Como o uso de drones na pulverização do cafeeiro pode trazer economia e eficiência nas aplicações

Drones na pulverização do cafeeiro: confira as possíveis vantagens dessa ferramenta que vem ganhando espaço nas lavouras

A utilização de drones na pulverização do cafeeiro chama a atenção de qualquer pessoa que os aviste sobrevoando os cafezais. 

Eles realizam de maneira autônoma um trabalho que só era possível realizar manualmente.

Utilizada também em outras culturas, a pulverização com drones demonstra eficácia no controle de doenças do café, como a ferrugem e a cercosporiose.

Ainda é necessária validação e autorização oficial para aplicação de insumos agrícolas via drones, mas as perspectivas de benefícios são inúmeras. Confira!

[form-post-v2]

Uso de drones na pulverização do cafeeiro

Apesar de muito recente, o uso de drones na pulverização agrícola no Brasil é uma realidade que tem ganhado cada vez mais espaço no campo, inclusive na produção de café

No agronegócio mundial, o mercado de drones agrícolas deve chegar a US$ 4,8 bilhões em 2024.

No Brasil, são quase 70 mil proprietários de drones cadastrados na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), boa parte deles voltados para serviços no agro.

Vale lembrar que o uso dos drones na agricultura devem seguir regras rígidas, então vale ficar sempre de olho nelas.

Para que servem

Chamados de RPA (aeronaves remotamente pilotadas), os drones agrícolas são usados na aplicação de agrotóxicos, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.

Os drones utilizados para esses serviços pertencem à classe 2 (peso máximo de decolagem maior que 25 kg e até 150 kg) e à classe 3 (peso de decolagem até 25 kg). 

Atualmente, está em discussão no Ministério da Agricultura uma legislação específica para serviços com esses drones, com padrões técnicos operacionais e de segurança.

Enquanto a legislação não fica pronta, o que vale são as regras da Anac para operação com drones.

Drone de pulverização agrícola da linha Agra T20

Drone de pulverização agrícola da linha Agra T20
(Foto: DJI)

Vantagens do uso de drones

Há drones utilizados no agronegócio e em outras atividades profissionais, como:

A eficácia de muitos deles é comprovada em diversos serviços, mas os drones de pulverização agrícola ainda passam por testes de validação e formas de operação.

Uma das áreas do agronegócio que tem recebido experimentos é a da produção de café.

No Brasil, há diversas regiões produtoras, como o sul de Minas Gerais. Regiões como essa possuem topografia irregular, e por isso são um campo aberto para atuação dos drones.

Experimentos com o uso de drones na pulverização do cafeeiro apontam redução de até 80% nos gastos com insumos

Veja algumas vantagens da pulverização com drones:

  • voo entre 3 e 5 metros de altura;
  • economia de água e produtos químicos;
  • aplicação mais eficiente, com bicos abaixo das hélices;
  • redução da deriva de defensivos, com possibilidade de aplicação com ventos de até 30 km/h;
  • baixo custo (R$ 40 a R$ 150/ha) e eficiência operacional;
  • de 20 até 100 vezes mais rápido que o trabalho manual;
  • opera em áreas de difícil acesso.
Operação com drone pulverizador do tipo pelicano

Operação com drone pulverizador do tipo pelicano
(Foto: Daniel Bandeira Estima/Skydrones)

Um experimento recente da Embrapa e da empresa AP Agrícola, numa área de café em Minas, mostrou que os drones são eficientes em locais de difícil acesso.

O equipamento foi testado em florestas, ribanceiras e morros. A qualidade da gota na aplicação do produto e o resultado foram considerados excepcionais. O manejo nutricional (adubação foliar) também está sendo testado.

A Embrapa avaliou, em São Roque de Minas, ser possível aplicar uma calda concentrada que reduz cinco vezes a parcela de produto que não atinge o alvo.

Combate às doenças do cafeeiro

Em Muzambinho, sul de Minas Gerais, o cafeicultor Marcelo Salomão faz a pulverização do cafeeiro com drones há 2 anos.

A tecnologia é utilizada para controlar doenças do cafeeiro, como a ferrugem e a cercosporiose. São aplicados 15 L ha-1 de defensivos, com custo de R$ 150 por hectare

“As aplicações são feitas em duas áreas, uma de 5 hectares e outra de 11 hectares”, disse Salomão, para quem a vantagem principal é a economia de tempo.

“Com drone, fazemos a aplicação de 11 hectares em 2 horas e meia. Se fosse manual, seria um dia para cada hectare. Além disso, economiza muito mais água”, afirmou.

O cafeicultor cita ainda como vantagens o fato de não ter contato direto com agrotóxicos e de economizar água e combustível com o transporte de água para fazer as caldas.

Esquema de operação do drone - drones na pulverização do cafeeiro

Esquema de operação do drone
(Foto: Agras)

Pesquisas aprimoraram eficiência na aplicação

Quem faz a pulverização nas áreas do cafeicultor Marcelo Salomão é o operador de drones Davi Elias, da Drones Solutions Brasil.

Além de atuar com prestação de serviço, Elias realiza pulverizações para pesquisas da Fundação Procafé. Ele usa drones da Agras.

“Uma das constatações sobre a eficiência é a quantidade de aplicação por hectare, para diversos produtos, de forma geral, que tem de ser de 24 L ha-1”, disse Elias.

Outra constatação é que a aplicação deve ser feita com o voo de 3 a 4 metros da copa do cafeeiro, e com ventos de no máximo 30 km/hora.

Marcelo Jordão, pesquisador da Fundação Procafé, informou que resultados mais concretos sobre a pulverização com drones serão conhecidos em setembro deste ano.

Dificuldades com drones na pulverização do cafeeiro

Agrônomo e pesquisador da cafeicultura, José Braz Matiello explica que o cafeeiro tem particularidades que precisam ser melhor observadas na pulverização com drones.

Uma delas é a área foliar. “Se formos observar, há muitos cafezais que possuem 5 mil plantas por hectare, e cada planta pode chegar a 20 m² de área foliar”, disse Matiello.

Para o pesquisador, um dos desafios da pulverização com drones é no combate à broca-do-café, pois o inseto fica “escondido” na planta, o que dificulta a pulverização.

“No controle do bicho-mineiro, por exemplo, creio que o drone terá eficiência, pois ele entra pela copa da árvore, então a pulverização já vai em cima”, comentou.

Drone em operação no cafeeiro

Drone em operação no cafeeiro
(Foto: Drosol)

planilha de cálculo de pulverização, baixe agora

Conclusão

A pulverização com drones na produção de café vale a pena no combate à ferrugem e à cercosporiose do cafeeiro.

Conforme você viu neste artigo, a aplicação de insumos com drones gera economia de custos, de tempo e possibilita uma pulverização mais eficiente.

É importante você lembrar que essa é uma tecnologia cuja eficácia ainda está sendo validada para diversos serviços de pulverização do cafezal.

Assim, não é qualquer praga ou doença que a pulverização com drone conseguirá combater, e o manejo nutricional também está sendo testado. 

Por isso, é interessante observar a experiência de produtores rurais que utilizam essa ferramenta, e avaliar se os drones são uma boa opção para o seu cafezal.

Você já cogitou usar drones na pulverização do cafeeiro? Já utilizou em seu cafezal? Então deixe um comentário contando sua experiência ou sua opinião.

6 vantagens de fazer MIP com o Aegro

MIP com o Aegro: entenda como um software de gestão agrícola torna o seu Manejo Integrado de Pragas mais eficiente

Provavelmente você tem ouvido falar cada vez mais no MIP (Manejo Integrado de Pragas), sobre o quanto ele é importante para a sustentabilidade da produção e como pode ajudar a melhorar o manejo e a rentabilidade da sua lavoura.

Mas você sabe de fato o que ele é e como pode te ajudar nesses aspectos?

Neste artigo, vamos te ajudar a entender por que fazer o MIP com o Aegro, quais os benefícios e como o software pode facilitar o seu trabalho.

O que é o MIP?

O Manejo Integrado de Pragas é um conjunto de práticas que procura manter as pragas abaixo do NDE (Nível de Dano Econômico).

No MIP, a intenção não é eliminar as pragas agrícolas existentes, mas sim manter sua população abaixo da quantidade que causaria prejuízo econômico.

Para isso, o manejo integrado de pragas baseia-se em 4 pontos principais:

  • monitorar;
  • explorar o controle natural;
  • conhecer o nível de tolerância das plantas aos danos causados pelas pragas;
  • conhecer sobre a ecologia e biologia das pragas e da cultura.

Com isso, você promove o equilíbrio entre as pragas e seus predadores e pode até evitar algumas aplicações de defensivos agrícolas.

Mas como manter essas pragas abaixo do nível de dano? Monitorando e sabendo quando e como agir!

Monitoramento

Você já deve ter ouvido a expressão “é o olho do dono que engorda o gado”. Pois é!

O monitoramento é um ponto fundamental do manejo e vai ser um grande aliado na sua tomada de decisão. A escolha do método de monitoramento depende muito da cultura e das pragas a serem observadas.

Alguns dos métodos mais comuns são:

  • inspeção de plantas;
  • contagem de plantas;
  • pano de batida;
  • armadilhas.

Confira como realizar a amostragem por pano de batida, o método mais comum nas lavouras.

metodo-pano-de-batida

Quando e como agir

Para saber quando agir, é importante que você conheça alguns conceitos:

  • Nível de dano econômico: é aquela quantidade mínima de pragas necessárias para causar prejuízo econômico;
  • Nível de controle: é a quantidade limite de pragas para realizar algum tipo de controle e evitar o prejuízo;
  • Nível de equilíbrio: momento em que as pragas e seus predadores estão em equilíbrio, sem causar prejuízo.

Esses níveis são estabelecidos de acordo com o conhecimento da tolerância das plantas ao ataque e da dinâmica das populações de insetos presentes.

Agora que você já monitorou e decidiu se precisa ou não fazer controle naquele momento, vamos conhecer as práticas empregadas no MIP?

Práticas

Como já vimos, o manejo integrado de pragas trabalha com várias técnicas de manejo em conjunto.

A escolha dessas práticas depende de cada cultura, da disponibilidade de produtos e do investimento necessário para cada método.

Os métodos utilizados podem ser enquadrados em:

  • culturais: medidas preventivas, para evitar ou desfavorecer o crescimento populacional, como plantio na época certa, rotação de culturas, eliminação de restos culturais e limpeza da área;
  • biológicos: manutenção ou liberação de inimigos naturais, utilização de produtos seletivos naturais;
  • comportamentais: utilização de armadilhas, iscas com feromônios para atração de insetos;
  • varietais: liberação de machos estéreis a fim de reduzir o crescimento populacional;
  • genéticos: uso de variedades resistentes de plantas;
  • físicos: ação direta para impedir dano, inundação de áreas e formação de barreiras físicas como ensacamento de frutos.
  • químicos: aplicação de inseticidas químicos.

Além disso, não se esqueça de sempre cumprir as medidas legislativas de prevenção, como serviço quarentenário, controle obrigatório de pragas previsto em lei, comercialização e utilização correta de produtos químicos.

Por que fazer?

A utilização dessas técnicas em conjunto contribui para um ecossistema mais equilibrado e um cultivo mais saudável.

Usando vários métodos, você não precisa depender de uma única forma de controle nem de um calendário de aplicação.

Realizando o monitoramento de forma correta, frequente e conhecendo bem sua cultura e as pragas presentes nela, é possível reduzir o número de aplicações de inseticidas.

Reduzir seus custos com aplicação pode ser um ponto-chave para alavancar sua rentabilidade.

Agora que você já sabe como e porquê fazer o monitoramento integrado de pragas, venha conhecer as vantagens de fazer o MIP com o Aegro.

Vantagens de fazer MIP com o Aegro

Para qualificar o processo de MIP na sua lavoura, você pode contar com o apoio do Aegro

Esse software de gestão agrícola possui um módulo dedicado ao controle de pragas e doenças, que já é utilizado para monitorar mais de 1 milhão de hectares em todo o Brasil.

Entenda como o Aegro facilita a prática do manejo integrado!

1. Planejando as atividades de MIP

Um ponto decisivo para o sucesso do seu controle de pragas é manter a regularidade do monitoramento.

No Aegro, você pode montar um cronograma de trabalho para garantir que as amostragens sejam coletadas conforme a frequência estabelecida.

Comece definindo a data em que o monitoramento será realizado e atribua as atividades para os membros da sua equipe.

Depois você consegue acompanhar o progresso das atividades pelo aplicativo, verificando quais pontos já foram inspecionados.

Tela de monitoramento do progresso das atividades

2. Monitoramento orientado por GPS

Ao planejar o monitoramento, você pode determinar quais pontos da lavoura serão inspecionados.

O Aegro oferece tecnologia de georreferenciamento para tornar o seu MIP mais preciso.

Assim, quando os monitores estiverem no campo, eles conseguirão consultar pelo aplicativo o local exato em que deve ser coletada a amostragem

Basta ativar o localizador do celular e abrir o Aegro, que o aplicativo indica o ponto de coleta mais próximo.

3. Registro de amostragens pelo celular

O Aegro acaba com a confusão dos cadernos de campo. Com ele, é possível registrar o monitoramento de pragas pelo celular, e você evita perder qualquer informação.

Você informa a quantidade de pragas encontradas na amostra e ainda pode inserir informações complementares, como estande de plantas e estádio fenológico.

O aplicativo também permite que você anexe fotos durante a coleta dos dados para garantir um registro ainda mais detalhado.

E a melhor parte é que o Aegro funciona mesmo sem internet!

Registros de amostragens

4. Mapa com os níveis de infestação

Após a coleta das amostras, você pode conferir o resultado do seu monitoramento pelo computador.

O Aegro prepara um mapa de calor que apresenta a quantidade de pragas encontrada em cada ponto da plantação:

  • a cor verde significa que nenhuma praga foi registrada;
  • amarelo e laranja representam áreas que estão no nível de controle;
  • vermelho indica infestações acima do nível de controle.

Esses mapas te ajudam a entender quando e onde é necessário entrar com medidas de controle.

Você passa a pulverizar de maneira mais assertiva e reduz custos com defensivos agrícolas.

Mapa de calor

5. Alerta sobre a incidência de pragas

Para assegurar que nenhuma situação de perigo passe despercebida, é possível configurar alertas no Aegro.

Desta forma, o aplicativo notifica seu computador e seu celular sempre que uma praga atinge o nível de controle.

Com um clique na notificação, você descobre o local da infestação e toma providências rapidamente.

Este recurso é excelente para quem precisa se manter atualizado mesmo a distância.

6. Histórico detalhado dos talhões

A grande vantagem de integrar o MIP à gestão da fazenda é obter uma visão completa da lavoura.

No Aegro, você visualiza o histórico de pragas de cada talhão junto ao seu controle de manejo. Ou seja, fica mais fácil analisar se as suas aplicações tiveram o impacto esperado nas pragas.

Use essas informações para descobrir os produtos mais eficazes e direcionar seus investimentos no futuro.

Quer ver todas essas funcionalidades de perto? Então peça uma demonstração gratuita do Aegro!

  • Computador (teste grátis por 7 dias – clique aqui)
  • Celular Android (aplicativo gratuito – clique aqui)
  • Celular iOS (aplicativo gratuito – clique aqui)
  • Utilize seus Pontos Bayer para contratar a versão completa do Aegro (clique aqui)

Vale a pena investir em tecnologia?

Caso você tenha dúvida se vale a pena apostar em tecnologia para o MIP, fique atento aos dados da Embrapa.

De acordo com a instituição, um monitoramento de pragas bem-feito pode reduzir a aplicação de defensivos em quase 50%

Em outras palavras, investir em aplicativos como o Aegro gera um potencial de economia gigante para a sua propriedade.

Logo, o retorno produtivo e financeiro dessas ferramentas se torna evidente.

Conclusão 

Implementar o Manejo Integrado de Pragas é fundamental para proteger a lucratividade da sua fazenda.

Adotar práticas como o monitoramento te ajudam a identificar a presença de invasores na lavoura antes que haja dano econômico.

Considere utilizar aplicativos como o Aegro, que facilitam a rotina de monitoramento e oferecem uma visão mais clara das infestações.

Primeira antena 5G em área rural: entenda como essa tecnologia vai beneficiar sua fazenda

Primeira antena 5G em área rural: instalação impulsiona a agricultura digital e de precisão e reforça o protagonismo do Brasil no agronegócio

O Brasil ganhou, em maio de 2021, sua primeira antena 5G em área rural, instalada em uma fazenda experimental de produção de algodão, em Mato Grosso.

Mais que uma ferramenta tecnológica, a instalação do 5G em uma fazenda representa um passo importante do país em seu protagonismo no agronegócio mundial.

Com ela, produtores rurais ampliam investimentos em agricultura digital e de precisão e fortalecem a eficiência, a competitividade e a sustentabilidade econômica e ambiental.

Saiba o que já está sendo feito no campo através do sinal 5G e quais são as possibilidades de ampliação do uso dessa tecnologia.

A tecnologia 5G e seus avanços 

O 5G é a quinta geração de tecnologia para rede de internet móvel. Ela surge da evolução natural das gerações anteriores — 2G, 3G e 4G.

O sinal 5G é 10 vezes mais rápido que o 4G. Isso possibilita o avanço da automação no campo, com o uso da inteligência artificial e da robótica.

A tecnologia traz diversos avanços para a sociedade, para além do aumento da velocidade na conexão.

Dentre os avanços, destacam-se: 

  • a Internet das Coisas, com aparelhos inteligentes e conectados entre si;
  • aumento da densidade de conexões por metro quadrado (cerca de 1 milhão);
  • a automação e a robotização;
  • eficiência energética, com redução do consumo e mais sustentabilidade;
  • maior eficiência espectral, em decorrência do aumento da potência;
  • o Big Data e a computação em nuvem. 

Especialistas afirmam que os avanços do 5G terão maior impacto no mundo dos negócios, sobretudo nos processos produtivos, gerenciais e comerciais do setor agrícola.

Salto para a agricultura 5.0

A Embrapa Informática Agropecuária considera que o 5G no setor agrícola favorece a introdução da agricultura 5.0, caracterizada pela automação de toda a cadeia produtiva.

Desse processo, fazem parte a inteligência artificial, a robótica, a biologia sintética (que permite a impressão 4D) e a agricultura vertical.

No Brasil, a maioria das fazendas que utilizam tecnologia estão na fase da agricultura 3.0, e algumas já estão em transição para a agricultura 4.0.

3 benefícios da tecnologia 5G para sua fazenda

O 5G é tão importante para o agronegócio no Brasil que os primeiros sinais foram instalados, de forma experimental, em fazendas de Goiás e Mato Grosso.

No Brasil, a tecnologia foi inaugurada em dezembro de 2020, em Rio Verde, Goiás.

A instalação foi resultado de uma parceria entre as empresas Claro, a chinesa Huawei (detentora da tecnologia 5G), a Prefeitura de Rio Verde e Governo do Estado de Goiás.

1. Monitoramento da lavoura em tempo real

Em Goiás, os aparelhos com sinais de transmissão 5G foram instalados na Fazenda Nycolle (1.100 hectares) e no Ceagre (Centro de Excelência em Agricultura Exponencial).

Além disso, foi disponibilizada uma torre móvel de transmissão e aproveitada a estrutura de uma torre com sinal 4G da Claro, que passou a operar com o 5G. 

Na fazenda de soja, milho e pecuária de leite, a tecnologia permite que um drone e um rover, equipados com câmeras de 360 graus, façam o monitoramento.

As imagens são transmitidas em tempo real para óculos de realidade virtual usados pelo fazendeiro Cairo Arantes, que não precisa sair da sede da propriedade para acompanhar tudo o que acontece pela fazenda.

Rover utilizado no monitoramento na Fazenda Nycolle com tecnologia 5G

(Foto: Edinan Ferreira/Fapeg)

2. Ganho de tempo no serviço

O mesmo trabalho que o fazendeiro faz em uma manhã com o sinal 5G, da forma convencional era feito em três a quatro dias.

Arantes também realiza experimentos com a tecnologia na pecuária de leite, para aprimoramento dos processos reprodutivos, como na detecção do cio em vacas.

Um estudo recente mostrou, inclusive, que o uso de sensores instalados em cochos favorece a identificação do cio em vacas-leiteiras com 6 horas de antecedência.

3. Potencialização do trabalho 

Álvaro Salles, diretor executivo do IMAmt (Instituto Mato-Grossense de Algodão), informou ao blog da Aegro que o 5G potencializará o trabalho com máquinas agrícolas e automatização do tratamento com animais

“Com o 5G, há possibilidade de utilizar a inteligência artificial para analisar dados, fazer o monitoramento com máquinas, câmeras, sensores. Facilita muito, é mais rápido”, disse.

Segundo Salles, uma das ideias com a legalização do sinal 5G no Brasil é avançar com a tecnologia para a área comercial e realizar contratos digitais de negociação.

Vitrine tecnológica em Mato Grosso

Um experimento semelhante ao de Goiás é realizado em Mato Grosso, a partir do monitoramento da lavoura em tempo real com drone e óculos de realidade virtual.

Em Mato Grosso, a instalação da primeira antena 5G (que possui 45 metros de altura), uma vitrine tecnológica do agronegócio será montada em uma fazenda modelo.

A propriedade rural, localizada em Rondonópolis, pertence ao IMAmt, que investiu R$ 200 mil com a instalação da antena.

A tecnologia da finlandesa Nokia possui sinal de 700 MHz que alcança 15 km², em área plana. A Nokia usa o 5G standalone, conhecido como 5G puro.

Antena 5G instalada em Mato Grosso

(Fonte: IMAmt)

Leilão do 5G apontará diretrizes da tecnologia no país 

A realização dos experimentos são apenas demonstrativos, já que o sinal 5G ainda não tem autorização para funcionar no Brasil.

A autorização virá após a realização de um leilão pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), previsto para o primeiro semestre de 2021.

O leilão prevê a oferta das frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Segundo o Governo Federal, elas são as mais adequadas para a expansão do serviço no país.

Além de prover a tecnologia 5G, as vencedoras do leilão terão de atender com 4G ou superior áreas com mais de 600 habitantes, o que favorece muito as áreas rurais.

Cidades com mais de 30 mil habitantes terão tecnologia 5G. 

Ilustração da Embrapa sobre a Agricultura Digital

(Fonte: Embrapa Tecnologia Agropecuária)

Conclusão

Neste artigo, você viu a importância da instalação da primeira antena 5G em área rural para o agronegócio no Brasil e os avanços decorrentes dessa tecnologia.

É importante ressaltar a evolução da agricultura e os avanços que podem ser alcançados com a tecnologia 5G, o que abre oportunidades diversas para os produtores rurais.

Os avanços aconteceram rapidamente: em 1990, estávamos na agricultura 3.0; em 2015, na 4.0; e agora, após 6 anos, já vemos a agricultura 5.0 bater à porta.

Isso mostra como você deve acompanhar a evolução e ter cada vez mais a tecnologia como aliada para melhorar o gerenciamento da fazenda.

>> Leia mais: “Quais os impactos da nanotecnologia na agricultura?”

Qual a sua opinião sobre a instalação da primeira antena 5G em área rural? Vamos continuar essa discussão aqui nos comentários!

5 passos para realizar o fechamento de safra de forma prática e rápida

Fechamento de safra: como é feito, o que influencia e como a tecnologia pode ser sua aliada nesse processo

Toda a produção é voltada para a rentabilidade! Quantas vezes você pensou se a safra te daria ou não o retorno esperado? Se pagaria todas as aplicações e operações feitas?

Para você não perder noites e dias pensando a respeito, algumas atitudes durante os meses de produção podem e devem ser tomadas. 

Saber o que foi gasto, quanto foi colhido e por quanto foi vendido te ajuda neste processo, mas apenas isso não basta

Neste artigo, te mostrarei 5 passos para você saber se sua safra foi rentável e qual sua lucratividade. Confira!

Produção, custo e fechamento de safra 

Neste ano, a cultura da soja obteve uma produção recorde estimada em 135,4 milhões de toneladas, sendo 8,5% superior à safra 2019/2020.

O mesmo está ocorrendo com as demais culturas de primeira safra. O milho, com crescimento de 3,7% superior em relação à safra passada, estima 106,4 milhões de toneladas.

Esse aumento de produção foi reflexo da expansão das áreas de produção para as culturas de milho e soja, principalmente.

O que impulsionou esse aumento de área foram os preços elevados dos grãos dessas culturas, no segundo semestre de 2020.

Entretanto, o custo de produção também foi superior, com aumento de fertilizantes, defensivos, sementes, dentre outros insumos necessários para produção.

gráfico com comparativo dos custos de produção da soja

(Fonte: Canal Rural)

Ao finalizar a colheita, não basta apenas ver o valor recebido pela sua produção e achar que tudo foi lucro. Para saber sua lucratividade exata você precisa fazer um planejamento, antes mesmo de iniciar a lavoura.

Veja nos tópicos abaixo algumas informações que te ajudarão a fazer o fechamento de safra de modo fácil e correto.

Por que fazer o fechamento da safra? 

O aumento do valor pago na saca do produto colhido foi um estímulo ao produtor.

Entretanto, ao final da safra, também olhe o valor gasto para a implantação, manutenção e colheita da sua lavoura. Somente assim você saberá sua rentabilidade exata.

Fechar a safra é fazer o cálculo de tudo que foi gasto com a lavoura, inclusive mão de obra, energia, escritório. Também tenha em mãos tudo o que você recebeu com a venda do produto.

Assim, o cálculo do fechamento fornece informações importantes, como onde foi o maior gasto de dinheiro desta safra.

Através dessas informações, você pode chegar a conclusões como: 

  • Por que determinada atividade gastou este valor?
  • O que fazer para reduzir este custo?
  • Qual foi a margem de lucro?
  • Qual foi a rentabilidade desta atividade?
  • O que é necessário mudar para a próxima safra e garantir mais lucro?

Ao saber o destino do dinheiro da sua lavoura, você consegue tomar decisões mais assertivas sobre como economizar mais, além de fazer o planejamento para a próxima safra.

Saber quanto foi gasto e recebido te permite entender quanto terá em caixa para a próxima safra.

Como fazer o fechamento da safra?

Antes de conferir o passo a passo, veja algumas informações sobre neste vídeo que eu separei:

Como fazer o fechamento da safra

Para o cálculo de final de safra, são necessários dados do início da atividade, que muitas vezes começa antes mesmo da semeadura.

Fazer o balanço de quanto foi gasto e quanto foi recebido é importante. Você anota tudo o que gasta, inclusive as despesas cotidianas? 

Pensando em auxiliar você nessa etapa final da safra, separei alguns passos para te ajudar.

1. Faça o planejamento 

A agricultura é uma atividade de ciclos, então é possível planejar o que e quando será semeado.

Sabendo o que será cultivado, você consegue comprar os produtos antecipadamente, conseguindo tempo para pesquisar e negociar preços.

Esse é um passo importante, porque ao planejar, você diminui seus custos, sabe aproximadamente quanto irá gastar na safra, e com isso, determina o valor mínimo necessário de venda.

Não se preocupe se você não fez o planejamento da safra atual. Ainda é possível fazer o fechamento.

2. Tenha todos os gastos anotados 

Anotar todos os gastos, inclusive aqueles que você tem no cotidiano da fazenda, como parafusos, mangueiras de máquinas, por exemplo, é de extrema importância.

Fazer o fluxo de caixa te auxilia em diversos momentos. 

infográfico com composição do fluxo de caixa

(Fonte: MPinvest)

Para te ajudar a fazer um fluxo de caixa rápido e sem complicações, separei uma planilha gratuita. Para baixar, clique na figura a seguir:

3. Separe suas despesas pessoais das despesas da fazenda 

Um erro muito comum é misturar as contas pessoais com as contas da fazenda.

Já que muitas vezes a agricultura é uma atividade familiar, os gastos acabam se misturando.

Ter controle do que foi gasto com a fazenda faz com que seus custos fiquem mais corretos, e consequentemente, o valor da sua lucratividade também.

4. Acompanhe os preços de venda 

Os preços de venda da maioria das culturas agrícolas estão em alta nos últimos meses, acompanhados por grande volatilidade dos preços pagos ao produtor.

Sabendo seu fluxo de caixa e seu custo de produção, é possível saber qual o preço mínimo de venda da produção para pagar os gastos e ter uma margem de lucro.

É muito importante sempre acompanhar o preço pago pelo seu produto.

Lembre-se, no entanto, de que os preços podem sofrer quedas e altas em curto espaço de tempo. Fique atento(a)  para fazer a melhor negociação para sua empresa rural.

>> Leia mais: “Como usar software para agricultura para melhorar seu custo de produção”

5. Faça as contas 

Tendo todos os dados, é possível fazer as contas e saber realmente qual foi sua lucratividade. Então tire um tempo após a finalização da safra e faça as contas.

Utilize todas as informações anotadas durante a safra e pronto, você saberá quais foram seus gastos, seus recebimentos e sua rentabilidade.

Utilizando tecnologia no fechamento de safra

A tecnologia te auxilia em diversos momentos, e no fechamento da safra não é diferente!

Um aplicativo de gestão agrícola como o Aegro facilita o controle de despesas e receitas ao longo de todo o processo produtivo.

Assim, quando você chega no final da safra, bastam alguns cliques para descobrir quais talhões da fazenda deram lucro ou prejuízo.

relatório de rentabilidade no software de gestão rural Aegro

Experimente hoje mesmo o Aegro gratuitamente!

  • Computador (teste grátis por 7 dias – clique aqui)
  • Celular Android (aplicativo gratuito – clique aqui)
  • Celular iOS (aplicativo gratuito – clique aqui)
  • Utilize seus Pontos Bayer para contratar a versão completa do Aegro (clique aqui)
planilha fluxo de caixa Aegro, baixe agora

Conclusão

O fechamento de safra deve ser realizado para você ter a melhor noção possível da situação do seu negócio e saber se ele foi rentável.

Ao fazer o fechamento, você saberá quanto tem em caixa, e se esse valor será suficiente para custear a próxima safra.

Para te auxiliar nessa jornada, existem tecnologias como o software da Aegro. Com ele, suas contas ficaram mais claras, corretas e rápidas.

Você faz o cálculo dos valores gastos e recebidos na sua lavoura? Já utilizou o software Aegro para te auxiliar a fazer o fechamento de safra? Deixe seu comentário abaixo!

Saiba as vantagens da Cafeicultura de Precisão e como aplicá-la

Cafeicultura de Precisão: como técnicas inovadoras aliadas às tecnologias favorecem  o aumento da produtividade, redução de custos e sustentabilidade

A cafeicultura de precisão é um modelo de gestão da fazenda que se utiliza de tecnologias para o manejo da lavoura em taxas variáveis, com baixo impacto ambiental.

Também chamada de Cafeicultura 4.0, a técnica possui diversas ferramentas que favorecem a maior eficiência na produção e a sustentabilidade econômica. 

Neste artigo, saiba as vantagens que ela oferece e as metodologias de aplicação. Confira!

O que é cafeicultura de precisão

A cafeicultura de precisão está em evolução no país, sobretudo em Minas Gerais, maior produtor de café do Brasil, e nos estados do Espírito Santo, São Paulo e Bahia. 

Pesquisas sobre a técnica e métodos de aplicação mostram a redução de custos com insumos, aumento da produtividade e baixo impacto ambiental.  

Apontam também a viabilidade em pequenas, médias e grandes áreas, com cultivo do arábica ou robusta (conilon). 

Essência da AP

Em sua essência, a cafeicultura de precisão é baseada em dois conceitos da AP (Agricultura de Precisão): o de variabilidade espacial e o de variabilidade temporal. 

As variabilidades espacial e temporal apontam as particularidades do cafezal e fornecem dados para tomada de decisão, manejo eficiente e planejamento da safra

Mapa de variabilidade espacial para aplicação de fósforo em taxa variável
Mapa de variabilidade espacial para aplicação de fósforo em taxa variável
(Fonte: PrecisãoAP)

Com isso, diversas variáveis que influenciam na produtividade do cafeeiro podem ser melhores gerenciadas, tais como:

  • propriedades físicas e químicas do solo e das plantas;
  • incidência de pragas e doenças e o índice vegetativo;
  • quantidade de aplicação de insumos;
  • água na irrigação;
  • floração e a maturação dos frutos;
  • uso de mão de obra ou máquinas na colheita;
  • infraestrutura do pós-colheita;
  • orçamento e lucro final.

É importante conhecer bem as particularidades da lavoura, pois o café é perene e qualquer fator influencia na produtividade da planta durante anos.

Mapa de variabilidade temporal do índice vegetativo
Mapa de variabilidade temporal do índice vegetativo
(Fonte: José Diógenes Alves Silveira e outros)

DNA do solo 

Uma novidade importante da cafeicultura de precisão é o mapeamento da variabilidade dos teores de argila, considerada o DNA do solo

As pesquisas mostram redução de 68% da necessidade de área subsolada com base na qualidade das argilas em comparação ao método tradicional. 

Ocorre ainda redução de 7,1% no consumo de combustível e na emissão de dióxido de carbono na atmosfera, o que dá mais sustentabilidade à lavoura.

banner-de-implantacao-e-renovacao-do-cafezal

Ferramentas de AP para a cafeicultura 

As ferramentas utilizadas na cafeicultura de precisão são as tecnologias (máquinas, softwares, equipamentos, etc.) e as metodologias de aplicação. 

Dentre as tecnologias, estão o GNSS (Global Navigation Satellite System), o GPS (Global Position System) e os SIGs (Sistemas de Informações Georreferenciadas). 

Elas atuam com monitores, pilotos automáticos, sensores, drones, aplicativos e softwares instalados em máquinas, implementos, computadores e celulares. 

Características das colhedoras da Cafeicultura 4.0
Características das colhedoras da Cafeicultura 4.0
(Fonte: Rouverson Pereira da Silva)

Colheita mecanizada

Na colheita do café, a mecanização ocorre com derriçadeira costal, que chega a multiplicar por quatro a produtividade em campo, ou pode ser seletiva, demanda de quem produz cafés especiais.

A regulagem da máquina é manual, mas a amostragem da variabilidade espacial sobre a maturação dos frutos pode ser por meio da AP.

Mapa de variabilidade espacial da maturação dos frutos e uma área de produção de café com pivô central em Minas Gerais
Mapa de variabilidade espacial da maturação dos frutos e uma área de produção de café com pivô central em Minas Gerais
(Fonte: Felipe Santinato)

Drones e sensores 

Na cafeicultura, os drones são muito úteis para em áreas onde não é possível a mecanização devido à topografia irregular. 

Muitos são equipados com câmeras RGB e NDVI (alta resolução) e sensores multiespectrais que identificam desde déficits nutricionais até pragas e doenças.

Há drones que sobrevoam 20 hectares em 15 minutos e coletam informações sobre a quantidade de plantas e identificam falhas de plantio. 

Na pulverização, o drone reduz tempo e custos: em 10 minutos, cobre 1 hectare. 

Ortomosaico georreferenciado de área de produção de café para contagem das plantas
Ortomosaico georreferenciado de área de produção de café para contagem das plantas
(Fonte: Plan4r)

Os sensores são uma ferramenta importante para o manejo nutricional.  

Estudo realizado na Bahia apontou correlação entre o nitrogênio e os índices vegetativos do cafeeiro, a partir do uso calibrado de sensoriamento remoto

Por esse método, o tempo de análise foliar, normalmente de 30 dias, caiu para 1 dia.

Análise foliar do N no cafeeiro a partir do sensoriamento remoto
Análise foliar do N no cafeeiro a partir do sensoriamento remoto
(Fonte: Crislaine Ladeia)

Metodologias mais utilizadas 

O uso das ferramentas tecnológicas segue metodologias de aplicação. Os métodos mais conhecidos são os seguintes:

  • geoestatística;
  • malhas amostrais;
  • semivariograma;
  • índices de Moran Local (IML) e Global (IMG);
  • krigeagem;
  • mapas de isolinhas;
  • modelagem de SIGs. 

A mais utilizada entre os pesquisadores é a geoestatística, que é fundamentada em dois conceitos: o de semivariograma e o de krigeagem. 

O semivariograma tem o papel de descrever a estrutura da variabilidade espacial e a krigeagem prediz valores não medidos, sem tendenciosidade e com variância mínima. 

A utilização dessas tecnologias e métodos possibilita fazer mapas de variabilidade espacial e temporal para gerenciamento eficiente da lavoura.

Os softwares realizam a leitura dos mapas e, por meio de comandos hidráulicos e eletrônicos, regulam a dose e aplicam a quantidade necessária do insumo.

Há no mercado softwares com imagens de satélite em alta resolução: as imagens são em WDRVI, mais potentes que o NDVI dos drones. A licença de utilização para 50 ha custa R$ 500/ano. 

Com essas imagens, é possível verificar o índice vegetativo, monitorar pragas e doenças, construir zonas de manejo e identificar falhas de plantio. 

Como aplicar a cafeicultura de precisão 

Como vimos, a cafeicultura de precisão pode ser aplicada de várias formas e sua eficiência depende das tecnologias e do método.

Mas há também maneiras de praticar a AP sem muitos recursos tecnológicos. 

Por exemplo: se sua área de produção tem 20 ha, faça a divisão em 5 subáreas de 4 ha ou em 4 subáreas de 5 ha. Após isso, realize análise de solo em cada subárea.

A divisão deve ser feita com o uso de um aplicativo com GPS, a exemplo do Fields Area Measure, de fácil manuseio.

tabela com análise de solo de uma área de 20 ha, dividida em quatro subáreas de 5 ha, mostra níveis diferentes dos atributos químicos
Análise de solo de uma área de 20 ha, dividida em quatro subáreas de 5 ha, mostra níveis diferentes dos atributos químicos
(Fonte: Labominas)

Variabilidade espacial

Faça a análise de solo de cada subárea e crie um mapa (numa folha de papel mesmo) com as particularidades químicas das subáreas. 

Dessa forma, você observará a variabilidade do cafeeiro e fará um manejo mais eficiente, pois haverá recomendações diferentes.

E, como consequência, será gasto só o necessário com insumos. 

Uma pesquisa sobre AP na cafeicultura mostrou economia de 23,76% (R$ 318,36/ha) nos custos totais com adubação em taxa variável em comparação à adubação convencional.

Software para gestão da lavoura

O uso de um software de gestão agrícola, como o Aegro, auxilia na prática da agricultura de precisão.

Você pode obter imagens NDVI pelo sistema, para avaliar áreas historicamente problemáticas e direcionar as suas amostragens de solo.

Além disso, o software possui um módulo especializado no monitoramento de pragas que ajuda você a mapear focos de infestação e realizar aplicações localizadas.

Todo o cronograma de manejo pode ser planejado e controlado no Aegro a partir do celular. O aplicativo utiliza tecnologia de georreferenciamento para facilitar as movimentações da equipe no campo.

Outra vantagem do Aegro é que ele computa todos os seus gastos com insumos, oferecendo uma análise de rentabilidade por talhão ao final da safra.

Assim você verá, com clareza, o retorno financeiro das técnicas de AP na sua fazenda.

>> Leia mais: “Como grupo cafeeiro realiza o monitoramento de pragas em 5 fazendas com apoio da tecnologia”

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Conclusão 

Os métodos e tecnologias da cafeicultura de precisão estão em aperfeiçoamento, mas não restam dúvidas sobre os impactos positivos que ela gera no setor.

Neste artigo, mostramos como ela pode beneficiar o manejo da sua lavoura e, consequentemente, sua produtividade.

Falamos ainda sobre as principais ferramentas de AP e as dicas de como praticar a cafeicultura de precisão mesmo sem muitos recursos tecnológicos.

Então, aproveite essas informações, busque mais conhecimento sobre como aplicar a técnica em sua lavoura e se beneficie das vantagens que ela oferece. Você e o meio ambiente só terão a ganhar!

Restou alguma dúvida sobre a cafeicultura de precisão? Deixe seu comentário!

Como reduzir os custos da gestão de herbicidas e tornar o manejo mais eficiente

Gestão de herbicidas: quais cuidados você deve tomar para um manejo eficiente e econômico de herbicidas

A qualidade e produtividade das plantas e a colheita mecanizada são negativamente afetadas pela presença de plantas daninhas.

Sem os herbicidas, o controle de plantas daninhas seria realizado manualmente.

O custo do controle pode triplicar quando há plantas resistentes a um ou mais modos de ação de herbicidas na lavoura. Por isso, plantas resistentes a herbicidas na lavoura merecem atenção redobrada!

Neste artigo, você verá como praticar a gestão de herbicidas e ter maior produtividade e qualidade do produto com o controle das plantas daninhas.   

Importância do uso e da gestão de herbicidas

A utilização de herbicidas é importante na produção agrícola brasileira porque permite minimizar a competição das culturas de interesse com plantas daninhas, e assim, maximizar os rendimentos da lavoura.

Culturas como soja, milho, trigo, feijão, algodão e cana-de-açúcar são produzidas em larga escala em grandes áreas e são dependentes dos herbicidas para reduzir a matocompetição.

A matocompetição é a “disputa” por espaço, luz, água e nutrientes de plantas daninhas com as cultivadas. Além de reduzir a produtividade das culturas, as espécies invasoras comprometem a qualidade dos grãos/sementes/pluma e a colheita mecânica.

Capim-amargoso (Digitaria insularis) na soja

Capim-amargoso (Digitaria insularis) na soja
(Fonte: Agronegócio em foco)

Não é só a falta de controle das plantas daninhas que gera prejuízos. Estratégias mal elaboradas ou falta de planejamento também resultam em danos. 

O gerenciamento adequado do uso de herbicidas envolve a diversificação dos produtos. Ela deve ser realizada pela rotação de moléculas com diferentes mecanismos de ação. 

Também é essencial que sejam respeitadas as orientações quanto à dosagem. Essas estratégias contribuem para prevenir a seleção de genótipos resistentes.

Ainda é importante conhecer o momento correto para a aplicação dos herbicidas. Ele é determinado pelo estádio de desenvolvimento da planta daninha e da cultura.

Má gestão dos herbicidas, aplicações não planejadas no estádio inadequado de desenvolvimento da cultura ou da daninha, além das sub ou super doses são comuns no campo. 

Tudo isso pode gerar problemas sérios, como a seleção de plantas resistentes.

Resistência de plantas daninhas aos herbicidas

Os índices de resistência de plantas daninhas a herbicidas vem crescendo de forma alarmante, resultado do uso equivocado de herbicidas.

No Brasil, algumas plantas invasoras já apresentaram resistência ao glifosato. A buva (Conyza spp.)  e o capim-amargoso (Digitaria insularis) são os principais exemplos.

Em um estudo realizado em 2017 pela Embrapa, foi determinado que no sistema de produção da soja, os prejuízos causados pela resistência de plantas a herbicidas se aproximam de R$ 5 bilhões anualmente.

Hoje, o custo com o manejo de plantas daninhas pode triplicar em lavouras com plantas resistentes quando comparado a um cenário sem elas.

Em lavouras com a presença de espécies resistentes aos herbicidas, os custos com o manjo podem triplicar. Isso quando comparados ao controle feito em áreas sem genótipos resistentes.

e-book para manejo de plantas daninhas, baixe agora

Custo do controle de daninhas

Operações de pulverização com herbicidas são um custo relevante na safra. As diversas aplicações e o valor dos produtos tornam essencial o gerenciamento desta prática.

O conhecimento do histórico da área, das espécies predominantes ou existência de plantas resistentes auxilia o produtor na escolha de diferentes tratamentos.

O custo varia de acordo com o tamanho da área, com o grau de infestação da lavoura e da estratégia de manejo utilizada.

Não procure a forma mais barata de manejar plantas daninhas, mas sim a mais eficiente. Doses fora do recomendado e produtos inadequados selecionam plantas resistentes.

Veja na tabela abaixo como os custos aumentam à medida que há uma ou mais plantas com resistência na área, e entenda como a falta de gerenciamento pode encarecer o manejo.

tabela com custo (em 2017) do controle de diferentes plantas resistentes ao glifosato

Custo (em 2017) do controle de diferentes plantas resistentes ao glifosato
(Fonte: Embrapa Soja)

Em áreas em que não há presença de plantas resistentes, o manejo se resume a uma aplicação (de glifosato) na dessecação e uma ou duas em pós-emergência.

Segundo a Embrapa, o custo médio para o controle de plantas espontâneas é de R$ 120 por ha por safra.

No entanto, numa área onde há plantas com resistência ao glifosato, é necessário a combinação de mais de um produto para garantir a eficiência do manejo. 

Em caso de resistência múltipla, as opções de herbicidas são ainda mais restritas. Nesse caso, os custos podem chegar a R$ 380 por ha por safra.

Como controlar as plantas daninhas de forma eficiente

Para que a aplicação dos herbicidas seja eficiente, você precisa ter planejamento e saber como e quando irá fazer. Para isso:

  • Respeite as orientações da bula do produto quanto à dosagem e modo de aplicação;
  • Siga as orientações relativas às normas de segurança e ao uso de equipamento de proteção individual;
  • Realize a aplicação do herbicida somente sob condições climáticas favoráveis;
  • Em caso de mistura de produtos, avalie a compatibilidade dos herbicidas;
  • Utilize equipamentos limpos, regulados e calibrados;
  • Conheça as plantas invasoras predominantes na área e a melhor época para realizar o controle.

Como a agricultura de precisão pode ajudar na gestão de herbicidas

Uma boa forma de controlar a aplicação de herbicidas é gerenciar através de planilhas o histórico de cada área ou talhão, registrando, por exemplo:

  • espécies daninhas presentes, com ou sem resistência;
  • produtos utilizados (modo de ação, ingrediente ativo);
  • estádio da planta daninha e comercial no momento das pulverizações;
  • custo de aplicação (considerar todas as variáveis);
  • produtividade e valor de venda do produto.

Todas as informações possíveis de registrar são importantes, permitindo ao final da safra avaliar qual

Quanto mais informações forem coletadas melhor. Isso permite avaliar quais áreas merecem mais atenção, qual manejo foi mais eficiente e economicamente viável. 

Essas informações são muito importantes para o gerenciamento das próximas safras.

A informatização dos dados com a agricultura de precisão reúne técnicas que vêm se tornando comuns nas propriedades agrícolas, e auxiliam no gerenciamento da informação e do manejo.

Mapa digital de identificação de plantas daninhas - gestão de herbicidas

Mapa digital de identificação de plantas daninhas
(Fonte: Avantagro)

Hoje há equipamentos que fazem o mapeamento de plantas daninhas na lavoura através de sensores, e junto da tecnologia de aplicação em taxa variável, reduzem o número de aplicações de 40% a 60%.

planilha para cálculo de pulverização, baixe agora

Conclusão

Para o controle eficiente das plantas daninhas, realize a aplicação dos herbicidas seguindo as recomendações abordadas neste artigo. 

Use os produtos e doses indicadas, no momento certo, analisando a espécie invasora e a cultura que será ou está plantada, para não errar o manejo. Isso irá te auxiliar no controle dos gastos com herbicidas.

Tenha a gestão de herbicidas como uma rotina na propriedade, para que não surjam casos de plantas daninhas resistentes. Assim, você irá aumentar sua produtividade sem elevar custos.

Tome muito cuidado com as daninhas resistentes. Elas podem se tornar um gasto muito grande. Utilize a rotação de princípio ativo e modo de ação para evitar esta dor de cabeça.

E por fim, utilize as ferramentas disponíveis no mercado, inove na sua propriedade, busque novos conhecimentos com pessoas capacitadas e invista em novas tecnologias.  

Todos esses passos te ajudarão a gerenciar e aumentar seus lucros!

>> Leia mais:

Tudo o que você precisa saber sobre plantas daninhas na pré-safra

Como fazer o controle não químico das plantas daninhas

“Tudo a respeito do novo herbicida terbutilazina”

Este artigo te ajudou a entender melhor como a gestão de herbicidas pode aumentar sua lucratividade sem elevar os seus custos? Conte-nos sua experiência aqui nos comentários!

Tudo o que você precisa saber sobre os tipos de irrigação na agricultura para acertar na escolha

Tipos de irrigação na agricultura: confira os principais sistemas de irrigação, suas vantagens e desvantagens e quais critérios considerar no momento da escolha.

Existem diversos tipos de irrigação na agricultura. Eles podem ter elevado nível tecnológico, ser bastante complexos e muitas vezes custosos.

Encontrar um tipo de irrigação que seja compatível com as características da sua plantação, portanto, pode ser uma tarefa difícil.

Você sabe quais aspectos considerar ao escolher o tipo correto de irrigação?

Confira um pouco mais sobre os tipos de irrigação na agricultura e entenda como acertar na escolha!

Método x sistema de irrigação na agricultura

Existe uma diferença entre método e sistema de irrigação.

Os métodos de irrigação estão relacionados à forma de aplicação da água nas lavouras. Eles podem ser:

  • superficiais (ou por superfície);
  • por aspersão;
  • localizados;
  • por subsuperfície (ou subterrânea).

Os diferentes métodos ou tipos de irrigação podem se relacionar com um ou mais sistemas de irrigação.

Para selecionar o melhor método, você deve avaliar fatores como o tipo de solo, terreno, clima e a cultura em questão.

Sistema de irrigação diz respeito ao conjunto de equipamentos e peças que atuam para realizar a irrigação.

Você verá agora quais são os principais tipos de irrigação.

Irrigação superficial

Este tipo de irrigação é provavelmente o mais antigo de todos e vem sendo usado pela humanidade desde os primórdios da agricultura.

É incrivelmente simples: consiste na cobertura gradual do solo com água por ação da gravidade.

Este tipo de irrigação na agricultura possui duas possibilidades de sistema: o de inundação e o de sulcos.

Diferentes sistemas de irrigação do tipo superficial: inundação (esquerda) e sulcos (direita)

Diferentes sistemas de irrigação do tipo superficial: inundação (esquerda) e sulcos (direita)
(Fonte: Embrapa)

No sistema de inundação, a água é aplicada em toda a área do cultivo. No sistema de sulcos, a água é direcionada apenas aos sulcos.

Veja na tabela as vantagens e desvantagens do uso desse tipo de irrigação na agricultura.

tabela com principais vantagens e desvantagens da irrigação superficial

Principais vantagens e desvantagens da irrigação superficial
(Fonte: elaborado pelo autor com base em Testezlaf, 2017)

Irrigação por aspersão

A irrigação por aspersão é o tipo mais clássico da agricultura atual. Nele, aspersores expelem a água para a simular a chuva numa área de lavoura.

Na irrigação por aspersão, há os sistemas convencionais e os mecanizados.

Os convencionais são os clássicos, que utilizam motobombas, tubulações e aspersores. Podem ser fixos ou móveis. 

Os mecanizados são sistemas com sprays montados em estruturas metálicas que se movimentam pela lavoura (como os pivôs centrais e carreteis).

duas fotos com sistemas de irrigação por pivô central (esquerda) e aspersão convencional (direita)

Sistemas de irrigação por pivô central (esquerda) e aspersão convencional (direita)
(Fonte: Safra Irrigação)

Uma das principais vantagens da irrigação por aspersão é a baixa necessidade de mão de obra

Não é necessário fazer nivelamento do terreno, ter boa uniformidade e eficiência de aplicação. Mas tudo tem seu revés.

Esse tipo de irrigação é muito afetado pelo vento e o custo inicial pode ser elevado. Além disso, por molhar as folhas muitas vezes, o ambiente se torna propício para o desenvolvimento de patógenos.

Irrigação localizada

Esse tipo de irrigação, diferente dos demais que você viu até aqui, aplica a água de forma localizada, próximo ao sistema radicular das plantas.

A principal característica é o uso de baixos volumes de água, mas em elevadas frequências de aplicação (ou turnos de rega frequentes).

A utilização desse tipo de irrigação é mais comum para espécies perenes, principalmente frutíferas. Também pode ser utilizado para olerícolas, ornamentais e florestais.

Existem dois sistemas principais para a irrigação localizada: o gotejamento e a microaspersão. Entenda as características de cada um deles:

tabela com principais diferenças entre os sistemas de irrigação do tipo localizada

Principais diferenças entre os sistemas de irrigação do tipo localizada
(Fonte: Elaborado pelo autor com base em Testezlaf, 2017)

duas fotos com exemplos de irrigação por microaspersão (esquerda) e gotejamento (direita) - tipos de irrigação na agricultura

Exemplos de irrigação por microaspersão (esquerda) e gotejamento (direita)
(Fonte: Jacobucci)

As vantagens desse tipo de irrigação estão relacionadas ao melhor aproveitamento da água, pois há pouca evaporação e escoamento.

O sistema também pode ser utilizado para aplicação de fertilizantes, não interfere nos demais manejos das culturas e requer pouca energia.

Entretanto, seu custo inicial é bastante elevado e requer água de melhor qualidade, pois podem ocorrer entupimentos.

Em alguns casos, a irrigação localizada pode limitar o desenvolvimento do sistema radicular das plantas, devido à zona de molhamento restrita que se forma.

Subsuperfície

O método da irrigação por subsuperfície funciona aplicando água diretamente ou abaixo do sistema radicular das plantas.

Existem dois sistemas de irrigação por subsuperfície: o de gotejamento subterrâneo e a elevação do lençol freático.

Exemplo de gotejamento por subsuperfície em cafeeiros.

Exemplo de gotejamento por subsuperfície em cafeeiros.
(Fonte: CaféPoint)

Apesar de incomum, esse é um método de alta eficiência e uniformidade. Ele reduz a perda de água e forma a  zona de molhamento restrito.

Porém, o custo inicial para enterrar é elevado e exige um sistema de filtragem muito bom, pois em caso de entupimento será necessário desenterrar.

Como escolher corretamente o tipo de irrigação na agricultura?

Para escolher o melhor método de irrigação na agricultura, você precisa considerar aspectos relacionados à cultura, solo, clima e a água que você tem disponível.

Separei alguns pontos-chave que podem te ajudar.

tabela com aspectos a considerar na escolha do sistema de irrigação - tipos de irrigação na agricultura

Aspectos a considerar na escolha do sistema de irrigação
(Fonte: elaborado pelo autor)

planilha custos de pivô Aegro, baixe agora

Conclusão

É muito importante que você conheça todos os tipos de irrigação existentes na agricultura para que possa fazer uma escolha mais assertiva.

Cada lavoura é única, e não adianta “colar” do vizinho. É importante que você estude o tipo de solo, declividade e as necessidades da sua cultura para a correta escolha e dimensionamento da irrigação.

Lembre-se que existem muitos profissionais capacitados no mercado que podem te auxiliar com isso. Arriscar fazer por conta pode trazer apenas prejuízos.

>> Leia mais: 

“Irrigação com drip protection: conheça as vantagens e cuidados necessários”

“O que é evapotranspiração e como ela pode te ajudar a explorar o potencial máximo de produção”

“Como a irrigação de precisão pode otimizar o uso da água e gerar economia na fazenda”

Quais tipos de irrigação na agricultura você utiliza ou pensa em utilizar? Restou alguma dúvida ou tem alguma experiência para compartilhar? Conta pra gente nos comentários!

Como a agricultura digital facilita e otimiza o planejamento da próxima safra

A agricultura digital está revolucionando o manejo agrícola, proporcionando ferramentas e tecnologias que permitem uma avaliação detalhada do desempenho de produtos e práticas de manejo em cada região do talhão. 

O planejamento é crucial para o sucesso da safra, por prevenir possíveis problemas, traçar ações futuras e melhorar o custo-benefício do produtor.

Mas a estruturação de um plano de safra requer investimento de tempo para se entender as necessidades específicas da lavoura. 

Para isso, o agricultor precisa de um insumo fundamental: dados sobre a fazenda, que precisam ser fidedignos, organizados e acessados com facilidade.

Confira nesse artigo, escrito em parceria com a Climate FieldView™, como a tecnologia pode ser aliada do processo de construção do planejamento e conheça diferentes ferramentas que a agricultura digital oferece ao produtor nesse importante momento da safra.

O que é o planejamento agrícola?

O planejamento é o estágio em que se definem estratégias para a gestão da lavoura, com objetivos variados, adaptados às necessidades de cada realidade e de cada fazenda, considerando fatores como a redução de custos, o aumento da produtividade e a busca pela sustentabilidade do negócio.

Por isso, planejar a safra é momento de tomar decisões importantes que consideram o exercício de analisar ações anteriores e compreender seus impactos, tudo isso visando ser mais assertivo em: 

  • definir tipo de cultivo, materiais genéticos, bem como janelas ideais de plantio;
  • avaliar o estoque remanescente de produtos;
  • comprar insumos e verificar a relação custo-benefício;
  • avaliar performance do maquinário e operadores;
  • contratar pessoas e treiná-las;
  • realizar análises de solo

>>Leia mais: “Como as ferramentas da Agricultura Digital impactam o seu negócio”

A agricultura digital potencializa o planejamento da safra

A agricultura 4.0 se consolida como o braço direito do produtor no alcance de melhores tetos produtivos em sua lavoura. Não se limita apenas às operações de campo, como plantio e colheita, mas se estende a todos os momentos do ciclo produtivo.

O uso de diferentes tecnologias facilita e otimiza a gestão do planejamento, abrangendo processos administrativos, operacionais e de armazenamento, bem como análises de desempenho de produtos e manejos. Nessa linha, diversas plataformas de agricultura digital podem ser decisivas no planejamento de todo o ciclo produtivo.

Ter à disposição dados detalhados das últimas safras, gerados a partir da realidade do campo de cada agricultor, é fundamental para embasar um bom curso da safra e cumprir os objetivos traçados. 

Isso permite ao produtor avaliar o que foi feito adequadamente, as correlações entre a produtividade e os manejos realizados, o aprendizado nas zonas menos produtivas em termos de fertilidade, o que não deve ser repetido na próxima safra e em que parte do talhão se obteve maior retorno.

Ao planejar a próxima safra, três ferramentas digitais se destacam: imagens de satélite, mapeamento de operações e relatórios automatizados.

Ao planejar a próxima safra, dentre as várias existentes, podemos destacar três ferramentas digitais: imagens de satélite, mapeamento de operações e relatórios automatizados

>>Assista: “Histórias de Sucesso mostram resultados positivos com agricultura 4.0

foto de um satélite visto do espaço - Imagens de satélite permitem melhor gestão e acompanhamento da lavoura

Imagens de satélite permitem melhor gestão e acompanhamento da lavoura

Como as imagens de satélite podem apoiar no planejamento?

Muitas empresas e plataformas do mercado estão apostando nas imagens de satélite para auxiliar produtores em uma melhor gestão e acompanhamento do desenvolvimento de sua lavoura.

Funcionalidades como o Diagnóstico FieldView™ acabam sendo fundamentais no período de preparação da safra, basicamente por dois motivos: 

  1. Existe um banco de imagens históricas que os agricultores podem receber, viabilizando uma análise mais embasada de seus talhões; 
  2. Por meio dos mapas recebidos da última safra colhida, é visualmente mais simples entender, com a variabilidade na escalada de cores, se existiu algum fator que impactou no desenvolvimento ideal do cultivo e, consequentemente, na produtividade.

Com esses dados em mãos, o produtor pode identificar comportamentos recorrentes, como manchas e reboleiras, conseguindo mensurar o tamanho do impacto e se preparar para minimizá-lo na próxima safra. 

foto de três tablets que exigem imagem real, mapa de vegetação e mapa de monitoramento. Imagens atuais e históricas da lavoura são importantes para traçar um plano assertivo para a safra

Imagens atuais e históricas da lavoura são importantes para traçar um plano assertivo para a safra

Imagens históricas também apoiam na avaliação, por exemplo, de manchas de deficiência nutricional, uma vez que, ao compará-las com mapas de análises de solo, pode-se verificar se o problema é um ponto antigo ou recente no campo, permitindo o investimento correto na quantidade e tipo de adubo.

Por meio delas, pode-se constatar as causas da baixa performance do talhão, que podem ser: 

  • fertilidade, aplicações e manejos equivocados; 
  • janela de plantio e colheita não ideais.

Possibilitar esse entendimento permite ao produtor desenvolver uma estratégia customizada em cada parte de sua fazenda e preparar sua equipe.

As imagens apoiam ainda na compra de insumos corretos para cada área do talhão, como defensivos, fertilizantes e sementes/híbridos.

>>Saiba mais: “Benefícios do Diagnóstico FieldView™ no Plano de Entrada da Climate

Mapeamento das operações auxilia na gestão assertiva do campo

No dia a dia da lavoura, diferentes operações do campo podem ser mapeadas, como plantio, pulverização e colheita

 Isso significa que, através de plataformas da agricultura 4.0, um grande volume de dados agronômicos pode ser gerado nas lavouras por meio de maquinários como plantadeiras, pulverizadores e colheitadeiras.

Essas máquinas, uma vez conectadas a dispositivos digitais como o FieldView™ Drive, coletam e processam os dados, gerando mapas e relatórios diversos, apoiando o produtor não somente quando a lavoura está instalada, mas também em decisões para a próxima safra, como na definição de:

  • quais variedades/híbridos plantar em cada talhão;
  • qual é a melhor janela de plantio para cada material;
  • quais são os melhores tratamentos de sementes;
  • quais são os defensivos mais eficientes;
  • quais operadores precisam ser treinados ou substituídos;
  • quais maquinários não tiveram bom desempenho e precisam ser trocados ou enviados para manutenção, etc.
foto de soja em desenvolvimento, foco em mudas crescendo no solo

As tecnologias digitais ajuda definir quais variedades/híbridos plantar em cada talhão

Esse mapeamento permite ter o registro de todos os dados, uma vez que ficam armazenados em segurança, em nuvens. Isso facilita o acesso às informações, como a visibilidade de mapas de colheita, compostos por diferentes dados, como produtividade e velocidade do equipamento.

Ademais, a esse exemplo, ao considerar o Mapa de Produtividade no planejamento de safra, é possível avaliar a performance do híbrido ou da variedade plantados em uma área, e também se a população semeada foi adequada. 

Esses dados podem ser comparados entre siou com outros mapas e imagens históricas de satélite, permitindo verificar:

  • se houve alguma falha; 
  • avaliar o desempenho dos produtos escolhidos e das aplicações; 
  • fazer ajustes para a nova safra.

Desse modo, o agricultor consegue verificar como cada fator influenciou nos seus resultados e se planejar para as safras seguintes em vários aspectos, baseando-se em dados precisos para escolha do produto A ou B, como fertilizantes, defensivos, tratamento de sementes, tratores, etc.

>> Leia mais: Qual é o segredo da fazenda que colheu 11 sacos de soja a mais de uma safra para outra?

três máquinas agrícolas realizando pulverização em uma lavoura de soja com destaque para o horizonte e pôr do sol. Agricultura digital e planejamento safra

A escolha de defensivos para a próxima safra deve ser embasada em dados, o que permite escolher os que tiveram melhor desempenho em cada ponto da lavoura

Relatórios automatizados otimizam o planejamento da lavoura?

Você viu que o mapeamento das operações possibilita a geração de relatórios automatizados, tanto gerais quanto específicos, para cada ponto do talhão, o que possibilita uma análise profunda de fatores que impactaram a produtividade da fazenda.

Esses relatórios podem apresentar, de forma automática, o compilado dos dados do campo, como o ranking de produtividade, trazendo os híbridos ou variedades que performaram melhor, auxiliando a definir quais materiais devem ser plantados novamente.

Nessa linha, de posse dessa ferramenta, é possível ainda ter um olhar mais granular de cada parte do talhão, trazendo para a gestão da lavoura uma visão personalizada quanto ao potencial produtivo.

>> Conheça: O que o Plano Plus pode fazer por você?”

foto de homem de camisa xadrez azul e cinza mexendo em um celular em uma lavoura de arroz. Em volta do celular saltam vetores tecnológicos.

Serviços e soluções inovadoras baseadas em ciência de dados permitem o melhor gerenciamento das operações no campo

Quais plataformas podem fazer isso pela sua fazenda?

Para ter acesso a funcionalidades como as descritas neste artigo, plataformas como Climate FieldView™ podem ser uma boa escolha por parte dos agricultores brasileiros. 

Composta por serviços e soluções inovadoras baseadas em ciência de dados, FieldView™ apoia o produtor na integração de diferentes informações agronômicas e no gerenciamento de suas operações, proporcionando maior eficiência durante toda a safra, permitindo agilidade e assertividade na tomada de decisão sobre seu manejo e otimizando seus resultados.

checklist planejamento agrícola Aegro, baixe agora

Conclusão

Ter um bom planejamento é fundamental para o sucesso da safra!

Neste artigo, mostramos como a tecnologia pode ser aliada no processo de construção desse planejamento e como diferentes ferramentas podem ajudar o produtor a organizar os dados da fazenda e a entender as necessidades específicas da lavoura.

Com essas dicas, temos certeza que, ao utilizar a agricultura digital no planejamento da sua próxima safra, otimizar recursos e assegurar a boa performance serão desafios superados com maior facilidade. 

Restou alguma dúvida sobre como utilizar a agricultura digital no planejamento da safra? Divida sua experiência nos comentários!