido – Investimento) / Investimento x 100

Para ilustrar, imagine que você investiu R$ 10.000 em um sistema de irrigação que, após um ano, gerou um aumento de lucro de R$ 12.000. Aplicando a fórmula, temos:

ROI = (12.000 – 10.000) / 10.000 x 100 = 20%

O resultado de 20% significa que, para cada R$ 1 investido, você obteve um retorno de R$ 0,20 além do investimento inicial. 

Um ROI positivo como esse indica que o sistema de irrigação foi um bom investimento, trazendo lucro acima do custo inicial.

Dica: Para fazer esse cálculo na prática, você pode usar planilhas ou sistemas de gestão agrícola, como o Aegro, que ajudam a monitorar e calcular investimentos de forma automática, integrando dados financeiros de forma prática e precisa.

Foto de pilhas de papeis, com chamada para baixar o guia de software

Diferença entre ROI e ROE

Outro conceito importante para o setor agrícola é o ROE (Return on Equity ou Retorno sobre o Patrimônio). Enquanto o ROI mede o retorno sobre um investimento específico, o ROE avalia o retorno total do negócio em relação ao capital próprio investido pelos proprietários.

Ou seja, ROI vai indicar o retorno de um investimento específico, como a compra de novas máquinas ou fertilizantes. Já o ROE vai medir o lucro em relação ao capital próprio, indicando o desempenho geral do negócio.

Ambos são importantes para entender a lucratividade da fazenda, mas enquanto o retorno sobre investimento é mais indicado para decisões pontuais de investimento, o ROE oferece uma visão ampla da rentabilidade da fazenda como um todo.

Quanto é um ROI bom para uma propriedade rural?

A definição de um ROI positivo pode variar conforme o tipo de investimento e do setor. No setor agrícola, onde fatores como o clima, o solo e a demanda de mercado influenciam bastante.

Com base nisso, um ROI satisfatório tende a ser aquele que supera as taxas de juros aplicáveis ao setor e outros custos de oportunidade.

No geral, se o resultado supera 10% a 20%, isso já pode ser considerado positivo, pois significa que o investimento está retornando acima dos custos operacionais e oferecendo um lucro real.

No entanto, esse valor ideal pode variar dependendo das metas da propriedade e do perfil de risco do produtor. Realizar uma avaliação com frequência ajuda a ajustar as expectativas e identificar oportunidades de melhoria.

Impactos de ignorar o ROI no gerenciamento da fazenda

Ignorar o ROI pode levar a uma série de problemas financeiros e operacionais na fazenda.

Sem um acompanhamento rigoroso dos retornos, você  pode continuar a investir em áreas que não trazem retorno, comprometendo o capital que poderia ser usado para outras iniciativas mais rentáveis.

Além disso, sem um cálculo de ROI, fica difícil identificar os gargalos financeiros da propriedade.  Um maquinário que consome muitos recursos e oferece pouco retorno, por exemplo, pode estar minando a rentabilidade do negócio sem que o produtor perceba.

Com a análise do ROI, esses pontos fracos são identificados, permitindo ajustes e melhorias para otimizar os lucros.

Dicas para maximizar o retorno na propriedade rural

Para garantir um ROI positivo, é importante adotar estratégias que contribuam para um uso mais eficiente dos recursos da fazenda. Algumas práticas recomendadas incluem:

  1. Avalie Bem os Investimentos: Antes de investir, avalie se o gasto será realmente necessário e trará um retorno adequado. Ferramentas de análise financeira, como o software Aegro, podem ajudar a simular o ROI e avaliar o custo-benefício de cada investimento.
  2. Monitore os Resultados com Frequência: Não deixe para avaliar somente no final do ano. Realizar um acompanhamento frequente permite que você faça ajustes no plano de investimento ao longo do tempo, otimizando os recursos.
  3. Invista em Treinamento e Capacitação: Em muitas fazendas, o maior recurso é o capital humano. Investir em capacitação para a equipe da fazenda pode ter um alto ROI, aumentando a produtividade e reduzindo desperdícios.
  4. Use Tecnologias de Precisão: A agricultura de precisão oferece uma série de tecnologias que ajudam a otimizar o uso de insumos e melhorar a eficiência, resultando em um retorno mais alto. Monitoramento de solo, irrigação inteligente e controle digital são algumas dessas soluções que podem elevar o retorno do investimento.

Ignorar o Retorno sobre Investimento significa renunciar a uma gestão financeira eficiente, o que pode impactar negativamente a saúde financeira do negócio.

E para tornar esse processo mais fácil e preciso, você pode contar com soluções como o Aegro, que automatizam a gestão e ajudam você a acompanhar os indicadores financeiros da sua propriedade em tempo real.

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Lucro Real e Lucro Presumido: Qual a diferença e o impacto na propriedade rural?

Se você é produtor rural e está tentando entender como escolher o melhor regime tributário para sua fazenda, precisa conhecer bem as opções disponíveis: Lucro Real e Lucro Presumido.

A decisão entre esses regimes pode impactar diretamente o quanto você vai pagar em impostos e como vai organizar as finanças da sua propriedade.

Neste artigo, vamos explicar de uma forma clara o que é o Lucro Real e o Lucro Presumido, indicando como cada um funciona e quando vale a pena escolher um ou outro.

O que é lucro real e lucro presumido?

O Lucro Real e o Lucro Presumido são formas diferentes de calcular os impostos de uma empresa. Ambos determinam quanto você vai pagar de Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). 

Entender a diferença entre eles é importante para que você pague o mínimo necessário em impostos, sem complicar sua gestão financeira.

Lucro Real: O imposto é calculado com base no lucro real da operação, ou seja, a diferença entre o que você faturou e o que gastou (receitas menos despesas).

Lucro Presumido: Nesse regime, o governo presume uma margem de lucro com base na sua receita bruta, sem precisar que você detalhe todas as despesas operacionais.

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Como funciona o lucro presumido na atividade rural?

Se a sua fazenda tem custos previsíveis e a margem de lucro não varia tanto, o lucro presumido pode ser uma opção interessante. 

Esse regime simplifica a apuração de impostos, pois o lucro é calculado a partir de um percentual fixo sobre a receita, assim, há menos burocracia e menos trabalho com papelada.

Por exemplo, se você vende R$ 1 milhão em soja ao longo do ano, o governo presume que seu lucro foi de R$ 80 mil (8% da receita). 

Os impostos serão calculados sobre esse valor, independentemente de quanto você realmente gastou na produção.

Por conta disso, o lucro presumido é recomendado para pequenas e médias propriedades que têm custos mais estáveis e preferem uma forma mais simples de apuração.

Como funciona o lucro real?

No lucro real, o imposto é calculado sobre o lucro efetivo da propriedade. Ou seja, você só poderá deduzir todas as despesas da fazenda, como insumos, manutenção de equipamentos, gastos com irrigação e custos de transporte.

Além disso, o regime faz mais sentido para propriedades que têm despesas operacionais altas ou receitas variáveis, como aquelas que lidam com culturas sazonais ou investem em tecnologia. 

Se em um ano você gastar muito para aumentar a produtividade, o lucro real permite que você reduza a base de cálculo e pague menos imposto.

Por outro lado, esse modelo tributário exige um controle financeiro rigoroso e mais trabalho com contabilidade, já que todas as receitas e despesas precisam ser comprovadas.

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Quando optar pelo Lucro Real ou Lucro Presumido?

A escolha entre Lucro Real e Lucro Presumido depende do perfil da sua propriedade e da maneira como você organiza as finanças. Abaixo estão alguns cenários para facilitar a sua decisão:

Lucro Presumido é melhor se:

  • O faturamento anual da fazenda não ultrapassa R$ 78 milhões
  • Os custos operacionais são baixos e previsíveis; 
  • Você quer simplificar a contabilidade e gastar menos tempo com papelada.

Lucro Real é indicado se:

  • A fazenda tem altos custos com mão de obra, insumos ou infraestrutura;
  • As receitas são sazonais ou variam de ano para ano;
  • Você quer aproveitar as deduções fiscais para pagar menos impostos.

Exemplo Prático: Lucro Real vs. Lucro Presumido

Vamos imaginar que a sua fazenda teve uma receita bruta anual de R$ 2 milhões e despesas operacionais de R$ 1,5 milhão. Veja como seria a tributação em cada regime:

1. Lucro Real

Receita Bruta: R$ 2.000.000
Despesas: R$ 1.500.000
Lucro Tributável: R$ 500.000
Imposto (34%): R$ 170.000

Cálculo do Lucro Real

Lucro Tributável = Receita Bruta – Despesas
Imposto: 34% sobre o lucro tributável (25% IRPJ + 9% CSLL).

2. Lucro Presumido

Receita Bruta: R$ 2.000.000
Percentual Presumido: 8% (R$ 160.000)
Imposto (34%): R$ 54.400

Cálculo do Lucro Presumido

Lucro Presumido = Receita Bruta × 8%
Imposto: 34% sobre a base presumida.

Neste exemplo, o lucro presumido resulta em uma carga tributária menor, pois o percentual presumido é inferior ao lucro real.

No entanto, se suas despesas aumentarem muito em um ano, o lucro real pode ser mais vantajoso, já que você terá mais deduções para reduzir o imposto.

Qual o impacto do Lucro Real e Lucro Presumido na fazenda?

A escolha do regime tributário impacta diretamente o fluxo de caixa e a gestão financeira da sua fazenda

Se você optar pelo Lucro Real, terá mais controle sobre o quanto vai pagar de imposto, pois pode deduzir as despesas operacionais. No entanto, vai precisar lidar com uma contabilidade mais complexa.

No Lucro Presumido, a contabilidade fica simplificada, mas você pode acabar pagando mais imposto se tiver despesas elevadas e margens apertadas, pois o cálculo se baseia em um percentual da receita, sem considerar as despesas efetivas.

Além disso, no Lucro Presumido, o imposto é mais previsível, o que pode facilitar o planejamento financeiro, mas a rigidez desse cálculo pode não se adequar a todas as situações

Se sua fazenda passa por um período de baixa produtividade ou enfrenta custos inesperados, por exemplo, o regime presumido pode resultar em um impacto financeiro negativo.

Aegro: Software de Gestão Financeira de sua fazenda

Para ajudar a lidar com a complexidade da contabilidade e a gestão financeira da sua fazenda, o software Aegro pode ser uma ferramenta muito útil. 

A partir da utilização do sistema, é possível fazer o controle mais efetivo das receitas e despesas, facilitando a apuração do lucro, independentemente do regime tributário escolhido. Com o Aegro, você pode:

  • Gerenciar as Finanças: Visão clara do fluxo de caixa e livro caixa, facilitando o planejamento e a tomada de decisões.
  • Controlar Despesas: Registre e analise suas despesas operacionais, permitindo que você maximize as deduções no Lucro Real.
  • Simplificar a Contabilidade: A plataforma é intuitiva e ajuda a organizar informações de maneira que atenda às exigências tributárias, mesmo no regime de Lucro Presumido.

Entenda como o Aegro pode simplificar sua gestão financeira, emitir notas fiscais gratuitamente, e ajudar a tomar decisões baseadas na gestão na sua fazenda. Clique no botão para fazer um teste grátis: 

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

CFOP: O que é e Qual a Importância na Propriedade Rural?

O CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) é usado para garantir a conformidade fiscal e organizar a carga tributária de qualquer empresa, incluindo no agronegócio.

O Código define a natureza das operações realizadas por uma empresa — como compra, venda, devolução ou exportação — e é registrado nas notas fiscais. 

A partir desse documento, os impostos de cada operação são calculados corretamente, evitando problemas com o Fisco e garantindo uma gestão financeira eficiente da fazenda.

A utilização correta do CFOP impacta diretamente na carga tributária de todo o produtor rural, já que diferentes operações possuem diferentes exigências fiscais e tributárias.

O que é CFOP?

O CFOP é um código numérico que identifica e classifica operações fiscais, como a compra e venda de mercadorias, a transferência de produtos entre estabelecimentos e a devolução de mercadorias

Cada operação tem um código específico, que deve ser indicado na nota fiscal correspondente. Essa numeração é indispensável para a gestão tributária de qualquer negócio, já que determina quais tributos devem ser recolhidos e em que momento.

No agronegócio, as operações podem ser complexas, já que envolvem diferentes estados, atividades de exportação e isenções tributárias. Por isso, utilizar o CFOP correto vai evitar erros fiscais e gerar benefícios tributários disponíveis para sua propriedade.

Leia também: 

Para que serve o Código Fiscal de Operações e Prestações?

O CFOP vai ser usado para identificar e classificar a natureza das operações de circulação de mercadorias e calcular e recolher impostos. Ambas as funções apresentam objetivos específicos, sendo eles: 

1. Classificação da Natureza das Operações: Identifica se a transação é de compra, venda, transferência ou exportação, entre outras, ajudando a diferenciar as operações realizadas pela propriedade rural. 

2. Cálculo e Recolhimento de Impostos: O CFOP determina quais impostos incidem sobre a operação e como eles devem ser recolhidos. Isso inclui tributos como o ICMS, IPI, PIS e COFINS.

É necessário garantir a regularidade fiscal da propriedade rural, evitando multas e sanções por parte do Fisco. Usar o código errado em uma nota fiscal pode levar ao pagamento indevido de impostos ou até mesmo à perda de créditos tributários.

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Qual o CFOP para Produtor Rural?

No setor rural, há CFOPs específicos que abrangem operações comuns nas fazendas, como a venda de produção própria e a compra de insumos agrícolas. Os mais comuns são:

  • CFOP 5101 – Venda de produção do estabelecimento;
  • CFOP 1102 – Compra para industrialização;
  • CFOP 1949 – Entrada de mercadorias destinadas à exportação;
  • CFOP 6949 – Remessa simbólica para transferência de estoque (em casos de
  • exportação indireta).

Esses códigos são utilizados para registrar todas as entradas e saídas de mercadorias. Além disso, eles se aplicam tanto a operações internas (dentro do estado) quanto interestaduais.

Por exemplo, ao vender grãos para um comprador de outro estado, o produtor deve usar o código fiscal de operações e prestações diferente daquele usado em uma venda local. Cada tipo de operação pode impactar diretamente na alíquota do ICMS a ser recolhido.

Como o CFOP é Utilizado na Prática?

O CFOP é essencial para a emissão de notas fiscais. Quando o produtor rural vende ou compra insumos, deve registrar a natureza da operação na nota por meio do código CFOP correto. 

Exemplo prático de como usar

Venda de soja: O produtor emite uma nota fiscal com o CFOP 5101 para registrar a saída de produção própria.

Compra de insumos agrícolas: A compra de adubos e fertilizantes é registrada com o CFOP 1102, identificando que se trata de aquisição para industrialização ou plantio.

Devolução de mercadoria: Se uma carga de insumos for devolvida, deve-se usar o CFOP correspondente à devolução, evitando que os impostos sejam recolhidos indevidamente.

Esses exemplos mostram como o uso correto do código é necessário para garantir que a carga tributária aplicada seja justa e compatível com cada tipo de operação.

Como o CFOP Influencia a Carga Tributária sobre a Produção Rural?

O CFOP impacta diretamente os impostos incidentes sobre as operações rurais. Usar o código correto é necessário para:

1. Evitar pagamento excessivo de tributos: Obrigatório para operações de exportação, quando classificadas corretamente, são isentas de ICMS.

2. Aproveitar créditos tributários: Em operações interestaduais, o uso adequado permite que o produtor recupere parte dos tributos pagos na compra de insumos.

3. Evitar multas e sanções: O preenchimento incorreto da nota fiscal pode resultar em autuações fiscais e gerar multas significativas.

No caso do agronegócio, a utilização correta do código também se torna importante para o  cumprimento de obrigações fiscais específicas, como o recolhimento do FUNRURAL ou a aplicação das alíquotas de ICMS diferenciadas entre estados.

Operações de exportação, por exemplo, precisam ser registradas com o CFOP adequado para garantir a isenção tributária e evitar problemas com a Receita Federal.

Vale lembrar que outras obrigações fiscais também devem parte dos cuidados com a propriedade. 

O especialista financeiro Matheus Machado, da Safras e Cifras, explica detalhes de como melhorar a gestão tributária e financeira. Clique no vídeo abaixo para assistir. 

Missão Safra 2024 | Transformação digital na gestão tributária e financeira com Matheus Machado

Onde e como consultar a Tabela Código Fiscal de Operações e Prestações 2024?

A tabela CFOP 2024 é atualizada todos os anos e está disponível nos seguintes canais:

  1. Receita Federal: A tabela oficial pode ser consultada no site da Receita Federal.
  2. Secretarias Estaduais de Fazenda: Cada estado disponibiliza a tabela completa com as atualizações locais.
  3. Softwares de Gestão Fiscal: Ferramentas de emissão de nota fiscal, como sistemas ERP, oferecem a tabela integrada, facilitando o preenchimento das notas.

Para produtores rurais e contadores, é essencial consultar regularmente a tabela atualizada para garantir que todas as operações sejam registradas corretamente. Isso evita erros fiscais e permite o aproveitamento de benefícios tributários.

A importância do CFOP para o produtor rural e o contador

Tanto o produtor rural quanto o contador da fazenda precisam entender que a gestão fiscal eficiente começa com a emissão correta das notas fiscais, e o CFOP é parte fundamental desse processo.

O papel do contador é garantir que todas as operações da fazenda sejam classificadas corretamente, evitando multas e otimizando a carga tributária

Além disso, utilizar softwares de gestão fiscal pode ajudar a automatizar o processo e minimizar erros, garantindo que o código correto seja aplicado em todas as notas emitidas.

No Aegro todos os processos fiscais são integrados, permitindo que você tenha todas as informações com um acesso rápido e em uma única tela. 

Conheça nossa solução que além de organizar toda a parte fiscal da fazenda, tem emissão de nota fiscal gratuita. Marque uma demonstração!

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Qual o Momento Ideal para Usar o Seguro Agrícola?

O seguro agrícola é uma ferramenta financeira que protege o produtor rural contra os riscos que podem comprometer sua produção, como mudanças climáticas, pragas e outros eventos imprevisíveis. 

Diante desse tipo de situação, o seguro é uma opção que oferece segurança financeira para minimizar as perdas e continuar a operação, mesmo em momentos adversos.

Continue acompanhando o conteúdo e entenda como o recurso funciona e, principalmente, quando ele deve ser acionado. 

O que é o seguro agrícola?

O seguro agrícola é uma modalidade de seguro que protege o produtor rural contra prejuízos causados por eventos adversos, como chuvas intensas, geadas, secas, granizo, pragas e doenças. 

Ou seja, funciona como uma espécie de “rede de segurança”, ajudando o produtor a cobrir os custos em caso de perda de produção, por exemplo, o que pode evitar um grande impacto financeiro na fazenda.

Além de cobrir os danos à produção, o seguro agrícola também pode incluir a proteção de bens relacionados à atividade, como maquinário e equipamentos, dependendo da apólice contratada. 

Com as mudanças climáticas e o aumento dos riscos associados à agricultura, o seguro agrícola se torna uma ferramenta muito útil para a sustentabilidade financeira da fazenda.

Como funciona o seguro agrícola?

O seguro agrícola funciona de maneira simples, podendo ser contrato diretamente com uma seguradora, que oferece coberturas específicas para os tipos de risco que a sua propriedade enfrenta.

Cada apólice tem suas particularidades, e o produtor deve escolher a que mais se adapta às características de sua produção.

O seguro cobre a diferença entre o custo da produção e o valor que o agricultor perdeu em função de um evento coberto pela apólice. 

Ao acionar o seguro agrícola, a seguradora avalia a situação e, se for confirmado que o sinistro (o evento que causou o prejuízo) está coberto, o produtor recebe uma indenização que pode variar de acordo com a apólice.

Exemplo de funcionamento do seguro agrícola

  1. O produtor contrata um seguro agrícola que cobre a lavoura de soja contra seca; 
  2. Durante o período de colheita, uma seca atinge a região, resultando em perdas significativas;
  3. O produtor aciona o seguro e um perito é enviado pela seguradora para avaliar o dano;
  4. Confirmada a ocorrência da seca e a perda da produção, o seguro cobre parte ou todo o prejuízo, de acordo com os termos do contrato.
Planilha de controle de endividamento rural

Quando acionar o seguro agrícola?

O seguro agrícola deve ser acionado sempre que um evento inesperado causar danos significativos à produção, e que esteja previsto no contrato de seguro. Entre os momentos mais comuns para acionar o seguro estão:

  • Condições climáticas adversas: Chuvas excessivas, secas, geadas, ventos fortes, granizo e outros fenômenos climáticos que prejudicam a produção.
  • Pragas e doenças: Algumas apólices oferecem cobertura para perdas causadas por pragas e doenças que afetem a lavoura, desde que não sejam controláveis com práticas agrícolas normais.
  • Desastres naturais: Eventos de grande magnitude, como enchentes, tornados ou incêndios, que comprometem a viabilidade da colheita.

O ideal é acionar o seguro assim que o evento ocorrer, sem demora, para seguradora conseguir dar sequência mais rápido ao processo de indenização. 

Além disso, é necessário ter todos os documentos que comprovem a extensão do prejuízo, como laudos técnicos e relatórios de produção.

Quais são os tipos de seguro agrícola?

Existem diferentes tipos de seguro agrícola, e cada um deles oferece coberturas específicas para diferentes situações. Vamos ver os principais tipos:

1. Seguro de Produtividade

Esse tipo de seguro cobre a produção agrícola contra perdas de produtividade. Ele garante indenização se a produção ficar abaixo de um nível determinado por causa de eventos adversos, como seca, granizo ou pragas.

2. Seguro de Custo

Também conhecido como seguro de receita, esse modelo cobre o custo de produção. Ou seja, se um evento externo afetar a safra, o produtor recebe um valor que garante o reembolso dos investimentos feitos, como gastos com insumos e manejo da cultura.

3. Seguro Paramétrico

Nesse tipo de seguro, a indenização é baseada em um parâmetro preestabelecido, como a quantidade de chuva ou a variação de temperatura

Se esse parâmetro for atingido (por exemplo, pouca chuva em uma determinada fase da produção), o seguro é acionado automaticamente, sem a necessidade de comprovar a perda diretamente na lavoura.

4. Seguro de Benfeitorias e Maquinário

Além de cobrir a produção agrícola, algumas apólices também incluem a proteção de bens da propriedade, como maquinário, galpões e outras infraestruturas da fazenda.

Isso é especialmente importante em casos de desastres naturais que podem destruir ou danificar esses bens.

O que considerar ao contratar o seguro agrícola?

Na hora de contratar um seguro agrícola, é fundamental que o produtor analise cuidadosamente as coberturas oferecidas, os riscos cobertos e o valor da apólice. Aqui estão alguns pontos importantes:

  1. Cobertura da Apólice: Certifique-se de que os riscos mais comuns para sua região estão cobertos. Por exemplo, se sua fazenda está em uma área propensa a seca, priorize uma apólice que ofereça uma boa cobertura contra essa condição.
  2. Custo do Seguro: Avalie se o custo da apólice é compatível com o orçamento da fazenda. O seguro agrícola é um investimento, e o valor pago pode variar de acordo com a extensão da cobertura.
  3. Franquia: Algumas apólices têm uma franquia, que é o valor mínimo que o produtor deve arcar antes que o seguro comece a cobrir as perdas. Verifique se a franquia é viável para sua situação.
  4. Assistência Técnica: Algumas seguradoras oferecem assistência técnica, ajudando a implementar boas práticas agrícolas que podem minimizar riscos.
  5. Reputação da Seguradora: Contrate  o seguro com uma seguradora confiável e com experiência no mercado agrícola. Pesquise sobre a agilidade na resolução de sinistros e a satisfação de outros clientes.

Onde contratar um seguro agrícola confiável?

Para contratar um seguro agrícola confiável, você pode buscar parcerias especializadas que oferecem soluções em seguros para diversos setores do agronegócio. 

Para quem já é cliente da Aegro têm condições especiais na contratação, com apólices que cobrem riscos climáticos e outros fatores adversos, garantindo a segurança da produção agrícola. 

Quem não é cliente também pode contar com solução de ótimo custo benefício. Veja mais detalhes de como proteger sua fazenda.

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.