Máquina agrícola: Veja se vale investir para o seu agronegócio

Máquina Agrícola: Os maquinários são parte fundamental da atividade agrícola, estando presente em todas as etapas do processo produtivo.

Introdução

Foi-se o tempo em que as atividades relacionadas ao processo de produção agrícola eram feitas manualmente ou através do uso de força animal. O advento da invenção de motores e máquinas se estendeu ao campo e os maquinários agrícolas tomaram o ambiente rural.

O uso de máquinas agrícolas traz diversos benefícios, sendo que os principais estão relacionados à maior eficiência e assertividade nas atividades agrícolas, além da diminuição do tempo de execução das tarefas e a maior segurança aos trabalhadores. 

A evolução tecnológica tem trazido cada vez mais novidades ao campo e muitas das máquinas hoje utilizadas já apresentam a capacidade de leitura de dados da lavoura, referenciamento geográfico, adaptação ao terreno e autonomia na execução de tarefas.

Por estes motivos, é importante que o produtor conheça as especificidades de cada tipo de maquinário, entenda seu funcionamento e tenha capacidade de decidir sobre a necessidade e possibilidade de tê-las em sua propriedade. Essas são as informações que traremos nesse artigo.

O que é uma máquina agrícola?

Uma máquina agrícola pode ser definida como uma ferramenta capaz de executar tarefas que eram feitas por meio do trabalho humano ou animal.

São equipamentos baseados em dispositivos mecânicos com controle elétrico e propulsão gerada por motores de combustão. Essas máquinas normalmente apresentam sensores capazes de monitorar suas condições de trabalho e as características das plantas ou do solo alvos de suas tarefas.

Os maquinários têm evoluído grandemente desde seu surgimento, sendo, hoje em dia, o maior aporte tecnológico dentro de uma propriedade rural.

Quais os principais tipos de máquinas agrícolas?

Existe um número enorme de máquinas agrícolas para as mais diversas funções na atividade rural. Elas estão envolvidas em diversas atividades desde a abertura e preparo da área até a pós-colheita, embalagem e armazenamento dos produtos agrícolas.

Porém, algumas delas são as mais comuns e estão presentes na maioria das propriedades rurais no Brasil, executando grande parte das atividades da lavoura. São elas:

  • Tratores: o trator é o maquinário agrícola de maior dinâmica na propriedade. Ele executa diversas atividades, além de poder ser acoplado a diversos implementos;
  • Plantadeiras/Semeadoras: são responsáveis pela semeadura de sementes ou plantio de mudas ou partes vegetativas. É importante na homogeneidade da implantação da lavoura;
  • Pulverizadores: atuam na proteção e controle a pragas, doenças e plantas daninhas na lavoura, garantindo sua sanidade e expressão do potencial produtivo;
  • Colhedeiras: são responsáveis pela colheita do produto final, permitindo a retirada das plantas do campo, bem como da parte de interesse comercial.

Hoje em dia, também não podemos deixar de falar dos drones e aviões que assumem cada vez mais importância nas tarefas agrícolas. Essas máquinas hoje têm função de monitoramento e sensoriamento remoto, além da execução de pulverizações aéreas.

O que levar em conta ao escolher uma máquina agrícola?

Normalmente o custo com maquinários agrícolas é um dos maiores percentuais de investimento de um produtor rural. Por esse motivo, a escolha pela compra de uma máquina deve ser bastante criteriosa.

Abaixo listamos pontos importantes que o produtor deve se atentar ao escolher uma máquina agrícola:

  • Tamanho e características da propriedade: os fatores como área da propriedade, tipo de solo e relevo são importantes para definir as características do maquinário, como altura, peso, potência, dentre outros;
  • Culturas a serem plantadas: muitos maquinários são específicos para algumas culturas, principalmente as plantadeiras e colhedeiras. Dessa forma, o produtor deve buscar máquinas que se adequem às suas necessidades.
  • Características do maquinário: é importante observar alguns detalhes técnicos das máquinas antes da decisão da compra. Alguns importantes são a potência, o torque, a tração, o tipo de transmissão, tipo de chassi, motor, consumo de combustível, tecnologia embarcada e condições da cabine;
  • Disponibilidade de mão-de-obra: muitas vezes pode não ser viável comprar um maquinário moderno em um momento específico se a mão de obra disponível na propriedade ou região não for apta para operá-lo;
  • Custos de operação e depreciação: muitas vezes os gastos com manutenção e operação podem ser altos e devem ser levados em conta na escolha da máquina, de acordo com o planejamento de custo de produção da fazenda. A depreciação do bem também deve ser levada em conta;
  • Capacidade de investimento: o produtor deve ter em mente qual a sua capacidade de investimento e a forma de pagamento, pois isso pode limitar as opções de escolha e compra de máquinas;
  • Retorno do investimento: o produtor deve levar em conta se a compra da máquina irá agregar valor a sua produção e em quanto tempo o maquinário será pago através desse valor agregado e no aumento do lucro. 

Quais os preços das máquinas agrícolas?

Os preços de máquinas agrícolas são bastante variáveis e dependem muito se o maquinário é novo ou usado. Além disso, outras características que definem o preço do maquinário são:

  • Tamanho e potência;
  • Ano de fabricação;
  • Características técnicas;
  • Nível de tecnologia;
  • Marca e modelo;
  • Horas de uso e estado de manutenção, no caso de máquinas usadas.

Para base de informação, existem máquinas agrícolas novas na faixa de 30 mil reais, sendo que as de maior tecnologia e potência podem passar de 7 milhões de reais. Por isso não é viável trazermos preços específicos de equipamentos, já que isso vai depender da necessidade e capacidade de investimento do produtor.

Quais as principais formas de se adquirir máquinas agrícola?

Por ser um bem de preço elevado, principalmente em caso de compra de maquinários novos, o empresário rural deve planejar a melhor forma de aquisição do maquinário. As formas mais comuns são:

  • Pagamento à vista: se for uma máquina de alto custo, o produtor deve avaliar se o pagamento à vista é uma opção, uma vez que isso pode diminuir a capacidade de investimento em outros bens necessários à boa condução de sua atividade;
  • Financiamento: nessa modalidade, a compra é feita por uma entrada e parcelas subsequentes, o que pode auxiliar a diluir o preço da máquina e seu uso já gerar renda para o pagamento das parcelas posteriores;
  • Consórcio: a modalidade de consórcio é uma opção para quem planeja comprar uma máquina no longo prazo, pois o maquinário não estará disponível no momento do investimento inicial. Essa é uma boa opção para troca futura ou modernização da frota da fazenda.
Controle e acompanhe a manutenção das máquinas da sua fazenda

Conclusão

Hoje em dia as operações nas lavouras são praticamente todas feitas utilizando maquinários e o produtor precisa dessas ferramentas para uma boa condução de suas lavouras e para potencializar a produção e o lucro.

Porém, o produtor deve ser cuidadoso e criterioso ao investir em máquinas agrícolas pois o custo é bastante elevado. Dessa forma, ele deve levar em consideração diversos fatores e decidir se é o melhor momento para compra de uma máquina nova ou se deve optar por uma usada, ou ainda, se é mais rentável contratar o serviço de máquina terceirizado.

Esse tipo de decisão deve ser tomado baseado na gestão da propriedade e no balanço financeiro e previsão de custos e ganhos no curto e longo prazo.

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Antecipação de recebíveis: o que é, como funciona e quando é vantajosa

Antecipação de recebíveis: saiba como fazer, quem pode antecipar, taxas, benefícios, desvantagens e principais pontos de atenção.

A antecipação de recebíveis é uma linha de crédito voltada para empresas que precisam adiantar o recebimento de suas vendas. Essa é uma forma de receber agora um dinheiro que só receberia no futuro.

Para isso, é importante conhecer todos os detalhes desse serviço financeiro. Assim, você não prejudica a saúde financeira da sua empresa e consegue um fôlego no seu caixa

Neste artigo, veja as informações sobre a antecipação de recebíveis que vão te ajudar na tomada de decisão. Boa leitura!

O que é e como funciona a antecipação de recebíveis?

Apesar do nome complicado, a antecipação de recebíveis trata-se de uma linha de crédito que permite que as empresas adiantem o recebimento de suas vendas.

Dessa forma, os recebíveis de uma empresa rural são o dinheiro devido a ela referente à venda de produtos ou serviços a crédito. 

Assim, a antecipação de recebíveis é um recurso financeiro que possibilita às empresas receberem quantias de dinheiro de venda de produtos e serviços antes do prazo previsto.

Em outras palavras, a antecipação de recebíveis permite receber valores futuros adiantados. 

Você pode receber a antecipação de duplicatas, de vendas feitas a prazo ou parceladas, carnês, contratos de lotes futuros, cheques ou cartões de crédito. Isso acontece antes do seu cliente ser cobrado.

Quando o cliente compra um produto ou um serviço e parcela em duas vezes, sua empresa pode levar até 60 dias para receber o valor total da venda. 

Ao contratar a antecipação de recebíveis, você pode adiantar o recebimento desse valor para ter o dinheiro em caixa em poucos dias.

Portanto, a antecipação é uma alternativa de curto prazo para cobrir despesas urgentes que podem ter surgido. 

As instituições financeiras que oferecem a antecipação cobram taxas sobre o valor adiantado. Entretanto, nessa modalidade, normalmente você paga juros menores do que ao fazer a contratação de um empréstimo.

É importante salientar que esse serviço deve ser utilizado com cautela e pensando no curto prazo. É necessário tomar cuidado para que as antecipações não se acumulem e prejudiquem o seu caixa. 

Faça uma boa gestão financeira do negócio para que essa antecipação não ocorra com frequência. Assim, elas não trarão prejuízos à saúde financeira da sua fazenda.

Diferença entre antecipação de recebíveis e empréstimo

A antecipação de recebíveis muitas vezes pode ser confundida com um empréstimo. Entretanto, eles não são a mesma coisa e existem diferenças essenciais entre os dois modelos. 

Uma das principais diferenças é que, ao solicitar um empréstimo, sua empresa receberá um dinheiro que não é dela. Esse dinheiro é do banco ou da instituição financeira.  Você deverá devolver esse dinheiro em pagamento único ou parcelado, com certa taxa de juros.

O empréstimo sempre será atrelado a um fator de risco: a nota de crédito da empresa. Ela  poderá facilitar ou dificultar o empréstimo. 

Assim, a instituição financeira poderá aumentar as taxas ou negar o empréstimo de acordo com o risco que a empresa tem de não pagar o valor.

Por outro lado, na antecipação, o risco de inadimplência é baixo, pois o pagamento será efetuado conforme negociado. Isso facilita a obtenção dos recursos com taxas menores.

Tipos de recebíveis

Existem vários tipos de recebíveis aptos a serem antecipados. Por isso, independente do tipo de venda que você faça, é muito provável que você consiga antecipar esses valores. Veja detalhes de cada um desses tipos:

Boletos bancários

Os boletos emitidos para seus clientes podem ser facilmente antecipados através do banco emissor.

Por exemplo, se você emitiu o boleto através do Banco do Brasil, você pode antecipar esse boleto na mesma instituição financeira.

Cartão de crédito

A antecipação pelo cartão de crédito é feita sobre as vendas a prazo realizadas pela empresa. Quando um cliente realiza uma compra de sua mercadoria e parcela o valor em três vezes, por exemplo, você pode demorar até 90 dias para receber o valor total da venda.

Para antecipar esse recebível, basta procurar uma instituição financeira ou fintech que realiza esse serviço e autorizar a consulta de suas vendas pela instituição. O crédito no valor total poderá ser antecipado no dia seguinte da realização das vendas.

Para isso, pode ser cobrada uma taxa de antecipação pela instituição financeira mais IOF e encargos. Nesse caso, é importante avaliar se a operação por cartão de crédito é vantajosa para sua empresa.

Cheques

As vendas realizadas com cheques a prazo também podem ser antecipadas. Atualmente, diversos bancos oferecem esse tipo de serviço, também chamado de “Desconto de Cheque Pré-Datado”.

O processo é semelhante ao do cartão de crédito. Você realiza o cadastro em uma empresa que faz esse serviço e envia todos os documentos solicitados, incluindo os cheques que serão antecipados. 

Após isso, a instituição financeira realizará todas as análises de riscos. Se aprovado, o dinheiro será liberado na sua conta.

Nessa operação também podem haver custos extra, como juros, IOF e encargos. Portanto, é necessário avaliar se a antecipação vale a pena.

Depósitos

Os depósitos em conta corrente também podem ser antecipados. As regras para esta operação devem ser requisitadas no seu banco, pois variam conforme a instituição.

Este tipo de antecipação é geralmente feita para antecipar duplicatas emitidas sem boletos.

Contratos de lotes futuros

Os contratos futuros são negociados na Bolsa de Valores. Esses contratos consistem em um acordo entre comprador e vendedor sobre um determinado ativo como milho, café, e soja. Nesses casos, a operação será executada no futuro.

O preço desta venda futura é determinado no momento da compra e sofre ajustes diários a cada encerramento de pregão na Bolsa de Valores.

O contrato tem uma data de vencimento quando a operação de compra e venda será realizada. No vencimento, o comprador vai aferir lucro ou prejuízo, conforme o cálculo realizado com base nos ajustes diários no período.

Entretanto, o contrato futuro pode ser liquidado antes do prazo acordado. Neste caso, o comprador revende o contrato, passando para a posição de vendedor.

Carnês

Se sua empresa ainda aceita o pagamento por meio de carnês, saiba que é possível antecipar o dinheiro das vendas feitas por este meio.

Para realizar a operação, basta procurar sua instituição financeira e solicitar o serviço. É importante lembrar que a antecipação do carnê pode incorrer em custos cobrados pelo banco.

Duplicatas

As duplicatas são documentos que comprovam a compra, venda e a promessa de pagamento. Ela deve ser emitida pela empresa com a nota fiscal e assinada pelo comprador. Além disso, deve especificar o valor e a data de vencimento da dívida.

Você pode solicitar a antecipação da duplicata em uma instituição financeira que cobrará uma tarifa para realizar a operação.

Como fazer antecipação de recebíveis

Para fazer a antecipação de recebíveis, boleto ou nota fiscal da venda feita devem estar em mãos. Em seguida, você, produtor rural,  entra em contato com uma empresa especializada neste tipo de serviço, fintechs, bancos físicos ou digitais.

Essa empresa ou banco faz um cadastro do seu negócio no sistema, solicitando os documentos necessários. Após isso, você poderá enviar as notas fiscais, cheques, e outros recebíveis para que a empresa avalie.

Após a análise dos títulos, você será informado pela empresa se a sua solicitação de antecipação foi total ou parcialmente aprovada. Durante a análise de crédito, a empresa de antecipação de recebíveis pode optar por não antecipar todos os recebíveis. 

Depois disso, só é preciso assinar os documentos que o dinheiro será liberado diretamente na sua conta.  Você pode optar em antecipar um ou mais recebíveis, não é obrigatório antecipar todos os recebíveis que sua empresa tiver.

A antecipação de recebíveis pode ser solicitada tanto por pessoas jurídicas quanto por pessoas físicas. Basta comprovar a atividade da sua empresa. Produtores rurais com contratos de compra e comercialização de grãos, ou seja, com contratos de lote futuro, também podem solicitar a antecipação.

Taxa de antecipação de recebíveis

O valor da taxa de antecipação varia de acordo com a empresa ou banco intermediário. Essa taxa, geralmente, é aplicada proporcionalmente em cada parcela que será antecipada.

No entanto, o cálculo para a cobrança da taxa sempre terá como base um período de 30 dias. A partir disso, para conferir o saldo a receber, é preciso descontar a taxa do valor dos recebíveis.

Se você antecipar uma parcela com vencimento de 30 dias, você vai pagar a taxa multiplicada por 1, por ser uma antecipação de apenas um mês. 

Se a antecipação for de uma parcela que vence em 60 dias, você vai pagar a taxa multiplicada por 2 e assim sucessivamente. 

Antes de escolher uma instituição financeira que ofereça o serviço de antecipação de recebíveis, é importante avaliar as taxas cobradas.

Fatores que podem interferir no valor das taxas são o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e outras cobranças envolvidas.

Então, avalie com atenção as opções disponíveis. Só assim será possível saber se a opção de adiantamento de recebíveis é realmente vantajosa para sua empresa.

Vantagens da antecipação de recebíveis

Uma das vantagens é que você pode ter um ganho de produtividade. Afinal, consegue ter dinheiro em caixa para investir em maquinários e insumos. 

Além disso, a antecipação é uma escolha mais eficaz porque utiliza o dinheiro que já pertence à empresa. Dessa forma, você não vai precisar recorrer a empréstimos e financiamentos. 

Outra vantagem é que esse serviço tem menos burocracia na contratação. A liberação dos recursos ocorre com mais rapidez e os juros são menores. 

As taxas de juros são definidas de acordo com o perfil financeiro do solicitante, mas costumam ser mais baixas do que as cobradas pelos bancos no rotativo do cartão e no cheque especial. 

Isto porque, como o dinheiro pago antecipadamente pela instituição financeira tem origem em uma venda já realizada, o risco de inadimplência é menor.

Mesmo assim, antes de fechar o negócio é importante verificar se as taxas de juros, somadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e outros encargos, tornam essa opção vantajosa para a sua empresa.

Isso evita que a sua empresa rural fique endividada e faz com que ela permaneça competitiva. 

Desvantagens da antecipação

A antecipação de recebíveis também pode oferecer alguns riscos que precisam ser considerados. 

Ao receber o crédito antecipado, você não poderá mais contar com esse recurso no futuro. É necessário se organizar financeiramente para isso.

Por mais que a antecipação traga benefícios, a sua empresa não pode depender exclusivamente desses recursos para continuar atuando adequadamente. 

O uso contínuo do crédito acaba se tornando uma fonte de capital de giro mais cara e pode comprometer a saúde financeira da empresa e pode, inclusive, colocar em risco a sua sobrevivência no mercado.

Afinal, isso pode limitar o crescimento do seu negócio e também dificultar o planejamento e a organização financeira.

Antes de contratar essa operação, analise o comprometimento da situação financeira da empresa. É preciso que o negócio tenha uma boa projeção de fluxo de caixa. Isso porque no futuro, os recebíveis antecipados não entrarão no caixa da empresa.

Outra desvantagem é a possibilidade de o cliente da sua empresa não concluir o pagamento da compra. Ou seja, o consumidor que fez a compra a prazo pode não honrar com o pagamento ou praticar alguma fraude, com o uso de cheque sem fundos.

Neste caso, quem deve pagar à instituição financeira será a empresa que contratou a antecipação. Você ainda poderá pagar multas e juros pela antecipação de recebíveis. 

Quando é interessante utilizar a antecipação de recebíveis

Assim como outras linhas de crédito, a antecipação de recebíveis deve ser usada para atender às necessidades do negócio.

Normalmente, essa modalidade é contratada para pagar compromissos com fornecedores que vencem antes do prazo de recebimento dos seus clientes.

Além disso, pode ser utilizado para levantar capital de giro, cobrir operações com juros mais baixos e atender demandas sazonais, quando é preciso reforçar o estoque e o quadro de funcionários. 

Planilha de fluxo de caixa para sucessão feminina

Conclusão

A antecipação de recebíveis pode ser utilizada para otimizar o fluxo e evitar problemas com o capital de giro

Ela traz mais liquidez ao seu negócio, sem que seja necessário recorrer a empréstimos e financiamentos. 

Mas é importante ressaltar que é preciso ter um planejamento adequado. Sem ele, a antecipação pode ajudar a resolver um problema hoje e gerar outro maior no futuro. 

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Restou alguma dúvida sobre a antecipação de recebíveis? Deixe aqui seu comentário!

Custo de produção agrícola: Aprenda como reduzir para otimizar a safra

Custo de produção agrícola: Algumas técnicas podem ser bastante efetivas em economizar recursos e diminuir os gastos sem limitar produção, aumentando o lucro do produtor

A agricultura moderna tem enfrentado cada vez mais desafios e o produtor tem que tomar diversas decisões para manter a viabilidade econômica de seu negócio rural. A margem de lucro das atividades agropecuárias estão cada vez menores, riscos e custo cada vez mais altos.

Além disso, a necessidade do uso racional e sustentável de recursos é um apelo cada vez maior da sociedade e do mercado consumidor, o que obriga o produtor a organizar e planejar sua atividade para otimizar o custo.

Dessa forma, monitorar e controlar o custo de produção é uma maneira de combinar uso racional de recursos e aumentar as chances de maior retorno do investimento no campo.

Nesse artigo traremos informações sobre os principais pontos de controle e técnicas para diminuir o custo de produção agrícola sem limitar a produtividade, aumentando o rendimento.

O que é custo de produção agrícola?

O custo de produção agrícola pode ser definido como o montante gasto pelo produtor para produzir uma unidade de produto agrícola. Essa unidade é definida, normalmente, como a unidade de venda ao consumidor.

Por exemplo, no caso de commodities, a unidade de produção é a saca. Assim, o custo de produção de soja diz respeito aos gastos para se produzir uma saca de 60 kg de grãos.

O custo de produção pode ser dividido em custo fixo e custo variável, que são definidos como:

  • Custo fixo: custos que independem da área de produção, como salários de funcionários, seguros, depreciação de maquinários, custo da propriedade ou área de plantio, impostos;
  • Custo variável: custos que variam com o nível e área de produção, como sementes, fertilizantes e agroquímicos, combustível, horas de máquina 

Como o custo de produção influencia no lucro?

Há uma lógica matemática no cálculo do lucro de uma atividade, em qualquer ramo de negócios. Na agricultura não é diferente e a equação que relaciona o lucro e o custo é a seguinte:

Lucro = (Receita de venda – Custo de produção) x Unidades produzidas

Assim, se um produtor tem um custo de produção de R$ 60,00 por saca de soja e vende por R$ 100,00, ele tem um lucro de R$ 40,00 por saca.

Dessa forma, qualquer diminuição no valor do custo de produção pode gerar aumento do lucro, desde que não limite a produção e a quantidade de produto disponível para venda.

É importante ressaltar que nem toda economia é benéfica ao produtor. Há um custo de produção que é chamado de custo ótimo que é o ponto em que o custo gera o máximo lucro.

Isso quer dizer que uma economia abaixo desse custo ótimo pode gerar limitação na produção agrícola e diminuir o lucro. Da mesma maneira, um investimento mais alto do que o ponto de custo ótimo irá gerar gastos que não darão retorno em produtividade, também diminuindo o lucro.

Quais fatores influenciam o custo de produção?

Há diversos tipos de custo que formam o custo total de produção em uma propriedade rural. Aqui, citaremos os principais formadores do custo de produção:

  • Aluguel de área ou máquinas;
  • Operação e manutenção de máquinas;
  • Mão de obra;
  • Funcionários administrativos e de gestão;
  • Sementes e mudas;
  • Fertilizantes, agroquímicos, produtos biológicos, reguladores de crescimento;
  • Análises de solo, foliar, etc;
  • Irrigação;
  • Energia, água, internet, etc;
  • Armazenagem e beneficiamento;
  • Transporte e embalagem;
  • Seguros e impostos;
  • Assistência técnica;
  • Depreciações;
  • Manutenções;

Como se vê, há um número enorme de fatores que pode influenciar a produção e garantir o controle de todos eles para reduzir o custo final é um desafio para o produtor

Quais fatores podem influenciar o lucro da atividade agrícola?

O investimento nos fatores de custo de produção permite ao produtor gerar seu produto para venda. Porém, mesmo com custo controlado, outros fatores podem influenciar a lucratividade do negócio e o retorno do investimento.

Aqui citamos alguns pontos que podem influenciar o lucro final do produtor

  • Custo de produção: um custo de produção abaixo ou acima do custo ótimo irá limitar o lucro, seja por diminuir a produção ou por aumentar o custo por unidade de produção; 
  • Preço de venda: em um mercado globalizado, o produtor rural normalmente não tem qualquer controle sobre o preço de venda de seu produto e tem que se sujeitas às imposições do mercado;
  • Condições climáticas: condições climáticas extremas como secas severas, chuvas de pedra, alagamentos, temperaturas muito baixas ou muito altas, vento, podem causar danos permanentes e limitarem grandemente a produção, diminuindo a quantidade de produto disponível para venda e reduzindo o lucro;
  • Manejo de pragas, doenças e plantas daninhas: esses fatores também podem limitar grandemente a produtividade agrícola. Porém, esses fatores podem ser controlados através de investimento em produtos fitossanitários e uma economia nesses produtos pode gerar perda na produtividade;
  • Uso de recursos: o uso ineficiente de recursos gera um aumento do custo de produção sem gerar maior produção. Por exemplo, a pulverização de um produto em dia de vento ou antes de chuva gera a perda de seu efeito e requer uma nova pulverização. Isso aumenta o custo sem beneficiar a produção.

Como economizar e reduzir o custo de produção na agricultura?

muitas oportunidades para reduzir custo de produção na propriedade, mas nem todos eles são facilmente alcançáveis. Porém, alguns podem trazer um grande retorno ao produtor e os detalhamos abaixo:

  • Plano de safra: planejar as áreas de plantio, fazer análises de solo e levantar os insumos necessários para a condução da safra (primeira, segunda e terceira safra);
  • Diversificação da produção: ao diversificar os produtos, o produtor fica menos dependente do preço de um único commodities, por exemplo;
  • Monitoramento do clima e fatores bióticos: conhecer as previsões de chuva, temperatura ou eventos extremos, bem como monitorar os inóculos de doença e presença de pragas é de grande valia para tomar decisões rápidas e eficientes de manejo;
  • Manejo eficiente: utilizar produtos eficientes e de bom custo-benefício é crucial para manter o potencial produtivo das culturas agrícolas, sem limitar produtividade. Economias em insumos normalmente geram grandes perdas de produção por falta de nutrientes ou baixo controle de pragas e doenças;
  • Agricultura de precisão: ferramentas que aumentam o monitoramento e eficiência de aplicação de insumos são de enorme potencial na busca do custo ótimo e do máximo retorno. Elas permitem o uso eficiente de recursos sem limitar a produtividade;
  • Manutenção de máquinas: o retrabalho por problemas com máquinas é um dos maiores vilões na atividade agrícola, podendo aumentar grandemente os custos variáveis com produtos, combustível, mão de obra e peças ao longo da safra;
  • Práticas sustentáveis: o uso de técnicas como rotação de cultura, manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas, uso de potencializadores de produção e redutores de estresse, soluções biológicas normalmente trazem bom rendimento ao longo prazo.
  • Softwares de gestão: o uso de ferramentas digitais para controle e gestão da atividade agrícola aumenta a eficiência e diminui perdas no processo, diminuindo custos e riscos, e aumentando o lucro.
Custo de produção agrícola: Controle tudo pelo Aegro!

Conclusão

É cada dia mais claro que a atividade agrícola não é mais para amadores e que a gestão e execução dos processos de produção agrícola tem papel fundamental no sucesso e viabilidade do negócio.

Além da necessidade de sustentabilidade agrícola, o fator econômico é um grande ponto de tomada de decisão pelo produtor. Dessa forma, aumentar o controle e a eficiência nas operações agrícolas pode auxiliar o produtor a se aproximar do custo ótimo e a ter maior lucratividade e retorno sobre o investimento.

O Aegro oferece ferramentas de gestão que podem auxiliar grandemente o produtor rural nessa tarefa desafiadora. Certamente essas ferramentas têm potencial para aumentar o lucro sem aumentar grandemente o custo de produção, principalmente ao serem diluídas nos custos da propriedade.

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Cotação agrícola: como está o mercado agro hoje

Cotação agrícola: Veja o que são as cotações agrícolas e como são feitas as cotações das commodities

A cotação agrícola define os preços dos alimentos no Brasil. Dessa forma, é importante entender como as cotações funcionam e como isso influencia nos demais setores e produtos da economia.

Como os índices de cotação agrícola influenciam em toda a economia, não apenas os empresários da área devem estar atentos, mas sim, toda a sociedade. Uma vez que o valor da cotação agrícola tem impacto direto no custo de vida das famílias.

Nesse sentido, neste texto vamos explicar melhor sobre esse tema e entender a importância que tem para a população e para o país. Boa leitura!

O que é a cotação agrícola

Cotação agrícola é um tipo específico de cotação. Ou seja, é a definição pelo mercado dos preços dos produtos agrícolas, como soja, café, milho e diversas commodities agrícolas.

No Brasil, ela ocorre tanto para o agronegócio quanto para a pecuária, seja para o mercado interno e/ou externo.

Como é feita a cotação agrícola

Existem diversas regras a serem seguidas para estabelecer a precificação dos insumos agrícolas. Um dos órgãos responsáveis pelos índices das cotações agrícolas é o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). 

O Cepea é um grupo de pesquisa ligado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultur “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP). Os produtos cotados pela instituição estão listados abaixo:

  • Açúcar;
  • Algodão;
  • Arroz;
  • Bezerro;
  • Boi;
  • Café;
  • Laranja;
  • Etanol;
  • Florestal (56 produtos florestais);
  • Frango;
  • Hortifruti;
  • Leite;
  • Mandioca;
  • Milho;
  • Ovinos;
  • Ovos;
  • Soja;
  • Suíno;
  • Tilápia;
  • Trigo.

Os dados divulgados pelo Cepea são indispensáveis para conhecer a dinâmica do mercado agropecuário brasileiro. 

O que são as commodities agrícolas 

Commodities significa “mercadorias” em inglês, e o termo é designado para se referir a mercadorias brutas ou primárias. Podemos citar como commodity agrícola como soja, café, milho, trigo, entre outras. 

Para que um produto seja considerado uma commodity agrícola, ele tem que ter algumas características:

  • Ser comercializado nas bolsas de valores e de mercadorias em todo o mundo, por meio da compra e venda de ações;
  • Ser um produto homogêneo, que possui alto valor no mercado internacional;
  • Ter seu preço definido pelo mercado internacional;
  • Podem ser estocados sem perder a qualidade;
  • São produtos de origem primária.

Esses itens são negociados no mercado nacional e internacional e são utilizados como moeda de troca na Bolsa de Valores. As cotações são calculadas por tonelada, quilo ou saca e são influenciadas por alguns fatores como o clima, o tempo de colheita de safras, a previsão de produção, os estoques e movimentações especulativas.

Como funciona o mercado de commodities agrícolas

O mercado das commodities agrícolas pode ser nacional ou interncional, podendo ser caracterizado como uma fonte de investimentos. Os contratos são comercializados de acordo com a compra e a venda futuros.

Como já mencionado anteriormente, fatores externos têm forte influência nos valores. Um desses fatores são as variações na oferta e demanda dos principais produtores, exportadores e importadores mundiais, que afetam o comportamento dos preços no mercado nacional.

Tradicionalmente, em períodos de estoques mundiais mais restritos, os preços tendem a ficar mais elevados. Já quando há uma oferta muito superior ao consumo, ocorre queda das cotações.

Como funciona a cotação agrícola da soja

Uma das principais commodities agrícolas é a soja, que é negociada na Bolsa de Valores por meio de contratos de mercado futuro. A cotação agrícola da soja tem como base a Bolsa de Chicago, onde são negociados os contratos futuros de diversas commodities. 

Entretanto, além desse fator, vários outros aspectos entram em jogo ao calcular o preço final em cada país e região produtora. Alguns critérios são avaliados, como:

  • Cotação do dólar: a Bolsa de Chicago leva em consideração essa moeda. Dessa forma, será preciso converter para real.
  • Prêmio de exportação: o valor de referência estabelecido pela cotação da Bolsa de Chicago é responsável por definir a correlação entre os preços atuais do mercado interno e externo. Esse patamar pode variar positiva ou negativamente conforme valor da oferta, logística, demanda de soja e taxa cambial.
  • Despesas de exportação: referem-se às taxas, comissões e gastos portuários.
  • Transporte: custos de frete do local de produção até o porto para exportação.
  • Demais custos: custos variáveis que precisam ser acertados entre comprador e vendedor, como os custos de armazenagem.

O preço da soja é calculado da seguinte forma:

cotação na Bolsa de Chicago (US$/bushel)+Prêmio de Exportação para o destino

– gastos de exportação= Valor da soja no Porto (R$/tonelada)-Gastos Extras (armazenagem, etc)

= Valor da soja regional (R$/saca 60kg)

As cotações podem ser acompanhadas no site da B3.

Calcule seus custos e compare com outras fazendas

Conclusão

Os produtos agrícolas são importantes para o mundo todo, sendo o Brasil um grande produtor desses produtos. Mas existem variações nos preços agropecuários, chamada de cotação agrícola.

As commodities também sofrem essa variação, sendo que a formação do preço destes produtos ocorre de fora para dentro. No texto mostramos como essa formação de preço é feita para a soja.

Assim, é importante para o produtor entender como funciona o mercado de commodities, com alguns fatores que exigem alguns cuidados especiais, tais como variações regionais e a cotação do dólar, que apresenta grande significância no preço.

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Economizar combustível na fazenda: Veja algumas dicas

Economizar combustível na fazenda por ser um desafio para muitos produtores rurais, veja dicas valiosas de como gerar economia de combustíveis em sua lavoura

A vida do agricultor brasileiro enfrenta desafios consideráveis, sendo os custos de produção um dos principais pontos de preocupação. 

O aumento nos valores dos insumos e dos combustíveis contribuiu para que esses custos atingissem patamares históricos e economizar combustível tornou-se uma pauta importante nas lavouras.

Em março, a Petrobras anunciou um significativo aumento, elevando o preço do diesel em 25%, da gasolina em 19%, e do gás de cozinha em 16%, esses valores viram em função dos meses.

A justificativa central para esse reajuste foi a valorização do barril de petróleo no mercado internacional, impulsionada pela tensão gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e outros fatores internos.

Diante desse cenário desafiador, a eficiência no uso de combustível torna-se uma preocupação constante na gestão agrícola, não apenas como forma de alcançar economias financeiras, mas também como prática sustentável. 

Nesse sentido, este artigo abordará diversas questões relacionadas a estratégias para economizar combustível na fazenda, respondendo a perguntas fundamentais e oferecendo insights para otimizar o consumo de combustível no ambiente agrícola.

Vem com a gente entender um pouco mais!

Velocidade eficiente para economizar combustível. Qual a ideal na fazenda?

A velocidade de operação é um fator crucial para determinar o consumo de combustível em máquinas agrícolas. Em geral, a eficiência energética tende a ser maior em velocidades mais baixas. Manter uma velocidade constante e moderada, ajustada de acordo com o tipo de operação, é fundamental para otimizar o desempenho e economizar combustível.

Estudos indicam que a faixa ideal de velocidade para muitas operações agrícolas está entre 5 e 8 km/h. Velocidades excessivamente altas podem aumentar a resistência do ar e, consequentemente, o consumo de combustível. Assim, ajustar a velocidade de acordo com a atividade desempenhada pode resultar em ganhos significativos para economizar combustível.

Economizar na prática

Diversos fatores influenciam diretamente no consumo de combustível em maquinário agrícola. Entre eles, destaca-se a manutenção adequada dos equipamentos. Máquinas bem ajustadas, com motores regulados e sistemas de combustão eficientes, consomem menos combustível.

O uso de tecnologias modernas também contribui para economizar combustível. Implementar sistemas de monitoramento de desempenho, como GPS e sensores de eficiência, permite um controle mais preciso das operações, otimizando o uso de combustível.

Além disso, a escolha de implementos e máquinas mais eficientes e com tecnologias voltadas para a economia de combustível pode representar um investimento estratégico a longo prazo.

Economizar diesel de forma pontual

Para economizar diesel na fazenda, é essencial adotar práticas que maximizem a eficiência operacional. Algumas medidas práticas incluem:

  • Manutenção regular: programar e realizar manutenções preventivas e corretivas de acordo com as recomendações do fabricante é crucial para garantir o bom funcionamento dos motores e demais componentes.
  • Calibração de pneus: pneus mal calibrados podem aumentar a resistência ao rolamento, impactando negativamente no consumo de combustível. Manter a pressão adequada dos pneus é uma prática simples, mas eficaz.
  • Treinamento de operadores: educar os operadores sobre a importância de práticas eficientes, como evitar acelerações bruscas e manter velocidades moderadas, pode contribuir significativamente para economizar combustível.
  • Monitoramento de combustível: utilizar sistemas de monitoramento para acompanhar o consumo de combustível em tempo real permite identificar padrões e oportunidades de melhoria.

Quantos litros de diesel gasta por hectare?

O consumo de diesel por hectare varia consideravelmente dependendo do tipo de cultura, do equipamento utilizado e das práticas agrícolas específicas. No entanto, é possível fazer estimativas com base em dados médios.

Em média, tratores agrícolas consomem de 10 a 20 litros de diesel por hectare. Essa variação ocorre devido a diversos fatores, como a potência do trator, a profundidade de aração, a velocidade de operação e o tipo de solo. Culturas que exigem mais operações de preparo do solo podem ter um consumo maior.

A utilização de práticas de agricultura de precisão, como a delimitação exata das áreas a serem tratadas, pode contribuir para a redução desses valores, evitando desperdícios em áreas desnecessárias.

7 dicas para economizar combustível na fazenda

Dicas para economizar combustível ao dirigir:

  1. Mantenha uma velocidade constante:

Evite oscilações com acelerações e frenagens bruscas, pois isso aumenta o consumo de combustível. Em áreas urbanas, adapte a prática para evitar excesso de acelerações.

  1. Troque as marchas na rotação correta:

Em veículos manuais, troque as marchas de acordo com a rotação do motor. Ignorar essa prática pode resultar em aumento no consumo. A regra básica inclui velocidades específicas para cada marcha.

  1. Evite acelerações e frenagens desnecessárias:

Acelerar ou frear com intensidade desnecessária, além de perigoso, aumenta o consumo. Uma condução suave contribui para uma maior economia, especialmente em ambientes urbanos.

  1. Abandone o hábito de “aquecer o motor”:

O antigo hábito de aquecer o motor antes de partir deve ser abandonado, pois aumenta o consumo e acelera o desgaste de componentes.

  1. Mantenha as janelas fechadas na estrada:

A posição das janelas afeta a aerodinâmica do veículo. Manter as janelas fechadas reduz o esforço necessário para o deslocamento, contribuindo para a economia de combustível.

  1. Evite o uso excessivo do ar condicionado:

O ar condicionado sobrecarrega o motor, aumentando o consumo de combustível. Use-o conscientemente, especialmente em dias mais quentes, equilibrando conforto e eficiência.

  1. Zere o hodômetro após encher o tanque:

Zerar o hodômetro após abastecer permite monitorar o consumo de combustível, fornecendo informações precisas sobre a eficiência do veículo ao longo do tempo.

Dica prática para economizar

A chave para a produtividade e preservação das máquinas agrícolas é seguir as orientações do manual do usuário, utilizar programas e potências conforme recomendado, manter a manutenção regular e optar por produtos de qualidade. 

Essas práticas otimizam a vida útil do maquinário, garantindo sua melhor produtividade. Empresas renomadas, reconhecidas pela qualidade e tradição em alta tecnologia, oferecem soluções eficientes. 

Kit de gestão do maquinário da fazenda

Conclusão

Economizar combustível na fazenda é uma prática que beneficia tanto a sustentabilidade financeira quanto a ambiental. A atenção a detalhes, como a velocidade de operação, a manutenção adequada e o uso de tecnologias eficientes, são passos essenciais para alcançar esse objetivo. 

Além disso, a conscientização e o treinamento dos operadores desempenham um papel crucial na promoção de práticas sustentáveis.

Ao implementar estratégias que visam a eficiência energética, os agricultores não apenas reduzem custos operacionais, mas também contribuem para a preservação dos recursos naturais. 

A busca contínua por inovações e a adoção de boas práticas agrícolas são fundamentais para enfrentar os desafios presentes e futuros, garantindo uma agricultura mais sustentável e econômica.

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Fiagro: Entenda como utilizar no seu agronegócio

Fiagro: modalidade de fundo de investimento que possibilita investir no agronegócio brasileiro de forma simples

A economia brasileira e a agropecuária andam de mãos dadas. O setor foi o principal pilar de sustentação do crescimento da economia brasileira em 2023.

Em meio à grande expansão do agronegócio no país, com números que chegam na casa dos trilhões de reais, o investidor brasileiro pode aplicar seu capital nessa vertente da nossa economia, via mercado de capitais, de uma maneira simples e prática.

Isso pode ser feito por meio do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindutriais (Fiagro). Neste texto vamos explicar tudo sobre Fiagro, o que são, quais são, vantagens, entre outros. Boa leitura!  

O que é o Fiagro?

Fiagro são fundos de investimentos que foram lançados no Brasil em 2021, cujo objetivo é captar recursos de investidores para aplicar em ativos do agronegócio.

Esses fundos são regidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), via instrução 555. Eles foram regulamentados em março daquele ano e lançados cinco meses depois na Bolsa de Valores, a B3. 

Isto é, são fundos de agronegócio que visam aumentar o acesso da agropecuária à captação de recursos financeiros que, em geral, se dá através dos investidores institucionais.

Para ser criado, esse fundo foi inspirado na regulamentação de Fundos de Investimentos, com aprimoramentos para tornar o ativo mais atrativo.

Quais são os tipos de Fiagro?

O Fiagro pode ser divididos em três categorias, com características distintas e vantagens e desvantagens. É importante conhecer cada uma das categorias e, assim, determinar aquela que melhor se encaixa no perfil do investidor:

O Fiagro-FIDC é um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Portanto, quando uma FIDC tem o foco na agroindústria, isso significa que o fundo tem como objetivo investir em direitos creditórios da agroindústria.

As empresas agrícolas precisam manter um fluxo constante de caixa com o objetivo de conseguir financiar suas produções, pois a receita é obtida de tempos em tempos.

Ou seja, os recursos não entram com frequência. Para evitar a falta de dinheiro em datas importantes, como é o caso do período de plantio, o agronegócio precisa dos FIDCs para conseguir levantar recursos e, assim, financiar suas operações por um juro menor e mais atraente.

Por outro lado, os investidores têm acesso a crédito de qualidade e retornos compatíveis com o mercado de FIDC.

O Fiagro-FII tem como objetivo investir em terras agrícolas e assim conseguir valorizar o investimento e rentabilizar o mesmo por meio das distribuições.

Como o investimento em terras agrícolas é complexo, exigindo, muitas vezes, um grande aporte de capital, este fundo de investimento vem para democratizar o investimento dando oortunidade aos pequenos investidores.

O Fundo de Investimento em Participações (FIP) reúne investidores dispostos a participar como sócios de uma empresa do agronegócio. 

O FIP é uma forma dos pequenos investidores terem a oportunidade de investir em empresas da área agrícola, sem necessidade de aportar um grande volume financeiro.

Através desse fundo de investimento, o investidor tem a possibilidade de investir em um negócio formado e estruturado, ficando somente com a parte boa, os ganhos e a possível valorização do negócio.

Quais são as vantagens do Fiagro?

Fiagro têm inúmeras vantagens, as quais podemos citar:

  • Diversificação: com esses fundos de investimento, é possível diversificar os investimentos e, assim, diluir os riscos da carteira.
  • Segurança: o setor do agronegócio se desenvolve mesmo com crises, sendo um setor mais resiliente às flutuações de cenário.
  • Benchmark: muitos Fiagros oferecem a opção de investir em produtos agrícolas na Bolsa, como é o caso das commodities.
  • Praticidade: com os Fiagros, reduziram as burocracias para aportar capital no agronegócio. Com esses fundos de investimento ficou mais fácil investir em um dos principais setores da economia brasileira.

Quais são os riscos do Fiagro?

Apesar de terem facilitado o investimento no agronegócio, na hora de investir em Fiagro é preciso considerar alguns riscos. Uma vez que o mercado de capitais é dinâmico e os fundos de investimento são aplicações de renda variável.

  • Sazonalidade: uma limitação dos Fiagros está ligada à própria operacionalização da agricultura. O setor enfrenta sazonalidade com períodos determinados de plantio e colheita. Logo, os rendimentos não são constantes e têm períodos determinados para caírem na conta do investidor.
  • Volatilidade: muitos produtos agrícolas são atrelados ao dólar, o que aumenta a volatidade do setor. Há ainda riscos como o clima e pragar, que aumentam os riscos na agricultura. 

Como funciona o Fiagro?

 Os recursos captados nos Fiagros são utilizados para investir em imóveis rurais e atividades da produção do setor agroindustrial. 

Além disso, o investimento também pode ser feito em títulos de crédito ou em valor mobiliários, emitido por pessoas físicas ou jurídicas que integrem a cadeia produtiva agroindustrial.

Outro modo é por meio dos direitos creditórios do agronegócio e títulos de securitização emitidos com lastros em direitos creditórios. 

A principal característica do Fiagro é que os recursos captados são investidos no setor do agronegócio e cadeia produtiva agroindustrial.

É importante estar ciente de que os ganhos de capital obtidos na venda de cotas de Fiagro estão sujeitos à tributação pelo Imposto de Renda. 

A alíquota do imposto é de 20% sobre o lucro auferido e o investidor deve realizar o pagamento pelo Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) até o último dia útil do mês subsequente à venda.

É fundamental estar atento a essas informações para evitar problemas com a Receita Federal e garantir o cumprimento das obrigações legais. 

Quais são os Fiagros disponíveis no mercado?

Atualmente existem 36 Fiagros disponíveis para os investidores brasileiros na B3. Sendo 32 Fiagros-FII e 4 Fiagros-FIDC.

Veja a lista dos ativos disponíveis na B3 até 15 de dezembro de 2023:

TIPO DE FIAGROTICKERNOMECNPJ
FIAGRO-FIIAAZQ11AZ QUEST SOLE FDO DE INV44.625.826/0001-11
FIAGRO-FIIAGRX11FDO INV CAD PRO AGRO EXES ARAGUAIA43.951.911/0001-07
FIAGRO-FIIBBGO11BB FDO DE INV DE CRÉDITO FIAGRO42.592.257/0001-20
FIAGRO-FIICPTR11CAPITANIA AGRO STRATEGIES42.537.579/0001-76
FIAGRO-FIIDCRA11DEVANT FDO INV NAS CAD PROD AGROIND42.888.360/0001-11
FIAGRO-FIIEGAF11ECOAGRO I FDO INV CADEIAS PROD AGROIND41.224.330/0001-48
FIAGRO-FIIFGAA11FG AGRO FDO DE INVEST42.405.905/0001-91
FIAGRO-FIIFZDA11051 AGRO FDO INV NAS CAD PROD AGRO44.625.694/0001-28
FIAGRO-FIIGCRA11GALÁPAGOS RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO37.037.297/0001-70
FIAGRO-FIIHGAG11HIGH FUNDO DE INVESTIMENTO AGRO FIAGRO IMOB40.343.867/0001-64
FIAGRO-FIIJGPX11FDO INV CADEIAS PROD AGROIND JGP CRED42.888.292/0001-90
FIAGRO-FIIKNCA11KINEA CRÉDITO AGRO FIAGRO41.745.701/0001-37
FIAGRO-FIILSAG11LESTE FDO INV CAD PROD AGROIND42.592.476/0001-09
FIAGRO-FIINCRA11NCH RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO – FIAGRO IMOBILIÁRIO42.537.438/0001-53
FIAGRO-FIIOIAG11OURINVEST INNOVATION41.218.352/0001-03
FIAGRO-FIIRURA11ITAU ASSET RURAL FIAGRO42.479.593/0001-60
FIAGRO-FIIRZAG11FDO INV CADEIAS PROD AGRO RIZA AGRO40.413.979/0001-44
FIAGRO-FIIFLEM11051 AGRO FAZENDAS II FDO DE INV FIAGRO IMOBILIÁRIO48.565.175/0001-72
FIAGRO-FIIFZDB11051 AGRO FAZIII FDO INV NAS CAD PROD AGRO – FIAGRO49.489.928/0001-70
FIAGRO-FIIAMAZ11BLOXS AMAZON GREEN LEG FDO INV NAS CAD PROD AGRO39.405.730/0001-08
FIAGRO-FIIGRWA11GREENWICH AGRO FIAGRO – IMOBILIÁRIO47.240.671/0001-93
FIAGRO-FIIIDGO11ID GOIANA FDO INV FIAGRO IMOB49.112.611/0001-10
FIAGRO-FIIIAAG11INTER AMERRA – FIAGRO – IMOBILIÁRIO42.692.399/0001-69
FIAGRO-FIIUSDA11KINEA AGRO INCOME USD FIAGRO-IMOB51.641.681/0001-08
FIAGRO-FIIKOPA11KINEA OPORTUNIDADES AGRO I FIAGRO-IMOB51.475.461/0001-51
FIAGRO-FIINEXG11NEX CRÉDITO AGRO FDO INV CAD PROD AGRO FIAG IMOB52.044.477/0001-72
FIAGRO-FIIPLCA11PLURAL CRÉDITO AGRO – FIAGRO – IMOBILIÁRIO41.272.747/0001-86
FIAGRO-FIIRZEO11RIZA EOS FDO DE INV NAS CAD PROD – FIAGRO – IMOB45.718.511/0001-81
FIAGRO-FIIIAGR11SFI INVESTIMENTOS DO AGRONEGÓCIO – FIAGRO -IMOB44.286.898/0001-81
FIAGRO-FIICRAA11SPARTA FIAGRO FDO INV NAS CAD PROD AGRO – IMOB48.903.610/0001-21
FIAGRO-FIISNAG11SUNO AGRO – FIAGRO-IMOBILIÁRIO28.152.777/0001-90
FIAGRO-FIIVGIA11VALORA CRA FDO INV NAS CAD PROD AGRO FIAGRO – IMOB41.081.088/0001-09
FIAGRO-FIIVCRA11VECTIS DATAGRO CR AGR – FDO INV CAD PROD AG – IMOB42.502.827/0001-43
FIAGRO-FIIXPCA11XP CRÉDITO AGRÍCOLA FDO INV FIAGRO IMOBILIÁRIO41.269.527/0001-01
FIAGRO-FIDCHCRA11HEDGE CRÉDITO AGRO FIAGRO-DIREITOS CREDITÓRIOS44.668.806/0001-28
FIAGRO-FIDCAAGR11ASSET BANK AGRONEGÓCIOS FIAGRO -DC52.670.402/0001-05
FIAGRO-FIDCBRFT11BRADESCO FARMTECH FIDC DC RESP LIMITADA52.512.069/0001-06
FIAGRO-FIDCBTAG11BTG PACTUAL CRÉDITO AGRÍCOLA – FIAGRO DIR CRED40.771.109/0001-47

Qual é a rentabilidade do Fiagro?

Dependendo do tipo de fundo, a rentabilidade pode ser mais regular ou volátil. Quando analisamos os Fiagro-FIDC, a rentabilidade costuma ser menos volátil, visto que estamos tratando de direitos creditórios.

Esses direitos incorrem em juros e ganhos com deságio, portanto, a logística financeira mais interessante e fácil de ser aplicada a estrutura do Fiagro.

Já os Fiagros FII e FIP, podem contar com mais volatilidade noss rendimentos. As distribuições mensais até podem ocorrer, porque o fundo pode trabalhar com uma estrutura financeira capaz de compensar meses que não ocorrem pagamentos.

Como estamos tratando de empresas que vão receber seus ganhos somente nos períodos de safra, as receitas acabam sendo concentradas em determinados momentos do ano. Isso exige que o fundo trace alguma estratégia para manter o fluxo de pagamentos constante. 

Observando que os Fiagro-FII, possuem uma rentabilidade compatível com a modalidade dos FII de tijolo (rendimento próximo dos 4% ao ano). Assim, a princípio, esses tipos de fundos não têm uma rentabilidade tão atraente.

Porém, é importante considerar que parte das receitas oriundas do arrendamento de terras vem por meio do recebimento de parte das safras como pagamento.

Isso significa que os ganhos do fundo estão vinculados a produtos agrícolas indexados ao dólar. Como há uma tendência natural do dólar sempre a valorizar, principalmente, no longo prazo, a rentabilidade desses FIIs tendem a ser maiores com o passar dos anos.

Isso gera mais estabilidade e segurança aos investidores. O rendimento que hoje é por volta de 4%, amanhã pode acabar sendo maior. 

Entretanto, é importante salientar que, como os Fiagros são investimentos de renda variável, não existe um ganho certo e o rendimento pode variar para mais ou para menos.

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Conclusão

Neste artigo explicamos tudo sobre os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindutriais (Fiagros). Esses fundos de investimento permitem captar recursos de investidores para aplicar em ativos do agronegócio.

Por um lado, é uma boa possibilidade para os produtores rurais levantarem mais recursos para seu negócio. Por outro lado, possibilita o investimento no agronegócio por uma gama maior de pessoas.

Dessa forma, os Fiagros podem representar uma excelente oportunidade de investimento para os investidores brasileiros.

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E você, já utiliza o Fiagro? Já teve intensão e encontrou dificuldade em conseguir realizar essa modalidade? Adoraria ler seu comentário!

Como a agricultura 5.0 vai impulsionar seu trabalho na lavoura

Agricultura 5.0: conheça todas as novidades, o que já é aplicável na sua lavoura e o que esperar das tecnologias

A agricultura está em constante evolução. A vantagem disso é que, cada vez mais, seu trabalho no campo será facilitado.

Atualmente, a agricultura 5.0 vem trazendo uma forte revolução de métodos, processos e demandas.

Uma das principais aliadas de produtores rurais e fornecedores de insumos tem sido a inovação tecnológica para alcançar esse objetivo.

Quer saber mais sobre a agricultura 5.0 e como ela vai impactar a sua fazenda? Acompanhe a leitura!

O que é a agricultura 5.0

A Agricultura 5.0 busca alcançar alta precisão e desempenho na produção agrícola por meio do uso de big data e inteligência artificial. Para viabilizar essa abordagem, a Agricultura 5.0 incorpora uma ampla variedade de serviços e ferramentas digitais, tais como:

  • Análise de solo georreferenciada;
  • Mapeamento via satélite;
  • Utilização de drones;
  • Agricultura de precisão;
  • Maquinário autônomo.

A Agricultura 5.0  não está relacionada apenas ao uso das ferramentas digitais mais modernas. Ela também tem grande papel no auxílio à tomada de decisão.

As decisões são tomadas pelos próprios sistemas autônomos e máquinas inteligentes.

A viabilidade de todas essas operações está intrinsecamente ligada às análises estatísticas e probabilísticas. Por essa razão, a importância da coleta, armazenamento e processamento de dados é destacada.

Quais os objetivos da Agricultura 5.0?

O objetivo principal da Agricultura 5.0 é atingir máxima eficiência no processo de produção agrícola, mesmo em um ambiente de baixa capacidade de controle. 

Esse objetivo pode ser alcançado por meio de sistemas integrados de captação e análise de dados para tomadas de decisão por inteligência artificial.

Para isso, são necessários alguns pilares de evolução dentro do conceito de Agricultura 5.0.

Os 4 pilares e benefícios da agricultura 5.0

A Agricultura 5.0 é composta de 4 pilares.

1. Aumento de produtividade

Esse é um dos principais objetivos desde o começo da agricultura. As soluções que já existem permitem alimentar cada vez mais pessoas.

Além disso, já existem tecnologias na agricultura que ajudam você a ter domínio sobre todos os detalhes da sua plantação. 

Estando por dentro de todos os detalhes do seu trabalho, você pode tomar decisões eficazes para aumentar a produtividade.

2. Segurança alimentar

A agricultura 5.0 já pensa no futuro, e considera aspectos sociais e políticos para garantir a segurança alimentar da população.

Infelizmente, é a realidade de muitas pessoas não saber se terá comida na mesa no dia seguinte. O objetivo é reduzir ao máximo possível essa triste situação.

3. Redução de desperdício

Aproximadamente 30% de tudo que é produzido é desperdiçado. 

Um dos focos da agricultura 5.0 é atuar na melhoria das práticas de conservação, armazenamento e transporte. Assim, o desperdício tende a ser cada vez menor.

Essa redução só é possível por meio da inteligência artificial e de robôs, além de técnicas e métodos de cultivo e colheita avançados.

4. Alimentação saudável e menor impacto ambiental

O estímulo à alimentação saudável também é um foco da Agricultura 5.0.

Ela irá garantir alimentos nutritivos para a população. Ela também irá controlar e reduzir os impactos ambientais que podem ser causados pela atividade.

Tecnologias disponíveis da agricultura 5.0

Graças ao GPS, hoje há muitas tecnologias disponíveis na agricultura 5.0. 

Veja alguns serviços e produtos que já são realidades:

  • Sensores de linha: acoplados às semeadoras, eles conseguem gerar mapas de plantio em tempo real e ainda informar a porcentagem de uniformidade, linhas duplas e falhas.
  • Sistemas distribuidores de sementes: as mudanças nos sistemas distribuidores permitiram uma melhora considerável na uniformidade de distribuição de sementes, além da possibilidade de trabalhar com mais de um híbrido ao mesmo tempo.
  • Sistemas de linhas independentes: esse sistema auxilia na correção do remonte nas cabeceiras e arremates da lavoura. Há expectativas de se aplicar essa mesma tecnologia para a distribuição de adubo, reduzindo gastos excessivos com sementes e insumos.
  • Regulador de pressão das linhas: já amplamente utilizado no exterior, a ideia é substituir as molas de pressão das semeadoras por um sistema pneumático. Esse sistema garantirá a regulagem automática da pressão das linhas exercida sob o solo, variando de acordo com as condições do solo e cultura.

Novidades da agricultura 5.0

muitas outras novidades que já estão chegando e logo serão tendências na agricultura.

Como a agricultura 5.0 será baseada em análises de dados e processamento, os sensores terão local de destaque, pois são os responsáveis pela coleta desses dados.

Dessa forma, podemos esperar sensores em todas as etapas do cultivo, desde a análise e preparo do solo até a colheita!

Atrelado a isso, o uso de drones e o sensoriamento remoto auxiliarão na confecção dos mapas alimentados e processados por softwares de informação em tempo real.

Informação em tempo real é sinônimo de facilidade de monitoramento, gestão integral e economia.

Principais desafios 

A Agricultura 5.0 representará uma grande revolução para o agronegócio. Como qualquer grande mudança, ela enfrenta obstáculos.

Por exemplo, não há incentivos à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias com baixos custos para facilitar a vida de quem produz. Mas existem outros:

  • falta de incentivo fiscal;
  • falta de crédito agrícola;
  • pouco treinamento de equipes técnicas especializadas;
  • ausência de internet de qualidade no campo;
  • falta do uso de inteligência artificial.

O agronegócio vive um momento de transformação único e sem precedentes.

Poderemos alcançar uma agricultura sustentável e moderna com base na gestão e processamento de dados.

Quando surgiu a Agricultura 5.0?

O conceito de Agricultura 5.0 surgiu por volta de 2010, motivado pela proposição de uma nova organização da atividade agrícola visando sustentabilidade, qualidade de vida, eficiência e adaptação à tecnologia, em benefício da sociedade em geral.

Inicialmente surgiu no Japão juntamente com o conceito de Sociedade 5.0, que propõe a adaptação da sociedade como um todo à nova geração de tecnologias desenvolvidas ou em desenvolvimento.

A Agricultura 5.0 vem como um avanço das revoluções anteriores da agricultura, desde o início dessa atividade pelos humanos.

Quais outras revoluções a agricultura sofreu?

No início, a relação com a agricultura e a criação de animais permitiu com que as populações humanas obtivessem alimentos numa escala até então nunca vista.

Como consequência, as populações deixaram de ser nômades e se fixaram nos territórios, criando sociedades.

Essa fase pode ser chamada Agricultura 1.0. Aqui, a agricultura dependia do esforço árduo, e todos, de alguma forma, estavam envolvidos na produção de alimentos.

Foto de quadro antigo, com três senhoras em uma lavoura, recolhendo espigas do chão. A imagem é amarelada e envelhecida.
Retrato da Agricultura 1.0 – ‘Era do músculo’
(Fonte: Culte – História da Agricultura)

Depois da Revolução Industrial, começou a “Era das máquinas” ou a Agricultura 2.0. As máquinas atuaram pelas pessoas em algumas atividades.

A principal mudança dessa época foi o motor a combustão, o coração das máquinas e tratores agrícolas.

Foto em preto e branco de uma carroça com um homem sentado sobre a roda, em uma lavoura
Com o surgimento dos motores e tratores, o preparo do solo para a agricultura tornou-se muito mais fácil.
(Fonte: Conectar Agro)

Por volta da década de 70, houve a revolução verde. Graças a ela, começou a Agricultura 3.0, ou a “Era da Química”.

Buscando aumentar a produção e a redução de custos de produção, novos manejos e tecnologias surgiram no campo. 

Essas mudanças aparecem especialmente no campo dos agroquímicos.

Foto de lavoura com máquina moderna no fundo, realizando a pulverização
Avanço no campo dos agroquímicos e mudanças na agricultura 3.0
(Fonte: Brasil Escola)

Na década de 90, surgiu a Agricultura 4.0, ou da “Era da Biotecnologia e genética”.

Nessa época, surgiram culturas geneticamente modificadas, tolerantes à agroquímicos, mais produtivas e adaptadas.

Surgiram também as tecnologias digitais, desde a agricultura de precisão ao sensoriamento remoto com drones e imagens.

A Agricultura 4.0 trouxe um foco bastante acentuado nos maquinários mais eficientes e na automação agrícola como um todo.

Quais as principais diferenças da Agricultura 5.0 para a Agricultura 4.0?

A agricultura 5.0 promete dar continuidade a todas essas mudanças na agricultura, trazendo avanços cada dia mais tecnológicos.

A principal diferença da Agricultura 5.0 em relação à Agricultura 4.0 é o fato de que todos os avanços atingidos até o momento estarão unidos pela conectividade.

Os avanços da internet e sua expansão e cobertura cada vez mais global permitirão uma gestão e execução de atividades remotamente e coordenadas por bancos de dados previamente adquiridos.

Outra alteração importante é que o foco no maquinário será diminuído por serem tecnologias mais consolidadas, sendo que esse foco passará ao indivíduo e a gestão das tomadas de decisão em tempo real, baseadas em um pacote tecnológico. 

Foto de pilhas de papeis, com chamada para baixar o guia de software

Como a agricultura 5.0 pode contribuir com o meio ambiente?

O aumento da eficiência da produção agrícola, por si só, é um ponto importante para o meio ambiente. Hoje em dia há grande desperdício de recursos, sejam eles hídricos, de produtos, de combustível, de material genético e da produção agrícola.

Ao aumentar o controle e a eficiência nas tomadas de decisão, a Agricultura 5.0 irá potencializar a produtividade agrícola com o mínimo necessário de recursos, diminuindo o impacto ambiental da atividade.

Assim, recursos não-renováveis terão maior duração e renováveis serão mais facilmente recuperados. Isso inclui recursos como água, solo, nutrientes, energia, entre outros.

Ou seja, a Agricultura 5.0 vem ao encontro da necessidade de produzir mais alimentos

Conclusão

Agricultura 5.0 emerge como uma revolução significativa no campo, impulsionada pela integração de big data e inteligência artificial. Esta abordagem inovadora visa atingir máxima eficiência na produção agrícola, mesmo em ambientes de baixa capacidade de controle. 

Essa evolução não se restringe apenas à implementação de ferramentas digitais avançadas, mas também desempenha um papel crucial na melhoria da tomada de decisões, delegando tarefas a sistemas autônomos e máquinas inteligentes.

A coleta, armazenamento e processamento de dados desempenham papel essencial, respaldando análises estatísticas e probabilísticas fundamentais para o sucesso da Agricultura 5.0.

Os objetivos claros da Agricultura 5.0 abrangem o aumento de produtividade, a segurança alimentar, a redução de desperdício e o estímulo à alimentação saudável, visando não apenas a eficiência agrícola, mas também a sustentabilidade e menor impacto ambiental.

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Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Bioenergia: o que é, benefícios e desvantagens para o agronegócio

Bioenergia: Explore o universo, suas fontes, efeitos no agronegócio e suas vantagens e desvantagens.

A busca por soluções sustentáveis tem levado o agronegócio a explorar alternativas como a bioenergia. Neste artigo, abordaremos o conceito, fontes, benefícios e desvantagens dessa forma de energia.

Embarque conosco numa jornada pelo fascinante universo da bioenergia, desvendando seus mistérios e desafios que moldam não apenas o futuro do agronegócio, mas também o curso da sustentabilidade global. 

Este artigo é mais do que uma exploração técnica; é um convite para desvendar os segredos da bioenergia e compreender por que ela se tornou uma peça-chave na transformação do cenário agrícola. 

Esta leitura essencial é o portal para desvendar o papel essencial da bioenergia na busca incessante por soluções que impulsionam o desenvolvimento agrícola em harmonia com o nosso planeta.

O Conceito de Bioenergia

O termo “bioenergia” refere-se à energia proveniente de biocombustíveis, os quais são derivados diretamente ou indiretamente de biomassa de origem biológica, como plantas, resíduos orgânicos, carvão vegetal, microrganismos e algas. 

A interligação entre bioenergia e segurança alimentar é de natureza complexa, exigindo uma abordagem integrada de estudos abrangendo produção, economia, sustentabilidade, novas tecnologias e novas culturas. 

Esse enfoque holístico da bioenergia visa promover tanto a produção de “alimento e combustível”, permitindo que a bioenergia desempenhe um papel significativo no avanço do desenvolvimento sustentável.

A bioenergia e sua importância

A bioenergia ganhou importância devido à sua capacidade de oferecer uma fonte renovável, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e mitigando as emissões de gases de efeito estufa. 

A utilização da bioenergia promove a sustentabilidade ambiental ao diversificar a matriz energética, enquanto oferece benefícios econômicos e sociais, especialmente para comunidades rurais. Além disso, a versatilidade da bioenergia a posiciona como uma peça-chave na transição para uma economia de baixo carbono.

Fontes de Bioenergia

Diversas fontes alimentam a produção de bioenergia, incluindo biomassa, biogás e biocombustíveis. Compreender essas fontes é crucial para avaliar o potencial ecológico e econômico da bioenergia. 

As principais fontes de bioenergia incluem:

  • Biomassa: derivada de materiais orgânicos, como resíduos agrícolas, restos de madeira e culturas energéticas, a biomassa é uma fonte versátil de bioenergia.
  • Biogás: produzido a partir da decomposição anaeróbica de resíduos orgânicos, como esterco animal e resíduos de alimentos, o biogás é uma fonte de energia renovável.
  • Biocombustíveis líquidos: Incluem etanol, obtido principalmente da cana-de-açúcar e milho, e biodiesel, derivado de óleos vegetais. Ambos são utilizados como combustíveis para veículos.
  • Bioóleo: resultante da pirólise da biomassa, o bioóleo pode ser uma alternativa para a produção de bioenergia e produtos químicos.
  • Biocarvão: também conhecido como carvão vegetal, é produzido através da pirólise da biomassa. Pode ser utilizado como combustível ou na agricultura para melhorar a fertilidade do solo.
  • Biocombustíveis de Algas: algas podem ser cultivadas para a produção de biocombustíveis, como biodiesel, oferecendo uma fonte de energia renovável e sustentável.

Essas fontes de bioenergia desempenham um papel crucial na diversificação da matriz energética, contribuindo para a redução da dependência de combustíveis fósseis e promovendo práticas mais sustentáveis.

Mas, o que é a bioenergia sustentável?

A bioenergia sustentável é um conceito que abrange práticas e tecnologias visando equilibrar a produção de energia derivada de fontes biológicas com a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico. 

Para atender a critérios de sustentabilidade, a produção de bioenergia deve envolver a utilização responsável de recursos naturais, evitando a competição direta com a produção de alimentos e adotando tecnologias que minimizem as emissões de gases de efeito estufa.

Esse enfoque sustentável da bioenergia também inclui a gestão responsável de resíduos orgânicos utilizados na produção de biogás, promovendo práticas de manejo florestal responsável para evitar a degradação de ecossistemas naturais. 

Além disso, a pesquisa e o desenvolvimento contínuos são fundamentais para impulsionar inovações tecnológicas que tornem a produção de bioenergia mais eficiente e com menor impacto ambiental, contribuindo para a transição para um modelo energético mais limpo e sustentável.

Combustíveis produzidos por meio da bioenergia

A bioenergia é responsável por gerar diversos combustíveis, como etanol e biodiesel. Compreender a variedade de produtos derivados é essencial para analisar o impacto da bioenergia no agronegócio.

Benefícios e desvantagens da bioenergia para o agronegócio

Benefícios da bioenergia

  • Sustentabilidade ambiental: Redução das emissões de gases de efeito estufa.
  • Autossuficiência energética: O agronegócio pode tornar-se independente em termos de energia.
  • Estímulo econômico: Investir em bioenergia impulsiona a economia local.

Desvantagens da bioenergia

  • Uso de terra: A produção de biomassa pode competir com áreas destinadas à agricultura alimentar.
  • Investimento inicial: Implementar tecnologias bioenergéticas pode exigir investimentos significativos.

Bioenergia no Brasil: o hoje e o amanhã

A bioenergia no Brasil destaca-se como uma fonte crucial na matriz energética atual, especialmente pela intensiva produção de etanol a partir da cana-de-açúcar. 

Essa abordagem da bioenergia não apenas contribui para a redução das emissões e independência energética, mas também impulsiona a economia agrícola. 

As projeções futuras indicam um crescimento contínuo, com investimentos em pesquisa para diversificar fontes e promover a convergência entre bioenergia e produção de alimentos, refletindo o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável e sua posição como referência global em práticas energéticas inovadoras. 

No cenário global da bioenergia, o Brasil destaca-se como uma potência, especialmente quando se trata do papel crucial desempenhado pela bioenergia no agronegócio.

Reconhecido internacionalmente por sua liderança na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, o Brasil se posiciona como um modelo exemplar na integração eficiente de bioenergia à matriz energética. 

Estados como São Paulo e Goiás emergem como protagonistas nesse cenário da bioenergia, impulsionando a produção de biocombustíveis e bioeletricidade.

 A vasta extensão de terras agrícolas e o clima propício favorecem a produção de biomassa, consolidando essas regiões como líderes na implementação de práticas sustentáveis no agronegócio, reforçando a importância da bioenergia como catalisador para o desenvolvimento econômico e ambiental.

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Conclusão

Em síntese, a exploração da bioenergia tornou-se vital no contexto global, especialmente para o agronegócio, impulsionada pela necessidade de soluções sustentáveis.

 Este artigo proporcionou uma compreensão abrangente da bioenergia, desde seu conceito até suas fontes e impactos no agronegócio. 

A diversidade de fontes de bioenergia, incluindo biomassa, biogás, biocombustíveis, bioóleo, biocarvão e biocombustíveis de algas, foi destacada como crucial para a redução da dependência de combustíveis fósseis

Além disso, a ênfase na bioenergia sustentável, com gestão responsável de resíduos e práticas de manejo florestal, ressaltou a importância de um compromisso holístico com a preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico através da bioenergia.

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