Como escolher a colheitadeira ideal para sua lavoura

Colheitadeira ideal: veja quais são as mais indicadas para a cultura de grãos e café, além de dicas de manutenção e tecnologias disponíveis no mercado

A escolha da colheitadeira certa pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso da sua lavoura.

Para cada tipo de propriedade ou cultura existe uma máquina ideal que possibilitará rendimentos maiores à sua fazenda.

Por isso, separei neste artigo, algumas das melhores colhedoras disponíveis no mercado, além de outras dicas e informações importantes. Confira!

Colheitadeira ideal de grãos

As colhedoras de grãos possuem a funcionalidade da troca das plataformas para a colheita efetiva de soja e milho, sendo muito versáteis àqueles que realizam o plantio destas culturas.

Colhedora Massey Ferguson 4690

A colheitadeira híbrida 4690 da MF possui motor AGCO Power de 7,4 litros, de acordo com o MAR-1 (máquinas agrícolas e rodoviárias – Fase 1) de redução de emissão de poluentes, com 200 cv de potência e capacidade de 5.500 L no tanque graneleiro.

O sistema híbrido possui dois rotores e ventilação de dupla cascata, permitindo que a limpeza dos grãos seja feita em etapas bem definidas, não sobrecarregando as peneiras e possibilitando a entrega de um material limpo e de qualidade ao tanque graneleiro.

Com capacidade de 86 litros por segundo, esvaziando o tanque da máquina, a descarga desse material é bem rápida e neste modelo demora cerca de 64 segundos para a descarga total dos grãos.

O picador de palhas também é muito eficiente! Conta com duas velocidades e lâminas tratadas termicamente, propiciando excelente cobertura do solo.

colheitadeira ideal

Colhedora Massey Ferguson 4690
(Fonte: Massey Ferguson)

Colhedora New Holland TC 5090

A colhedora New Holland TC 5090 possui motor de 258 cv e uma capacidade de 7.200 L no tanque graneleiro.

Com capacidade de descarga de 63 litros por segundo e comprimento do tubo de descarga de 4,68 metros, essa colhedora possui um ótimo rendimento operacional.

Além disso, possui peneiras autonivelantes que propiciam menores perdas e, seu sistema de debulha por cilindro, apresenta um excelente desempenho em condições de talo verde, alta umidade e durabilidade de seus componentes.

A abertura e fechamento do côncavo podem ser realizados de dentro da cabine e as barras de alta inércia auxiliam na sua limpeza, melhorando a performance da colhedora. 

Ademais, a linha TC oferece a opção de tração traseira auxiliar, acionada por motores hidráulicos independentes. Essa funcionalidade oferece 30% a mais na tração da colhedora, auxiliando no deslocamento em locais de difícil acesso e reduzindo a compactação do solo.

colhedora new holland

Colhedora New Holland TC 5090
(Fonte: New Holland)

Colhedora John  Deere S790

A colheitadeira John Deere S790 possui um sistema Dyna-Flo Plus que reduz o volume de retrilha em até 28%, assegurando melhores rendimentos operacionais. 

Também possui um motor de 13,5 L, 550 cv e atende às condições impostas pelo MAR-1, garantindo melhor eficiência no consumo de combustível e redução na emissão de poluentes.

Com capacidade de 14.100 L no depósito de grãos e taxa de descarga de 135 litros por segundo, essa colhedora é uma excelente opção para quem busca maiores rendimentos operacionais em campo.

Possui tecnologia embarcada denominada Combine Advisor com ActiveVision, assegurando a realização de calibrações automáticas e ganhos em produtividade e qualidade, independente das condições da lavoura ao longo da colheita.

Ainda, essa tecnologia embarcada é totalmente automatizada, sendo de fácil operação para o trabalho no campo, uma vez que o trabalhador não necessita realizar todos os ajustes ou calibrações. 

Colheitadeira ideal de café

A cafeicultura está passando por modernizações tanto na aplicação de fertilizantes quanto na colheita dos produtos.

Duas colhedoras de café presentes no mercado que merecem destaque são: a Coffee Express 200 Multi, da Case iH, e a K3 Millennium, da Jacto.

Coffee Express 200 Multi Case IH

A colheitadeira de café Coffee Express 200 Multi da Case IH possui agora um rebaixamento do chassi de 100 mm que melhorou a derriça principalmente em plantas mais novas, uma vez que a estrutura está mais próxima do solo.

Esse novo modelo de colhedora possui mais paletas retráteis que o modelo anterior, o qual  passou de 32 para 62 paletas e acarretou em redução de perdas de café no chão.

Também possui maior quantidade de varetas e sua disposição em formato de colmeia auxilia na maior eficiência de colheita e menor desfolha das plantas.

Coffee Express 200 Multi Case iH

Coffee Express 200 Multi
(Fonte: Case IH)

K3 Millennium da Jacto

Uma colhedora muito versátil com grande eficiência na colheita. A K3 Millennium é robusta e se adapta bem às condições da cafeicultura brasileira.

Consegue reduzir até 50% das perdas de café no chão, segundo o fabricante, e isso ocorre devido aos recolhedores possuírem 260 mm associados a um conjunto de câmeras, as quais facilitam o correto alinhamento das plantas.

colheitadeira ideal

K3 Millennium da Jacto
(Fonte: Jacto)

As lâminas retráteis se fecham abaixo da saia do cafeeiro, garantindo que o café derriçado não seja perdido e nem impurezas sejam coletadas.

Ainda, o sistema derriçador da Jacto permite operar a colhedora com velocidades de até 2,5 km/h em colheitas seletivas e eficiência de derriça de 97%, mesmo em plantas de pequeno porte.

Ótima opção para compra e utilização desde as fases de implantação do café.

Manutenção das máquinas e tecnologias embarcadas

A manutenção das máquinas agrícolas é essencial para o bom funcionamento da sua colheitadeira ideal. 

A manutenção preventiva e reposição das peças necessárias asseguram melhores rendimentos operacionais.

Dessa maneira, antes da escolha da máquina ideal para a sua propriedade é necessário levar em consideração a proximidade da revenda ou serviço de pós-venda na sua região.

Atualmente, além de manter os equipamentos com as manutenções em dia, temos inúmeras tecnologias que podem ser agregadas nas operações de colheita.

O piloto automático, por exemplo, possibilita ganhos operacionais – uma vez que auxilia o operador na condução do equipamento de maneira a permitir que sua atenção seja direcionada para outros aspectos importantes durante a colheita.

Assim como os sistemas de telemetria que fornecem dados em tempo real da colheita, sendo possível a correção de erros operacionais ainda em campo. 

Conclusão

Antes de escolher a colheitadeira ideal para a sua fazenda, é importante checar se existem revendas ou peças de reposição de fácil acesso na sua localização.

As manutenções preventivas são essenciais para o bom funcionamento dos equipamentos.

No momento da compra é ideal que o produtor rural tenha o tamanho da área a ser colhida, uma vez que a colhedora bem dimensionada assegura bons rendimentos operacionais e a redução de custo.

>>Leia mais:

Como evitar o embuchamento em plantio direto de soja

“Tudo o que você precisa saber sobre dimensionamento da frota agrícola”

“5 dicas da regulagem de colheitadeira para melhor desempenho na lavoura

Restou alguma dúvida sobre como escolher a colhetadeira ideal para sua fazenda? Você possui alguma destas máquinas que eu citei? Acha que existem outras colhedoras que deveriam estar nesta lista? Deixe comentário abaixo!

Importância do patrimônio rural nas fazendas agrícolas

Patrimônio rural: a correta gestão pode reduzir custos operacionais e aumentar a lucratividade nas propriedades agrícolas.

Além do sucesso anual das lavouras, o patrimônio rural pode assegurar a continuidade das atividades nas fazendas.

Por isso, a preservação e boa gestão das máquinas e implementos agrícolas é vital para redução de custos na propriedade, representando um papel essencial no patrimônio das fazendas.

Neste artigo, saiba como gerenciar o seu patrimônio rural da melhor maneira. Acompanhe!

Como cuidar bem do patrimônio rural

Nas fazendas temos galpões, sede, carros, computadores… e todos esses bens fazem parte do patrimônio rural das propriedades.

Dessa forma, devem ser geridos e utilizados com os devidos cuidados para a garantia da continuidade das operações no campo.

Atualmente, máquinas utilizadas nas lavouras são essenciais no processo produtivo.

Por isso, lembre-se: a manutenção preventiva e boas práticas de utilização dos equipamentos garantem o sucesso ou fracasso das lavouras.

Entre esses patrimônios estão tratores, colhedoras, adubadores e pulverizadores que são amplamente demandados todos os dias no campo e, caso um desses equipamentos esteja indisponível no momento da operação, os custos totais aumentarão.

(Fonte: G1 – Divulgação/Fendt)

Portanto, os cuidados com o patrimônio rural da propriedade devem iniciar com os maquinários da fazenda.

Para uma boa manutenção dos equipamentos é importante que sejam respeitados os prazos e substituições de peças recomendadas pelo fabricante de cada máquina ou implemento.

Da mesma forma, para que a manutenção esteja em dia é necessário anotar os dados de uso de cada patrimônio da propriedade, bem como formas de utilização e cuidados necessários com peças de reposição.

A correta gestão do maquinário agrícola pode aumentar o tempo de vida útil do seu patrimônio e ainda garantir preços de venda mais altos no mercado.

Além disso, é recomendado que a depreciação do maquinário seja computada nas planilhas de patrimônio rural da fazenda, porém é uma prática que muitos produtores ainda não realizam.

A depreciação de máquinas agrícolas é essencial para planejamentos e investimentos futuros em novas máquinas. 

Temos uma planilha gratuita para te auxiliar no cálculo desse custo fixo para depreciação fiscal ou gerencial, baixe aqui

planilha aegro - depreciação de máquinas

Levantamento de Dados

Só conseguimos avançar e evoluir se tivermos os dados computados das operações.

O acesso às informações do patrimônio rural devem estar todos registrados e acessíveis aos gerentes e proprietários da empresa agrícola.

Isso porque ter tudo na palma da mão facilita a tomada de decisão, especialmente quando analisamos inúmeras máquinas, de várias fazendas ou que operam em grandes extensões da propriedade.

A gestão de um ou dois equipamentos ainda é factível de ser realizada apenas na cabeça do produtor rural, mas quando este número atinge maiores volumes fica complicado realizar o cronograma correto de revisões e manutenções preventivas dos equipamentos.

Por isso, softwares de gestão facilitam a vida do produtor rural e asseguram que todas as operações de cada máquina sejam especificamente registradas.

patrimônio rural

As plataformas digitais permitem que os dados sejam coletados em tempo real e armazenados na nuvem, podendo estar na palma da mão sempre que necessário.

Como resultado, uma gestão do patrimônio rural bem feita possibilita redução de custos nas operações de campo e maior valor final de revenda dos equipamentos.

Uma vez que as anotações estão computadas, uma análise dos dados acarretará em melhor gerenciamento do seu patrimônio rural, assegurando uma tomada de decisão mais assertiva nas áreas.

Patrimônio rural: Quais dados coletar?

É necessário que a coleta de dados seja a mais completa possível e feita em todas as operações realizadas pelos equipamentos.

Assim, os dados sobre consumo de combustível, uso incorreto dos equipamentos, horas trabalhadas, necessidade de manutenção, calibrações necessárias, entre outros, devem ser computados no software eletrônico.

Por isso, é fundamental que os gestores tenham em mãos os dados para realização de análises posteriores e otimização nos processos de campo.

Além disso, os custos operacionais podem ser contabilizados talhão por talhão, sendo possível a visualização da eficiência e seleção das máquinas que produzem mais com menores custos.

Outro fator que pode ser levado em conta são os gastos de combustível

Sendo que quando o produtor fica informado sobre quais máquinas agrícolas podem estar consumindo mais, é possível a substituição por outras melhor dimensionadas.

Só se consegue reduzir os custos se você tiver todos esses dados contabilizados e levantados em softwares de gestão.

Interpretar os dados e transformar em ações

Não seria incrível ver as máquinas trabalhando mais e gastando menos dinheiro?

Aqueles que acham que tal cenário é impossível, já existem softwares agrícolas executando essas tarefas com excelência em muitas fazendas do Brasil.

Análises de custo operacional por hectare, capacidade efetiva de trabalho por hora, consumo de combustível e custo com reparos e manutenções. Todos estes fatores devem ser avaliados para tomadas de decisões futuras.

A partir disso e com os resultados em mãos, deve-se selecionar as máquinas com menores consumos de combustível, menores custos com reparos e manutenção e menores custos operacionais por hectare.

Se a máquina não for a melhor em todos os quesitos, a escolha para uma nova aquisição deve estar alinhada com os objetivos da fazenda.

Por exemplo: 

  • “Se seu objetivo é economizar 15% com consumo de combustível, a ideia é selecionar máquinas que talvez custem mais caro, porém estejam melhores dimensionadas para sua operação, economizando mais combustível no dia a dia”.
  • “Se seu objetivo é aumentar o rendimento operacional das máquinas devido à curta janela de plantio e grande distância da fazenda à revenda mais próxima, a ideia é selecionar máquinas que ficaram menos tempo paradas por falta de peças e quebraram menos”.

Com dados e relatórios disponíveis a qualquer momento fica mais simples escolher e comprar o maquinário correto, de acordo com os objetivos futuros para a propriedade.

Gestão de patrimônio rural no Aegro 

O Aegro é um aplicativo completo para a gestão da fazenda, desde o financeiro até o operacional, agregando também as informações dos patrimônios como máquinas e implementos agrícolas

Por meio do celular ou computador, você pode ter o registro de todas suas atividades, abastecimentos e manutenções de máquinas em apenas alguns cliques.

Dessa forma, os dados ficam seguros e armazenados em nuvem. 

Ao adicionar no sistema uma nova despesa de combustível, por exemplo, você pode vincular esse custo às safras de sua escolha.

Você também pode escolher entre apropriar o custo do abastecimento a uma ou mais safras, ou mesmo a determinadas áreas de sua propriedade.

Ou seja, o Aegro faz todos os cálculos de rateamento de despesas de maneira automática por meio da inserção dos dados de abastecimento. 

aegro

Conclusão

Aplicativos de gestão podem auxiliar na manutenção do patrimônio e assegurar que boas práticas de utilização estejam sendo respeitadas na propriedade rural.

Portanto, patrimônio rural bem cuidado reflete em redução do tempo das operações de campo e ainda garante o sucesso na continuidade das atividades.

Como você cuida do seu patrimônio rural? Utiliza algum software de gestão para coleta e armazenamento dos dados? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo.

Como regular plantadeira de trigo e ser mais eficiente

Como regular plantadeira de trigo: Veja um passo a passo detalhado para a regulagem correta da semeadora-adubadora. 

Durante todo o cultivo do trigo existem vários entraves que vão surgindo, como ataques de pragas e doenças.

Mas no momento do plantio, você pode evitar alguns erros para garantir uma melhor produtividade. 

Um fator importante a ser considerado é a regulagem correta da semeadora-adubadora, que evita problemas como espaçamento incorreto e falta de germinação.

Vamos entender melhor cada processo de como regular plantadeira de trigo? Confira a seguir!

Semeadora-adubadora de trigo

como regular plantadeira de trigo

Semeadora-adubadora utilizada no plantio de trigo
(Fonte: Grupo Cultivar)

Você deve ter notado que o título desse artigo fala em plantadeira e, logo em seguida, em semeadora-adubadora. 

Isso porque as semeadoras são bastante conhecidas como plantadeiras pelos produtores, mas no caso do plantio do trigo, o mais correto é semeadora, pois o plantio será realizado com sementes e não com partes da planta. 

De forma geral, as semeadoras de trigo são usadas tanto para semeadura quanto para a adubação.  

Em sistemas de plantio direto, possibilitam qualidade na semeadura com sementes colocadas corretamente no solo, assim como o estabelecimento rápido e uniforme da população de plantas. 

As semeadoras devem ter uma atenção especial antes de iniciar todo o processo do plantio, pois a sua regulagem correta vai evitar a perda de produtividade. 

Aqui, mais especificamente, falaremos de como regular plantadeira de trigo – ou seja – as semeadoras-adubadoras de trigo. Vamos lá?

Passos importantes na semeadura

Alguns pontos no momento do plantio são deixados de lado por serem considerados muito simples. Mas você já parou para pensar que esses passos podem fazer toda a diferença na produtividade final da lavoura?

Conhecer bem a semeadora, velocidade em que precisa ser usada, quantidade de sementes e de adubo vai garantir uniformidade populacional e melhor rendimento dos grãos. 

Na cultura do trigo,  a semeadora-adubadora utilizada é de fluxo contínuo, o que quer dizer que a distribuição das sementes no solo e do adubo ocorre de forma contínua. 

E uma dúvida muito recorrente é sobre a regulagem da máquina para a adubação. 

É muito importante você seguir as recomendações técnicas sobre espaçamento, cálculo da quantidade de sementes e adubo.

custo operacional de máquinas

Como regular plantadeira de trigo: adubo

É necessário que você siga algumas instruções para que a regulagem seja apropriada para a cultura do trigo. Então, antes de trabalhar com a máquina é importante que você siga esses 6 passos:

1. Calcular o comprimento de sulco por hectare 

Metros/ha =   10 000 m²/ha           
                         espaçamento (m)

Para trigo, o espaçamento das linhas de plantio é de 17 cm. Sendo assim, o cálculo será:

Metros/ha =   10 000 m²/ha           
0,17 m
= 58.823,5 m sulco/ha

2. Calcular o peso de adubo desejado por metro de sulco

Se for recomendado 250 kg/ ha, dividi-se pelo comprimento de sulco por hectare:

250 000 g/58.823,5 m = 4,25 g/m

3. Coletar o adubo

Nesse passo, você precisa conhecer a quantidade de adubo que a máquina está calibrada ao dosar em um determinado espaço percorrido. 

Por isso, deve-se colocar a alavanca de regulagem em uma posição pré-determinada e um recipiente coletor sob as linhas a serem testadas. 

4. Deslocar uma distância conhecida 

Por exemplo, digamos que você decida percorrer uma distância de 20 m.

5. Pesar o adubo que cair no coletor

Após percorrer os 20 m, você deve coletar a quantidade de adubo que cair no coletor e pesar. 

Digamos que você pesou e viu que tem 60 g de adubo. Logo:

60 g/ 20 m = 3 g/ m

6. Verificar se os valores dos itens 3 e 5 estão batendo 

Como vimos no nosso exemplo hipotético, a quantidade que a máquina está aplicando é menor que a desejada para o plantio de trigo

Sendo assim, deve-se aumentar a abertura do mecanismo dosador e repetir o processo até que os valores se igualem. 

Mesmo que você tenha experiência na área, é válido fazer esse processo. 

Lembre-se que a adubação correta no momento do plantio de trigo vai garantir uma boa produtividade ao final da safra. 

Como regular sementes da semeadora?

Assim como para o adubo, a regulagem da semeadora é de acordo com o número de sementes.

É recomendado que você faça o cálculo da quantidade de sementes de trigo para que sejam distribuídas cerca de 300 a 330 sementes aptas por m². 

E quais os passos necessários para calibrar a máquina? Veja a seguir!

1. Calcular o comprimento de sulco por hectare

Essa etapa é a mesma para o cálculo de adubo, recapitulando:

Metros/ha =  10 000 m²/ha           
                  espaçamento (m)

Para trigo, o espaçamento da linha de plantio é de 17 cm. Sendo assim, o cálculo será:

                                          Metros/ha =  10 000m²/ha = 58 823,5 m sulco/ha
                        0,17 m

2. Calcular a quantidade de sementes a ser distribuída por hectare

Vamos considerar que serão 300 plantas/m², com poder germinativo de 90%. Sendo assim, deve-se calcular:

sementes/m² = 300 x 0,9 = 330 sementes/m² ou 3 330 000 sementes/ ha

Supondo que o peso de 1000 sementes seja de 40 g, deve-se calcular a quantidade de sementes em kg/ha:

kg/ha = 3 330 000 x 40 = 133,2 kg/ha

3. Calcular o peso de semente por metro de sulco

Se teremos 133,2 kg/ha, devemos calcular quanto será necessário para  58 823,5 metros de sulco. 

133 200 g / 58 823,5 m =  2,26 g/metro linear 

4. Coletar as sementes 

Assim como na regulagem para adubo, nesse passo você precisa conhecer a quantidade de sementes que a máquina está calibrada a dosar em um determinado espaço percorrido. 

Por isso, coloque a alavanca de regulagem em uma posição pré-determinada e um recipiente coletor sob as linhas a serem testadas. 

5. Deslocar uma distância conhecida 

Digamos que você decida percorrer novamente uma distância de 20 m. 

6. Pesar as sementes que caírem no coletor

Após percorrer os 20 m, colete a quantidade de sementes que caírem no coletor e pese. 

Digamos que você pesou e viu que tem 50 g de sementes. Logo:

50 g/ 20 m = 2,5 g/ metro linear

7. Verificar se os valores dos itens 3 e 6 estão batendo 

O valor determinado de peso de sementes está abaixo daquele que a máquina está dosando. 

Por isso, nesta situação recomendo que diminua a abertura do mecanismo dosador e repita o processo até que os valores se igualem. 

Todo o processo de regulagem tanto para adubo como para sementes é bastante simples, mas se você deixar esta etapa de lado, corre o risco de ter prejuízo. 

Conclusão

Como vimos até aqui, são passos simples, seis paro o adubo e sete para as sementes, que você precisa seguir para realizar a regulagem correta da semeadora-adubadora. 

E sabemos que isso está diretamente relacionado com a produção final da lavoura.

Então, vale a pena segui-los para evitar erros e ter uma melhor produtividade na sua lavoura de trigo.

>> Leia Mais:
Como fazer a regulagem de plantadeira de soja e garantir a lavoura
Plantadeira de milho: Quais são as melhores e outras dicas de uso
Como otimizar sua lavoura com pulverizador autopropelido

E você, tem alguma dica sobre como regular plantadeira de trigo? Restou alguma dúvida? Deixe o seu comentário abaixo!

Como fazer o controle de frota da fazenda

Controle de frota: veja dicas de como fazer, de como planejar a gestão operacional e tecnologias que podem auxiliar nessa questão. 

O controle de frotas na fazenda pode auxiliar em maiores ganhos financeiros dentro das propriedades.

Mas o gerenciamento da frota não é tão simples de ser realizado!

Você sabia que pode trabalhar com menos máquinas e otimizar os rendimentos operacionais?

Acompanhe neste artigo quais são os pontos principais que você deve avaliar para facilitar sua tomada de decisões quanto ao controle de frota. Confira!

Como fazer controle de frota?

Em qualquer atividade, o controle sobre a frota não é algo tão simples de ser realizado e nas propriedades agrícolas não é diferente. 

Isso porque é uma tarefa que deve envolver cada veículo, seus operadores, vida útil do maquinário, entre diversos outros fatores.

Grandes usinas, como a São Martinho, investem dezenas de milhões de reais para assegurar praticidades e eficiências maiores durante as operações.

O controle de frotas é essencial para que os gestores e donos das propriedades consigam identificar gargalos que prejudicam as eficiências dessa atividade.

Além disso, ter o maquinário disponível no momento da colheita, transporte e armazenamento dos produtos é fundamental para garantir o cumprimento dos prazos e assegurar o lucro das fazendas. 

Para fazer o controle da frota de sua fazenda, o primeiro passo é mapear em uma planilha ou até mesmo no papel todas as operações que sua frota realiza, dentro e fora da propriedade.

Algumas propriedades já possuem tais mapeamentos e devem levantar estes dados com o gestor de frotas, se possível do último ano ou dos últimos seis meses de operações.

controle de frota

Como fazer uma boa gestão de frota?

Para quem deseja iniciar uma boa gestão de frota, do zero, montamos um passo a passo a seguir para orientar no levantamento de informações.

Vale ressaltar que o ideal é que cada propriedade faça suas alterações e modificações para o seu cenário produtivo, buscando um modelo que otimize e traga soluções simples, mas eficazes para sua fazenda.
 

gerenciando o maquinário agrícola

1. Levantamento de informações da frota

O primeiro passo é saber a quantidade de veículos da empresa que estão envolvidos nas operações, sejam tratores, colhedoras, caminhões, carros, motos, etc.

Após a contabilização dos veículos, é necessário anotar os gastos com combustível por equipamento, bem como os custos com manutenções, capacidades operacionais de cada equipamento, rotas e disponibilidade de cada veículo ao longo do ano.

É ideal que se tenha um custo por km rodado de cada equipamento, para fins de comparação e otimização dos processos. 

Também recomenda-se um mapa da necessidade de equipamentos dentro da fazenda, mês a mês, e a partir dessa análise será possível entender a dinâmica de maquinário em cada época.

Outro fator essencial é o dimensionamento da frota para que os custos estejam dentro do ideal para a propriedade.

Frotas subdimensionadas podem acarretar em sobrecargas nos equipamentos, aumentando custos com reparos e manutenções.

Por outro lado, frotas superdimensionadas acarretam em ociosidade operacional e elevação dos custos.

O dimensionamento correto deve potencializar o uso de cada equipamento.

Tenha uma coisa em mente: Um trator grande e mais potente também trará maiores gastos com combustível e manutenções;  já um bem dimensionado realizará a mesma operação e com custos menores.

2. Análise das informações da frota

Uma análise profunda deve ser realizada após o levantamento dos dados – de gastos com combustível, custos com reparo e manutenção.

Para verificar o uso inadequado do equipamento, pode-se utilizar um software de telemetria seguido de treinamento dos condutores para correção.

A manutenção e reposição de peças são fortes agregadores de custos nas operações dentro das fazendas.

Por isso, o ideal é que sejam realizadas manutenções preventivas e não corretivas.

Você pode saber mais neste artigo: “Máquinas agrícolas: Como gerenciá-las”.

Um cronograma de manutenção preventiva também pode ser criado no papel ou com o auxílio de softwares digitais, contendo revisões a cada número de horas, trocas de óleo, filtros e outras peças que demandem reposição, evitando quebras durante a operação. 

O Aegro, por exemplo, pode auxiliar a calcular o custo operacional do maquinário, capacidade efetiva de trabalho e consumo de combustível por hectare.

Você consegue todos esses indicadores de modo mais automático, simples e seguro.

controle de frota aegro

Com esse software, pode-se controlar a quantidade de combustível utilizada e vincular estes valores ao custo realizado em cada talhão.

Para conhecer mais sobre como fazer isso no Aegro, acesse: Custos do maquinário e indicadores de eficiência das máquinas.

Existem usinas que conseguem atingir os mesmos índices produtivos, com redução da frota e otimização dos processos.

Como isso é possível? É simples! Os dados mostram qual marca de trator quebra mais e possui maiores custos com reparo e manutenção.

O segredo está na escolha da marca que trabalha mais e possui custos operacionais menores.

Assim, com o passar do tempo a usina pode vender os equipamentos da marca mais custosa e começar a adquirir os que possuem números melhores.

Este é apenas um exemplo de como o controle de frotas pode otimizar os ganhos dentro da propriedade.

custo operacional de máquinas

3. Planejamento de otimizações na frota

Após uma análise da necessidade de equipamentos, consumo de combustível e rotas que cada máquina percorre na propriedade, é ideal que se tenha em mente algumas metas.

Pense em metas possíveis de serem atingidas, como exemplo, redução de 10% do consumo de combustível e redução de ociosidade da frota.

Até mesmo a contratação de terceiros para realização de atividades dentro da fazenda deve ser considerada como uma possível atuação.

Com dados consistentes em mãos, fica mais simples checar qual equipamento consome mais combustível em operações semelhantes e qual fica mais tempo parado devido à quebra de peças.

Uma vez que se sabe qual equipamento funciona melhor para cada fazenda, decisões de compras futuras são facilitadas.

É fundamental que se tenha assistência e peças de reposição no pós-venda e perto da fazenda, sendo que este pode ser outro fator importante no momento da aquisição dos equipamentos.

Desta forma, as metas devem ser checadas a cada bimestre ou semestre e, caso algo não esteja funcionando conforme o desejado, devem ser feitos ajustes que proporcionem o cumprimento das metas propostas.

4. Gestão de pessoas

Por fim, não teria como esquecer o capital humano envolvido no processo de um controle de frota eficiente da fazenda.

Na maioria das vezes, os operadores desconhecem as faixas de rotações ideais para o menor consumo de combustível e melhor qualidade nas operações.

Alguns softwares de telemetria possuem sistemas de alertas que informam quando os operadores estão trabalhando fora da faixa ideal de rotação, de acordo com cada operação.

Portanto, todos os envolvidos devem ser submetidos a treinamentos que propiciem alcançar melhores rendimentos operacionais no dia a dia.

A análise dos dados por meio de um software pode auxiliar no levantamento dos erros mais frequentes dos operadores, facilitando pontos-chave a serem corrigidos em treinamentos futuros.

Tecnologias para auxiliar no controle de frota

Comentei um pouco dos softwares de telemetria que podem ser colocados nas máquinas e vou explicar como eles funcionam.

Atualmente, já existe tecnologia que pode auxiliar na gestão das frotas da fazenda e, com o auxílio da internet, é possível usar telemetria e rastreabilidade em boas práticas dentro das operações.

A telemetria é um sistema que possibilita identificar como a máquina está sendo operada em campo, bem como acompanhar sua localização em tempo real e acompanhar relatórios de diversos sistemas da máquina.

Por meio de sensores instalados ou levantamento de informações das máquinas, é possível configurar faixas de rotação ideais para cada operação, assim como velocidade de deslocamento e marcha ideal.

Também é possível indicar as causas que acarretaram na parada dos maquinários, como por exemplo, se foi uma quebra de peça, falta de combustível, falta de sementes ou fertilizantes.

Uma análise desses dados pode auxiliar em melhores planejamentos de acordo com cada operação.

Com estes fatores preestabelecidos, é possível realizar as operações com maior qualidade e ainda reduzir custos com combustível, manutenção e uso inadequado dos equipamentos.

Estes softwares facilitam, também, na interpretação de uma série de fatores:

  • Identificação de ociosidade da máquina;
  • Consumo excessivo de combustível;
  • Trabalho fora do padrão preestabelecido;
  • Correção em tempo real de erros operacionais;
  • Identificação de melhores rotas;
  • Identificação de melhores equipamentos;
  • Entre outros. 

Para quem se interessa em adquirir tais equipamentos, muitas empresas estão presentes neste mercado.

As próprias fabricantes possuem seus sistemas próprios de telemetria como a Auteq, atuante nas máquinas da John Deere, e ainda empresas privadas como a Solinftec e a Climate FieldView.

Gerenciamento de Informações Autotec Telemática

Gerenciamento de Informações Autotec Telemática
(Fonte: John Deere)

Conclusão

Falamos um pouco da importância da gestão de frota da fazenda e benefícios econômicos provenientes dessas análises.

Hoje, já estão disponíveis ferramentas tecnológicas que realizam a telemetria das máquinas em campo e em tempo real, facilitando a correção de erros pontuais ou da falta de padronização dentro das operações.

Seja no papel ou em um software de telemetria, cabe a cada produtor escolher o melhor modelo de gestão de frotas que vai trazer benefícios para sua propriedade.

Você já realiza o controle de frota da sua propriedade agrícola? Possui outro sistema de gestão que não mencionei? Adoraria ver seu comentário abaixo.

Como escolher o melhor trator agrícola para a realidade de sua fazenda

Trator agrícola: veja os principais nas categorias de pequeno, médio e grande porte e mais dicas de como escolher o melhor para sua propriedade

Utilizar uma frota mal dimensionada pode encarecer a operação na propriedade. Além disso, utilizar a máquina errada também pode trazer problemas e prejuízos.

Tratores pequenos e compactos são ideais para o dia a dia no campo. Porém, eles não servem para operações que demandam maiores fontes de potência. 

Por outro lado,  tratores grandes e robustos gastam muito combustível para utilização em atividades cotidianas. Assim sendo, eles podem apresentar custos fixos elevados.

Para te ajudar a escolher o trator agrícola ideal para a sua propriedade, reunimos os melhores tratores agrícolas de cada categoria (pequeno, médio e grande porte), além de te oferecer outras dicas. Boa leitura!

O que é um trator agrícola?

Os tratores agrícolas são máquinas multifuncionais utilizadas em diversas atividades, como na agricultura. O trator agrícola é uma máquina projetada para transformar a energia química em energia mecânica útil para a realização de trabalho.

Essa energia útil pode ser utilizada para as mais diversas funções no campo. Essas máquinas agrícolas podem ser classificadas de acordo com os seguintes critérios: tipos de rodado e chassi. De acordo com os tipos de rodado, eles podem ser:

  • De 2 rodas: chamado também de trator de rabiça, esse tipo de trator necessita que o operador auxilie no processo motriz, caminhando atrás do implemento agrícola;
  • De 3 rodas: mais comumente usado em cultivos em linhas, esse tipo de trator conta com duas rodas traseiras e uma pequena dianteira;
  • De 4 rodas: o mais utilizado na agricultura, ele possui 2 rodas traseiras e duas dianteiras. Esse trator pode ser ainda dos tipos 4RM ou 2RM. Os tratores de 2 RM tem duas rodas traseiras e duas rodas dianteiras menores, apenas para direcionamento. Já o 4RM tem as 4 rodas grandes motrizes;
  • De esteira: são tratores que não tem rodas propriamente ditas, mas sim um sistema motriz baseado em uma esteira.

De acordo com o tipo de chassi, os tratores podem ser classificados em: rígidos ou articulados. Os tratores articulados permitem uma maior transferência de potência do trator para o solo, aumentando a capacidade de tração. 

Porém, eles normalmente apresentam menor versatilidade para acoplamento de implementos e maior dificuldade de manobras.

Tratores Pequenos (até 100 cv)

São conhecidos por serem utilizados em todos os tipos de propriedades por conta da sua versatilidade. Os tratores pequenos são equipamentos mais estreitos, ideais para atividades como cultivo de frutas, granjas e lavouras de café.

Além disso, podem ser acopladas lâminas dianteiras, pulverizadores agrícolas no engate de três pontas ou até mesmo equipamentos de arrasto.

Tratores dessa categoria possuem cerca de 55 cv e 100 cv. Por serem compactos, são muito versáteis e bastante eficientes, seja em peças de reposição como no consumo de combustível. Nessa categoria, os tratores que merecem meu destaque são:

Trator Agrícola: Massey Ferguson 4707 (75 cv)

Esse trator vem se destacando no mercado pela possibilidade de sair configurado cabinado ou não, dependendo da necessidade dos clientes. Esse modelo foi o vencedor da categoria até 100 cv na Agrishow 2021.

Com motor aspirado AGCO Power de 3 cilindros e turbo intercooler, o equipamento merece destaque pela sua capacidade de entrega de potência. Ainda, merece destaque pela grande eficiência no consumo de combustível.

O sistema hidráulico também proporciona fluxo máximo de 65l/min a uma pressão de 200 bar. Ela é ideal para atividades cotidianas de fazendas de silagem e grãos. E, ainda, oferece capacidade de opcional de telemetria para melhor gestão do equipamento.

(Fonte: Vale Rural)

John Deere 5078E (78 cv)

Esse é um trator muito versátil, que pode ser tanto cabinado quanto plataformado. Ele é ideal para realização de grande parte das operações diárias das propriedades de médio porte.

Ele possui um motor aspirado de 4.5L que fornece potência e eficiência em consumo de combustível. Essa característica une desempenho e qualidade durante todo o trabalho.

Para os produtores que adquirirem este equipamento em uma das concessionárias da rede, o fabricante fornece garantia de 3 anos ou 2000h de uso. Isso, é claro, desde que sejam seguidas as manutenções do trator com peças e serviços via concessionário.

Ela também conta com equipamentos passíveis de acoplar lâminas ou carregadores frontais, roçadeiras ou outros acessórios disponíveis. Esses acessórios são compatíveis com os presentes no mercado de máquinas e implementos agrícolas.

(Fonte: John Deere)

Valtra A94 (99 cv)

O Valtra A94 (99 cv) foi vencedor do prêmio “Trator do Ano”, na Agrishow 2019, em sua categoria de até 100 cv. Esse trator também é equipado com um motor aspirado AGCO Power de 3 cilindros e turbo intercooler, destacado pela eficiência e qualidade.

Assim, o Valtra A94 possui controle remoto no acionamento do sistema hidráulico. Ainda, possui a capacidade de acionar duas válvulas a um fluxo máximo de 57l/min com uma pressão de 200 bar.

A caixa de transmissões 12×12 com reversão mecânica ou eletro-hidráulica garantem a eficiência e o alto rendimento. Esse trator também oferece capacidade opcional de telemetria para melhor gestão do equipamento.

Juntamente com o modelo A93F cabinado, eleito o trator especial do ano na Agrishow 2021, eles formam uma linha que tem grande apreço entre os produtores brasileiros.

trator
(Fonte: Valtra)

Tratores médios (100 cv a 200 cv)

Os tratores de médio porte podem variar em 100 cv a 200 cv dependendo da marca e modelo. São tratores com maior potência, melhor capacidade nos sistemas hidráulicos e na maioria dos casos, transmissões com maior durabilidade.

As vazões hidráulicas geralmente ficam em torno de 65 L/min a 120 L/min. É muito importante que você observe o conjunto de trator de implemento que será utilizado na propriedade.

Além disso, a maioria desses tratores também possuem itens de série ou opcionais tecnológicos. Eles asseguram melhorias nas operações realizadas em campo.

Massey Ferguson MF 7719 DYNA-6 (115 cv)

Eleito o melhor trator na categoria entre 100 cv e 200 cv na Agrishow 2021, esse trator é recomendado para uso em diversas culturas agrícolas e em várias condições de campo.

Ele é equipado com motor eletrônico AGCO Power de 6 cilindros e potência de 195 cv. 

É um trator que combina potência, resistência e controle, tendo ótimo aproveitamento para produtividade na lavoura. Por possuir um sistema eletrônico de transmissão, se torna um trator de ótimo controle, sendo bastante versátil para quem produz. 

Além disso, esse motor apresenta a possibilidade de operação combinada com o uso. Ao mesmo tempo, possui dois sistemas dianteiro e traseiro de levante.

(Fonte: Massey Ferguson)

Trator Agrícola: John Deere 6115J (115 cv)

O trator John Deere 6115J possui versatilidade para uso em culturas de grãos, pecuária e em plantação de cana-de-açúcar. Por ter porte médio, ele propicia força e consumo de combustível e, dessa maneira, o resultado é o baixo custo operacional.

Ele pode ser equipado com um pacote de luzes para o trabalho noturno, no qual são instaladas duas luzes de serviço na frente da cabine e duas voltadas para trás sobre os pára-lamas.

Além disso, são equipamentos passíveis de receber soluções de gerenciamento agrícola como piloto automático, telemetria e afins.

(Fonte: John Deere)

Case IH Puma 185 (182 cv)

O trator Case IH Puma 185 faz parte da categoria de linha de média potência. 

É um trator que pode ser utilizado em operações mais pesadas como preparo de solo e até mesmo como semeadora agrícola.

Com cabine ergonômica e amplo campo de visão, esse trator é bem versátil nas diversas operações agrícolas.

Sua transmissão semi-powershift seleciona a melhor marcha para a rotação escolhida e carga tracionada. Isso proporciona economia de combustível e de trabalho nas marchas adequadas.

Outra vantagem desse equipamento é a possibilidade de financiamento via Finame, como alguns de outras marcas.

(Fonte: Case)

John Deere 7200J (200 cv)

Esse trator da John Deere possui suspensão no eixo dianteiro, que aumenta o rendimento da produtividade em 8%. Devido à sua motorização, esse trator é ideal para operações mais pesadas que demandam maior força de tração.

Apesar de ter motores potentes, o sistema de injeção de combustível eletrônico de alta pressão é o Common Rail. Ele garante a melhor eficiência operacional e assegura bom consumo de combustível.

Assim, os tratores dessa linha já saem de fábrica com sistema JDLink e piloto automático. Isso serve para aumentar as eficiências produtivas e melhorar as eficiências operacionais.

Essa linha de tratores também possui um sistema conhecido como IMS (Sistema de Gerenciamento do Implemento), que permite gerenciar até 5 comandos:

  • Avanço das marchas;
  • Bloqueio do diferencial;
  • Tração dianteira;
  • Levante hidráulico;
  • TDP (Tomada de Potência).

Além disso, a série também possui opções canavieiras que contam com ajustes de bitolas de até 3 m. Isso evita o amassamento da soqueira de cana.

(Fonte: John Deere)

Tratores Grandes (acima de 200 cv)

Os tratores de grande porte devem ser comprados com bastante cuidado. Eles possuem grande fonte de potência e a sua ociosidade pode encarecer os custos da fazenda.

São tratores que variam em média de 200 cv a 400 cv. Eles possuem grande robustez e capacidade para operar em longas e exigentes jornadas de trabalho.

Grande parte dessas máquinas agrícolas já vêm equipadas de série com diversas ferramentas para agricultura de precisão, telemetria e conectividade.

Eles também contam com maiores vazões hidráulicas (cerca de 120 L/min a 180 L/min). Porém, consomem mais combustível devido à sua maior fonte de potência.

Trator Case Magnum AFS Connect 400 (400 cv)

Esse é o trator de grande porte mais aprovado pelos produtores brasileiros e foi o vencedor da categoria acima de 200 cv na Agrishow 2021. Ele é recomendado para grandes propriedades de produção de cana e grãos. 

Ele possui conectividade, o que permite seu uso com ferramentas tecnológicas de piloto automático, geolocalização e agricultura de precisão.

Além disso, essa máquina apresenta sistemas que aumentam sua eficiência e diminuem as emissões de gases e o uso de combustível. A telemetria e controle do trator também estão disponíveis ao usuário. 

(Fonte: Case)

Trator Agrícola: John Deere 8400R (400 cv)

Esse é um dos tratores mais potentes produzidos no Brasil e certamente um equipamento perfeito para trabalho em grandes extensões rurais. Afinal, elas necessitam de ótimos rendimentos operacionais.

Possui pneus duplos na traseira para garantir menor compactação do solo, maior tração e flutuação. Consequentemente, a manutenção dos pneus agrícolas é fundamental. 

Esse modelo de trator é equipado com uma transmissão E23 Powershift com gerador de eficiência, que assegura 16% mais economia. Além disso, ele é ajustado sempre para o ponto de maior eficiência e menor consumo de combustível.

Também pode ser equipado com um pacote de luzes de LED que garantem cobertura 360° e melhoria no trabalho noturno. Sendo assim, são 40% maior alcance e 45% menor consumo de energia.

O 8400R é um trator agrícola extremamente tecnológico, recebendo também o prêmio de trator do ano em sua categoria (acima de 200 cv) na Agrishow de 2019.

Se equipado com pacotes de agricultura de precisão como sistemas de direcionamento automático, realiza até as manobras de cabeceira de maneira automatizada.

(Fonte: John Deere)

New Holland T9.700 Smarttrax (682 cv)

A New Holland lançou um trator de esteira para grandes áreas com grande potência de tração. É um novo conceito de rodado que garante menor compactação e força de tração, mesmo em condições desuniformes de terreno.

Portanto, para grandes grupos que necessitam de ótimos rendimentos operacionais de centenas de hectares por dia, esses tratores maiores são excelentes opções.

Além de durabilidade e robustez, todos os rolamentos são blindados e lubrificados, o que acaba com a necessidade de lubrificação diária. Como o chassi é único dos rodados, não há necessidade de mecanismos complexos de alinhamento das correias.

No quesito tecnológico, os equipamentos desse trator agrícola são os melhores do mercado. Eles podem ser:

  • sistemas de direcionamento automático;
  • monitores inteligentes;
  • sistemas de telemetria;
  • controle de navegação;
  • Isobus para compatibilidade com implementos agrícolas diversos.
(Fonte: New Holland)

Trator agrícola: tipos existentes no mercado e como escolher o melhor equipamento

No ramo agrícola existe uma infinidade de tratores e marcas disponíveis no mercado, adequados para cada operação. 

Há marcas tradicionais que estão há anos no mercado brasileiro, como John Deere, New Holland, Massey Ferguson, Valtra, Case, Agrale e Yanmar. Entretanto, outras estão surgindo e caindo no gosto de alguns produtores.

Marcas como a italiana Landini, a sul-coreana LS e a indiana Mahindra estão inserindo seus produtos no mercado. Afinal, há alta demanda por equipamentos no Brasil. Mas no momento da compra do trator ideal para a fazenda, o pós-venda é um fator crucial.

Escolher uma revenda já conhecida na região ou que presta assistência, reparos e manutenção de tratores pode ser um diferencial na tomada de decisão

Equipamentos mais tecnológicos e com ferramentas de agricultura de precisão auxiliam na condução das lavouras. Entretanto, vale ficar de olho para saber utilizar e calibrar cada equipamento.

Assim, os dados coletados serão reais aos que vemos no campo. Caso contrário, o investimento será em vão.

Tecnologias de agricultura de precisão em trator agrícola

Os tratores podem ser preparados para receber kits de ferramentas para agricultura de precisão. No momento da compra, o ideal é que você saiba se pretende utilizar tais ferramentas e se o trator que você está pensando em adquirir pode receber esses sistemas.

Atualmente, as tecnologias mais comuns no mercado de tratores são sistemas de direcionamento automático. Eles são mais conhecidos como piloto automático e sistemas de telemetria.

Se sua intenção é trabalhar com essas ferramentas, a busca por um revendedor especializado com essas tecnologias será vital. Assim você garantirá o sucesso das suas lavouras e operações agrícolas.

Conclusão

No mercado existe uma infinidade de marcas e modelos de tratores agrícolas. Por isso, não adianta ter o trator agrícola mais caro e tecnológico do mercado se em nossa região não conseguirmos comprar as peças de reposição para o equipamento. 

No momento da compra, é ideal que se tenha o tipo de trabalho que o trator realizará em mente. Além disso, fique por dentro da capacidade de atendimento do concessionário local, bem como a reposição das peças.

Após estas dicas, espero que fique mais fácil identificar pontos positivos que ajudarão na escolha de seu trator agrícola ideal.

>> Leia mais:

Depreciação de máquinas: Todos os cálculos de forma prática

Qual tipo de trator agrícola você considera adequado para a sua fazenda? Já comprou algum trator e se arrependeu depois? Deixe seu comentário abaixo!

redator João Paulo Pennacchi

Atualizado em 12 de janeiro de 2023 por João Paulo Pennacchi.

João é engenheiro eletricista formado pela Unifei e engenheiro-agrônomo formado pela UFLA. Mestre e doutor em agronomia/fisiologia vegetal pela UFLA e PhD em ciências do ambiente pela Lancaster University.

Depreciação de máquinas: todos os cálculos de forma prática (+ planilha grátis)

Depreciação de máquinas: percentuais de desvalorização e como fazer a depreciação fiscal e gerencial dos equipamentos da sua lavoura.

Quando compramos um automóvel zero, sempre ouvimos falar que ele só perderá valor até a data da venda futura. Com as máquinas agrícolas, essa depreciação também ocorre.

A desvalorização dos equipamentos com o passar do tempo é conhecida como depreciação.

A depreciação deve, sim, entrar na planilha e ser calculada para as máquinas agrícolas com intuito de garantir a saúde financeira das propriedades.

Confira neste artigo como calcular a depreciação das máquinas agrícolas e muito mais!

O que é depreciação de máquinas?

A depreciação das máquinas, aqui especialmente falando das utilizadas na agricultura, pode ser definida como a perda de valor dos equipamentos com o passar do tempo.

Vamos explicar como funciona na prática!

Os equipamentos e máquinas agrícolas, ao serem adquiridos novos, possuem todas as peças e tecnologias que acabaram de sair da fábrica e estão sem desgaste algum.

À medida em que estes equipamentos são levados ao campo para trabalho, existe um desgaste natural das peças do conjunto.

Com o passar dos anos, as horas de uso acabam desvalorizando as máquinas que foram submetidas ao duro trabalho no campo.

Esse desgaste acarreta em perda do valor dos equipamentos com o passar dos anos – é o que chamamos de depreciação.

A depreciação de máquinas pode ocorrer devido a dois principais fatores: desgaste dos equipamentos devido ao uso e obsolescência. 

Neste cenário, podemos citar as máquinas agrícolas como: tratores, plantadeiras, colhedoras, carros da frota da fazenda e implementos sendo desgastados, perdendo valor, de acordo com o uso ao longo dos anos.

Já na questão da obsolescência, o equipamento adquirido com certos pacotes tecnológicos podem apresentar defasagens com o passar do tempo.

Com as constantes inovações no meio agrícola, as máquinas estão cada dia mais tecnológicas e tais softwares podem ser renovados pelos fabricantes.

depreciação de máquinas

(Fonte: GauchaZH)

Sistemas de posicionamento mais precisos, sensores mais eficientes, válvulas mais rápidas para aplicação de insumos, são exemplos presentes nas máquinas novas do mercado, tornando as antigas obsoletas. 

A obsolescência operacional reflete exatamente esse cenário!

Uma vez que são lançados novos sensores e produtos com vantagens adicionais, temos uma depreciação dos equipamentos antigos com o passar do tempo.

A obsolescência também pode ser física nas máquinas agrícolas, que ocorre quando temos danos como batidas, desgastes, envelhecimento e falta de peças para reposição.

Como calcular a depreciação de máquinas e equipamentos agrícolas?

Para começar o nosso cálculo, devem ser inseridas a vida útil do equipamento e sua taxa mensal ou anual de depreciação.

Vale ressaltar que existem dois tipos de depreciação aplicadas às máquinas: a depreciação fiscal e a depreciação gerencial

Na depreciação fiscal, também chamada de depreciação contábil, o valor do bem adquirido é calculado para ser reduzido a zero após o período determinado para sua vida útil.

Já na depreciação gerencial, o valor final do bem não necessita chegar a zero: pode ser calculado durante um intervalo menor que a duração de sua vida útil. 

Assim, o estado de conservação e manutenções realizadas nos equipamentos pode manter o valor do bem mais elevado. Isso depende de cada modo de utilização.

Qual o percentual de depreciação de máquinas e equipamentos?

Falamos de depreciação de máquinas e equipamentos e sua importância para a manutenção do fluxo de caixa da fazenda.

Mas como calculamos, de fato, a depreciação?

A porcentagem de depreciação varia de acordo com cada máquina e equipamento agrícola.

Uma boa baliza que utilizamos é a tabela de depreciação da Receita Federal. Nela, encontramos as taxas anuais de depreciação de cada bem e vida útil em anos.

Para acessar a tabela de depreciação da Receita Federal clique neste link.

tabela depreciação receita federal

(Fonte: Receita Federal)

Lembrando que a tabela da Receita Federal não é obrigatória para o cálculo da depreciação dos bens de empresas que se enquadram no Simples Nacional ou Lucro Presumido.

Ela é apenas uma sugestão de valores norteadores para utilização. 

Além da tabela da Receita Federal, a Conab também disponibiliza algumas tabelas voltadas para a cadeia agrícola.

Você pode acessar a tabela de vida útil de máquinas e equipamentos da Conab clicando aqui.

tabela agrícola Conab

(Fonte: Conab)

A Conab também apresenta a vida útil considerada em horas e valor residual para cada equipamento, de acordo com tipo de operação que desenvolve.

O valor residual é o preço de venda deste equipamento, depois do tempo de vida útil calculado.

Pegando uma colhedora de cana comprada por R$ 1 milhão como exemplo. Após 5.000 horas de trabalho, seu valor final seria de 25% do valor pago, ou seja, R$ 250 mil.

Porém, a taxa anual de depreciação, apesar de ser geralmente calculada com uma porcentagem fixa para a maioria dos equipamentos, pode variar de acordo com cada propriedade.

Como calcular a depreciação fiscal

Como a depreciação e perda do valor das máquinas está relacionada à forma de utilização destes equipamentos, modelos de gestão da frota de cada fazenda podem influenciar em maiores taxas de depreciação anuais.

Vamos calcular um exemplo de depreciação fiscal de uma máquina agrícola que custe R$ 250 mil.

Olhando na tabela da Receita Federal, para uma máquina que se encaixe na categoria de referência 8432 “Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; Rolos para gramados (relvados) ou para campos de esporte” a vida útil é de 10 anos e taxa anual de depreciação de 10%.

O cálculo consiste em dividir o valor total da nossa máquina pela vida útil em meses estipulada pela Receita Federal.

R$ 250.000 / 120 (10 anos) = R$ 2.083,33 (depreciação mensal)

Nesse cálculo de depreciação fiscal, levamos, após 10 anos, o valor da nossa máquina a zero reais.

Para calcular a depreciação por hora, iremos supor que esta máquina irá trabalhar 1.500h no ano.

1500h / 12 meses = 125h/mês

A depreciação por hora será calculada como depreciação mensal dividido pela quantia de horas trabalhadas por mês.

 R$ 2.083,33 (depreciação mensal) / 125h/mês = R$ 16,65/h

Como calcular a depreciação gerencial

No caso de uma depreciação gerencial, vamos supor que venderemos essa máquina após 3 anos de uso por R$ 170 mil.

Nesse caso, a diferença do valor da máquina no momento da venda foi de R$ 80 mil. O cálculo consiste em dividir a diferença pelos meses de uso do equipamento.

R$ 250.000 – R$ 170.000 = R$ 80.000,00

R$ 80.000 / 36 meses (3 anos) = R$ 2.222,22 (depreciação mensal)

Note que a venda após 3 anos de uso, nessas condições apresentadas, não seria compensatória. Isso porque, se mantivéssemos a máquina operando na propriedade, a depreciação ao final do ciclo seria menor.

Claro que outros fatores devem ser levados em conta no momento da venda, como utilidade e demanda da máquina na propriedade. 

Mas, certamente, a depreciação é um cálculo que ajuda no planejamento financeiro do negócio.

depreciação de máquinas

Máquinas presentes no campo estão cada vez mais tecnológicas 
(Fonte: Jornal do Comércio)

Ferramentas para cálculo de depreciação

Ressaltamos que para calcular e controlar a depreciação de máquinas na sua fazenda, você pode utilizar uma planilha gratuita para o cálculo de depreciação de máquinas e/ou um software de gestão agrícola.

Isso porque, nos dois casos, você consegue uma sistematização melhor, especialmente no software, já que nem sempre as contas são fáceis, ainda mais se você tiver um número considerável de máquinas.

Para te ajudar nisso, disponibilizamos uma planilha gratuita para você começar os cálculos agora de uma maneira bem mais rápida e simples. Clique na figura a seguir para baixar!

Mas saiba que, com um software agrícola, você pode acompanhar a depreciação das máquinas de maneira organizada, ao longo de toda a sua vida útil.

O Aegro, por exemplo, permite que você controle a taxa de depreciação dos equipamentos ano após ano. Assim, você consegue ter uma visão muito mais clara sobre o valor do seu patrimônio.

O aplicativo ainda oferece indicadores precisos sobre o rendimento de cada máquina. Com essas informações, fica fácil de entender se o equipamento está operando com eficiência ou se chegou a hora de trocá-lo.

Veja como é fácil realizar o registro de depreciação no Aegro.

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu o que é a depreciação das máquinas e como calcular essa taxa de desvalorização para os nossos equipamentos.

A depreciação ocorre com todos os bens que adquirimos. A partir do momento em que compramos as máquinas, seu valor já começa a ser depreciado.

A taxa de depreciação também pode variar de acordo com o manuseio dos equipamentos em cada propriedade.

É essencial conhecer a vida útil das máquinas dentro da sua propriedade para que os cálculos depreciativos sejam os mais fidedignos possíveis.

Com a depreciação de máquinas calculada, fica fácil se preparar para aquisição de novos bens ao longo do tempo, sem prejudicar a saúde financeira do negócio.

>> Leia mais:

“Renagro: como funcionará o registro nacional de tratores e máquinas agrícolas”

“Como fazer o cálculo de depreciação da lavoura de forma simples e rápida”

“O que você precisa saber para acertar a lubrificação de máquinas agrícolas da sua fazenda”

Conheça as 8 melhorias que a mecanização agrícola traz para a sua fazenda

Você calcula a taxa de depreciação de máquinas? Auxilia seus operadores e gestores a operarem corretamente os equipamentos para prolongar sua vida útil? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Semeadora de milho: quais são as melhores e outras dicas de uso

Plantadeira de milho: principais modelos, velocidade de plantio, manutenção e 7 passos para acertar na compra deste maquinário.

A produção de milho na safrinha 2018/19 deve crescer cerca de 20% frente à safra passada.

Com aumento em área plantada e incremento na produtividade, o Brasil deverá produzir 65,3 milhões de toneladas nesta segunda safra.

Neste cenário, a escolha da plantadeira de milho é essencial para a correta semeadura agrícola da cultura.

Possuir a máquina correta disponível na janela de plantio pode ser a diferença entre o sucesso ou fracasso da atividade.

Veja neste artigo quais são as melhores plantadeiras de milho do mercado, além de dicas de manutenção e as formas corretas de utilização!

Plantadeira de milho ou semeadora?

É importante conhecermos o termo mais correto conceitualmente. Em 2011, houve um fórum para padronização destes termos.

Esse fórum ficou conhecido pelo seu tema de “Terminologia de Máquinas Agrícolas” e foi inserido na programação do CONBEA (Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola).

A semeadora é a máquina que realiza a semeadura das culturas, ou seja, introduz sementes de plantas no solo.

A plantadeira de milho é a máquina que realiza o plantio das culturas e coloca no solo as partes vegetativas de plantas, como bulbos, colmos e tubérculos.

Assim, no caso do milho, o mais correto seria “semeadora”. No entanto é normal a gente ter alguns termos coloquiais em uma conversa.

Por isso, neste nosso bate-papo vamos continuar com o termo “plantadeira”, mas lembre-se que o mais correto conceitualmente é “semeadora”.

Os principais e melhores tipos de plantadeira de milho

John Deere DB74

A John Deere DB74 é uma plantadeira que gosto bastante para áreas extensas. Ela possui rendimentos operacionais fantásticos.

Possui boa qualidade de distribuição e plantio em velocidades altas de 10 km/h ou 12 km/h, dependendo das condições do terreno e solo.

plantadeira de milho
(Fonte: John Deere)

O plantio sem adubação na linha com disco duplo desencontrado na semente permite velocidades mais altas de deslocamento da máquina.

Tudo isso, associado ao sistema de distribuição pneumático a vácuo, denominado “VacuMeter”, possibilita plantio de até 18 ha/h.

O sistema não possui caixa de adubo, por isso faz-se necessária a adubação antecipada e em cobertura com o auxílio de ferramentas de agricultura de precisão.

Apesar do seu grande tamanho, a plantadeira JD DB74 possui chassi articulado em 3 seções de até 15° de flexibilidade. Tem ainda carrinhos do tipo pantográficos, que auxiliam no plantio nas profundidades desejadas.

Possui 4 configurações, dependendo do espaçamento desejado:

  • 45 linhas de 50 cm
  • 48 linhas de 45 cm
  • 30 linhas de 76 cm
  • 24 linhas de 90 cm

 Plantadeira Baldan SP GIGA Air

As plantadeiras da Baldan, versão SP GIGA Air, possuem 22, 30, 34 e 42 linhas de semeadura disponíveis.

Essa versão especificamente possui sistema de turbina de fluxo contínuo, com regulagem independente do sistema a vácuo. Assim, ocorre deposição de sementes com precisão no campo.

Além disso, possui dosador pneumático para utilização em diversas culturas, especialmente soja e milho.

Possui caixa de engrenagens com 62 combinações de velocidades para distribuição de sementes. Outro destaque é seu sistema eletrônico para controle individual ou sincronizado dos módulos de plantio.

Com disco de corte de 20’’ desencontrados e regulagem da profundidade de semeadura independente, essa linha de plantadeiras é uma ótima opção para realização correta da operação no campo.

plantadeira de milho
Fonte: (Baldan)

Há 4 opções de modelo:

  • 22 linhas, largura total de 10.600 mm, depósito de sementes de 3.340 litros e trator de 180* CV
  • 30 linhas, largura total de 14.100 mm, depósito de sementes de 4.500 litros e trator de 240* CV
  • 34 linhas, largura total de 16.000 mm, depósito de sementes de 5.180 litros e trator de 280* CV
  • 42 linhas, largura total de 19.600 mm, depósito de sementes de 6.340 litros e trator de 340* CV

*Calculada para Sistema de Plantio Direto

Jumil JM 8090 e JM 8080 PD - TERRA

A linha de plantadeiras de sementes graúdas da Jumil JM 8090 e 8080 PD, destacam-se no cenário de plantio de milho.

Elas não necessitam de desmonte, carregamento ou transporte em carretas nos diferentes lotes da fazenda. Além disso, auxiliam os operadores na execução das tarefas em campo, pois todas as operações são feitas de dentro da cabine do trator agrícola.

As plantadeiras da linha JM 8090 são da linha pneumática com tecnologia “Exacta Air” e as plantadeiras da linha JM 8080 são mecânicas da linha “Magnum”.

plantadeira de milho
(Fonte: Jumil)

Por ser transportável, essas plantadeiras possibilitam maior eficiência na semeadura, além de facilitar o transporte até os talhões, melhorando a sua eficiência operacional, eliminando algumas horas improdutivas.

Com o chassi articulado em 3 seções e carrinhos do tipo “pantográfico”, as ondulações do terreno são facilmente superadas e a profundidade de semeadura torna-se constante.

Existem 3 opções de chassi:

  • Até 29 linhas de 45 cm, largura de trabalho de 13.800 mm, depósito de sementes de 3.000 litros/2.400 kg, capacidade efetiva de campo de 99 ha/h* e trator de 240 CV
  • Até 33 linhas de 45 cm, largura de trabalho de 15.100 mm, depósito de sementes de 3.300 litros/2.600 kg, capacidade efetiva de campo de 113 ha/h* e trator de 270 CV
  • Até 39 linhas de 45 cm, largura de trabalho de 17.800 mm, depósito de sementes de 3.700 litros/2.950 kg, capacidade efetiva de campo de 133 ha/h* e trator de 315 CV

*Calculada com velocidade média de 8 km/h, podendo variar de acordo com as condições de campo.

PST4 e PST4 Suprema Tatu

A PST4 é uma plantadeira de milho muito boa para plantio direto.

Possui plataforma larga, articulável, antiderrapante e com extensor que facilita o abastecimento pela lateral da máquina.

Possui também escada articulável e duas catracas com acionamento manual para arremates por meio de alavanca posicionada na lateral da caixa de adubo.

Para distribuição do adubo, a PST4 possui mecanismo de rosca sem-fim com revestimento antiaderente, possibilitando melhor uniformidade na distribuição.

plantadeira de milho
(Fonte: MR)

O número de linhas de plantio pode variar de 7 a 12, dependendo do espaçamento entre linhas desejado. A largura útil é de 2.900 mm a 4.950 mm, respectivamente.

As plantadeiras possuem ainda 43 relações possíveis de ajuste na caixa de adubo e 43 na caixa de sementes. Isso auxilia o ajuste desejado no plantio, seja para a dose de semente ou fertilizantes.

Plantadeira de milho 3 linhas Tatu T²SI

Por último, apresento uma plantadeira adubadeira de menor porte.

A T²SI da Tatu Marchesan é uma boa escolha para produtores com áreas não tão grandes e sistema de plantio convencional.

plantadeira de milho
(Fonte: Agripeças)

A T²SI efetua o plantio convencional de milho, soja, arroz, feijão, sorgo, amendoim e outras culturas com bom acompanhamento do perfil do solo.

A distribuição do adubo é feita via rosca sem-fim, com revestimento interno de PVC, para maior durabilidade do sistema.

Possui depósito de adubo de 50 kg em cada caixa e 34 litros para cada caixa de sementes. Necessita de um trator com cerca de 60 CV para correto funcionamento.

7 dicas para escolher sua plantadeira de milho

Como escolher a plantadeira de milho ideal é uma dúvida recorrente de muitos agricultores com quem converso.

Devo optar por uma máquina maior, com mais linhas, ou uma máquina menor?

A resposta não é tão simples quanto parece! Mas deixo algumas dicas para te ajudar na hora de escolher o maquinário ideal para sua propriedade.

1 - Sempre calcule os dias agronomicamente úteis na sua janela de plantio e da sua área a ser semeada.

2 - Opte por uma plantadeira adequada ao seu bolso! Lembre-se que, às vezes, as máquinas podem quebrar durante a operação, então esteja atento às manutenções preventivas.

3 - Nova ou usada? Com bons programas de financiamento no mercado, uma boa opção é comprar uma máquina nova. Mas isso não é uma regra absoluta! Se atente aos índices de sua máquina para tomar essa decisão.

plantadeira de milho
Com o Aegro, você obtém os índices de rendimento das máquinas agrícolas de modo automatizado e pode tomar decisões de compra mais assertivas

4 - Observe os termos e condições de pagamento, estado de conservação e capacidade do revendedor fornecer suporte.

5 - Mantenha um estoque de peças vitais da plantadeira de milho na fazenda, afinal, a maioria das revendedoras só atende em horário comercial, de 2ª a 6ª.

6 - Opte por máquinas fáceis de serem utilizadas e reguladas. Uma plantadeira menor e bem regulada pode render mais operacionalmente que outra de maior tamanho mal regulada.

7 - Verifique a disponibilidade da máquina que irá colher a cultura, neste caso o milho. Se eu não possuo uma colhedora de 50 cm de espaçamento entre linhas e ninguém na região pode terceirizar esse espaçamento de colheita, então a aquisição de uma plantadeira de milho nesse espaçamento é inviável.

Crescimento do setor e linhas de financiamento

A venda de máquinas agrícolas deve crescer cerca de 15% entre 2018 e 2019, segundo a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

Com os produtores capitalizados e diversos programas de financiamento para renovação ou ampliação das frotas agrícolas, este é um bom momento para aquisição dos equipamentos agrícolas.

Os programas Moderfrota, Pronaf e FCO são as três principais linhas de crédito para aquisição das máquinas agrícolas.

Os produtores conseguem prazos de financiamento de até 10 anos, dependendo das condições do produto a ser adquirido. Há linhas voltadas à aquisição de máquinas e implementos agrícolas novos e usados.

Vida útil da plantadeira de milho

A vida útil do maquinário agrícola é outro importante assunto que os produtores devem se atentar.

E os cuidados com os equipamentos farão toda a diferença neste sentido.

As manutenções preventivas, instruções de uso e lubrificações são diferentes e devem ser realizadas segundo o manual de cada fabricante.

Com janelas de plantio cada vez menores, a disponibilidade da plantadeira para realização da atividade é vital para semeadura no tempo ideal e ganhos em produtividade.

Durante a entressafra, uma manutenção geral deve ser realizada nas plantadeiras, checando principalmente:

  • Transmissão
  • Engrenagens
  • Carrinhos de semente
  • Tanques de adubo (se houver)
  • Discos de corte
  • Rodas limitadoras de profundidade
  • Compactadores de sulco
  • Tubos condutores de sementes
  • Tubos condutores de adubos

Além disso, atente-se também aos mecanismos de roscas sem fim, peças internas, sistemas de distribuição de semente e adubo, discos dosadores e, quando houver, aos componentes gerais de todo o sistema.

Velocidade de plantio

A velocidade de plantio pode variar de acordo com o sistema de distribuição da plantadeira.

Para plantadeiras de disco, maioria no mercado brasileiro, a velocidade de trabalho pode variar entre 4 km/h e 6 Km/h.

Para plantadeiras a vácuo, é possível realizar boas operações com velocidades maiores, chegando a 10 km/h ou 12 km/h. Isso vai depender das condições de topografia do terreno, umidade e textura do solo.

Algumas pesquisas mostram perdas em eficiência da semeadura de acordo com as velocidades utilizadas nos equipamentos. Veja:

plantadeira de milho
(Fonte: Embrapa - adaptado de Pioneer Sementes)

Grafite nas sementes: uso ou não?

O grafite vem sendo utilizado para melhorar a plantabilidade das sementes.

Segundo a Embrapa, “O tratamento das sementes de milho com inseticidas para combater as pragas de solo altera a rugosidade da superfície das sementes, o que acaba prejudicando os mecanismos distribuidores, sejam de discos ou ‘dedos prensores’”.

Nos sistemas de distribuição por meio de discos, o grafite tem auxiliado bastante no momento do plantio dessas sementes no campo e manutenção do estande planejado.

No sistema de “dedos prensores”, o excesso de grafite tem acarretado maior desgaste das peças.

A quantidade de grafite a ser colocada varia conforme o tamanho e formato das sementes.

Para sementes chatas podem ser utilizadas de 2g a 4g de grafite por quilo de semente.

Já para sementes redondas, na média, podem ser utilizadas de 5g a 6g de grafite por quilo de semente.

O ideal é que se espere a secagem do tratamento de sementes com os inseticidas para a colocação do grafite e em seguida se inicie o plantio.

Conclusão

Neste artigo, apresentei alguns dos principais modelos de plantadeira de milho, que podem ser usadas no plantio direto e/ou convencional.

Também discutimos velocidade de plantio, uso ou não do grafite e as opções de crédito para máquinas e implementos agrícolas.

Você conferiu ainda algumas dicas sobre como escolher a melhor plantadeira para sua propriedade.

Com áreas cada dia mais extensas e janelas de plantio mais curtas, a escolha do maquinário é essencial aos produtores que querem ser competitivos no mercado.

>> Leia mais: 

"Depreciação de máquinas: Todos os cálculos de forma prática"
"Como regular plantadeira de trigo e ser mais eficiente"

Você já trabalhou com alguma plantadeira de milho entre as que apresentei? Acha que outras plantadeiras merecem destaque na lista? Deixe seu comentário!

Máquinas agrícolas: conheça os principais e melhores modelos do mercado

Atualizado em 1 de setembro de 2022.

Máquinas agrícolas: confira a lista com máquinas e implementos de sucesso no mercado e as dicas para acertar na sua próxima compra.

Muitos produtores frequentam as maiores feiras de máquinas agrícolas em busca de novidades.

A Agrishow, por exemplo, alcançou em 2022 a notável marca de R$ 11,2 bilhões em negócios. Esse é um aumento de 286,2% com relação ao ano de 2019, último ano em que a feira havia sido realizada.

E isso não é à toa. O investimento no maquinário da fazenda é alto, e envolve inúmeros fatores de decisão.

Por isso, veja uma seleção das melhores máquinas e implementos agrícolas no mercado e que são fundamentais para o sucesso das atividades. Confira a seguir!

O que são máquinas agrícolas?

Máquina agrícola é todo equipamento capaz de executar tarefas que antes eram executadas exclusivamente por mão de obra humana. Elas são usadas nas mais diversas etapas, como preparo, implementação, condução, colheita e pós-colheita das culturas.

Com a necessidade de maior eficiência na atividade agrícola, o uso de máquinas é crucial e a implementação de novas tecnologias tem sido muito comum.

Dessa forma, há constantes mudanças na oferta de máquinas agrícolas pelos diversos fabricantes nacionais e estrangeiros. Quem produz precisa estar de olho nessas opções para efetuar a melhor escolha.

O que considerar para escolher seu maquinário agrícola

Evidentemente, uma máquina agrícola não consegue realizar todas as operações na fazenda. E, para o correto funcionamento, cada máquina possui suas peculiaridades e formas de utilização.

A escolha deve levar em conta fatores como: tamanho da propriedade, velocidades de operação desejadas e gasto de combustível dos equipamentos.

Também é importante considerar a facilidade de operação e tecnologias necessárias (GPS, piloto automático, fechamento automático de seções, etc). 

Existem máquinas agrícolas para grandes extensões e terrenos planos, assim como outras mais curtas e articuladas para fazendas menores.

A escolha e utilização do maquinário correto pode significar vida útil maior e melhor rendimento operacional, considerando que hoje temos janelas de colheita e plantio cada vez menores.

A Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do Brasil e uma das maiores do mundo, apresentou, em 2022, mais de 800 marcas de máquinas agrícolas. 

Aqui, apresentamos algumas máquinas e seus modelos que merecem destaque pela tecnologia no campo e aceitação de mercado.

Tratores

O trator agrícola é uma das principais máquinas, e é usado nas mais diversas atividades. No Brasil, existe um concurso nacional do trator do ano, que contempla os melhores tratores em algumas categorias. Os vencedores da edição 2021/2022 são listados abaixo:

  • Tratores pequenos (até 100cv): Massey Ferguson MF4707
  • Tratores médios (de 100 a 200cv): Massey Ferguson MF7719 Dyna-6
  • Tratores grandes (acima de 200cv): Case IH Magnum AFS Connect 400; John Deere 9620R
  • Trator especial do ano: Valtra A93F (versão cabinada)
  • Máquina mais votada por produtores: Case IH Magnum AFS Connect 400

Trator Case Magnum AFS Connect 400

Esse é o trator de grande porte mais aprovado pelos produtores. Ele é recomendado para grandes propriedades de produção de cana e grãos. 

Ele possui conectividade que permite seu uso com ferramentas tecnológicas de piloto automático, geolocalização e agricultura de precisão.

Além disso, essa máquina apresenta sistemas que aumentam sua eficiência e diminuem as emissões de gases e o uso de combustível. A telemetria e controle do trator também estão disponíveis ao usuário.

Foto de uma máquina agrícola vermelha e pequena
(Fonte: Case)

MF 4707 Massey Ferguson 

Para quem procura um trator menor e mais compacto para atividades do dia a dia, o MF 4707 atende boa parte das demandas. Considerado o trator do ano na categoria de pequeno porte, ele cumpre bem sua função.

O MF4707 apresenta as versões plataformado e cabinado, de acordo com a necessidade e preferência de quem produz. Apresenta conforto e boa ergometria, além de fácil acesso aos controles, facilitando a operação, mesmo em jornadas longas.

Foto de máquina vermelha, com rodas grandes e cabine
(Fonte: Massey Ferguson)

O MF4700 se propõe a entregar versatilidade e eficiência no campo, juntamente com alto desempenho. Além disso, ele possui respostas mais rápidas e maior torque, aliados a uma operação econômica.

Pulverizadores

Os pulverizadores agrícolas também são muito utilizados nas rotinas da lavoura. É necessário escolher o ideal, de acordo com as características da sua fazenda e da sua cultura.

Pulverizador Stara Imperador 3.0

A máquina Stara Imperador 3.0 foi eleita o melhor pulverizador do ano pelos produtores e apresenta várias características de interesse. Ele é o único que inclui, na mesma máquina, um pulverizador com barras centrais, um distribuidor autopropelido e um semeador pneumático.

Essa é uma vantagem para produtores de médio porte, pois permite a execução dessas atividades em épocas diferentes. Isso tudo é possível mantendo o mesmo rastro na lavoura e diminuindo o amassamento de plantas.

É uma máquina que reúne economia, eficiência de aplicação, adequação ao terreno e menor patinagem.

Máquina agrícola verde e laranja
(Fonte: Stara)

Pulverizador John Deere 4730

Para fazendas grandes, que produzem em extensas áreas, o pulverizador John Deere 4730 é uma excelente opção de máquina. Possui barra de 30m ou 36m em fibra de carbono, o que a torna mais leve e propicia uma maior qualidade de aplicação em altas velocidades.

É equipado com suspensão pneumática e autonivelante, além de possuir como item opcional tubulação de aço inox e sistema anti gotejo. Assim, há economia de insumos e maior durabilidade da barra.

Com tanque de combustível de 503L, tem boa autonomia no dia a dia. Ele faz menos paradas para reabastecimento.

Máquina pulverizando lavoura
(Fonte: John Deere)

A barra de pulverização possui sensores de altura que auxiliam na eficiência da operação.  Desta forma, há redução de deriva de defensivos e de falhas, além da minimização dos danos da barra tocar o solo.

A cabine do pulverizador proporciona boa visibilidade ao operador. A alavanca que controla o pulverizador se move com o assento, facilitando o trabalho nos talhões das fazendas.

Pulverizador Condor 800 AM18 Jacto

Para produtores de áreas menores, que não necessitam da aquisição de um pulverizador autopropelido, o Condor 800 AM18 da Jacto é uma excelente escolha.

Pulverizador laranja, com tanque cinza
(Fonte: Jacto)

O pulverizador Condor 800 AM18 possui abertura e fechamento das barras totalmente hidráulicas, o que possibilita ganho de tempo. Seu tanque tem capacidade para 800L de calda.

Com o tanque e 18 metros de barra, o pulverizador apresenta boa capacidade operacional, conseguindo pulverizar em velocidades de 2 km/h a 6 km/h.

Ele possui alguns opcionais como sistema de orientação por GPS, desligamento automático de seções, marcadores de linha e incorporador de defensivos. As barras têm bicos Bijet, com espaçamento de 50 cm. 

A altura de trabalho do equipamento pode variar de 0,65 m a 1,42 m. O Condor 800 AM18 também conta com tanque de 15 L de água para limpeza. As bombas têm vazão de 75 ou 100 L/min a 540 rpm, chegando a uma pressão máxima de 300 psi.

Adubadoras

No processo da adubação, também há máquinas que podem facilitar e otimizar o seu trabalho. Veja agora umas das principais:

Uniporte 3030 NPK Jacto

Outra máquina incrível para grandes áreas é a Uniporte 3030 NPK da Jacto. A adubadora automotriz é recomendada e foi desenvolvida especialmente para adubação localizada de fertilizantes na cultura da cana-de-açúcar.

O Uniporte 3030 possui reservatório de 3 mil kg e faixa de aplicação de até 15 metros.

Máquina laranja, com cabine preta
(Fonte: Jacto)

Devido a seu amplo reservatório para produtos e a aplicação de fertilizantes em 10 linhas simultâneas, o rendimento operacional dessa máquina é muito bom.

O sistema de distribuição de fertilizantes utilizando fluxo de ar proporciona alta uniformidade na aplicação. Isso resulta em baixos erros operacionais.

O motor do Uniporte é governado eletronicamente e foi ajustado para trabalhar em baixas rotações. Com isso, tem altos valores de torque e menor consumo de combustível do equipamento.

O Uniporte 3030 NPK atende às normas brasileiras de emissão de poluentes MAR-I e pode trabalhar com biodiesel B20 (até 20% na mistura).

A aplicação em 10 linhas simultâneas (1,5m x 1,5m ou 1,5m x 0,9m) pode atingir uma velocidade de até 25 km/h. Assim, proporciona rendimentos que podem chegar a 200 ha/ dia de trabalho.

A altura da barra em relação à cultura da cana permite que esse equipamento seja utilizado em várias fases de desenvolvimento da cultura.

A vazão deste equipamento pode variar de 30 kg/ha a 600 kg/ha (fertilizante sólido granulado). Ele pode ser equipado ainda com controlador de 3 seções, piloto automático e telemetria.

Semeadoras

As semeadoras podem ser pneumáticas ou mecânicas, e não podem ser escolhidas sem um critério. A escolha também depende das caraterísticas da sua lavoura.

Semeadora Valtra Momentum

Essa é mais uma máquina vencedora do concurso de melhores máquinas agrícolas do ano. A Valtra Momentum apresenta duas opções, apenas semeadora ou semeadora e aplicadora de fertilizantes.

No primeiro tipo, tem opções de 24, 30 e 40 linhas e na segunda, de 24 e 30 linhas. Ela se destaca pelo seu design, tecnologia de fábrica, eficiência e capacidade de trabalho.

Seus principais diferenciais são a facilidade de locomoção e transporte entre lavouras devido ao sistema retrátil. 

Ainda, possui precisão na aplicação de adubo por uso de sistema pneumático, homogeneidade de profundidade de semeadura e maior velocidade de operação.

Máquina em lavoura, realizando preparo do solo
(Fonte: Valtra)

Semeadora John Deere DB74 e DB50

As semeadoras da linha DB da John Deere são ótimas opções para agricultores que semeiam sem adubação na linha.

Para obter maiores rendimentos operacionais, a John Deere possui a DB74 (48 linhas) e a DB50 (31 linhas). Combinadas com o sistema VacuMeter, essas máquinas permitem maior velocidade de deslocamento na semeadura.

Semeadora em lavoura
(Fonte: John Deere)

O VacuMeter é um sistema a vácuo para distribuição de sementes. Ele é mais preciso que os sistemas mecânicos presentes no mercado, pois está menos sujeito à variação no tamanho das sementes utilizadas.

Por possuir o sistema a vácuo em vez de discos alveolados, com disco duplo na semente, permite chegar a velocidade de até 12 km/h.

O dosador em forma de tubo de perfil parabólico auxilia na condução das sementes até o sulco de plantio. Isso ajuda na manutenção do espaçamento entre plantas e linhas ideal.

Essas semeadoras foram feitas para o acoplamento em tratores John Deere. Porém, existem kits de adaptação que permitem utilizar esse sistema em outros tratores com a mesma precisão do conjunto original.

Segundo a John Deere, as semeadoras conseguem atingir um rendimento operacional de até 18 hectares por hora no plantio. O índice é excelente para a semeadura na época correta.

Com o auxílio do desligamento automático de seções RowCommand, é possível desligar até 16 seções independentes. Na Semeadora DB50 (31 linhas), podem ser agrupadas de 2 em 2 linhas. Na DB74 (48 linhas), podem ser agrupadas de 3 em 3 linhas.

Além disso, os carrinhos do tipo pantográficos auxiliam na distribuição das sementes na profundidade correta, melhorando a emergência do estande.

>> Leia mais:Semeadoras plantio direto: Como encontrar a melhor para sua fazenda”.

Colhedoras

Na etapa final do cultivo, as colhedoras podem te ajudar a otimizar esse processo, além de garantir que menos perdas aconteçam.

Colhedora New Holland TX 5.90

Eleita a melhor colhedora de grãos pelos produtores brasileiros em 2021/2022,  a colhedora TX 5.90 da New Holland é uma excelente máquina para grandes extensões de colheita. 

Suas principais características, assim como sua tecnologia paralela da fabricante (TX 4.90), são a tecnologia de fábrica, conforto, alto rendimento e baixas perdas.

Máquina agrícola amarela
(Fonte: New Holland)

O sistema de peneiras inovador e controle automático de ventiladores são novidades tecnológicas. Juntamente com um sistema de distribuição homogêneo de grãos na peneira, esse sistema reduz as perdas.

Além disso, o sistema de debulha por cilindros e duplo rotor de separação aumentam a capacidade de colheita. Eles permitem maior velocidade no campo, aumentando a eficiência.

A TX 5.90 ainda tem capacidade para sistemas extras de agricultura de precisão. Tudo isso é mapeado em um sistema de controle de fácil acesso ao operador, na cabine.

Colhedora Case Axial-Flow 5130

Outro maquinário agrícola que merece destaque no mercado é a colheitadeira da Case Axial Flow 5130.

O sistema Axial-Flow da Case IH é muito conhecido pelo seu alto desempenho. Além disso, preserva a qualidade dos grãos e propicia bons desempenhos no momento da colheita.

Esse sistema tem facilidade de adaptação das máquinas ao tipo de cultura a ser colhida. Elas possuem diversas configurações de peças e kits para cada tipo de grão, sejam eles feijão, trigo, milho, soja, sorgo ou arroz.

A versão 5130 da Case fica classificada como uma das mais produtivas colhedoras da categoria devido à sua configuração.

A máquina traz conjunto de motorização eletrônica e rotor Small Tube. Ambos são associados a um tanque de combustível maior e sistema de limpeza com maior capacidade de processamento.

O sistema de ajuste de tensão elimina a patinação da correia, o que acarreta maior uniformidade no sistema de alimentação. Isso também confere maior durabilidade às peças.

A capacidade de armazenamento de grãos é de 10.600 L e seu tubo de descarga pode chegar a atingir até 114 L/s.

A colhedora Axial-Flow 5130 possibilita alguns opcionais tecnológicos como softwares e monitores para confecção dos mapas de produtividade das áreas. Esse é justamente um dos passos iniciais à prática da agricultura de precisão.

Máquina vermelha, realizando a colheita na lavoura
(Fonte: Case)

Arados

Essenciais para garantir uma boa qualidade do solo, os arados podem ser de vários modelos e tipos diferentes. Veja agora dois modelos muito recomendados por produtores rurais:

ARH – Arado Reversível Hidráulico Baldan

Um maquinário agrícola muito importante no preparo inicial das áreas é o arado. O Arado Reversível Hidráulico da Baldan possui versatilidade em terrenos inclinados, não sendo necessário abrir ou fechar quadros de ação.

Pode ser utilizado para a construção de curvas de nível e possui inúmeras regulagens nos discos, como altura, giro e inclinação. Desta forma, possibilita um correto ajuste para cada tipo de solo.

Foto de arados agrícolas
(Fonte: Baldan)

ASTH – Arado Subsolador Tubular Hidráulico 7/7

O arado subsolador da Baldan é capaz de descompactar camadas do solo provocadas pelo transporte de máquinas pesadas no terreno. A compactação de camadas do solo é prejudicial ao bom desenvolvimento radicular e causa  redução na produção.

Foto de arado agrícola vermelho
(Fonte: Baldan)

O rompimento dessa camada pode ser feito com um subsolador. O subsolador tubular da Baldan é um equipamento robusto e de fácil manuseio.

Vale lembrar que, quanto maior for a quantidade de hastes no subsolador, bem como seus ângulos de ataque, maior será a potência requerida pelo trator no momento de uso.

>>Leia mais:

 “Tudo o que você precisa saber sobre dimensionamento da frota agrícola”

Renagro: como funcionará o registro nacional de tratores e máquinas agrícolas

Conclusão

A indústria de máquinas agrícolas a cada dia apresenta novidades e novos pacotes tecnológicos para cada cultura e equipamento.

Existe uma infinidade de máquinas e implementos agrícolas presentes no mercado. E cada cadeia produtiva irá absorver os melhores equipamentos do ramo.

Cabe a cada produtor escolher seu maquinário agrícola de acordo com sua propriedade e sistema produtivo.

Feiras como a Agrishow, Show Rural Coopavel, Expodireto Cotrijal são ótimas oportunidades para fechamento de negócio com bons descontos!

>> Leia mais:

Moderfrota: veja o que é preciso para conseguir recursos

Como funciona o financiamento de veículo para produtor rural

Você já conhecia todas estas máquinas e implementos que apresentei? Possui outras máquinas agrícolas que também merecem destaque nessa lista? Adoraria ver seu comentário!

Foto do redator João Paulo Pennacci

Atualizado em 1 de setembro de 2022, por João Paulo Pennacchi.

João Paulo é engenheiro eletricista formado pela Unifei e engenheiro-agrônomo formado pela Ufla. Mestre e doutor em agronomia/fisiologia vegetal pela Ufla e PhD em ciências do ambiente pela Lancaster University.