Drones e Agricultura de Precisão: Conheça os melhores tipos

Os drones podem nos ajudar em uma variedade de tarefas na agricultura de precisão, desde o planejamento até a análise da colheita.

O setor de drones está em enorme expansão no Brasil, sendo que esse mercado fatura R$ 300 milhões, com boa parte desse proveniente do agronegócio.

Mas quando será que vale a pena comprar um drone? O que se deve levar em conta para sua escolha?

Neste artigo, veremos como é o funcionamento de drone agricultura de precisão, os principais tipos e o que considerar no momento da sua compra de equipamento ou serviço.

Como um drone agricultura de precisão funciona?

Antes de iniciar as dicas, é importante que você entenda como funciona um drone agricultura de precisão.

O aparelho é programado para sobrevoar a área com rotas predefinidas via GPS, capturando imagens e dados com câmeras e sensores avançados, como multiespectrais e térmicos.

Esses dados são processados para gerar índices como o NDVI, que indicam a saúde das plantas, identificando problemas como pragas, doenças, falta de nutrientes ou estresse hídrico.

Com isso, são criados mapas detalhados que mostram a variabilidade da lavoura, permitindo ações direcionadas, como aplicar fertilizantes ou defensivos apenas onde necessário.

Assim, os drones tornam o manejo mais eficiente, econômico e sustentável, otimizando os recursos e aumentando a produtividade.

Leia também:

Tipos de drone agricultura de precisão

Hoje em dia temos uma variedade de tipos de drones no mercado brasileiro. As principais variações são acerca das câmeras e dos sensores embarcados.

Para a escolha da câmera e dos sensores, faça seu planejamento agrícola. Pense no que é mais importante para sua propriedade que seja monitorado e analisado.

Se sua área é grande, por exemplo, e há diversas reboleiras de plantas daninhas de difícil controle, talvez seja interessante buscar por mapas NDVI de alta qualidade, que vão indicar exatamente onde é necessário fazer aplicações.

Além disso, os tipos de drones ainda podem ser divididos entre com asas fixas, multirotores, híbridos e de grande escala. Entenda mais detalhes abaixo:

Drones Multirotores

São drones de múltiplas hélices, geralmente de 4 a 6, oferecendo grande estabilidade e capacidade de voo controlado em altitudes baixas. São ideais para inspeções detalhadas de áreas pequenas a médias, permitindo voos lentos e estáveis, capturando imagens e dados com alta precisão.

Seu uso é comum para monitoramento de lavouras, levantamento de dados para mapas de NDVI, análises de saúde das plantas e inspeção de infraestruturas.

Drones de Asa Fixa

Neste modelo as asas são fixas, semelhantes a aviões, proporcionando maior alcance e eficiência em grandes áreas. O desempenho é melhor em áreas vastas, com capacidade de cobrir grandes distâncias e maior tempo de voo.

Drones Híbridos (asa fixa + multirotor)

É a combinação das características dos drones multirotores e de asa fixa, oferecendo a estabilidade de voo vertical e a autonomia das asas fixas. Por ser versátil, é ótimo para áreas grandes e pequenas, além de poder de decolagem e pouso vertical, ideal para áreas com espaço limitado.

Drones de Grande Escala (Industrial)

São equipados com sensores avançados e capacidade para carregar grandes cargas, como câmeras de alta resolução, além de mais recursos para análise de dados complexos, adequados para grandes propriedades e áreas agrícolas.

Entre as suas vantagens estão o levantamentos topográficos de alta precisão, monitoramento ambiental em larga escala, e mapeamento avançado de lavouras.

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Drone asa fixa Verok e Drone multirotor Phantom DJI
(Fonte: Horus)

Satélites ou drones: Qual escolher?

Tanto os satélites quanto os drones oferecem dados importantes para a criação de mapas de avaliação de propriedades e lavouras.

No entanto, é importante entender as diferenças entre esses dois tipos de tecnologia para escolher a mais adequada conforme a necessidade da operação. Veja:

Vantagens dos satélitesVantagens dos drones
– Tem maiores áreas de cobertura com uma imagem;– Alta resolução espacial (centímetros);
– Maiores estabilidades e confiabilidade de correções atmosféricas;– Maior flexibilidade para obtenção das imagens;
– Disponibilidade de sensores multi e hiperespectrais;– Baixo custo (dependendo do produto de interesse);
– Tendência de baixo custo;– Cobertura menor e dependente da autonomia da bateria;
– Problemas de indisponibilidade com nuvens;– Dificuldade de correções atmosféricas;
– Dependente do tempo de revisita .– Sombreamento com nuvens.

A principal diferença entre satélites e drones é a cobertura e resolução. Satélites cobrem grandes áreas com uma resolução menor e são ideais para monitoramento em larga escala, mas podem ser afetados por nuvens e têm uma menor resolução temporal.

Já os drones tem alta resolução (centímetros), são mais flexíveis e ideais para análises detalhadas de áreas menores, mas têm autonomia limitada pela bateria e cobrem uma área reduzida. Ambos funcionam bem, mas tudo depende da necessidade da sua lavoura.

Que tipo de agricultura usa drones?

Os drones são utilizados em diversos tipos de agricultura de precisão, aplicados para otimizar o manejo e aumentar a produtividade. Alguns exemplos incluem:

  1. Agricultura de grãos: para monitorar a saúde das plantas, identificar pragas e doenças e otimizar a aplicação;
  2. Horticultura: na análise da saúde das plantas, detecção de estresse hídrico, monitoramento de irrigação e produtividade das colheitas;
  3. Viticultura: criação de mapas de vigor da vegetação e identificação de áreas que necessitam de mais ou menos irrigação;
  4. Agricultura Orgânica: monitoramento de solo e na gestão integrada de pragas;
  5. Pastagem e Pecuária: monitoramento de áreas de pastagem, controle do estado das plantas e manejo do gado;
  6. Florestas e Agroflorestas: verificação de crescimento da vegetação, detecção de áreas de risco de incêndios e avaliação da saúde das árvores.

Qualquer tipo de agricultura que precise de monitoramento detalhado, análise de dados e otimização de recursos pode se beneficiar do uso de drones, até mesmo aquelas fora da lista acima.

diagnostico de gestao

Como os drones facilitam a agricultura de precisão?

Os drones são equipados com sensores que capturam dados específicos, como mapas de biomassa, infestação de pragas e modelos digitais de elevação.

Esses mapas são gerados por algoritmos que processam faixas de luz ou radiação eletromagnética, fornecendo informações valiosas para a agricultura de precisão.

Muitas empresas oferecem plataformas de processamento na nuvem, acelerando a análise e garantindo que os agricultores obtenham as informações rapidamente, o que pode ser crucial para o sucesso da safra.

Ao escolher um drone agricultura de precisão, é essencial considerar a agilidade no processamento dos dados e a plataforma de suporte.

Drone para Agricultura de Precisão: Tipos de resolução

Na agricultura de precisão, a resolução dos drones afeta diretamente a qualidade dos dados coletados. Por conta disso, precisamos saber o que eles significam para fazer a escolha correta.

Considerando esse ponto, existem três tipos principais de resolução usados por drones na agricultura, sendo elas:

1. Resolução espacial

É representada pelo tamanho do pixel, ou também a capacidade de utilização da imagem para distinguir objetos. Geralmente os satélites possuem tamanhos de pixel maiores, o que não expressa tanto a variabilidade em pequenas distâncias.

2. Resolução espectral

Representada pelo número de bandas espectrais de um sensor. Podem ser os comuns em uma câmera colorida (RGB), ou ainda infravermelho próximo (NIR), Red-Edge, etc.

3. Resolução temporal

É o tempo de revisita do satélite (sensoriamento remoto orbital). Importante um intervalo de poucos dias, a fim de que seja possível o monitoramento das culturas em tempo hábil para a tomada de decisões.

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(Fonte: Eye Above)

Leia mais:

Drone Agricultura de Precisão: O que considerar para comprar?

Em primeira lugar, considere como está a sua gestão agrícola, especialmente a gestão de custos. Se estiver tudo ordem, sabendo exatamente qual o capital que você tem disponível para investimentos futuros, pode realizar a compra.

Além do fator financeiro, considere alguns fatores que vão influenciar na performance e no retorno sobre o investimento. Como:

Tipo de Sensor

  • Multiespectral: Essencial para mapear a saúde das plantas (NDVI, por exemplo).
  • Hiperspectral: Oferece maior profundidade de análise, ideal para diagnósticos mais complexos.
  • RGB (Câmera Normal): Para inspeções visuais e imagens gerais da lavoura.

1. Autonomia de Voo

Avalie a duração da bateria, que impacta diretamente a área coberta por voo. Drones de asa fixa, por exemplo, têm maior autonomia, enquanto multirotores cobrem áreas menores, mas oferecem maior flexibilidade para ajustes rápidos.

2. Facilidade de Processamento de Dados

Considere drones que oferecem plataformas de processamento em nuvem, para análise rápida e eficiente dos dados coletados. Isso agiliza a tomada de decisões e otimiza o tempo de resposta em campo.

3. Cobertura e Alcance

O alcance do drone afeta o tamanho da área que pode ser monitorada em uma única missão. Drones de asa fixa cobrem grandes áreas rapidamente, enquanto drones multirotores são ideais para áreas menores, com maior precisão.

4. Software de Gerenciamento

Verifique se o drone vem com software para planejar missões, processar imagens e gerar relatórios. Alguns sistemas oferecem integração com outras ferramentas de agricultura de precisão, facilitando o manejo das lavouras.

5. Facilidade de Uso

Para garantir eficiência no campo, escolha drones com interface intuitiva e fácil controle, permitindo que você se concentre no monitoramento da lavoura e não no aprendizado do equipamento.

Como está o mercado de drones no Brasil?

Devido à crescente demanda por tecnologias no campo, o mercado de drones aposta alto neste setor. Mais de um terço das empresas inseridas nesse ambiente de drones no Brasil está voltada ao agronegócio.

Equipamento desse tipo, e outras tecnologias no campo, podem auxiliar os produtores, desde tarefas cotidianas, como simples verificação da lavoura, até tarefas mais elaboradas, como de mapas de vigor de vegetação, contagem de gado, etc.

Nos primeiros cinco meses de 2024, as importações de drones no Brasil alcançaram US$ 16 milhões, representando um aumento de 24,1% em relação ao mesmo período de 2023. Em termos de unidades, o crescimento foi de 115%, indicando uma demanda crescente por essa tecnologia.

Além disso, o mercado de drones no Brasil deve gerar uma receita de US$ 33,9 milhões em 2024, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 5,27% prevista até 2029.

O setor agrícola se destaca no uso de drones, sendo o responsável pela expansão, com perspectivas promissoras para os próximos anos.

Administração de fazendas: como fazer com um software de gestão agrícola

Administração de fazendas: obtenha o controle da fazenda e de seus custos com o uso de software de gestão agrícola, melhorando ainda mais sua propriedade.

Administração de fazendas nem sempre é um assunto fácil. Envolve inúmeros processos, diversas pessoas, dinheiro e até mesmo a sucessão familiar.

O produtor Luis Gustavo Heins vive exatamente essa situação. As fazendas da família, em Pindamonhangaba (SP), estavam totalmente nas mãos do pai, Jair Heins, até pouco tempo.

Com o aumento de operações e de áreas, ele se juntou ao pai na administração das propriedades e encontrou vários desafios.

Com o uso de um software para fazendas, ele nos conta como está conseguindo superá-los. Confira!

A administração de fazendas e seus desafios

As fazendas Múltipla e Marçon, localizadas no interior de São Paulo, produzem soja, milho e, principalmente, arroz. Isso porque, dos cerca de 1.000 hectares, praticamente 70% é destinado para o cultivo do arroz.

Há alguns anos, essa área não era tão grande e, por isso, o pai da família Heins mantinha o comando concentrado nele. Com a expansão das áreas, Luís se juntou ao pai para tomar conta da fazenda e fazer a empresa rural da família prosperar ainda mais.

administração de fazendas
Luis Gustavo e seu pai, Jair Heins Filho, na propriedade da família

No entanto, juntamente com mais áreas, vieram mais problemas na administração rural.

A complexidade das operações agrícolas ficou ainda maior e os custos e ganhos começaram a ficar fora de controle, nas palavras do produtor:

“ Chegava no final da colheita e não sabia onde tinha colocado o dinheiro, só sabia que faltava”

O grande problema: ‘Para onde está indo o meu dinheiro?’

Esse é um gargalo comum nas fazendas, já que na agricultura as margens de lucro são pequenas, mas os volumes de entrada e saída são grandes. Ou seja, temos uma grande quantidade de dinheiro indo para diversas operações agrícolas, insumos, encargos e outros.

Também recebemos grande volume de dinheiro pela produção agrícola, mas, ao subtrair o que gastamos, pode não sobrar muita coisa, como Luis percebeu.

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Vista da fazenda da família Heins

Desse modo, sem saber ao certo qual o custo de produção agrícola e quais são os principais custos, o controle da fazenda e do dinheiro vão por água abaixo.

E nem precisa ter muita área para a confusão se formar. Só quem sabe o grande número de insumos, abastecimentos e outros custos da produção agrícola entende a dificuldade.

Por outro lado, a tentativa de colocar todos esses custos em cadernos e planilhas parece uma tarefa impossível devido à complexidade das atividades agrícolas e ao trabalho que isso requer. Outro fator preocupante nesse sentido é não conhecer a rentabilidade por talhão.

Esse conhecimento nos leva a entender melhor as áreas da propriedade e traçar novas e mais adequadas estratégias para os próximos anos. E essa é exatamente uma das soluções para melhorar a sua gestão agrícola, como veremos a seguir:

Qual a solução para controlar meus custos e melhorar minha administração de fazendas?

No começo, Luis tentou usar algumas planilhas agrícolas de Excel juntamente com alguns softwares financeiros.

O controle até começou a aparecer, mas as informações espalhadas em vários lugares diferentes dificultava a visualização ampla da fazenda. Ao mesmo tempo, detalhes como custo por talhão e gasto com insumos eram complicados de serem obtidos.

Foi então que Luis conheceu o Aegro e resolveu testá-lo:

“Nós tínhamos um software financeiro e planilhas, mas o Aegro é bem mais completo. É só alimentar e ele já vai dando as respostas, com todos os dados em um só lugar

Dessa forma, ele consegue ver a fazenda como um todo, sabendo exatamente o quanto está gastando e o quanto lucrou.

Agora também é possível ter os detalhes em alguns cliques: rentabilidade por área, custo por insumo ou categoria de insumos e outros.

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Para conhecer essa e outras funcionalidade do Aegro acesse aqui

Por isso, mesmo com pouco tempo de uso, já é possível perceber como a administração das fazendas melhorou:

“Antes não tinha isso de verificar o que aconteceu, por exemplo, por que se jogou mais ou menos insumos no campo. Antes, o que fazia estava bom.”

O controle da fazenda agora está totalmente nas mãos dos responsáveis por ela, permitindo que eles monitorem as atividades facilmente:

“Hoje nós sabemos o que está acontecendo. Se há mais ou menos insumos em campo, vamos atrás do que aconteceu: foi má regulagem, equipamento está com problema, operador não estava bem? Vamos até achar e resolver o problema

Com a administração de fazendas sendo aprimorada, o controle das máquinas agrícolas também foi obtido e foi possível perceber seu benefício.

A importância do controle de máquinas agrícolas

As máquinas agrícolas representam um dos custos mais significativos dentro da fazenda. E não é só porque o investimento inicial desses equipamentos é alto. Os custos com manutenções e abastecimentos também são de grandes valores.

Ao colocar tudo em dados, você percebe que uma manutenção corretiva, aquela que acontece quando uma peça, por exemplo, quebra no meio do campo, sai muito cara.

E isso pode ser evitado pelas manutenções preventivas, as quais são realizadas periodicamente, fazendo com que a operação agrícola não tenha que ser parada.

Mas nem sempre isso é fácil de ser lembrado na correria do dia a dia.

Pensando nisso, o Aegro tem um alerta de manutenção. Você pode agendar a manutenção de suas máquinas e implementos agrícolas e será avisado por e-mail o dia em que elas devem ser feitas.

Alertas de manutenção de maquinário agrícola no Aegro
Cadastre alertas de manutenção periódicos no Aegro

De fato, Luis ressalta que essa virou uma das funcionalidades preferidas do Aegro. Afinal, os avisos automáticos por e-mail trazem comodidade e geram economia com os custos de manutenção.

Outro assinante do Aegro que gosta dessa funcionalidade é o Elivelton Menezes. Contamos aqui como ele conseguiu redução de custos com o maior controle do maquinário agrícola através de um software para fazendas.

Mas não é somente o custo com máquinas que agora tem um controle mais fácil e assertivo:

Os custos da safra são imprescindíveis na administração de fazendas

Sem dúvida, conhecer o custo de produção agrícola real é extremamente necessário para administração de fazendas.

Com ele, você consegue saber onde é preciso melhorar no sistema de produção, o que precisa de investimento e até estimar qual preço de venda vale a pena.

Sem controle, é impossível de saber essas questões. Em um ambiente complexo como a agricultura, fica difícil fazer isso sem um sistema para te ajudar.


Análise de custo de produção agrícola no Aegro

Dessa forma, outro fator que chamou a atenção do Luis para o Aegro foi a parte de custos:

“Com o custo realizado eu já vou sabendo se estou gastando mais ou menos em tempo real. Com isso, consigo ajustar minha estratégia e controlar os próximos gastos. Antes eu não conhecia esses custos nem mesmo depois de fechar a safra”.

Com isso, vem o controle de estoque também, porque agora é possível saber com exatidão a quantidade de insumos utilizada.

E, em vez de gastar dias tentando “desvendar” dados em papéis e milhares de planilhas, esse controle é feito em minutos e fácil de ser visualizado:

“Coisa que eu perdia o dia todo, faço em uma hora. É muito necessário. Se não controla, acontece o que aconteceu com a gente: acha que está tendo lucratividade alta, mas não é essa a verdade”

Foto de pilhas de papeis, com chamada para baixar o guia de software

Conclusão

Em conclusão, a boa administração de fazendas exige um controle das contas e atividades agrícolas da sua propriedade.

Conseguir esse controle por meio de anotações em cadernos ou espalhado em planilhas é um bom começo, mas, mesmo assim, o seu controle fica falho.

Em um ambiente tão complexo quanto a agricultura, um software para fazendas lhe dará esse controle e, consequentemente, a adequada administração de fazendas.

E foi exatamente isso que Luis Gustavo Heins nos mostrou com sua história!

Para conhecer mais sobre o Aegro fale com um dos nossos consultores clicando aqui.

>>Leia mais:

[Estudo de caso] Como João Mognon alcançou o controle efetivo de sua fazenda com software agrícola

Como negociar preços mesmo sendo pequeno produtor através da gestão agrícola [Estudo de caso]

Como está sua administração de fazendas hoje? Você consegue ter um bom planejamento e administração de custos das atividades agrícolas? Conte para nós deixando seu comentário abaixo!

Como administrar uma propriedade rural com tecnologia

Como administrar uma propriedade rural com tecnologia: opções de internet no campo, soluções digitais e outras informações para administrar sua fazenda de uma maneira ainda melhor.

Nas últimas décadas, o Brasil superou países como Austrália e Canadá para se posicionar como o terceiro maior exportador agrícola do planeta.

Para isso se tornar realidade, os agricultores investem em tecnologia há décadas.

Piloto automático, aplicações de taxa variável, biotecnologia e outras inovações foram rapidamente adotadas por proprietários rurais de todos os tamanhos.

Mas no contexto da administração rural, essa tecnologia parece que demora a chegar.

Neste artigo desmistificamos o conceito de administração rural com tecnologia e mostramos como você pode começá-la hoje.

Ainda falamos sobre novas soluções que podem te ajudar com isso. Veja a seguir:

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A propriedade rural e as soluções digitais

Há alguns anos as ferramentas (soluções) digitais não podiam acrescentar tanto valor para fazendas, já que não tínhamos 4 fatores fundamentais para tanto:

  1. Smartphones, dispositivos móveis tão eficientes quanto computadores.;
  2. Redes de telefonia móvel, que permitem o acesso a softwares de qualquer lugar da fazenda;
  3. Internet de banda larga, que possibilita que qualquer computador no escritório acesse aplicativos em nuvem, sem precisar instalar nada;
  4. Máquinas conectadas, que permitem que dados sejam enviados e recebidos por colhedoras, tratores, pivôs de irrigação, etc.

Você pode reparar que foram exatamente esses 4 fatores que se tornaram mais presentes nas fazendas.

Dessa forma, este é um bom momento para estudar novos produtos.

Assim, reflita sobre como programas e aplicativos se encaixam na administração da propriedade rural.

A seguir, você confere os principais pontos para compreender e estudar melhor essas possibilidades:

Mas vale a pena investir em tecnologia no campo?

O agronegócio atualmente sustenta a economia do país, representando 44,1% das exportações brasileiras, somando U$96 bilhões de reais em 2017.

Podemos ver essa força do agro claramente no PIB brasileiro, já que em 2018 o agronegócio deva representar crescimento de cerca de 3%, frente a 1,5% do PIB nacional.

como administrar uma propriedade rural

(Fonte: IBGE, Ministério da Agricultura, Ministério do Trabalho e CNA)

Nesse cenário, conseguimos avaliar que o campo não é somente um ótimo lugar para se fazer investimentos, mas o melhor lugar.

Mas dentre esses investimentos, a tecnologia compensa?

A resposta dessa pergunta não é tão simples.

Lembre-se que a tecnologia já está no campo: sementes transgênicas, piloto automático e outros.

Ou seja, estamos sofrendo progressivamente uma profunda evolução de ferramentas e práticas para aumentar a qualidade e quantidade de sua produção agrícola.

No entanto, temos uma concorrência subsidiada quase desleal e mercados complexos. Isso, juntamente com falta de infraestrutura e de apoio, torna o ambiente cada vez mais complicado.

Cabe a você estudar sua propriedade e verificar qual tecnologia digital vale mais a pena para aumentar sua competitividade: irrigação de precisão, drones, sensores, etc.

Seja qual for a sua escolha, de todas as formas você deverá administrar seus custos, saber sua rentabilidade real, ter o controle de estoque e outros.

Por isso, pense melhor em como administrar uma propriedade rural e sobre ferramentas que podem te ajudar para tornar esse trabalho mais fácil e assertivo.

Sou pequeno ou médio produtor: como administrar uma propriedade rural com tecnologia?

Embora muitos acreditem no contrário, a adoção de tecnologias digitais está muito mais ligada à maturidade do negócio do que os números de hectares.

Há grandes negócios agrícolas de 30 hectares totalmente digitalizados e há fazendas de 13 mil hectares ainda sendo geridas em planilhas agrícolas.

Não é coincidência que há pequenas propriedades muito mais rentáveis do que fazendas gigantescas.

Para você tomar uma escolha mais consciente sobre essas tecnologias, conheça os cinco tipos principais de softwares para a propriedade rural:

1. Gestão

Suporta operações diárias, planejamento de safra e registro de atividades, monitoramento da equipe, otimiza a rentabilidade, gerencia os estoques e ajuda na administração rural. O software Aegro se encaixa nessa categoria.

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>> Veja este caso de sucesso com o uso do Aegro: “Administração de fazendas: Como fazer com um software de gestão agrícola”.

2. Agronomia

Os mais conhecidos são softwares de agricultura de precisão, os quais criam ou importam mapas de variabilidade, trazendo prescrições de fertilizantes e defensivos a taxa variável e outros.

3. Maquinário

Envia dados para as máquinas e monitora o desempenho do equipamento, controla a orientação geoespacial e o piloto automático. Exemplo disso é Climate Field View.

4. Contabilidade

Soluções que gerenciam e pagam contas, preparam demonstrações financeiras e pagamento de impostos.

5. Recursos Humanos

Facilita os pagamentos de funcionários, a contabilização de horas trabalhadas, questões trabalhistas e outros.

No meio rural podemos encontrar programas que lidam com todos essas questões ao mesmo tempo. O problema é que esse tipo de software acaba ficando complexo e difícil de utilizar.

Ao passo que, se torna inviável o investimento e a disciplina para utilizar uma série de programas diferentes de computador.

A solução, como sempre, está no equilíbrio: encontrar as soluções que neste momento se encaixam na sua fazenda e que consigam entregar exatamente o que você precisa.

Aqui no Lavoura10, por exemplo, temos diversos casos de grandes e pequenos produtores que estão obtendo sucesso com o Aegro.

O Vitor Fernando Von Markus Mühlen, por exemplo, é um produtor rural de Minas Gerais, que com a gestão de fazenda no Aegro conseguiu negociar “como produtor grande” e ainda ter total controle de seus 76 hectares.

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Fazenda  Lagoinha, 76 hectares em Minas Gerais, com cultivo de soja e gestão feita no Aegro
(Fonte: Arquivo pessoal Von Markus Mühlen)

Já João Carlos conseguiu, através do software agrícola, a segurança na venda da sua produção agrícola. Nas palavras dele:

“Tem gente que faz o contrato como segurança, mas com o Aegro eu vejo o custo de produção por talhão e consigo saber ao certo se estou ganhando ou perdendo ao fazer o contrato: eu sei se o contrato paga ou não o custo da saca.”

Como você pode ver, um sistema facilitado e muito mais automatizado te auxilia em como administrar uma propriedade rural. E isso traz resultados incríveis!

Mas ainda podem restar algumas dúvidas, especialmente sobre o uso dessas ferramentas e a internet no campo. É sobre isso que veremos a seguir:

Como administrar uma propriedade rural com tecnologia (agricultura digital) se não tenho internet?

Nas últimas décadas, a internet banda larga via satélite foi levada para muitas áreas do Brasil. Mas não em toda ela: dos 5,6 mil municípios brasileiros, 4 mil têm rede banda larga.

Desse modo, em regiões agrícolas não há cobertura de internet, deixando produtores sem muitas alternativas quanto a soluções para o campo.

Assim, você tem duas alternativas: procurar uma solução que se adeque às suas condições ou procurar outra forma de acesso à internet.

Você pode pensar que tem ainda uma terceira opção: a de continuar exatamente onde está.

Mas levando em consideração toda a competitividade da agricultura atual, custos e complexidade da atividade, essa já não é mais uma opção para quem deseja prosperar.

Então, vamos à primeira opção de buscar uma solução que se adeque às suas condições:

Tecnologia para agricultura que pode funcionar sem internet

Hoje existem alguns softwares para fazenda com várias soluções que podem funcionar sem internet.

O software de gestão agrícola Aegro, por exemplo, te ajuda a ter o controle total da fazenda, financeiro e agrícola, sem a necessidade de internet em tempo integral.

Você pode, por exemplo, planejar as operações agrícolas no escritório da fazenda onde há internet.

Depois, os operadores podem realizar essa operação no aplicativo de celular sem necessidade de internet.

O aplicativo de celular ainda permite registrar os abastecimentos, manutenções, verificar estoque, fazer monitoramento de pragas e gerenciar as finanças da fazenda.

Tudo isso é sincronizado com o programa no computador assim que o celular estiver em área com cobertura de rede, sem perda de dados e totalmente seguro.

O aplicativo Aegro é gratuito e você pode baixá-lo em seu smartphone Android ou IOS.

Além disso, você pode saber mais sobre o programa completo aqui.

Agora, vamos à segunda opção:

Encontre outras formas de acesso à internet para sua propriedade rural

  • Internet via rádio: É a forma mais popular de acesso nas regiões afastadas das grandes cidades. Seu custo-benefício é inegável, porém nem sempre alcança boas velocidades;
  • Link dedicado 4G: Possui boa estabilidade e velocidade,  mas seu custo é alto;
  • Banda larga ADSL: É uma solução simples e barata, que aproveita a fiação de telefone já instalada, mas normalmente a zona rural não possui esse tipo de infraestrutura.

Além disso, foi lançado o satélite SGDC com a promessa de que isso dará acesso à internet banda larga para a região agrícola brasileira por um preço acessível.

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(Fonte: ESA-CNES-ARIANESPACE em FAPESP – todos os direitos reservados)

Em algumas regiões essa cobertura já chegou e os produtores estão conseguindo desenvolver melhor o seu negócio como você pode ver aqui.

Um futuro próximo: o amanhã de como administrar uma propriedade rural

O cenário de um futuro próximo já está desenhado: enquanto o aumento da população mundial aumentará a demanda por alimentos, a competitividade do setor será cada vez maior.

É claro que o Brasil está numa posição privilegiada. Porém, o aumento de produção acarreta em um aumento de custos e atividades, o que pode desorganizar o seu negócio.

Nesse sentido, como administrar uma propriedade rural, de forma clara e detalhada, fará toda a diferença.

O objetivo de usar um programa para gestão de sua fazenda é ser capaz de fazer mais com menos, tomando decisões melhores para a lucratividade da fazenda.

Por isso, a propriedade do futuro será aquela que irá utilizar os dados referentes à fazenda, tanto financeiros, quanto agrícolas.

Ao produtor rural caberá o que mais importa: a estratégia.

Isto é, ele irá interpretar os dados, fazer análises e outros, entendendo e obtendo o controle da fazenda de maneira ágil e descomplicada.

Dessa maneira, o futuro pedirá como administrar uma propriedade rural com todos esses dados e com um líder dentro da empresa rural.

Conclusões

Com a competitividade do setor crescendo, fica claro que essas ferramentas digitais disponíveis são cada dia mais essenciais para a produção agrícola.

Assim, é preciso estudar sua propriedade e escolher quais delas se adequa a sua realidade.

No final, alguns irão fazer agricultura de precisão, alguns irão fazer irrigação de precisão, alguns irão usar estações meteorológicas, drones, sensores, etc.

Todos, entretanto, terão que controlar o caixa, os estoque e as operações, e por isso um software de gestão agrícola é a chave para sustentar um negócios agrícola de sucesso a longo prazo.

>>Leia mais:

Como fazer fluxo de caixa sem complicação na sua fazenda
5 planilhas de Excel para administração rural grátis

Como administrar uma propriedade rural é para você? Você faz uso de alguma ferramenta digital hoje? Restou alguma dúvida? Deixe seu comentário abaixo!

O futuro de defensivos agrícolas: as novas tecnologias que veremos no campo

Conheça agora as soluções para o uso de defensivos agrícolas e fertilizantes: nova forma de pulverização, repelente para plantas e outras tecnologias que já estamos utilizando ou veremos em breve no campo.

Todos os dias temos notícias de novas tecnologias: celulares mais rápidos, carros mais potentes, computadores melhore, e por aí vai.

Com a agricultura não é diferente, novas e promissoras tecnologias vêm surgindo para melhorar a produção agrícola.

E não tem nada de modismo.

Assim como o celular entrou no nosso dia a dia, muitas dessas tecnologias farão parte do nosso cotidiano com o objetivo de facilitar as atividades.

Assim, separei aqui 4 novas tecnologias de uso de agrotóxicos, sendo que algumas já estão sendo implantadas com sucesso. Confira:

1.Uma nova solução para pulverização de defensivos agrícolas e fertilizantes

Ao aplicar os defensivos agrícolas e fertilizantes  na lavoura, o tamanho das gotas faz uma grande diferença.

Gotas maiores atingem seus alvos com maior precisão mas com menor cobertura. Já gotas pequenas dão maior cobertura, mas são mais propensas à deriva.

Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) encontrou uma maneira de equilibrar essas propriedades.

Ou seja, os pesquisadores acreditam ter encontrado uma maneira para que as pulverizações produzam gotas que não sofram tanto com deriva, mas que tenham boa cobertura do alvo.

Para isso, a equipe usou uma malha com pequenos furos entre o jato de defensivo e o alvo. Isso divide as gotas em um milésimo do seu tamanho.

Muitos tipos de materiais funcionam como essa barreira entre o jato e o alvo. O que importa é o tamanho das aberturas na malha e a espessura do material.

Para esse estudo em questão, os pesquisadores utilizaram uma malha de aço inoxidável comumente disponível.

As fotos abaixo ilustram como são produzidas as minúsculas gotas ao encontrar essa malha.

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As gotas menores na imagem à direita têm pouco efeito sobre a planta, enquanto as pequenas gotas à esquerda, produzidas ao encontrar a malha, atingem melhor as folhas

(Fonte: The Varanasi Research Group e MIT em Science Daily)

Essa malha ainda impede que as plantas sejam atingidas pelas gotas maiores de chuva, lavando os defensivos químicos das folhas.

Para a implantação da malha sobre a cultura é necessário que a mesma seja apoiada na planta ou em uma estrutura.

Assim, o produtor pode simplesmente usar um pulverizador convencional que produz gotas grandes e que, portanto, não sofrem deriva.

Então, as gotas são quebradas pela malha em gotículas finas, o que aumenta muito as chances de “grudar” em todo alvo.

É claro que na agricultura extensiva esse uso fica mais complicado. Porém, alguns agricultores já cobrem algumas pequenas culturas como forma de proteção contra pássaros e insetos.

> Como otimizar sua lavoura com pulverizador autopropelido

2. Defensivo agrícola que é repelente para plantas contra insetos

Pesquisadores da Universidade Técnica de Munique (TUM) desenvolveram um agente biodegradável que evita ataque de pragas à lavoura, mas sem envenená-las.

Você pode notar que o princípio é o mesmo do repelente de mosquitos que usamos comumente: apenas manter os insetos longe.

Os pesquisadores de Munique se inspiraram na planta de tabaco, que produz o cembratrienol (CBTol) em suas folhas para se proteger de pragas.

Assim, eles começaram a produzir biotecnologicamente essa substância.

Para isso, os cientistas isolaram as seções do genoma da planta do tabaco responsáveis ​​pela formação das moléculas de CBTol.

Depois, eles adicionaram essas seções no genoma da bactéria, fazendo com que elas produzam o ingrediente ativo CBTol.

Investigações iniciais indicam que o produto não é tóxico para todos os insetos, mas protege contra os pulgões.

Além disso, como ele é biodegradável, não se acumula no meio ambiente.

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Os pulgões evitam as plantas de trigo tratadas com  CBTol (direita) em relação com as plantas sem nenhum tipo de aplicação (esquerda)

(Fonte: Technical University of Munich (TUM) em Science Daily)

A substância ainda tem efeito antibacteriano nas bactérias gram-positivas. Isso significa que ela pode age especificamente contra alguns patógenos humanos, como Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Listeria monocytogenes.

A equipe ainda ressalta que essa nova abordagem abre as portas para uma mudança fundamental na proteção de cultivos.

Mas não foram só os pesquisadores de Munique que encontram uma solução mais sustentável para as pragas, como você pode ver a seguir:

> Veja como escolher o adjuvante agrícola e melhorar o seu manejo

> 6 dicas de compra de defensivos agrícolas para potencializar o manejo da sua lavoura

3. Abelhas que transportam defensivos agrícolas naturais

A empresa canadense Bee Vectoring Technology (BVT) desenvolveu um sistema em que as abelhas são quem transportam os defensivos agrícolas para as lavouras.

As abelhas criadas comercialmente entram em uma caixa, chamada de dispensador. Elas saem na outra ponta do dispensador prontas para levar o defensivo para campo.

Dentro da caixa elas passam por um material em pó especialmente formulado contendo material natural que adere às abelhas, permitindo o transporte de ingredientes ativos.

Assim, quando as abelhas pousam em flores para coletar néctar e pólen, elas deixam uma camada de defensivos para proteger a planta e/ou a futura fruta.

O grande “pulo do gato” nesse caso foi a produção desse pó que gruda nas abelhas e que, ao mesmo tempo, permite a mistura com ingredientes ativos.

soluções para o uso de defensivos agrícolas e fertilizantes

(Fonte: Bee Vectoring em New Scientist)

Segundo a empresa, o produto atende algumas culturas, como girassol, canola, tomate, pera, maçã e outras.

O pó pode conter uma variedade de substâncias, desde que não prejudiquem as abelhas. Por isso, a empresa trabalha especialmente com os defensivos naturais que você confere a seguir:

Beauveria bassiana

Usado para controlar uma variedade de insetos-praga, o Beauveria bassiana pode ajudar as plantas a combater cupins, tripes, moscas brancas, pulgões e diferentes besouros.

Estreptomicina

Utilizada para combater o crescimento de doenças bacterianas e fúngicas de certas frutas, vegetais e sementes. A estreptomicina é especialmente útil para o controle de doenças em algumas culturas.

Bacillus thuringiensis

As proteínas inseticidas cristalinas produzidas pelo Bacillus thuringiensis são usadas para controlar pragas de insetos em plantas.

4. Defensivos agrícolas: manejo e custos baseado em dados

Você nunca lembra ao certo quais foram as aplicações da última safra? Especialmente as doses e a mistura de produtos utilizada? E sobre a quantidade de uso de fertilizantes?

Ou sempre fica na dúvida se aquele produto mais caro realmente valeu a pena e qual foi seu custo por hectare.

Todas essas informações você pode ter em um caderno ou planilha atualizada e com todas as informações da safra de maneira organizada.

O problema é que a rotina pesada da lida da fazenda, juntamente com as inúmeras informações do campo tornam isso quase impossível.

>> 5 dicas infalíveis para uma aplicação de defensivos agrícolas mais eficaz

>> Como fazer controle de estoque de defensivos agrícolas em 5 passos

Com o software agrícola Aegro, você consegue ter todas essas informações de forma mais rápida e automatizada.

Sem falar nos gráficos e relatórios que te ajudam a visualizar como está tudo, tornando as tomadas de decisões muito mais seguras e assertivas.

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Você também tem seus custos, total e por hectare, baseado em todos os dados da lavoura, conhecendo seu custo real de produção.

Além disso, o Aegro ainda permite a importação automática da nota fiscal, o monitoramento de pragas georreferenciado e muitos outras atividades para colaborar com seu dia a dia.

Saiba mais sobre o Aegro falando com um de nossos consultores aqui.

Conclusão

Vimos aqui algumas soluções para o uso de defensivos agrícolas e fertilizantes.

Novas tecnologias envolvendo os defensivos agrícolas podem até parecer distantes da nossa realidade.

No entanto, cada vez mais vamos ver essas tecnologias em campo com o intuito de facilitar e automatizar as atividades.

Com tudo isso nós poderemos ficar menos tempo em trabalhos mecânicos, e focar no que mais importa, como em manejos e estratégias mais eficientes de produção.

Assim, cabe a você se atentar e avaliar quais são as tecnologias que mais podem te ajudar hoje, colocando seu foco e tempo no que mais interessa!

Leia mais:

>> Armazenagem de defensivos agrícolas: como fazer e o que é preciso saber

>> 8 perguntas para fazer ao seu consultor sobre defensivos agrícolas

>> [Infográfico] Defensivos agrícolas genéricos ou de marca: a batalha definitiva do que usar na sua propriedade

>> Tudo o que você precisa saber sobre resistências a defensivos agrícolas

Gostou do texto? Conhece outras tecnologias inovadoras de defensivos agrícolas? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Como melhorar sua gestão rural com o uso de drones

Nada substitui a botina suja do campo dentro da gestão rural.

Mas os drones, ou VANTs, não vieram para substituir, e sim complementar esse monitoramento em propriedades rurais.

Você bem sabe as horas de equipe, e consequentemente dinheiro, investidos no monitoramento de pragas e doenças.

Com o uso das imagens aéreas você consegue direcionar em que área sua equipe deve monitorar, economizando tempo, dinheiro e ainda sendo mais efetivo.

Os drones ainda te ajudam a melhorar sua estratégia de manejo, aperfeiçoando ainda mais sua gestão rural.

Para saber os principais usos dos drones e como eles te auxiliam na gestão rural confira este artigo!

O uso de drones dentro da gestão rural

Você pode até pensar que o uso de drones não tem nada a ver com gestão rural, mas a verdade é que a tecnologia agrícola está intimamente ligada à gestão.

Com as imagens aéreas produzidas pelos drones podemos visualizar a lavoura de modo muito mais fácil e rápido.

A partir dessas imagens podemos interpretar o que está acontecendo no campo e definir estratégias mais assertivas.

Temos como exemplo essa imagem aérea abaixo, mostrando a localização de plantas daninhas em uma lavoura:

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(Fonte: Horus)

Nessa imagem você pode notar que as partes amarelas (plantas daninhas) estão especialmente nas bordas dos talhões.

Isso faz sentido, já que as áreas adjacentes podem não possuírem nenhum tipo de manejo de plantas daninhas, ocorrendo chuva de sementes para a área da lavoura.

No entanto, notamos que os talhões 18, 19, 10 e 12 possuem infestações maiores que os demais em suas bordas, sendo recomendado a ida ao campo para verificar melhor manejo nas áreas ao lado dessas.

Dessa forma, vemos que pode ser criada uma melhor estratégia no manejo de plantas daninhas a partir das imagens aéreas, otimizando nossa gestão rural.

Essas imagens são importantes para todo tamanho de propriedade rural, mas é fato que em vastos campos as imagens aéreas ganham ainda mais relevância, já que há maior dificuldade de monitoramento.

Falando em monitoramento, veja o artigo “O que são mapas NDVI e como consegui-los de graça para sua fazenda“.

Agora detalhes de como pode ser o manejo de plantas daninhas com o uso de drones:

Os drones na gestão rural de plantas daninhas

As imagens aéreas feitas por drones nos ajudam a localizar onde estão as principais reboleiras de infestações.

Assim podemos identificar mais facilmente se houveram problemas na tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas, se há indícios de resistência de plantas daninhas, e muitos outros.

Isso ajuda no monitoramento da sua lavoura, orientando em quais locais sua equipe deve ir para verificar infestações, economizando recursos e otimizando seu custo de produção agrícola.

Como por exemplo, temos as imagens abaixo, onde podemos ver um pomar de citros com infestação de planta daninha de hábito trepador nas copas das árvores.

daninhas-citros-drones

Imagem à direita não tratada por software, e imagem à esquerda tratada para facilitar o reconhecimento de infestações.

(Fonte: Horus)

Sem esse tipo de imagem, a infestação seria muito difícil de ser identificada em campo.

Com as localizações exatas das infestações você também consegue fazer aplicações localizadas, economizando o uso de defensivos agrícolas.

Alguns softwares de drones geram arquivos que podem ser integrados com as máquinas, automatizando esses processos.

Esses fatores otimizam possibilitam que sua gestão rural seja ainda mais assertiva e eficiente, buscando cada vez mais melhores.

Os drones no manejo de doenças da sua lavoura

É fundamental sempre estar atento e avaliar a saúde das culturas, detectando possíveis doenças bacterianas, fúngicas e viroses.

Ao analisar uma cultura usando luz visível e infravermelha, os dispositivos carregados por drone podem identificar quais plantas refletem diferentes quantidades de luz em diversos comprimentos de onda.

Com isso, são produzidas imagens multiespectrais que rastreiam mudanças nas plantas e indicam sua saúde.

Assim você pode ter uma resposta rápida que pode salvar uma lavoura inteira.

Isso porque a doença é descoberta de maneira mais rápida e seu local é muito mais preciso, levando maior efetividade nas pulverizações.

E no caso de quebra de safra, você será capaz de documentar as perdas de uma maneira muito melhor para pedidos de seguro.

Mas o monitoramento pode também ser com o objetivo de observar o desenvolvimento da cultura, veja a seguir:

Acompanhe o desenvolvimento da sua cultura pelas imagens aéreas

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(Fonte: Horus)

Os defensivos agrícolas e até alguns outros tipos de manejo dependem do estádio fenológico da cultura para serem efetivos.

No caso de plantas daninhas na entressafra, por exemplo, se a planta estiver em seus estádios iniciais de desenvolvimento já sabemos que é mais fácil controlá-la.

Assim podemos tranquilamente utilizar apenas herbicidas de contato, como paraquat.

Se as plantas daninhas já estiverem adultas, ou seja, apresentarem mais que 4 folhas para espécies de folha larga, ou mais de um perfilho, para gramíneas, o manejo muda.

Nesse caso, recomendo a dessecação antecipada, com a aplicação de um herbicida sistêmico (como o glifosato) e após 15 a 20 dias, a pulverização de produto de contato, como o paraquat.

Dentro da safra a história não muda: dependendo do estádio da cultura e da planta daninha são indicados diferentes produtos e doses.

Para doenças e pragas sabemos que há épocas críticas da cultura que devemos estar mais atentos.

Além disso, saber o momento certo da adubação de cobertura e da realização da colheita garantem que sua produtividade não seja perdida.                                                                              

Ao invés de fazer esse monitoramento da cultura e das invasoras à campo e com dispêndio de horas trabalhadas da sua equipe, um drone pode fazê-lo.

É possível realizar voos periódicos durante todo o ciclo da cultura, inclusive antes e depois dela.

Dessa maneira vemos a saúde da vegetação, ataque de pragas e doenças, problemas devido à má calibração do maquinário, e outros, tudo em apenas alguns cliques e da onde você estiver.

Isso lhe dará muito mais segurança e certeza nas tomadas de decisão na sua gestão rural, com economia de tempo e, muito provavelmente, de insumos.

Mas frente a todos esses progressos, o que podemos esperar do uso de drones no futuro?

O que esperar dos drones e gestão rural no futuro

As tendências mostram que no futuro teremos frotas de drones autônomos que farão inúmeras tarefas coletivamente, facilitando nossa gestão rural.

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(Fonte: The Economist)

Esse enxame de drones seria baseado na comunicação mínima, mas eficaz, entre seus membros.

A ideia é que cada equipamento tome suas próprias decisões com base em estímulos locais.

Por exemplo, se o voo passar por uma passagem estreita, os equipamentos perceberiam isso e se agrupariam, enquanto que numa turbulência poderia ocorrer o contrário.

Para orientar cada drone em relação ao seu “vizinho” pode haver receptores GPS, mas estuda-se o uso câmeras e softwares capazes de reconhecimento de objetos e são mais versáteis e menos propensos a falhas.

Também há pesquisadores que estão estudando o controle de drones descentralizado.

Eles estão se inspirando na organização de colônias de formigas. Pode parecer loucura, mas também pode dar muito certo.

Para você entender melhor, quando é necessário ir para algum lugar desconhecido, primeiro vão algumas poucas formigas.

Se um número suficiente desses insetos retornam ao formigueiro as outras formigas recebem estímulos pelo cheio desses que retornaram, e assim o restante do formigueiro sabe que é seguro ir para esse local.

Isso as protege de condições meteorológicas perigosas ou predadores.

Além disso, se as primeiras formigas encontram dificuldades para encontrar comida, elas retornarão em um fluxo lento demais para estimularem as outras.

A intenção é que os drones poderiam, da mesma forma das formigas, tomarem decisões coletivas mais complexas além de simplesmente seguirem um ao outro em um bando.

Apesar dessas pesquisas incríveis, hoje ainda enfrentamos algumas barreiras no uso de drones, como segurança das operações, questões dos dados e a qualidade dos mesmos.

Para lidar com isso, o setor já está buscando sensores e câmeras cada vez mais sofisticados e equipamentos mais autônomos.

Conclusão

O monitoramento da lavoura é essencial, e agora com o uso de drones isso ficou mais rápido, ágil e assertivo.

Essa nova forma de monitorar o campo fornece informações de extrema relevância para tomada de decisão mais segura e eficiente, facilitando a gestão rural.

Desse modo, o manejo de plantas daninhas, pragas e doenças fica cada vez mais ágil e viabilizado.

Pesquisas futuras ainda mostram usos ainda mais complexos dos drones, fazendo com que sua gestão rural seja ainda mais eficiente e fácil em um futuro próximo.

>>Leia mais: “Drones e agricultura de precisão: 8 Pontos para você considerar”
>>Leia mais: “Software rural no sucesso da lavoura: A história de um produtor de Mato Grosso”
>>Leia mais: “5 maneiras de melhorar seu gerenciamento rural”

Gostou do texto? Tem mais informações sobre drone e gestão rural que não comentei aqui? Você também pode ter mais algumas perguntas, envie para nós comentando abaixo!

Regulagem do pulverizador: acerte na tecnologia de aplicação com estas dicas

Regulagem do pulverizador: confira o tamanho ideal das gotas, quais bicos utilizar, volume, faixa de aplicação e muito mais!

A pulverização é uma das atividades que merece atenção redobrada.

Além das perdas que podem ser causadas pelo amassamento das culturas, você pode perder dinheiro e produto devido às calibrações inadequadas.

A perda de defensivos durante a pulverização pode chegar a 70%!

Além de perder produtos, dosagens erradas podem aumentar os problemas nas lavouras.

Neste artigo, confira como regular melhor seu pulverizador, calcular o volume de pulverização ideal de calda e realizar aplicações mais eficientes.

O que são as tecnologias de aplicação e como isso pode te ajudar

As tecnologias de aplicação de defensivos agrícolas são comumente utilizadas nas propriedades agrícolas e mais conhecidas como pulverização agrícola, seja por pulverizador autopropelido ou tratorizado.

Mas o termo não se restringe apenas ao método da aplicação em si, mas na interação equipamento-ambiente.

Nas pulverizações sempre buscamos um melhor controle ambiental e eficácia na operação.

Por isso, o objetivo da tecnologia de aplicação é colocar a quantidade certa do ingrediente ativo no alvo desejado com a máxima eficiência e economia.

Existem diversos equipamentos para a realização da pulverização. Dentre eles, destacam-se aplicação por meio de aviões, fertirrigação, autopropelidos, tratorizados de barras acopladas, barras carreta, pulverizadores costais, etc.

Com o correto dimensionamento de todas as tecnologias, você terá:

  • funcionamento eficiente das barras;
  • menos falhas na faixa de aplicação;
  • redução do escorrimento ou gotejamento;
  • uso adequado da água;
  • pontas de pulverização adequadas para cada atividade;
  • dosagem dos produtos a fim de evitar toxidez e contaminação dos solos;
  • condições climáticas ideais para pulverização;
  • sobreposições mínimas.

Componentes básicos para regulagem do pulverizador

É evidente que no mercado existem centenas de marcas e modelos de pulverizadores. Porém, existem componentes básicos presentes na maioria deles.

Os componentes principais podem ser citados como:

  • tanque de armazenamento;
  • mecanismo agitador;
  • registro de controle de fluxo;
  • filtros;
  • bombas hidráulicas;
  • câmara de compressão;
  • regulador de pressão;
  • manômetro;
  • comando hidráulico;
  • tubulação de retorno;
  • barra de pulverização;
  • bicos de aplicação.

Os componentes podem variar de acordo com o modelo e especificação de pulverizadores.

>>Leia mais: Acerte nas aplicações de defensivos com planejamento agrícola

Check-list antes de pulverizar

Alguns procedimentos básicos devem ser tomados antes de iniciar a pulverização.

Para facilitar a verificação de cada um desses itens fizemos um checklist rápido e prático:

  1. cheque as condições climáticas ideais (temperatura entre 20°C-30°C, umidade 70%-90% e velocidade do vento de 3-10 km/h);
  2. utilize EPI adequado;
  3. use o produto adequado e dose correta;
  4. use água de boa qualidade;
  5. determine altura da barra (normalmente 1 m do chão até a barra);
  6. determine distância entre bicos;
  7. determine velocidade de trabalho ideal;
  8. cheque tanque de armazenamento e limpe se preciso;
  9. cheque mecanismo agitador;
  10. olhe filtros (linha, bicos, barra), limpá-los e trocá-los se necessário;
  11. cheque pressurização de todo o sistema, se existem vazamentos;
  12. cheque mangueiras e acoplamentos;
  13. confira se há vazamentos na barra de pulverização e secções;
  14. cheque bicos e filtros (limpar quando necessário);
  15. monitore a pressão de trabalho para cada conjunto de bico a ser utilizado;
  16. cheque a pressão e depois feche o manômetro durante a aplicação.

Alguns procedimentos devem ser realizados com determinada cautela.

A limpeza dos bicos deve ser realizada com escova de nylon (como escova de dentes) ou ar comprimido para evitar possíveis deformações no orifício.

Não é recomendado utilizar arames, canivetes ou agulhas para desentupir os bicos.

Além disso, pressões de trabalho abaixo do recomendado pelo fabricante da ponta causa distribuição não uniforme.

Já pressões mais altas podem acarretar, além de sobreposições, maior desgaste das pontas e maior risco de deriva.

Falando em pontas, nosso próximo tópico é um item essencial e que deve ser observado com cuidado na pulverização: os bicos! Confira:

Escolha dos bicos na pulverização

Vamos entender um pouco mais sobre as partes constituintes das pontas e bicos de pulverização.

Os bicos de pulverização definem 4 fatores. São eles a vazão, o espectro de gotas, a distribuição da aplicação e o potencial de deriva.

Existem diversos tipos de bicos presentes no mercado e cada um proporciona vazões diferentes, ângulos de pulverização, tamanho de gota e forma da distribuição.

Tais informações podem ser visualizadas conforme a imagem a seguir:

nomenclatura-bico

(Fonte: Copam consultoria)

São constituintes de um bico de pulverização: o corpo, o filtro, a ponta e a capa.

Existem bicos específicos para cada aplicação. No caso de bicos Teejet, temos algumas recomendações da Embrapa:

pontas-e-usos

(Fonte: Embrapa)

Mas você pode conferir o uso de bicos da marca que você já possui com o fabricante. Além disso, lembre-se que bicos também desgastam!

desgaste-bicos
gotas-e-coberturas

(Fonte: Teejet)

Recomenda-se a substituição dos bicos quando a vazão média ultrapassar em 10% a vazão de um bico novo.

Tipos de gotas na pulverização

Os tipos de gotas podem ser classificadas de acordo com seus tamanhos.

regulagem de pulverizadores

(Fonte: Phytusclub)

Mas, qual tipo de gota é o ideal? Depende do objetivo de cada aplicação, conforme veremos abaixo:

Para melhorar a cobertura dos alvos

Gotas menores (muito finas, finas ou médias) ou maior volume de calda.

Para menor volume e manter a cobertura

Gotas mais finas.

Para maior volume e manter a cobertura

Gotas maiores.

Para pragas e doenças de baixeiro

Gotas menores e maior volume da calda.

Cálculo da Vazão

Vamos ver agora como a calcular a vazão e a quantidade de litros de produto a ser gasto por hectare.

Com o auxílio de um copo medidor:

  • marque 50 m no terreno;
  • abasteça o pulverizador;
  • escolha a marcha de trabalho;
  • ligue a TDP;
  • acelere o motor até 540 rpm na TDP;
  • anote o tempo para o trator percorrer os 50 m;
  • com o trator parado na aceleração utilizada, abra os bicos e regule a pressão, de acordo com o recomendado;
  • colete o volume do bico no tempo igual ao gasto para percorrer os 50 m;
  • repita a coleta do volume e tire uma média;
  • se você tiver um copo graduado com a régua da figura abaixo, basta olhar na coluna a quantidade de l/ha de acordo com o espaçamento entre bicos para saber a vazão:
copo-detalhe-calibração

(Fonte: UFRRJ)

Se você não possui o copo graduado, pode usar o exemplo a seguir:

exemplo-calibração

(Fonte: UFRRJ)

Com isso, você pode planejar de maneira muito mais clara suas aplicações, o tempo necessário para essa atividade e a quantidade certa de produto que será necessário.

Além disso, temos hoje softwares que podem nos ajudar muito nessas atividades:

Softwares e aplicativos de pulverização

Existem alguns aplicativos que auxiliam na checagem da qualidade de aplicação do produto.

O software Gotas foi desenvolvido pela Embrapa e faz a análise da distribuição das gotas dispensadas nas lavouras, além de auxiliar os produtores na calibração de pulverizadores.

Segundo Aldemir Chaim, um de seus desenvolvedores, as perdas nas pulverizações podem variar de 20% a 70% dos produtos.

A tecnologia Gotas pode ser baixada neste link gratuitamente.

Além disso, agora você pode escolher com muito mais certeza seu bico de pulverização no site da Seletor de bico John Deere.

Você pode inserir características de seus produtos e operações e o programa seleciona os melhores bicos para utilização, de acordo com a especificidade.

Outro aplicativo muito prático é o Jacto Smart Selector.

O Jacto Smart Selector permite que seu usuário realize de forma simples e rápida a escolha correta do bico de pulverização. Através da indicação de variáveis climáticas, agronômicas e operacionais o aplicativo faz uma rápida seleção dos possíveis modelos de bicos a serem utilizados

Outro software essencial para ter o controle de suas pulverizações e saber o custo real delas é o Aegro.

Com ele, você também sabe corretamente o que foi aplicado nas safras passadas, planeja safras futuras e verifica o que e quando deve ser aplicado neste momento.

custo-realizado-defensivos-herbicida

Conclusão

A noção e realização das regulagens adequadas e funcionamento dos sistemas dos pulverizadores é essencial para pulverizações eficientes e mais econômicas.

Cada pulverizador possui características específicas, cujos vídeos e calibrações podem ser encontrados nos manuais e na internet.

Aqui você conheceu os componentes básicos de um pulverizador, como realizar a calibração de um jeito simples e fácil e a importância do tamanho de gotas na pulverização.

Vimos ainda como softwares podem deixar todas essas etapas mais simples, rápidas e assertivas.

Aproveite as informações, realize as calibrações e checagens necessárias antes de levar seu pulverizador ao campo e boa safra!

>>Leia mais:

6 dicas de compra de defensivos agrícolas para potencializar o manejo da sua lavoura

8 perguntas para fazer ao seu consultor sobre defensivos agrícolas

Qual é a sua dificuldade na regulagem do pulverizador? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo.

5 novas tecnologias envolvendo defensivos agrícolas

Parece que cada dia que passa fica mais difícil o controle por defensivos químicos.

Mas, felizmente, estão surgindo novas tecnologias para nos ajudar

Além de auxiliar, algumas tecnologias colaboram, inclusive, com o controle e a diminuição de desperdícios dos defensivos agrícolas.

Vamos ver nesse artigo um pouco sobre algumas tecnologias que vieram para somar na hora de alcançar as altas produtividades:

1.Defensivos agrícolas naturais

Dentre as tecnologias que vieram para ajudar no controle das pragas estão os Biopesticidas.

Conhecidos também por inseticidas biológicos.

Em sua composição podemos encontrar:

Trichogramma

Também conhecido como vespinha, é um inseto benéfico de grande eficácia para controlar os ovos das pragas.

defensivos químicos

(Fonte: Koppert)

Baculovírus

O Baculovírus é à base de vírus, possuindo eficácia para controle da lagartas pequenas, com até 1cm de comprimento.

Bacillus thuringiensis

O Bacillus thuringiensis  pode ser um bioinseticida ou ter algum de seus genes incorporados nas plantas.

A sigla “Bt” das sementes com tecnologia Bt que vemos por aí é justamente aos genes de Bacillus thuringiensis que fazem com que a planta produza proteínas inseticidas.

No caso do bioinseticida, o produto é eficaz no controle de várias lagartas comuns em grãos, sendo uma boa opção de manejo para lagartas mais novas de até 0,5 cm de comprimento.

No entanto, se você já possui cultura com tecnlogia Bt, não recomendo o uso desse bioinseticida, já que desse modo seriam dois manejos envolvendo a mesma tecnologia.

E isso aumenta a possibilidade de resistência a defensivos químicos.

Extrato de nim

A planta do nim tem mostrado atividade inseticida para várias espécies de pragas agrícolas, incluindo a Spodoptera frugiperda.

Saiba mais sobre o nim aqui.

MIP

O bom e velho conhecido de nós, o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que não é uma nova tecnologia, mas é essencial para obter sucesso a curto e longo prazo no manejo.

banner planilha manejo integrado de pragas

Paecilomyces lilacinus

Mais recentemente também foram lançados produtos a base de fungos para o controle de nematóides.

Um exemplo é o produto a base do fungo Paecilomyces lilacinus, que tem eficiência para controle de Meloidogyne incognita nas culturas de soja e alface.

nematóide-das-galhas

Nematóide Meloidogyne spp.(nematóide-das-galhas) em soja
(Fonte: Marcelo Madalosso em Phytus Club)

Pochonia chlamydosporia

Outro fungo para controle de nematóides é o Pochonia chlamydosporia, o produto foi posicionado para as culturas de soja, milho, algodão, olerícolas e frutíferas.

O período de carência, ou seja, o número de dias entre a aplicação do produto e a colheita é por volta de 30 dias.

Além disso, precisamos evitar a aplicação do fungo em períodos de estiagem, dando preferência para a aplicação ocorrer nas horas mais amenas do dia, como pela manhã.

O armazenamento desse produto também é importante, sendo essencial guardá-lo longe da luz, na sombra.

Saiba mais sobre armazenamento de defensivos agrícolas aqui.

Vale lembrar que se você for realizar manejos com produtos químicos e biopesticidas, deve-se avaliá-los quanto a seletividade a inimigos naturais e aos componentes do biopesticida.

grafico_site helicoverpa defensivos químicos

(Fonte: Embrapa)

2. Novas tecnologias de defensivos agrícolas para controle químico

Aqui podemos citar uma inovação da Embrapa Meio Ambiente em 2016.

Eles aprimoraram a pulverização eletrostática.

Pulverização eletrostática é um sistema universal de eletrificação de gotas, utilizando um sistema pneumático eletrostático transportado e o pulverizador costal eletrostático.

As cargas elétricas fazem com que a trajetória da gota de pulverização seja modificada, assim as gotas caem na parte superior e inferior das folhas das plantas.

Isso nos traz inúmeras vantagens, dentre elas:

  • Redução do uso de produtos nas lavouras;
  • Há diversas possibilidades de aplicações de defensivos agrícolas, de acordo com a necessidade de cada cultura, de pequeno, médio e grande porte, o que amplia sua utilização;
  • Baixo custo;

Capacidade de reduzir de 50% a 90% da calda aplicada por área.

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(Fonte:  Marcos Alexandre em Embrapa)

Você pode conferir mais sobre essa tecnologia neste link, nele tem vídeos explicativos sobre a pulverização eletrostática.

3. Defensivos químicos e veículos aéreos não tripulados (VANTs)

Como esta tecnologia pode te ajudar a ter um melhor controle

Os VANTs já são usados na agricultura para mapear e identificar doenças.

Agora é possível utilizar esses veículos aéreos como complementação às pulverizações convencionais.

Os VANTs identificam falhas de aplicação, ou reboleiras de plantas daninhas, doenças e pragas e, assim, fazem a aplicação de defensivos agrícolas de forma localizada.

Isso impede que as plantas, doenças e insetos se alastrem pela lavoura e reduzem a aplicação de defensivos em até 60%.

Veja também as principais doenças do milho neste artigo.

>> Se prepare na pré-safra: Como combater as principais doenças de milho, feijão e sorgo

Sensores ópticos

Utilizados na agricultura para avaliações de variabilidade espacial de atributos do solo;

Auxiliam na otimização e eficiência das operações agrícolas;

No Brasil são muito utilizados na aplicação de fertilizantes nitrogenados e mais recentemente na pulverização de defensivos agrícolas.

Um bom exemplo é o WeedSeeker® da Trimble.

Esse equipamento possui um sensor que identifica a ervas daninhas pelo verde da planta e aplica o herbicida somente onde a daninha se encontra:

Além disso, existem muito mais vantagens na utilização de sensores no campo, eles podem ser empregados de diversas formas e diferentes modalidade.

Leia mais sobre isso em: “8 maneiras de deixar sua lavoura mais inteligente utilizando sensores no campo”.

4. Aplicação variada de defensivos químicos

A aplicação homogênea, ou seja, colocar a mesma quantidade de insumo em toda a propriedade não é a melhor opção para um manejo efetivo e sem desperdícios.

A agricultura de precisão (AP) veio para revelar a variabilidade que existe na lavoura, possibilitando a interpretação de mapas e a aplicação em taxa variável.

Para se aprofundar no tema veja alguns artigos relacionados ao tema:

>> Software para Agricultura de Precisão: O guia definitivo para escolher um

>> 3 cursos de Agricultura de Precisão grátis (+ graduação e pós graduação que você pode fazer)

>> Guia absolutamente completo sobre agricultura de precisão na Pré-Safra

Mas você pode começar essa prática pela simples divisão dos talhões e verificando como ocorreram as atividades agrícolas, principalmente a produtividade por talhão.

colheita-indicadores

Além disso, o monitoramento dentro do manejo integrado de pragas te orienta em que faixa de área ou talhão precisam de mais ou menos aplicações.

Desse modo, você já começa a perceber as diferenças da sua lavoura, o que possibilita uma melhor gestão agrícola!

5. Novas tecnologias para gestão de defensivos agrícolas

Você já deve saber a importância da rotação dos mecanismos de ação dos defensivos químicos, de não deixar nenhum produto vencer e ter o controle de tudo o que foi aplicado.

Isso não é só crucial para as aplicações serem efetivas, mas também no controle dos custos de produção.

Mas são muitas operações, aplicações, defensivos…provavelmente você já se sentiu perdido na planilha ou caderno.

Em um software de gestão agrícola você tem todas essas informações organizadas, fáceis de serem visualizadas e tudo em um só lugar.

No software de gestão agrícola AEGRO, por exemplo, seus dados ficam seguros, sem perdê-los ou esquecê-los.

É possível também planejar as atividades durante a safra e acompanhar se estão sendo realizadas.

Você pode baixar o aplicativo de celular gratuito da AEGRO aqui para android, e aqui para Iphone.

Você pode ver mais em:

>> Como controlar os custos com um software de gestão agrícola

>> O que é um Software de Gestão Agrícola?

Tecnologia ajuda, mas não é tudo

Até aqui vimos algumas opções de tecnologias que podem auxiliar a hora da aplicação de defensivos.

Sabemos que a evolução nas operações agrícolas é constante e pode nos trazer inúmeras vantagens.

Mas devemos lembrar de que não adianta utilizar as melhores tecnologias disponíveis se não realizarmos os princípios da tecnologia de aplicação.

Ainda tem dúvidas?

Veja o estudo de caso realizado com um produtor que decidiu mudar e passar a utilizar um sistema de gestão nas suas fazendas:

>> [Estudo de caso] Como Elivelton reduziu 40% do seu custo de manutenção de máquinas com aplicativo para agricultura”.

Enfim, tem muitas novidades na lavoura, como “Novidades de máquinas e implementos agrícolas que ainda não vemos por aí”.

Conclusão

Cada vez mais as tecnologias têm nos ajudado no campo, principalmente em relação à aplicação de defensivos químicos.

Trouxemos neste texto algumas tecnologias que podem auxiliar na aplicação de defensivos e na gestão da lavoura.

E você, o que está esperando para dar o primeiro passo rumo a eficácia de gestão e aplicação?

>> Leia mais: “Agrofit: Conheça o maior banco de informações sobre defensivos do Brasil

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Helicoverpa armigera: histórico, importância, características e tecnologias de manejo

Helicoverpa armigera: como identificar, danos causados, ciclo de vida e culturas afetadas pela praga

A produção agrícola é um dos setores indispensáveis para a vida humana. Porém, com todo grande empreendimento vêm grandes desafios, e a lagarta Helicoverpa armigera é prova disso. Afinal, ela é uma das pragas agrícolas de maior importância nas lavouras.

A espécie já causou prejuízos de R$ 1,5 bilhão somente na Bahia, na safra de 2013. Para evitar mais acontecimentos com esse, medidas de manejo foram intensificadas para manter a praga sob controle.

Neste artigo, saiba tudo sobre identificação, manejo da lagarta helicoverpa e seis formas de controle. Aproveite a leitura!

Histórico da H. armigera no Brasil

A Helicoverpa armigera é uma espécie de mariposa, muito conhecida pelas lagartas que atacam a cultura do algodão. Foi identificada no Brasil em 2013, e antes era considerada uma praga quarentenária

Isso significa que a praga não têm origem no Brasil mas foi aqui introduzida, causando um desequilíbrio da ordem natural.

Assim sendo, essas pragas podem causar sérios prejuízos econômicos em áreas de produção agrícola, causando ameaça à economia. Segundo pesquisadores, a H. armigera foi introduzida no Brasil em 2008 e, aos poucos, alastrou-se pelas regiões produtoras.

Antes, havia dificuldade na identificação da Helicoverpa armigera. Muitas vezes, ela era confundida com outras lagartas, como a lagarta-da-maçã-do-algodoeiro e a lagarta-da-espiga-do-milho, que já existiam no país. 

Ainda, é pequena a diferença entre helicoverpa zea e armigera, o que confunde muito quem produz. Vinda da Oceania, a Helicoverpa armigera se adapta mais facilmente à soja e ao algodão. Por outro lado, a Helicoverpa zea vem do México e causa mais danos ao milho.

Ao longo do tempo, investiu-se em conhecer as características da H. armigera para controlá-la adequadamente, com desenvolvimento de tecnologias adequadas para seu genoma e ciclo de vida.

Ciclo de vida da lagarta helicoverpa spp.

O ciclo de vida da Helicoverpa armigera é composto pelas fases de ovo, lagarta, pupa e adulto. Você pode observar essas etapas a seguir.

 Ciclo de vida H. armigera
Ciclo de vida H. armigera
(Fonte: Embrapa)

Na fase de ovo, há um período de incubação de cerca de 3 dias. O ovo apresenta coloração branco-amarelado após a deposição, e se torna marrom próximo à eclosão da larva.

Após a eclosão dos ovos, é chegado o estágio larval da H. armigera. Ele apresenta seis sub-estágios. As lagartas de primeiro e segundo sub-estágio são pouco móveis na planta e apresentam coloração variando de branco-amarelada a marrom-avermelhada. 

Elas alimentam-se de partes mais tenras das plantas e podem produzir um tipo de teia, ou até mesmo um pequeno casulo. Com o crescimento das lagartas, as colorações mudam, variando de amarelo a verde, apresentando listras de coloração marrom nas laterais. 

É nesse momento de seu ciclo de vida que a praga se torna mais agressiva à cultura. Em seguida, é alcançada a fase de pupa, com duração entre 10 e 14 dias. Nele, a praga apresenta coloração marrom e está em processo de transformação de larva para adulto.

Já adulta, na forma de mariposa, a fêmea tem coloração amarelada e sobrevive em média 12 dias. O macho apresenta cor acinzentada e vive cerca de 9 dias. As mariposas podem ovipositar ovos nas folhas da cultura, dando continuidade ao ciclo de vida da praga.

Bioecologia da Lagarta Helicoverpa, demonstrando o seu potencial de disseminação e consequente alcance em outras culturas
Bioecologia da Lagarta Helicoverpa, demonstrando o seu potencial de disseminação e consequente alcance em outras culturas.
(Fonte: Embrapa)

Culturas de interesse e os danos da Helicoverpa armigera

Uma característica da helicoverpa é ser polífaga. Isso significa que ela pode se beneficiar de muitos hospedeiros, estando presente em uma ampla variedade de espécies de plantas. No Brasil, alguns hospedeiros da lagarta são: 

Os danos que essa lagarta causa às principais culturas de interesse econômico a tornam um alvo importante do manejo de pragas.

Danos causados pela Helicoverpa armigera

É na fase larval que a Helicoverpa armigera na soja e no algodão causa perdas nas culturas. Nela, as lagartas se alimentam de folhas e hastes, causando danos irrecuperáveis às plantas. 

Se a fase mais ativa coincide com o período reprodutivo da cultura, os botões florais, frutos, maçãs, espigas e inflorescências podem ser muito afetados.

As perdas podem ultrapassar 80% em lavouras de feijão e 60% em algodão. Os danos se caracterizam por deformações em folhas e frutos, favorecendo a entrada de doenças para o interior dos tecidos das plantas e a queda precoce de partes das plantas. 

A Helicoverpa armigera é uma praga difícil de controlar e seus danos são irreversíveis. Por isso, o manejo deve ser feito quando as lagartas estão presentes na área de cultivo, mas antes de apresentarem densidade populacional acima do nível de dano econômico.

Uma tática importante no manejo desta lagarta é a adoção do Manejo Integrado de Pragas. A adoção de diferentes estratégias de controle pode reduzir a população da lagarta na área de cultivo, mantendo a sua densidade populacional reduzida.

Manejo Integrado de Pragas da Helicoverpa armigera

Medidas de manejo isoladas não são eficientes para manter a população da praga abaixo dos níveis de dano econômico a longo prazo. Por isso, o que se sabe nesses dez anos de pesquisas para controlar a H. armigera é que o Manejo Integrado de Pragas é essencial. 

Com ele, é possível aplicar práticas adequadas para o contexto específico de cada área.

O MIP utiliza diversas técnicas, sem depender unicamente do controle químico. Com a integração de práticas, todas são potencializadas e protegem a eficiência dos inseticidas

Um dos princípios do MIP é a amostragem da praga. Essa etapa tem o objetivo de determinar qual tipo de manejo utilizar e quando é o momento mais adequado, para reduzir os danos da lagarta na lavoura.

Da mesma forma, o monitoramento e a identificação são práticas essenciais para determinar o momento correto de aplicar medidas de controle mais incisivas. Assim, é possível identificar o nível de equilíbrio e de controle, que indicam quando você deve agir.

Densidade populacional e nível de dano econômico de pragas
Densidade populacional e nível de dano econômico de pragas
(Fonte: Embrapa)

6 técnicas de manejo integrado eficientes contra a helicoverpa

Se você identificou ou desconfia da presença dessa lagarta na sua lavoura, usar técnicas de manejo o quanto antes é essencial. Fique de olho nas principais formas de controle dessa praga agrícola.

1. Controle cultural

Como a H. armigera é polífaga, o controle cultural é uma opção para diminuir a população da praga. A prática consiste em manter a área livre de qualquer planta hospedeira por determinado período. Assim, os espécimes presentes não têm chances de se desenvolver.

Por isso, no período de entressafra, é importante deixar a lavoura sem a presença de plantas de que a H. armigera possa se beneficiar. Isso inclui plantas tigueras da própria cultura recém colhida, daninhas e restos culturais.

Além disso, pode-se utilizar o calendário de plantio curto, em combinação com cultivares de ciclo reduzido. Isso diminui o período de cultivo e possibilita que a lavoura tenha uma janela de inatividade.

Dessa maneira, não se reduz a produção, mas é possível evitar ter plantas em vários estágios de desenvolvimento. Eles servem de fonte de alimento para a lagarta.

2. Controle genético

Outra estratégia de manejo para a lagarta H. armigera é o uso de cultivares resistentes. Uma tecnologia bastante utilizada são plantas com tecnologia Bt, variedades geneticamente modificadas com o gene de uma bactéria que é tóxica para alguns insetos.

As pragas, no entanto, também têm a capacidade de se adaptar a essa tecnologia, que passa a não apresentar a eficiência esperada depois de algumas safras. Felizmente, as áreas de refúgio são alternativas para preservar a qualidade das cultivares resistentes.

Nessa estratégia, parte da área cultivada é semeada com plantas não resistentes, de maneira a evitar a seleção de pragas e manter a eficiência do controle genético. Por isso, a tecnologia Bt e as áreas de refúgio são sempre complementares no manejo.

3. Identificação, amostragem e monitoramento

Conhecer o ciclo de vida dessa lagarta ajuda a entender em que fase ela ataca a cultura e como é possível identificá-la. Além disso, o conhecimento das fases do ciclo de vida é importante para a amostragem da H. armigera para a realização do manejo.

Para identificar a H. armigera, a primeira característica que pode ser observada é a presença de pontuações escuras no quarto e/ou quinto segmento da lagarta. Eles formam um semicírculo e apresentam aspecto mais endurecido.

Características principais da lagarta Helicoverpa que permitem a sua identificação à campo.
Características principais da lagarta Helicoverpa que permitem a sua identificação à campo.
(Fonte: Gabriella C. Gaston em Embrapa)

Por terem colorações diversas ao longo das diferentes fases de seu desenvolvimento, avaliar a disposição das pontuações é a melhor maneira de diferenciá-la das outras espécies. Além disso, verifique as listras nas laterais do tórax, no abdômen e na cabeça.

Caso você ainda tenha dúvidas sobre a identificação da lagarta H. armigera, não deixe de procurar um laboratório que identifique a espécie que você encontrou na sua lavoura. 

A amostragem é feita a partir da contagem dos adultos de H. armigera, por meio de armadilhas luminosas ou com feromônios. A captura e a contagem das mariposas permite prever o potencial de ovos e de lagartas de H. armigera na sua lavoura em um prazo curto.

Tudo isso oferece mais agilidade no manejo. Também é necessário monitorar as plantas durante todo o ciclo do cultivo. Verifique se há presença de lagartas, por meio do pano de batida, ou dos danos que ela causa nas folhas e caules.

Para te ajudar nesse processo, separamos uma planilha gratuita para tornar o MIP na sua fazenda mais assertivo. Basta clicar na imagem abaixo para acessá-la:

Banner planilha- manejo integrado de pragas

4. Controle biológico

Esse tipo de manejo consiste em inserir na área um agente de controle biológico que funcione como inimigo natural da praga.  Entre os insetos benéficos, podemos encontrar os parasitóides e predadores da lagarta. 

Existem também vírus, bactérias, fungos e nematoides capazes de diminuir a população das lagartas. Contra a helicoverpa, a vespa Trichogramma spp. apresenta bons resultados. Há ainda inseticidas biológicos à base de Trichogramma pretiosum.

Outro exemplo de produtos biológicos eficientes contra a H. armigera são aqueles à base da bactéria Bacillus thuringiensis. Elas são capazes de quebrar o ciclo da lagarta.

Como a tecnologia Bt está presente em sementes de cultivares resistentes, o uso das duas técnicas de forma conjunta não é ideal. Isso serve para evitar a pressão de seleção à resistência, que aumenta quando são usados dois produtos com a mesma ação.

Também vale lembrar da existência de inseticidas à base de patógenos virais, como os compostos pelo vírus Nucleopolyhedrovirus. Ele age após ser ingerido pela lagarta, quando ela se alimenta da cultura.

O produto causa redução da alimentação e locomoção da lagarta, até a morte. Este processo dura entre 3 e 7 dias, com efeito mais rápido em lagartas mais jovens. O interessante é que as lagartas contribuem para dispersar o vírus no ambiente.

5. Controle químico

A principal forma de controle da Helicoverpa armigera é o uso de inseticidas químicos em rotação de princípios ativos. O objetivo é evitar a pressão de seleção da praga.

O Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas já identificou casos de resistência de H. armigera a inseticidas à base de piretróide no Brasil. Já a Embrapa demonstrou que há mais de 600 relatos de resistência da H. armigera a vários grupos de inseticidas no mundo.

Por isso, compreender o histórico da área de cultivo quanto à incidência da praga e integrar as práticas de manejo são ações fundamentais. Elas irão assegurar a eficiência das soluções e a longevidade de seus princípios ativos. 

A escolha de um inseticida deve considerar quatro fatores:

  • seletividade a inimigos naturais;
  • custo-benefício;
  • eficiência em campo;
  • combinação de ativos.

Para a maior eficiência do controle químico, você deve utilizar rotação de produtos com diferentes modos de ação dentro do MIP. A aplicação de inseticida deve começar quando a praga atinge o nível de controle no processo de amostragem.

6. Gestão agrícola por softwares

Você pode achar que gestão agrícola não tem nada a ver com manejo de pragas. Entretanto, relembre alguns pontos importantes para o controle da Helicoverpa

  • uso de inseticidas com rotação de mecanismos de ação;
  • aplicação de inseticidas mais seletivos;
  • uso de outras formas de manejo, como tecnologia Bt e produtos biológicos;
  • realização do monitoramento e aplicações somente ao atingir o nível de controle.

Para cada uma dessas questões, a gestão agrícola tem um papel fundamental. Felizmente, muitos processos e informações que guiam as escolhas no campo já são amparadas por tecnologias digitais, a partir de softwares.

Esses softwares automatizam o levantamento de dados e facilitam sua visualização. Ainda, com essa tecnologia, você tem o histórico das safras anteriores. 

Desse modo é possível registrar e consultar os produtos que usou na safra passada e conferir sua eficiência. Além disso, você pode fazer um plano de manejo com a rotação de mecanismos de ação de maneira estratégica.

Você também fará o planejamento agrícola de maneira fácil e poderá saber com antecedência quais os melhores produtos a serem utilizados. Isso permite mais tempo para a busca de melhores preços no mercado.

Assim, fica fácil decidir o que fazer em cada etapa da safra, obtendo o manejo eficiente não só da lagarta, mas da lavoura como um todo. As tecnologias digitais também oferecem um sistema georreferenciado para monitoramento de pragas, por meio de mapas de calor.

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Mapa de monitoramento de pragas com o Aegro

Outra vantagem de contar com um software para a gestão agrícola é o controle financeiro e o manejo de riscos à rentabilidade. A ferramenta permite entender em detalhes: 

  • quanto foi gasto em inseticidas durante a safra passada;
  • qual o custo por talhão;
  • rendimento de cada área;
  • retorno sobre o investimento.

Essas informações têm a finalidade de entender se houve prejuízo ou ganhos nos talhões mais infestados. Com o Aegro, isso fica fácil e simples de ser visualizado. Veja uma prévia a seguir:

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Conclusão

Entender sobre a H. armigera é indispensável para evitar danos diretos à lavoura e para um bom planejamento de quais culturas serão implantadas depois. 

Ainda, esse conhecimento te ajuda a entender melhor sobre seus custos de produção e como otimizá-los. 

Para o controle da lagarta helicoverpa é fundamental a adoção do Manejo Integrado de Pragas. Ele ajuda no alcance de um controle eficiente e na manutenção da vida útil dos inseticidas e das cultivares resistentes disponíveis no mercado. 

Você conhecia o ciclo de vida da Helicoverpa armigera? Qual método de controle você utiliza no controle da lagarta? Adoraria ver seu comentário abaixo.