Como ter um controle de estoque rural mais eficiente

Controle de estoque rural: otimize o armazenamento de produtos na fazenda com ajuda de um sistema inteligente

Ninguém quer correr o risco de atrasar uma aplicação porque a revenda está com o defensivo esgotado.  Pior ainda seria adiar a semeadura ou colheita porque falta uma peça do trator.

Para evitar esses problemas no decorrer da safra, toda empresa rural mantém produtos em estoque.  Mas um controle eficiente de itens estocados pode ter maior impacto sobre os seus resultados do que você imagina.

Neste artigo, mostramos a você por que vale a pena manter a organização do estoque em dia com um sistema inteligente. Confira a seguir!

Conheça benefícios do controle de estoque rural

Acompanhar a movimentação de mercadorias na sua fazenda usando uma agenda, ou até mesmo planilhas, pode ser bastante trabalhoso.

É preciso registrar a data de entrada ou saída do produto, sua quantidade, valor, fornecedor, etc. Com o tempo, as suas anotações tendem a ficar desatualizadas e não condizentes com a realidade. 

E sem saber a situação real do seu estoque, é fácil de errar a mão na compra. Comprar de menos e acabar sem o produto necessário, ou comprar demais e desperdiçar dinheiro.

Por isso que um controle de estoque rural eficiente perpassa pelo uso de uma ferramenta inteligente. A seguir, conheça os principais benefícios de realizar um controle sistematizado do seu estoque.

Minimize o capital imobilizado

Sim, é importante ter peças e produtos guardados para evitar que faltem num momento crítico. Porém, o estoque é capital imobilizado. Em outras palavras, é dinheiro parado que poderia ser investido de outras formas para aumentar os seus ganhos.

Saber exatamente qual é a quantidade mínima que você deve ter estocada de cada item maximiza o uso do capital, sem afetar a produtividade da lavoura. 

Esse é um conhecimento que só se obtém analisando com cuidado o histórico de itens usados nas últimas safras. Para isso, você precisa ter um controle cuidadoso do seu estoque.

Consulte o estoque com rapidez

Você sabe dizer quais produtos tem em estoque? E qual é a quantidade disponível de cada item? Se, para responder essa pergunta, você precisa ir ao local de armazenamento ou mesmo pegar o caderno e as notas fiscais e fazer somas e subtrações, está perdendo tempo.

Com um sistema automatizado de controle de estoque rural, você tem essas informações todas com poucos cliques e sem erros.

Acessar os dados de estoque rapidamente também permite que você tome decisões com agilidade quando está longe da fazenda, em uma visita à revendedora de insumos, por exemplo.

Compre mais barato

Em uma baixa repentina no dólar, comprar um produto importado pode ser um investimento muito interessante, mesmo que com bastante antecedência. Assim como promoções ou expectativa de aumento no custo de um produto podem fazer com que valha a pena estocar.

Um controle de estoque detalhado possibilita que você antecipe quanto e quando vai precisar de mais produto. 

Além de ajudar a manter a produtividade alta, sem riscos de atrasar atividades do manejo por falta de peça ou insumo, o controle te ajuda a minimizar os gastos, identificando boas oportunidades de compra.

Calcule custos sem dificuldade

Um proprietário faz três compras de ureia durante a safra: uma de 10 toneladas, custando R$ 1.050 a tonelada, outra de 15 toneladas, custando R$ 1.100 e outra de 25 toneladas, com um custo de R$ 1.250 a tonelada. 

No talhão 1 são usadas 22 toneladas e no talhão 2 são usadas 28 toneladas. Quanto foi o custo da ureia em cada talhão? 

A conta é uma regra de três relativamente simples, mas que, se ampliada para mais talhões e diversos insumos, aumenta muito a chance de erros nos cálculos feitos à mão. 

Um sistema de controle do estoque rural e de custos faz essa conta automaticamente, reduzindo a zero a chance de erro.

Monitore o estoque do fornecedor

Muitos produtores optam por comprar um produto com antecedência e deixá-lo armazenado no fornecedor até o momento do uso.

O grande problema está na retirada fracionada – por exemplo, quando se compra um produto para várias aplicações, em quantidades diferentes, ao longo da safra. 

Nossa memória é pouco confiável e papel e caneta nem sempre estão disponíveis para saber o quanto ainda temos nesse estoque.

Com apoio de um sistema informatizado, fica mais simples de saber o que foi comprado e o que foi retirado do fornecedor. Você garante que uma falha no controle do fornecedor, por má-fé ou desorganização da parte dele, não lhe prejudique.

Sistema inteligente para controle de estoque rural

Como você viu até aqui, um controle de estoque eficiente contribui para o uso mais consciente de insumos e peças. Afinal, o inventário auxilia no planejamento de compras para que não sobre e nem falte produto nas atividades de safra. 

Para desfrutar desses benefícios na sua fazenda, você pode contar com um software agrícola como o Aegro.

Foto de tela do Aegro, com aba de estoque aberto

O Aegro oferece um sistema de controle de estoque completamente integrado à gestão rural.  Ou seja, todas as informações da fazenda ficam centralizadas em um único lugar: estoque, financeiro, caderno de campo, máquinas, comercialização, entre outras. 

Portanto, você tem um rastreamento preciso dos itens estocados no decorrer de todo o ciclo produtivo. Veja como o software torna seu controle mais prático e eficiente!

Integração com o financeiro

Ao lançar uma nota fiscal de produto no seu financeiro, você pode adicionar imediatamente um insumo no estoque.  Desta forma, você evita qualquer retrabalho no cadastro das suas compras.

Outra vantagem da integração entre financeiro e estoque é o registro detalhado de valores retidos em estoque.

Descubra quanto capital você tem imobilizado e verifique até mesmo o preço que você pagou por determinada mercadoria na última compra, para ganhar margem de negociação com o fornecedor.

Tela do Aegro mostrando a aba de estoque, com notificações abertas

Baixa automática no estoque

Os insumos que você adiciona no estoque por meio do financeiro são retirados do inventário a partir das suas atividades de safra. Basta registrar a realização da atividade, sinalizando a quantidade de produto que foi utilizada. 

O Aegro desconta essa quantia do estoque automaticamente e assegura que o seu inventário permaneça atualizado. 

Como resultado, você obtém um controle minucioso de produtos aplicados em cada talhão. Este dado é extremamente útil na hora de analisar a produtividade das áreas em função dos insumos escolhidos.

Histórico de movimentações

Desde a compra até a retirada, você pode acompanhar pelo Aegro todas as movimentações de um item. Este recurso ajuda a monitorar a transferência de insumos do estoque do fornecedor para o seu, bem como transferências internas entre as suas próprias unidades de armazenamento.

Além disso, você pode conferir no sistema qual foi a quantidade de produto retirada do estoque, quem retirou e com que finalidade. É uma ótima forma de auditar, por exemplo, se a peça ou o combustível foram de fato destinados à máquina.

Acesso pelo celular

A listagem de itens em estoque pode ser consultada pelo aplicativo Aegro no seu celular, mesmo que não haja internet.

Assim, você consegue verificar a disponibilidade de um insumo enquanto está na lavoura, sem conexão, e planejar as próximas aplicações. Ainda pelo aplicativo móvel do Aegro, é possível conferir os valores estocados por categoria de produto.

Logo, fica mais fácil de entender o quanto cada tipo de insumo pesa no seu bolso.

Tela do celular com Aegro aberto, onde é possível ver o estoque da fazenda

Custo orçado e realizado

Conforme comentamos anteriormente, um controle de estoque eficiente propicia o planejamento das próximas safras.  Veja a quantidade de produto usada no ano anterior e monte o orçamento com todos os insumos que serão necessários para a produção.

Esta é uma forma de se programar financeiramente para evitar surpresas e compras de última hora. Conforme os gastos da safra se concretizam, você também pode acompanhar como está o custo realizado em relação ao custo orçado inicialmente.

Armazenamento da colheita

Além de fazer o seu controle de estoque com o Aegro, você pode usá-lo para gerenciar o armazenamento da colheita.

Primeiro, cadastre os locais de armazenamento da sua propriedade ou silos de terceiros. Depois registre o envio da produção para o local escolhido.

Também é possível registrar a venda da produção pelo sistema e emitir a Nota Fiscal Eletrônica do Produtor Rural. Estes recursos oferecem um monitoramento detalhado das movimentações das sacas para garantir que cheguem em segurança no seu destino.

Teste grátis do software Aegro

Quer tornar o seu controle de estoque rural mais eficiente com o Aegro? Comece a testar o sistema hoje mesmo na sua fazenda, de graça. É só criar uma conta para utilizar a versão completa do Aegro durante 7 dias, sem compromisso.

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Confira você mesmo como é simples de dar entrada em produtos no estoque e monitorar o seu uso na lavoura. Temos certeza de que, com a ferramenta certa, você vai otimizar custos com insumos e melhorar a rentabilidade da sua safra!

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Conclusão

Um sistema inteligente para controle de estoque rural não só facilita o dia a dia na fazenda como também lhe auxilia a tomar decisões mais lucrativas.

Com processos automáticos de entrada e saída de itens, você mantém o inventário atualizado sem dificuldades e sabe exatamente o que está armazenado na sua propriedade ou no seu fornecedor.

A compra e o uso de insumos passa a ser feita de forma planejada, evitando a sobra de produtos no estoque e até mesmo desvios de materiais.

Acima de tudo, este controle oferece uma visão estratégica sobre a demanda da sua produção agrícola. É possível prever gastos, negociar preços e investir o seu dinheiro onde é mais necessário. 

>>Leia mais:

“Estoque de insumos: como fazer uma gestão eficiente?”

“Saiba aproveitar ao máximo os programas de pontos do produtor rural”

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3 indicadores agrícolas que sua consultoria precisa analisar

Indicadores agrícolas: o que considerar para trazer resultados mais efetivos para o produtor e mostrar valor em sua consultoria

Toda empresa precisa estar atenta a indicadores de desempenho de sua área, os chamados KPIs (Key Performance Indicators). São eles que vão mostrar o que vai bem ou mal na atividade e quais os rumos que devem ser tomados para se ter um negócio mais lucrativo.

No agro, alguns indicadores são bem específicos para medir os resultados da produção e nortear os caminhos que uma propriedade pode tomar para ser mais rentável.

Por isso, elencamos aqui alguns indicadores agrícolas que a sua consultoria precisa analisar e como fazer isso de forma mais ágil para ter resultados efetivos e mostrar valor ao produtor rural. Confira a seguir!

Indicadores agrícolas 

Indicadores agrícolas de desempenho, também conhecidos como KPIs, são ferramentas de gestão utilizadas para medir o nível de desempenho ou de sucesso da produção rural.

Eles indicam se o negócio está no caminho certo para conseguir rentabilidade, maior competitividade e qualidade na produção agrícola.

Sem eles, a análise e o planejamento das próximas estratégias de trabalho ficam mais difíceis.

Por isso, a aplicação de uma pesquisa agro que seja capaz de promover uma boa captação de dados e análise precisa é um grande diferencial para colocar sua consultoria em lugar de destaque no mercado.

A adoção destes indicadores promove mais objetividade e assertividade na execução de práticas de diversas áreas do negócio rural. Eles podem nortear os rumos da produção, vendas, utilização de insumos, compras e investimentos, por exemplo.

O consultor agrícola Marco Antônio Santana reforça a importância de se ter uma atuação em 360 graus, ou seja, aquela realizada de todos os ângulos do negócio, porque enxerga as áreas da fazenda de forma integrada. 

Pedimos para que ele destacasse alguns dos principais indicadores agrícolas que devem ser considerados no trabalho de consultoria para se ter resultados mais promissores!

3 indicadores agrícolas fundamentais no trabalho do consultor

Orçamento

É um indicador financeiro que demonstra as despesas básicas para fazer rodar a produção durante o ano safra. Nele está contida a margem de lucro

Muitas vezes, não se tem tudo anotado, detalhe por detalhe. Mas é fundamental saber quais foram os custos diretos e indiretos para entender o lucro que o produtor terá na hora da comercialização. 

A contabilização dos valores utilizados para custear despesas regulares como energia elétrica, água, combustível, defensivos agrícolas, por exemplo, ajuda na produção do relatório de rentabilidade. 

Com as métricas corretas, a partir disso, cabe ao consultor conhecer o mercado e fazer análises precisas para otimizar o que foi investido na produção. 

Se os dados estiverem em um software de gestão agrícola, por exemplo, você pode ter resultados automatizados em mãos, o que facilita muito o trabalho de análise desse indicador. 

Exemplo de controle de custo possível com uso do software rural Aegro

Controle de estoque

Conhecer o volume do que é produzido garante que se saiba o valor viável e competitivo de uma produção. Com base neste indicador é possível identificar as falhas e também as oportunidades para ampliar o rendimento da lavoura.

“Primeiro, é preciso fazer um controle bastante detalhado das atividades a serem executadas em cada talhão da lavoura. Para isso, é preciso ter um conhecimento técnico livre, independente de interesses comerciais, focado no resultado do cliente. Desta forma, consultor e produtor conseguem fazer um planejamento certeiro das atividades”, cita Marco Antônio Santana.

Ele complementa que, assim, é possível ter um controle de uso do estoque de acordo com a real necessidade do produtor. 

“Se ele tem um bom planejamento, terá um mínimo possível de estoque ao final da safra”, diz. 

A partir de então, reforça Santana, é possível determinar um estoque básico para a fazenda. Assim, o produtor não fica com um grande capital imobilizado em insumos desnecessários para o momento, o que representaria prejuízo. 

Qualidade e quantidade de pedidos

Quem não avalia, está propenso a errar muito mais do que o previsto. O consultor precisa saber a qualidade e quantidade que seu cliente pretende produzir para traçar ações precisas para a fazenda. 

Um bom planejamento das atividades, aliado ao controle do estoque, faz com que o cliente, no caso o produtor rural, consiga comprar os insumos de acordo com a safra esperada

Isso permite que ele negocie melhores preços na aquisição dos produtos e acompanhe o planejado versus realizado na fazenda. Desta forma, não há alterações discrepantes descobertas no meio da safra.

“Se o planejado é usar 10 mil litros de glifosato e o produtor precisar de 18 mil, está claro que não houve um pedido bem dimensionado”, cita Marco Antônio Santana. 

Diante disso, pode ser que a aquisição de mais herbicida seja muito mais cara que a projetada no momento do planejamento. Isso, é claro, vai se refletir na lucratividade da safra. 

Como analisar os indicadores agrícolas de forma efetiva

Para Marco Antônio Santana, os indicadores agrícolas demonstram, na prática, o quanto se está próximo de agregar valor e de quanto se consegue gerar em produtividade com os principais produtos. 

“Eu preciso saber que a rentabilidade de uma safra deve me mostrar exatamente o quanto foi gerado de receita e despesa. Diante desse cálculo, serei capaz de saber o meu real valor,” explica o consultor.

Depois de tudo anotado, comparado e avaliado, a etapa seguinte é a tradução dos dados para que se construa o cenário atual e, assim, apontar as oportunidades de melhorias.

O consultor pode fazer isso através de planilhas de Excel ou de um software de gestão agrícola, como o Aegro.

A vantagem do uso de aplicativos ou softwares dedicados é que a automação dos procedimentos facilita a visualização dos resultados, reduzindo o trabalho de análise de horas para minutos.

Santana cita que o uso de um software como o Aegro traz assertividade ao planejamento que propõe aos clientes. Assim, é possível ter mais controle sobre os investimentos e os processos produtivos do negócio.

O Aegro integra as informações da fazenda em tempo real, cruzando dados automaticamente. Assim, os relatórios são gerados em poucos cliques e pode ser acessado tanto pelo consultor quanto pelo produtor, com fácil visualização e acompanhamento dos indicadores.

“A gestão é um fator muito importante para o sucesso no agronegócio. Por isso, a boa gestão de indicadores agrícolas é indispensável para que o negócio cresça e aumente a rentabilidade da lavoura, trazendo os resultados positivos desejados”, cita. 

Alguns dos indicadores e relatórios disponíveis para gestão no Aegro

Com uso do Aegro, relatórios são automatizados e podem ser acompanhados em tempo real por consultor e produtor

planilha para gestão de clientes

Conclusão

Elementos importantes no trabalho de um consultor rural, os indicadores agrícolas são utilizados para mensurar o nível de desempenho ou de sucesso da produção rural.

Essas métricas devem ser acompanhadas de perto pelo consultor para orientar o produtor quanto a seus resultados, visando mais rentabilidade na atividade agrícola.

Nesse artigo apresentamos alguns dos indicadores que devem ser considerados e como fazer uma análise mais precisa desses resultados. Isso pode ser feito com base em planilhas ou, de forma mais ágil, através de um software de gestão agrícola.

O importante é garantir que esses indicadores agrícolas sejam monitorados de perto!

Marco Antônio Santana é consultor agrícola em Mato Grosso e parceiro Aegro.

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Como produtor e consultor garantiram margem de lucro histórica na negociação antecipada da safra

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Entenda as regras da Norma Regulamentadora 31 para trabalhadores do agro

Norma Regulamentadora 31: veja os principais pontos da norma e conheça as mudanças após atualização do governo

A Norma Regulamentadora 31 estabelece regras relacionadas à saúde e segurança das atividades e operações ligadas à agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal. 

Por isso, conhecê-la é muito importante para garantir o bom funcionamento da sua propriedade, evitar acidentes e problemas judiciais.

Pensando nisso, separei algumas informações relevantes sobre a normativa e os principais pontos da atualização. Confira!

O que é a Norma Regulamentadora 31 – NR 31?

A NR 31 (Norma Regulamentadora 31) foi criada em 2005 pelo Ministério do Trabalho para estabelecer regras que devem ser observadas em qualquer atividade da agricultura, incluindo atividades industriais desenvolvidas no ambiente agrário.

Se você atua no meio rural, é essencial que tenha familiaridade com essa norma e a cumpra, pois nossa Constituição prevê que “ninguém pode justificar o não cumprimento da lei alegando que não a conhece”.

Para seguir os deveres de ambas as partes (empregadores e trabalhadores), a norma detalha inúmeras ações que devem ser realizadas. A seguir, listamos as principais delas:

Quais os deveres do empregador rural (ou semelhante) na NR 31?

  • Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho rural, garantindo adequadas condições de trabalho, higiene e conforto.
  • Adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que todas as atividades, locais de trabalho, máquinas, equipamentos e ferramentas sejam seguros.
  • Adotar os procedimentos necessários sobre a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho, incluindo a análise de suas causas.
  • Assegurar que se forneça aos trabalhadores instruções compreensíveis em matéria de segurança, saúde, direitos, deveres e obrigações, bem como a orientação e supervisão necessárias ao trabalho seguro.
  • Informar aos trabalhadores os riscos decorrentes do trabalho e as medidas de prevenção implantadas, inclusive em relação a novas tecnologias adotadas pelo empregador.
  • Comunicar resultados dos exames médicos e complementares a que foram submetidos, quando realizados por serviço médico contratado pelo empregador.
  • Informar os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
  • Permitir que representante dos trabalhadores, legalmente constituído, acompanhe a fiscalização das normas legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho.
  • Disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança e à saúde no trabalho.

Quais os deveres do trabalhador previstos na NR 31?

  • Cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas atividades, especialmente quanto às ordens de serviço emitidas para esse fim.
  • Adotar as medidas de prevenção determinadas pelo empregador, em conformidade com a NR, sob pena de constituir ato faltoso a recusa injustificada.
  • Submeter-se aos exames médicos previstos na Norma Regulamentadora.
  • Colaborar com a empresa na aplicação da NR.
  • Não danificar as áreas de vivência, de modo a preservar as condições oferecidas;
  • Cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte das ferramentas, máquinas e equipamentos.
  • Não realizar qualquer tipo de alteração nas ferramentas e proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco sua saúde e integridade física ou de terceiros.
  • Comunicar seu superior imediato se alguma ferramenta, máquina ou equipamento for danificado ou perder sua função.

Para ter acesso ao conteúdo completo dos deveres de empregadores e empregados, acesse a NR 31 na íntegra aqui.

O que mudou com a atualização da NR 31?

A NR 31, como diversas outras Normas Regulamentares, passou por diversas atualizações ao longo dos anos, sendo a mais recente em 2022.

Portaria SEPRT nº 22.677

Em outubro de 2020, a NR 31 foi atualizada, visando a simplificar e desburocratizar o texto, que passou a vigorar a partir de outubro de 2021. Essa atualização se deu pela Portaria SEPRT nº 22.677, de 22 de outubro de 2020, que aprovou a nova redação da NR 31.

Segundo o governo, a atualização da norma trouxe mais harmonia com outras normativas relacionadas (ex: normas urbanas), com a proposta de ter fácil entendimento mesmo por pessoas fora da área jurídica e eliminar algumas exigências que fogem da realidade prática.

A modificação da NR 31 teve o objetivo de descrever o que deve ser feito acima de como deve ser feito. Assim, o produtor pode adotar diferentes estratégias, desde que atinja os objetivos propostos. À época, o governo previu economia de R$ 4,3 bilhões anualmente para o setor rural.

Estrutura da norma 

Houve redução e reestruturação de capítulos na norma, reduzindo de 23 para 17 capítulos. Para o setor agrícola, somente será aplicável as determinações da NR 31 ou as citações de outras normas presentes nela. 

O PGRTR (Programa de Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural) substituirá o PGSSMATR (Programa de Gestão de Segurança e Saúde no Meio Ambiente do Trabalho Rural). 

Além disso, o governo disponibilizou uma ferramenta para auxiliar no desenvolvimento do PGRTR do pequeno produtor (até 50 trabalhadores), visando à redução de custos e simplificação do processo.

Essa ferramenta gera um relatório descrevendo os riscos inerentes às atividades realizadas e quais as medidas de prevenção a serem seguidas de maneira específica para esse produtor. 

Agora a normatização possui especificação diferente para cada atividade realizada. 

É o caso das pausas de trabalho, por exemplo, que não são mais padronizadas. Elas têm recomendações de acordo com a atividade do trabalhador.

bot diagnóstico de gestão agrícola Aegro

Treinamento e capacitação

Quanto ao treinamento e capacitação, será possível haver um reaproveitamento de conteúdo. Assim, um trabalhador que já realizava a mesma função ou muito semelhante em outra empresa poderá aproveitar cursos realizados no prazo de 2 anos, desde que essa capacitação tenha sido realizada de acordo com a norma.

Além disso, a NR 31 abre a possibilidade da capacitação semipresencial, em que a parte teórica da capacitação poderá ser realizada a distância. As partes práticas continuarão sendo presencias. 

Máquinas e implementos

Com a atualização da NR 31, foram excluídas as exigências exclusivas para fabricantes de máquinas e equipamentos. Agora o fabricante deverá ver o anexo da NR 12.

Haverá uma linha temporal nas exigências das máquinas em que máquinas anteriores ao ano de 2011, mesmo não seguindo exatamente as especificações, poderão ser utilizadas desde que se comprove a segurança em sua utilização.

Além disso, para o transporte de cargas nas vias internas agora será necessário seguir as especificações do fabricante e não o código de trânsito. 

Áreas de vivência e alojamento 

Também houve mudanças quanto às áreas de vivência, que agora são denominadas áreas móveis. 

Para atividades itinerantes, não será mais obrigatória as áreas móveis, desde que sejam descritas quais áreas fixas poderão ser utilizadas em substituição. 

Além disso, houve uma flexibilização quanto ao alojamento dos trabalhadores, sendo possível alocar  trabalhadores em casas e hotéis por exemplo. 

Armazenamento de defensivos agrícolas

Com a atualização da NR 31, será modificada a distância do local de armazenamento de defensivos de 30 m para 15 metros de distância de outras construções. 

Isso ajudará a evitar roubos praticados principalmente em pequenas propriedades. 

No caso de produtores que utilizam pequenas quantidades de produtos químicos (100 kg ou litros), haverá a possibilidade de armazenamento em armários (com normas próprias) dentro ou próximo de construções específicas. 

Dispositivos de Proteção Pessoal

Foram criados os Dispositivos de Proteção Pessoal, uma nova classe que engloba, por exemplo, chapéus de boiadeiro, perneiras e boné árabe, que deverão ser fornecidos pelo empregador e não necessitam de certificado de aprovação. 

Portarias 4.219 e 4.223, de 20 de dezembro de 2022

Em 20 de dezembro de 2022, o então Ministério do Trabalho e Previdência publicou no Diário Oficial da União duas novas portarias: a 4.219 e a 4.223.

A Portaria 4.219 altera a nomenclatura da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa nas Normas Regulamentadoras, trouxe importantes avanços quanto à prevenção e ao combate do assédio sexual e demais formas de violência no ambiente de trabalho. A Cipa passou a ser denominada Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio.

Em relação à NR 31, a Portaria ganhou, em seus artigos 16, 17 e 18, novas inclusões e modificações do texto original. O art. 16 trouxe nova redação para a alínea “b” do item 31.2.5 e para o capítulo 31.5, sobre o dever do empregador em adotar medidas de prevenção ao assédio. Além disso, a Cipa, no caso do trabalho rural, passa a se chamar Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio do Trabalho Rural – Cipart.

O art. 17 inseriu a alínea “n” no item 31.5.10 e a alínea “h” no item 31.5.24 da NR, em que a Cipart deve incluir temas de prevenção e combate ao assédio sexual e a outras formas de violência no trabalho em suas atividades, práticas e treinamentos.

Já o art. 18 inseriu um novo item (item 31.2.6) na NR 31, descrevendo as medidas que as organizações obrigadas a constituir Cipa devem adotar. Entre elas, estão regras de conduta a respeito do assédio sexual e outras formas de violência nas normas das empresas e a realização de capacitação a cada 12 meses.

Esta Portaria entrou em vigor no dia 20 de março de 2023.

Portaria nº 4.223

A Portaria nº 4.223 alterou a redação do item 31.7.4 e incluiu alguns subitens na NR 31. Esta norma trata da aplicação de agrotóxicos utilizando máquina com cabine fechada original do fabricante ou adaptada.

Esse tipo de aplicação precisa seguir uma série de normas técnicas oficiais, devendo ser interrompida imediatamente se a névoa gerada na aplicação atingir o operador.

Ainda, é obrigatório adequar a máquina com cabine fechada original ou adaptada dentro dos seguintes prazos:

  • 120 meses, para propriedades com área abrangida pela aplicação com atomizador mecanizado de até 25 hectares;
  • 96 meses, para propriedades com área abrangida pela aplicação com atomizador mecanizado de até 50 hectares;
  • 84 meses, para propriedades com área abrangida pela aplicação com atomizador mecanizado de 51 até 100 hectares;
  • 60 meses, para propriedades com área abrangida pela aplicação com atomizador mecanizado de mais de 100 hectares.

Esta Portaria entrou em vigor no dia 3 de janeiro de 2023.

Portaria MTP nº 4.371

A Portaria MTP nº 4.371, publicada em 28 de dezembro de 2022, alterou a Portaria nº 4.223, de 20 de dezembro de 2022, inserindo a definição de cabine fechada no Glossário da NR 31. Esta Portaria entrou em vigor no dia 3 de janeiro de 2023.

Conclusão 

Neste texto entendemos a importância da Norma Regulamentadora n° 31 para o setor agrícola. Também vimos quais o principais deveres dos empregadores e trabalhadores do meio rural. 

Além disso, falamos sobre a recente atualização da norma, destacando os objetivos e principais mudanças. 

Espero que com esse texto você tenha aprendido mais sobre essa legislação do setor agrícola e como se adequar às novidades. 

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O que é gestão de pessoas e como isso beneficia sua fazenda

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Como os relatórios agrícolas valorizam o trabalho do consultor

Os relatórios agrícolas trazem indicadores importantes para o acompanhamento da safra e da gestão financeira da fazenda. Veja como montar um.

Os relatórios agrícolas são ferramentas essenciais para o trabalho do consultor. Eles reúnem informações úteis para o acompanhamento da safra e gestão do negócio.

Com esses dados, consultor e produtor qualificam sua tomada de decisão, tornando a lavoura cada vez mais produtiva e rentável.

Neste artigo, falaremos sobre os tipos de relatórios agrícolas, principais indicadores que eles trazem e como estruturar o documento. Boa leitura!

Tipos de relatórios agrícolas

Existem relatórios agrícolas técnicos, produzidos por engenheiros agrônomos, que detalham questões como umidade do solo, desenvolvimento das plantas, ocorrência de pragas, entre outras.

Essas informações são valiosas pois direcionam a aplicação de insumo e outras decisões importantes para o bom andamento da safra.

Aqui, no entanto, abordaremos os relatórios de gestão e produção. Nessa categoria, entram relatórios como:

  • Relatório de rentabilidade: informa os custos e o lucro da safra ao longo do tempo.
  • Relatório de custo orçado: traz a previsão de custos da safra.
  • Relatório de custo realizado: permite avaliar a participação de cada insumo no custo total da safra.
  • Relatório de atividade da safra: mostra todas as atividades planejadas ou realizadas durante a safra.
  • Relatório de evolução de safra: com ele, o produtor acompanha o percentual de área realizada para determinada atividade ao longo do tempo.
  • Relatório de colheita: serve para acompanhar a área colhida, produção e produtividade da safra.
  • Relatório de insumos: informa a quantidade total planejada e realizada de todos os insumos.
  • Relatório de silos: lista as sementes armazenadas nos silos e sua respectiva quantidade.
  • Relatório específico de atividade: reúne informações sobre uma atividade específica, como a aplicação de um insumo em determinada área.
  • Relatório de estoque: facilita o controle do estoque de produção e insumos e sua movimentação.
  • Relatório de patrimônio: reúne informações sobre as máquinas da propriedade e seus custos.

A importância do relatório de rentabilidade

Para Marco Antônio Pinheiro Santana, consultor da parte organizacional e financeira em lavouras de soja e milho no Mato Grosso, o mais importante é o de relatório de rentabilidade.

“No meu ponto de vista, é o relatório de maior valia, porque demonstra a saúde financeira da fazenda”, opina.

Santana destaca que o relatório de rentabilidade mostra um quadro geral, mas também o detalhe, informando sobre quais talhões geraram mais receita.

A partir daí, consultor e produtor podem explorar outros relatórios, que ajudam a entender por que determinado talhão rendeu mais que outro. A investigação ajuda a entender melhor o solo e identificar os defensivos e cultivares que valem mais a pena, por exemplo.

“Olhamos o relatório de rentabilidade e depois procuramos entender o que foi feito de diferente nos talhões mais rentáveis. Esse é o ponto”, completa o consultor.

Principais indicadores agrícolas

Os indicadores são números que relacionam duas métricas diferentes, com o objetivo de revelar alguma informação importante.

O percentual de área colhida, por exemplo, relaciona o que já foi colhido com o total que tem para ser colhido. Isolados, esses números não ajudam a entender o status da colheita.

Nos relatórios agrícolas, os indicadores são essenciais, pois permitem uma rápida e fácil compreensão de alguns aspectos da lavoura. A seguir, apresentamos os principais.

Indicadores de produtividade

Relacionam números da produção com o tamanho de uma área. As unidades mais usadas são sacas e hectares. Quanto maior a produção em relação à área, maior a produtividade.

Pode ser feito um relatório de produtividade geral da safra ou específico por cultura, talhão, cultivar, período de plantio, etc.

Ele é calculado com uma simples divisão do total de sacas colhidas pelo total de hectares da área analisada.

Indicadores de rentabilidade

Relaciona as despesas com as receitas. O indicador pode ser expresso em um percentual.

Para calculá-lo, pegue a receita total e subtraia as despesas. O resultado deve ser dividido pelo total das despesas e multiplicado por 100 para chegar ao percentual.

Por exemplo, se uma fazenda teve R$ 800 mil de receita e R$ 650 mil de despesa em uma safra (uma diferença de R$ 150 mil), a conta fica assim:

Rentabilidade = (150 / 650) x 100

Rentabilidade = 23%

Se a conta der negativa, quer dizer que a safra deu prejuízo, claro. Também é possível filtrar os indicadores de rentabilidade por cultura, talhão, cultivar, etc.

Indicadores de atividades e colheita

Os relatórios de acompanhamento da safra devem trazer indicadores que mostram o status de cada fase, como o percentual da área que foi semeada, que recebeu fertilizantes e defensivos e de área colhida.

Como estruturar um relatório agrícola?

Para não se perder diante de tantos números, é preciso superar o caderninho e as planilhas do Excel e contar com um sistema de gestão agrícola, como o Aegro.

“Todo relatório passa pela inserção de dados. Quando está tudo em uma plataforma só, a análise é mais rápida e baseada em informações mais fiéis”, reflete Santana.

Isso é possível porque o software integra as informações em tempo real, cruzando os dados automaticamente.

No momento que o usuário insere a informação sobre a aplicação de um defensivo, por exemplo, com poucos cliques já é possível gerar um relatório.

“A credibilidade da informação é maior, porque quando você usa várias planilhas, acaba se perdendo. Hoje, quase não uso planilhas de Excel por fora do sistema”, acrescenta o consultor.

Além disso, os relatórios gerados por um software de gestão especializado já incluem gráficos que tornam a informação mais fácil de visualizar e entender.

Relatórios são automatizados com uso do Aegro e podem ser acompanhados por produtor e consultor em tempo real

Avaliação periódica dos indicadores

Como gerar um relatório pelo software praticamente não dá trabalho algum, é possível fazer reuniões de acompanhamento dos indicadores com maior frequência.

“Eu planejo reuniões quinzenais com meus clientes, para analisarmos os dados”, conta Santana. Nessas reuniões, ele faz uma avaliação financeira, considerando o fluxo de caixa da fazenda.

Depois da colheita, é feita uma reunião diferente, em que consultor e produtor analisam o relatório de rentabilidade. “Daí já sai a reunião de planejamento da safra. Com base no que fizemos na anterior, projetamos o que vamos fazer na próxima”, explica.

A análise do relatório de rentabilidade, do estoque e do fluxo de caixa é fundamental para tomar decisões sobre aportes financeiros.

“Quanto vamos precisar de custeio ou de investimento? Quanto temos em caixa e quanto temos de contas para pagar? Se está faltando, onde eu vou buscar isso?”, exemplifica o consultor.

Conclusão

O agronegócio brasileiro cresceu bastante, em grande parte graças à implementação de alta tecnologia no campo. Mas tecnologia não são só as máquinas robustas, produtivas e precisas, é também processo e gestão.

Contar com soluções tecnológicas para registrar e acompanhar as informações da safra traz dois benefícios enormes:

  • mais agilidade na gestão financeira e da produção
  • menos erros e mais confiabilidade nas informações

E também permite gerar relatórios agrícolas com poucos cliques, o que agrega valor ao serviço do consultor e traz ótimos resultados para seus clientes.

Marco Antônio Santana é consultor agrícola em Mato Grosso e parceiro Aegro.

>> Leia mais:

Como produtor e consultor garantiram margem de lucro histórica na negociação antecipada da safra

Restou alguma dúvida sobre os relatórios agrícolas? Quer qualificar sua consultoria com tecnologia e eficiência? Experimente gratuitamente o aplicativo de gestão rural Aegro pelo nosso programa de parcerias.

Como calcular o custo operacional de máquinas agrícolas

Custo operacional de máquinas agrícolas: como avaliar a eficiência econômica dentro de sua propriedade e obter redução de custos na lavoura.

As máquinas, equipamentos e implementos agrícolas podem representar até 40% dos custos de produção da sua lavoura.

Mas para saber como reduzir esses gastos e aumentar a rentabilidade da fazenda é preciso ter em mãos dados precisos do custo de cada uma dessas ferramentas operacionais.

Assim, é possível tomar decisões acertadas sobre terceirizar uma operação ou mesmo decidir quando é hora de investir em um novo trator, por exemplo.

A seguir, apresentamos o passo a passo de como fazer os cálculos para saber o custo operacional das máquinas agrícolas na sua propriedade e também uma ferramenta gratuita para automatizar essa conta – e que você pode usar sempre que precisar! Confira a seguir.

Custo operacional de máquinas agrícolas: por que você deve controlar

Gerenciar bem o maquinário agrícola pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo ao final da safra. Em um cenário de aumento nos custos produtivos e instabilidade nos preços de venda, se torna ainda mais necessário controlar de forma precisa o custo operacional das máquinas agrícolas.

O sistema mecanizado agrícola – conjunto de equipamentos, máquinas e implementos que realizam os processos de implantação, condução e retirada das culturas comerciais – pode representar de 20% a 40% dos custos de produção, dependendo da cultura. Por isso, seu gerenciamento adequado pode ser considerado um ponto estratégico para obter redução dos custos produtivos

Além do valor elevado para aquisição dos bens, as máquinas têm custos fixos (aqueles que independem da utilização) que oneram muito, principalmente pela grande sazonalidade de utilização. 

Desta forma, muitas vezes a terceirização das máquinas ou contratação de uma empresa para realizar as operações mecanizadas em sua lavoura se torna uma opção mais vantajosa. 

Na mensuração dos custos de um conjunto mecanizado (como um trator aliado a um implemento), contabiliza-se o tempo utilizado em horas. Assim, temos o custo horário, o qual é calculado para cada parte do conjunto. 

Na terceirização de máquinas, bem mais do que em utilizações em fazendas, é fundamental ter um controle detalhado do custo horário que os conjuntos mecanizados geram. Isso porque é esse valor, aliado à eficiência da operação, que indicará se o negócio está produzindo lucro ou prejuízo. 

Mas como saber quanto gasta seu trator? Vamos explicar o passo a passo a seguir.

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Como calcular o custo por hora de uma operação agrícola

O cálculo do custo de uma operação agrícola pode ser determinado a partir da quantificação de dois principais componentes: os custos fixos e variáveis

O modelo como são calculadas as variáveis dentro de cada componente muda conforme a realidade de cada propriedade. É preciso considerar, por exemplo:

  • a preexistência de um controle de dados das máquinas e implementos ao longo do ano;
  • gasto de combustível de cada trator nas diferentes operações;
  • registro das informações de manutenção;
  • quantidade de horas para as trocas de filtros e óleos.

Como você pode perceber, tudo isso acaba tornando a estimativa do custo operacional de cada atividade mais preciso. 

Veja a seguir quais variáveis podem ser utilizadas para obter os valores dos custos fixos (CF) e variáveis (CV) de cada operação e que somados possibilitam estimar o custo operacional total (CT):

CT = CF + CV

Vamos entender melhor o que é cada uma dessas variáveis e como definir seus custos em cada categoria a seguir.

Custos fixos

Os custos fixos são aqueles que devem ser debitados, independentemente da máquina ser usada ou não

É necessário ponderar que, a partir do momento em que foi adquirida, a máquina passa a onerar seu proprietário, mesmo que seja mantida inativa no galpão de máquinas. 

A forma de remover o ônus é utilizar o bem o maior número de horas por ano, reduzindo ao máximo o tempo ocioso. 

Entre os custos fixos são incluídos:

  • depreciação (D)
  • juros (J)
  • alojamento e seguros (AS)
  • mão de obra (MO)

CF = D + J + A + S + MO

Depreciação (D) 

A parcela de depreciação, que é incluída nos gastos fixos, representa a constituição de um fundo de reserva para a aquisição de uma máquina nova, do mesmo tipo, potência, peso, etc. 

A depreciação se refere à desvalorização da máquina em função do tempo, seja ela utilizada ou não. 

Ou seja, se uma máquina for pouco utilizada durante o ano, sua depreciação ocorrerá principalmente devido à obsolescência. Se for intensamente utilizada, a depreciação se dará devido ao desgaste. A diferença é que, no segundo caso, a máquina proporcionou um retorno por meio do serviço prestado. 

A depreciação de uma máquina não é conhecida com precisão enquanto ela não for vendida, pois apenas nesta ocasião se terá certeza do seu valor real. 

Por esse motivo, a depreciação é estimada por meio de diversos métodos: método da linha reta, do saldo decrescente, da soma dos dígitos e depreciação dedutível. 

O método da linha reta é o mais simples de ser usado, resultando numa depreciação anual constante da máquina, durante a vida útil, calculado da seguinte forma: 

D = (Vi – Vs)/ Vu x Hua

Onde: 

D (R$/h)  = depreciação 

Vi (R$) = valor de aquisição da máquina (valor de compra do produto novo ou usado)

Vs (R$) = valor de sucata ou de revenda (pode variar de 10% a  60% do valor de aquisição, dependendo da máquina) 

Vu (anos) = vida útil em anos (número de anos de uso).

Hua (horas/ano) = número de horas de uso por ano.

A vida útil ou econômica varia muito em função do tipo de máquina utilizado e da sua manutenção. 

Na falta de estatísticas bem detalhadas para a estimativa da vida útil das máquinas agrícolas, podem-se utilizar valores tabelados como indicação aproximada. Veja:

tabela com vida útil das máquinas e implementos agrícolas

 Vida útil das máquinas e implementos agrícolas 
(Fonte: Pacheco, 2000)

Juros (J)

As metodologias para cálculo do custo horário de operações agrícolas consideravam que o capital utilizado na aquisição das máquinas deveria ser computado como retendo juros à base do que é obtido quando este capital estivesse aplicado no comércio.

Porém, na época em que esses trabalhos foram elaborados, os investimentos de baixo risco, como a poupança, apresentavam rentabilidade de 6,16% ao ano.

Isso significa que a máquina deveria apresentar eficiência operacional e retorno econômico suficientes para justificar manter aquele capital imobilizado em maquinário. 

Atualmente, essa metodologia não se aplica, pois a poupança rende 70% da taxa básica de juros (Selic), que está em 2% (outubro/2020).

Isso significa que deixar o dinheiro “parado” nessa modalidade de investimento, com rentabilidade muito baixa, não compensa. 

A consideração de juros ao custo horário de máquinas é relevante quando assumimos que muitas máquinas e implementos agrícolas são adquiridos através de financiamentos. 

Dessa forma, torna-se importante dissolver os juros anuais sobre esse capital pela fórmula a seguir:

J = (Vi x Tj) / Hua

Onde:

J (R$/h)  = juros 

Vi (R$) = valor de aquisição da máquina

Tj (%) = taxa de juros anual atribuída ao financiamento da máquina (ex: 8,5%, 4% a.a.)

Hua (horas/ano) = tempo de uso por ano 

Abrigo (A) e Seguro (S)

Se a máquina for mantida sob abrigo quando estiver fora de uso, certamente sua vida útil será maior pela proteção e facilidade de se fazer reparos em quaisquer condições climáticas.

No Brasil, não é muito comum fazer o seguro de máquinas agrícolas. Esse fato pode levar à falsa impressão de que não é necessário calcular o custo desse seguro. 

Não podemos esquecer, porém, que o custo do seguro não é repassado a uma seguradora, é bancado pelo proprietário da máquina, pois o risco de acidentes e perdas sempre existe.

Assim, seguindo a mesma metodologia para atribuir a participação de juros ao cálculo do custo horário, é aconselhável utilizar uma porcentagem do custo inicial para os cálculos de abrigo e seguro, feito ou não em uma companhia seguradora, conforme as fórmulas a seguir:

A = (Vi x Ta) / Hua

Onde:

A (R$/h)  = Abrigo

Vi (R$) = valor de aquisição da máquina

Ta (%) = Taxa de abrigo (geralmente estipulada entre 1 e 2%, é definida conforme o tipo de abrigo, qualidade e durabilidade das construções, etc.)

Para calcular o seguro é necessário apenas substituir a taxa de abrigo (Ta) pela taxa de seguro (Ts):

S = (Vi x Ts) / Hua

Onde:

S (R$/h) = Seguro

Ts (%) = Taxa de seguro (depende da região e da máquina, varia de 0,5% a 2%) 

Mão de obra (MO)

Os salários, benefícios e encargos sociais referentes à mão de obra do operador da máquina devem ser computados no cálculo do custo operacional das máquinas. Para isso, deve-se considerar, no mínimo, a média que prevalece na região. 

Também podem ser calculados conforme as fórmulas a seguir:

Salário mensal = 1,5 x salário mínimo + 20% de encargos sociais
MO (R$/h) = (salário mensal x 13) / horas de trabalho por ano

Sugestão:
A quantidade de horas de trabalho por ano pode ser obtida através do seguinte cálculo: 47 semanas no ano x 5 dias por semana x 8 horas de trabalho por dia = 1.880 horas de trabalho por ano.

Custos variáveis (CV) 

Os custos variáveis são aqueles que dependem da quantidade de uso que se faz da máquina e são constituídos por: combustíveis (C), lubrificantes (L), reparos e manutenção (RM).

CV = C + L + RM

Combustíveis (C) 

Os combustíveis são usados principalmente para o acionamento dos motores de tratores, pulverizadores e distribuidores autopropelidos e colheitadeiras

É difícil avaliar com precisão o consumo de combustível dos tratores, devido às condições variáveis a que são submetidos durante os trabalhos de campo. Ou seja: profundidade de operação, estrutura e umidade do terreno, declividade do terreno, condições de manutenção e regulagem de implementos, por exemplo. 

Essas variáveis influenciarão o consumo mesmo que outras característica como regulagem da bomba injetora e motor, condições de lastragem, estado dos pneus e nível de combustível estejam compatíveis entre as máquinas submetidas ao comparativo. 

Portanto, o custo por hora gasto com combustível pode ser calculado por meio da fórmula a seguir: 

C = cons. horário x custo/litro

Onde: 

C (R$/h) = Combustível
Consumo horário (mL/CV.h-1) = quantidade de combustível consumida, varia de 90 a 120 mL/CV.h-1, dependendo do esforço exigido do motor. Motores de colhedoras, normalmente, consomem entre 120 a 140 mL/CV.h-1

Custo/litro (R$/L) = Custo do diesel

Lubrificantes (L)

Após calcular o consumo e o custo de combustíveis nas máquinas agrícolas, é necessário calcular o custo dos lubrificantes. 

Esse controle é fundamental para o gerenciamento das máquinas agrícolas e seu uso correto deve ser respeitado para maximização da vida útil dos componentes da máquina

Com o aumento da tecnologia no campo, tratores e colhedoras passaram a utilizar uma ampla gama de lubrificantes (motor, transmissão, hidráulico). 

Estudos nos Estados Unidos demonstram que os custos com lubrificantes são aproximadamente 15% do custo dos combustíveis. 

Então, uma vez calculado o custo dos combustíveis, pode-se calcular o custo dos lubrificantes como sendo 15% desse valor. Assumindo que o custo de combustível calculado seja de R$ 45/hora, por exemplo, então o custo com lubrificantes será igual a R$ 6,75/hora.

Reparos e manutenção (RM) 

Dentre as despesas de manutenção que devem ser computadas para o cálculo do custo operacional de máquinas agrícolas, estão aquelas realizadas para a manutenção preventiva e corretiva. 

Na manutenção preventiva, devem-se computar os gastos com componentes trocados a intervalos regulares. É o caso dos filtros de ar, filtros de óleos, lubrificantes, filtros de combustível, correias de polias, etc.

A manutenção corretiva é bem mais difícil de ser estimada, pois depende de fatores de difícil controle, como a habilidade do operador, condições do terreno, etc. 

Esses custos devem ser considerados até mesmo antes da aquisição das máquinas necessárias.

A tabela que separamos abaixo contém valores em porcentagem para a estimativa do custo inicial com reparos e manutenção durante a vida útil de tratores e outras máquinas agrícolas. 

tabela com parâmetros para cálculo de custos com reparos e manutenção de máquinas agrícolas

Parâmetros para cálculo de custos com reparos e manutenção de máquinas agrícolas
(Fonte: retirado de Pacheco, 2000)

Conclusão

Os sistemas mecanizados representam grande parte do custo de produção das culturas agrícolas.

Além disso, a intensificação do uso da mecanização na agricultura exige novos investimentos que imobilizam grande capital em máquinas com maior potência e tecnologia incorporada

Do ponto de vista da propriedade rural, à medida que o número, tamanho e complexidade das máquinas aumenta, maior se torna o impacto do gerenciamento desse sistema sobre a rentabilidade do negócio.

Portanto, é fundamental ter uma análise crítica dos custos envolvidos. Assim, o cálculo do custo operacional dos sistemas mecanizados é uma importante alternativa, não só para tomadas de decisão no momento da seleção dessas máquinas, mas também para comparação com os preços de hora/máquina praticados na sua região. 

Tudo isso te dará subsídios no momento da decisão de comprar ou alugar algum equipamento para realizar uma determinada operação.

Esperamos que você aproveite essas informações e a calculadora gratuita para tornar mais lucrativa a sua empresa rural!

Referências:

PACHECO, E. P.. Seleção e custo operacional de máquinas agrícolas. Rio Branco: Embrapa Acre, 2000. 21p. (Embrapa Acre. Documentos, 58).

Como está o custo operacional de máquinas agrícolas em sua propriedade? Restou alguma dúvida sobre o tema? Deixe seu comentário!

Artigo elaborado por nossos profissionais:

joao.franceschette

João Franceschette
Engenheiro-agrônomo em formação e parte do time de Relacionamento com o Cliente da Aegro.

jerônimo lopes

Jerônimo Branco Lopes
Engenheiro-agrônomo em formação e parte do time de Relacionamento com o Cliente da Aegro.

10 principais erros na consultoria rural e o que fazer para resolver

Consultoria rural: descubra as principais falhas cometidas e as dicas de uma especialista sobre o que fazer para contorná-las!

O início de qualquer nova atividade é desafiador. Conhecer os erros que podem acontecer te auxilia a evitá-los ou superá-los.

Com a consultoria rural não é diferente. Na verdade, é mais desafiador, pois além de gerir pessoas e negócios, você ainda tem que ficar atento ao clima, que pode mudar todo o planejamento.

Você verá nesse texto 10 erros cometidos durante a consultoria rural e as dicas de como contorná-los com a consultora Margareth Senne que tem experiência em comércio exterior e consultoria industrial e rural por mais de 20 anos. 

Boa leitura!

O que é prestar serviço de consultoria rural

Ser consultor é uma atividade profissional de ação ou efeito de dar consultas na sua área de especialidade.

Na consultoria rural você deve ser capaz diagnosticar o problema, traçar um planejamento e solucionar, buscando sempre melhorar o sistema de gestão e gerar mais rentabilidade para o produtor.

A consultoria rural é, portanto, um desafio a cada novo serviço e saber os erros que você pode estar cometendo te auxilia a melhorar sua atuação e conquistar o mercado.

Segundo a consultora Margareth Senne, erros são comuns de acontecer, o que você precisa é corrigi-los rapidamente

Veja 10 erros que podem ser cometidos durante a consultoria rural

1- Falta de foco no seu objetivo

Começar ou desenvolver uma atividade sem ter um objetivo é ruim, pois você não consegue traçar metas e objetivos. Isso dificulta a superação de obstáculos e a persistência no seu negócio.

A dica da consultora Margareth Senne é:

“Se prepare muito se realmente é isso que você deseja! Tenha seu objetivo sempre em mente, tenha foco e saiba que você levará vários ‘nãos’, mas não desista. Entenda a diferença entre as pessoas que desistem e as que não desistem facilmente. Saiba diferenciar entre desistir e persistir em algo que não te brilhe os olhos.”

2- Falta de conhecimento sobre o negócio

O agronegócio é amplo e não conhecer seus caminhos e sua estruturação é um erro!

Há muitas variáveis a serem consideradas na fazenda como máquinas, culturas diferentes, pragas, doenças, preços de compra e venda, valor do dólar, condições climáticas, entre outros.

Não conhecer onde irá atuar, qual problema você irá resolver e como irá resolver, gera falhas na sua atuação.

A dica da especialista aqui é buscar saber como estruturar um negócio. “Entenda dos processos, utilize uma metodologia e saiba implementar as ferramentas corretamente, principalmente as de automação que irão lhe auxiliar”, recomenda Margareth.

3- Falta de atualização profissional 

Achar que já sabe tudo de determinado assunto, é um grande erro. Mesmo que você seja especialista em um determinado assunto, sempre há algo de novo para aprender. 

Acreditar que você sabe tudo te limita a explorar e expandir seu mercado de atuação – que exige estudo, dedicação e meta. 

“Leia livros que farão você ser melhor gestor, entenda de pessoas, estude análise de processos, seja curioso para pesquisar diversas ferramentas de produtividade e gestão”, aconselha Margareth. “Estude sobre empresas e gestão de sucesso, estude sobre empresas que faliram e erraram. Você vai se surpreender e entender os erros cometidos.”

4- Falta de flexibilidade na gestão de pessoas

Na fazenda há dois tipos de personas, cada uma com uma perspicácia diferente. Alguns mais teóricos e outros mais práticos – e lidar do mesmo modo com ambos, é um erro!

Definir planos e estratégias com o gerente é diferente de realizar essa tarefa com os trabalhadores do campo. Os problemas que enfrentam no dia a dia são distintos.

A dica da consultora Margareth Senne é:

“Entenda os principais problemas das personas dentro da fazenda, tenha versatilidade ao conversar com cada persona, haja de forma coerente nos ambientes distintos, ou seja, saiba se comunicar tanto no ambiente de escritório quanto no ambiente de lavoura, pois juntos formam a empresa e você precisa integrar esses ambientes.”

5- Não diagnosticar corretamente o problema  

Conversar com o produtor e saber o que ele precisa e voltar para seu escritório para desenvolver o planejamento é um erro!

Você tem que conhecer e verificar onde estão as limitações da fazenda. Às vezes, o que o produtor pede para você não é a principal fonte da limitação.

Não rastrear o foco do problema dificulta sua resolução.

“Saiba os problemas do produtor, porque ele te contratou, mas você deve entender o que a empresa/fazenda precisa. Mostre ao produtor o que vai acontecer se ele não encontrar uma solução para o principal problema dele”, afirma a especialista.

6- Não incluir o produtor e trabalhadores no processo 

É preciso planejar e traçar as ações que serão realizadas considerando todos que fazem parte do processo.

Conversar apenas com o produtor, sem ouvir os funcionários de campo ou de escritório, e não incluí-los no desenvolvimento do seu planejamento faz com que as ações não sejam efetivas.

“Converse com todos que participam do processo, explique suas ações e ensine o que deve ser realizado. Entregue relatórios semanais ou quinzenais, mostrando seu trabalho diário na empresa/fazenda, e com a equipe de campo, se possível, faça reuniões diárias, para saber quais problemas estão enfrentando naquele dia”, diz Margareth.

7- Querer resolver demandas de vários sistemas diferentes 

Querer, inicialmente, resolver sozinho os problemas de vários processos diferentes pode ser um erro.

Na fazenda o produtor pode ter problemas:

  • na lavoura, sendo mais de uma cultura durante o ano, as quais demandam produtos diferentes e conhecimento específico como o tipo de solo, entre outros. 
  • no escritório, com anotações de custos, gestão de pessoas, entrada e saída de mercadorias e produtos no estoque, entre outros.
  • No galpão, com quebra de máquinas e implementos, que entravam a produção, entre outros.

Muitas vezes esses problemas são interligados e requerem experiência para poder resolvê-los em conjunto, principalmente em grandes propriedades.

Mas você não precisa resolver todos os problemas logo no começo! “Vá devagar, foque em um nicho para se especializar e conseguir ganhar confiança do mercado. Comece com áreas pequenas, com poucas pessoas trabalhando, assim vai ganhando experiência e confiança”, diz Margareth.

“Faça parcerias com consultores que tenham habilidades diferentes das suas e que buscam o mesmo objetivo. Tenha um mentor para ajudar você a se desenvolver, que possua experiência e possa entregar conhecimentos que não existem na internet e nem são ensinados na faculdade”, reforça a especialista.

8- Não automatizar os processos de gestão 

O mundo está cada vez mais tecnológico e ao ignorar ferramentas que auxiliam o desenvolvimento do seu trabalho, além de demandar mais tempo do seu dia, te deixa limitado.

A dica da consultora Margareth Senne é:

“A tecnologia de informação está trazendo sempre inovação e guiando a gestão. As ferramentas conseguem trazer uma visão mais clara de determinados sistemas como um todo, te auxiliando a passar as transformações para cada setor. Algumas ferramentas que me auxiliam são as da Aegro, por exemplo, para verificar custos e produtividade e de cada talhão da fazenda.”

Exemplo da visualização de custos da fazenda possível com uso do Aegro

9- Não apresentar com clareza os resultados 

Entregar um relatório padrão, com várias folhas e somente parte escrita, é um erro.

Não utilizar gráficos, imagens e até mesmo vídeos com a parte escrita minimiza a compreensão do seu alvo, seja produtor, gestor da fazenda, funcionários de campo ou de escritório.

Use ferramentas distintas para mostrar as transformações que estão ocorrendo. Algumas pessoas são mais visuais, outras mais auditivas, então, utilize vídeos, gráficos ou elementos que as pessoas entendam com maior facilidade como deve ser feita determinada atividade, e tenha horário de início e fim das reuniões”, afirma Margareth.

10- Não saber vender seu trabalho 

Não basta ser um bom consultor: é preciso saber vender seu trabalho!

Não adianta ter conhecimento de estruturação do negócio, saber os processos que é capaz de atuar e ter uma metodologia sólida, se você não souber mostrar isso para os produtores e mercado de trabalho.

A dica da consultora Margareth Senne é:

“Saiba vender seu trabalho, mostrando a importância de resolver determinado problema e as ferramentas que você utilizará para ajudar na resolução. Não acredite que vendas e marketing são áreas distintas, hoje são habilidades que o consultor tem que desenvolver para mostrar seu trabalho para o mercado.”

Dica bônus: sempre aperfeiçoe sua consultoria rural 

Ser consultor rural é um desafio, pois no campo há pessoas de diferentes níveis de conhecimento, existem diversos sistemas de produção e vários modos de realizá-los.

Toda consultoria bem-sucedida precisa ter três elementos: gestão de pessoas, processos e ferramentas de gestão e automação, como a desenvolvida pela Aegro”, diz Margareth.

Desenvolva sempre esses três elementos durante sua vida profissional, pois desafios sempre irão surgir e estar preparado para enfrentá-los e resolvê-los é o diferencial! 

planilha para gestão de clientes

Conclusão

Tenha sempre seus objetivos em mente, planeje bem seu negócio e tenha uma metodologia de trabalho.

Sempre busque conhecimento, aprimore o que você sabe e vá em busca do desconhecido.

Aprenda a lidar com pessoas diferentes e ser dinâmico na resolução e apresentação dos problemas.

Use ferramentas que auxiliam seu trabalho, e ensine o produtor a usá-las também para que ele mantenha o controle e gestão da fazenda.

A consultora Margareth Senne tem mais de 20 anos de experiência como gestora de empresas, consultoria e assessoria, atuando na estruturação e gestão na área de agronegócio e indústrias de bens e serviços, além de ser mentora de negócios. Instagram: @margareth.senne; LinkedIn: Margareth Senne.

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Telemetria na agricultura: como ela melhora a gestão das máquinas na sua fazenda

Telemetria na agricultura: entenda o que é como aproveitar essa tecnologia para reduzir custos na sua propriedade.

A tecnologia tem deixado as fazendas cada vez mais inteligentes. Hoje é possível acompanhar as operações do maquinário sem precisar estar 100% no campo.

Com o auxílio de sensores acoplados nas máquinas, é possível ter redução de custos operacionais e otimizar as atividades da fazenda analisando os dados de telemetria.

Quer entender melhor como a telemetria ajuda na gestão da frota e de que forma ela pode ser aproveitada na sua propriedade? Acompanhe a seguir!

O que é telemetria?

A telemetria é uma tecnologia que permite a coleta e o compartilhamento de informações sobre equipamentos, veículos e máquinas de forma remota. O termo tem origem na palavra grega tele, que significa remoto, e metron que significa medida.

Explicando melhor: a telemetria é um sistema de monitoramento de dados e transferência por meio de sinais de rádio para uma central, que não necessariamente precisa estar dentro da propriedade. 

Em muitos casos, temos a utilização de um datalog para gravação dos dados coletados e posterior envio à central de controle, que geralmente armazena as informações na nuvem.

Na Agricultura de Precisão (AP), por meio dessa tecnologia, é possível coletar os dados utilizando sensores acoplados nas máquinas e também georreferenciar de acordo com o interesse de cada propriedade agrícola. 

Muito conhecida das corridas de Fórmula 1, a telemetria foi adaptada para o agronegócio e está cada dia mais presente nas fazendas.

Como utilizar a telemetria na agricultura

A telemetria pode ser amplamente aplicada no agronegócio, desde atividades relacionadas à coleta de dados de condições de solo e condições climáticas por meio de estações meteorológicas a dados provenientes de sensores embarcados nas máquinas. 

Os sensores nas máquinas podem ser de vários tipos: óticos, elétricos, capacitivos, acústicos, entre outros, e podem fornecer dados como:

  • pressão do óleo do motor;
  • pressão do corte de base;
  • rotações por minuto do equipamento;
  • consumo de combustível;
  • temperatura do motor;
  • horímetro;
  • posicionamento do maquinário;
  • velocidade instantânea;
  • horas do equipamento ligado;
  • motor ocioso;
  • locais de parada;
  • eficiência durante a operação;
  • área trabalhada;
  • horas produtivas;
  • e muito mais!
ilustração de como funciona um sistema de telemetria na fazenda: Por meio de um modem com software específico de telemetria instalado nas máquinas, o agricultor pode acompanhar e fazer correções em tempo real nas atividades do campo.

(Fonte: Globo Rural)

Como reduzir os custos com essa tecnologia

A telemetria ajuda na coleta de dados para análises posteriores. Inúmeras plataformas de telemetria já fornecem relatórios personalizados de acordo com os objetivos de cada cliente.

Os relatórios ajudam a identificar otimizações dentro das atividades agrícolas e reduções de custo.

Com metas e objetivos, a análise dos dados propicia que as otimizações sejam conseguidas em curto e médio prazos.

Como as máquinas e equipamentos são monitorados a todo momento, é possível tomar decisões e atuar em tempo real, ainda com as operações sendo realizadas em campo.

As análises e relatórios podem indicar que a máquina está operando fora dos padrões pré-estabelecidos, por exemplo. Tal informação auxilia na redução de custo durante a operação e possíveis reduções de custos como manutenção dos equipamentos.

Semeadura, aração, gradagem, colheita e outras operações realizadas fora dos padrões pré-estabelecidos podem acarretar falhas no plantio, consumo excessivo de combustível e maiores perdas durante a colheita.

A telemetria permite que estas informações sejam checadas e corrigidas sempre que possível.

Como otimizar a gestão de frotas com a telemetria

São muitos os benefícios da aplicação da telemetria nas fazendas agrícolas:

  • consumo de combustível;
  • temperatura e rotação do motor;
  • trajeto realizado pelo equipamento;
  • parada da máquina por quebra de peças;
  • parada do equipamento por falta de insumos;
  • tempos gastos para reabastecimento, entre outros.

Esses indicadores são muito úteis para reduções de custos e otimizações.

Caso seja analisado um consumo de combustível fora dos padrões já observados no histórico da fazenda, o equipamento pode ser destinado a manutenções ou substituições de peças.

Operadores que utilizam rotações mais altas do que as necessárias podem provocar maior consumo de combustível e o sistema de telemetria pode emitir alertas sonoros ou visuais para auxiliar na correta condução do equipamento.

Com relatórios das máquinas provenientes da telemetria sendo analisados, é possível saber quais são os equipamentos com melhor consumo de combustível e menos paradas por quebra de peças. Isso beneficia o rendimento operacional. 

Por meio da telemetria, é possível otimizar a frota da propriedade, assim como fez a Usina São Manoel.

A instalação de computadores de bordo em toda a frota utilizada nas operações agrícolas aumentou a moagem em 30% nos últimos cinco anos da usina. Isso sem a necessidade de ampliação da frota.

Sistemas de telemetria modernos conseguem auxiliar na gestão de centenas de equipamentos ao mesmo tempo, centralizando todas as informações em um único local. Assim, o gestor pode analisar os relatórios para tomar a melhor decisão.

A centralização desses dados em uma única plataforma propicia que, mesmo com equipes pequenas, a gestão possa ser feita de maneira eficiente.

As anotações em papéis ou planilhas impressas são substituídas pelas coletas e transmissões automáticas das informações, quando se utiliza telemetria, assegurando dados mais confiáveis.

Desafios para começar a usar a telemetria

Para implementar sistemas de telemetria na fazenda e equipamentos, alguns desafios devem ser considerados.

O primeiro é a escolha da melhor plataforma de telemetria presente no mercado, seleção da compra e implantação dos sensores de coleta e transmissão de dados nos equipamentos.

O segundo desafio são as máquinas mais antigas, que não possuem sistemas Isobus/CAN para coleta dos dados. Assim, é um pouco mais complicado para realizar a telemetria.

As máquinas (tratores e colhedoras) mais novas possuem um protocolo de comunicação de dados conhecida como Isobus/CAN, descrito pela norma ISO 11783, sendo mais simples a coleta e transmissão dos dados desses equipamentos para central.

O terceiro desafio está relacionado às falhas de conectividade no campo. Com isso, algumas máquinas poderão ficar de 24h a 48 horas ou mais, sem enviar dados à central. Assim, a correção da operação em tempo real é ineficiente.

Além desses desafios, é importante que as fazendas tenham pessoas e gestores capacitados a interpretar e analisar os dados gerados na central, com intuito de traçar novos planos e metas para otimizar as atividades agrícolas.

Como implementar a telemetria na fazenda

Existem diversas maneiras de se implantar a telemetria nas máquinas da fazenda.

Os métodos mais simples envolvem a aquisição de iPads, chips com sinal gprs e sensores acoplados diretamente na rede CAN das máquinas que coletam e enviam os dados a central.

Outra maneira é por meio da aquisição de plataformas e adaptações realizadas nas máquinas com hardwares e softwares como a JD Link, Solinftec, Climate Fieldview, Otmis Maps, entre outros.

imagem de um notebook aberto mostrando o sistema de telemetria na agricultura JDLink, da John Deere.

(Fonte: John Deere)

Os hardwares e softwares precisam ser instalados nas máquinas e possuir integração com a plataforma que irá receber os dados e gerar os relatórios. 

As plataformas arquivam os dados históricos dos equipamentos para que possam ser utilizados para futuros planejamentos e análises.

E, além das análises de relatórios gerados, as máquinas podem ser acompanhadas em tempo real, sempre que estiverem conectadas com sinal de rádio para transmitir os dados. Assim, é possível fazer correções no momento em que as operações estão sendo executadas.

Conclusão

A telemetria já vem sendo muito utilizada em diversos setores da economia. No agronegócio, se mostra uma ferramenta muito valiosa no gerenciamento da frota em campo e no auxílio às tomadas de decisões gerenciais.

As máquinas conectadas mostra aos operadores quais áreas já foram manejadas, reduzindo aplicações desnecessárias e otimizando os custos.

Ferramentas de telemetria otimizam as atividades no campo, trazendo novas tecnologia e inovação no setor que mais cresce no país.

>> Leia mais: 

Máquinas agrícolas: como gerenciá-las

“Como a irrigação de precisão pode otimizar o uso da água e gerar economia na fazenda”

“Como a agricultura preditiva e autônoma pode impulsionar sua lucratividade”

O que você acha sobre a telemetria na agricultura? Você utiliza essa tecnologia na sua fazenda?Adoraria ver seu comentário abaixo.

Segurança de dados no Aegro: como protegemos as informações da sua fazenda

Segurança de dados no Aegro: entenda como funciona o armazenamento das suas informações no nosso software para gestão de fazendas.

Dados são a base de uma gestão agrícola eficiente. Quando você alimenta o Aegro com informações de qualidade, nosso software gera análises importantes sobre a saúde do seu negócio.

As entradas e saídas de dinheiro que você registra ao longo da safra, por exemplo, ajudam a calcular o lucro ou prejuízo da sua produção.

Mas, pode ser que você tenha algumas dúvidas sobre colocar as suas anotações de campo e o seu controle financeiro em um sistema.

Afinal, onde ficam salvos os seus dados e como eles são protegidos?

Neste texto, vamos te mostrar de forma bem direta por que o nosso software é o melhor local para guardar e administrar as informações da sua fazenda. Você nunca mais vai pensar em usar uma folha de papel! Leia a seguir um artigo completo sobre a segurança de dados no Aegro.

A segurança de dados no Aegro: um software na nuvem

Sem dúvida, trocar cadernos e planilhas por um software na nuvem é o primeiro passo para garantir a segurança dos seus dados.

Você não será o primeiro e nem o último agricultor a perder um bloco de notas para a chuva, o vento ou a terra.

Além disso, a planilha nada mais é do que um arquivo no seu computador. Esse arquivo pode ser corrompido e até mesmo perdido, caso o seu aparelho sofra um acidente ou furto.

Vale lembrar, também, que o seu computador está sujeito a milhares de vírus que atacam os usuários de internet todos os dias.

A segurança de dados no Aegro é maior por se tratar de um software na nuvem. Você sabe o que isso significa na prática?

Seus dados sempre disponíveis

A computação na nuvem traz muito mais praticidade para o cotidiano de uma fazenda.

Isso porque os dados da sua produção não ficam armazenados em um computador, sujeito a tantos problemas, mas sim em um centro de dados online, muito protegido e equipado com tecnologia de ponta.

Quer dizer que você acessa o software pela internet, a partir de diferentes tipos de dispositivos: computador, celular, tablet. Não importa se você está no Pará ou em Santa Catarina, seu dados permanecem à sua disposição.

É assim que funciona no Aegro. Mediante um usuário e senha, você entra na sua conta e gerencia as suas informações a qualquer momento.

Caso o seu computador estrague, você não perderá o histórico da atividade rural e nem ficará empenhado no dia a dia. Basta logar no sistema a partir de outro equipamento e continuar administrando a propriedade.

Tecnologia de ponta

Como comentamos no tópico anterior, todos os dados registrados no Aegro ficam salvos na nuvem. E você vai gostar de saber que nós operamos com uma das nuvens mais seguras do mercado: a Amazon Web Services.

É a mesma infraestrutura que diversas empresas multinacionais usam, como Philips, Netflix, GE, Siemens, entre outras.

Com a Amazon, as barreiras de proteção do nosso software são monitoradas de forma automática e praticamente em tempo real para identificar possíveis ameaças.

Atualizações e correções de segurança de dados no Aegro são lançadas constantemente a fim de garantir que não haja nenhuma brecha no sistema.

Além do mais, os dados da sua fazenda são criptografados. Em outras palavras, aplicamos uma série de códigos para assegurar que ninguém, além de você, consiga ler as suas informações.

Garantimos a privacidade dos seus dados

Mais do que usar alta tecnologia para garantir a segurança de dados no Aegro, nós firmamos um compromisso com a sua privacidade desde os primeiros contatos.

Se você já deixou um e-mail, telefone ou qualquer dado sobre a sua atividade rural em formulários da Aegro, tenha certeza de que estes dados são coletados apenas para entregar a você os produtos e serviços que lhe interessam.

Fique à vontade para ler a nossa política de privacidade aqui.

E nós continuamos tratando a sua informação com total confidencialidade durante toda a sua jornada conosco.

A Aegro é uma empresa independente, que não faz parte de grandes grupos do setor agrícola. Nós não respondemos a interesses externos e não repassamos os seus dados a terceiros.

Outro ponto importante é que nós construímos o nosso software de gestão pensando em preservar as informações sensíveis da sua fazenda. É você quem define o que cada funcionário enxerga.

Defina permissões de acesso

Você pode adicionar a equipe da fazenda no Aegro para que todos trabalhem de forma mais integrada, sem se preocupar com a exposição indevida dos seus dados.

Cada colaborador é adicionado ao software com um perfil de acesso, que determina quais informações ele pode acessar.

Os perfis estão relacionados a uma função dentro da fazenda: proprietário, gerente, agrônomo, financeiro, operador, estoquista, monitor.

Permissões de acesso por funcionário no software — ou como mantemos a segurança de dados no Aegro

Exemplo de permissões de acesso por funcionário possível dentro do software — ou como mantemos a segurança de dados no Aegro

Um operador visualiza informações relevantes para a realização da sua atividade, como safras, mapa da propriedade e máquinas. Ele também consegue registrar no sistema as suas operações de campo.

Já os dados bancários e transações, só poderão ser vistos e editados pelo proprietário, pelo gerente e contador/consultor financeiro da fazenda.

Você pode extrair informações do Aegro

Nos próximos anos, vamos continuar evoluindo para nunca deixar de entregar a você um sistema seguro e eficiente.

A Aegro vem crescendo desde a sua fundação e tem como investidora a SP Ventures, uma das gestoras de capital mais tradicionais do país. Este cenário garante que a nossa empresa tenha estabilidade para fornecer o seu software de gestão.

Ou seja, você pode confiar no Aegro para armazenar os seus dados pelo tempo determinado em contrato.

Porém, esteja ciente de que você pode exportar os seus registros do Aegro sempre que quiser ou precisar. Todas as áreas do software possuem a opção de gerar relatórios em PDF e Excel.

Os relatórios são úteis para a checagem de dados e inclusive para passar determinadas informações a pessoas que não possuem acesso ao software.

Mesmo que a sua fazenda decida interromper o uso do Aegro em algum momento, você terá até 60 dias para exportar os seus dados do sistema.

Confira essas e outras condições nos nossos termos de uso.

Ficou com alguma dúvida? Então veja esta conversa com nosso gestor de engenharia, na qual respondemos as principais questões que recebemos no dia a dia sobre a segurança de dados no Aegro.

Segurança no Aegro: como protegemos os dados da sua fazenda

Conclusão

Como gestor da fazenda, você pode encontrar diversos meios para registrar os dados da sua atividade rural. 

Existem controles por cadernos e planilhas. Entretanto, essas ferramentas não oferecem qualquer tipo de proteção contra a perda ou o roubo de informações.

Há também a opção de baixar e instalar um software no seu computador. Mas, neste caso, você também precisa lidar com os riscos e inconvenientes de armazenar seus dados “em casa”.

Já o Aegro, como um software na nuvem, faz todo o trabalho de proteger os seus dados. Nós entregamos à sua fazenda uma infraestrutura de segurança de alto nível e políticas transparentes de privacidade.

Portanto, sua segurança de dados no Aegro está garantida. Dessa maneira, você pode dormir com tranquilidade e focar a sua atenção no que mais importa: a gestão da sua propriedade.

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