Qual o Momento Ideal para Usar o Seguro Agrícola?

O seguro agrícola é uma ferramenta financeira que protege o produtor rural contra os riscos que podem comprometer sua produção, como mudanças climáticas, pragas e outros eventos imprevisíveis. 

Diante desse tipo de situação, o seguro é uma opção que oferece segurança financeira para minimizar as perdas e continuar a operação, mesmo em momentos adversos.

Continue acompanhando o conteúdo e entenda como o recurso funciona e, principalmente, quando ele deve ser acionado. 

O que é o seguro agrícola?

O seguro agrícola é uma modalidade de seguro que protege o produtor rural contra prejuízos causados por eventos adversos, como chuvas intensas, geadas, secas, granizo, pragas e doenças. 

Ou seja, funciona como uma espécie de “rede de segurança”, ajudando o produtor a cobrir os custos em caso de perda de produção, por exemplo, o que pode evitar um grande impacto financeiro na fazenda.

Além de cobrir os danos à produção, o seguro agrícola também pode incluir a proteção de bens relacionados à atividade, como maquinário e equipamentos, dependendo da apólice contratada. 

Com as mudanças climáticas e o aumento dos riscos associados à agricultura, o seguro agrícola se torna uma ferramenta muito útil para a sustentabilidade financeira da fazenda.

Como funciona o seguro agrícola?

O seguro agrícola funciona de maneira simples, podendo ser contrato diretamente com uma seguradora, que oferece coberturas específicas para os tipos de risco que a sua propriedade enfrenta.

Cada apólice tem suas particularidades, e o produtor deve escolher a que mais se adapta às características de sua produção.

O seguro cobre a diferença entre o custo da produção e o valor que o agricultor perdeu em função de um evento coberto pela apólice. 

Ao acionar o seguro agrícola, a seguradora avalia a situação e, se for confirmado que o sinistro (o evento que causou o prejuízo) está coberto, o produtor recebe uma indenização que pode variar de acordo com a apólice.

Exemplo de funcionamento do seguro agrícola

  1. O produtor contrata um seguro agrícola que cobre a lavoura de soja contra seca; 
  2. Durante o período de colheita, uma seca atinge a região, resultando em perdas significativas;
  3. O produtor aciona o seguro e um perito é enviado pela seguradora para avaliar o dano;
  4. Confirmada a ocorrência da seca e a perda da produção, o seguro cobre parte ou todo o prejuízo, de acordo com os termos do contrato.
Planilha de controle de endividamento rural

Quando acionar o seguro agrícola?

O seguro agrícola deve ser acionado sempre que um evento inesperado causar danos significativos à produção, e que esteja previsto no contrato de seguro. Entre os momentos mais comuns para acionar o seguro estão:

  • Condições climáticas adversas: Chuvas excessivas, secas, geadas, ventos fortes, granizo e outros fenômenos climáticos que prejudicam a produção.
  • Pragas e doenças: Algumas apólices oferecem cobertura para perdas causadas por pragas e doenças que afetem a lavoura, desde que não sejam controláveis com práticas agrícolas normais.
  • Desastres naturais: Eventos de grande magnitude, como enchentes, tornados ou incêndios, que comprometem a viabilidade da colheita.

O ideal é acionar o seguro assim que o evento ocorrer, sem demora, para seguradora conseguir dar sequência mais rápido ao processo de indenização. 

Além disso, é necessário ter todos os documentos que comprovem a extensão do prejuízo, como laudos técnicos e relatórios de produção.

Quais são os tipos de seguro agrícola?

Existem diferentes tipos de seguro agrícola, e cada um deles oferece coberturas específicas para diferentes situações. Vamos ver os principais tipos:

1. Seguro de Produtividade

Esse tipo de seguro cobre a produção agrícola contra perdas de produtividade. Ele garante indenização se a produção ficar abaixo de um nível determinado por causa de eventos adversos, como seca, granizo ou pragas.

2. Seguro de Custo

Também conhecido como seguro de receita, esse modelo cobre o custo de produção. Ou seja, se um evento externo afetar a safra, o produtor recebe um valor que garante o reembolso dos investimentos feitos, como gastos com insumos e manejo da cultura.

3. Seguro Paramétrico

Nesse tipo de seguro, a indenização é baseada em um parâmetro preestabelecido, como a quantidade de chuva ou a variação de temperatura

Se esse parâmetro for atingido (por exemplo, pouca chuva em uma determinada fase da produção), o seguro é acionado automaticamente, sem a necessidade de comprovar a perda diretamente na lavoura.

4. Seguro de Benfeitorias e Maquinário

Além de cobrir a produção agrícola, algumas apólices também incluem a proteção de bens da propriedade, como maquinário, galpões e outras infraestruturas da fazenda.

Isso é especialmente importante em casos de desastres naturais que podem destruir ou danificar esses bens.

O que considerar ao contratar o seguro agrícola?

Na hora de contratar um seguro agrícola, é fundamental que o produtor analise cuidadosamente as coberturas oferecidas, os riscos cobertos e o valor da apólice. Aqui estão alguns pontos importantes:

  1. Cobertura da Apólice: Certifique-se de que os riscos mais comuns para sua região estão cobertos. Por exemplo, se sua fazenda está em uma área propensa a seca, priorize uma apólice que ofereça uma boa cobertura contra essa condição.
  2. Custo do Seguro: Avalie se o custo da apólice é compatível com o orçamento da fazenda. O seguro agrícola é um investimento, e o valor pago pode variar de acordo com a extensão da cobertura.
  3. Franquia: Algumas apólices têm uma franquia, que é o valor mínimo que o produtor deve arcar antes que o seguro comece a cobrir as perdas. Verifique se a franquia é viável para sua situação.
  4. Assistência Técnica: Algumas seguradoras oferecem assistência técnica, ajudando a implementar boas práticas agrícolas que podem minimizar riscos.
  5. Reputação da Seguradora: Contrate  o seguro com uma seguradora confiável e com experiência no mercado agrícola. Pesquise sobre a agilidade na resolução de sinistros e a satisfação de outros clientes.

Onde contratar um seguro agrícola confiável?

Para contratar um seguro agrícola confiável, você pode buscar parcerias especializadas que oferecem soluções em seguros para diversos setores do agronegócio. 

Para quem já é cliente da Aegro têm condições especiais na contratação, com apólices que cobrem riscos climáticos e outros fatores adversos, garantindo a segurança da produção agrícola. 

Quem não é cliente também pode contar com solução de ótimo custo benefício. Veja mais detalhes de como proteger sua fazenda.

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Colheita de trigo: perspectivas e produção

O trigo é um dos cereais mais cultivados globalmente e é parte importante na dieta humana. 

Sua produção, que atingiu 764,3 milhões de toneladas na safra de 2019/20, representa um crescimento em relação ao ano anterior.

A colheita de trigo é vital não apenas por sua contribuição nutricional, mas também por sua importância econômica, alimentando cerca de um terço da população mundial. 

A China se destaca como o maior produtor, mas o acesso a alimentos derivados do trigo é importante em diversas nações, incluindo o Brasil.

Continue acompanhando o conteúdo e saiba o que esperar da colheita de trigo nesta safra. 

Trigo no Brasil e no mundo

No Brasil, o consumo de trigo varia entre 10 a 12 milhões de toneladas, posicionando o país como um dos maiores importadores do grão.

Apesar dos esforços para aumentar a produção, a safra de 2022 resultou em 10,55 milhões de toneladas, com uma área cultivada de 3,086 milhões de hectares e uma produtividade média de 3.420 kg por hectare. 

Esses números refletem um cenário desafiador, onde a produção e colheita de trigo ainda não é suficiente para atender à demanda interna.

Qual a importância econômica do trigo? 

O trigo é o terceiro cereal mais cultivado no mundo, após arroz e milho, e sua ampla distribuição geográfica resulta em uma diversidade de características, influenciadas pelas variações climáticas e de solo

Essa diversidade permite classificar o trigo em categorias, como trigo de inverno e trigo de primavera, além de diferenciá-lo pelo teor de glúten, a principal proteína presente no grão.

Leia também: 

Condições climáticas e colheita de trigo no Brasil

Nas primeiras semanas de setembro, o clima predominou quente e seco na maior parte do Brasil, resultando em um aumento significativo de queimadas, especialmente nos estados de Mato Grosso e Pará

Enquanto as chuvas mais volumosas foram registradas no Noroeste do Amazonas, em Roraima e na região Sul, essas precipitações beneficiaram os cultivos de inverno, além da semeadura de feijão e milho da primeira safra. 

No Sul, o aumento da intensidade e abrangência das chuvas também contribuiu para o início da semeadura da soja

Contudo, as chuvas não foram suficientes para aliviar os efeitos da estiagem e das altas temperaturas em algumas lavouras de trigo, especialmente na fase de enchimento de grãos no Oeste e Norte do Paraná. 

Na região Centro-Oeste, a umidade do solo se manteve baixa, limitando a semeadura a áreas irrigadas. 

A análise espectral indica um atraso no desenvolvimento inicial dos cultivos de inverno no Sudoeste do Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul

No entanto, dados recentes mostram uma condição favorável para a safra atual e a colheita do trigo, com o índice de vegetação (IV) próximo ou acima da média em comparação com a safra anterior.

Trigo: Produção por estado brasileiro

De acordo com o relatório World Agricultural Production (WAP) de outubro, do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção de trigo no Brasil para 2024/25 deve alcançar 9 milhões de toneladas, uma queda de 5% em relação à previsão anterior. 

O resultado é 11% maior que o ciclo passado e 19% acima da média dos últimos cinco anos.

Já a colheita do trigo está estimada em 3 milhões de hectares, uma redução de 14% em relação ao mês anterior e ao mesmo período do ano passado, mas 10% acima da média histórica

O rendimento médio previsto é de 3 toneladas por hectare, 11% maior que no mês anterior e 29% acima do ano passado, superando em 9% a média dos últimos cinco anos.

Após uma safra difícil em 2023, marcada por chuvas excessivas no Rio Grande do Sul, o trigo brasileiro se recupera. Acompanhe abaixo um panorama da produção de trigo em alguns estados do país: 

1. Rio Grande do Sul

As chuvas na terceira semana de setembro melhoraram a umidade do solo nas regiões Noroeste, Missões e Fronteira Oeste, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. 

Embora tenha havido casos pontuais de doenças fúngicas, os tratamentos fitossanitários foram beneficiados pela maior incidência solar.

2. Goiás

As lavouras irrigadas na região Leste estão na fase final de colheita de trigo, com grãos de boa qualidade e rendimento satisfatório.

3. Minas Gerais

A colheita de trigo foi concluída com boas produtividades e qualidade nas lavouras irrigadas. 

Ao todo, o estado rendeu em torno de 420 mil toneladas de trigo, contribuindo para o aumento da produtividade na região.

4. Mato Grosso do Sul

A colheita também foi finalizada, mas as produtividades foram afetadas pela seca prolongada, que afetou a fase de enchimento dos grãos. 

Essa condição climática adversa resultou em menor rendimento por hectare, prejudicando o potencial de colheita. 

5. Bahia

 O clima seco favoreceu a colheita de trigo,  que atingiu 70% da área total.

As condições climáticas favoráveis reduziram a incidência de doenças e facilitaram o manejo na fase final do ciclo.

Algumas regiões receberam pouca chuva, afetando a produtividade média, porém o estado tem mostrado potencial para expandir a área cultivada

6. Paraná

A colheita alcançou 35% da área, mas a escassez de chuvas e altas temperaturas impactaram o potencial produtivo de algumas lavouras.

As condições climáticas desse tipo, prejudicaram o desenvolvimento das plantas, resultando em um rendimento abaixo do esperado em algumas partes do estado.

7. Santa Catarina

O baixo volume de precipitações no início do mês prejudicou a qualidade das lavouras, favorecendo doenças e interferindo nos tratos culturais. 

Apesar disso, a elevada radiação solar e as chuvas recentes proporcionaram uma condição satisfatória, com algumas lavouras iniciando o enchimento de grãos.

e-book culturas de inverno Aegro

Qual o clima ideal para o cultivo de trigo?

A instabilidade do clima, especialmente em anos de fenômenos como El Niño, pode provocar excesso de chuvas e aumento das temperaturas, impactando negativamente o desenvolvimento das lavouras. 

Durante a primavera, a maior nebulosidade e a redução da radiação solar afetam diretamente o enchimento dos grãos, levando a uma diminuição na produtividade

No Sul do Brasil, onde a cultura é mais concentrada, as chuvas frequentemente superam os valores normais, alterando as condições ideais para o cultivo.

Apesar dessas adversidades climáticas, algumas regiões têm se destacado pela alta produtividade do trigo, como:  

  • Guarapuava (PR) com produção de 7.028 kg/ha;  
  • Coxilha (RS) registrou 6.589 kg/ha;
  • Vacaria (RS) obteve 6.347 kg/ha. 

O aumento de 20% a 30% na produtividade média do trigo poderia transformar o Brasil de um importador para um exportador desse cereal. 

Junto disso, investir em pesquisa, desenvolvimento de variedades resistentes e em técnicas de cultivo podem ajudar a mitigar os impactos das condições climáticas.

Contar com ferramentas que oferecem previsão do tempo e controle de produtividade, também fazem toda a diferença. 

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Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Redução de Impostos na Fazenda: Estratégias para Diminuir a Carga Tributária

A quantidade de impostos é uma das maiores preocupações do agronegócio brasileiro.

O produtor rural, que já enfrenta desafios relacionados ao clima, logística e volatilidade de preços, também precisa lidar com impostos que impactam diretamente sua lucratividade. 

Neste cenário, entender como aplicar estratégias para a redução de impostos no agronegócio é essencial para manter a competitividade e garantir a sustentabilidade financeira da sua propriedade rural.

Para ajudar nesta questão, preparamos esse conteúdo que responde às perguntas mais comuns sobre o tema e apresenta soluções práticas para diminuir a carga fiscal na fazenda dentro da lei, inclusive aproveitando as mudanças da Reforma Tributária de 2024.

Como fazer a redução de impostos na fazenda?

A redução de impostos na fazenda pode acontecer de diversas formas legais, impactando em um melhor fluxo de caixa da fazenda. 

Uma das formas de fazer isso é a partir da escolha de regime tributário, além do investimento em infraestrutura e amortização. 

Apenas com essas ações muita coisa pode mudar, mas ainda existem outras formas de reduzir os impostos na fazenda, como: 

1. Escolher o Regime Tributário Adequado

A escolha do regime tributário certo é um dos fatores mais importantes para reduzir a carga fiscal. As opções incluem:

  • Simples Nacional: Ideal para pequenos produtores com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, este regime unifica e reduz a carga tributária, simplificando o processo de pagamento.
  • Lucro Presumido: Mais indicado para médios produtores, este regime geralmente resulta em uma base de tributação menor.
  • Lucro Real: Utilizado por grandes propriedades, o Lucro Real permite que o produtor deduza todas as despesas operacionais e financeiras, o que pode ser vantajoso em anos de altos investimentos ou margens apertadas.

2. Aproveitar Créditos Tributários de PIS/COFINS

Se você é um produtor que opera no regime de Lucro Real, pode se beneficiar da compensação de créditos tributários de PIS/COFINS

Isso ocorre quando o produtor compra insumos agrícolas (como fertilizantes e sementes) e gera créditos que podem ser usados para reduzir o valor a ser pago nas contribuições federais.

3. Planejar o ITR e Incentivos ao Uso da Terra

O Imposto Territorial Rural (ITR) pode ser significativamente reduzido se a sua terra for bem utilizada. 

Caso você implemente em suas propriedades, projetos de reflorestamento, preservação ambiental ou caso possua áreas de reserva legal, poderá abater na base de cálculo do imposto. 

Além disso, uma propriedade que investe em tecnologias, como um software de gestão de fazendas, pode aumentar sua produtividade sendo classificada com um grau de utilização mais elevado, o que diminuindo o valor do imposto.

4. Investir em Infraestrutura e Amortização

Melhorias na infraestrutura da fazenda, como a construção de silos, galpões ou sistemas de irrigação, podem ser amortizadas ao longo do tempo.

Este processo reduz a base de cálculo para o IRPJ e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), sendo uma estratégia que permite a recuperação de parte dos valores investidos por meio de deduções fiscais, aliviando a carga tributária no longo prazo.

A redução de impostos na fazenda pode ser simples, desde que você respeite as regras tributárias e conheça os custos de cada parte da propriedade

Para conferir mais dicas sobre redução de imposto, assista o vídeo abaixo, com o especialista Matheus Machado.

Missão Safra 2024 | Transformação digital na gestão tributária e financeira com Matheus Machado

O que é amortização?

Amortização é o processo de pagamento gradual de uma dívida ou investimento ao longo do tempo, em parcelas regulares, que costuma se diferenciar entre: 

  • Amortização de Empréstimos: Se trata do pagamento da dívida principal e dos juros em parcelas, até que a dívida seja totalmente quitada, podendo ter valor de parcelas variável, mas em muitos casos, é fixo.
  • Amortização de Ativos: Alocação do custo de um ativo intangível (como patentes ou software) ao longo de sua vida útil, feito para refletir a depreciação do valor do ativo em um período contábil.

Nos dois casos, a amortização ajuda a distribuir o impacto financeiro ao longo do tempo, facilitando a gestão de fluxo de caixa e proporcionando uma visão mais clara das finanças.

Quais são os 4 principais impostos da tributação do produtor rural?

Os produtores rurais estão sujeitos a diversos tributos que afetam diferentes aspectos da produção e comercialização. Entre os principais estão:

  1. Imposto de Renda (IR): Pode incidir sobre o lucro da atividade rural, tanto para pessoas físicas (IRPF) quanto para jurídicas (IRPJ).
  2. Imposto Territorial Rural (ITR): Este imposto é pago anualmente sobre as propriedades rurais e varia de acordo com o tamanho e grau de utilização da terra.
  3. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): Incide sobre a comercialização de produtos e insumos. Cada estado tem sua própria alíquota, podendo haver benefícios fiscais para determinados produtos agrícolas.
  4. Contribuições para o PIS/COFINS: Tributos federais aplicados sobre o faturamento, com a possibilidade de compensação de créditos para reduzir o impacto.

Quanto custa o imposto de uma fazenda?

O custo do imposto para uma fazenda depende de diversos fatores, como o tamanho da propriedade, o regime tributário adotado, a localização e o tipo de produção. 

Para fazendas menores, pode ser vantajoso optar pelo Simples Nacional, que simplifica a cobrança de impostos e oferece alíquotas reduzidas. 

Agora se a sua propriedade for de um porte maior, pode se beneficiar de regimes como o Lucro Presumido ou Lucro Real, dependendo da margem de lucro e das deduções permitidas.

No caso do ITR, a alíquota pode variar entre 0,03% e 20% do valor da propriedade, dependendo do grau de utilização da terra.

Isso significa que fazendas mais produtivas podem pagar menos ITR, um incentivo importante para aumentar a eficiência agrícola.

planilha - faça o planejamento tributário para diferentes fazendas

Reforma Tributária 2024: O que mudará?

A Reforma Tributária de 2024 trouxe alterações importantes que afetam diretamente o agronegócio. Entre as principais mudanças estão:

Unificação de Tributos 

Na unificação de tributos, a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substitui o PIS, COFINS e parte do ICMS, promete simplificar o sistema tributário, podendo resultar em aumento de alíquotas em alguns casos. 

Alterações no ITR 

A reforma propôs a revisão das alíquotas do Imposto Territorial Rural para incentivar o uso produtivo da terra. 

Por conta disso, propriedades que mantêm grandes áreas podem enfrentar uma tributação mais pesada. Enquanto isso, produtores que utilizam tecnologias para aumentar a produtividade tendem a se beneficiar de reduções.

Incentivos ao Agro Sustentável 

Com a crescente ênfase na sustentabilidade, a reforma prevê novos incentivos fiscais para propriedades que adotam práticas agrícolas sustentáveis, como o uso de energias renováveis ou projetos de preservação ambiental. 

As fazendas podem receber isenções ou reduções em tributos, como o ITR e o IBS, o que faz a redução de impostos ocorrer naturalmente

Como fazer a declaração do Imposto Territorial Rural (ITR)?

A declaração do ITR deve ser feita anualmente, normalmente até o final de setembro de 2024, através do programa disponibilizado pela Receita Federal. 

Para declarar, o produtor rural precisa fornecer informações detalhadas sobre a propriedade, incluindo:

  • Área total e produtiva;
  • Valor da terra nua;
  • Informações sobre o uso da terra (preservação ambiental, áreas produtivas etc.).

Erros ou omissões na declaração podem resultar em multas e, em alguns casos, na cobrança retroativa do imposto. 

Neste sentido, é recomendável contar com o auxílio de um contador especializado em declaração de imposto rural.

Tecnologia e redução de impostos na fazenda 

A redução de impostos na fazenda é possível por meio de estratégias inteligentes e legais, como falamos acima, mas o que mais vai fazer a diferença é a utilização de softwares agrícolas.

Tecnologias, como um software, podem garantir que sua fazenda não pague mais impostos do que o necessário, preservando sua competitividade no mercado.

No Aegro você pode contar com soluções que integram o imposto de renda à gestão financeira, e ainda pode acompanhar a previsão de impostos com maior eficiência.  

Faça um teste gratuito do software de gestão Aegro e aproveite as vantagens!

Aegro conecta: Novidades sobre nota fiscal produtor rural, MDF-e e mais

O Aegro Conecta é um evento que apresenta os principais lançamentos do software Aegro, pensando em quem passa o dia a dia no campo e busca ter mais rentabilidade na fazenda. 

O objetivo dessas novidades é simplificar processos, proporcionando crescimento sustentável e organizar os dados das propriedades rurais brasileiras, com foco em facilitar a sua vida no campo. 

Assista ao evento completo ou confira abaixo um pouco do que foi apresentado no Aegro Conecta de 2024: 

5º Aegro Conecta - Emissão de NF-e GRÁTIS, MDFe e muito mais!

1. Emissor de Nota Fiscal para Produtor Rural da Aegro 

A partir de janeiro de 2025, todos produtores rurais, independente do tamanho da propriedade,  deverão emitir nota fiscal eletrônica, como informa a Secretaria da Fazenda. 

Para facilitar o processo, a Aegro desenvolveu um emissor de NF-e gratuito, uma solução que automatiza o processo de emissão, integrando o sistema com os órgãos governamentais, garantindo conformidade com a legislação vigente. 

Disponível para usar no computador ou no celular, em alguns minutos você consegue fazer os lançamentos, de forma simples e com cálculos automáticos de impostos. Para começar a usar, você só precisa de um certificado digital e entrar em contato com a nossa equipe. 

2. Emissão MDF-e para produtor rural

Ainda dentro das conformidades fiscais, no Aegro você pode contar com a emissão de MDF-e para produtor rural, disponível para usar no celular ou no computador. 

O Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) exibe o uso de certificado digital e também pode ser usado em poucos cliques, facilitando o transporte e acompanhamento de cargas. 

Além disso, se a NF-e foi emitida pelo Aegro, os dados básicos do MDF-e são preenchidos automaticamente pela chave de acesso. Se a nota fiscal não estiver no software, você pode preencher os dados manualmente. 

Todas as informações de motoristas e veículos cadastrados, podem ser utilizadas em futuros MDF-es, e você ainda tem acesso a uma lista com todos os manifestos emitidos, com status de cada um, mostrando se estão finalizados ou pendentes. Veja mais detalhes:

Por que o produtor rural precisa emitir MDF-e?

O produtor rural precisa emitir o MDF-e porque é um documento digital com validade jurídica, exigido pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), que registra as operações de transporte de mercadorias. 

Desde abril de 2020, a emissão é obrigatória nas operações de transporte intermunicipal em todos os estados, exceto São Paulo, que tem uma legislação própria.

O MDF-e integra a Nota Fiscal Eletrônica e o CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), facilitando a fiscalização e garantindo a rastreabilidade das mercadorias. 

Todo o produtor rural deve estar ciente dessa obrigação para garantir que suas operações estejam em conformidade com a legislação vigente, evitando problemas fiscais e garantindo a legalidade do seu transporte.

3. Serviço de Especialista Virtual 

Outra grande novidade do Aegro Conecta é o serviço de especialista virtual, que conta com profissionais qualificados para otimizar as suas operações. 

A equipe é treinada pela própria Aegro em cada nova funcionalidade do produto, garantindo um suporte eficiente e atualizado. 

Essa é uma solução mais econômica, comparada à contratação de um profissional para alimentar o sistema, permitindo que você tenha mais tempo para focar em análises e resultados, e tomar as melhores decisões para sua fazenda.

O serviço está disponível em 3 níveis, variando conforme a sua necessidade, sendo eles: 

  • Assistente Virtual: indicado para quem precisa de suporte básico na inserção de dados financeiros, como lançamento de despesas e  receitas, importação de notas fiscais do SEFAZ e confirmação de pagamentos de transferência;
  • Analista Virtual: suporte mais completo, que inclui, além das funções do assistente virtual, a gestão de despesas e receitas, cadastro de manutenção, abastecimento e atividades realizadas, além de reuniões mensais para acompanhar o andamento das atividades; 
  • Especialista Virtual: é recomendado para quem deseja uma gestão completa, com foco na análise de indicadores, englobando os serviços acima. Neste nível está incluso o fechamento de resultados financeiros, gestão de estoque de maquinários, registros climáticos e uma reunião quinzenal para a revisão de resultados.

Com especialista virtual da Aegro você conta com uma solução completa e acessível para a gestão da sua fazenda, feita para quem precisa de mais tempo e eficiência. 

4. Aplicativo Aegro Negócios 

O Aegro Negócios é o novo app da Aegro que permite emitir notas fiscais, conferir notícias e informações de mercado. 

Na parte de emissão de notas fiscais para produtor rural, é possível emitir as informações de NF-e e MDF-e direto do seu celular. 

Já na aba de conteúdos, você tem acesso a informações de vários canais agrícolas renomados e portais do agronegócio brasileiro.  

Por fim, na parte  sobre mercado, você pode acompanhar os preços das commodities que mais importam para você.

O app também permite buscar informações não só do Brasil, como também da bolsa de Chicago, outras commodities e até mesmo diferentes moedas. 

O app está disponível para celulares com sistema Android e iOS e é 100% gratuito. Baixe agora mesmo clicando no botão a seguir!

5. Clube Aegro 

Criado para quem já é cliente do software Aegro, o Clube Aegro são vantagens e parcerias, como descontos e benefícios, que ajudam você a economizar e melhorar a eficiência da sua fazenda.

No clube você tem acesso a descontos exclusivos em diversos serviços, como: cursos da Agroadvance, apólices de seguro da Ceres Brasil, e Monitoramento Integrado de Pragas (MIP).

A Aegro entende os desafios do agronegócio brasileiro e a necessidade de monitorar cada passo da fazenda, por isso criamos o Clube Aegro. Confira mais detalhes sobre esse benefício.

Transforme sua gestão rural com Aegro

Para quem busca otimizar a gestão da sua propriedade rural, as novidades do Aegro Conecta são um verdadeiro divisor de águas. 

Com soluções como o emissor de Nota Fiscal e MDF-e, o serviço de especialista virtual e o aplicativo Aegro Negócios, a conformidade fiscal, lucratividade e produtividade estão garantidas. 

Transforme a sua fazenda com ferramentas que realmente fazem a diferença. Faça um teste GRATUITO do software Aegro e veja na prática como ajudamos milhares de propriedades a ter 42% a mais de lucro. 

Manejo rural: Práticas para aumentar a produtividade

O planejamento minucioso, que abrange a preparação do solo, o plantio, o manejo e a colheita, é essencial para a execução bem-sucedida das operações agrícolas. 

A integração de tecnologias de monitoramento, como sensores e drones, proporciona dados valiosos sobre o estado das lavouras e as condições do solo, permitindo ajustes em tempo real. 

A automatização de processos, incluindo o uso de máquinas e sistemas de irrigação inteligente, não só aumenta a eficiência, mas também reduz a dependência de mão de obra.

Além disso, a gestão de mão de obra, as práticas sustentáveis e o manejo integrado são aspectos cruciais que garantem a longevidade e a saúde do ecossistema agrícola. 

Estratégias como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) promovem a sustentabilidade e a recuperação de áreas degradadas, enquanto a gestão de riscos e seguros agrícolas oferece uma rede de segurança financeira contra imprevistos. 

A gestão eficiente das atividades de campo é essencial para maximizar a produtividade e a rentabilidade no setor agrícola. 

Planejamento das atividades de campo

O planejamento é a base para uma operação agrícola bem-sucedida. Um calendário agrícola detalhado deve ser elaborado, incluindo todas as etapas, desde a preparação do solo até a colheita. 

A preparação do solo deve começar com a análise de solo para identificar a necessidade de correções e adubações específicas, ajustando o ambiente para o crescimento das plantas. 

A programação do plantio deve ser ajustada às condições climáticas e ao ciclo das culturas, garantindo a uniformidade e a densidade adequada de plantio.

Durante o manejo agrícola, é essencial monitorar o desenvolvimento das plantas e aplicar fertilizantes e defensivos de forma precisa e oportuna. A colheita deve ser planejada para otimizar o uso de maquinário e mão de obra, minimizando perdas e garantindo a qualidade dos produtos. 

A distribuição eficiente de recursos, como água e nutrientes, também deve ser considerada para maximizar a eficiência e a produtividade.

O software da Aegro oferece suporte crucial aqui, permitindo o acompanhamento em tempo real das atividades, ajustes no planejamento e otimização do uso dos recursos.

Grupo de pessoas sentadas ao redor de uma mesa

Descrição gerada automaticamente

Figura 1. Planejamento de safra agrícola. Créditos: IA | Edga

Tecnologias de monitoramento e controle

A integração de tecnologias avançadas pode transformar a gestão das atividades de campo. Sensores e drones são ferramentas eficazes para monitorar lavouras, fornecendo dados precisos sobre o estado das plantas, a umidade do solo e a presença de pragas. 

Os sistemas de informação geográfica (SIG) e os mapas de produtividade ajudam a identificar áreas que necessitam de atenção especial e permitem a aplicação precisa de insumos. 

Tecnologia SIG (sistema de informação geográfica), o que é e para que ...

Figura 2 – Os sistemas GPS baseiam-se nas tecnologias SIG (Fonte: Biplus, 2024).

O software da Aegro se destaca por integrar essas tecnologias em uma plataforma única, oferecendo uma visão abrangente e em tempo real, o que facilita a tomada de decisões informadas e a implementação de ajustes necessários de forma ágil. 

Parcerias e compras coletivas

A automatização pode trazer grandes benefícios para as operações agrícolas. Máquinas e equipamentos automatizados, como tratores e colheitadeiras equipados com sistemas de GPS, garantem operações mais precisas e eficientes. 

Sistemas de irrigação inteligente, que ajustam a quantidade de água com base nas necessidades das plantas e nas condições do solo, ajudam a economizar água e a aumentar a produtividade. 

A robótica no campo, com robôs realizando tarefas como plantio, poda e colheita, reduz a dependência de mão de obra e melhora a eficiência. 

Gestão de Mão de Obra

Uma gestão eficaz da mão de obra é essencial para o sucesso agrícola. Investir na capacitação e no treinamento dos trabalhadores é vital para que eles possam utilizar as novas tecnologias e técnicas de manejo. 

A organização das equipes e a distribuição de tarefas devem ser bem planejadas para evitar desperdício de tempo e recursos. Melhorar as condições de trabalho e a segurança é igualmente importante para manter a motivação e a produtividade. 

Práticas sustentáveis e manejo integrado

A sustentabilidade é um aspecto importante na gestão das atividades de campo. 

Práticas como a conservação do solo e da água, a rotação de culturas e o manejo integrado de pragas são essenciais para manter a saúde do ecossistema agrícola a longo prazo. 

O uso sustentável de recursos naturais, como fertilizantes e defensivos, ajuda a reduzir os impactos ambientais. 

Conservação do Solo e da Água

Figura 3 – Conservação da água e do solo no manejo rural (Fonte: FloraJunior, 2024).

O software da Aegro permite o monitoramento e o registro dessas práticas, facilitando a adoção de uma abordagem mais sustentável e eficiente. Além disso, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é uma estratégia que combina diferentes atividades produtivas em um mesmo espaço, promovendo a sustentabilidade e a diversificação.

 A ILPF ajuda a utilizar os recursos naturais de forma otimizada e a recuperar áreas degradadas, promovendo maior resiliência às mudanças climáticas e às oscilações de mercado.

Gestão de Riscos e Seguros Agrícolas

Gerenciar riscos é crucial para proteger as operações agrícolas contra eventos imprevistos, como condições climáticas adversas, pragas e doenças. 

A contratação de seguros agrícolas pode oferecer uma rede de segurança financeira, assegurando suporte em caso de perdas. 

Ferramentas de previsão climática e modelagem de riscos, disponíveis no software da Aegro, ajudam os agricultores a tomar decisões informadas e a se preparar para os desafios, reduzindo a vulnerabilidade a riscos inesperados.

Marketing e Comercialização

A eficiência no manejo rural também se reflete na estratégia de marketing e comercialização. Conhecer o mercado, identificar nichos e desenvolver um plano de marketing eficaz pode aumentar a lucratividade. 

A venda direta ao consumidor, a participação em feiras e eventos agrícolas, e a utilização de plataformas digitais para comercialização são práticas que podem melhorar a visibilidade e a demanda pelos produtos. 

Qual o manejo para altas produtividades?

Para aumentar a produtividade em grandes culturas, a adubação eficiente é essencial. A análise do solo é o primeiro passo para identificar as necessidades nutricionais específicas da cultura, permitindo a aplicação de fertilizantes na quantidade e no momento adequados. 

O uso de adubos de liberação controlada ou a integração de adubação orgânica e mineral pode otimizar a disponibilidade de nutrientes ao longo do ciclo da planta, garantindo um desenvolvimento saudável e uma produção mais robusta.

O manejo integrado de sistemas, como a rotação de culturas e a agricultura de precisão, também é vital para maximizar a produtividade. A rotação de culturas ajuda a melhorar a estrutura do solo, aumentar a biodiversidade e reduzir a pressão de pragas e doenças. 

A agricultura de precisão, por outro lado, permite monitorar e ajustar as práticas agrícolas com base em dados geoespaciais e informações em tempo real, resultando em maior eficiência no uso de insumos e recursos.

No manejo de pragas e doenças, o uso de estratégias integradas, como o controle biológico, a aplicação seletiva de defensivos agrícolas e a adoção de variedades resistentes, é fundamental. 

Essas práticas ajudam a minimizar os danos às culturas e a evitar a resistência de pragas e patógenos, mantendo a produtividade em níveis elevados e garantindo a sustentabilidade da produção agrícola.

Equilíbrio para a fertilidade do solo: pilares para altas produtividades

Figura 4 – Manejo para altas produtividades de culturas agrícolas (Fonte: TMF Fertilizantes, 2024).

Conclusão

A gestão eficiente das atividades de campo envolve uma combinação de planejamento detalhado, adoção de tecnologias avançadas, automatização de processos, gestão eficaz de mão de obra e práticas sustentáveis. 

O software da Aegro oferece uma solução completa para acompanhar e gerenciar todas essas etapas em tempo real, permitindo tomadas de decisão rápidas e informadas. 

Ao implementar essas técnicas e melhores práticas, os agricultores podem aumentar a produtividade e a rentabilidade de suas operações, garantindo um futuro mais sustentável e próspero para o setor agrícola. 

Restou alguma dúvida sobre como utilizar a agricultura digital no manejo rural? Divida sua experiência nos comentários!

Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Redução de custos na fazenda: dicas práticas para produtores rurais

A redução de custos na fazenda é uma prioridade para qualquer produtor rural que deseja aumentar a rentabilidade e assegurar a sustentabilidade do seu negócio.

Diante de margens de lucro frequentemente apertadas, é preciso adotar estratégias eficazes, como eliminar desperdícios, otimizar recursos e investir em inovações tecnológicas para manter a competitividade.

Neste artigo, você vai descobrir técnicas práticas para reduzir os custos operacionais na fazenda e entender como o software Aegro pode ser um grande aliado nesse processo.

O que é redução de custos agrícolas? 

A produção de soja e milho envolve custos que impactam diretamente a rentabilidade, como insumos agrícolas, mão de obra, maquinário, transporte e logística.

Insumos como sementes, fertilizantes e defensivos, por exemplo, representam uma parte significativa do orçamento.

Por isso, é importe optar por sementes de alta qualidade e adaptadas à região, além de realizar adubações baseadas em análises de solo para maximizar o potencial produtivo.

O manejo adequado de pragas e doenças é indispensável para proteger a lavoura e evitar perdas. Já os custos com mão de obra, que incluem salários e encargos trabalhistas, precisam ser bem planejados, assim como os relacionados à aquisição, manutenção e operação de máquinas agrícolas.

Transporte e logística, como o escoamento da produção e o armazenamento dos grãos, também são fatores que influenciam na rentabilidade.

Para reduzir custos, é fundamental buscar eficiência no uso de insumos, aplicando fertilizantes e defensivos com base nas reais necessidades das plantas.

O manejo integrado de pragas, combinando práticas biológicas, químicas e culturais, é uma estratégia eficaz e econômica para preservar a produtividade e otimizar os recursos.

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7 dicas de redução de custos na fazenda

A melhor maneira fazer a redução de custos na fazenda é identificar os pontos que impactam a rentabilidade e garantir a sustentabilidade do negócio agrícola. Abaixo, listamos algumas estratégias e cuidados eficazes para alcançar essa redução:

1. Eficiência no uso de insumos

  • Planeje o uso de fertilizantes e defensivos: Realize análises de solo para aplicar apenas os insumos necessários e de forma precisa. Isso evita desperdícios e custos excessivos.
  • Agricultura de precisão: Utilize tecnologias como sensores, drones e softwares de monitoramento para otimizar o uso de insumos, garantindo que cada recurso seja aplicado na quantidade certa, no momento certo.
  • Manejo integrado de pragas: Combine métodos biológicos, químicos e culturais para controlar pragas e doenças de forma mais econômica, evitando o uso excessivo de defensivos químicos.

2. Automatização e inovações tecnológicas

  • Máquinas agrícolas inteligentes: Investir em equipamentos que oferecem maior precisão, como semeadoras, tratores e pulverizadores automatizados, pode reduzir custos com mão de obra e aumentar a eficiência no campo.
  • Drones e robôs agrícolas: Usar drones para monitorar a lavoura e realizar a aplicação de insumos, ou robôs para tarefas repetitivas, pode reduzir o tempo e o custo operacional.
  • IoT (Internet das Coisas): Sensores conectados ao solo e ao ambiente podem monitorar variáveis em tempo real e gerar dados para tomadas de decisão mais eficientes, melhorando o controle e a produtividade.

3. Gestão eficiente da mão de obra

  • Treinamento e qualificação: Investir em capacitação para sua equipe pode aumentar a produtividade e reduzir erros. Funcionários bem treinados operam as máquinas com mais eficiência e evitam desperdícios.
  • Uso de trabalho temporário: Durante períodos de pico, como colheitas, contratar mão de obra temporária pode reduzir os custos fixos com salários e encargos trabalhistas.
  • Automatização de tarefas repetitivas: Substituir tarefas manuais por automação pode reduzir custos com mão de obra de forma significativa.

4. Controle de custos com maquinário

  • Manutenção preventiva: Manter os equipamentos bem cuidados e realizar manutenções regulares pode evitar quebras e custos altos com reparos de emergência.
  • Uso compartilhado de máquinas: Se possível, formar parcerias com outros produtores para compartilhar maquinário é uma ótima forma de reduzir gastos com a aquisição e manutenção.
  • Comprar máquinas usadas ou com condições melhores: Analisar a compra de máquinas usadas ou de modelos mais antigos que ainda atendem às necessidades da produção pode reduzir o custo inicial.

5. Gestão de estoques e armazenamento

  • Armazenamento adequado: Usar métodos apropriados para armazenar grãos e outros produtos agrícolas pode evitar perdas por deterioração e aumentar a vida útil dos produtos.
  • Controle de qualidade: Implementar sistemas rigorosos de controle de qualidade para garantir que a produção seja mantida sem perdas e em boas condições até o momento da venda.

6. Parcerias e cooperativas

  • Cooperativas agrícolas: Participar de cooperativas pode garantir melhores condições de compra de insumos e venda de produtos, além de facilitar o acesso a crédito e apoio técnico.
  • Compras coletivas: Unir-se a outros produtores para comprar insumos em grandes quantidades pode gerar descontos e melhores condições de pagamento.

7. Planejamento financeiro e controle de custos

  • Acompanhamento de custos e receitas: Manter um controle rigoroso sobre todas as despesas e receitas da fazenda ajuda a identificar áreas onde é possível reduzir custos e melhorar a rentabilidade.
  • Análises periódicas: Avaliar regularmente o custo de produção por hectare e compar com o preço de venda garante uma visão clara de como os custos estão impactando a lucratividade.

Adotar essas estratégias de forma integrada pode não só reduzir os custos de produção, mas também aumentar a eficiência e a competitividade da fazenda, garantindo melhores resultados financeiros.

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Por que é importante reduzir custos em uma fazenda?

A redução de custos na fazenda é importante para aumentar a rentabilidade, manter a competitividade e garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo.

Com menos despesas, você maximiza os lucros e se adapta a variações de preços no mercado, mantendo a operação lucrativa mesmo em períodos de preços baixos.

Além disso, contribui para a eficiência operacional, pois está frequentemente associada à eliminação de desperdícios e à otimização de processos, e possibilita os investimentos em inovação e crescimento.

Controlar os custos ajuda a manter a saúde financeira da fazenda, tornando o negócio mais resiliente a imprevistos e condições adversas, favorecendo a adoção de práticas mais sustentáveis, como o uso de recursos naturais.

Como identificar os gastos da fazenda?

Identificar os principais gastos da fazenda envolve um processo de análise detalhada de todas as despesas relacionadas à produção agrícola. A melhor forma de fazer é por meio de uma planilha ou um software de gestão rural.

De qualquer forma, listamos todos os gatos que você deve ficar de olho na sua propriedade rural. Confira abaixo:

  1. Mapeamento das categorias de custos
    • Insumos agrícolas: sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos.
    • Mão de obra: salários, encargos trabalhistas e custos com temporários.
    • Maquinário: aquisição, manutenção e operação de máquinas agrícolas.
    • Transporte e logística: custos de escoamento da produção e armazenamento de produtos.
  2. Acompanhamento contínuo
    • Registre todas as despesas diárias, mensais e anuais usando planilhas ou softwares de gestão.
  3. Classificação entre custos fixos e variáveis
    • Custos fixos: não variam com a produção (ex: aluguel de terras, seguros).
    • Custos variáveis: mudam conforme a produção (ex: insumos agrícolas, combustível).
  4. Avaliação de despesas indiretas
    • Considere custos indiretos, como manutenção de infraestrutura, eletricidade, água e administrativos.
  5. Análise de custos por hectare ou unidade de produção
    • Calcule o custo por unidade de área (hectare) ou unidade de produção (tonelada de grãos, litros de leite, etc.).
  6. Utilização de ferramentas tecnológicas
    • Use sistemas de gestão agrícola ou ferramentas de controle de custos para monitorar e gerar relatórios detalhados.
  7. Comparação com benchmarks do setor
    • Compare seus custos com benchmarks do setor agrícola para identificar ineficiências e oportunidades de redução.

Essas etapas ajudam a identificar e monitorar os principais gastos, permitindo uma gestão mais eficiente e a redução de custos.

Desafios e oportunidades na gestão agrícola por escala de produção

Produtores de diferentes portes enfrentam desafios distintos, mas compartilham erros recorrentes. É comum pequenos produtores tenham dificuldades em acessar crédito e recursos tecnológicos, limitando suas operações.

A falta de um planejamento financeiro adequado pode gerar problemas para lidar com custos imprevistos e realizar os investimentos necessários.

Já os médios produtores, ao buscarem modernizar suas operações, muitas vezes investem em tecnologia e maquinário sem uma estratégia clara, resultando em gastos desnecessários e subutilização dos recursos.

E os grandes produtores enfrentam a complexidade de gerir grandes operações, onde a burocratização e a falta de flexibilidade podem tornar as decisões mais lentas e menos eficientes.

A dependência excessiva de monoculturas é um risco significativo para todos os produtores, podendo gerar grandes perdas em caso de pragas, doenças ou variações de mercado.

Para superar esses desafios, é preciso ter uma gestão mais estratégica e eficiente. A chave está no planejamento financeiro, no uso inteligente de tecnologias e na diversificação das atividades agrícolas.

Investir em soluções que atendam às necessidades específicas de cada operação pode reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade no longo prazo. .

Como um software de gestão de fazendas ajuda a reduzir os custos?

Um software de gestão de fazendas ajuda a reduzir custos ao integrar soluções para otimização das operações agrícolas.

No Aegro você tem acesso a funcionalidades como controle de estoque, planejamento de safra e monitoramento de custos de produção, além de permitir a gestão financeira e fiscal de forma eficiente.

A partir de toda essa visão, você consegue tomar decisões mais informadas, permitindo identificar e eliminar desperdícios, melhorar a produtividade e reduzir custos operacionais.

Faça um teste grátis no Aegro e explore todas as funcionalidades para reduzir os custos da sua fazenda. Clique no banner e comece a usar agora.

Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Boas práticas de gestão de resíduos na agricultura

Os resíduos estão presentes em qualquer processo produtivo mundial. Na agropecuária os resíduos, ou rejeitos, também estão presentes e devem ser cuidadosamente manejados, seja para descarte ou aproveitamento.

Os resíduos agrícolas são os subprodutos inevitáveis da produção agropecuária e incluem uma ampla variedade de materiais orgânicos e inorgânicos. Por muito tempo, o descarte ou reaproveitamento desses resíduos foi negligenciada, mas há um apelo atual para que tenham um destino mais correto.

Hoje em dia há leis e recomendações mais rígidas para descarte de materiais, bem como foram desenvolvidos processos que auxiliam na reciclagem de subprodutos da produção vegetal e animal. Tudo isso visa um aumento nas práticas sustentáveis na agricultura moderna.

Nesse artigo informamos sobre os principais resíduos agrícolas, seus possíveis impactos no ambiente e as maneiras corretas de se descartar ou reutilizar esses subprodutos.

Geração e tipos de resíduos agrícolas

A produção agrícola mundial gera bilhões de toneladas de resíduos a cada ano. Estes resíduos surgem em todas as fases da produção agrícola: desde a preparação do solo e o cultivo até a colheita e o processamento pós-colheita.

O tipo e a quantidade de resíduos variam significativamente com base no tipo de cultura, práticas agrícolas locais e métodos de processamento. Os principais tipos de resíduos podem ser classificados em:

  • Resíduos sólidos: podem desde restos de culturas, bagaços, caroços, cascas, até materiais como embalagens plásticas, peças de maquinários, dentre outros;
  • Resíduos líquidos: aqui se incluem os fluídos dos maquinários, as águas de lavagem de pulverizadores ou do beneficiamento e separação de grãos e frutos, vinhaças e os restos de agroquímicos;
  • Resíduos gasosos: são os gases ejetados pelos motores dos maquinários, a fumaça de queimas de material vegetal e o vapor de caldeiras, por exemplo.

Além disso, os resíduos podem ser classificados como orgânicos e inorgânicos. Enquanto os orgânicos são relacionados aos restos de cultura e águas residuais, os inorgânicos são os materiais plásticos e metálicos, por exemplo.

Desafios associados aos resíduos agrícolas

O manejo de resíduos agrícolas tem uma série de desafios que devem ser cuidadosamente analisados pelo produtor e sua equipe de trabalho. Alguns desses desafios são:

  • Gerenciamento e eliminação: tradicionalmente, os resíduos agrícolas são tratados como um problema de eliminação, muitas vezes sendo queimados ao ar livre ou descartados em aterros sanitários. Isso não apenas representa um desperdício de recursos valiosos, mas também contribui para problemas ambientais como a poluição do ar e do solo;
  • Impactos ambientais: a decomposição anaeróbica de resíduos agrícolas em aterros sanitários pode gerar metano, um potente gás de efeito estufa. Além disso, a queima de resíduos agrícolas ao ar livre contribui significativamente para a poluição do ar, especialmente em áreas rurais;
  • Perda de recursos potenciais: os resíduos agrícolas contêm nutrientes valiosos como nitrogênio, fósforo e potássio, que são essenciais para a fertilidade do solo. Ao descartar esses resíduos, perdemos a oportunidade de reutilizar esses nutrientes no próprio sistema agrícola;
  • Logística de recolhimento de embalagens e produtos: a estrutura de devolução e recolhimento e o correto descarte de embalagens de agrotóxicos e restos de produtos tem melhorado bastante no Brasil, mas ainda há necessidade de melhora, sendo esse um desafio importante. 

Leis de descarte de agrotóxicos e embalagens

O descarte é um dos fins possíveis para os resíduos inorgânicos, sólidos e líquidos. Existem leis que regulamentam o descarte de embalagens de agroquímicos e de produtos não-utilizados.

No Brasil as regras de usos e descarte de embalagens de agrotóxicos são regidas pela Lei Federal 7.802/1989, Lei Federal 9.974/2000, Decreto Federal 4.074/2002 e Resolução CONAMA 465/2014.

Há uma divisão de responsabilidades na cadeia de descarte das embalagens, detalhada a seguir:

  • Produtor: fazer limpeza de embalagens vazias, devolver as embalagens vazias e os restos de produtos ao ponto indicado na nota fiscal e manter o comprovante de entrega por mais um ano;
  • Comerciantes: indicar na nota fiscal o local de devolução de embalagens e produtos, receber e armazenar as embalagens e produtos, emitir recibo de entrega ao produtor, conscientizar o produtor da importância da devolução;
  • Fabricantes: recolher as embalagens e restos de produtos nos pontos de coleta, dar destino correto a elas, conscientizar os produtores sobre a importância da destinação correta;

Soluções no manejo de resíduos agrícolas

Há diversas estratégias para reciclagem e reuso de subprodutos agrícolas. Algumas delas são usadas há bastante tempo e outras são mais modernas.

  • Biomassa para energia: uma das soluções mais promissoras para o aproveitamento de resíduos agrícolas é a sua conversão em bioenergia. A biomassa derivada de resíduos agrícolas pode ser utilizada para a produção de biogás, bioetanol e biodiesel, oferecendo uma fonte renovável de energia que pode substituir os combustíveis fósseis;
  • Compostagem: a compostagem é outra estratégia eficaz para o gerenciamento de resíduos agrícolas. Transformando resíduos orgânicos em composto, podemos criar um fertilizante rico em nutrientes que pode ser utilizado para melhorar a qualidade do solo e aumentar a produtividade agrícola;
  • Reciclagem de nutrientes: em vez de desperdiçar nutrientes valiosos, os resíduos agrícolas podem ser reciclados dentro do próprio sistema agrícola. Técnicas como a aplicação de carvão vegetal e vinhaça podem ajudar a reintroduzir nutrientes no solo, promovendo a sustentabilidade a longo prazo;
  • Cobertura de solo: o uso de palha e restos vegetais ou de cascas de café na cobertura do solo também é uma prática sustentável que visa proteger o solo e fornecer matéria orgânica de qualidade;
  • Produção de papel e embalagens: a produção de outros produtos como papel e papelão, a partir de compostos presentes em bagaço de plantas como a cana também é um método bastante importante de reciclagem de resíduos, gerando renda e diminuindo o descarte de subprodutos.

Oportunidades de sustentabilidade e renda

Apesar do manejo de resíduos ser um problema a ser resolvido, há oportunidades para se gerar renda e melhorar a sustentabilidade do negócio.

Para os produtores, a reciclagem de subprodutos orgânicos e o descarte correto de resíduos inorgânicos são crucias para se conseguir certificações que lhes dão vantagens competitivas na comercialização e no preço de venda de produtos.

Para as empresas, oferecer crédito e descontos ao produtor que destine seus resíduos corretamente é uma forma de fidelizar o produtor e criar um relacionamento mais próximo.

Para o governo, oferecer melhores condições de subsídio e bonificações pela geração de créditos de carbono a produtores e empresas que se adequem à reciclagem de resíduos agrícolas é uma opção de fomentar as boas práticas de sustentabilidade no meio rural.

Conclusão

Os resíduos agrícolas representam não apenas um desafio ambiental, mas também uma oportunidade significativa para promover práticas agrícolas sustentáveis e reduzir a dependência de recursos não renováveis.

Ao adotar abordagens inovadoras como a biomassa para energia, compostagem e reciclagem de nutrientes, podemos transformar os resíduos agrícolas de um problema em uma solução para um futuro mais sustentável e resiliente.

Neste contexto, investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, bem como políticas públicas que incentivem práticas agrícolas sustentáveis, são essenciais para maximizar o potencial dos resíduos agrícolas na construção de uma economia agrícola global mais eficiente e ambientalmente consciente.

Agricultura familiar: Qual a importância e impacto econômico?

A agricultura familiar é uma das principais atividades que promove a sustentabilidade e a redução do impacto ambiental.

Caracterizada pela gestão e trabalho predominantemente familiar em pequenas propriedades rurais, ela é responsável por uma parcela significativa da produção de alimentos no país. 

A prática também é responsável por garantir a segurança alimentar, impulsionando a economia local e fortalecendo comunidades rurais por várias partes do país.

O que é Agricultura Familiar?

A agricultura familiar é definida como a atividade agrícola gerida e executada por uma família, onde a maior parte da força de trabalho é fornecida pelos próprios membros familiares. 

No Brasil, a Lei nº 11.326/2006 estabelece critérios específicos para classificar um produtor como agricultor familiar:

  • Área de até quatro módulos fiscais: O módulo fiscal varia conforme o município, podendo representar de 5 a 110 hectares;
  • Predominância de mão de obra familiar: Pelo menos metade da força de trabalho utilizada deve ser da própria família;
  • Renda proveniente da propriedade: A maior parte da renda familiar deve originar-se de atividades econômicas desenvolvidas no estabelecimento;
  • Gestão familiar: a administração do estabelecimento deve ser feita pela família.

Esses critérios visam diferenciar a agricultura familiar de outros modelos agrícolas, destacando sua relevância social e econômica.

Importância da Agricultura Familiar no Brasil

A agricultura familiar é responsável por cerca de 70% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros, segundo dados do IBGE. Unindo sustentabilidade, segurança alimentar e desenvolvimento social, esse tipo de agricultura representa:

  • 78% dos estabelecimentos agropecuários: cerca de 3,7 milhões de propriedades;
  • 67% da população ocupada no campo: aproximadamente 10 milhões de pessoas;
  • 23% do valor bruto da produção agropecuária: equivalente a R$ 107 bilhões.

Além disso, a agricultura familiar é responsável por uma parcela significativa da produção de diversos alimentos essenciais, como:

  • Mandioca: 70% da produção nacional
  • Leite: 64%
  • Banana: 49%
  • Feijão: 22%
  • Arroz: 11%

Esses números evidenciam a importância da agricultura familiar na garantia da segurança alimentar e na geração de empregos no meio rural.

Impacto Econômico da Agricultura Familiar

A agricultura familiar não é importante apenas pelo volume de alimentos que coloca à mesa dos brasileiros, mas também pela capacidade de dinamizar economias locais e regionais. 

Dados do IBGE revelam esse tipo de agricultura é responsável por cerca de 67% da ocupação no meio rural, empregando mais de 10 milhões de pessoas diretamente, o que a torna um importante instrumento para a redução do desemprego e do êxodo rural. 

Isso não apenas mantém as comunidades locais vivas, mas também evita a sobrecarga dos centros urbanos, que já enfrentam desafios em relação à infraestrutura e aos serviços públicos.

No que diz respeito à produção de alimentos, assegura uma parcela significativa do que é consumido diariamente pelos brasileiros. Produtos básicos, como mandioca, leite, feijão, arroz e hortaliças, têm uma expressiva participação desse modelo produtivo. 

Por exemplo, a mandioca, é 70% produzida por agricultores familiares, assim como 64% do leite e quase metade das bananas consumidas no país.

Essa relevância na cadeia produtiva alimentícia é um dos fatores que torna esse modelo de produção estratégico para a segurança alimentar e para a soberania nacional.

A agricultura familiar ainda contribui para a circulação de riquezas nas comunidades locais, fortalecendo pequenos negócios como agropecuárias, cooperativas e feiras.

Além disso, lidera inovações no campo com práticas sustentáveis e tecnologias de baixo custo, valorizando o turismo rural e as culturas locais, gerando novas fontes de renda.

Resiliente em crises econômicas, a agricultura familiar foca no mercado interno, mantendo maior estabilidade em comparação com grandes propriedades voltadas à exportação.

Leia também:

Agricultura Familiar e Agronegócio: Qual a relação?

No Brasil, a agricultura familiar e o agronegócio coexistem, embora apresentem diferenças significativas. 

Enquanto o agronegócio é caracterizado por grandes propriedades, produção em larga escala e foco na exportação, se concentra em pequenas propriedades, com produção diversificada voltada principalmente para o mercado interno.

Apesar das diferenças, ambos os setores são fundamentais para a economia brasileira. A agricultura familiar garante a produção de alimentos básicos para a população, enquanto o agronegócio contribui significativamente para o PIB e as exportações do país.

Características da Agricultura Familiar

A agricultura familiar tem características específicas que a diferenciam de outros modelos de produção agrícola.

Uma dessas características é a integração com a comunidade local. A produção é frequentemente destinada ao mercado local, fortalecendo a economia regional e promovendo a coesão social.

As propriedades familiares tendem a cultivar uma variedade de produtos, o que contribui para a segurança alimentar e a sustentabilidade do sistema produtivo.

A gestão familiar também é algo bem marcando, já que a administração e as decisões sobre a propriedade são realizadas pelos membros da família, fortalecendo os laços familiares e comunitários;

Muitas famílias ainda adotam práticas agrícolas sustentáveis, como a rotação de culturas e o uso de adubos orgânicos, preservando o meio ambiente.

Evolução Histórica da Agricultura Familiar no Brasil

Historicamente, a agricultura familiar no Brasil esteve associada a práticas tradicionais e de subsistência

As famílias cultivavam pequenas parcelas de terra, utilizando técnicas passadas de geração em geração, com foco no autoconsumo e na venda de excedentes em mercados locais. 

A produção era diversificada, incluindo culturas como milho, feijão, mandioca e hortaliças, além da criação de pequenos animais.

Agricultura familiar atualmente

Com o passar dos anos, a prática passou por transformações significativas.  A modernização agrícola, o acesso a políticas públicas de incentivo e a integração a mercados mais amplos permitiram que muitas famílias adotassem práticas mais eficientes e sustentáveis. 

Hoje, a agricultura familiar não se limita à subsistência, desempenhando um papel vital na economia nacional e na exportação de produtos.

Agricultura Familiar e Práticas Agrícolas

A agricultura familiar, com suas propriedades de pequeno porte, adota práticas agrícolas que não só visam à produção de alimentos, mas também ao equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade. Algumas das principais práticas agrícolas adotadas incluem:

  1. Diversificação de Culturas;
  2. Rotação de Culturas;
  3. Uso de Adubos Orgânicos;
  4. Agroecologia e Sistemas Agroflorestais;
  5. Manejo Integrado de Pragas;
  6. Preservação dos Recursos Naturais.

Essas práticas, além de garantirem a produção de alimentos saudáveis e de qualidade, ajudam a proteger o meio ambiente e a promover a sustentabilidade das propriedades no longo prazo.

Muitas propriedades também estão adotando práticas agroecológicas, sistemas agroflorestais e tecnologias de baixo custo, que combinam a preservação ambiental com ganhos econômicos consistentes.

Planilha de Planejamento da Safra de Milho