Pivô central: entenda tudo sobre esse sistema de irrigação (+ planilha grátis)

Pivô central: entenda os princípios de funcionamento, os tipos de pivô, vantagens e desvantagens para fazer a melhor escolha!

A irrigação por sistemas de pivô central é a técnica de maior uso no Brasil atualmente: cerca de 1,6 milhão de hectares foram irrigados através desse sistema em 2020.

Mas o pivô central tem vantagens e desvantagens que precisam ser bem analisadas antes de se fazer um investimento – que costuma ser elevado.

Quer entender melhor o funcionamento desse sistema e saber quanto pode custar essa implantação de fato? 

Neste artigo, separamos essas informações e também uma planilha gratuita para que você estime os custos e decida se vale ou não a pena ter essa opção em sua fazenda. Confira a seguir!

Princípio de funcionamento do sistema de pivô central

O sistema de pivô central é baseado em três etapas principais: a captação de água, seu transporte para a torre central e sua distribuição por aspersão na lavoura.     

A etapa da captação consiste no bombeamento de água de uma fonte hídrica, seja ela superficial (rios, lagos, represas) ou subterrânea (poços, lençol freático).

Essa etapa é importante para a definição do potencial de área a ser irrigada, uma vez que, no pedido de outorga de água, são definidos vazão e  volume disponíveis para a irrigação.

O processo seguinte é o transporte da água da captação para a torre central através de uma adutora equipada, geralmente, com uma motobomba. 

O comprimento da adutora e a potência da motobomba são definidos de acordo com a distância e o desnível do terreno entre o ponto de captação e a torre do pivô.

A última fase do processo é a distribuição de água pelos aspersores através de uma tubulação aérea, sustentada pelas torres centrais e móveis.

No sistema típico de pivô central, as torres são movimentadas por um motor propulsor e giram ao redor da torre central, formando a clássica área circular de irrigação.

Diagrama esquemático das partes de um sistema de pivô central

Diagrama esquemático das partes de um sistema de pivô central
(Fonte: Adaptado de Testezlaf, 2015)

Porém, existem outras variações do sistema, como você verá em seguida.

3 principais tipos de sistemas de pivô

Em termos de estrutura e operação, existem 3 tipos principais de sistema de pivô central:

Pivô central fixo

É o sistema em que a torre central é ancorada em uma superfície de concreto. O sistema fica fixo em uma área específica, e forma uma superfície circular ao redor da torre central.

Pivô central rebocável

É um sistema similar ao fixo. Porém, a torre central é montada sobre dispositivo móvel, o que permite seu transporte para outras áreas, conforme necessário.

Pivô lateral

É um sistema de torres móveis que pode percorrer grandes áreas lineares, cobrindo uma área quadrada.

Exemplos de sistemas de irrigação pivô fixo e lateral

Exemplos de sistemas de irrigação pivô fixo e lateral
(Fonte: adaptado de Free3D)

Vantagens e desvantagens dos sistemas de pivô

Quando comparado a outros métodos de irrigação, os sistemas de pivô central apresentam vantagens e desvantagens.

Em termos da área coberta, o pivô central pode alcançar áreas grandes comparadas a outros sistemas. 

Uma limitação dos sistemas de pivô fixo ou rebocável é que há uma perda na área por causa da forma circular da aplicação. Além disso, um relevo menos plano pode limitar o uso desses sistemas.

Em relação à precisão da aplicação, o sistema de pivô apresenta alta eficiência e precisão de lâmina aplicada se comparado, por exemplo, ao sistema de canhão. Porém, é menos preciso que sistemas de gotejo.

As condições ambientais, como o vento, podem ser limitantes à irrigação por pivô central devido à deriva, diminuindo a precisão.

A mão de obra necessária para controle e operação dos sistemas de pivô é baixa se comparada a outros sistemas. Além disso, um sistema pode ter vida útil de 15 a 20 anos, mas recomenda-se manutenção preventiva antes da safra.

Uma vantagem adicional do sistema de pivô é a possibilidade de fazer a fertirrigação (adição de fertilizantes à água de irrigação). Porém, a aspersão de água na planta toda pode aumentar a incidência de doenças, por criar um microclima favorável.

O uso da irrigação por pivô central utilizando o método Lepa pode trazer vantagens ao sistema de pivô convencional. 

Ele diminui o requerimento de energia, aumenta a precisão de aspersão da lâmina, diminui a deriva por vento, o molhamento das plantas e os riscos de doenças.

Custos de implantação de um pivô central 

O sistema de pivô apresenta um custo de implantação mais elevado que outros sistemas. Ainda, os custos de manutenção e energia são geralmente mais elevados devido à necessidade de movimentação do sistema pelo campo. 

Para que você possa fazer um planejamento desse investimento com mais segurança, preparamos uma planilha gratuita com o que você precisa considerar para cada área a ser irrigada. 

O que considerar para investir em um sistema de irrigação

Tenha em mente que, além dos valores estimados, dentre os fatores mais importantes para o bom desempenho de um sistema de irrigação, destacam-se: 

  • projeto inicial de qualidade
  • água disponível
  • tipos adequados de solo e topografia
  • disponibilidade e uso de energia
  • tipos de cultura.

A escolha por um pivô central ou outro método de irrigação que seja de fato eficiente para sua lavoura também envolve fatores como características topográficas, climáticas, tecnológicas e de mão de obra da propriedade, bem como o perfil financeiro do produtor.

Por isso, vale contatar um profissional capacitado para te ajudar nesse processo!

>> Leia mais: “Plantação de milho irrigado: quando compensa?”

Conclusão

O sistema de pivô central apresenta vantagens e desvantagens em comparação a outros. Porém, a extensão de seu uso no país mostra sua eficiência. 

Neste artigo, vimos os princípios de funcionamento do pivô central e diferentes tipos.

Lembre-se que, por se tratar de um sistema de alto custo de implantação, ter um projeto inicial bem feito é decisivo para o sucesso do investimento.

Aproveite essas informações e a planilha gratuita para fazer a melhor escolha do sistema de irrigação para sua fazenda!

>> Leia mais:

“Como a irrigação de precisão pode otimizar o uso da água e gerar economia na fazenda”

“Tudo o que você precisa saber sobre os tipos de irrigação na agricultura para acertar na escolha”

Você utiliza o pivô central na sua lavoura? Restou alguma dúvida? Assine nossa newsletter e receba mais artigos por e-mail!

Cédula de Produto Rural: entenda as mudanças e como elas impactam seu negócio rural

Cédula de Produto Rural: veja os principais pontos de alterações desde a MP do Agro e esteja preparado para as adequações necessárias!

A legislação brasileira sobre financiamento agrícola, especialmente sobre títulos de crédito do agronegócio, tem vivenciado mudanças substanciais desde a MP do Agro, atual Lei 13.986/2020. 

Essas alterações já impactam significativamente a rotina do produtor rural e de financiadores da cadeia agrícola. 

Além de entender os aspectos práticos e adequações necessárias de imediato, é importante compreender também o cenário geral destas mudanças e os prováveis impactos futuros nas operações de captação de recursos.

Por isso, a AgroSchool e a Bart Digital prepararam um artigo especial para o Blog do Aegro explicando as alterações da CPR (Cédula de Produto Rural). Confira!

O mercado de crédito no agronegócio

Antes de falarmos nas alterações da CPR, é importante pontuar que as normas em questão mudaram vários aspectos relativos aos financiamentos, com a criação de novas possibilidades de captação pelo mercado.

O agronegócio brasileiro é uma atividade com alta demanda de recursos financeiros, seja para capital de giro, investimento, comercialização ou para contratação de seguro agrícola

No caso de capital de giro, por exemplo, os recursos investidos hoje serão convertidos em receita depois de 9 meses, aproximadamente, dependendo do ciclo de desenvolvimento da cultura. 

Apesar de não existirem números oficiais a respeito, estima-se que 30% dos recursos destinados diretamente aos produtores rurais são subsidiados pelo governo brasileiro por meio do Plano Safra. Outros 40% têm origem no capital dos próprios produtores rurais. 

O restante da demanda por crédito acaba suprida pelo mercado, seja por meio de fornecedores de insumos que realizam vendas a prazo, tradings, instituições financeiras, e o mercado de capitais, que tem aumentado sua participação nos últimos anos.

As alterações recentes nos títulos de crédito do agronegócio, na verdade, são parte de um processo que já vem ocorrendo há vários anos como forma do governo incentivar a participação de empresas privadas no financiamento agrícola, diminuindo a dependência governamental do setor. 

Nesse movimento tivemos a criação da CPR em 1994 e, posteriormente, em 2000, a inclusão da possibilidade de liquidação financeira deste título. 

Já em 2004 foi publicada a Lei 11.076, que criou os novos títulos de crédito do agronegócio, dentre os quais o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) que, alguns anos depois, abriu um novo capítulo na captação de recursos para o agro.

Vamos ver, nos próximos tópicos, alguns aspectos importantes referentes às CPRs, este importante título de crédito que fomentou o crescimento do setor agro.

O que é o que mudou na CPR?

A CPR é um título de crédito, que é um documento onde se firma o direito de receber um pagamento, seja através de dinheiro ou outro objeto de valor certo, ou a obrigação de pagar determinado valor ou prestação a alguém. Ou seja, a obrigação principal. 

Já a garantia, seja ela um penhor, uma hipoteca ou uma alienação fiduciária de bem móvel ou imóvel é algo acessório, que está vinculada ao título de crédito.

No canal da AgroSchool você pode ver o vídeo fazendo um paralelo entre a CPR e as garantias vinculadas com o dedo e a unha. Parece inusitado, mas ajuda a esclarecer muita coisa! Veja só:

AgroSchool - Mudanças nas CPRs (Cédula de Produto Rural)

De forma geral, as alterações realizadas na CPR pela Lei 13.986/2020 buscaram modernizar esses títulos agrícolas e aumentar a percepção de segurança do mercado com relação a eles. 

Ou seja, atualmente não há uma clareza sobre a quantidade de títulos de crédito emitidos pelo setor e o objetivo desta medida é de justamente reduzir esta assimetria de informações.

Partindo deste entendimento, entramos em um dos temas mais debatidos no momento quando se fala em CPR, que é o seu processo de registro em cartório. Entenda melhor a seguir:

Registro em cartório

A Lei 13.986/2020 mudou a dinâmica deste processo e estabeleceu a dispensa do registro do título no Cartório de Registro de Imóveis do domicílio do emitente para ter eficácia contra terceiros.

Permaneceu inalterado, no entanto, a necessidade de registro das garantias, como hipotecapenhor rural no Cartório de Registro de Imóveis, e alienação fiduciária de bem móvel ou imóvel no Cartório de Títulos e Documentos.

De modo resumido, se a CPR não prever nenhuma das garantias registráveis em cartórios, o título também não precisará ser submetido a este processo para valer contra terceiros. No próximo tópico, no entanto, veremos que foi instituído um novo requisito para esta eficácia.

Registro centralizado

A obrigatoriedade de registro da Cédula de Produto Rural em entidade registradora ou depositária central foi criada com o objetivo de aumentar a transparência das operações para o mercado financeiro. 

Essa talvez seja a mudança mais impactante na rotina dos elos do financiamento agrícola.

A obrigatoriedade foi escalonada e, desde 1º de janeiro de 2021, todas as CPRs emitidas com valor igual ou superior a R$ 1 milhão devem ser levadas a registro em uma das entidades autorizadas pelo Banco Central do Brasil a exercer as atividades de registro ou depósito centralizado. 

Importante ressaltar que este registro deve ocorrer em até 10 dias úteis após a emissão ou aditamento do título. 

Confira outras datas do escalonamento:

  • Em 1º de julho de 2021, a obrigatoriedade de registro será estendida às CPRs com valor igual ou superior a R$ 250 mil
  • Em 1º de julho de 2022, àquelas superiores a R$ 50 mil;
  • 1º de janeiro de 2024todas as CPRs devem ser levadas a registro centralizado. 

Apesar deste registro centralizado ter intuito de dar maior transparência ao mercado, até o momento ainda não é possível extrair certidões das CPRs registradas. 

Para sanar este gargalo, o Banco Central publicou a Resolução n.º 52/2020, que prevê que as entidades registradoras e depositárias centrais devem disponibilizar a terceiros interessados, a partir de 1º de julho de 2021, mecanismo de consulta às informações das Cédulas de Produto Rural registradas ou depositadas. 

Tais informações deverão estar disponíveis para consulta pela internet, mas condicionadas aos terceiros interessados devidamente autorizados pelo emissor dos títulos a serem consultados.

Formato eletrônico

Outro aspecto relacionado à modernização na emissão destes títulos é a menção expressa da possibilidade de adoção de assinaturas eletrônicas. 

Isso era visto com interesse, porém com grande receio pelos credores, que precisavam aumentar a eficiência operacional de suas transações sem prejudicar a validade jurídica dos títulos. 

A princípio, a legislação não limitou o tipo de assinatura que poderia ser utilizado. Entretanto, os provimentos do CNJ estabelecem que os documentos enviados para registro em cartório devem ser assinados com uso de certificado digital, segundo a ICP (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira).

Dessa forma, como veremos no próximo tópico, nos casos em que a CPR não possuir uma garantia que demande registro cartorário, ela poderá ser assinada eletronicamente, sem a necessidade de certificado digital no padrão ICP-Brasil. 

Caso haja garantia real e, consequentemente, necessidade de registro cartorário, a Cédula deverá ser assinada com o uso do certificado.

As assinaturas de próprio punho continuam possíveis, mas, em vista do curto prazo para o registro centralizado (dez dias úteis da data de emissão), é recomendável que a assinatura eletrônica seja o processo padrão.

Novas informações obrigatórias

Nem sempre as CPRs trazem o seu valor em moeda corrente nacional de forma expressa no título, como no caso das CPRs físicas.

Assim, para que fosse possível avaliar a necessidade ou não de registro centralizado do título, a Resolução 4870/2020 criou a figura do Valor Referencial de Emissão. Este é obtido pela multiplicação do preço praticado para o produto, no dia útil imediatamente anterior ao da data de emissão da Cédula de Produto Rural, pela quantidade do produto especificado.

O preço praticado para o produto deve ser obtido a partir de informações de acesso público, divulgadas periodicamente, em base preferencialmente diária, por instituição idônea e de credibilidade no mercado previamente definida pelas partes. 

Caso a CPR seja Financeira, a instituição ora mencionada deve ser a mesma definida para a obtenção dos referenciais de preço necessários à liquidação da Cédula. 

Por fim, quando o preço for denominado em moeda estrangeira, o valor referencial de emissão deve ser convertido em reais com base na cotação de fechamento, da data de apuração do preço, disponível no Sistema PTAX.

Essas informações, inclusive, deverão constar na cédula: 

I – o valor referencial de emissão, com indicação do preço e da sua data de apuração; e

II – a identificação da instituição a que se refere o § 3º e da praça ou do mercado de formação do preço.

O que o produtor deve esperar

O mercado ainda está se adaptando às alterações trazidas pelos novos marcos legais. Apesar disso, é importante entender as mudanças que já estão acontecendo e saber que elas irão se intensificar nos próximos anos. Por isso, se prepare para elas.

O primeiro ponto, e talvez o mais fácil de resolver, é estar preparado para fazer negócios digitais. 

A pandemia acelerou este processo e, apesar de existirem casos em que as CPRs e outros documentos possam ser assinados sem certificação digital, a utilização dele ainda é exigida para documentos que demandam registro cartorário, bem como em outros atos formais.

Assim, é de fundamental importância que os produtores, incluindo cônjuges, providenciem a certificação digital no formato ICP-Brasil, como e-CPF. Ele está disponível em vários formatos, como cartão, token, aplicativo para celular, ou mesmo em nuvem. O processo de certificação é extremamente simples e pode ser iniciado por meio dos sites das certificadoras.

O segundo aspecto importante destas alterações é o fato de que as informações sobre endividamento do produtor rural ficarão consolidadas nas entidades registradoras. 

E, em breve, estarão disponíveis para consulta das autoridades governamentais e credores em busca de informações para análise de crédito.

O terceiro e mais importante aspecto dessa modernização legislativa é aproximar ainda mais o campo de outras fontes de financiamento, como o mercado de capitais, de forma a diminuir a dependência do setor de recursos governamentais. 

O produtor rural deve ficar atento ao fato de que precisa olhar para o mercado de capitais como financiador direto e já preparar sua governança interna para estas modalidades de captação.

Divulgação do kit de gestão financeira da fazenda. na lateral direita, uma foto com cédulas de real, calculadora e caneta

Conclusão

A legislação brasileira sobre financiamento agrícola tem vivenciado grandes mudança, e a Lei do Agro se tornou um marco importante deste processo. E tudo isso traz impactos importantes na cadeia de financiamento agrícola. 

Neste artigo, explicamos as principais alterações realizadas na Cédula de Produto Rural para modernização desses títulos agrícolas.

Também abordamos o processo de registro em cartório e do registro centralizado, que está escalonado até janeiro de 2024, quando toda CPR precisará ser registrada obrigatoriamente.

Esperamos ter conseguido esclarecer alguns pontos principais para que você se adeque a todas essas mudanças!

>> Leia mais:

“Como melhorar a gestão financeira no agronegócio”

“O que você precisa saber para fazer sua melhor venda de grãos”

Restou alguma dúvida sobre a Cédula de Produto Rural? Vamos continuar essa conversa nos comentários!

Gestão de risco no agronegócio: 4 passos simples para diminuir as incertezas na gestão da sua fazenda

Gestão de risco no agronegócio: entenda como fazer um gerenciamento bom o suficiente para enfrentar os desafios do agro e minimizar chances de um resultado negativo

O agronegócio está sujeito a fatores de risco das mais variadas fontes: clima, fatores agronômicos, mercado e por aí vai… 

São muitas situações variáveis e que se não forem bem gerenciadas, você sabe, podem colocar todo seu lucro a perder. 

Mas como fazer uma gestão de riscos boa o suficiente para enfrentar os desafios do agro e minimizar as chances de um resultado negativo na empresa rural

Nesse artigo, vou te apresentar 4 passos para fazer uma boa gestão de riscos no agronegócio e diminuir as incertezas na operação da sua fazenda.

O que é gestão de risco no agronegócio

A gestão de risco é o processo de identificar e administrar os riscos existentes em uma atividade. E essa é uma das tarefas mais importantes de qualquer gestor em uma fazenda ou agroindústria.

No agronegócio, há fatores de risco de diversas fontes, tanto do próprio sistema quanto relacionadas a fatores agronômicos, climáticos, de mercado e de estratégia organizacional.

Sua sustentabilidade está essencialmente relacionada à previsibilidade de rentabilidade. Perspectivas de produção, custos, receitas e fontes de financiamento impactam as tomadas de decisões no agro. Atenuar os riscos, portanto, se faz necessário. 

Qualquer evento incerto que possa impactar um negócio e ao qual é associada uma probabilidade de ocorrência, é considerado um fator de risco. Entende-se, portanto, o risco como incerteza.

E gerenciar essas incertezas é muito diferente de gerenciar estratégia. 

A gestão de riscos se concentra no negativo – ameaças e falhas – em vez de oportunidades e sucessos. 

Isso vai exatamente contra a cultura do “vai dar tudo certo” que a maioria das equipes de liderança tenta promover ao implementar um novo projeto na fazenda. 

Muitos líderes tendem a desconsiderar o futuro e relutam em gastar tempo e dinheiro agora para evitar um problema em um futuro cada vez mais incerto. 

Além disso, diminuir riscos normalmente envolve dispersar recursos e diversificar investimentos, exatamente o oposto do foco intenso de uma estratégia que visa o sucesso a todo custo.

Vou explicar melhor como fazer uma gestão de riscos simples e efetiva em 4 passos.

4 passos para iniciar uma gestão de risco em sua fazenda

1 – Identificação

Nessa etapa, é muito importante fazer uma análise de dados históricos do seu negócio rural. Isso torna possível a identificação de riscos que podem causar impactos negativos na rentabilidade da fazenda. 

Também devem ser estabelecidas premissas em relação ao contexto atual da safra e os riscos relacionados a ela. 

Aqui temos algumas ferramentas que podem ser utilizadas: 

Um software de gestão rural como o Aegro é capaz de organizar, de forma simples e rápida, as informações necessárias para auxiliar nessa etapa. 

Com relatórios agrícolas que são gerados em poucos cliques, os gestores podem ter acesso a informações sempre atualizadas e diretamente no celular.

2 – Classificação

À medida que se mapeiam todos os riscos que podem acontecer, a próxima etapa é priorizá-los através de uma classificação dos riscos

Nem todo risco mapeado precisa ser mitigado, controlado ou extinto. E como fazer a priorização dos riscos mais importantes?

A importância do risco é determinada por duas variáveis: probabilidade e impacto.

Probabilidade

A probabilidade consiste na medição de quão provável é a ocorrência do risco. 

Em outras palavras, é preciso avaliar o quão fácil ou difícil é que determinado risco aconteça, por exemplo, medir o quão provável é que chova hoje. 

A probabilidade deve ser medida em níveis como: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto. 

Elas também podem ser convertidas em porcentagens para facilitar o entendimento, sendo:

  • Muito baixo = 1% a 10%;
  • Baixo = 11% a 30%;
  • Moderado = 31% a 50%;
  • Alto = 51% a 70%;
  • Muito alto = 71% a 90%.

Impacto

O impacto se refere às consequências do risco caso ele venha a ocorrer. Ou seja, quais serão os prejuízos ou danos causados caso o risco aconteça de fato. 

O impacto pode ser negativo (como prejuízos financeiros, danos ao maquinário, por exemplo) ou positivo (como novas oportunidades de negócio, utilização de uma nova tecnologia, redução de taxas ou impostos, etc.). 

O impacto também é medido em níveis como: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto.

Portanto, para classificarmos o risco, fazemos o cruzamento dos números absolutos de probabilidade e impacto. Assim, teremos um indicador de criticidade do risco. Quanto maior o indicador, mais crítico é o risco.

Recomenda-se colocar essas informações em uma tabela para melhor visualização.

3 – Plano de Ação

Após priorizar os maiores riscos da sua fazenda, construa as estratégias de respostas para os riscos e os planos de ações para cada um. 

As soluções para a atuação sobre os riscos devem ser específicas e realizáveis, aproveitando-se dos ganhos rápidos.

Os planos de resposta são bem individuais para as realidades de cada fazenda. Mas, para documentar os planos de ação, deve-se utilizar alguma metodologia que torne tangível e facilite sua execução, como a 5W2H. Vou explicar melhor!

A 5W2H é a ferramenta usada para compreender um problema ou oportunidade de melhoria sob diferentes perspectivas através de sete perguntas: 

  • O quê?
  • Por quê?
  • Quem?
  • Onde? 
  • Quando? 
  • Como? 
  • Quanto?

Em geral, essa metodologia costuma ser utilizada em projetos para avaliar, acompanhar e garantir que as atividades sejam executadas com clareza e excelência por todos os envolvidos.

Funciona como uma espécie de guia, permitindo elencar passo a passo a estratégia a adotar.

Não por acaso, é uma excelente alternativa para elaborar um plano de ação, seja qual for a necessidade ou problema.

4 – Monitoramento

Definidas as ações e respectivos planejamentos e a priorização, é preciso ter controle sobre a execução e monitoramento de todos os riscos. 

Lembre-se: o que não é medido não pode ser gerenciado! 

Nessa etapa, é fundamental a definição de Indicadores de Desempenho (KPIs) e implantação de mecanismos de monitoramento e controle. 

Definidos de maneira assertiva, os indicadores e processos de controle, são capazes de dar as informações certas para a tomada de decisão. Isso, portanto, diminui ou elimina o impacto dos riscos na sua fazenda.

ferramenta Aegro de diagnóstico agrícola, teste agora

Conclusão

O risco é um fator ligado à gestão e que deve ser analisado pelo produtor, assim como já é feito com pragas agrícolas, solo, clima, etc. 

Você pode produzir bem, com eficiência operacional acima da média e bons números, mas se não têm um resultado líquido satisfatório, pode até amargar prejuízos. Isso é resultado da ineficiência administrativa. 

Por isso, um dos caminhos para o sucesso, indiscutivelmente, tem que considerar os outros riscos. É preciso entendê-los, conhecê-los, encará-los, evitá-los (quando possível) e mitigá-los, até mesmo para utilizá-los a seu favor. 

Aqui mostramos como fazer uma boa gestão de riscos e como um software agrícola pode te ajudar nesta missão!

Espero que com todas as dicas, você diminua as incertezas na gestão da sua fazenda!

Veja mais >>

“Software para agronegócio: veja os 10 melhores para sua fazenda”

“Sustentabilidade no campo: veja como adotar as práticas”

Qual é a maior dificuldade que você enfrenta na gestão de risco no agronegócio? Restou alguma dúvida? Deixe seu comentário!

Saiba aproveitar ao máximo os programas de pontos do produtor rural

Programa de pontos do produtor rural: entenda como ele beneficia fazendas e a indústria agro

O dinheiro que você investe na lavoura pode voltar para o seu bolso muito antes da venda da produção.

Com um programa de pontos do produtor rural, é fácil reverter a compra de insumos e equipamentos em diversos benefícios.

Quem ainda não participa de alguma plataforma de resgate de pontos está perdendo a chance de obter produtos e serviços sem colocar a mão no bolso.

Quer conhecer os maiores programas do Brasil e descobrir a melhor forma de aproveitá-los na sua fazenda? Continue lendo!

Como funciona o programa de pontos do produtor rural

Pesquisas indicam que o produtor brasileiro se preocupa cada vez menos com a marca dos seus produtos agrícolas.

Neste sentido, o programa de pontos é uma estratégia da indústria para fidelizar seus clientes. Funciona como um incentivo para que o comprador continue adquirindo de fornecedores parceiros.

Cada nota fiscal de compra equivale a moedas digitais que vão sendo acumuladas até que você tenha o suficiente para trocar por um benefício.

Geralmente, basta se cadastrar no site do programa e começar a pontuar, seja a partir de compras online ou offline.

Algumas plataformas aceitam, até mesmo, compras em lojas que não estão relacionadas ao setor agro, como Amazon, Netshoes e Gaston.

Na hora de resgatar os pontos, é possível encontrar produtos e serviços das mais diversas categorias: softwares para o agronegócio, equipamentos de informática, seguro agrícola, cursos, kit de ferramentas, entre outros.

O acesso facilitado a soluções para a propriedade, além de ser economicamente vantajoso, ainda evita que o produtor perca tempo buscando fornecedores.

A melhor forma de aproveitar o programa de pontos

Depois de comprar insumos e equipamentos para a safra, você estará com milhares de pontos acumulados e uma prateleira de soluções na sua frente.

Um novo eletrodoméstico ou passeio com a família podem chamar atenção à primeira vista. Mas que tal contribuir para o crescimento da sua empresa a médio e longo prazos?

Apostando em tecnologia digital, é possível otimizar os processos da fazenda e aumentar a sua produtividade. Como resultado, crescem os ganhos da atividade agrícola.

Considere investir na categoria de software, por exemplo. Um sistema de gestão rural, como o Aegro, une as rotinas do campo e do escritório para facilitar o seu dia a dia.

Fica mais simples de obter informações fundamentais para a sua tomada de decisão, como:

  • Quais defensivos e técnicas de manejo são mais eficientes;
  • Quais máquinas precisam de manutenção e quais devem ser trocadas;
  • Quanto você precisa ter em caixa para manter a operação da propriedade;
  • Quanto você pode estocar de cada insumo para a próxima safra;
  • Qual será a sua rentabilidade, por talhão, no final da safra.

Com decisões embasadas por fatos e dados, você evita desperdiçar dinheiro nas diferentes etapas do processo de produção e alcança maior margem de lucro.

É por isso que trocar os seus pontos por um sistema de gestão é uma forma de multiplicar o seu dinheiro.

Conheça o aplicativo Aegro para gestão de fazendas

Conheça os maiores programas de pontos do Brasil

Agora que você já entendeu a dinâmica e as vantagens de um programa de pontos do produtor rural, vamos conhecer os principais programas existentes no Brasil.

Impulso Bayer

Este programa de relacionamento beneficia compradores da Agro Bayer Brasil.

Ao cadastrar suas notas fiscais no Aegro, o cliente acumula pontos em apenas um clique na ferramenta, enviando suas notas direto para a plataforma Orbia.

Com essa pontuação, o usuário ganha estrelas que lhe permitem acessar um pacote crescente de vantagens, como uma consultoria 360 e o plano plus do sistema Climate Fieldview. 

O resgate de produtos e serviços é feito através da plataforma Orbia, que ainda possui outros parceiros além da Bayer.

Se você não conhece a Orbia, talvez já tenha ouvido falar na Rede AgroServices. Foi assim que a plataforma nasceu há 10 anos, no seu primeiro formato.

Hoje mais de 160 mil produtores rurais participam da plataforma, que também oferece a compra de insumos e a venda de commodities.

Vale destacar que o Aegro é um dos produtos mais resgatados na Orbia, podendo ser adquirido a partir de 65.100 pontos.

Você também pode resgatar soluções integradas ao Aegro, como:

página da plataforma Orbia do Impulso Bayer com o resgate de pontos para assinar o software de gestão Aegro

Resgate o software de gestão Aegro com os seus pontos Bayer

Agrega BASF

Para pontuar no programa de relacionamento da BASF, o produtor precisa adquirir produtos agroquímicos na rede de distribuidores parceiros.

Cada R$ 1 em produtos equivale a 1 ponto na plataforma. A pontuação é liberada automaticamente em 35 dias e tem validade de 24 meses a partir da data de compra.

Você consegue conferir o catálogo de serviços e soluções disponíveis após a inscrição no site Agrega. Além dos prêmios, o programa dá acesso a campanhas exclusivas e inovações digitais da BASF.

É possível adquirir o Aegro a partir de 205.979 pontos BASF. Os adicionais de MIP, Aegro Imagens e Livro Caixa Digital também estão disponíveis na plataforma.

AGREGA - Novo Programa de Relacionamento da BASF

Acessa Agro

A plataforma de benefícios da Syngenta oferece ferramentas de agricultura digital, serviços técnicos, programas educacionais, viagens de relacionamento, entre outros.

Você pode se cadastrar no programa pelo site ou aplicativo. Em seguida, é só comprar produtos Syngenta para acumular pontos.

O software Aegro e suas soluções adicionais para manejo de pragas, mapas NDVI e livro caixa digital podem ser resgatados na Acessa Agro.

Seedz

Diferentemente das opções anteriores, a empresa Seedz desenvolveu um programa de fidelidade independente que possui múltiplos parceiros.

Os pontos podem ser revertidos na aquisição de máquinas, insumos, cursos e até mesmo pagamento de contas de luz.

Qualquer produtor pode se cadastrar pelo CPF ou CNPJ. Na plataforma Seedz, você tem uma carteira digital que acumula moedas automaticamente mediante compras em fornecedores conveniados.

Conclusão

Em suma, mostramos que o programa de pontos do produtor rural traz vantagens tanto para a indústria quanto para os agricultores.

Portanto, vale a pena se atentar às plataformas existentes e realizar suas compras em fornecedores conveniados.

Também explicamos neste artigo que trocar pontos pela assinatura de um software de gestão é uma forma de profissionalizar as rotinas da fazenda para alavancar o lucro a médio e longo prazo.

Tudo o que você precisa saber para emitir o certificado digital para produtor rural

Certificado digital para produtor rural: quais as diferenças entre os certificados A1 e A3 e outras dúvidas que você pode ter!

Como emitir o certificado digital para produtor rural

O Brasil caminha para, em breve, tornar o certificado digital tão comum quanto a assinatura à mão e a firma reconhecida em cartório. 

Além de garantir a segurança e autenticidade nas transações eletrônicas, ele contribui para o fim da papelada de documentos que precisavam ser acumulados nos escritórios.

Com o certificado digital você poderá assinar documentos online de forma que eles tenham validade jurídica, cumprir obrigações do negócio pela internet e autenticar transações do seu computador.

Quer entender melhor como tudo isso funciona e como tirar o seu certificado digital facilmente? Neste artigo, explicamos tudo o que você precisa saber para obter a certificação e emitir a nota fiscal eletrônica! Confira as instruções a seguir!

O que é um certificado digital?

O certificado digital é a identidade digital da sua empresa – ou seu, no caso da pessoa física. Ele permite fazer a assinatura eletrônica/digital de documentos com validade jurídica, assim como fazer transações online com segurança. 

Isso facilita a assinatura de documentos digitais, o envio de obrigações ligadas ao governo, evitando a necessidade de reconhecimento de firma em cartório ou assinatura em papel.

O Brasil passou a utilizar o certificado digital em 2001, com a criação da ICP-Brasil pela Medida Provisória n.º 2.200-2/2001. 

A partir disso, surgiram as autoridades certificadoras, órgãos responsáveis pela criação e gerenciamento dos certificados digitais, que devem seguir as regras da ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira).

Boa parte das empresas que geram NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) e NFS-e (Nota Fiscal de Serviço Eletrônica) tem a utilização do certificado digital obrigatória. 

A utilização dos certificados já vinha crescendo no Brasil e foi acelerada por conta da pandemia de Covid-19. 

Ao longo de 2020, foram emitidos mais de 5,9 milhões de certificados digitais, sendo 52,2% para pessoas jurídicas, 47,2% pessoas físicas e 0,6% de equipamentos.

E, de acordo com as projeções publicadas, a tendência é que esse número cresça ainda mais, chegando a 6.957.015 emissões de certificados em 2021, o que tornará ainda mais comum a utilização dos certificados digitais!

Formatos e comercialização 

No Brasil, existem dois formatos disponíveis para utilizar o certificado digital. Um deles é no formato de arquivo para ser instalado no computador, como um dispositivo (cartão inteligente, token, pen drive ou kit leitora). O outro é como um arquivo na nuvem.

A comercialização fica a cargo das Autoridades Certificadoras credenciadas pela ICP-Brasil, como a Caixa Econômica Federal, Serasa Experian, Receita Federal e Serpro. 

É importante também ressaltar a garantia de segurança da informação, uma preocupação central para empresas, pessoas físicas e governo. 

O certificado digital foi desenvolvido com o que há de mais avançado em criptografia, assegurando a proteção dos dados e validade das operações. 

Desta forma, é possível afirmar que, graças a essa tecnologia, os certificados digitais permitem a troca de informações online de forma totalmente segura. Assim, sua função é emitir, carregar e entregar informações que só você pode criar e depois transmitir esses dados exclusivamente para as pessoas ou entidades que você quer que os recebam.

Mas, afinal, para que serve o certificado digital?

O certificado digital tem como utilidade autenticar todas as transações e atividades online, garantindo segurança, agilidade e privacidade aos seus usuários. 

Você pode utilizar seu certificado digital, por exemplo, para:

  • enviar declarações e obrigações da empresa a órgãos do governo;
  • assinar NF-e, escriturações contábeis e fiscais;
  • enviar declarações de imposto de renda à Receita Federal;
  • fazer login em ambientes restritos como o Portal e-CAC da Receita Federal;
  • assinar e enviar documentos digitais (contratos, acordos, declarações) com assinatura eletrônica;
  • emitir e importar NF-e para a Sefaz.

Ele simplifica qualquer operação em que se faça necessária a identificação e validade jurídica pela internet, tanto de pessoas jurídicas como pessoas físicas.

Quais benefícios posso ter?

Você terá maior praticidade para resolver qualquer trâmite burocrático sem ter a necessidade de sair de casa. 

Ou seja, você evita que seja necessário ir até o cartório para reconhecer firma da assinatura ou se deslocar para assinatura física de documentos. 

Conseguirá ter segurança em suas transações, principalmente online e que envolvam seu dinheiro, dados pessoais ou dados sigilosos da empresa, garantindo segurança total nas suas transações.

Apesar do investimento inicial para adquirir o certificado digital, haverá uma redução de custos, eliminando compra e impressão de papel; abertura e reconhecimento de firma em cartório; custo de envio de documentos; e necessidade de espaço físico para armazenar documentos. 

Além disso, também garante o fácil acesso a serviços públicos do governo pela internet. Vale ressaltar que para muitas empresas a assinatura digital é obrigatória para poder emitir notas fiscais.

Quem precisa fazer o certificado digital?

A lei diz que toda empresa que emite NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de produtos) é obrigada a ter um certificado digital. 

Empresas inscritas nos regimes tributário do Lucro Presumido e Lucro Real também precisam da assinatura digital para declarar suas obrigações à Receita. 

As empresas do Simples Nacional são obrigadas a usar o certificado digital se tiverem mais de um empregado. 

A única exceção é para o MEI (Microempreendedor individual), que ainda está desobrigado na maioria dos casos, mas pode utilizar o certificado digital de forma voluntária.

>> Leia mais: “Livro caixa digital do produtor rural (LCDPR): tudo o que você deve saber”

Tipos de certificados digitais

Há diversos tipos de certificados digitais à disposição tanto de pessoas físicas como jurídicas no mercado. Veja:

NF-e

Destinado especificamente à emissão de notas fiscais eletrônicas como NF-e, NFS-e e NFC-e, além do Danfe (Documento Auxiliar na Nota Fiscal Eletrônica).

e-Simples ou e-CNPJ ME/EPP

Certificado digital que funciona como um e-CNPJ para pequenas empresas do Simples Nacional.

e-CNPJ

Versão digital do CNPJ usada para acessar sistemas públicos como e-CAC, Receitanet e emissores de documentos (pode ser usado para gerar NF-e quando o próprio titular for emitir as notas, mas não é recomendado que seja compartilhado com outros funcionários).

e-CPF

Versão digital do CPF que permite acessar serviços públicos como o eSocial, e-CAC e Receitanet.

e-MEI

Certificado exclusivo para o MEI que permite emitir NF-e e registro de funcionário pelo eSocial.

Estes certificados podem ser adquiridos em dois diferentes tipos:

Certificado A1 

É um arquivo digital com validade de 12 meses que pode ser instalado em várias máquinas e acessado de qualquer dispositivo. Além disso, é integrado à NF-e e exige a senha uma única vez

Certificado A3

É comercializado na forma de um dispositivo móvel (cartão inteligente, token, pen drive ou kit leitora) e possui validade maior, de até 36 meses, podendo ser usado em apenas um computador por vez, além de exigir a senha em cada acesso.

infográfico com os tipos de Certificados Digitais

Tipos de Certificados Digitais
(Fonte: DLL Automação)

Como obter um certificado digital A1 ou A3?

Escolha a sua autoridade certificadora(AC)
Assim, o primeiro passo é escolher uma das autoridades certificadoras subordinadas à ICP-Brasil. 

No site do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, você encontrará uma lista com empresas como Serasa Experian, Casa da Moeda, Caixa Econômica Federal entre outras.

Procure o certificado digital ideal para você

A certificadora deve possuir um catálogo com as opções de certificados digitais disponíveis, como você pôde ver acima. 

O produtor rural que precisa emitir e importar uma nota fiscal, por exemplo, pode escolher o NF-e (nesse caso o mais recomendado) ou e- CNPJ. 

Também deve escolher o tipo do certificado, se A1 ou A3 citados anteriormente. 

Importante salientar que para a utilização no Aegro, o certificado escolhido deverá ser o do tipo A1 e e-CPF.

Realize o cadastro e agendamento

Essas etapas são online:
Cadastro: será necessário fornecer todas as informações sobre seu negócio. Observe o correto preenchimento dos dados para não haver problemas futuros. Quaisquer erros nas informações nesse passo são de difícil correção depois.

Agendamento da validação presencial com a empresa de certificação. É necessário nessa etapa apresentar toda a documentação para que a implementação do sistema de certificação digital seja autorizada em seu empreendimento.

Quais são os documentos necessários? 

Para e-CNPJ e e-Simples é preciso apresentar o documento original e 1 cópia simples de cada um dos citados abaixo: 

  • documento de constituição da empresa (contrato social, por exemplo, quando houver);
  • alteração contratual registrada nos órgãos competentes (se houver);
  • documentos de eleição da diretoria vigente – quando aplicável;
  • documentos pessoais dos representantes legais (RG e CPF);
  • cartão do CNPJ impresso no dia anterior da validação presencial.

Para e-CPF é preciso apresentar o documento original e 1 cópia simples de cada um dos citados abaixo: 

  • documento de identificação;
  • CPF;
  • comprovante de endereço no nome do titular do certificado e emitido em até 3 meses.
  • título de eleitor (opcional).

Observe que todos os documentos devem estar em ordem para evitar problemas.

Após seguir todos os passos anteriores, o certificado digital para emissão de notas fiscais ficará disponível geralmente em alguns dias no máximo, dependendo do tipo e da empresa escolhida.

Se você optou pelo certificado do tipo A1, você receberá um link para o seu e-mail para fazer o download do arquivo. 

Se você optou pelo certificado do tipo A3 e tiver um dispositivo físico, você poderá retirar o hardware no local da validação.

Contratando uma certificadora

O mercado está repleto de empresas certificadores e escolher a ideal requer atenção e cuidado.

Para facilitar essa tarefa, a Aegro lançou uma parceria com a Rede Ideia, que é reconhecida como uma autoridade no campo da identificação digital, destacando-se pela sua expertise e pelo respaldo legal que possui e desde 2019, possui o status de Autoridade Certificadora junto ao ICP-Brasil.

Você pode emitir seu certificado digital e contar com o suporte do time de especialistas da Rede Ideias e ainda obter desconto sendo cliente Aegro.

Como usar o certificado digital no Aegro

Em um software de gestão agrícola, como o Aegro, o seu certificado digital A1 viabiliza operações fiscais e ainda facilita as rotinas administrativas.

A seguir, conheça duas funções que estão disponíveis por meio da assinatura eletrônica.

Emissão de nota fiscal de venda

Desde 2020, todas as operações de venda realizadas pelo produtor rural devem ser registradas por meio da NF-e.

Essa obrigatoriedade vale para todo o país e visa tornar mais segura a circulação das mercadorias. 

No Aegro, você consegue emitir a nota fiscal de forma prática ao cadastrar uma nova receita agrícola. A emissão pode ser feita com múltiplas inscrições estaduais e e-CPFs.

Em poucos minutos, sua transação é autorizada pela Sefaz e o arquivo XML é automaticamente enviado para o destinatário da nota.

demonstrativo de uma guia de cadastro de nova receita no Aegro, para usar o certificado digital para produtor rural

Importação de nota fiscal de compra

O Aegro também se conecta à Sefaz para buscar, proativamente, todas as notas fiscais que são emitidas contra o seu CPF ou CNPJ.

Assim, você não precisa correr atrás dos seus fornecedores para ter acesso ao arquivo XML da nota após uma compra. 

A captura é feita a partir do certificado digital A1 e facilita a entrada de despesas no seu controle financeiro.

Bastam alguns cliques para importar a NF-e, gerar uma conta a pagar e direcionar produtos para o estoque da fazenda.

Saiba usar o certificado digital para importar notas da Sefaz

Conclusão

Neste artigo você viu o que é um certificado digital, para que serve, quais as vantagens de ter um certificado e como obter o seu.

Além disso, mostramos como o certificado digital permite que você emita e receba suas notas fiscais no software Aegro.

Esperamos que, com estas informações, você possa ganhar eficiência em diversas tarefas de escritório!

>> Leia mais: “Passo a passo para emitir nota fiscal de produtor no PR”

Restou alguma dúvida sobre os certificados digitais para produtor rural? Deixe seu comentário!

Como produtora economizou em manutenção de máquinas a partir de ação estratégica

Economia com manutenção de máquinas: produtora identificou momento certo para efetuar reparos e cortou gastos desnecessários a partir do registro de trabalho dos equipamentos.

O maquinário é uma fatia importante dos custos de uma propriedade agrícola produtiva. Afinal de contas, além do capital investido para compra ou locação, há os gastos com combustível, manutenção e conservação dos equipamentos.

Dependendo da sua cultura, o sistema mecanizado agrícola pode representar até 40% dos custos de produção.

Não é pouca coisa! Por isso, qualquer redução desses gastos pode significar uma economia muito expressiva ao final da safra, não é verdade? 

Mas para saber onde economizar é necessário ter dados precisos da operação desses equipamentos. Foi assim que a produtora Malena May tomou conhecimento de um grande problema da fazenda: manutenções que eram feitas fora da hora ideal. 

Quer entender como ela corrigiu essa situação e conseguiu economizar mais de 10% com o maquinário? Confira a seguir!

Entendendo as necessidades da fazenda

A engenheira-agrônoma e produtora Malena May é uma das responsáveis pela condução da Fazenda Graça de Deus, em Ponta Porã (MS). A propriedade produz soja e milho safrinha, além de plantas de cobertura, numa área de 630 hectares.

Ter o controle do estoque e das operações do maquinário era uma dificuldade na gestão da fazenda

As compras de insumo acabavam sendo feitas muitas vezes em dobro pela falta de um registro eficaz do que havia sido adquirido ou estava armazenado para uso. 

Já no caso das máquinas, a manutenção acontecia em momentos que não necessariamente eram o ideal para performance do equipamento, mas quando havia tempo entre as operações agrícolas.

Todo o controle da fazenda, até então, era feito com base em planilhas de Excel, mas não havia ligação entre operacional, estoque, planejamento, etc. Tudo estava dividido em diversas planilhas que não se “comunicavam”.

“Fazia a administração da fazenda por Excel e nunca conseguia unir o operacional com o estoque, com as atividades, com planejamento. Não havia ligação. Eu tinha números palpáveis, mas não eram reais, não era o que realmente acontecia na propriedade. O operacional ficava perdido no meio de tudo isso”, conta Malena.

Para controlar melhor e trazer mais ordem à fazenda, a produtora decidiu implantar um software de gestão agrícola

A escolha pelo Aegro, intermediada pelo consultor Douglas Rouchez, foi essencial para reorganizar a fazenda. 

A utilização do sistema permitiu, entre muitos pontos, que Malena conseguisse visualizar onde e como agir para reduzir custos e maximizar lucros, como você verá a seguir:

Élcio e Malena na Fazenda Graça de Deus, em Mato Grosso do Sul

Élcio e Malena gerenciam a Fazenda Graça de Deus, em Mato Grosso do Sul

Organização dos dados e visualização dos problemas

O uso do Aegro começou no primeiro semestre de 2020 e, desde então, a produtora passou a acompanhar com mais precisão as atividades da fazenda.

Inicialmente, conta Malena, o controle de estoque era a maior necessidade, já que havia problemas como a compra de produtos em dobro, além de não se saber com precisão quanto de produto havia sido gasto e/ou sobrado na fazenda.

“Muitas vezes, acontecia do meu pai ir à cooperativa e comprar um produto sem me informar. Sem saber, eu comprava de novo, era um problema. Com o Aegro, ele e eu sabemos exatamente o que está no nosso estoque a qualquer hora. Ficou muito mais fácil trabalhar”, cita.

Já com o maquinário, as coisas até pareciam andar bem. Mas, com os primeiros registros de atividades, foi possível identificar um gargalo que precisava ser corrigido: a hora da manutenção.

histórico de atividades do maquinário, custo operacional, gastos com manutenção e consumo de combustível no aplicativo Aegro

Com Aegro, você acompanha facilmente o histórico de atividades do maquinário, custo operacional, gastos com manutenção e consumo de combustível, por exemplo

Correção das perdas com maquinário

Se uma máquina precisava de manutenção a cada mil horas, ela acabava acontecendo com 500 horas, sem que houvesse conhecimento disso, conta a produtora.

“Essa manutenção acontecia porque definíamos que seria feita naquela data, mas havia gastos desnecessários com essa manutenção fora de hora. A gente notou que gastava além do que esperava com o maquinário”, conta Malena.

A visualização desse problema permitiu que a produtora contornasse a situação, otimizando tempo e reduzindo os gastos. 

Hoje, as atividades com maquinário são registradas no aplicativo de gestão agrícola e, desta forma, o próprio sistema emite alertas quando é hora da manutenção com base no horímetro do equipamento.

Economizei mais de 10% deixando de fazer manutenções à toa. Deixamos de gastar e não tinha consciência desse problema antes de visualizá-lo pelo Aegro.”

alerta de manutenção no Aegro

Exemplo de alerta de manutenção exibido pelo Aegro

Além disso, com o Aegro, Malena passou a saber exatamente o impacto do custo dos maquinários no total da safra, por exemplo.

A versão completa do software também permite controlar o abastecimento, além de manter um histórico das atividades dos equipamentos da propriedade. Assim, fica mais fácil avaliar e otimizar o desempenho operacional do maquinário.

Você também pode avaliar a eficiência econômica das máquinas de sua fazenda com esta ferramenta gratuita da Aegro. Clique na imagem abaixo para acessar a calculadora de custo operacional!

Estoque organizado e em tempo real

Já com relação ao estoque, Malena explica que o uso do Aegro permitiu que ela controlasse o que está na fazenda, o que será usado totalmente ou sobrará para uma próxima safra.

“O estoque sempre me tirou o sono, porque ele não termina em uma safra, eu ainda vou ter produtos lá. Agora eu tenho isso palpável, também tenho precisão nestes custos e já sei o que precisarei ou não investir para a próxima safra”, conta a produtora.

A união das informações operacionais e administrativas da fazenda foi um ponto de mudança na gestão da propriedade.

demonstrativo de estoque no Aegro

Com o Aegro, quando uma atividade é programada e realizada, a baixa no estoque acontece automaticamente. Assim, além de poder acompanhar em tempo real o estoque na propriedade, há a distribuição dos custos com o insumo por área e até mesmo por talhão.

“Sou apaixonada pelo controle de estoque do Aegro, mas o que mais mudou para a gestão da fazenda foi a união de todas as informações em um só lugar, sem que eu precise fazer esforço para isso”, conta a produtora. 

“Eu não preciso mais parar para fazer todo o lançamento operacional, depois fazer o administrativo. O Aegro une isso e hoje eu tenho todas as informações da fazenda pelo celular, o tempo todo comigo”, diz.

Ela reforça que a facilidade trazida pelo Aegro permitiu economia de tempo e visualização de outros tipos de indicadores importantes da fazenda.

Rentabilidade facilmente acompanhada

Com o uso do Aegro, a Fazenda Graça de Deus evoluiu sua gestão e passou a ter mais controle sobre os resultados da rentabilidade da safra, conta Malena.

“Antes, eu tinha números da safra, mas eles não eram o que realmente acontecia na propriedade porque eu não tinha a ligação entre o operacional, estoque, funcionários. Eu tinha uma média de gastos, indicadores aproximados. Agora, com Aegro, eu passei a ter números reais e consigo saber exatamente se tive ou não lucro”, diz a produtora.

Ela cita que na última safra de milho, concluída em outubro de 2020, conseguiu saber com precisão todos os seus gastos de produção. 

“Como trabalhávamos com uma média geral da safra, eu não imaginava que gastássemos tanto com as máquinas. Já em insumos, eu gasto menos do que esperava, apesar de todo o custo”, comenta.

Todo o resultado da safra pode ser visualizado em poucos cliques no Aegro. O sistema gera relatórios automatizados cruzando as informações que são alimentadas pelo produtor e seus funcionários autorizados.

Assim, fica muito mais fácil verificar onde estão os maiores custos da safra, visualizar a rentabilidade por talhões e tomar decisões que podem otimizar os resultados da fazenda.

Experimente hoje mesmo o Aegro gratuitamente!

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Conclusão

O maquinário impacta significativamente os custos de produção da safra. Portanto, identificar pontos de melhoria pode render economias importantes e melhorar os resultados da fazenda.

Como você viu neste artigo, a partir do registro mais preciso dos maquinários no software agrícola Aegro, a produtora Malena May conseguiu visualizar desperdícios na manutenção dos equipamentos. 

Isso porque as manutenções eram definidas mais pela disponibilidade operacional do que pelo momento adequado ao desempenho dos equipamentos.

Consciente da situação, ela pôde tomar as medidas necessárias para mudar, o que lhe rendeu economia neste tipo de gasto.

Além disso, vimos como o controle de estoque e a visualização mais precisa dos resultados permitiu uma evolução importante na gestão da Fazenda Graça de Deus.

>> Leia mais:

“Como grupo cafeeiro realiza o monitoramento de pragas em 5 fazendas com apoio da tecnologia”

“Como sistema de gestão rural trouxe agilidade e economia para fazenda no MS”

Qual é a sua dificuldade na gestão do maquinário? O que tem feito para alcançar mais economia com manutenção de máquinas da fazenda? Vamos conversar nos comentários!

5 vantagens de sair do papel e utilizar um caderno de campo digital

Caderno de campo digital: entenda como um aplicativo torna as rotinas de manejo mais eficientes

Você sabe quais insumos e técnicas de manejo foram empregadas no talhão mais produtivo da sua lavoura? Agricultores que mantêm um diário de atividades sabem.

Sem dúvida, as anotações realizadas ao longo da safra ajudam a encontrar melhores estratégias e aprender mais rapidamente com as falhas do cultivo.

Quando você compreende o real valor do seu histórico de operações, passa a prestar mais atenção na forma como registra e guarda esses dados na sua propriedade.

É por isso que muitas fazendas estão trocando as agendas de papel pelo caderno de campo digital, sistema que organiza a rotina agrícola a fim de facilitar as tomadas de decisão do produtor.

Continue lendo se quiser conhecer as principais vantagens de migrar para um controle inteligente de atividades ou começar hoje mesmo a registrar seu manejo por aplicativo.

O que vai no caderno de campo agrícola?

Antes de mais nada, você pode estar se perguntando quais informações precisam constar no caderno de campo agrícola. 

Seriam os dados preenchidos na ordem de serviço? Será que os operadores estão esquecendo algum fator importante?

A resposta, como você deve imaginar, é que quanto mais completo for o registro das entradas na lavoura, mais assertivas serão as suas análises posteriores.

Melhor que anotar apenas qual produto foi aplicado na área é detalhar, com ajuda de um caderno de campo digital:

  • em que condições climáticas a aplicação foi feita;
  • qual maquinário foi usado, quantas horas durou a operação e se o equipamento foi corretamente regulado antes da atividade;
  • o funcionário responsável pela atividade;
  • o cálculo de calda;
  • se a atividade foi realizada no período previsto;
  • quanto você pagou pelo insumo aplicado;
  • adversidades encontradas no momento da aplicação.

Este relato aprofundado permitirá que você cruze diferentes informações para descobrir o custo exato de cada talhão, o desempenho de um equipamento ou a efetividade do defensivo contra sua praga-alvo. 

Assim, procure esmiuçar desde o preparo do solo até a colheita, passando pelo monitoramento periódico da plantação.

Vantagens de usar um caderno de campo digital

Você sabia que, de acordo com uma pesquisa recente, as fazendas do Brasil estão mais digitalizadas que as dos Estados Unidos?

Os agricultores brasileiros já compram insumos pela internet e trocam recomendações técnicas pelo WhastApp, visando poupar tempo e aumentar seus ganhos.

Neste sentido, o caderno de campo digital é mais uma tecnologia que ganhou força diante dos métodos tradicionais por otimizar um processo tão importante da cadeia produtiva.

Soluções inteligentes e completamente pensadas para o dia a dia do produtor rural, como o aplicativo Aegro, possibilitam que você faça os registros pelo celular, mesmo sem internet. Conheça, agora, 5 vantagens desta ferramenta!

1 – Manter o histórico de manejo em segurança

Todos os documentos que você armazena localmente, seja na gaveta do escritório ou na pasta do computador, ficam suscetíveis a perdas e incidentes.

Com o caderno de campo digital, por outro lado, os registros são salvos em um servidor ultra seguro que garante a disponibilidade integral das informações.

E ter o histórico de manejo em mãos, de forma prática, pode determinar o futuro do seu negócio. 

Ao solicitar a cobertura do seguro agrícola, por exemplo, será necessário apresentar evidências de que você trabalhou da maneira mais adequada dentro das suas possibilidades.

A busca por certificações, como a de produção orgânica, também depende de um rastreamento preciso da atividade agrícola.

Então, em vez de buscar essas informações em papéis espalhados no seu arquivo físico, que tal navegar pelo seu histórico completo de safras com alguns cliques no Aegro?

demonstrativo de histórico completo de safras atuais no software Aegro

2 – Fazer apontamentos georreferenciados

Outra vantagem do caderno de campo digital é a possibilidade de realizar observações referenciadas por GPS.

O seu agrônomo pode marcar, via aplicativo de celular, o local exato da lavoura em que identificou um problema e inclusive anexar uma foto da situação encontrada.

demonstrativo de observações referenciadas por GPS no software Aegro pelo celular

Desta forma, você poderá verificar o ponto no mapa da propriedade para se direcionar com rapidez e precisão à área afetada. 

Além do mais, a tecnologia de georreferenciamento simplifica bastante a atuação dos operadores de campo.

No Aegro, você pode sinalizar os pontos da lavoura que devem ser monitorados. Em seguida, basta que o operador abra o app no celular para ser guiado até os locais de monitoramento.

Esta é uma forma de ganhar agilidade no dia a dia e, consequentemente, economizar com a mão de obra.

3 – Racionalizar o uso dos insumos na lavoura

Se você registra a rotina de campo de forma irregular e descentralizada em cadernos, é provável que esteja gastando mais do que o necessário.

Em contrapartida, um controle sistematizado permite que você identifique a origem de cada despesa e perceba quando os custos estão extrapolando o planejado.

Com o Aegro, o lançamento das atividades dá baixa automática nos produtos que você tem cadastrados em estoque e contabiliza horas de trabalho para o maquinário.

demonstrativo da realização de aplicação e baixa do produto do estoque no software de gestão Aegro

É possível constatar, por exemplo, que um equipamento está consumindo combustível demais porque não está bem calibrado e consertá-lo sem dificuldades.

Também fica mais prático visualizar o desperdício de insumos no decorrer da safra. 

Afinal, se você comprou a quantidade correta e no final do mês faltou produto, pode ser que a preparação da calda não tenha sido feita com cuidado. Use esta informação para orientar os funcionários da fazenda.

Confira a história de sucesso do produtor Lídio Chiapinotto, que economizou mais de R$ 20 mil em operações de máquinas com uso do Aegro!

4 – Monitorar o progresso das atividades

Você saberia dizer em que etapa da safra está neste momento e como as atividades estão evoluindo?

Controlar o progresso do trabalho quando cada registro é feito em uma folha diferente, sem dúvida, torna-se um desafio.

Já no caderno digital, o seu cronograma de manejo fica claramente ordenado. É possível programar a data em que as atividades precisam ser realizadas e definir as pessoas responsáveis.

Confira, em um quadro, quais tarefas estão a fazer, em progresso, a revisar ou concluídas. 

quadro de atividade do software Aegro

Também é possível configurar para receber notificações no seu celular, sempre que houver atividades atrasadas na fazenda.

O Aegro ainda possui gráficos que mostram o avanço das atividades ao longo do tempo. Você vai ficar por dentro de tudo o que acontece para garantir a pontualidade das operações.

5 – Fechar os resultados da safra com rapidez

Além de oferecer eficiência operacional na lida diária, o caderno de campo digital será estratégico durante o fechamento da safra.

Cadastre a produção dos talhões direto da lavoura e direcione as cargas de colheita aos seus silos ou para locais de armazenamento externos. 

O Aegro vai contabilizando para você o percentual de área que já foi colhida, a quantidade de sacas produzidas e a sua produtividade por hectare em tempo real. 

demonstrativo das cargas de colheita e do resultado da safra no software Aegro

Sem falar que, ao registrar as suas vendas, o aplicativo calcula automaticamente a rentabilidade da safra e dos talhões.

Como você computou o investimento que foi feito na lavoura através das atividades de safra, é possível ver imediatamente quais áreas deram lucro ou prejuízo.

Tudo isso sem pegar a calculadora ou cruzar centenas de informações espalhadas em caderninhos. 

Conclusão

Trocar o caderno de campo em papel por uma ferramenta digital não é apenas modernizar seu controle, mas sim evoluir a gestão agrícola da fazenda.

Você passa a tratar a informação como um ativo poderoso que te ajuda a prever situações de risco, reduzir o custo de produção e ter uma visão muito mais transparente sobre os seus lucros.

Acima de tudo, aplicativos como o Aegro desafogam o cotidiano do produtor rural porque são fáceis de usar e seguros. O terminal de trabalho é um dispositivo que está sempre no bolso: o celular. 

>>Leia mais:

“4 dicas para melhorar a gestão de tempo na fazenda”

“Avalie o sucesso da safra com ajuda dos indicadores de produção no Aegro”

“Crédito rural e tecnologia para o agro: fique por dentro de tudo o que aconteceu no 2º Aegro Conecta”

Pronto para testar um caderno de campo digital? Baixe e teste o Aegro de graça no seu celular para aproveitar essas vantagens!

5 formas de aproveitar a Internet das Coisas na agricultura e tornar sua fazenda mais rentável

Internet das Coisas na agricultura: como ela pode te ajudar a otimizar a produção e, consequentemente, alcançar mais lucro com a lavoura

A internet trouxe grandes avanços em termos de facilidade e agilidade para nossas vidas – e na agricultura não é diferente.

Máquinas conectadas com sensores e computadores já conseguem prever quebras de peças, locais que demandam de mais insumos e regiões com problemas de pragas e doenças.

A Internet das Coisas (IoT) permite uma comunicação direta entre os equipamentos por meio de sensores e conexões sem fio. 

Por meio dela, você pode ganhar agilidade nas tomadas de decisão, aumentando a eficiência operacional e produtiva do sistema de produção.

Quer saber mais sobre as aplicações da Internet das Coisas e como ela beneficia sua fazenda? Confira a seguir!

O que é e para que serve a Internet das Coisas?

Internet das Coisas ou apenas IoT (abreviação do termo em inglês Internet of Things) refere-se à tecnologia de conectar equipamentos, objetos ou itens usados no dia a dia a uma rede mundial de computadores.

E essa transformação do mundo físico em digital está cada vez mais presente no campo.

As máquinas, que antigamente eram apenas pedaços de ferro pesados, frios e sujos, estão se transformando em verdadeiros computadores, cada vez mais tecnológicos e eficientes. 

A palavra Internet das Coisas tem sido muito utilizada para objetos que estão conectados à internet e são também chamados de inteligentes.

Para que um equipamento possa ser considerado inteligente ele deve:

  1. ter um nome ou endereço na internet;
  2. ter a capacidade de enviar ou receber informações de outros dispositivos;
  3. ser capaz de interagir e responder, de alguma forma, às informações recebidas;
  4. possuir alguma capacidade de processar os dados;
  5. possuir algum sensor (físicos, químicos, como velocidade, luz, umidade, temperatura etc.). 

Como aplicar a Internet das coisas na agricultura

A Internet das Coisas pode ser aplicada de diversas formas na agricultura, desde sistemas de telemetria, softwares computacionais, levantamento de dados e controle de automação de maneira eficiente. 

A IoT é, certamente, uma grande tendência no agronegócio, possibilitando que dados sejam gerados e analisados com intuito de melhorias nas atividades realizadas na fazenda.

As máquinas e os sistemas empregados no campo geram muitos dados detalhados e de forma contínua. Estes dados podem ser armazenados e combinados com outras fontes de informações para otimizar as aplicações e operações nas fazendas.

1 – Irrigação Inteligente

No Brasil, a cada dia que passa, temos um apelo maior pela sustentabilidade e uso racional da água no campo.

Tecnologias de IoT já possibilitam a irrigação inteligente nas fazendas.

Sensores podem ser instalados para medir a umidade dos solos, podendo estar acoplados a sistemas que indicam a textura daquele solo. Assim, de maneira automática, conseguem controlar a irrigação em taxas variadas em cada seção ou bico do pivô central.

sistema de gerenciamento de pivô por meio de internet das coisas na agricultura

(Fonte: Precision Farmer Dealer)

Além do uso mais eficiente da água, é possível selecionar a melhor hora do dia para realizar a irrigação. E, dependendo do horário do dia, o custo da energia pode até ser mais barato, já que ele pode variar ao longo do dia.

Saber exatamente a necessidade de água em cada metro quadrado da lavoura, bem como a hora mais barata para a irrigação, auxiliam na redução de custos na fazenda e ganhos em eficiência.

2 – Controle de pragas e doenças

Sensores portáteis ou acoplados a drones e satélites conseguem levantar mapas diversos das lavouras. 

Tais mapas podem estar integrados a sistemas ou plataformas computacionais que auxiliam na identificação de pragas e doenças nas lavouras. 

Após sua identificação, os mapas de biomassa como NDVI, NDRE, RGB ou outros índices levantados podem ser enviados às máquinas para atuação apenas nos locais selecionados.

O manejo localizado garante otimização dos insumos aplicados, pois não há aplicação em área total se não houver necessidade. Isso gera economia e aumenta a lucratividade das fazendas.

Sensores acoplados às máquinas conectadas também podem levantar informações e tomar decisões de maneira automática, em tempo real, da dosagem e da necessidade de aplicação dos produtos nas lavouras.

Sistemas de IoT estarão cada vez mais presentes no campo para identificação de pragas e doenças nas lavouras. E, se identificados e combatidos em tempo ideal, tais fatores podem ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso das lavouras.

>> Leia mais:

Sensores no manejo integrado de pragas: por que você deve começar a usar

3 – Telemetria

A telemetria possibilita que os dados dos equipamentos que estão realizando as atividades em campo sejam coletados e compartilhados de forma remota.

Muito utilizada na Fórmula 1, a telemetria chegou ao campo agregando muito valor às tomadas de decisões.

Os equipamentos conectados à central podem ser visualizados em tempo real, desde que estejam com sinal de internet, e as operações podem ser corrigidas, se necessário.

sistema de telemetria John Deere conectado no maquinário no campo - internet das coisas na agricultura

(Fonte: John Deere)

Por meio da telemetria é possível checar se as máquinas estão trabalhando na rotação e velocidade ideais, com temperaturas e pressões corretas, a fim de gerar economias de combustível e realização corretas das operações.

Os relatórios gerados podem ser analisados para otimizar as máquinas e as operações em campo, reduzindo custos na propriedade.

4 – Robótica

Os avanços em robótica, impressoras 3D e automações no campo estão facilitando a criação e implantação de tecnologias, como por exemplo, estufas inteligentes.

Dotada de sensores e luzes artificiais, já existem estufas automatizadas produzindo alimentos, baseando seus manejos no conceito de agricultura vertical.

As estufas protegidas e os cultivos inteligentes possuem melhores controles sobre pragas e doenças, melhor utilização da água, energia elétrica e insumos aplicados.

Tratores e máquinas autônomas já estão presentes. Futuramente, é possível que haja redução e substituição da mão de obra no campo com a inserção deste tipo de tecnologia.

robô de precisão digital desenvolvido pela ecoRobotix que identifica plantas daninha e aplica o herbicida correspondente

(Fonte: Dinheiro Rural)

5 – Rastreabilidade e monitoramento

Mais comuns nas fazendas agropecuárias, as ferramentas e tecnologias de IoT como chips RFID e QRcode têm auxiliado o produtor rural com os dados coletados de localização, peso, consumo de ração e bem-estar dos animais.

As informações coletadas são enviadas a uma central que consegue monitorar animais doentes, animais em período fértil para inseminação, entre outros, auxiliando no manejo do gado e reduzindo custos com mão de obra.

As origens e rastreabilidade dos alimentos devem ser cada vez mais presentes no nosso dia a dia – e cobradas pelo consumidor final. Oferecer essa rastreabilidade desde já pode agregar valor ao preço dos produtos da fazenda.

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Conclusão

Com o avanço da conectividade no campo, no futuro teremos muitas máquinas conectadas e enviando dados pela internet a todo momento.

Por meio da internet das coisas na agricultura será possível avançar com as análises de big data e ser ainda mais eficiente na fazenda.

Como você conferiu, a internet das coisas possibilita que otimizações sejam executadas em tempo real no dia a dia das operações agrícolas. Isso, é claro, impacta e pode trazer o aumento da produtividade agrícola e redução dos custos no campo.

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