Por que a adubação com silício pode ser sua aliada na produtividade

Adubação com silício: a importância dessa estratégia de manejo e os benefícios no desenvolvimento das plantas.

O aumento da produtividade agrícola se deve ao manejo adequado de fatores como a adubação. A fertilização promove muitos benefícios no desenvolvimento das lavouras.

Os efeitos positivos da adubação com silício podem ser observados principalmente nas gramíneas  como arroz, cana-de-açúcar, milho e trigo, consideradas acumuladoras desse elemento.

Além de minimizar os efeitos do déficit hídrico, essa substância aumenta a resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças.

Quer saber como a adubação com silício pode te ajudar a aumentar a produtividade da sua lavoura? Confira a seguir!

O que é o silício?

O silício é um mineral que promove melhorias no desenvolvimento das plantas, encontrado naturalmente na maioria dos solos. Os solos brasileiros apresentam cerca de 5% a 40% de silício em sua composição. 

Embora faça parte da constituição da solo, este elemento está presente em maiores quantidades em ambientes pouco intemperizados. Em geral, solos arenosos apresentam baixa disponibilidade de silício assimilável pelas plantas.

Sua absorção está diretamente relacionada ao pH do solo. Em condições de pH mais elevado, há maior quantidade de silício disponível. Dessa forma, ocorre maior absorção do elemento pelas plantas.

O silício é absorvido pelas plantas na forma de ácido silícico (H4SiO4) e esse processo ocorre, preferencialmente, pelas raízes. No entanto, a adubação silicatada pode ser feita tanto via solo quanto via foliar.

Fontes de silício para as plantas

Segundo a legislação brasileira que regulamenta a produção e comercialização de fertilizantes e corretivos, a adubação com silício é considerada benéfica para as plantas

O silício pode ser comercializado na forma isolada ou misturado a outros nutrientes. Dentre os materiais utilizados como fonte de silício para as plantas, há:

  • escórias da indústria siderúrgica
  • metassilicato de cálcio;
  • termofosfato;
  • wollastonita;
  • silicato de potássio; 
  • silicato de cálcio;
  • silicato de magnésio.

O silicato de cálcio é um exemplo de adubo aplicado diretamente no solo, enquanto o silicato de potássio é um fertilizante foliar

Além disso, o silicato de sódio, bastante empregado no modelo de agricultura convencional, é uma substância liberada para uso na produção de orgânicos. 

Importância da adubação com silício

Várias pesquisas científicas demonstram a importância do silício na relação planta-ambiente. 

Esse elemento atua como protetor, fornecendo condições para que a lavoura tenha maior resistência a estresses bióticos (pragas e doenças) e abióticos (déficit hídrico, salinidade e estresse térmico).

Silício no controle de pragas e doenças

Ao ser absorvido, o silício é depositado na epiderme das folhas e nos colmos, que ficam mais espessos. O acúmulo desse elemento nas células epidérmicas funciona como uma barreira física que dificulta o ataque de insetos e o desenvolvimento de doenças.

tabela com pragas controladas com a utilização de silício em diversas culturas

Pragas controladas com a utilização de silício em diversas culturas
(Fonte: International Plant Nutrition Institute)

O silício também atua induzindo mecanismos naturais de defesa das plantas, como a produção de compostos fenólicos, enzimas e acúmulo de lignina

Essa resposta metabólica das plantas interfere negativamente no desenvolvimento de agentes fitopatogênicos, por exemplo. 

tabela com efeito do silício na supressão de doenças fúngicas em grandes culturas e hortaliças

Efeito do silício na supressão de doenças fúngicas em grandes culturas e hortaliças
(Fonte: International Plant Nutrition Institute)

A deposição de silício nas folhas também melhora a arquitetura foliar. Isso quer dizer que as folhas ficam mais eretas, o que favorece a penetração da luz no dossel das plantas e evita o auto-sombreamento. 

Com isso, há melhora na capacidade fotossintética das plantas e há aumento da produtividade. O enrijecimento das paredes das células também reduz o acamamento das plantas.

Silício na correção da acidez do solo

O silicato de cálcio e o silicato de magnésio são substâncias que contêm silício em sua composição. Elas podem ser usadas na correção da acidez do solo, além de fornecer os nutrientes para as plantas.

As escórias siderúrgicas (subprodutos da indústria do ferro e do aço) também são utilizadas na agricultura para correção da acidez do solo. 

Elas aumentam a saturação por bases (V%) e a capacidade de troca de cátions (CTC do solo). Além disso, sua ação como corretivo da acidez do solo pode ser comparada à do calcário

No entanto, é bom destacar a importância desse material não apresentar substâncias contaminantes, principalmente metais pesados. Isso evita a contaminação do solo, dos cursos d’água e protege o ecossistema.  

O silício contribui ainda na redução da toxicidade de alumínio, manganês e ferro presentes no solo.

Silício e a adubação NPK

Os fertilizantes silicatados têm importante papel no aumento da eficiência da adubação feita com nitrogênio, fósforo e potássio. 

Como o silício contribui para o aumento da taxa fotossintética, ocorre maior incorporação do nitrogênio nas atividades metabólicas. Além disso, o silício aumenta o teor de fósforo no solo e diminui a lixiviação de potássio e outros nutrientes móveis. 

Silício no aumento da resistência ao estresse hídrico e salino

Em condições de déficit hídrico, a adubação silicatada contribui para minimizar os efeitos negativos. 

O espessamento da epiderme das folhas, em decorrência da deposição de silício, reduz a transpiração da planta e diminui a abertura estomática. Isso resulta em menor perda de água pela planta

Em condições de salinidade, o silício atua na preservação da parede celular. Ele estimula o sistema antioxidante da planta que garante a integridade e estabilidade da membrana celular. 

10 benefícios da adubação com silício

Você viu todas as vantagens que a adubação com silício pode promover. Confira a síntese desses benefícios e considere essa possibilidade!

  • maior resistência ao ataque de pragas e doenças;
  • aumento da capacidade fotossintética em função do melhor arranjo foliar;
  • maior resistência ao acamamento;
  • indução de mecanismos naturais de defesa, como a produção de polifenóis e enzimas;
  • correção da acidez do solo;
  • aumento dos teores de cálcio e magnésio trocáveis;
  • redução da toxicidade do alumínio, manganês e ferro;
  • contribui para a melhoria do estado nutricional da planta;
  • aumento da resistência ao estresse hídrico e salino;
  • aumento da produtividade.
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Conclusão

O silício é um mineral com influência positiva sobre o desenvolvimento das plantas, principalmente as gramíneas. Pode ser aplicado via solo ou via foliar.

O silicato de sódio não apresenta restrição de uso na agricultura orgânica, sendo utilizado no controle de pragas e doenças.

A adubação silicatada é uma estratégia de manejo importante no aumento da produtividade e que contribui para a maior resistência a pragas e doenças, melhora o estado nutricional da lavoura, além de aumentar a resistência à salinidade e a falta de água.

O silício funciona como corretivo da acidez do solo e, além disso, fornece cálcio e magnésio para as plantas

Com quais produtos você realiza a adubação do solo da sua lavoura? Já fez adubação com silício? Quais foram os resultados? Conte sua experiência aqui nos comentários!

O que você precisa saber sobre a cobertura do solo com nabo forrageiro

Cobertura do solo com nabo forrageiro: quando e como cultivar, benefícios da produção e seu impacto na cultura seguinte

Manter o solo coberto no outono-inverno é uma alternativa benéfica para o sistema produtivo.

O nabo forrageiro é uma opção que traz benefícios a mais. Além de poder descompactar o solo da sua propriedade, ele pode inibir a emergência e desenvolvimento de plantas daninhas.

Ele possui alta capacidade de reciclar nutrientes e é muito utilizado na sucessão e/ou rotação de culturas com soja, milho e algodão.

Se você deseja melhorar a qualidade do solo e a produtividade da sua lavoura, utilizar o nabo forrageiro pode ser interessante.

Neste artigo, você verá alguns dos motivos pelos quais você deve investir nessa opção. Confira!

Quando e como cultivar o nabo forrageiro?

O nabo forrageiro é uma cultura anual de inverno, com hábito de crescimento ereto, herbáceo e muito ramificado. É tolerante à seca e ao frio, além de ser pouco exigente em fertilidade e tolerante a solos ácidos.

Por ser uma cultura de inverno, sua semeadura deve ocorrer entre os meses de março e abril, quando ainda há disponibilidade hídrica.

A semeadura pode ser realizada a lanço ou em linhas, com espaçamento de 20 cm a 40 cm, distribuindo de 3 kg a 15 kg de sementes por hectare.

Devido ao pequeno tamanho das sementes, é recomendado misturá-las com calcário ou superfosfato simples, na proporção de 1 kg de sementes para 50 kg de corretivo ou fertilizante, com objetivo de facilitar a semeadura.

Por ser muito vigorosa, sua altura varia entre 1 m e 1,8 m. Pode produzir de 5 a 10 toneladas de massa seca por hectare.

Seu sistema radicular pivotante pode atingir até 2 metros de profundidade, sendo capaz de romper camadas compactadas do solo.

Seus restos culturais decompõem rapidamente (baixa relação C/N). Por isso, faça sua consorciação com espécies gramíneas como aveia, centeio e azevém, que possuem decomposição mais lenta e cobertura prolongada do solo.

gráfico com distribuição da massa seca (%) em plantas de nabo forrageiro com 50% das plantas em florescimento

Distribuição da massa seca (%) em plantas de nabo forrageiro com 50% das plantas em florescimento
(Fonte: adaptado de Lima et al. 2007)

Por ser precoce e agressiva, a cultura cobre cerca de 70% do solo em até 60 dias após a semeadura, e é uma excelente opção para cobertura do solo.

Utilização

O nabo forrageiro é uma alternativa para produtores que não conseguiram acompanhar a janela de semeadura do milho safrinha.

Também pode ser utilizado para adubação verde, na rotação ou sucessão de culturas com soja, milho e algodão.

Seu sistema radicular é agressivo. Por isso, funciona como um subsolador natural, por romper as camadas compactadas do solo. Também possui efeito alelopático, que inibe a germinação de plantas daninhas.

Em razão da sua alta capacidade de produção de massa verde, pode ser utilizado na alimentação animal na forma de pastejo direto ou corte para fornecimento no cocho.

Suas flores brancas e roxas enfeitam o campo e funcionam como fonte de alimento para as abelhas no outono-inverno.

A partir de seus grãos pequenos, arredondados e marrons, é possível extrair óleo de excelente qualidade para produção de biodiesel.

A torta, oriunda da prensagem dos grãos para extração de óleo, pode ser utilizada na formulação de rações para alimentação animal.

Por que cultivar o nabo forrageiro?

Recapitulando, a utilização do nabo forrageiro é um método biológico de descompactação do solo, que apresenta diversas vantagens, como:

  • rápido crescimento inicial;
  • cobertura total e rápida do solo;
  • supressão de plantas daninhas;
  • rápida decomposição devido à baixa relação C/N;
  • excelente capacidade de reciclagem de nutrientes (N e P);
  • sua raiz pivotante melhora as condições físicas do solo, atuando sobre sua descompactação;
  • cultura de baixo investimento;
  • suas flores são fontes de alimentos para as abelhas no outono-inverno;
  • seus grãos funcionam como matéria-prima para a produção de biodiesel.

Entretanto, considere alguns pontos antes de utilizar o nabo forrageiro, já que do ponto de vista fitopatológico, o cultivo da cultura pode ser problemático.

Por exemplo, em áreas com histórico e ocorrência recente de mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum), evite o cultivo do nabo forrageiro.

Ele é uma planta hospedeira do mofo-branco, e pode aumentar o inóculo da doença na área.

Além disso, o seu cultivo também não é recomendado em áreas com histórico de nematoides de galhas (Meloidogyne javanica), por ser uma cultura suscetível.

Nessas condições, evite o nabo forrageiro e opte por espécies gramíneas como aveia, centeio, azevém, entre outras.

Invista no cultivo do nabo forrageiro em sua propriedade, pois as vantagens são muitas.

Impactos na produção de grãos em sucessão 

Como você sabe, manter o solo coberto durante a entressafra é uma alternativa benéfica para o sistema produtivo.

Os benefícios do nabo forrageiro nas culturas são evidentes. Seu cultivo prepara o solo para a semeadura de culturas como soja, milho e algodão.

O nabo forrageiro, solteiro ou em consórcio com aveia-preta, produz volume considerável de massa seca para cobertura do solo.

tabela com produção de massa seca da parte aérea do nabo forrageiro solteiro e consorciada com aveia-preta

Produção de massa seca da parte aérea do nabo forrageiro solteiro e consorciada com aveia-preta
(Fonte: adaptado de Forte et al. 2018)

Essa cobertura proporciona diversos benefícios ao solo e às culturas em sucessão, devido à rápida decomposição dos seus resíduos vegetais. Há disponibilização, de imediato, dos nutrientes no solo.

Veja o aumento da produtividade de grãos de milho após o cultivo de nabo forrageiro.

tabeça com cobertura do solo com nabo forrageiro contribui para o aumento da produtividade de grãos do milho em sucessão

 A cobertura do solo com nabo forrageiro contribui para o aumento da produtividade de grãos do milho em sucessão
(Fonte: adaptado de Forte et al. 2018)

O milho cultivado após o nabo forrageiro pode produzir mais de uma tonelada por hectare em relação ao seu cultivo em área de pousio.

Culturas como soja, feijão, algodão, entre outras, também se beneficiam com a inserção do nabo forrageiro no sistema produtivo.

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Conclusão

O nabo forrageiro é muito utilizado como cobertura do solo e adubação verde, na rotação e/ou sucessão de culturas e na alimentação animal.

Por ser tolerante à seca e à geada é uma ótima opção de cultura de outono-inverno.

Suas raízes descompactam o solo, permitindo um preparo biológico do mesmo. Possui alta capacidade de reciclagem de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo.

A partir dessas informações, você sabe que fazer a cobertura de solo com nabo forrageiro traz inúmeros benefícios para a sua lavoura.

>> Leia mais: Saiba como o estilosante pode ser uma boa opção para a cobertura do solo”

Já tentou fazer a cobertura do solo com nabo forrageiro? Como você costuma fazer em sua propriedade? Deixe sua experiência aqui nos comentários.

Por que a ervilhaca para cobertura do solo pode ser uma ótima opção para sua fazenda

Ervilhaca para cobertura do solo: melhores práticas para cultivo e os benefícios para a produção de grãos em sucessão 

Você está procurando uma boa alternativa para cobertura do solo no outono-inverno? A ervilhaca pode ser uma ótima opção!

Essa leguminosa é uma excelente alternativa como cobertura do solo e adubação verde, além de servir como forrageira de alta qualidade nutricional para alimentação animal.

Você sabia que a inserção dessa cultura no sistema produtivo também é interessante para as culturas sucessoras?

Neste artigo, você verá alguns motivos pelos quais você deve investir na cobertura do solo com ervilhaca, além de como e quando utilizá-la. Confira!

Quando e como a ervilhaca pode ser cultivada?

A ervilhaca é uma leguminosa anual de inverno, com hábito de crescimento trepador e boa resistência a períodos de geada. Ela não resiste à seca ou ao calor excessivo.

Sua semeadura ocorre entre os meses de março e junho. Quanto mais tardia for, menor será a produção de biomassa vegetal.

A semeadura pode ser realizada a lanço ou em linhas com espaçamento de 20 cm. A profundidade ideal de semeadura deve ser de 3 a 5 cm, distribuindo 40 a 60 kg de sementes por hectare.

A cultura  não tolera solos ácidos e encharcados. Ela se desenvolve bem em solos argilosos e férteis, e se adapta também a solos arenosos, desde que bem fertilizados.

Ela é utilizada principalmente no Sul do Brasil, antes da semeadura do milho primeira safra, e é uma ótima opção para anteceder o cultivo de grandes culturas como soja e feijão.

O cultivo da ervilhaca pode ser solteiro ou em consórcio com outras espécies como aveia, centeio e azevém.

A importância da consorciação está na decomposição mais lenta e na cobertura residual prolongada dessas gramíneas, ao passo que a ervilhaca contribui com o maior aporte de nitrogênio e rápida decomposição dos seus resíduos.

Também é interessante o consórcio da ervilhaca com plantas como o nabo forrageira, que atua na descompactação do solo e ciclagem de nutrientes.

Essa associação aumenta a proteção do solo, devido ao maior aporte de resíduos vegetais e à supressão de plantas daninhas.

Por que utilizar a ervilhaca para cobertura do solo?

Com a inserção da ervilhaca no sistema produtivo, o cultivo de culturas sucessoras pode ser muito mais vantajoso.

Alguns benefícios do cultivo da ervilhaca são:

  • proteção do solo e diminuição dos riscos de erosão;
  • minimiza os danos causados pelo uso intensivo do solo;
  • eleva as taxas de infiltração e retenção de água no solo;
  • adubação verde (leguminosa que fixa nitrogênio e incorpora ao solo);
  • maior disponibilidade de nutrientes;
  • raízes profundas e ramificadas que reduzem a compactação do solo;
  • boa resistência ao frio;
  • forrageira de excelente qualidade nutricional para alimentação animal;
  • pode ser inserida na sucessão, consorciação e rotação de culturas;
  • eficiente no controle de plantas daninhas;
  • cultura de baixo investimento.

Por ser uma leguminosa de inverno, ela mantém o solo coberto na entressafra, o protegendo de diversos problemas relacionados à erosão e lixiviação de nutrientes.

A ervilhaca, solteira ou em consórcio, produz volume considerável de resíduos vegetais para cobertura do solo.

tabela com produção de massa seca da parte aérea de ervilhaca solteira e consorciada com aveia-preta ou nabo forrageiro

Produção de massa seca da parte aérea de ervilhaca solteira e consorciada com aveia-preta ou nabo forrageiro
(Fonte: Adaptado de Forte et al. 2018)

Essa cobertura proporciona melhorias na fertilidade do solo, além de auxiliar na supressão de plantas daninhas.

A importância da consorciação com essas espécies gramíneas está na baixa relação C/N da ervilhaca, com rápida decomposição dos seus resíduos vegetais, deixando o solo descoberto e sujeito a erosão.

Por outro lado, essa rápida decomposição dos resíduos vegetais é benéfica para as culturas sucessoras, devido à rápida liberação dos nutrientes no solo.

Como a ervilhaca impacta a produção de grãos em sucessão

Manter o solo coberto durante a entressafra é a melhor forma de garantir a produtividade da lavoura em sucessão.

A ervilhaca é uma excelente planta de cobertura do solo e beneficia as culturas em sucessão, já que reduz a utilização de adubos nitrogenados devido a sua capacidade de fixar nitrogênio da atmosfera e incorporá-lo ao solo.

A utilização dessa espécie como cobertura do solo produz em torno de 20 a 30 toneladas de massa verde por hectare e 4 a 6 toneladas de massa seca por hectare. Por isso, é uma alternativa rentável e sustentável para a sua propriedade.

tabela com produção de massa verde e seca da parte aérea de ervilhaca

Produção de massa verde e seca da parte aérea de ervilhaca
(Fonte: Ademir Calegari, 2016)

Além disso, é uma ótima opção para o Sistema Plantio Direto e rotação de culturas, pois os nutrientes da planta permanecem na palhada e favorecem a fertilidade da cultura em sucessão.

Veja o aumento da produtividade de grãos de milho e feijão após o cultivo de ervilhaca.

tabela com a cobertura do solo com ervilhaca contribui consideravelmente no aumento da produtividade de grãos de milho e feijão em sucessão

A cobertura do solo com ervilhaca contribui consideravelmente no aumento da produtividade de grãos de milho e feijão em sucessão
(Fonte: adaptado de Forte et al. 2018)

Essa é uma espécie de ampla versatilidade, podendo ser utilizada como cobertura do solo, adubação verde e como forragem para alimentação animal.

Aqui no blog da Aegro também já falamos sobre outras culturas que podem ser interessantes para cobertura de solo no inverno. Faça download gratuitamente clicando na imagem abaixo!

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Conclusão

A ervilhaca para cobertura do solo é uma alternativa com inúmeras vantagens

Ela pode ser utilizada na rotação e/ou sucessão de culturas como cobertura do solo e adubação verde, além de ser uma excelente forrageira para alimentação animal.

Ela aumenta o aporte de nitrogênio pela fixação biológica e reciclagem de nutrientes. Suas raízes profundas e ramificadas auxiliam na descompactação de solos adensados.

Além disso, é ótima na supressão de plantas daninhas por formar um “colchão” sobre o solo. A produtividade das culturas geralmente é mais elevada em sucessão à ervilhaca.

Agora que você tem essas informações, utilize a ervilhaca como cobertura do solo no outono-inverno em sua propriedade e garanta a produtividade da sua lavoura!

>> Leia mais:

Perspectivas para a safra de inverno!

“Saiba como o estilosante pode ser uma boa opção para a cobertura do solo”

Restou alguma dúvida sobre o tema? Você já utilizou ervilhaca para cobertura do solo em sua propriedade? Adoraria ler seu comentário abaixo!

Resistência do solo à penetração: entenda as causas e como evitar sua ocorrência

Resistência do solo: quais são as causas, consequências, como avaliar o problema e como evitar que ele aconteça na sua lavoura

A resistência do solo à penetração das raízes é um processo grave de degradação que afeta a produtividade das culturas e, com toda a certeza, merece a sua atenção.

A identificação e correção dos níveis críticos de resistência são essenciais para um bom desenvolvimento das raízes da sua lavoura.

Neste artigo, você terá informações sobre como evitar esse problema e como ele afeta a produtividade das culturas. Confira a seguir!

Causas da compactação do solo

Esse processo de degradação causa limitações ao sistema radicular, que não encontra espaço, água e ar suficientes para se desenvolver. Consequentemente, há redução da produtividade das culturas.  

O intenso tráfego de máquinas agrícolas em condições inadequadas de manejo causa a compactação do solo. As alterações físicas do solo formam uma camada compactada (pé-de-grade). 

Elas são causadas devido à pressão feita por máquinas e implementos agrícolas.

Solo sem impedimentos que passou por operações de revolvimento e, consequentemente, se tornou compactado e com crescimento radicular limitado

Solo sem impedimentos que passou por operações de revolvimento e, consequentemente, se tornou compactado e com crescimento radicular limitado
(Fonte: Embrapa)

Sintomas visuais de um solo compactado:

  • menor infiltração de retenção de água;
  • folhas com coloração fora do normal;
  • raízes deformadas, tortas e/ou rasas;
  • baixa emergência das plântulas;
  • potência maior para o preparo do solo;
  • erosão acentuada;
  • empoçamento de água;
  • presença de crostas e zonas endurecidas sob o solo.

Como evitar a resistência do solo à penetração das raízes?

São várias as formas de evitar a resistência do solo:

Essas práticas auxiliam na melhoria da qualidade do solo e no aumento da produtividade das culturas, garantindo a sustentabilidade do sistema produtivo.

Consequências da resistência do solo à penetração das raízes 

No período de desenvolvimento inicial, as plantas são bastante afetadas pela compactação do solo. Isso acontece devido ao desenvolvimento das raízes, e ao fato de a parte aérea estar atrelada à ocorrência ou não de restrições físicas no solo.

tabela com consequências da resistência do solo à penetração das raízes com classes e limites.

(Fonte: adaptado de Canarache)

Os valores críticos de resistência do solo à penetração de raízes variam de acordo com a classe de solo e com a espécie cultivada.

Porém, de modo geral, é considerado que 2,0 MPa seja o valor crítico de resistência ao crescimento radicular das culturas.

Você verá abaixo algumas consequências do aumento da resistência do solo:

  • menor germinação de sementes;
  • crescimento atrasado e não uniforme da lavoura;
  • crescimento radicular lento, reduzindo a produtividade das culturas;
  • aumento dos custos com combustível em operações de descompactação do solo;
  • maior suscetibilidade das culturas à veranicos;
  • predisposição do solo a erosão;
  • menor aeração do solo.

Conhecer os limites críticos de resistência do solo à penetração é importante para empregar o manejo do solo adequado, viável e sustentável para o sistema produtivo.

O manejo deve favorecer o crescimento, desenvolvimento e a produtividade das culturas.

Como avaliar a resistência do solo à penetração?

O penetrômetro é um equipamento muito utilizado para avaliar a resistência do solo à penetração de raízes. Ele perfura o solo para medir sua resistência à penetração e detectar quaisquer camadas compactadas em seu perfil.

Por meio da avaliação, é possível obter informações sobre as condições físicas do solo de sua propriedade, auxiliando no diagnóstico de quão compactado está o perfil do solo.

Além disso, a avaliação informa onde o problema se encontra, permitindo que você tome a decisão de manejo o mais rápido e precisamente possível. Assim, você evita gastos excessivos com a subsolagem do solo, onde o procedimento não é necessário.

Veja alguns benefícios dos medidores de compactação do solo:

  • identificação de camadas compactadas no solo;
  • simples e de fácil utilização;
  • torna possível o manejo adequado para eliminar a compactação do solo;
  • ajuda a assegurar uma melhor estrutura do solo;
  • a identificação precoce da compactação do solo evita perdas de produtividade das culturas.
ilustração de medidor eletrônico de compactação do solo

Medidor eletrônico de compactação do solo
(Fonte: Falker)

Além da precisão de onde fazer a correção, o resultado pode indicar a adoção de práticas agrícolas sustentáveis.

Como corrigir um solo resistente à penetração de raízes?

Algumas técnicas podem te ajudar a corrigir a resistência do solo à penetração. A principal delas é o uso de subsoladores e escarificadores.

Com a utilização desses dois equipamentos é possível romper, de forma mecânica, as camadas compactadas do perfil do solo.

A utilização de culturas de cobertura, adubos verdes e rotação de culturas também podem diminuir a resistência do solo à penetração das raízes.

De preferência, essas culturas devem possuir sistema radicular abundante e agressivo para romper as camadas compactadas e contribuir para a agregação do solo.

Veja abaixo algumas espécies que podem ser utilizadas para esta finalidade:

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Conclusão

O aumento da resistência do solo à penetração limita o crescimento das raízes e a absorção de água e nutrientes, além de afetar a produtividade das culturas. 

O tráfego excessivo de máquinas e implementos agrícolas, dependendo das circunstâncias, é uma das causas do aumento da resistência do solo à penetração.

Utilizando o penetrômetro, você terá acesso a informações de quão compactado está o perfil do solo. 

Ao observar a resistência do solo em sua propriedade, você pode garantir a máxima produção potencial da sua lavoura.

>>Leia mais:

“Entenda o Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (Dres) e como ele pode ser útil para sua lavoura”

Você já passou por problemas com a resistência do solo em sua lavoura? Conte-nos a sua experiência aqui nos comentários!

Guia rápido da adubação de boro e zinco no café

Boro e zinco no café: entenda a importância desses nutrientes para a sanidade, vigor e produtividade do cafeeiro e as opções de produtos 

A nutrição de plantas é, junto do clima e da interação de microrganismos, um dos fatores primordiais para a produção vegetal. 

Cada tipo de nutriente apresenta particularidades com relação às suas fontes, modo de absorção, teores recomendados, mobilidade no solo e na planta, pH ideal para absorção, dentre outros.

Por isso, fazer o manejo adequado de micronutrientes pode te ajudar a garantir a produtividade do café.

Neste artigo, você verá  a importância de micronutrientes específicos como boro e zinco para a cultura do cafeeiro e as suas formas de correção na lavoura. Acompanhe!

O que são micronutrientes e qual a sua importância?

Os nutrientes minerais se dividem entre macro e micronutrientes, conforme a quantidade necessária para o desenvolvimento vegetal.

Apesar de serem requeridos em menores quantidades, os micronutrientes são tão limitantes para a produtividade quanto os macronutrientes. 

Conforme a lei do mínimo, a produção é definida pelo elemento mais limitante no solo, seja ele um macro ou micronutriente.

foto de um barril de madeira com as siglas dos nutrientes  e no meio onde estão N, P e K tem uma abertura saindo grãos de soja e espalhando para fora - Lei do mínimo para a produção vegetal
Lei do mínimo para a produção vegetal
(Fonte: AgroFácil)

Nutrientes podem ser considerados essenciais para as plantas quando se encaixam nos critérios de essencialidade. São eles:

  • ser parte de um composto vital para a planta; 
  • ser necessário para que a planta complete seu ciclo de vida;
  • não pode ser substituído por outro nutriente ou elemento.

Os micronutrientes vegetais são: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e zinco (Zn). 

Cada um desses elementos tem funções específicas no metabolismo de plantas. As deficiências de boro e o zinco são frequentes na agricultura brasileira.

O boro no cafeeiro

Funções

O boro é um micronutriente essencial para plantas e atua em múltiplas funções, como:

  • germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico: isso faz com que o boro seja primordial para o desenvolvimento e pegamento de florada, influenciando no potencial de produção de frutos;
  • divisão e diferenciação celular, síntese de celulose e lignina, e síntese de parede celular: isso aumenta a resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças;
  • translocação de açúcares da folha para outros órgãos;
  • crescimento de meristemas.

Sintomas da deficiência

A deficiência de boro nas plantas é comum em condições de campo devido à sua alta mobilidade no solo e potencial lixiviação.

Os principais sintomas dessa deficiência nutricional no cafezal aparecem em folhas novas e regiões de crescimento. Os mais comuns são: 

  • folhas menores, verde-claras e com deformações;
  • diminuição do crescimento radicular; 
  • morte da gema apical e superbrotação;
  • baixo pegamento de florada.
três fotos com sintomas da deficiência de boro em café: folhas verde-claras, deformadas e superbrotação
Sintomas da deficiência de boro em café: folhas verde-claras, deformadas e superbrotação
(Fonte: Emater)

Correção

O boro é um nutriente com alta mobilidade no solo, porém com baixa mobilidade na planta, sendo imóvel no floema. Sendo assim, a recomendação é de correção de boro via solo.

Os teores ideais desse nutriente são de 40-80 ppm em nível foliar, ou acima de 0.5 mg/dm3 no solo. Em valores abaixo desses, a correção é recomendada.

As principais fontes de boro para aplicação no solo são o ácido bórico, o Boráx e a ulexita. Os dois primeiros são solúveis em água, e a solubilidade da ulexita depende da razão entre sódio e cálcio, que também fazem parte desse composto.

As recomendações para a produção do cafeeiro são de 6,5g de B por saca de café ou, para 30 sacas/ha, seriam necessários cerca de 200 g/ha de B, o que representa cerca de 1 kg/ha de ácido bórico. 

Porém, devido à alta lixiviação e perda, não é incomum que doses maiores sejam recomendadas, como de 2 a 6 kg/ha de boro.

Toxidez

Níveis de boro com cerca de 100 ppm em nível foliar são considerados tóxicos. Os sintomas de toxidez são folhas rajadas de verde e amarelo com bordas deformadas.

O zinco no cafeeiro

Funções

O zinco também é um micronutriente essencial para plantas e atua em múltiplas funções, dentre elas:

  • componente de enzimas: são importantes como facilitadores de reações da fotossíntese durante a formação da glicose;
  • atua na síntese do triptofano: esse aminoácido é precursor da molécula de auxina, um importante regulador do crescimento de plantas;
  • importante na síntese de proteínas.

Sintomas da deficiência

A deficiência de zinco é comum no cafeeiro. Os sintomas aparecem normalmente em folhas novas, devido à sua baixa mobilidade na planta, assim como o boro. Os mais comuns são: 

  • folhas alongadas, finas e com bordas enroladas;
  • destaque das nervuras verdes pelo amarelecimento do limbo foliar; 
  • encurtamento de internódios nas pontas dos ramos com formação de roseta;
  • redução de tamanho dos frutos.
Sintomas da deficiência de boro em café: folhas alongadas e finas, nervuras verdes e limbo amarelado
Sintomas da deficiência de boro em café: folhas alongadas e finas, nervuras verdes e limbo amarelado
(Fonte: Yara)

É importante ressaltar que os sintomas de deficiência de zinco são semelhantes aos sintomas de toxidez por glifosato, sendo primordial detectar sua origem para decidir o melhor manejo.

Correção

A correção de zinco pode ser feita via solo ou foliar no cafeeiro. Os teores ideais são de 8 a 20 ppm em folhas e em torno de 3 mg/dm3 no solo.

A recomendação de 6 kg/ha de zinco é comum para a adubação via solo. Nesse caso, você deve se atentar a alguns fatores que podem diminuir a disponibilidade de zinco para a planta. São eles:

  • presença de fósforo (P) em excesso;
  • solos mais arenosos;
  • aumento do pH do solo.

Toxidez

Os níveis de toxidez de zinco podem variar conforme a fase de desenvolvimento da cultura. Porém, valores acima de 20 ppm nas folhas são normalmente considerados como tóxicos. 

O excesso de zinco em época de florada pode causar abortamento de flores

O monitoramento das quantidades de zinco no solo e na folha, assim como o acompanhamento preciso das atividades de manejo da lavoura, são importantes para detectar a possibilidade de toxidez desse nutriente.

A importância do manejo correto de boro e zinco no café

O manejo dos teores de nutrientes no solo é crucial para o bom andamento da lavoura e expressão máxima do potencial produtivo da cultura.

No caso dos micronutrientes, seu uso tem que ser ainda mais cuidadoso visto que, por serem requeridos em menor quantidade, um erro de cálculo ou falha na aplicação pode facilmente causar deficiência ou toxidez.

gráfico com relação entre disponibilidade de nutrientes e produção de plantas
Relação entre disponibilidade de nutrientes e produção de plantas
(Fonte: Faquin, 2002)

Isso acontece normalmente com o zinco e o boro, e suas concentrações têm de ser bem manejadas e monitoradas através de análises de solo e foliares.

Abaixo, você verá valores de referência para teores foliares dos dois nutrientes ao longo do ano, para café arábica em produção

Valores adequados de boro e zinco, em teores foliares, para cafezais com produção de 30 a 40 sacas/ha
Valores adequados de boro e zinco, em teores foliares, para cafezais com produção de 30 a 40 sacas/ha
(Fonte: Potafos)
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Conclusão

O manejo adequado de nutrientes no solo é fator primordial para o sucesso do cultivo

Realize o manejo no momento da correção dos teores presentes no solo ou na fertilização para viabilizar o crescimento, desenvolvimento e produtividade do cafeeiro.

As recomendações de produtos, doses e épocas de aplicação também são muito importantes para o manejo de micronutrientes, principalmente o zinco e o boro.

Uma consulta a seu assistente técnico é o procedimento ideal para sanar dúvidas e obter os melhores resultados em sua lavoura.

>> Leia mais: 

“Acerte no adubo líquido para café e não jogue dinheiro fora”

“Tudo o que você precisa saber sobre a produção de cafés especiais”

Você já precisou realizar o manejo de boro e zinco no café? Conte sua experiência nos comentários, e assine nossa newsletter para receber mais artigos como este.

Por que investir na rotação de culturas com girassol pode ser uma opção vantajosa para sua fazenda

Rotação de cultura com girassol: saiba o que é e como essa ótima opção pode te ajudar a recuperar o solo da sua lavoura

Você está procurando uma boa alternativa para iniciar a rotação de culturas na sua fazenda? Que tal o girassol?! 

Essa oleaginosa de ciclo curto é uma excelente alternativa para safrinha nas regiões produtoras de grãos!

A inserção do girassol no sistema produtivo proporciona a diversificação de culturas e de renda, além de aumentar a oportunidade de comercialização.

Separei neste artigo alguns motivos pelos quais você deve investir na rotação de culturas com girassol e como fazer um manejo adequado dessa cultura na propriedade. Confira!

Quando e como o girassol pode ser cultivado

Em decorrência da janela de semeadura mais curta na safra 2020/2021, muitos produtores procuram alternativas além do milho safrinha.

A atitude não ameaça a predominância do milho, que representa mais de 90% da safrinha, mas abre espaço para culturas como o girassol. E ele é uma excelente alternativa de cultura de inverno para a rotação nas regiões produtoras de grãos.

A época de semeadura varia de acordo com a região. No Rio Grande do Sul, a cultura se adapta bem ao cultivo da primeira safra. Já na região Centro-Oeste (maior produtora), adapta-se ao cultivo de inverno (safrinha).

O girassol pode ser cultivado em sistema solteiro, após a colheita da cultura principal (entressafra) ou em consórcio com a cultura de interesse comercial.

Além disso, também pode ser cultivado em associação com outras espécies, como o nabo forrageiro

Essa associação aumenta a proteção do solo devido ao maior aporte de resíduos vegetais, reduzindo assim a incidência de plantas daninhas.

Culturas como o girassol passaram a ser mais atrativas a partir da criação do PNPB (Programa Nacional de Biodiesel) em 2004, pois se tornaram mais uma opção de cultivo comercial. 

Por que fazer a rotação de cultura com girassol?

Como se sabe, a sucessão soja-milho safrinha não é, a longo prazo, uma alternativa benéfica para o sistema produtivo.

Com a inserção do girassol na rotação de culturas com a soja, milho e outros grãos, o cultivo pode ser muito vantajoso.

Essa cultura tem baixo custo de implantação e um bom retorno econômico.

Abaixo há alguns benefícios do cultivo do girassol:

  • ciclo curto de produção (90 a 130 dias);
  • seu sistema radicular pivotante permite reciclar os nutrientes do solo;
  • ótima tolerância à seca;
  • absorve mais água e nutrientes;
  • amplas possibilidades em esquemas de sucessão, consorciação e rotação de culturas;
  • melhor aproveitamento da mão de obra da propriedade;
  • produz óleo comestível;
  • tem efeito alopático (inibidor) sobre várias plantas daninhas;
  • tem ampla adaptação a diferentes condições climáticas;
  • cultura de baixo investimento.

Grande parte da planta de girassol pode ser aproveitada. 

O sistema radicular pivotante permite a ciclagem de nutrientes do solo, as hastes e folhas têm boa produção de massa verde, as flores atraem polinizadores para as áreas de plantio e os aquênios (principal parte comercializada) são fontes de óleo. 

rotação de cultura com girassol - O sistema radicular do girassol, bastante ramificado e profundo auxilia na descompactação de solos adensados e na absorção de água e nutrientes

O sistema radicular do girassol, bastante ramificado e profundo auxilia na descompactação de solos adensados e na absorção de água e nutrientes
(Fonte: Michael Palomino, 2018)

Com preços aquecidos e uma grande versatilidade de comercialização, o girassol se apresenta como uma excelente alternativa para a segunda safra (safrinha).

Aspectos importantes de manejo

Ninguém quer perder a lucratividade, seja na safra verão ou na safrinha! 

O girassol é uma cultura que se desenvolve bem na maioria dos solos brasileiros e pode ser cultivado em praticamente todo o país.

Um dos maiores problemas do cultivo do girassol está no estabelecimento e uniformidade das plantas.

A população adequada varia de 40 mil a 45 mil plantas por hectare, com espaçamento entre linhas entre 50 cm e 90 cm. 

Assim, é buscado o estabelecimento de três plantas por metro linear, devendo ser a semeadura uma operação cuidadosa.

Veja alguns cuidados que devem ser tomados na implantação da cultura para evitar perdas.

  • sementes de qualidade e de cultivares adaptados à região;
  • escolha de áreas sem problemas de acidez e compactação;
  • época de semeadura, baseada no zoneamento agroclimático da região;
  • correta adubação;
  • cuidados na semeadura para um bom estabelecimento e uniformidade de plantas.

Outro desafio a ser enfrentado no cultivo do girassol está na pequena quantidade de defensivos agrícolas registrados para a cultura.

Além disso, áreas com alta incidência de aves podem ser alvos de ataques, prejudicando a produtividade da lavoura.

Apesar desses riscos, existe um bom mercado para a venda. A  inserção do girassol na rotação de culturas é uma alternativa rentável e sustentável para a sua propriedade.

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Conclusão

O girassol é uma oleaginosa com grande potencial energético. Por isso, é uma ótima alternativa para a rotação de culturas nas regiões produtoras de grãos.

Seu sistema radicular pivotante auxilia na descompactação de solos adensados.

A cultura pode ser utilizada no outono-inverno, na rotação e/ou sucessão de culturas com soja, milho e algodão.

É utilizada na produção de óleos para alimentação humana, para a produção de biodiesel e para produção de farelo para a alimentação animal. Além disso, possui flores que enchem os olhos de todos que se deparam com a cultura.

Agora que você tem essas informações, pese vantagens e desvantagens para cogitar o plantio de girassol em sua próxima safra ou safrinha!

>> Leia mais:

“Por que realizar a cobertura de solo no inverno”

Restou alguma dúvida sobre rotação de cultura com girassol? Quais espécies agrícolas você utiliza para a rotação em sua propriedade? Adoraria ler seu comentário abaixo!

Fertilização em excesso? Entenda os riscos da overfert e saiba como evitar que ela ocorra

Overfert: saiba quais são os sintomas e as consequências que a adubação em excesso pode provocar na sua lavoura

A busca por altas produtividades agrícolas pode levar à utilização de adubos em dosagens cada vez mais pesadas.

Mas uma adubação feita em excesso e sem critérios não aumenta a produtividade e, pior, ainda compromete o desenvolvimento da lavoura, podendo também prejudicar o meio ambiente. Além disso, aumenta os custos de produção e traz risco de fitotoxicidade nas plantas.

Entenda quais são os sintomas da overfert (excesso de fertilização), suas consequências e como evitar esse problema na lavoura. Confira a seguir!

O que é overfert?

A overfert ou overfertilization é o excesso de fertilização da planta, provocada pela aplicação de doses de adubos muito acima da exigida pela cultura. Essa condição compromete o desenvolvimento da lavoura, prejudicando a produtividade e causando uma série de outros problemas.

Geralmente, as áreas destinadas ao plantio de grandes culturas, como soja e milho, apresentam solos com baixa fertilidade natural e elevada acidez. E, na busca por alta produtividade, a adubação é feita em dosagens cada vez mais pesadas.

Mas uma fertilização sem critérios e excessiva não melhora a produtividade – pelo contrário. Maiores dosagens de fertilizantes elevam os custos de produção e oferecem riscos, podendo gerar toxicidade nas plantas e queda da produtividade. 

Assim como a carência de determinados nutrientes no solo compromete o desenvolvimento da lavoura, o excesso também pode prejudicar a cultura.

Por essa razão, as recomendações de adubação devem ser feitas em função da fertilidade do solo. Precisamos conhecer a quantidade e quais são os nutrientes disponíveis para as plantas para então definir o quanto será necessário para atender as exigências da cultura. Vou explicar melhor a seguir.

Como determinar a fertilidade do solo?

A fertilidade só pode ser determinada em laboratório. A partir de uma amostra de solo podemos saber quais nutrientes estão em falta ou excesso, e assim, estabelecer um plano de manejo adequado para um bom desenvolvimento da cultura.

É importante que os nutrientes estejam em equilíbrio no solo, pois o excesso ou falta de algum afeta diretamente na disponibilidade e absorção dos demais. Sendo assim, a análise de solo é uma ferramenta indispensável para a tomada de decisão.

Leis gerais da adubação

Abaixo estão descritas duas leis que irão te ajudar a entender melhor como funciona o processo de adubação:

Lei do Máximo

Maiores dosagens de fertilizantes se tornam um limitante para o desenvolvimento da cultura. Em outras palavras, doses elevadas podem causar toxidez nas plantas. O excesso de determinado nutriente também pode levar à não absorção dos demais, causando sintomas de deficiência

A busca pelo equilíbrio dos nutrientes no solo é fundamental para o aproveitamento racional dos recursos e para obter altas produtividades.

Lei dos Incrementos Decrescentes ou Lei de Mitscherlich

A produtividade das plantas decresce à medida em que são fornecidos mais nutrientes via adubação. Maiores doses de fertilizantes resultam em incrementos de produção cada vez menores.

Inicialmente, a planta responde positivamente às doses crescentes e tem ganhos na produtividade. Porém, quando a produção máxima é atingida, não é possível observar resultados positivos e há queda de produtividade.

Vale lembrar que os custos de produção se elevam proporcionalmente ao aumento da dosagem de fertilizantes. Por essas razões, é preciso estar atento às exigências de cada cultura e à época de aplicação.

É essencial conhecer o ciclo de desenvolvimento das plantas para que as adubações sejam realizadas de acordo com as exigências nutricionais nas fases de maior demanda e, assim, explorar o máximo potencial produtivo da cultura.

Representação gráfica da Lei dos Incrementos Decrescentes

Representação gráfica da Lei dos Incrementos Decrescentes

Recomendação de adubação

As altas produtividades atingidas pelo Brasil se devem ao manejo adequado de uma série de fatores, dentre eles a adubação das lavouras

Para uma adubação correta é preciso que seja feita primeiro uma amostragem do solo, em qualquer época do ano. É preciso coletar amostras representativas da área, que variam de acordo com o tamanho e homogeneidade do solo.

Essas amostras devem ser armazenadas em sacos plásticos limpos para evitar a contaminação. Devem ser identificadas com o nome da propriedade e do produtor rural, data, local e profundidade de amostragem para posterior envio ao laboratório.

Importante ressaltar que problemas de amostragem podem implicar em recomendações equivocadas, pois os resultados podem não ser representativos. Assim, é essencial que a coleta de solo seja feita por pessoas qualificadas para essa função.

Para a interpretação dos resultados da análise de solo, consulte um engenheiro agrônomo. 

A análise de solo e os boletins regionais de adubação permitem que o engenheiro-agrônomo determine qual quantidade de fertilizantes atenderá às exigências da cultura, qual a formulação ideal, modo e época de aplicação.

O milho, por exemplo, é bastante exigente quanto aos teores de nitrogênio e potássio. Em caso de recomendações muito altas de adubação, é comum que elas sejam parceladas ao longo do desenvolvimento da cultura para atender os picos de absorção desses nutrientes pela lavoura. 

Como corrigir a overfert?

A adubação em excesso pode ser evitada, mas dificilmente poderá ser corrigida. Por isso, é preciso cautela tanto na recomendação quanto na aplicação dos fertilizantes.

É preciso pautar as recomendações de adubação na análise de solo, além de respeitar as exigências nutricionais de cada cultura. 

Também é preciso considerar a época e a técnica de aplicação dos fertilizantes, visto que a má distribuição do produto na área pode ocasionar toxicidade em pontos específicos da lavoura.  

8 consequências da overfert

Confira algumas consequências que a adubação em excesso pode causar à sua lavoura:

  • toxidez das plantas;
  • diminuição da resistência ao ataque de pragas e doenças;
  • redução da produtividade;
  • alteração do pH do solo;
  • salinização do solo, que pode levar ao estresse hídrico das plantas;
  • deficiência nutricional pela dificuldade de absorção dos demais nutrientes; 
  • contaminação ambiental em função da lixiviação, escoamento superficial e/ou volatilização dos fertilizantes;
  • elevação dos custos de produção.

Sintomas de overfert

Muitas vezes, a toxidez pelo excesso de nutrientes pode ser confundida com sintomas causados por insetos e doenças. Sendo assim, a correta identificação dos sintomas é essencial para o manejo ideal da lavoura, e para isso é preciso conhecer o histórico da área.

Os sintomas da adubação em excesso podem variar de uma espécie para outra, mas, em geral, são verificados visualmente nas folhas mais velhas, que podem apresentar clorose, pontos necróticos e encarquilhamento.

Também pode haver atraso da fase reprodutiva da planta em razão do aumento da fase vegetativa, e as folhas podem apresentar coloração verde-escura

Vale ressaltar que, embora alguns sintomas não sejam visualmente detectados, ainda pode ocorrer redução da produtividade.

Folha de soja com pontos necróticos e clorose pela toxidez por manganês overfert

Folha de soja com pontos necróticos e clorose pela toxidez por manganês
(Fonte: adaptado de Hernandez-Soriano et al.)

foto com sintomas de toxidez por boro em folhas de arroz overfert

Sintomas de toxidez por boro em folhas de arroz
(Fonte: Rice Knowledge Bank)

planilha para adubação de milho Aegro, baixe agora

Conclusão

O sistema solo-planta tem seu limite e é importante entender que não haverá aumento de produtividade com a superdosagem de fertilizantes. 

Sendo assim, a análise de solo é a ferramenta mais segura para a adoção de práticas de adubação mais sustentáveis.

Doses acima das exigidas pela cultura podem causar danos significativos e comprometer a produtividade.

Resumindo, a adubação em excesso (overfert) não contribui para o melhor e mais rápido desenvolvimento da lavoura. 

Além disso, a adequada correção da fertilidade aumenta as chances do bom estabelecimento da lavoura. 

>> Leia mais:

“9 micronutrientes das plantas: como e quando utilizá-los”

“Como o mapeamento de fertilidade do solo pode gerar economia na fazenda”

“Adubação de sistemas: como fazer para ter mais economia e alta produtividade”

Você já passou por algum problema causado pela overfert em sua lavoura? Ficou com alguma dúvida? Vamos continuar essa conversa nos comentários! 

Entenda as causas da degradação do solo e como evitar sua ocorrência

Degradação do solo: o que causa, quais as consequências para a agricultura, como recuperar um solo degradado e mais!

O solo é a base da agricultura, onde as plantas encontram condições necessárias para crescer e se desenvolver.

Estima-se que 33% dos solos do mundo estão degradados e, por ser um recurso finito, sua perda e degradação não são recuperáveis em um curto período.

Os principais problemas de degradação enfrentados no Brasil são a erosão, perda de carbono orgânico e o desequilíbrio de nutrientes.

Apesar dos dados alarmantes, é possível agir para conservar e restaurar esse recurso através da compensação ambiental e da resolução da degradação do solo.

Reunimos neste artigo as principais informações sobre a degradação do solo para que você mantenha seu solo produtivo. Confira a seguir!

Consequências da degradação do solo para a agricultura

A degradação do solo está relacionada ao manejo inadequado do solo e da água, ocasionando:

  • perdas de solo por erosão;
  • redução da fertilidade natural devido à lixiviação de nutrientes;
  • compactação do solo;
  • acidificação e salinização do solo;
  • poucos indícios de atividade biológica e matéria orgânica;
  • menor retenção e infiltração de água;
  • assoreamento e contaminação de corpos hídricos;
  • perda da capacidade produtiva do solo;
  • destruição da fauna e da flora.

Dessa forma, torna-se essencial a adoção de práticas conservacionistas do solo para restaurar e manter a sua fertilidade, visando o aumento da produtividade das culturas.

Principais causas da degradação do solo

A degradação do solo pode ser causada por diversos fatores que ocorrem de forma natural ou pela ação do homem. Na atividade agrícola, destacam-se:

Erosão

A erosão é a causa mais visível da degradação do solo. Consiste na retirada e transporte de sedimentos da superfície do solo, principalmente por ação do escoamento superficial das águas de chuva.

Ações humanas como o desmatamento, plantio em terreno inclinado, monocultivo, uso excessivo de fertilizantes e defensivos agrícolas podem intensificar a ocorrência de processos erosivos.

foto de erosão do solo ocasionada pelo excesso de chuva e não adoção de práticas conservacionistas do solo

Erosão do solo ocasionada pelo excesso de chuva e não adoção de práticas conservacionistas do solo
(Fonte: Coagril)

Além de prejuízos ao meio ambiente, a erosão acelerada reduz o potencial produtivo do solo, acarretando perdas na produção agrícola.

A remoção da cobertura vegetal sobre a superfície do solo propicia a ocorrência de erosão, por retirar a proteção do solo contra o impacto direto das gotas de chuva, potencializando sua degradação.

Já o solo coberto apresenta menores perdas de água por evaporação, ajuda a conter a erosão e proporciona maior retenção e infiltração de água no solo.

Veja abaixo algumas práticas agrícolas que auxiliam na diminuição de processos erosivos do solo:

A adoção dessas práticas pode prevenir e/ou reduzir a ocorrência de processos erosivos do solo.

Compactação

A compactação do solo é frequentemente associada à pressão excessiva exercida por implementos agrícolas utilizados no manejo das lavouras.

As alterações físicas do solo ocasionadas por conta dessa pressão formam uma camada compactada, popularmente conhecida como “pé-de-grade”.

Esquema de um solo sem impedimentos no qual operações de revolvimento levaram à compactação limitando o crescimento radicular

Esquema de um solo sem impedimentos no qual operações de revolvimento levaram à compactação limitando o crescimento radicular
(Fonte: Embrapa)

Abaixo alguns sintomas visuais do efeito da compactação do solo:

  • presença de crosta e zonas endurecidas na superfície do solo;
  • empoçamento de água;
  • erosão excessiva;
  • maior potência para o preparo do solo;
  • baixa emergência de plântulas;
  • raízes tortas, deformadas e/ou rasas;
  • folhas com coloração anormal;
  • menor retenção e infiltração de água.

Solos compactados são impermeáveis, o que impede a penetração de água e movimentação de nutrientes.

Esse fenômeno faz com que os atributos químicos, físicos e biológicos do solo sejam alterados, influenciando de forma negativa o crescimento e desenvolvimento das plantas.

Salinização

Em regiões áridas e semiáridas, a concentração progressiva de sais é mais frequente, devido à alta taxa de evaporação da água do solo. Quando a água das chuvas ou da irrigação evapora e não carrega os sais, ocorre a salinização do solo.

Embora seja um processo natural, a baixa eficiência da irrigação e a drenagem insuficiente, podem acelerar esse processo.

foto de salinização em solo com plantação

(Fonte: Amazon Fertilizantes)

Essas ações, quando intensificadas por altas temperaturas, promovem grandes evaporações, ocasionando no acúmulo de sais. Isso torna o solo improdutivo em um curto espaço de tempo e, em casos mais graves, leva à desertificação.

Fatores químicos

Os solos podem se degradar em razão da indisponibilidade de nutrientes ou pela presença de elementos tóxicos para as plantas. Assim, esse tipo de dano se dá por falta ou por excesso de determinados elementos no solo.

A adoção de práticas agrícolas inapropriadas podem levar a desequilíbrios químicos do solo como a calagem, adubação e irrigação inadequadas.

A menor disponibilidade de nutrientes devido a alcalinidade, acidez ou alagamentos, contribuem para a degradação da fertilidade do solo. As causas principais são a salinização e a lixiviação de nutrientes no solo, o que prejudica a sua qualidade.

Uso excessivo de defensivos e fertilizantes

O uso indiscriminado de fertilizantes e defensivos agrícolas são as causas mais frequentes da degradação do solo por contaminação química.

Além de provocar alterações químicas na composição do solo, tornando-o improdutivo e prejudicando o seu funcionamento, pode contaminar o lençol freático.

A utilização de fertilizantes químicos sem análise prévia do solo desestabiliza a disponibilidade de nutrientes para as plantas e o uso indiscriminado de defensivos agrícolas pode destruir a biodiversidade do solo.

Para que isso não ocorra, é necessária a realização de análise química do solo a cada safra para repor os nutrientes extraídos pelas culturas, além da adoção do manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas para diminuir o uso de defensivos agrícolas.

Como evitar a degradação do solo

Existem diversos modos de se evitar a degradação do solo ou corrigir seus efeitos. Algumas delas são: 

  • redução do desmatamento;
  • Sistema Plantio Direto;
  • rotação de culturas;
  • adubação verde;
  • terraceamento;
  • cultivo em contorno;
  • precisão na aplicação de fertilizantes;
  • irrigação de forma correta;
  • controle de queimadas;
  • controle de tráfego.

Essas práticas têm reflexos na qualidade do solo e, consequentemente, no aumento da produtividade das culturas, garantindo a sustentabilidade agrícola.

Além disso, são necessárias políticas públicas e legislações para estimular o produtor na adoção dessas práticas conservacionistas do solo.

checklist planejamento agrícola Aegro

Conclusão

O processo de degradação do solo, bem como suas causas e consequências, ocorre por diversas razões e ocasiona perda de produtividade.

A adoção de práticas conservacionistas do solo é primordial para amenizar os efeitos críticos da degradação, que comprometem a fertilidade do solo, diminuem a área produtiva e causam poluição e assoreamento em corpos d’água.

Adote práticas conservacionistas do solo para garantir o máximo potencial produtivo da sua lavoura.

Agora que você tem essas informações, não deixe de observar sinais de degradação do solo em sua propriedade!

>> Leia mais:

“Prad: entenda o que é o plano de recuperação de áreas degradadas”

Por que a mucuna-preta pode ser uma opção vantajosa para adubação verde

Restou alguma dúvida sobre a degradação do solo? Qual a maior dificuldade em adotar práticas conservacionistas do solo em sua propriedade? Adoraria ler seu comentário abaixo!