Quais os impactos da nanotecnologia na agricultura?

Nanotecnologia na agricultura: saiba o que é, como ela está presente no agro e quais as potenciais vantagens pode trazer à produção

Quando falamos em nanotecnologia, a primeira coisa que nos vem à mente são os filmes de ficção científica e cenários futurísticos, não é mesmo?

Isso pode até parecer coisa de filme de ficção. Entretanto, nos últimos anos, já é realidade em diversas áreas do conhecimento.

A nanotecnologia já está presente em diversos setores da produção agrícola, na agricultura de precisão e no meio ambiente.

Quer saber mais sobre como a nanotecnologia na agricultura vem sendo utilizada na prática, e como ela pode estar ao seu favor? Confira a seguir!

O que é a nanotecnologia?

Nanotecnologia é um conjunto de atividades ou mecanismos que ocorrem em uma escala extremamente pequena. No entanto, elas têm implicações significativas.

Esses mecanismos estão muito além da percepção dos olhos humanos. Afinal, a escala nanométrica equivale à bilionésima parte do metro.

A ideia de nanotecnologia pode ser um pouco abstrata para muitos. Em 1 metro, há 1 bilhão de nanômetros. Para você ter uma melhor ideia de quão pequeno é um nanômetro, observe a escala.

Imagem mostra escala de tamanhos nanométricos.

Escala nanométrica de diversas estruturas

(Fonte: Minas faz Ciência)

Os nanômetros são estruturas que têm o tamanho aproximado de um vírus. Elas são ainda menores que as bactérias!

Essas estruturas são totalmente invisíveis sem o auxílio de equipamentos, como microscópios.

Potencial da nanotecnologia na agricultura

No âmbito da produção agrícola, a nanotecnologia pode ser muito útil.

Na agricultura, ela ainda está dando seus primeiros passos. Mas é importante lembrar que já existem muitos grupos de pesquisa atuando na área.

Existem áreas, como a medicina, já mais avançadas no uso da nanotecnologia. Elas trabalham não apenas com nanopartículas, mas também com nanorobôs.

Para entender como a nanotecnologia pode se encaixar na agricultura, é possível traçar um paralelo entre ela e a eletricidade.

Antes, a eletricidade era pouco utilizada, mas em poucos anos tornou-se essencial.

A aplicação da nanotecnologia na agricultura será um ponto chave para o aumento da produção de alimentos no mundo.

O aumento produtivo trará inúmeras vantagens. Essas vantagens serão econômicas, relacionadas à qualidade de vida e ao meio ambiente.

O aumento não ocorrerá da forma convencional, com a expansão das áreas cultivadas. Acontecerá pela melhoria da qualidade de processos agroindustriais.

O Brasil, como um dos principais produtores agrícolas do mundo, não poderia estar fora dessa. E não está.

Com apoio e incentivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação e da Finep, foi criado o LNNA (Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio).

Além disso, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) vem estudando e pesquisando soluções para o agronegócio e a agroindústria. Ela formou a rede Agronano, composta por diversos pesquisadores brasileiros.

Aplicações da nanotecnologia na agricultura

A agricultura por si só é um ramo amplo. Ela engloba os processos de produção dos insumos, os sistemas de produção, a pós-colheita e o processamento dos mais diversos produtos.

Da mesma forma, o potencial de aplicação da nanotecnologia na agricultura é bem diversificado.

Atualmente, os principais pontos de maior atuação da nanotecnologia na produção agrícola são seis:

  • entrega de agroquímicos;
  • entrega de fertilizantes;
  • entrega genética;
  • remediação do solo;
  • degradação de agroquímicos;
  • nanosensores.

Todas essas áreas, apesar de diferentes, garantem para o produtor rural a produtividade. Além disso, preservam o meio ambiente e a economia de insumos.

E para isso, surgiram as principais demandas em que a nanotecnologia pode atuar.

Fertilizantes que apresentam maiores taxas de absorção e aproveitamento pelas plantas, ou ainda, que não segregam no processo de formulação.

Além disso, agroquímicos com maior eficiência, que não causam prejuízos ambientais, sejam eles herbicidas, inseticidas ou fungicidas.

Também existe um potencial de aplicação para o pós-colheita dos produtos agrícolas:

  • aumento da vida útil de frutas e verduras;
  • biofilmes e bioplásticos que reduzem a pegada de carbono.

Exemplos de nanotecnologia na agricultura

Óleo de citronela em nanocápsulas

Pesquisadores conseguiram desenvolver e encapsular nanopartículas de óleo de citronela.

Essas nanocápsulas com o óleo atuam como inseticidas. Elas se mostraram eficientes para evitar a aproximação do ácaro-rajado de plantas de feijoeiro.

Para melhorar, as nanocápsulas são feitas de zeína, uma proteína natural do milho. Ou seja, não deixam resíduos plásticos.

A imagem mostra um esquema, que representa como são feitos os nanorrepelentes de citronela.

Processo de produção de nanorrepelente de citronela

(Fonte: Revista Fapesp)

Diferente da pulverização convencional, o uso dessas nanocápsulas protege e faz com que a liberação da citronela ocorra de forma gradual. Isso aumenta o tempo de atuação do produto.

E há potencial de utilizar esse produto em outros cultivos que também são atacados pela mesma praga. Esse conceito pode ser aplicado para outros princípios ativos e outras culturas.

Inovação da fertilização: fertilizantes e bioestimulantes

A nanotecnologia permite a otimização de agroquímicos. O caso dos fertilizantes não é diferente.

A liberação controlada de fertilizantes ou de bioestimulantes pode desencadear reações nas plantas. 

Essas reações podem ser redução da resistência, de estresses e da abscisão foliar.

Outra realidade são os fertilizantes compostos de macronutrientes. Eles são envoltos por uma película de micronutrientes, evitando desuniformidade.

O produto Microactive vem sendo desenvolvido pela Embrapa, em parceria com empresas privadas.

A nanotecnologia e os herbicidas

Os herbicidas também se aliaram à nanotecnologia para garantir aumento de eficiência e melhor distribuição de produto.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina conseguiram reduzir em 10x o uso do herbicida atrazina em ensaios.

Apesar de ainda ser uma descoberta inicial, esse avanço é muito importante. Afinal, além de resultar em menor impacto ao meio ambiente, também significa economia para o produtor rural.

Da mesma forma que os fertilizantes, os herbicidas nanoencapsulados têm uma liberação mais lenta e gradual. Isso aumenta sua uniformidade de distribuição e eficácia.

Monitoramento e controle de pragas e doenças

Os princípios ativos podem ser combinados com a nanotecnologia para auxiliar no controle das pragas. Mas como eles poderiam auxiliar no monitoramento?

Muitos já estão acostumados com a presença de sensores na agricultura. Eles estão nas máquinas, nos implementos de agricultura de precisão ou nos sistemas de irrigação.

Graças à nanotecnologia, agora há também os nanosensores, que podem fazer o monitoramento inteligente da propriedade rural.

Esses nanosensores podem atuar na agricultura, pecuária, e até mesmo no monitoramento ambiental e na rastreabilidade de produtos.

Na agricultura, podem monitorar a produtividade, o amadurecimento e o desenvolvimento de doenças em plantas ou animais no campo.

A nanotecnologia e a água

A nanotecnologia também pode ajudar a agricultura na gestão hídrica. Isso é possível através do hidrogel.

A Embrapa Instrumentação, em parceria com a Fertigel, desenvolveu um gel nanomolecular que controla a liberação da água.

Ele é composto de um polímero modificado por nanopartículas. Essa modificação faz com que o polímero consiga absorver até 600x seu peso em água.

Após hidratado, o produto consegue liberar água e nutrientes de forma controlada.

Isso implica na redução de lixiviação de fertilizantes, redução da perda de água para o solo e no bom desenvolvimento das plantas, mesmo na seca/veranicos. 

Além disso, também ajuda na economia de água.

Embalagens e vida útil dos produtos vegetais

A produção de embalagens biodegradáveis, sem o uso de plástico, é algo revolucionário na produção sustentável, não é?

Imagine agora que essas embalagens façam também a regulação da taxa respiratória dos produtos vegetais. Imagine que realizem o bloqueio de patógenos.

Isso é possível devido à aplicação da nanotecnologia na criação das embalagens.

Diferentes processos podem criar coberturas, revestimentos ou embalagens que realizam diferentes funções.

Isso garante ao consumidor produtos de qualidade, além de reduzir o desperdício!

Imagem mostra mulher com luvas e touca no cabelo fazendo nanoemulsão em ceras de carnaúba em um mamão, duas laranjas e três maçãs.

Nanoemulsão em ceras de carnaúba da Embrapa

(Fonte: Embrapa)

Essas coberturas e revestimentos são comestíveis, e não trazem prejuízos aos consumidores.

banner que convida o leitor para baixar um informativo, de diagnóstico de gestão 360º da propriedade rural

Conclusão

A nanotecnologia terá cada vez mais aplicações na agricultura.

Os exemplos do texto foram apenas alguns em meio a um universo de possibilidades.

Os resultados que temos são muito promissores, mas ainda é necessária muita pesquisa para refinar os resultados.

Tudo o que é novidade pode causar certo receio e medo. Mas lembre-se do exemplo da eletricidade: quando menos esperamos, estará por todos os lados.

Por isso, fique de olho nas novidades que estão surgindo. Não fique para trás nessa nova revolução agrícola!

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Gostou de aprender um pouco mais sobre o uso da nanotecnologia na agricultura? Deixe seu comentário pra gente!

4 dicas para melhorar a gestão de tempo na fazenda

Gestão de tempo na fazenda: saiba como organizar sua rotina de atividades no campo com o auxílio de processos e ferramenta digital!

Gerir uma fazenda demanda tempo. Mas o que fazer quando não conseguimos administrar esse tempo?

Esse é um desafio de muitos produtores rurais, e tem impacto direto na produtividade de cada safra. 

Felizmente, você pode solucionar esse problema com algumas mudanças práticas que trazem diversos benefícios.

Já te adianto: usar as horas do seu dia da melhor forma é o caminho! 

Por isso, separei 4 dicas fáceis que vão te ajudar a melhorar a gestão de tempo na fazenda. Confira a seguir.

Por que a gestão de tempo na fazenda é importante?

Na rotina do campo, atividades de escritório e operação frequentes, como controle financeiro e decisões de manejo, se misturam a contratempos. 

Em meio a essa quantidade de afazeres, fica difícil conciliar os diferentes setores e dar a atenção necessária a cada tarefa.

Nesse caso, a falta de organização só colabora com a perda de tempo. Isso torna a operação insustentável, enquanto causa estresses desnecessários e afeta a lucratividade.

Para modificar esse cenário, a gestão de tempo na fazenda é a ferramenta ideal

Quando temos noção das tarefas que devem ser realizadas – seus prazos e o empenho que deve ser destinado a cada uma delas – otimizamos nosso dia

Ou seja, você é capaz de executar suas funções em um tempo menor que antes. Isso contribui para um trabalho cada vez mais produtivo, além de outros benefícios, como:

  • mais foco no que é importante;
  • facilidade para planejar e alcançar objetivos;
  • melhor desempenho das equipes;
  • capacidade de identificar problemas com antecedência, reduzindo erros e gastos;
  • maior controle financeiro, diminuindo desperdícios;
  • eficiência para melhorar os resultados.

Todavia, isso exige planejamento, paciência, disciplina e prática. Por isso, listei um passo a passo de como implementar a gestão do tempo em sua propriedade rural.

Dicas de gestão de tempo na fazenda

Comece aos poucos e amplie progressivamente para diferentes atividades e cargos. Lembre-se que a ideia não é complicar ou engessar processos, mas simplificar seu dia a dia.

Na hora de compartilhar as novas estratégias com os funcionários, comunique com clareza. Destaque as vantagens dessa transição e tire todas as dúvidas necessárias.

Sempre que possível, fique disponível para troca cotidiana de experiências e dificuldades.

Esse período que você dedicará para aplicar as mudanças não será em vão, pelo contrário! A partir dele se ganha tempo, qualidade de trabalho e melhorias de gestão. 

1. Mapeie suas tarefas

Visualizar a sequência produtiva de atividades da lavoura, do macro (grandes processos) ao micro (pequenos processos), é o primeiro passo. 

Para isso, comece anotando as atividades que são de sua responsabilidade, partindo do mais amplo para o mais detalhado. 

Por exemplo, se você executa atividades administrativas, dentre elas está o planejamento de safra. Ele envolve definir o orçamento de custos e assim por diante, até as coisas mais simples, como a verificação de e-mails. 

Não economize na descrição dos procedimentos, incluindo cada pequena ação dentro de uma sequência de execuções

Em tarefas que passam por várias mãos, descreva também o responsável por cada etapa e seu setor.

Com o mapeamento pronto, você terá uma melhor compreensão de tudo. Dessa forma, ficará claro o que é dispensável, o que gera atritos e o que deve ser otimizado.

Demonstração do melhor software para a gestão de tempo na fazenda

2. Classifique por níveis de prioridade

Com todas as atividades listadas, vamos ao segundo passo: classificar e priorizar.

Nesse caso, a classificação de período é a inicial, pois é ela que determina a urgência e com qual regularidade você deve executar tal ação: diariamente, semanalmente, a cada início/fim de safra ou esporadicamente

É comum finalizar essa organização e ver uma agenda lotada. 

Como não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, mas também não se pode perder o prazo de certas demandas, a solução é criar um cronograma embasado em diferentes níveis de prioridade

Uma das formas mais populares para definir essa categorização é a de “importante ou urgente”. Essa técnica é utilizada por diversos profissionais, e é conhecida como Matriz Eisenhower.

  • Importantes: são todas as tarefas que exigem planejamento e maior tempo de realização;
  • Urgentes: são todas as tarefas que exigem resposta rápida em um menor prazo.
Gráficos que demonstram o quanto de tempo você precisa gastar em tarefas importantes, não importantes, urgentes e não urgentes.
Gráfico de gestão de tempo na fazenda
(Fonte: “Sucesso no Leite”, Paulo Machado)

Além disso, aproveite este momento para determinar os afazeres que podem ser padronizados, substituídos ou automatizados. 

Cada uma dessas modificações ajuda a reduzir situações que ocupam seu tempo indevidamente ou de forma repetitiva. 

3. Crie uma rotina

Com um conhecimento aprofundado de suas prioridades, é mais simples criar e executar uma rotina de trabalho produtiva, saudável e realista

Assim, o terceiro passo é montar um cronograma que te ajude a visualizar as atividades e quando colocá-las em prática

Para que ele seja efetivo, faça uma distribuição viável de tempo para cada demanda. Evite o acúmulo de tarefas e reserve tempo extra para possíveis imprevistos

Outra dica que pode ajudar é descobrir o período do dia em que você se sente mais produtivo e motivado. Independente de quando for, coloque as atividades mais importantes para serem feitas nesse momento.

No Aegro, uma forma eficaz de estipular a rotina para sua fazenda é utilizando a aba de atividades

Nela, você consegue planejar todas as operações da safra, desde o preparo do solo até a colheita. A cada ação, você determina o período para execução, a área, os insumos, o maquinário e a equipe. 

Tela do aplicativo Aegro, na aba de planejamento de atividades de safra.

No Aegro, você consegue planejar e visualizar todas as atividades de safra, sem sair do lugar

Além de facilitar a organização, isso também garante mais autonomia aos funcionários. Eles podem acessar a tarefa pelo aplicativo diretamente da lavoura, mesmo sem internet. 

Outra opção é você gerar um relatório para ser enviado via WhatsApp, como uma ordem de serviço.

Imagem de relatório digital de atividade gerado pelo Aegro.

Relatório de atividade gerado pelo Aegro. Dados fictícios.

Com essa informação em mãos, seus funcionários executam a demanda e depois a registram no aplicativo. Pelo software agrícola, você pode acompanhar a execução dos trabalhos sem se preocupar. 

Imagem de uma tela de celular com o aplicativo Aegro aberto, na aba de aplicações de defensivos.

Acompanhe os registros de todas as atividades pelo Aegro através da tela do seu celular

4. Automatize as tarefas burocráticas recorrentes

Boa parte do cotidiano de uma fazenda é voltada para atividades burocráticas e repetitivas. Com o avanço da tecnologia, o que era feito manualmente pode e deve ser automatizado para a melhor gestão de tempo na fazenda.

Nesse caso, um software de gestão como o Aegro pode ser seu grande aliado, pois ele ajuda a centralizar informações da fazenda e organizar fluxos de trabalho. Isso agiliza tanto a execução quanto a análise dos processos operacionais. 

Um bom exemplo é a opção de planejamento das atividades da safra. Logo que elas são concluídas pela sua equipe, o aplicativo já desconta no estoque os insumos utilizados e contabiliza as horas de trabalho do maquinário.

Quando se trata de financeiro, também existem várias facilidades! Primeiro, as despesas contínuas e padrões, como salários de profissionais, podem ser programadas para se repetirem no futuro de maneira recorrente.

Os custos de compras de insumo e outros podem ser importados por XML ou manualmente. 

Em ambos os casos, é feita a entrada automática da quantidade no estoque. O mesmo vale para o lançamento de uma nova receita, para a qual você também pode emitir a nota fiscal de venda e atualizar a quantidade no silo.  

Outra possibilidade é conectar a sua conta à Sefaz. Assim, todas as notas fiscais emitidas contra o seu CPF são automaticamente importadas para dentro do Aegro. 

Basta confirmar com um clique o registro do custo, mantendo o fluxo de caixa atualizado. 

Além disso, cada ação que você registra no Aegro alimenta indicadores de maneira automática. Saiba, por exemplo, qual é o seu custo por hectare em poucos segundos, sem precisar fazer cálculos ou cruzar diferentes planilhas.

Conclusão

Conforme esses primeiros passos são realizados, você vai notar uma grande diferença. 

Uma vez feitos, não é preciso repeti-los, é só revisar e atualizar as informações de acordo com sua necessidade ou o crescimento da produção.

Mesmo assim, cada fazenda tem sua própria realidade e talvez não seja tão simples de se aplicar as dicas na prática. De qualquer forma, mesmo a introdução da menor modificação já faz a diferença em facilitar sua rotina.

Para tal, conte com a ajuda da Aegro! Nosso software para gestão de fazendas busca otimizar processos do campo ao escritório, podendo ser acessado de qualquer lugar, de forma prática e rápida. 

Aproveite também todos os conteúdos e materiais ricos sobre gestão e agronegócio, disponibilizados gratuitamente aqui no blog!

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Como a gestão agrícola pode trazer mais lucro para sua empresa rural

Aegro Conecta 2: veja o que aconteceu na segunda edição do evento

Como melhorar a qualidade do solo com o terraceamento

Terraceamento: conheça a prática conservacionista que visa ao controle da erosão e à conservação do solo e da água

Você já pensou em usar o terraceamento para evitar a erosão do solo e melhorar a infiltração de água na lavoura? Além de ajudar na compensação ambiental por preservar o solo, essa técnica ajuda nas altas produtividades da cultura.

Além desses benefícios, essa prática também ajuda a manter o solo fértil e produtivo.  Conhecer o tipo de solo é essencial para escolher qual técnica utilizar.

Neste artigo, você vai aprender a fazer o terraceamento e a definir o tipo ideal para a sua propriedade. Confira a seguir!

O que é o terraceamento agrícola?

O terraceamento é uma prática que evita a erosão do solo, retém a água no terreno e mantém a produtividade e a fertilidade do solo

A técnica consiste na construção de terraços para reduzir o escoamento da água da chuva. 

Ilustração que demonstra a função do terraço: reter a água da enxurrada.

A função do terraço é reter a água da enxurrada

(Fonte: Lombard Netto et al., 1994)

Ilustração que mostra as partes que compõem um terraço: o aterro, o corte e o nível original do terreno.

Partes componentes de um terraço

(Fonte: Bertolini & Cogo, 1996)

A área da lavoura é dividida em curvas de nível. Nelas, são construídos os terraços no sentido transversal ao escoamento da água. O objetivo é reduzir a velocidade da enxurrada. Os benefícios podem ser potencializados com a utilização de outras práticas conservacionistas do solo, como:

Como fazer o terraceamento?

Seguindo as recomendações da Embrapa, é possível realizar um terraceamento com trator e arado. Bastam apenas cinco etapas.

Alguns materiais e equipamentos são necessários. Você precisará de uma trena com 30 metros, de piquetes de madeira para cada 15 metros da sua lavoura e de uma mangueira de pedreiro com 35 metros.

Além disso, um trator agrícola 75 cavalos e arados de três discos são essenciais.

1ª etapa: definição da textura do solo

É preciso definir se a textura do solo da sua propriedade é arenosa ou argilosa. Afinal, ela é importante para definir a distância entre os terraços.

2ª etapa: definição da declividade do solo

  1. Pegue um piquete de madeira e coloque na parte mais alta do terreno. Você deve medir 30 metros no sentido morro abaixo. Então, coloque o segundo piquete.
  2. Encha a mangueira de pedreiro com água. 
  3. Coloque uma ponta da mangueira no piquete de cima e a outra ponta no piquete de baixo.
Esquema que demonstra como colocar a mangueira com água nos piquetes de madeira

Esquema de como colocar a mangueira com água nos piquetes de madeira

(Fonte: Embrapa, 2016)

  1. Meça a distância de onde se encontra a extremidade da água na mangueira até a superfície do solo nos dois piquetes.
  2. Para calcular a declividade, basta subtrair o valor encontrado no piquete de baixo pelo valor encontrado de cima.

Por exemplo: 

  • piquete de baixo = 2,0 m; 
  • piquete de cima: 0,5 m 
  • (2,0 – 0,5 = 1,5 m). 

Pegue o valor (1,5 m), multiplique por 100 e divida por 30. Essa é a distância entre os piquetes. Agora, encontre a declividade deste ponto do terreno, que é de 5%.

Se observar mudança na declividade do terreno, repita o procedimento.

3ª etapa: definição da distância entre os terraços

Com a textura e o valor da declividade do passo anterior (5%), é possível definir a distância entre os terraços. Use a tabela abaixo como referência:

Tabela que demonstra a declividade dos tipos de solo (arenoso e argiloso), e a melhor distância entre os terraços, de acordo com esses dados.

(Fonte: Embrapa, 2016)

Se o solo for arenoso, o espaçamento entre os terraços será de 19,20 metros. Se o solo for argiloso, será de 21,95 metros. Por fim, marque as distâncias entre os terraços com o uso da trena e dos piquetes.

4ª etapa: piqueteamento da curva de nível

  1. Pegue a mangueira de pedreiro com água e os piquetes.
  2. Coloque uma ponta da mangueira no primeiro piquete que já está posto no terreno. 
  3. Em seguida, procure o mesmo nível da mangueira para colocar o segundo piquete, a 30 metros ao lado. Faça isso até o fim do terreno.
  4. Com a primeira curva em nível já marcada, marque as demais curvas pelo mesmo procedimento no terreno abaixo. 
  5. Como foram colocados piquetes a cada 30 metros, é preciso suavizar a curva. Isso é possível ao colocar piquetes intermediários a cada 15 metros, sem que seja necessário o uso da mangueira.
Esquema que mostra a marcação das curvas em nível do terraço, através dos piquetes de madeira.

Marcação das curvas em nível com piquetes de madeira

(Fonte: Embrapa, 2016)

Assim, você terá as curvas em nível marcadas no terreno.

5ª etapa: construindo terraço com trator e arado

Finalizadas as etapas anteriores, comece a construção dos terraços. Você precisa regular o arado no trator da seguinte forma:

  • o terceiro disco deve cortar mais profundamente o solo, em torno de 30 centímetros;
  • o primeiro disco deve cortar mais superficialmente, em torno de 10 centímetros.

O arado deve ficar inclinado, com a parte de trás mais para baixo.

Ilustração que demonstra a inclinação adequada do arado de discos do trator, a fim de construir os terraços.

Inclinação adequada do arado de discos para construção dos terraços

(Fonte: Embrapa, 2016)

Corte o terreno, jogando o solo da parte de cima para a parte de baixo. Faça isso até o final da curva em nível. Em seguida, volte cortando o solo, jogando de baixo para cima.

Faça isto o quanto for necessário. A base do terraço deve ter:

  • entre 1,5m e 2,0m de largura;
  • 70 cm de altura no meio do terraço.
Ilustração de um terraço finalizado, com 1,5 a 2 metros de largura por mais de 70 centímetros de de altura.

Terraço finalizado com altura e largura adequadas

(Fonte: Embrapa, 2016)

Enfim, o seu terraço estará pronto.

Tipos de terraços

Os terraços podem ser classificados das seguintes maneiras:

  • quanto à função;
  • à largura da base ou faixa de terra movimentada;
  • ao processo de construção;
  • à forma do perfil do terreno.

Quanto à função

Terraço em nível ou infiltração

Este tipo de terraço é recomendado para solos com até 12% de declividade e com boa permeabilidade.

Ele deve ser construído com o canal em nível, e suas extremidades bloqueadas devem impedir a interceptação da água da chuva. Assim, haverá posterior infiltração no perfil do solo.

Sua principal função é facilitar a infiltração da água da chuva no perfil do solo.

Terraço em desnível ou de escoamento

Este tipo de terraço é recomendado para solos com até 20% de declividade e com permeabilidade lenta.

Ele deve ser construído com o canal em pequeno desnível. Uma de suas extremidades devem estar abertas para o escoamento da água para bacias de captação.

Sua principal função é escoar e conduzir a água da chuva para fora da área.

Quanto à largura da base ou faixa de terra movimentada

Terraço de base estreita

A faixa de movimentação de terra é de até 3 metros de largura. Uso restrito a pequenas propriedades com terrenos muito íngremes.

Ilustração da seção transversal do terraço, com base estreita

Seção transversal de terraço base estreita

(Fonte: Pedro Luiz Oliveira de Almeida Machado, 2014)

Terraço de base média

A faixa de movimentação de terra é de 3 a 6 metros de largura. Recomendado para pequenas ou médias propriedades, e para solos com declividades de 10% a 12%.

Ilustração da seção transversal do terraço de base média

Seção transversal de terraço base média

(Fonte: Pedro Luiz Oliveira de Almeida Machado, 2014)

Terraço de base larga

A faixa de movimentação de terra é de 6 m a 12 m de largura. Esse tipo de terraço é adequado para declividades entre 6% e 8%.

Ilustração da seção transversal do terraço de base larga

Seção transversal de terraço base larga

(Fonte: Pedro Luiz Oliveira de Almeida Machado, 2014)

Quanto ao processo de construção

Tipo Nichol’s ou Canal

É construído pela movimentação do solo de cima para baixo, formando um canal triangular. Pode ser construído em declividades de até 18%.

Ilustração do canal do tipo Nichol's ou canal

(Fonte: Pedro Luz, 2018)

Na faixa de construção do canal, não é possível o cultivo agrícola.

Tipo Mangum ou camalhão

É construído pela movimentação do solo de cima para baixo e de baixo para cima, formando um canal largo e raso. Indicado para solos de menor declividade.

Ilustração do terraço do tipo camalhão ou magnum

(Fonte: Pedro Luz, 2018)

Quanto à forma do perfil do terreno

Tipo comum

Constituído por um canal com camalhão construído em nível ou em desnível. É o tipo de terraço mais utilizado no Brasil, recomendado para solos com declividade inferior a 18%.

Ilustração de um terraço do tipo comum

Terraço tipo comum

(Fonte: Bertolini et al. 1989)

Tipo Patamar

Recomendado para solos com declividade maior que 18%. Também é recomendado para culturas de alto retorno econômico, devido ao alto custo de construção.

Ilustração de um terraço do tipo patamar

Terraço tipo patamar

(Fonte: Bertolini et al. 1989)

No patamar do terraço,é feita a semeadura da cultura. A parte do talude deve ser recoberta com uma planta de cobertura.

Tipo Comum Embutido

Pode ser construído com motoniveladora ou com trator de lâmina frontal, para formar um canal triangular. Forma um talude que separa o canal do camalhão na vertical.

Ilustração de um terraço do tipo comum embutido

(Fonte: Pedro Luz, 2018)

Apenas uma pequena área fica inutilizada para o cultivo. Muito utilizado em áreas com cana-de-açúcar.

Tipo Murundum ou Leirão

São caracterizados pela grande movimentação de solo. Precisam de trator de lâmina frontal, e por isso os custos são mais altos.

Esse tipo de terraço dificulta a movimentação de máquinas agrícolas. Devido a altura, a área do camalhão não pode ser cultivada.

Ilustração de um terraço do tipo murundum ou leirão

(Fonte: Pedro Luz, 2018)

Recomendado apenas para áreas que necessitam reter um grande volume de água.

Qual tipo de terraceamento escolher?

Diante dos inúmeros tipos de terraços, existem algumas características que auxiliam na escolha do tipo adequado para a sua propriedade. Veja:

  • topografia do terreno;
  • características do solo;
  • condições climáticas;
  • cultura a ser implantada;
  • sistema de cultivo;
  • disponibilidade de máquinas agrícolas na propriedade.

Vantagens do terraceamento

Veja algumas vantagens do terraceamento agrícola:

  • é uma prática que conserva o solo;
  • provoca maior infiltração de água no solo;
  • controla a erosão do solo;
  • evita o carregamento de adubo e matéria orgânica;
  • mantém o solo fértil e produtivo;
  • favorece o desenvolvimento das culturas.

Desvantagens

Apesar de todas as vantagens, existem desvantagens importantes:

  • custos com maquinários para construção dos terraços;
  • contratação de mão de obra especializada para construção dos terraços;
  • em alguns tipos de terraço a área útil de cultivo pode ser diminuída;
  • necessário a manutenção adequada dos terraços.

Software para o dimensionamento de terraços

Software para o dimensionamento de terraços

A nova metodologia é realizada por meio do software Terraço for Windows, desenvolvido pela UFV (Universidade Federal de Viçosa). Ele foi validado pela Embrapa de Passo Fundo e difundido pela Epagri.

O software utiliza como base a declividade do terreno, a infiltração de água no solo e o histórico de chuvas da região.

O objetivo da metodologia é construir terraços em nível para concentrar toda a água da chuva dentro da lavoura.

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Conclusão

O terraceamento agrícola é uma prática conservacionista que pode trazer inúmeros benefícios. Os terraços protegem a lavoura da erosão e armazena água nos períodos de estiagem.

Antes de utilizar a técnica, não se esqueça de avaliar todas as condições da sua propriedade. Afinal, existem muitas formas de realizá-la e escolher a ideal depende de um bom planejamento.

Agora que você tem essas informações e sabe de todas as vantagens e desvantagens do terraceamento agrícola, fica mais fácil tomar uma decisão. 

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Veja como funciona a compensação ambiental e seus benefícios

“Entenda o Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES) e como ele pode ser útil para sua lavoura”

“Como fazer amostragem de solo com estes 3 métodos diferentes”

Restou alguma dúvida sobre o tema? Você realiza ou pensa em realizar o terraceamento em sua fazenda? Adoraria ler seu comentário abaixo!

Saiba como gerenciar o ciclo de produção agrícola com o Aegro

Ciclo de produção agrícola: sistema digital facilita tomadas de decisões nas diferentes etapas do ciclo de produção 

Cada safra que se inicia representa uma oportunidade de produzir mais e melhor.

Para superar os resultados do ano anterior, o produtor moderno pode somar a sua experiência ao uso de sistemas digitais.

Um sistema como o Aegro ajuda a gerenciar as diferentes etapas do ciclo de produção agrícola. Ele automatiza processos e facilita o acesso às informações.

Assim, sobra tempo para que o fazendeiro pense suas estratégias dentro deste ambiente extremamente complexo que é o agronegócio.

Continue lendo para entender como planejar e executar uma safra de sucesso com o Aegro!

Comece pelo planejamento agrícola

Você precisa saber aonde quer chegar com sua empresa rural a curto, médio e longo prazos

Com uma visão clara de futuro, fica mais fácil traçar as ações necessárias para atingir os seus objetivos.

Comece analisando as tendências de mercado, estabeleça a sua estratégia de rotação de culturas e o sistema de plantio.

Então, inicie o planejamento agrícola com o seu sistema de gestão!

No Aegro, é possível mapear as áreas da propriedade em poucos minutos e definir metas de produtividade para os talhões.

Tela do Aegro, na aba de planejamento de aplicação de insumos.
Com o Aegro, é possível fazer todo o planejamento de aplicação de insumos

Você também pode usar o sistema para programar as atividades de safra, prevendo o uso de insumos e máquinas ao longo dos meses.

Desta forma, você consegue fazer as compras com antecedência e preparar o patrimônio da fazenda para as operações.

Gerenciando o ciclo de produção agrícola com o Aegro

Siga com o planejamento financeiro da safra

Depois de realizar o planejamento agrícola, é importante verificar a viabilidade econômica da sua safra.

A boa notícia é que o Aegro te ajuda nessa etapa do ciclo de produção agrícola.

Você pode montar um orçamento, de forma prática, com base nas atividades que já programou.

Basta inserir no sistema o valor base dos insumos e complementar com outras categorias de gastos, como: administração, fretes e o salário dos funcionários.

A partir das projeções de custos e produtividade, o Aegro calcula o lucro ou prejuízo que a fazenda terá ao final do ciclo produtivo.

Descubra qual é o seu ponto de equilíbrio e avalie quais investimentos realmente cabem no seu bolso.

Esse é o momento de decidir, por exemplo, se você vai fechar barter ou contratar crédito agrícola.

Tela do Aegro, na aba de informações gerais da fazenda, todas reunidas em um só lugar.
Todas as informações da sua fazenda ficam reunidas em um só lugar

Organize o fluxo de caixa da fazenda

À medida que os gastos se concretizam, o Aegro descomplica um dos trabalhos mais burocráticos do ciclo de produção agrícola: o fluxo de caixa.

Você pode cadastrar o seu certificado digital no sistema para receber automaticamente todas as notas fiscais que são emitidas contra o seu CNPJ.

Isso quer dizer que você não precisará mais perder horas juntando comprovantes de abastecimento, ou correndo atrás dos seus fornecedores.

Com alguns cliques, você importa a nota fiscal de compra e a transforma em uma despesa no seu financeiro.

Como consequência, o controle do custo de produção se torna mais detalhado. Além disso, você deixa de atrasar o pagamento de contas por falta de organização.

O Aegro também permite que você emita as suas notas fiscais de venda, gerenciando as receitas da fazenda com precisão. 

Tela do Aegro, na aba de organização do financeiro. A imagem demonstra dados fictícios.
Organização do financeiro de uma fazenda. Dados fictícios.
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Mantenha o registro de atividades agrícolas

Se por um lado você tem os lançamentos feitos no escritório, por outro tem as anotações de campo.

Aquela árdua tarefa de registrar as atividades realizadas na lavoura, abaixo de sol, chuva e poeira.

Mas a confusão das agendas de papel que molham, sujam e se perdem com o tempo já ficou no passado.

O Aegro oferece duas alternativas mais práticas para o controle de operações ao longo do ciclo de produção agrícola.

A primeira delas é o aplicativo para celular, que funciona mesmo sem internet e permite que você faça apontamentos de campo georreferenciados

A segunda é a conexão com sistemas de telemetria, como Climate FieldView™ e John Deere Operations Center. 

A partir dessa conexão, você pode transferir dados de plantio, aplicação e colheita das suas máquinas diretamente para o Aegro.

Tela do Aegro, na aba de controle do maquinário da propriedade rural.
Controle todo o maquinário da propriedade rural durante o ciclo de produção agrícola

Faça o controle de estoque rural

A dificuldade de gerenciar o estoque rural tira o sono de muitos produtores. 

Afinal, ninguém quer paralisar uma operação de última hora por descobrir que não há produto suficiente na fazenda. 

Para reduzir os riscos operacionais relacionados ao estoque, o Aegro automatiza completamente este controle.

Você dá entrada nos insumos ao registrar uma nova compra através do financeiro, e dá baixa ao realizar as atividades de campo.

Com isso, não precisa mais se preocupar em atualizar as planilhas de inventário ao longo da safra.

E você ainda pode definir alertas no sistema para a reposição de itens que considera essenciais, como o diesel, evitando sua indisponibilidade durante o ciclo de produção agrícola.

Tela do Aegro, na aba de estoque da fazenda. A imagem apresenta dados fictícios.
Exemplo de controle de estoque com o Aegro. Dados fictícios.

Acompanhe o resultado dos talhões

À medida que você cadastra custos e operações agrícolas no Aegro, o sistema cruza essas informações para entregar relatórios individualizados de desempenho.

Funciona com um raio-X do talhão, mostrando o que deu certo e o que deu errado.

É possível visualizar, com o apoio de gráficos de fácil entendimento, a margem de lucro ou prejuízo que cada área trouxe para o seu negócio.

Esses relatórios te ajudarão a medir o retorno dos investimentos em seu ciclo de produção agrícola. 

Entenda, por exemplo, se aquele cultivar com melhor potencial produtivo realmente impactou no resultado da safra.

Tela do Aegro, na aba de controle de resultados por talhão.
Controle dos resultados por talhão. Dados fictícios.

Tome melhores decisões no próximo ciclo de produção agrícola

Com o histórico da safra documentado no seu Aegro, é chegada a hora de pensar no próximo ciclo de produção agrícola.

Desta vez, ao invés de contar com a sua memória e intuição, você poderá iniciar o planejamento com base em fatos e dados

Use as informações exatas que o sistema fornece para aprender com o passado e determinar quais serão seus passos seguintes.

Será que você deve trocar a plantadeira de 30 linhas por uma de 35? Será que deve substituir a aplicação interna por uma terceirizada?

O Aegro vai te ajudar com essas decisões que envolvem tantas variáveis. Muitas vezes, elas são tomadas sem confiança.

Assim, você entrará em um processo de melhoria contínua, atingindo maiores níveis de rentabilidade.

Conclusão

Sem dúvida, a experiência do produtor rural é insubstituível.

Somente ele conhece a fundo todas as particularidades da sua terra e pode tomar as decisões difíceis ao longo do ciclo de produção agrícola. 

Porém, o uso de tecnologia digital pode trazer mais assertividade para as escolhas do dia a dia. 

Neste artigo, mostramos como o Aegro automatiza as rotinas da propriedade e transforma dados em informações de negócio relevantes.

>> Leia mais:

Avalie o sucesso da safra com ajuda dos indicadores de produção no Aegro

Software agrícola: como ter o controle efetivo da sua fazenda

Aegro Conecta 2: veja o que aconteceu na segunda edição do evento

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Tudo o que você precisa saber sobre cobre nas plantas

Cobre nas plantas: qual a importância para a agricultura, como e quando aplicar, sintomas de deficiência ou excesso e mais!

O cobre é um dos elementos necessários para o crescimento, desenvolvimento e reprodução das plantas.

Seu excesso ou sua falta podem causar danos sérios à sua lavoura. Por isso, estar de olho nos sintomas é a primeira medida para evitar problemas.

Você sabe identificar se o nutriente está em equilíbrio? Confira essa e outras informações neste artigo!

Importância do cobre nas plantas 

Os nutrientes exigidos em maiores quantidades pelas plantas são denominados macronutrientes. Os que são exigidos em menores quantidades são os micronutrientes.

O cobre é um micronutriente. As plantas precisam de pouca quantidade dele para suprir as necessidades. Porém, sua falta causa prejuízos na parte nutricional, fisiológica e protetora das plantas.

O cobre participa nos seguintes processos e modos nas plantas:

  • participação em enzimas;
  • fotossíntese;
  • distribuição de carboidratos;
  • metabolismo de proteínas;
  • redução e fixação do nitrogênio;
  • respiração;
  • reprodução das plantas;
  • lignificação da parede celular;
  • aumento da resistência à seca;
  • influência na permeabilidade dos vasos do xilema;
  • influência na floração e frutificação;
  • ajuda no mecanismo de resistência a doenças.

Além de afetar o desenvolvimento das plantas, o cobre está presente em algumas enzimas que interferem na qualidade do produto final.

Uma delas é a polifenoloxidase, em que o cobre está presente no centro ativo. Nos grãos de café, sua presença é essencial para a qualidade da bebida.

São várias as funções desempenhadas pelo cobre nas plantas. 

Você precisa saber se sua área consegue fornecer a quantidade necessária para suprir a necessidade da sua cultura.

Tabela demonstra os teores de cobre nas plantas considerados adequados para as culturas do milho, algodão, café, citros, milho, soja e cana-de-açúcar.

Teores de cobre considerados adequados para algumas culturas

(Fonte: adaptado de Esalq)

Influência do manejo na disponibilidade do cobre

Se o solo tiver a quantidade adequada de cobre disponível, as plantas conseguem absorver o necessário.

Entretanto, devido à sua baixa mobilidade, 98% do cobre fica retido como quelato.

Assim, retém o cobre os:

  • solos de várzea;
  • solos de plantio direto;
  • solos com elevada quantidade de matéria orgânica;
  • ácidos húmicos;
  • ácidos fúlvicos.

O pH é outra característica do solo que afeta a disponibilidade desse micronutriente. Quando pH é acima de 7, há menor disponibilidade e solubilidade do cobre no solo.

Gráfico mostra disponibilidade dos nutrientes em função do pH do solo

Disponibilidade dos nutrientes em função do pH do solo

(Fonte: Sementes Biomatrix)

O tipo de solo também interfere no teor de cobre.  

Solos arenosos tendem a lixiviar este micronutriente. Os solos argilosos tendem a ter maior concentração, devido à retenção dele pela argila.

Entretanto, não são apenas fatores do solo que interferem na disponibilidade e absorção do cobre nas plantas. Há também a relação com outros nutrientes.

Quando as plantas necessitam de cobre, os sintomas da deficiência são agravados quando há altos níveis de nitrogênio.

Pode ocorrer redução na absorção de cobre pelas plantas, seja da raiz ou folhas, devido ao excesso de ferro, alumínio, fósforo e zinco.

Além da falta, pode ocorrer excesso de cobre. Existem produtos que são utilizados nas plantas que contêm o nutriente.

O cobre presente nesses produtos pode acumular no solo, elevando sua concentração a níveis que causam toxidez.

Como identificar a deficiência ou excesso do cobre nas plantas?

Conhecer os sinais através dos sintomas nas folhas, caule e raízes é fundamental para saber o que está em falta ou excesso. Quanto mais rápida a identificação do sintoma, sua ação será mais rápida e efetiva. Veja abaixo os principais sintomas que as plantas apresentam com a falta ou excesso de cobre.

Deficiência de cobre

  • Os sintomas aparecem inicialmente nas folhas novas das plantas. Elas ficam murchas e enroladas.
Imagem de uma planta de trigo com sintomas de deficiência de cobre. A planta está amarelada e enrugada nas pontas.

Sintoma da deficiência de cobre em planta de trigo

(Fonte: Ipni)

  • O pecíolo e talos das folhas mais novas ficam curvados para baixo.
Sintoma de deficiência de cobre na planta de café. As folhas da planta estão curvadas para baixo.

Sintoma da deficiência de cobre em planta de café

(Fonte: Yara)

  • As folhas não apresentam a mesma coloração verde. Ficam com tons amarelados ou verde mais claro, e depois sofrem amarelecimento.
Foto de duas plantas. A primeira mostra uma folha de milho amarelada, e a segunda, uma folha de soja com coloração verde-clara.

Sintoma da deficiência de cobre em planta de (A) milho folha amarelada e (B) soja folha com coloração verde clara

(Fonte: (A) Esalq e (B) Biosoja)

  • Em algumas culturas, como o café, as plantas podem apresentar elevação nas nervuras secundárias. Isso causa deformação na nervura central, que fica em forma de S.
Imagem de uma folha de café com sintoma de deficiência de cobre. A folha está enrugada, e a nervura central está em formato de "s"

Sintoma da deficiência de cobre em planta de café

(Fonte: Yara)

  • Ocorre diminuição do transporte de água e solutos pelo xilema, devido à redução da lignificação.
  • Ocorre abortamento de flores, o que interfere na produção.
Imagem de plantas de milho com deficiência de cobre, ao lado de espigas saudáveis.

Sintoma da deficiência de cobre em planta de trigo, da esquerda espigas saudáveis e direita espiga com deficiência de cobre

(Fonte: Ipni)

Excesso de cobre

Os sintomas de excesso de cobre ocorrem nas raízes, devido à elevada concentração do elemento no solo.

Um indicativo da ocorrência é a lentidão no crescimento das plantas. O desenvolvimento das raízes é afetado, levando à morte dos tecidos.

A planta tem dificuldade para absorver água e nutrientes, refletindo no baixo porte e até morte das plantas.

Foto de plantas de videira em solos com diferentes teores de cobre. Em baixo, há uma imagem de raízes de plantas com excesso de cobre, todas enrugadas e necrosadas.

Plantas de videira em solos com diferentes teores de cobre (A) parte aérea e (B) sintomas de excesso de cobre nas raízes 

(Fonte: Gazeta-RS)

Pode ocorrer também fitotoxicidade nas folhas devido ao uso de produtos feitos à base de cobre. Isso acontece principalmente com os fungicidas cúpricos, causando queima, necrose e deformação das folhas.

Foto de folhas de uva com excesso de cobre, todas enrugadas.

Fitotoxidade em folhas de uva causadas por fungicida cúprico

(Fonte: Embrapa)

O excesso de cobre, além dos sinais visíveis nas plantas, prejudica a fotossíntese. Afinal, o excesso afeta o transporte de elétrons, a formação de enzimas, proteínas e carboidratos.

Outro ponto é saber a sensibilidade da cultura ao excesso ou falta de cobre. Algumas são mais sensíveis, outras mais tolerantes à presença do elemento no solo.

Tabela mostra níveis de sensibilidade das culturas à deficiência de cobre. Está dividida entre alta, média e baixa sensibilidade.

Sensibilidade das culturas à deficiência de cobre

(Fonte: Ipni)

Áreas propensas à deficiência de cobre

A deficiência de cobre não é extremamente comum em todas as áreas. Algumas regiões são mais propensas a ter essas ocorrências. 

Mapa mostra frequência relativa das deficiências de cobre no Brasil. Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco possuem muita frequência dessas deficiências.

Frequência Relativa das Deficiências de Cobre no Brasil

(Fonte: Esalq)

São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco são os principais lugares sujeitos à deficiência de cobre.

No entanto, há vários fatores que afetam sua disponibilidade. Sempre fique de olho nos sintomas para que sua cultura não seja prejudicada.

Quando aplicar o cobre na lavoura? 

Constatada a deficiência do cobre, existem produtos que podem ser utilizados na lavoura em casos de emergência.

O cobre é um nutriente com pouca mobilidade na planta. Assim, as aplicações foliares, independentemente do tipo de produto, não serão muito eficientes.

Tabela com as principais fontes de cobre existentes no mercado brasileiro.

Principais fontes de cobre existentes no mercado brasileiro

(Fonte: Esalq)

Em caso de culturas perenes, como café e laranja, realizar análise foliar para verificar a concentração deste e outros nutrientes é uma alternativa para evitar a deficiência.

A época de aplicação da adubação foliar, portanto, é quando há presença de sintomas de deficiência ou em uma aplicação preventiva planejada.

A aplicação do nutriente via solo, nas linhas de plantio ou nas áreas perto das raízes, é mais eficiente. Mas tome cuidado, pois as doses não podem ser muito elevadas.

A dosagem dependerá da concentração de cobre no produto aplicado.

De modo geral, para sulfato de cobre, a dose é de 3 kg/ha a 5 kg/ha de cobre. Para os quelatos, a dose é de 0,5 kg/ha de cobre.

Sua disponibilidade pode aumentar durante os anos devido à sua retenção no solo. Por isso, faça a análise do solo com frequência.

Para evitar problemas, busque sempre o acompanhamento e recomendações do engenheiro-agrônomo na sua lavoura!

O que fazer para corrigir o excesso de cobre?

Se o seu problema for o excesso de cobre na área, realize a calagem. Ela causa elevação do pH do solo. Como consequência, reduz a disponibilidade do elemento.

planilha calculo fertilizante milho e soja

Conclusão

Neste artigo você viu que o cobre nas plantas é fundamental para diversas reações, metabolismos, desenvolvimento e prevenção.

Viu que o manejo do solo influencia diretamente na disponibilidade deste micronutriente para as plantas.

Seu excesso é tão prejudicial quanto sua deficiência, e aprender a reconhecer os principais sintomas de cada um destes cenários é fundamental.

Acompanhe a quantidade desse elemento no solo para definir as estratégias de aplicação.

>> Leia mais:

“Boro nas plantas: manual rápido do manejo desse micronutriente”

“Enxofre para as plantas: recomendações de adubação e manejo”

“Potássio nas plantas: tudo que você precisa saber para fazer melhor uso dele”

Você já precisou realizar alguma prática de manejo devido à falta ou excesso de cobre nas plantas em sua área? Ficou com alguma dúvida? Deixe seu comentário abaixo!

A influência da lua na agricultura: verdades e mitos

Influência da lua na agricultura: saiba se há relação entre as fases da lua e o plantio, e o que os conhecimentos popular e científico têm a dizer a respeito

Desde a antiguidade, os povos usavam as fases da lua para orientar a agricultura.

Até hoje, muitos agricultores seguem piamente o conhecimento desses povos, baseando o planejamento de safra nessas fases.

Mas afinal, qual é a verdadeira influência da lua na agricultura? O que vem da sabedoria popular e o que a ciência diz a respeito disso? Confira neste artigo!

A Terra, a lua e o sol

Existem importantes relações entre o sol, a lua e a Terra. O Sol está no centro do sistema solar e mantém os planetas e corpos celestes unidos.

Representação do sistema solar

Representação esquemática do sistema solar (sem escala)
(Fonte: Brasil Escola)

A Terra gira em torno de si mesma e ao redor do Sol. Esses movimentos chamam-se rotação e translação, respectivamente.

A lua também gira ao redor de si mesma e da Terra.

Apesar de ser bem menor que a Terra, a lua é o maior objeto visível no céu noturno devido à sua proximidade da Terra.

Diferente do sol, que é uma estrela e possui luz própria, a lua é o único satélite natural da Terra. É um corpo opaco que apenas reflete a luz solar

As estações do ano

Os movimentos de rotação e translação da Terra, aliados ao eixo de inclinação, fazem os dias e as estações do ano.

Há períodos no ano em que a posição da Terra em relação ao Sol varia nos diferentes hemisférios. Por isso as estações do ano são invertidas nos diferentes hemisférios.

As fases da lua

A lua não possui luz própria, e a luz que vemos dela à noite é a reflexão dos raios solares. Com o passar dos dias, o formato dela muda no céu. Esses diferentes aspectos formam as fases.

Há 8 fases da lua, mas são 4 as principais:

  • nova;
  • crescente (ou quarto crescente);
  • cheia;
  • minguante (ou quarto minguante).

Vale ressaltar que, devido à curvatura da Terra, as fases da lua podem ter aspectos diferentes. Pessoas em diferentes regiões do planeta podem enxergá-la de formas diferentes.

Algumas das fases da lua no hemisfério Norte e Sul são invertidas, como no esquema a seguir:

Representação das fases da lua, vistas do hemisfério norte e sul

Visualização das diferentes fases da Lua vistas do hemisfério Norte e Sul

(Fonte: Adaptado de Go Science Girls)

A influência da lua na agricultura: sabedoria antiga x ciência

A crença da humanidade na ação dos astros sobre a Terra é antiga. No entanto, muito mudou desde então. O que a ciência tem a nos dizer sobre o tema? Confira!

A sabedoria popular

Existem inúmeros relatos, passados de geração em geração, a respeito da influência da lua na agricultura.

Segundo eles, a lua influencia principalmente no fluxo de seiva das plantas e no ciclo de vida dos animais.

Em seu livro “La Luna”, o autor Jairo Rivera relata grande parte desses conhecimentos. Segundo ele, o ciclo de seiva nas plantas muda de acordo com as fases da lua:

Lua nova

Nesta fase da lua, o fluxo de seiva é descendente, ou seja, vai para as raízes.

Haveria maior concentração de água no solo. Essa água pode fazer com que as sementes inchem, cresçam e rompam com facilidade. De acordo com as crenças, a fase da lua nova não é aconselhável para o plantio.

Lua crescente

Nessa fase, o fluxo de seiva começa a subir das raízes para os ramos. Acredita-se que essa é uma boa fase para o plantio de folhosas, e que causa bom crescimento foliar. O que cresce acima do solo seria beneficiado nesse período.

Lua cheia

Aqui, o fluxo de seiva concentra-se na parte aérea das plantas. Portanto, também não seria uma boa fase para semear, apenas para colher.

Lua minguante

Na lua minguante, a seiva começa a descer para as raízes. 

Nessa fase, a força da Terra provavelmente desce, favorecendo cultivos que crescem para baixo do solo.

As fases da lua  e sua influência na dinâmica da seiva das plantas

As fases da lua  e sua influência na dinâmica da seiva das plantas

(Fonte: Adaptado de Rivera, 2005)

Além do ciclo das plantas, o ciclo dos insetos e pragas também é influenciado.

A relação das fases da lua com o ciclo dos insetos

Relação das fases da lua com o ciclo dos insetos

(Fonte: Adaptado de Rivera, 2005)

Muitos outros pontos são influenciados pelas fases da lua. Conhecendo todos eles, é possível definir e adequar as atividades nas lavouras.

Com base nisso, há a chamada agricultura biodinâmica.

A sabedoria popular recomenda que aquilo que se colhe de cima da terra deve ser plantado na lua crescente e cheia. Aquilo que se colhe debaixo da terra deve ser plantado na lua minguante.

O que diz a ciência?

A ciência já confirmou que a lua exerce influência sobre as marés,devido à força de gravidade não só da lua, mas também do Sol.

Entretanto, muitos dos que afirmam a influência da lua sobre a Terra baseiam-se mais em recordações e memórias, e não em evidências.

O professor Salim Simão é um dentre vários pesquisadores ao redor do mundo que não observaram qualquer influência da lua sobre a agricultura.

Muitos ensaios científicos já foram realizados na tentativa de identificar e quantificar a influência da lua na agricultura, sem sucesso.

Muitas vezes, os resultados que atribuímos à lua podem estar relacionados a outros fatores. Isso nos leva a crenças errôneas de que a lua exerce alguma influência.

As fases da lua alternam todo mês, durante todas as estações do ano.

Não seriam então as estações do ano um fator de maior influência na agricultura, já que os regimes hídricos e térmicos são diferentes em cada uma delas?

Por isso é importante ter cuidado com o que acreditar e seguir. Porém, respeitar e nunca desdenhar das opiniões e crenças dos outros é necessário.

Não se esqueça de sempre pesquisar para melhor compreender o que acontece na sua lavoura.

checklist planejamento agrícola Aegro

Conclusão

A influência da lua sempre intrigou a humanidade e, com certeza, continuará intrigando por muito tempo.

Entretanto, a falta de evidências científicas reforça a não influência da lua na agricultura. Há outros fatores que podem influenciar muito mais os cultivos.

É sempre interessante buscar informações de qualidade. Assim, você garante que um dado errado ou algo sem fundamento não prejudique a produtividade da sua lavoura.

>> Leia mais:

Fenômenos meteorológicos na agricultura: planeje sua produção!

Aumente sua rentabilidade com o planejamento estratégico da produção agrícola

E você, o que você sabe sobre a influência da lua na agricultura? Já observou facilidade ou dificuldade de plantio em alguma das fases? Deixe seu comentário abaixo!

Como a coinoculação em soja contribui para o aumento da produtividade

Coinoculação em soja: entenda o que é, quais são os benefícios, como realizar e os cuidados necessários nesse processo 

A inoculação da soja com bactérias fixadoras de nitrogênio é uma prática bem conhecida. Ela eleva a produtividade dos grãos a um baixo custo.

Além da inoculação com essas bactérias, tem se destacado o uso de outro microrganismo associado ao Bradyrhizobium

Essa técnica é conhecida por coinoculação ou inoculação conjunta/mista e pode trazer inúmeros benefícios para a sua lavoura.

Confira a seguir um pouco mais sobre a coinoculação em soja e como garantir a eficiência dessa prática. Boa leitura!

O que é a coinoculação e quais bactérias participam dela?

A coinoculação é uma prática que combina mais de um gênero de bactérias ao sistema de inoculação da soja

Nesse caso, são utilizadas bactérias do gênero Bradyrhizobium e Azospirillum.  As bactérias do gênero Bradyrhizobium têm grande importância econômica na agricultura. 

Elas são responsáveis por captar o nitrogênio atmosférico e transformá-lo em compostos orgânicos. Esses compostos serão utilizados pela planta de soja.

As espécies de bactérias utilizadas na inoculação da soja são Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii.

Já as bactérias do gênero Azospirillum são conhecidas por promover o crescimento das plantas, atuando em processos fisiológicos e metabólicos. Elas já são amplamente utilizadas na cultura do milho e do trigo.

A espécie Azospirillum brasilense atua na produção de fitormônios e no crescimento das raízes. 

Essa espécie também tem a capacidade de solubilizar o fosfato mineral. Isso eleva a concentração de fósforo disponível na solução do solo.

A associação desses dois gêneros de bactérias tem o objetivo de:

  • suprir o fornecimento de nitrogênio para as plantas; 
  • contribuir para o desenvolvimento da soja;
  • melhorar o estado nutricional da lavoura;
  • aumentar a produtividade
Imagem mostra a ilustração de duas plantas de soja e suas respectivas raízes. A primeira, após ter passado por inoculação; a segunda, após coinoculação. A coinoculação se mostrou evidente em condições com ampla variação de solo.

Principais efeitos da coinoculação de Azospirillum brasilense e Bradyrhizobium spp. na soja, com base em 51 publicações com experimentos de campo realizados no Brasil

(Fonte: Physiotek Crop Science; Adaptado de Barbosa et al., 2021)

Benefícios da coinoculação

A coinoculação em soja com Bradyrhizobium + Azospirillum promove maior desenvolvimento do sistema radicular das plantas. Como consequência, temos:

● nodulação precoce e mais abundante;

● aumento da fixação biológica de nitrogênio, em razão da maior nodulação; 

● maior absorção e aproveitamento da água e de fertilizantes;

● maior tolerância a estresses ambientais, como a seca;

● contribui para o vigor das plantas;

● aumento da produtividade.

Além disso, a coinoculação é uma tecnologia ambientalmente sustentável e segura.

Aspectos das raízes de soja inoculada com Bradyrhizobium, sem inoculação e coinoculada com Bradyrhizobium + Azospirillum

Aspecto das raízes de soja inoculada com Bradyrhizobium, sem inoculação e coinoculada com Bradyrhizobium + Azospirillum

(Fonte: Embrapa – Circular Técnica 143)

Inoculantes líquidos x inoculantes sólidos 

Os inoculantes disponíveis no mercado são encontrados na forma líquida e sólida, em turfas. 

Os produtos sólidos são utilizados nas sementes. Os inoculantes líquidos podem ser aplicados tanto no sulco de plantio quanto misturados às sementes

Já é possível encontrar fórmulas que combinam Bradyrhizobium + Azospirillum no mesmo produto. Isso garante maior eficiência e rapidez no processo de coinoculação.

Como fazer a coinoculação

Os produtos contendo as bactérias (inoculantes) podem ser aplicados no sulco de plantio ou misturados às sementes de soja.  

No caso da aplicação nas sementes, é importante que o processo seja realizado à sombra. O produto pode ser misturado às sementes em betoneira, em tambor rotativo ou em máquinas específicas. 

Após esse processo, as sementes devem secar à sombra por 30 minutos.  

Elas precisam estar protegidas do sol e de altas temperaturas. Essas condições podem prejudicar a eficiência da inoculação.

Para melhorar a aderência dos inoculantes sólidos às sementes é possível utilizar, de forma combinada, produtos adesivos recomendados pelo fabricante

Também é possível usar uma solução açucarada a 10%. Existem  produtos com função de proteção das bactérias que podem ser utilizados no processo de inoculação. 

Após a coinoculação das sementes, é importante que toda a superfície esteja recoberta pelo inoculante

Caso haja a necessidade do tratamento das sementes com agroquímicos, a inoculação deve ser realizada após esse processo.

Quando aplicado no sulco de plantio, a inoculação é feita com maiores doses do inoculante misturado à água.

Em relação à dosagem do inoculante, é fundamental seguir as orientações técnicas do fabricante.

Cuidados na coinoculação

Por envolver microrganismos vivos, o processo de coinoculação deve ser realizado com cuidado. Além disso, atenção especial deve ser dada ao transporte e à armazenagem dos produtos. 

Abaixo, você pode conferir algumas medidas para garantir a eficiência da coinoculação:

● utilizar produtos registrados pelo Mapa (Ministério da Agricultura);

● transportar e armazenar os produtos de acordo com as orientações do fabricante;

● seguir as recomendações da bula do inoculante quanto à dosagem e manipulação;

● conferir o prazo de validade dos produtos;

● evitar que os inoculantes e as sementes tenham contato direto com o sol e à altas temperaturas;

● realizar a coinoculação somente após o tratamento químico das sementes;

realizar a semeadura no mesmo dia da coinoculação;

● não realizar a coinoculação dentro da caixa de semeadura;

● não realizar a semeadura em condições de solo com baixa umidade (não plantar no pó).

Vantagens da coinoculação em soja

Dentre as vantagens da coinoculação em soja com Bradyrhizobium + Azospirillum, podemos citar:

● técnica de baixo custo e alto retorno;

● técnica ambientalmente segura e sustentável;

● diminui custos com insumos, principalmente em razão da economia com adubos nitrogenados;

● lavouras bem desenvolvidas;

● aumento na produtividade.

É importante ressaltar que essa tecnologia não apresenta desvantagens. No entanto, somente a coinoculação não é garantia de sucesso. 

Fatores que influenciam o resultado

Vários fatores podem interferir no resultado da coinoculação. 

Por exemplo, é preciso traçar um bom plano de manejo do solo, adubação equilibrada, controle de plantas invasoras e doenças. 

Esteja também de olho na época de semeadura, na qualidade da semente de soja, nas condições climáticas e na cultivar plantada.

Chamada  para baixar a planilha de planejamento de safra da soja, com cálculos automatizados.

Conclusão

A coinoculação é uma técnica em que são utilizadas bactérias dos gêneros Bradyrhizobium e Azospirillum na soja.

Essa prática garante o fornecimento de nitrogênio para as plantas, contribui para o desenvolvimento das plantas e aumenta a produtividade. 

Para a melhor eficiência do processo de coinoculação em soja, não deixe de seguir as recomendações do fabricante dos inoculantes. Em casos de maiores dúvidas, procure um engenheiro-agrônomo.

>> Leia mais:

Seguro soja: por que você deve fazer

“Inoculante para milho silagem: como escolher o melhor”

“Inoculante para feijão caupi: como utilizar na sua lavoura”

Você conhecia os benefícios que a coinoculação proporciona? Já realizou essa prática em sua propriedade? Conte sua experiência nos comentários.

Armazenamento de combustível: quais as melhores práticas para o agronegócio

Armazenamento de combustível: saiba como realizá-lo de maneira eficiente, além de economizar tempo e custos na fazenda.

Como é realizado o armazenamento de combustível?

O armazenamento de combustível é feito por meio de tanques ou recipientes que devem atender às normas técnicas e ambientais vigentes. 

Os tanques ou recipientes podem ser instalados acima ou abaixo do solo, dependendo das características e necessidades do negócio. 

O armazenamento de combustível requer cuidados especiais para evitar vazamentos, contaminações, incêndios e explosões, que podem causar danos à saúde, ao meio ambiente e ao patrimônio. 

Nas propriedades rurais, as regras de segurança também devem ser seguidas. Listamos alguns tópicos para você tomar todas as medidas necessárias nessa etapa tão importante para o agronegócio.

  • Escolher o local adequado para a instalação dos tanques ou recipientes, levando em conta a distância de fontes de ignição, de cursos d’água, de áreas habitadas e de outras instalações;
  • Utilizar materiais resistentes e compatíveis com o tipo de combustível armazenado, evitando a corrosão, a oxidação e a deterioração dos tanques ou recipientes;
  • Realizar a limpeza, a inspeção e a manutenção periódica dos tanques ou recipientes, verificando possíveis vazamentos, fissuras, deformações, desgastes ou defeitos;
  • Instalar sistemas de medição, de controle e de segurança nos tanques ou recipientes, como indicadores de nível, válvulas de alívio, dispositivos de bloqueio, extintores de incêndio, bacias de contenção e alarmes;
  • Seguir as normas de segurança e de prevenção de acidentes no manuseio, no transporte e no abastecimento dos tanques;
  • Treinar e capacitar os funcionários responsáveis pelo armazenamento de combustível;

Esses tópicos são de grande importância para que seu negócio rural se mantenha dentro dos conformes da legislação.

Armazenamento de produtos inflamáveis

O setor agrícola é um dos principais consumidores de produtos inflamáveis, especialmente de diesel, que é usado para abastecer tratores, colheitadeiras, irrigadores e outros equipamentos. 

O armazenamento de combustível como diesel no campo é uma necessidade para garantir a continuidade e a eficiência da produção agrícola. Você sabe como armazenar esses produtos corretamente? 

Como vimos anteriormente, eles devem ser armazenados em locais adequados, seguindo as normas técnicas e ambientais vigentes.

Segundo a legislação para armazenamento de produtos inflamáveis, os produtos devem ser mantidos em recipientes apropriados e bem fechados, alocados separados de outros artigos que colaborem para a inflamabilidade, protegidos de fontes de calor e luz solar, mantidos em temperatura adequada no galpão, com ventilação suficiente e sinalização indicando a presença de produtos inflamáveis.

Tanque de armazenamento de combustível em uma fazenda. Há dois galões de diesel em um suporte de concreto, com um grande campo no fundo.
Armazenamento de combustível
Fonte: Aegro (2023)

Além disso, os funcionários responsáveis pelo armazenamento devem usar equipamentos de proteção individual e coletiva, e receber treinamento sobre os riscos e as medidas de emergência.

Existem dois tipos principais de armazenamento de produtos inflamáveis: o armazenamento acima do solo e o armazenamento subterrâneo. 

O primeiro consiste em tanques ou recipientes instalados sobre a superfície do solo, que podem ser fixos ou móveis, metálicos ou não metálicos, aéreos ou apoiados. 

O segundo consiste em tanques ou recipientes instalados sob a superfície do solo, que devem ser impermeáveis e resistentes à corrosão. O tipo de armazenamento a ser utilizado depende do tipo de negócio e de seus objetivos.

O armazenamento de produtos inflamáveis deve seguir as recomendações da Norma Regulamentadora NR-20, que fixa as condições exigíveis para projetos de instalações de armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis contidos em tanques estacionários com capacidade superior a 250 L, à pressão manométrica igual ou inferior a 103,4 kPa (15 psig), medida no topo do tanque. A frente, iremos detalhar as normas de armazenamento. 

A norma aborda aspectos como tanques de armazenamento, arranjo dos tanques na bacia de contenção, dispositivo de alívio de pressão e vácuo, dispositivo de alívio de emergência para exposição a incêndio, distância de segurança, tubulação e sistema de proteção e combate a incêndio.

O armazenamento de produtos inflamáveis é uma atividade que demanda planejamento, controle e prevenção, visando garantir a segurança e a qualidade dos produtos e das pessoas envolvidas.

Quanto tempo pode armazenar gasolina no galão?

O armazenamento de gasolina em galão é uma prática que deve ser feita com cuidado e atenção, pois o combustível é um produto inflamável e volátil, que pode sofrer alterações de qualidade e causar riscos de acidentes. Antes de armazenar esse produto, consulte sempre um profissional da área, para que não ocorram acidentes.

Porém, o tempo máximo que a gasolina pode ficar armazenada em galão é de três a quatro meses, dependendo das condições de armazenamento.

A gasolina é um produto que se degrada com o tempo, pois sofre oxidação e evaporação, perdendo suas propriedades e características originais. 

A oxidação ocorre quando a gasolina entra em contato com o oxigênio do ar, formando gomas e vernizes que podem entupir os bicos injetores e prejudicar o desempenho do motor. 

A evaporação ocorre quando a gasolina é exposta ao calor e à luz solar, reduzindo o volume e a octanagem do combustível.

Lembre-se sempre de não utilizar garrafas pet, latas, baldes ou outros recipientes impróprios para o armazenamento de gasolina, pois eles podem se romper, vazar, pegar fogo ou explodir.

O armazenamento de gasolina ou qualquer outro combustível inflamável em galão é uma prática que deve ser feita com responsabilidade e consciência, seguindo as normas técnicas e ambientais vigentes. 

Normas de Armazenamento de combustível?

As principais normas e regras da ABNT NBR que se aplicam ao armazenamento de combustível na fazenda são:

ABNT NBR 15461: Estabelece requisitos para a construção de tanques estacionários de aço-carbono, atmosféricos, de até 190 mil litros, destinados ao armazenamento aéreo de líquidos cuja densidade relativa não exceda em 110% a da água.

ABNT NBR 7821: Estabelece exigências mínimas para materiais, projeto, fabricação, montagem e testes de tanques de aço-carbono, soldados, cilíndricos ou verticais, não enterrados, com teto fixo ou flutuante, destinados ao armazenamento de petróleo e seus derivados líquidos.

ABNT NBR 15456: Dita regras para construção e ensaios de unidades de abastecimento que possuam um gabinete hidráulico, a serem instaladas em bases fixas, destinadas a abastecer combustíveis líquidos nos tanques de veículos ou em recipientes portáteis a vazões de até 400 L/min, à utilização e armazenagem a temperaturas ambientes entre − 20 °C e + 40 °C.

ABNT NBR 13787:2013: Sobre procedimentos de controle de estoque e movimentação de combustíveis do Sasc (sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis), fornecendo subsídios para avaliação de variação de volumes.

ABNT NBR 14606:2013: Sobre procedimentos de segurança para a entrada em espaço confinado, em quaisquer tipos de tanques de armazenamento de combustíveis líquidos em locais de abastecimento.

ABNT NBR 7505-1 e 7505-4: Fixa condições para projetos de instalações de armazenagem de combustíveis em tanques estacionários com capacidade superior a 250 L, à pressão manométrica igual ou inferior a 103,4 kPa (15 psig), medida no topo do tanque.

Além dessas normas, é importante que o produtor rural utilize equipamentos e dispositivos adequados para o armazenamento de combustível na fazenda, tais como:

Medidores volumétricos e bombas de abastecimento, para controlar a quantidade e a qualidade do combustível armazenado e fornecido.

Filtros e sistema de verificação de vazamento, para evitar a contaminação e a perda do combustível armazenado.

Tubulações metálicas e não metálicas conforme normas da ABNT, para conduzir o combustível dos tanques até os pontos de consumo, sem riscos de vazamento ou ruptura.

Como armazenar combustível na fazenda?

A primeira regra básica que você deve seguir para ter o armazenamento de combustível na fazenda é ter uma estrutura de acordo com a sua necessidade e que respeite as Normas Técnicas que mostramos acima. 

Mas, independentemente disso, ter uma estrutura de um posto para armazenamento de combustível tem diversas vantagens:

  • Melhora a segurança contra roubos e furtos;
  • Preserva a qualidade do produto e minimiza perdas;
  • Economia de tempo;
  • Redução de custos.

Com vimos, para saber qual tipo de tanque você irá usar na sua fazenda é uma parte importante. Cada modelo vai gerar um custo específico. 

Panorama sobre o mercado de Commodities agrícolas

O mercado de Commodities agrícolas é um segmento que envolve a produção, o comércio e o consumo de produtos agrícolas padronizados, como grãos, oleaginosas, fibras, açúcar, café, carne e outros. 

Esse mercado é influenciado por diversos fatores, como a oferta e a demanda globais, os estoques, os custos de produção, as políticas comerciais, as condições climáticas, as oscilações cambiais e outros. 

O mercado de Commodities agrícolas é dinâmico e competitivo, exigindo dos produtores e dos comerciantes uma constante atualização e adaptação às mudanças.

Um dos aspectos mais importantes do mercado de Commodities agrícolas é a originação dos grãos, que como vimos anteriormente, é o processo de compra e aquisição dos grãos junto aos produtores rurais, fazendo a ponte entre a fazenda e a indústria. 

A originação dos grãos tem um papel estratégico no agronegócio, pois ela permite que os produtores rurais tenham acesso a mercados mais amplos e diversificados, podendo vender seus produtos para indústrias nacionais ou internacionais. 

Além disso, a originação dos grãos permite que os comerciantes tenham acesso a produtos de qualidade e quantidade adequada para atender às demandas dos clientes. 

A originação dos grãos também contribui para a gestão de riscos e a sustentabilidade do setor, pois ela incentiva o uso de boas práticas agrícolas e ambientais.

Porém, o relatório Perspectivas dos Mercados de Commodities, publicado pelo Banco Mundial em outubro de 2023, analisa os impactos da instabilidade geopolítica no Oriente Médio e na Ucrânia nos preços globais das Commodities, especialmente dos produtos energéticos e alimentícios. 

O relatório indica que o conflito no Oriente Médio pode provocar um “duplo choque” nos mercados de energia e alimentos, elevando os custos de produção e consumo e comprometendo a segurança alimentar e a estabilidade econômica de muitos países em desenvolvimento. Ou seja, vivemos um momento de instabilidade até mesmo para o mercado de originação de grãos.  

Kit de gestão do maquinário da fazenda

Conclusão

A originação de grãos tem um papel estratégico no agronegócio, pois ela permite que os produtores rurais tenham acesso a mercados mais amplos e diversificados, podendo vender seus produtos para indústrias nacionais ou internacionais. 

Além disso, a originação de grãos permite que os comerciantes tenham acesso a produtos de qualidade e quantidade adequada para atender às demandas dos clientes. 

A originação de grãos também contribui para a gestão de riscos e a sustentabilidade do setor, pois ela incentiva o uso de boas práticas agrícolas e ambientais.

>> Leia mais:

“Custo operacional de máquinas agrícolas: como calcular a hora trabalhada”
“Implementos agrícolas: Saiba tudo sobre regulagem e manutenção”
“Patrimônio rural: gerenciando nas fazendas agrícolas”

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Redator Alasse Oliveira



Atualizado em 16 de novembro por Alasse Oliveira

Alasse é Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).