About João Paulo Pennacchi

Sou engenheiro eletricista formado pela UNIFEI e engenheiro-agrônomo formado pela UFLA. Mestre e doutor em agronomia/fisiologia vegetal pela UFLA e PhD em ciências do ambiente pela Lancaster University. Atualmente desenvolvo pesquisa na área de fisiologia de culturas agrícolas pela UFLA.

Plantio mecanizado: Tecnologias que estão ajudando o setor

Plantio mecanizado: as principais técnicas, novas tendências e seus benefícios ao agronegócio.

O ciclo de produção agrícola é baseado em uma sequência de atividades dos mais diversos tipos, que incluem:

Todas essas etapas são muito importantes e algumas tendem a ser mais bem preparadas e executadas de maneira mais cuidadosa pelo produtor.

Por muito tempo, o plantio foi deixado de lado, como atividade menos importante, porém, isso tem mudado bastante atualmente, principalmente com o advento de novos maquinários agrícolas e o entendimento da importância dessa operação.

A evolução da tarefa de plantio tem sido muito grande nos últimos anos, com avanços trazidos pelo plantio mecanizado. Porém, por muito tempo as principais técnicas de plantio foram manuais ou semimecanizadas.

Nesse artigo discutiremos o plantio mecanizado, bem como suas principais técnicas, seus funcionamentos, as novas principais tendências e como isso pode beneficiar o agronegócio

Diferença entre plantio e semeadura

Há uma certa confusão entre os termos plantio e semeadura que nem sempre é bem esclarecido no meio rural. A definição mais correta para cada um deles é a seguinte:

  • Semeadura: a técnica de iniciar uma nova lavoura pelo meio do enterrio e cobertura de sementes. São exemplos de semeaduras as culturas de soja, milho, trigo, arroz, feijão, pastagens;
  • Plantio: o plantio é a técnica de formar lavouras por meio da inserção do solo de partes vegetativas da planta (toletes, colmos, etc), ou de mudas pré-formadas. São exemplos de plantio as culturas do café, da cana, as frutíferas.

Porém, é muito comum se usar a palavra plantio para a etapa de início de uma lavoura anual ou perene, pela inserção no sistema do solo das partes que darão origem a uma nova planta.

Nesse artigo utilizaremos o termo plantio como geral, tanto para sementes, como para plântulas (mudas) ou partes vegetativas.

Quais os tipos de plantio?

Há basicamente 3 tipos de plantio:

  • Plantio manual: ocorre em sua totalidade feito por mão-de-obra humana, manualmente, onde todos os processos de abertura do sulco ou cova, a inserção do material vegetal e cobertura com solo é feita através das mãos;
  • Plantio semimecanizado: é um misto entre o uso manual e mecanizado. Nesse caso, há uso de algum equipamento para plantio mecanizado, ou para abertura das covas ou sulcos;
  • Plantio mecanizado: nesse caso toda a operação é feita através de máquinas, com intervenção humana apenas na condução dos maquinários.

Hoje em dia, o plantio manual já é bastante raro nos plantios de longa escala. Já o plantio semimecanizado ainda acontece muito em culturas perenes plantadas através de mudas ou toletes.

O plantio mecanizado, por sua vez, é bastante comum nas lavouras anuais de grãos, apesar de ser cada vez mais comum em plantios de mudas também.

Vantagens do plantio mecanizado

O uso de máquinas cada vez mais modernas traz inúmeras vantagens ao produtor durante o plantio, se comparado aos plantios manual e semimecanizado. Algumas dessas vantagens são:

  • Menor necessidade de mão de obra;
  • Maior precisão, principalmente em sistemas com georreferenciamento;
  • Menor retrabalho e uso de combustível;
  • Maior rendimento em área plantada;
  • Homogeneidade no cultivo e diminuição de falhas;
  • Capacidade de inclusão de tratamentos de sulco e fertilização na mesma ação;
  • Menor risco de acidentes.

Por que o plantio é importante?

No plantio o produtor irá começar a definir a real produção de sua lavoura. Um plantio bem executado visa dar condições da lavoura de atingir o teto produtivo do material genético escolhido.

Nessa etapa são definidas várias características importantes da lavoura, que definirão sua produtividade. São elas:

  • Número de plantas por área e estande inicial: um processo de plantio bem executado propicia uma alta porcentagem de germinação, emergência de plantas e de sobrevivência de mudas de alto vigor. Isso define o número de plantas por área, um dos definidores da propriedade.
  • Cobertura vegetal e capacidade de fechamento de linhas: esse parâmetro é importante no aproveitamento mais eficiente da área, no controle de plantas daninhas, na entrada de maquinários.
  • Capacidade de interceptação de luz solar: esse parâmetro é muito importante para a definição da cobertura da área do solo para maior interceptação de luz, fotossíntese e acúmulo de biomassa.
  • Produtividade: todos esses parâmetros definem ou potencializam a maior produção por área.

Quais as principais tendências modernas para melhorias no plantio?

Existem um número de avanços, incorporados aos novos maquinários ou não, que têm auxiliado na modernização da agricultura e da tarefa de plantio. Abaixo trazemos algumas delas:

  • Georreferenciamento: as máquinas georreferenciadas permitem acompanhamento do plantio e evitam replantio em áreas já plantadas ou falhas de plantio em áreas de mais difícil acesso;
  • Telemetria: são as medições feitas por sensores conectados à máquina que permitem verificar índices de eficiência como velocidade atual e média de plantio, taxa de plantio, variação entre áreas, etc;
  • Sensoriamento remoto: permite a avaliação prévia de áreas por meio de imagens aéreas que permitem verificar problemas físicos ou de infestação de pragas, doenças ou plantas daninhas, prévias ao plantio;
  • Plantio diferencial: permite que as máquinas agrícolas se adequem à declividade e façam um plantio mais homogêneo em termos de distância entre plantas e linhas, profundidade de plantio, cobertura da semente/tolete, distribuição de fertilizantes.
Plantadeira automática fazendo plantio mecanizado de café
Exemplo de plantadeira automática para plantio mecanizado de café
(Fonte: TNonline)

Parcerias Aegro para aperfeiçoamento do plantio mecanizado

O Aegro tem trazido cada mais soluções para auxiliar o produtor, através dos benefícios da digitalização da agricultura.

A plataforma Aegro Máquinas tem integração com duas fabricantes de máquinas agrícolas, John Deere e Stara, além da plataforma de georreferenciamento e ferramentas de clima da Climate Field View.

Essa plataforma dá acesso a muitos dados de diversas atividades, de maneira automática e sendo necessidade de digitação. Eles aparecem em forma cronológica, específicos para a safra escolhida.

Em cada atividade, você visualiza os seguintes dados:

  • Tipo de operação: plantio, aplicação, colheita ou outra;
  • Nome da área, conforme cadastrada no FieldView™, John Deere ou Stara;
  • Horário de início e término da atividade;
  • Mapa do talhão onde foi realizada a atividade;
  • Área realizada;
  • Máquina que realizou a atividade;
  • Insumos utilizados na atividade.
Kit de gestão do maquinário da fazenda

Conclusão

A necessidade de profissionalismo e eficiência em todas as etapas do processo de produção agrícola é cada vez maior. Isso se dá pelo fato de que os riscos à atividade agrícola estão cada vez mais altos e a margem de lucro, cada vez menor.

Priorizar um plantio eficiente e com o mínimo de falhas é um dos pilares para altas produtividades. Isso dá ao produtor uma maior segurança no retorno de seu investimento e maiores chances de sucesso econômico na atividade.

Hoje existem diversas tecnologias para o plantio mecanizado que permitem alta eficiência no processo, seja na semeadura de sementes ou no plantio de mudas ou partes vegetativas. O Aegro entrega soluções inovadoras em parceria com a Stara e a John Deere para maior monitoramento e qualidade das atividades na propriedade.

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“Agricultura inteligente: 6 tecnologias que podem auxiliar sua fazenda”

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Entenda a importância da ciência de dados agrícolas

Ciência de dados agrícolas: os novos métodos de medição e técnicas de avaliação de dados que estão revolucionando as atividades rurais e auxiliando o produtor nas tomadas de decisão.

Assim como nas mais diversas atividades modernas, a quantidade de informações disponível ao produtor rural é cada vez maior. O monitoramento das atividades e as tecnologias agrícolas avançam na medida em que a interferência humana é menor.

As informações de sensores para medição de parâmetros do sistema solo-planta-atmosfera, dos sistemas de monitoramento climático, dos maquinários agrícolas e de preços e estoques, dentre outros, chegam ao sistema de dados e devem ser levadas em conta por um profissional que domine a ciência de dados agrícolas.

Essa inteligência influencia o processo de tomada de decisão na propriedade e deve ser priorizada. Uma grande quantidade de dados pode ser um problema para quem não sabe lidar com eles, mas é uma grande fonte de informações para um gestor rural capacitado.

Neste artigo, falaremos sobre a ciência de dados agrícolas na atualidade e o papel do cientista de dados na gestão da propriedade rural.

O que é e para que serve a ciência de dados agrícolas?

A ciência de dados agrícolas tem relação direta com o termo Big Data, que se refere à aquisição, transferência, organização, análise e interpretação de uma massa grande de dados. O Big Data no agronegócio se refere aos dados relativos à propriedade agrícola e aos processos que a influenciam.

Com o aumento da tecnologia no agronegócio, há cada vez mais dados disponíveis e as análises que antigamente eram feitas no papel ou em planilhas simples no computador já necessita de softwares e profissionais especializados.

Esses dados podem ser usados para diversas atividades, como por exemplo:

  • Época de plantio, pulverizações e colheita;
  • Previsão de produção;
  • Mapeamento de doenças e pragas;
  • Monitoramento climático;
  • Controle de estoques;
  • Decisão de compra e venda de insumos e produtos;
  • Manutenção de máquinas;
  • Comercialização agrícola;
  • Gestão de pessoas e financeira.

O que faz um cientista de dados agrícolas?

Um cientista de dados é o profissional responsável por organizar, analisar, interpretar, tirar conclusões e propor ações a partir deles. Ele pode se beneficiar de várias tecnologias para cada uma das etapas dentro do processo completo, desde a aquisição até a tomada de decisões.

Uma das maiores ferramentas atuais do cientista de dados é a inteligência artificial (IA). Por meio de sistemas de análise automática de dados e linguagem de programa de computador, é possível fazer com que os softwares “aprendam” com os dados recebidos e passem a “prever” acontecimentos futuros.

Quanto maior a quantidade de dados adquirida e os ciclos de treinamento da ferramenta, maior será a capacidade de previsão e a assertividade da tomada de decisões do sistema de IA.

Porém, mesmo sem esses sistemas e com os softwares disponíveis hoje em dia, um bom profissional de ciência de dados agrícolas é necessário para propor tomadas de decisões de maior eficiência na propriedade rural.

Que tipos de dados são gerados no meio agrícola?

Existe uma gama de dados que pode ser adquirido em uma propriedade. Aqui trazemos algumas informações importantes que a ciência de dados agrícolas extrai para o produtor rural:

  • Características de solo e talhões: fertilidade, compactação, umidade, declividade, tamanho de área, etc;
  • Medições de parâmetros da planta: parâmetros de crescimento e estádio fenológico, germinação, vigor, fechamento de dossel, etc;
  • Proteção de plantas: populações de insetos e pragas de interesse, incidência de plantas daninhas, etc;
  • Dados climáticos: condições atuais e passadas do clima e previsão futura de condições como pluviosidade, temperatura, úmida e vento;
  • Irrigação: dados sobre vento, evapotranspiração, umidade do solo e necessidade de lâmina de irrigação;
  • Mapas de produtividade: previsão da produtividade em áreas diferentes da fazenda e das culturas utilizadas;
  • Estoques de insumos e peças: controle de insumos necessários de acordo com as atividades da fazenda;
  • Status de manutenção de máquinas: avisos automáticos da necessidade de trocas e verificação de sistemas importantes para os maquinários;
  • Mercados e cotações agrícolas.

O trabalho com ciência de dados agrícolas na prática

Na prática, quem trabalha com ciência de dados agrícolas deve ser responsável por tomar decisões a partir das informações obtidas por meio das informações citadas acima. Confira alguns exemplos:

Caso 1

Após verificar sinais iniciais de infestação de uma doença em um talhão de soja e verificar as condições ideais de vento, temperatura e umidade e a previsão de estiagem para os próximos dois dias, o analista de dados toma a decisão de pulverizar aquele talhão. Para isso, também verifica as condições do pulverizador e a presença do produto necessário em estoque.

Caso 2

Após verificar uma alta incidência de inóculos de uma doença fúngica importante para a cultura do milho no solo de um talhão, o cientista de dados decide por recomendar o uso de uma cultura que não é hospedeiro e daquele fungo na safra seguinte.

Caso 3

Ao perceber que a previsão de chuva e temperatura são ideais para o plantio na segunda quinzena de outubro, o cientista de dados inicia a verificação dos estoques de insumos necessários para o plantio, bem como verifica o status de manutenção de máquinas, já programando o número de horas de trabalho necessárias.

Caso 4

Ao notar uma menor produtividade em algumas áreas específicas de um talhão na safra anterior, faz-se uma amostra seletiva de solo e opta-se por correção diferencial do solo para melhor fertilização e disponibilidade de nutrientes na safra seguinte.   

Quais os benefícios da ciência de dados agrícolas?

Existem muitos benefícios do uso da ciência de dados agrícolas na atualidade. Dentre eles, podemos citar:

  • Assertividade e eficiência: ao se organizar dados e monitorar processos, há uma grande diminuição na probabilidade de erros e um aumento da eficiência dos processos na propriedade.
  • Aumento da produtividade: isso leva a um maior controle das condições de cultivo e condução das lavouras, permitindo uma maior expressão do potencial genético das culturas;
  • Maior sustentabilidade: ao se fazer um uso mais racional de recursos, há vantagens econômicas e ambientais, aumentando a sustentabilidade e viabilidade do negócio rural;
  • Aprendizado ao longo do tempo: ao se acumular dados de várias safras e tratá-los através do uso de IA, pode-se aprender com situações passadas e prever ações que maximizem os resultados no futuro;
  • Diminuição de riscos: tudo isso leva a um menor risco da atividade e maior retorno sobre o investimento.

Como fazer os dados trabalharem a seu favor?

Um software de gestão agrícola como o Aegro é a chave para automatizar os processos, armazenando informações e otimizando a ciência de dados agrícolas, gerando relatórios para análises confiáveis e tomada de decisões mais acertadas.

Os dados armazenados no sistema fornecem informações para a redução de custos e o aumento da produtividade. 

É possível acompanhar todas as etapas desde o planejamento, plantio, até a colheita, encontrando oportunidades de melhorias nesses processos através da análise dos dados coletados.

Conclusão

A modernização da atividade agrícola é cada vez mais necessária no Brasil e no mundo. Já não há mais espaço para amadorismo no agronegócio, e isso é o que define quem vai continuar ou não no mercado.

A ciência de dados agrícolas substitui a simples observação ou o monitoramento de baixa eficiência dos processos envolvidos na produção agrícola. O produtor deve atentar para as oportunidades de monitorar sua propriedade de maneira intensa e detalhada por meio da aquisição e análise de dados.

Sensores, imagens de satélites, plataformas digitais, máquinas automáticas georreferenciadas, sistemas de internet e inteligência artificial são ferramentas já presentes no agronegócio e que devem estar cada vez mais inseridas na atividade.

Assim, a ciência de dados agrícolas permite que o produtor seja muito mais assertivo em suas tomadas de decisão, aumentando o lucro, diminuindo os riscos e sendo cada vez mais sustentável.

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“Big Data no agronegócio: a revolução dos dados”

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“Agricultura inteligente: 6 tecnologias que podem auxiliar sua fazenda”

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Tecnologias agrícolas: o presente e o futuro do agronegócio

Tecnologias agrícolas: as inovações que estão mudando o dia a dia da atividade agrícola e que já estão (ou logo estarão) na sua fazenda.

Tecnologia é qualquer técnica ou método que traga evolução a um processo de produção de algum produto ou bem de consumo.

A tecnologia agrícola é o conjunto de técnicas que trazem avanços à atividade agropecuária, de forma a tornar a produção mais eficiente, menos onerosa e mais rentável.

Hoje em dia, existem várias tecnologias agrícolas que parecem inviáveis para a realidade de muitos produtores. Porém, com a popularização desses novos métodos, a tendência é que seus custos baixem e eles se tornem comuns em propriedades de médio e grande porte no Brasil.

Neste texto, falaremos de algumas dessas tecnologias e seus impactos na atividade agrícola e na sustentabilidade do agronegócio. Boa leitura!

Evolução das tecnologias agrícolas

Quando falamos em tecnologia, logo imaginamos técnicas ultramodernas. Mas vale refletir que mesmo as técnicas mais antiquadas foram modernas no passado. O arado de tração animal já foi uma evolução no passado e hoje é um objeto bastante obsoleto nas atividades de preparo do solo.

É comum dividir-se a evolução das tecnologias agrícolas em eras, como nomes diferentes, de acordo com as evoluções nos processos e métodos da atividade agrícola. Essas eras são cada vez mais curtas devido ao rápido desenvolvimento de novas soluções. 

Assim, definem-se algumas eras das tecnologias agrícolas em:

  • Agricultura 1.0 (de 1900 a 1950): marcada pelo surgimento das primeiras ferramentas de tração animal de uso em maior escala, para facilitar os processos de preparo da terra, semeadura, adubação e colheita;
  • Agricultura 2.0 (1950 a 1990): a tração animal foi substituída por tração mecânica e as máquinas motorizadas se tornaram uma realidade. Aumentou-se o conhecimento sobre as necessidades de adubação e o uso de fertilizantes, além de avanços no campo da genética com seleção de cultivares; 
  • Agricultura 3.0 (1990 a 2015): essa era trouxe avanços na capacidade de monitoramento diferencial das lavouras através de sistemas de posicionamento (GPS) e da agricultura de precisão. Grandes melhorias em seleção genética e eficiente de produtos agroquímicos para controle de pragas, doenças e plantas daninhas e fertilizantes também foram bastante importantes;
  • Agricultura 4.0 (2015 até atualmente): essa etapa trouxe grandes avanços na capacidade de captação de dados através de sensoriamento remoto, montagem de mapas da propriedade, uso de drones e máquinas autônomas e a aplicação diferencial de produtos nas lavouras. Além disso, houve grande melhora nos recursos genéticos por meio da biotecnologia. 
  • Agricultura 5.0 (2020 até atualmente): o futuro, que na verdade já é o presente, é a agricultura que se beneficie dos grandes avanços em conectividade. A montagem de base de dados online da fazenda e o uso da internet 5G e de softwares de análise de dados trará maior autonomia e facilidade nas tomadas de decisão do proprietário.
Agricultura 5.0 marca um avanço das tecnologias agrícolas
Como a agricultura 5.0 vai impulsionar seu trabalho na lavoura

Benefícios do uso de tecnologias agrícolas

Os avanços das atividades agrícolas trazem diversos benefícios ao produtor e, principalmente, ao meio ambiente, auxiliando a ultrapassar os maiores limitantes da produção agrícola. Os principais benefícios das tecnologias agrícolas atuais são:

  • Aumento da precisão: o uso de aplicações diferenciais de produtos químicos, biológicos e fertilizantes é um grande avanço que permite um tratamento diferenciado a áreas específicas cada vez menores, diminuindo desperdício;
  • Mais eficiência de processos: o uso de máquinas autônomas guiadas através de mapas pré-estabelecidos permite uma diminuição dos erros humanos, do retrabalho e do consumo de combustíveis e insumos;
  • Diminuição de riscos: há uma diminuição dos riscos em geral, sejam riscos físicos aos operadores, riscos de impacto nocivo ao meio-ambiente ou mesmo risco financeiros ao negócio;
  • Maior controle da atividade e gestão: essas ferramentas permitem ao produtor verificar onde o processo é mais falho e onde há mais espaços para melhorias, além de permitir uma gestão mais otimizada de recursos físicos, financeiros e humanos.
  • Aumento da produtividade: isso tudo tem a capacidade de gerar um aumento da produção agrícola sem maiores investimentos em recursos, a não ser o preço da tecnologia, permitindo um maior retorno do investimento feito;
  • Tomada de decisão mais correta: todo esse monitoramento e mapeamento permite ao produtor, ou ao gestor da propriedade, tomar decisões mais corretas, baseados em dados passados e atuais, praticamente em tempo real, diminuindo as incertezas e as chances de erro.
Controle e acompanhe a manutenção das máquinas da sua fazenda

7 tecnologias agrícolas que estarão em breve na sua propriedade

Várias tecnologias agrícolas são cada vez mais indispensáveis à atividade rural moderna. Aqui citamos algumas das soluções mais utilizadas:

  • Sensoriamento remoto: o uso de sensores para medição de características das plantas sem contato com elas é uma das bases do monitoramento do estado do solo e das lavouras;
  • Sistemas de localização: permitem que os dados coletados pelos sensores sejam referenciados a uma localização específica permitindo o mapeamento da fazenda em escalas cada vez menores;
  • Máquinas autônomas: dados de sensores e de localização permitem aplicação diferencial de recursos como produtos ou água, sem limitar a produção e sem causar desperdício;
  • Dados meteorológicos: seja de estações digitais próprias ou de bancos de dados, eles auxiliam na tomada de decisão do melhor momento para a execução de atividades como plantio, fertilização ou aplicação de produtos e colheita;
  • Conectividade: a conectividade através da internet ou de sistemas de comunicação cada vez mais avançados permite uma visualização das condições da fazenda em tempo real, aumentando o controle e a eficiência de processos;
  • Softwares de armazenamento e análise de dados: são cruciais para fazer a integração e bom uso de todas as informações captadas de solos, plantas, máquinas, clima, produção, etc, permitindo uma tomada de decisão baseada em dados;
  • Sistemas de gestão: Permitem uma organização mais profissional e exata das atividades da fazenda, comparando com o planejamento da safra e atentando para a eficiência de processos e possibilidade de melhorias.

Tecnologia e sustentabilidade

O grande desafio da agricultura mundial hoje em dia é produzir alimentos, fibras e combustíveis de maneira sustentável. A sustentabilidade se baseia em um tripé — ou seja, um processo realmente sustentável precisa se encaixar nestes três contextos:

Uma atividade sustentável tem que ser socialmente justa, economicamente rentável e ambientalmente correta. Dessa forma, o proprietário consegue o seu rendimento e sustento sem agredir o meio ambiente e sem explorar a sociedade.

As tecnologias agrícolas são insubstituíveis para que o agronegócio se mantenha ou seja sustentável. O uso eficiente de recursos e a gestão correta de todas as atividades da propriedade rural permitem diminuir os impactos ao meio ambiente, diminuir riscos aos funcionários e aumentar o lucro do produtor.

Conclusão

A agricultura moderna tornou-se uma atividade de alto nível tecnológico e não haverá caminho de volta.

Aumentar a capacidade de monitoramento, automatizar as atividades e usar dados coletados em sua propriedade para a tomada de decisões é a base da produção agrícola mundial no futuro.

A busca por essas soluções é urgente para o produtor rural brasileiro. As tecnologias agrícolas já deixaram de ser um luxo e são hoje uma necessidade, definindo o sucesso ou fracasso da atividade rural.

Dentre as tecnologias agrícolas mais importantes para o produtor rural, o Aegro se destaca como um software para gestão de fazendas que oferece uma série de ferramentas para o produtor aumentar a eficiência e lucratividade da sua propriedade.

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Gestão agro: como aumentar sua produtividade em até 30%

Gestão agro: o uso de ferramentas e tecnologias pode ser o grande diferencial de produtividade na sua propriedade agrícola. Saiba mais aqui!

A definição formal de gestão é “ação de gerir, administrar, governar ou  dirigir negócios públicos ou particulares; administração”. Ou seja: qualquer pessoa que atua na organização de um negócio é gestora.

Agora mentalize quantas vezes você ou outra pessoa envolvida no processo de produção da fazenda precisa organizar e tomar decisões na condução de sua propriedade rural.

Portanto, é importante conhecer e utilizar ferramentas que tenham bom custo-benefício e que aumentem a capacidade de organização, controle e execução de atividades dentro da fazenda.

Esse pacote de tecnologias de gestão para propriedades rurais é chamado de gestão agro e será o tema deste texto. Boa leitura!

O que é gestão agro?

Gestão agro nada mais é que a atividade que visa a gerir todos os recursos e processos relativos à atividade agropecuária, em todas as esferas envolvidas na propriedade rural e também fora dela.

Isso inclui a gestão de recursos humanos, físicos e financeiros para uma maior eficiência e racionalidade em seu uso, buscando reduzir custos e aumentar a sustentabilidade, maximizando o lucro. 

Hoje em dia, muitas universidades e centros de ensino têm oferecido cursos ou especializações de Gestão no Agronegócio, assim como existem também cursos de Administração Rural.

Porém, além dos conhecimentos teóricos em gestão conseguidos por formações profissionais, a gestão agro se baseia cada vez mais em tecnologias específicas de gestão do agronegócio.

Quais processos podem ser melhorados pela gestão agro?

A atividade agrícola envolve uma série de atividades, desde o planejamento, organização, execução e avaliação dos processos. Ao se monitorar as atividades, pode-se primeiramente verificar quais têm maior e menor eficiência e mapear onde há espaço para melhorias.

Destacamos abaixo as principais atividades que podem ser melhoradas por meio da gestão agro:

  • Planejamento de safra: definição das áreas a serem utilizadas para culturas e áreas de pousio, assim como o mapeamento necessidade de rotação de culturas e as características específicas de cada área;
  • Projeção de insumos: previsão cada vez mais robusta da necessidade de insumos para cada tipo de cultura e de acordo com as experiências de safras anteriores;
  • Controle de maquinário: avaliação da necessidade de manutenção, das horas trabalhadas e da situação de cada máquina, evitando avarias e horas sem trabalho de maquinários;
  • Gestão de recursos humanos: controle de horas trabalhadas, eficiência e aptidão de funcionários;
  • Execução de tarefas: maior controle e precisão do momento e necessidade de aplicação de produtos para controle de pragas, doenças ou plantas daninhas, de maneira específica para cada cultura e talhão, ou mesmo em áreas ainda mais reduzidas;
  • Previsão de produtividade e colheita: monitoramento de lavouras para previsão de data de colheita e produtividade, dando maior liberdade para negociação de preços do produto;
  • Análise de dados: mapas com análises de dados diferenciais que permitem um tratamento diferenciado de áreas da produtividade.
gestão agro e maquinário
A gestão agro torna seu maquinário mais eficiente, durável e econômico
(Fonte: Embrapa)

Quais os principais benefícios da gestão agro?

Há muitos benefícios do uso de ferramentas de gestão para a organização de propriedades agrícolas. Dentre eles, podemos citar:

  • Aumento da eficiência do uso de recursos: aplicação eficiente de produtos químicos, detecção do melhor momento de aplicação, doses conforme dados de sensoriamento, menor desperdício;
  • Uso racional de maquinários: monitoramento para manutenção de máquinas, prevenção de problemas durante uso, diminuição do retrabalho, controle de estoque para reposição;
  • Acompanhamento em tempo real: o uso de sensores para monitoramento mais frequente de lavouras permite o acompanhamento das condições em tempo real (ou algo muito próximo disso); 
  • Previsão climática: conhecimento do clima a curto prazo para programar execução de atividades e prever situações limitantes para a produção agrícola;
  • Tomada de decisão facilitada: maior capacidade de tomar decisões baseados em extensa base de dados, dados em tempo real, histórico de safras e dados de sensores de medição de características de plantas e meteorológicos;
  • Diminuição de custos: a combinação dos benefícios acima leva à diminuição de custos e de retrabalho, aumentando o custo de produção;
  • Aumento da produtividade agrícola: a aplicação de recursos de maneira diferencial, em doses corretas e momentos propícios pode aumentar a produtividade de plantas, potencializando a genética;  
  • Maior lucratividade: a diminuição de custos combinada a maior produção aumenta margem de lucro do produtor;
  • Sustentabilidade: o uso racional de recursos e combustível causa menores danos ao ambiente, além de ser mais economicamente viável.

Quais ferramentas atuais pode nos auxiliar na gestão agro?

Hoje em dia, não é difícil encontrar produtores rurais que investem altos valores em maquinários agrícolas de última geração, mas ainda continuam fazendo grande parte da gestão da fazenda em planilhas físicas ou softwares antigos e com baixa capacidade de automação.

As seguintes ferramentas são crucias para uma gestão mais profissional e eficiente da propriedade e do negócio:

  • Sensoriamento: medição de características da lavoura, de solo, da incidência de doenças e estágios fenotípicos que permitem tomar decisões diferenciais e em menor tempo;
  • Maquinário autônomo e drones: máquinas que fazem aplicação diferencial ou plantio, de acordo com mapas pré-estabelecidos ou informações de sensores em tempo real;
  • Georreferenciamento: sistemas de posicionamento da propriedade que permitem as tecnologias acima;
  • Softwares de controle de estoque e manutenção de máquinas: diminuem tempo obsoleto de máquinas e de aplicações de produtos;
  • Mapas de rendimento e agricultura de precisão: permitem monitorar áreas em que o manejo foi mais eficiente e o rendimento por uso de recurso foi maior, potencializando a margem de lucro;
  • Dados meteorológicos: sistemas de monitoramento local na propriedade ou regional por plataformas de dados meteorológicas e previsão do tempo em curto e longo prazo;
  • Programas de análise de dados: uso de ferramentas capazes de análise de big data geradas pelas tecnologias de captação de dados, permitindo maior conhecimento dos processos;
  • Inteligência artificial: o uso de algoritmos que sejam capazes de prever o comportamento de plantas através de séries de dados coletados em safras anteriores e informem o produtor sobre possíveis riscos na safra atual.
Kit de gestão do maquinário da fazenda

Conclusão

A margem de lucro do produtor rural tem sido menor a cada safra, por muitos motivos. Já os riscos, principalmente relacionados ao clima, têm sido cada vez maior. Assim, a busca por soluções para minimizar custos e maximizar a produção é extremamente necessária às atividades agropecuárias.

Nesse cenário, tecnologias como sensoriamento remoto, sistemas de georreferenciamento, armazenamento e análise de dados, agricultura de precisão, comunicação por internet, automação e softwares de inteligência artificial, são ferramentas primordiais para a produção agrícola moderna.

A integração dessas tecnologias permite uma gestão agro com menos erros e desperdícios, permitindo que a atividade seja cada vez mais socialmente justa, ambientalmente correta e financeiramente viável — o que define uma atividade sustentável.

O Aegro tem ferramentas de gestão que podem ajudar o produtor a maximizar a eficiência e o lucro de sua atividade.

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Ferramentas para safra rentável que todo produtor precisa usar

Ferramentas para safra rentável que o produtor pode adotar para diminuir os erros, aumentar a eficiência agrícola e a rentabilidade da propriedade

A atividade agrícola tem exigido dos produtores rural um nível de profissionalização crescente. Isso se deve ao fato de que a atividade agrícola tem um risco cada vez maior.

Flutuações de valores de insumos e maquinários, condições climáticas incertas e variações do valor de venda de commodities agrícolas fazem com que haja grande incerteza e baixa margem de lucro.

Para contornar esses desafios e aumentar a eficiência da sua propriedade, o produtor precisa controlar os investimentos e as atividades executadas na safra e focar no planejamento da safra.

Hoje existem muitas ferramentas capazes de auxiliar o produtor no planejamento de safra. Neste texto, falaremos sobre essas ferramentas, suas integrações com tecnologias agrícolas, seus benefícios e como acessá-las. Boa leitura!

Planejamento de safra

Normalmente o período de entressafra é quando o produtor se prepara e organiza a safra seguinte. Em grande parte do território brasileiro, esse período acontece entre julho e agosto. Assim, o início da semeadura de novas lavouras começa no final de setembro.

Há uma lista de coisas que devem ser programadas para a entressafra e safra:

  • Amostragem e envio de amostras de solo para análise;
  • Manutenção de máquinas;
  • Definição das culturas a serem plantadas, suas áreas e tipos de plantio;
  • Capacidade de investimento e definição de orçamento;
  • Definição de manejos e planejamento e compra de produtos a serem usados;
  • Preparo do solo;
  • Plantio ou semeadura;
  • Controle de pragas, doenças e plantas daninhas ao longo do ciclo;
  • Manutenção e operação dos sistemas de irrigação;
  • Colheita e secagem;
  • Armazenamento e comercialização de produtos colhidos.

Como se pode notar, muitas atividades precisam ser planejadas e executadas durante a safra. Uma boa organização de recursos e mão de obra é fundamental para a eficiência dos processos e se evitar gastos extras.

Planejamento: antes, durante e depois

O planejamento agrícola não deve ser feito apenas na entressafra, como se pode imaginar. Existem etapas do planejamento que também ocorrem durante e depois da safra.

Confira a seguir as principais etapas do planejamento.

Antes da safra

Neste momento, você deve definir as culturas, áreas de alocação e o sistema de plantio da safra. Também é hora de definir o orçamento e o manejo usado, além das atividades que serão executadas.

Durante a safra

Aqui, é importante comparar o planejado ao executado. Como cada safra é diferente da outra, pode ser necessário adaptar o manejo e o investimento.

Alguns fatores verificados durante a safra podem alterar o planejamento, como doenças, pragas, estresses abióticos, data de plantio, previsão de colheita etc.

Depois da safra

É fundamental, então, analisar os resultados obtidos e compará-los ao programa inicial. Isso permite mapear pontos fortes e fracos da safra em termos das atividades executadas, e como isso impactou a produção final.

Aprendendo com safras anteriores

Uma forma de planejar a safra seguinte é olhar para as anteriores. O produtor que possua um sistema de armazenamento e análise de dados das safras anteriores tem maior capacidade de entender que processos necessitam maior atenção.

Isso permite verificar quais foram os gargalos e processos menos eficientes e planejá-los melhor para o próximo ano agrícola. O produtor também pode verificar as condições e o potencial produtivo de diferentes talhões, e escolher que culturas utilizar.

O Aegro é um software para gestão de fazendas que permite criar bancos de dados de safras anteriores e auxiliar você nas tomadas de decisões futuras.

Com esse histórico de safras, é possível analisar erros e acertos, identificar oportunidades para reduzir custos, melhorar o uso dos insumos na lavoura — enfim, adotar técnicas variadas em prol do processo produtivo.

Aegro é uma das melhores ferramentas para safra rentável
Tela do Aegro com o custo realizado
(Fonte: Aegro)

Principais áreas de planejamento

Podemos listar algumas áreas básicas que são necessárias ao bom planejamento e dão embasamento ao produtor. São elas:

Cronograma e definições técnicas

A escolha das culturas, dos sistemas de plantio e dos manejos usados na propriedade são um passo importante para o bom planejamento agrícola.

A partir disso, definimos os insumos necessários, como sementes, fertilizantes e agroquímicos.

Além disso, define-se o número de entradas de cada maquinário na lavoura e o tempo que cada máquina precisará ser utilizada.

Orçamento

Com base no balanço financeiro da propriedade, nas definições técnicas da próxima safra e no retorno previsto, o produtor define seu orçamento.

Neste ponto, o produtor define em que momento vai gastar com insumos e maquinários e também a flexibilidade do uso de recursos.

Preparo para execução

Planejar o uso de maquinários e insumos permite um bom controle de estoque — tanto de produtos destinados à lavoura como ao maquinário. Isso também permite definir a melhor época para manutenção de máquinas e a necessidade de mão de obra ao longo da safra.

Esse tripé de cronograma, orçamento e preparo para execução, se bem feito, facilita bastante a vida do produtor e pode trazer grandes retornos.

Tecnologias e os benefícios das ferramentas de planejamento

Atualmente, a maioria dos produtores usam ferramentas tecnológicas para a gestão de dados e atividades da fazenda. Assim, todo o controle e planejamento é feito de maneira digital e, muitas vezes, automática.

As principais vantagens do uso de ferramentas de planejamento digitais são:

  • Aumento da eficiência de processos;
  • Redução de perdas de combustível, mão de obra, insumos etc.;
  • Uso racional de energia, água e insumos;
  • Maior retorno do investimento;
  • Maior robustez do negócio e menor dependência de fatores externos;
  • Maior controle de custos;
  • Diminuição da possibilidade de erros de execução;
  • Maior capacidade de tomada de decisões em tempo real;
  • Aumento da sustentabilidade — seja social, econômica ou ambiental;
  • Benefícios ao meio-ambiente.
planilha de fluxo de caixa

Simplificando o planejamento com o Aegro

Com o Aegro, você mantém o histórico de todas as safras e tem acesso a relatórios para acompanhar a evolução da sua safra.

O registro e análise de dados durante o planejamento é fundamental para você agir de forma assertiva e tomar as melhores decisões antes, durante e depois da safra.

Para planejar e acompanhar as atividades da lavoura, você pode orçar o custo estimado, planejar atividades, receber lembretes de manutenção de máquinas e monitorar as atividades por área.

Assim, você tem uma atualização da evolução de seu planejamento e consegue identificar rapidamente os ajustes necessários.

Só com o Aegro você tem o controle da sua safra do planejamento à venda, programando seus custos durante todo o processo, monitorando e acompanhando a evolução da safra e utilizando os dados de toda a produção para identificar o melhor valor de venda.

Monitore as atividades da lavoura e mantenha seu planejamento com o Aegro
Monitore as atividades da lavoura e mantenha seu planejamento com o Aegro
(Fonte: Aegro)

Conclusão

A necessidade de profissionalizar e aumentar a eficiência dos processos agrícolas é urgente. Estratégias e ferramentas para o planejamento de safra pode ser um diferencial entre o sucesso e o fracasso da sua atividade.

Devido ao alto fluxo de informações, à necessidade de monitoramento em tempo real, às incertezas e à complexidade de uma fazenda, as ferramentas de gestão são essenciais para um bom gerenciamento do seu negócio rural.

Softwares, planilhas, formulários e banco de dados digitais, preferencialmente automáticos, são ferramentas que auxiliam o produtor no planejamento, execução e análise das diferentes etapas do processo produtivo.

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Subsoladores: o que são e como utilizar

Subsoladores: as principais características, recomendações de uso e vantagens e desvantagens desse implemento agrícola

A agricultura tem tido grande evolução ao longo de sua história, principalmente com a invenção e o uso de equipamentos, maquinários e implementos que aumentam a eficiência e velocidade das atividades agrícolas.

O solo, muitas vezes chamado de “a metade esquecida” da produção vegetal, pode e deve ser monitorado e manejado para dar condições ideais ao crescimento das plantas.

Vários implementos agrícolas podem ser usados para corrigir parâmetros físicos do solo. O subsolador é um desses implementos de suma importância — porém, seu uso deve ser bem planejado e executado.

Neste artigo, vamos abordar as principais características desse implemento, seu uso, recomendações e as vantagens e desvantagens da sua entrada no sistema agrícola. Confira!

O que são subsoladores?

Os subsoladores são implementos agrícolas, bastante robustos, formados por hastes metálicas e têm a principal função de “quebrar” camadas condensadas de solo.

O implemento consiste em hastes profundas, muito rígidas, que conseguem penetrar no perfil do solo e, ao serem arrastados por máquina de tração, desfazem áreas condensadas do solo, causando descompactação.

Existem dois tipos básicos de subsoladores: montados ou de arrasto. Os subsoladores montados possuem rodas de ferro que auxiliam a sua movimentação e controlam a profundidade de subsolagem. Os subsoladores de arrasto são utilizados com rodas pneumáticas, mas têm as mesmas funções dos subsoladores montados.

Características dos subsoladores

Existem tipos diferentes de subsoladores e há, principalmente, variação no comprimento, número, tipo e distância entre hastes do implemento. As formas mais comuns das hastes são: reta vertical, reta inclinada, curva e parabólica.

A profundidade de atuação do subsolador, bem como a sua capacidade de explorar o perfil do solo, dependem principalmente do tamanho das hastes e da regulagem das rodas limitadoras.

Por atuar em camadas mais profundas e mover grande massa de solo, os subsoladores demandam uma grande potência do trator, sendo uma atividade de alto consumo de combustível se comparado à aração ou gradagem, por exemplo.

A Stara oferece subsoladores de alta qualidade
Exemplo de subsolador
(Fonte: Stara)

Recomendações de uso dos subsoladores

O uso de subsoladores é recomendado para romper camadas compactadas de solo em profundidades não alcançáveis para grades, arados ou escarificadores. Normalmente, os subsoladores atuam na área do perfil do solo entre 30 e 60 centímetros, podendo chegar a profundidades de até 1 metro.

Os subsoladores são recomendáveis quando há compactação de camadas mais profundas do solo. A compactação do solo é causada normalmente pelo tráfego constante de máquinas pesadas, com maior potencial de acontecerem em solos mais argilosos.

A compactação pode ser verificada por métodos de medição, como penetrômetros. O penetrômetro mede a resistência do solo à penetração e indica o seu grau de compactação. Já existem métodos de maior rendimento e precisão para mapear a compactação ao longo da área da propriedade rural.

É importante que essas medidas sejam feitas em algumas condições específicas — por exemplo, com o solo úmido, o mais próximo possível da capacidade de campo. Os valores do penetrômetro para decisão de recomendação da subsolagem dependem do tipo de solo e da sua variação com a profundidade.

Controle e acompanhe a manutenção das máquinas da sua fazenda

Vantagens do uso de subsoladores

A recomendação de uso de subsoladores, quando bem executada, pode trazer diversos benefícios ao sistema agrícola. Abaixo, citamos as principais vantagens da quebra das estruturas compactadas do solo em maior profundidade com subsoladores. Veja:

Diminuição da restrição física

A quebra das camadas compactadas diminui a resistência do solo, facilitando o crescimento da raiz. Ao explorar um maior volume de solo,a planta tem maior capacidade de absorção de água e nutrientes, além da maior sustentação da planta.

Maior infiltração de água e aeração

A subsolagem aumenta os micro e macroporos do solo, aumentando a aeração e criando espaços para a infiltração de água nas camadas mais profundas do solo.

Aumento da disponibilidade de nutrientes

Ao permitir a entrada de água e o crescimento de raízes, a subsolagem permite que os nutrientes nessas camadas do solo sejam disponibilizados e absorvidos pelas plantas. Além disso, permitem que os fertilizantes aplicados em cobertura atinjam camadas mais profundas do solo.

Favorecimento da microbiota do solo

O aumento da oxigenação e da infiltração de água nas camadas inferiores do solo facilita o desenvolvimento de microorganismos benéficos às plantas, potencializando a melhoria das características biológicas do solo.

Diminuição do revolvimento superficial

O uso de subsoladores não causa tanto revolvimento das camadas superiores do solo, como no caso do uso de grades, arados ou escarificadores superficiais. Isso evita a exposição e perda da matéria orgânica do solo.

Prevenção da erosão

Ao facilitar a entrada de água no perfil do solo, a subsolagem evita o escoamento superficial de água, diminuindo o carreamento superficial de partículas do solo e a erosão.

Em quais culturas os subsoladores são utilizados?

As culturas anuais normalmente apresentam um tráfego maior de máquinas e implementos, e essas atividades, safra após safra, tendem a causar maior compactação.

Culturas como milho e soja tendem a apresentar compactação após safras consecutivas, principalmente em solos argilosos, com alta incidência de precipitação/irrigação e altamente mecanizados.

A cultura da cana-de-açúcar também apresenta alta incidência de compactação. Culturas perenes, como café e citros, podem ter compactação nas entrelinhas e requerem uma atividade de subsolagem específica para evitar danos às raízes da cultura.

Diferenças entre escarificadores e subsoladores

Os escarificadores podem ser confundidos e recomendados para o papel dos subsoladores. Porém, há uma diferença importante entre os dois implementos: seus alcances em profundidade no solo.

No entanto, os dois implementos são recomendados para sistemas de cultivo mínimo, como é o caso do plantio direto, sendo técnicas recomendadas para a agricultura de conservação, visando ao aumento da sustentabilidade do processo produtivo.

Escarificadores e subsoladores não causam revolvimento excessivo do solo, como arados e grades. Por isso, são implementos que não provocam grande remoção da palhada na superfície do solo após a descompactação.

Conclusões

A atividade agrícola tem se modernizado em buscas de soluções cada vez mais sustentáveis para a manutenção ou aumento da produtividade, sem a necessidade de usar recursos em excesso.

O solo, um recurso primordial para o sistema agrícola, foi deixado de lado por muito tempo e agora passa a ser foco cada vez mais importante em busca de soluções sustentáveis.

Os sistemas de agricultura de conservação, com base em cultivo mínimo, tendem a causar problemas de compactação do solo, pelo baixo revolvimento das camadas do solo e o alto tráfego de máquinas pesadas.

O uso de subsolagem traz diversos benefícios às características químicas, físicas e biológicas do solo e aumenta a capacidade produtiva do sistema agrícola, evitando limitações à produção e permitindo explorar ainda mais o potencial produtivo das plantas.

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“Como uma boa gestão de máquinas agrícolas pode diminuir seus custos de safra”

“Moderfrota: o que é e como conseguir crédito para máquinas agrícolas”

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Tendências do agronegócio para 2023: o que esperar dos preços e custos?

Tendências do agronegócio: veja as principais projeções técnicas, econômicas e de mercado no agronegócio brasileiro para o ano de 2023

O agronegócio é a atividade que mais gera riqueza ao Brasil. Sua participação é vital na geração de empregos e de riqueza interna, além de liderar as exportações brasileiras.

O agro é o responsável por manter a balança comercial brasileira no verde desde 2010. 

Porém, o agronegócio é uma atividade que depende de diversos fatores para o seu bom andamento e para a definição de suas tendências

Nesse artigo, veja as principais projeções para o agronegócio nos próximos anos em termos de produção, preços e custos e participação na economia nacional. Boa leitura!

Definição de agronegócio e sua reputação

O agronegócio é definido como o negócio que engloba as atividades econômicas ligadas à:

  • agropecuária;
  • manejo florestal;
  • extrativismo vegetal;
  • indústrias de beneficiamento de produtos vindos das atividades acima citadas. 

Além da incerteza do clima, muitos fatores afetam os mercadores do agro. Por exemplo, a dependência de matéria-prima estrangeira, a variação constante dos mercados e bolsas ao redor do mundo são pontos de atenção.

Ainda, vale lembrar que o índice de Confiança no Agronegócio, conhecido como ICAgro, apresentou crescimento contínuo no final de 2022. O ICAgro é calculado trimestralmente pela Fiesp e mostra a confiança do setor.

Tendências e perspectivas do agronegócio brasileiro

As projeções para o agronegócio foram bastante afetadas nos últimos anos pela pandemia mundial, os conflitos no leste europeu e condições climáticas severas. Isso gerou diversos problemas, como:

  • oscilações bruscas nos preços das moedas estrangeiras;
  • limitações nas ofertas de matérias-primas para o agro brasileiro;
  • alteração da oferta mundial de grãos;
  • redução do poder de compra internacional;
  • interferências nos preços, custos e na margem de lucro de quem produz no Brasil.

Dentre as tendências mais recentes do agronegócio, o momento se destaca pela possibilidade de recuperação dos efeitos negativos dos últimos anos, como grande potencial de crescimento e investimentos em tecnologia.

Tendências econômicas: O PIB do agro em 2023

Em 2022, o agronegócio sofreu com aumento de custos, questões climáticas e com a guerra entre Ucrânia e Rússia. Até agora, as projeções para o agronegócio mostram que o PIB (Produto Interno Bruto) desse setor irá recuar um pouco, mas crescer ao longo de 2023.

O agronegócio tem sido o grande impulsionador do PIB brasileiro na última década. Porém, toda a incerteza que tem circundado essa atividade tem causado alterações também nos marcadores econômicos do agro.

Em termos do PIB do agro, espera-se uma tendência de alta para 2023. A previsão é de aumento entre 8% e 10% se comparado ao PIB de 2022. Isso se deve à recuperação do setor e aos resultados negativos de 2022.

O PIB do agro vinha em um crescente nos últimos anos, mas em 2022 sofreu influência do mercado e as altas de custos e juros. Confira um breve panorama dos últimos anos:

  • 2019 (2,89%);
  • 2020 (22,28%);
  • 2021 (8,51%);
  • 2022 (- 4,22%).

Espera-se que o PIB do agro aumente sua porcentagem no PIB total brasileiro. A previsão é de participação similar ao ano de 2021 (26,6% de participação), e acima dos indicadores do ano de 2022 (24,8%).

Custos e preços

A previsão para os custos dos produtos relacionados ao agronegócio não parece muito exata. Ainda há grandes incertezas sobre custos de matérias primas, bens industrializados (como máquinas agrícolas) e novas tecnologias. 

O cenário mundial segue muito volátil e espera-se que os custos de produção se mantenham em alta, além da margem de lucro seguir apertada. Em termos de preços de vendas, as tendências dos mercados internacionais são muito heterogêneas e incertas

Uma simples busca por preços de mercado futuro mostra desacordo em indicadores e flutuações diárias de preços. As informações abaixo são do fechamento das bolsas de Chicago e Nova Iorque em 23/03/2023 para previsão de preços futuros.

Indicações das flutuações de soja, milho, trigo, algodão e café

Indicações das flutuações de soja, milho, trigo, algodão e café

Produção e clima

Em termos produtivos, a safra que está sendo colhida em 2023 será recorde. Ela será puxada pelo carro-chefe da agricultura brasileira, os grãos. A previsão é de uma supersafra de grãos, com total de 310,3 milhões de toneladas.

As estimativas por cultura são apresentadas abaixo, baseadas em dados da Conab:

  • Soja: 152,9 milhões de toneladas;
  • Milho: 95  milhões de toneladas;
  • Feijão: 1 milhão de toneladas;
  • Arroz: 10,2 milhões de toneladas;
  • Algodão: 3 milhões de toneladas;
  • Trigo: 10,6 milhões de toneladas;
  • Cana: 598,3 milhões de toneladas;
  • Café: 54,9 milhões de sacas de 60 kg.

O clima, por sua vez, pode influenciar muito as previsões acima. Por exemplo, houve quebra de safra da soja por seca e dificuldades na colheita por excesso de chuva no norte do Paraná e estados centrais.

Muitas dessas características destoantes são efeitos do La Niña, que têm causado bastante influência no clima brasileiro nos últimos 3 anos. Porém, a estimativa é de que os efeitos sejam apenas sentidos até abril, quando o El Niño passa a ser mais preponderante.

Apesar dos períodos de transição entre os dois fenômenos tenderem a ser mais amenos, pode-se esperar um outono com temperaturas mais altas. Ainda, possivelmente haverá maior pluviosidade adentrando o inverno.

Agronegócio e tecnologia

Hoje, o agronegócio é composto por empresas a céu aberto que necessitam de um processo de gestão agrícola muito bem coordenado. Afinal, os riscos da atividade são cada vez mais altos e a margem de lucro, cada vez menor.

O futuro do agronegócio inclui a popularização de muitas tecnologias que possibilitarão a execução do conceito de fazenda digital. Algumas dessas tecnologias são:

Além dessas novas ferramentas, será necessário também o treinamento e formação de mão de obra especializada em maquinários tecnológicos. Além disso, será necessário investir em pessoas especializadas em sistemas de análise de dados e gestão.

Sustentabilidade

Atualmente, o rápido acesso às informações ao redor do mundo tem gerado um apelo e uma pressão mundial por atividades que sigam esses preceitos:

  • reduzido impacto ambiental;
  • sem exploração social;
  • economicamente justas

Os produtores são os maiores interessados na preservação do meio ambiente. Esse cenário de monitoramento intenso por parte da população gera oportunidades, como:

  • Mercado de crédito de carbono;
  • Manutenção de áreas de preservação;
  • Recuperação de áreas degradadas;
  • Integração de atividades como agricultura, pecuária, silvicultura e extrativismo;
  • Diminuição de uso de produtos químicos na lavoura;
  • Uso de bioinsumos e soluções biológicas;
  • Agricultura circular e reciclagem de resíduos;
  • Uso racional de água, solo e outros recursos;
  • Troca do uso de combustíveis não-renováveis;
  • Cogeração de energia na fazenda.

Muitas delas já são executadas pelos agricultores. Porém, agora elas surgem como oportunidades de remuneração extra ou de aumento da eficiência da atividade agrícola, minimizando gastos e maximizando o lucro. 

Foto de pilhas de papeis, com chamada para baixar o guia de software

Melhore a Rentabilidade do seu negócio com o Aegro

O monitoramento da fazenda garante que você controle seus custos e ganhos, encontrando oportunidades para maximizar o lucro e reduzir seus gastos.

Investindo no Aegro, você ganha acesso às informações das diversas áreas do seu negócio. Com esse software de gestão agrícola, você consegue:

  • fazer gestão do financeiro;
  • acompanhar o estoque e suas movimentações;
  • acessar relatórios de evolução da safra e produtividade;
  • monitorar o custo de abastecimento;
  • monitorar horas trabalhadas, manutenção e outras ações do seu maquinário.
Alguns dos indicadores e relatórios disponíveis para gestão no Aegro

Alguns dos indicadores e relatórios disponíveis para gestão no Aegro

Aproveite funções como a análise de custo orçado x custo realizado para identificar despesas desnecessárias em sua fazenda. Assim, você reduz o consumo desenfreado de materiais.

Com o controle do seu negócio, fica mais fácil analisar seus resultados e entender onde pode melhorar para reduzir desperdício e custos desnecessários. Ainda, você consegue aumentar seus ganhos e se adaptar às novas tecnologias.  

Conclusão

É cada vez mais necessário que quem produz baseie seu empreendimento em 3 conceitos: a transparência, a qualidade e a segurança.

E é com a ajuda da tecnologia e o embasamento nestes 3 pilares que você irá alcançar seus objetivos individuais e auxiliar o Brasil a bater ainda mais recordes no campo

O Aegro faz parte dessa equipe e traz soluções inovadoras para o produtor brasileiro, auxiliando no seu dia a dia e permitindo uma maior profissionalização e rentabilidade de seu negócio.

O que você acha das tendências do agronegócio para os próximos anos? Se quiser receber mais artigos como esse, não deixe de assinar nossa newsletter.

Como uma boa gestão de máquinas agrícolas pode diminuir seus custos de safra

Gestão de máquinas agrícolas: saiba como uma boa organização te ajuda a aumentar a eficiência e durabilidade dessas ferramentas

As máquinas agrícolas são ferramentas indispensáveis para quem produz. Através delas a agricultura mundial conseguiu enormes avanços em termos de área plantada e produtividade.

Elas permitem maior flexibilidade no campo, execução de tarefas em tempo reduzido, padronização e diminuição de custos de mão de obra. 

Assim como qualquer ferramenta, elas precisam estar preparadas e reguladas para sua função. Isso diminui as chances de erros e perdas relacionadas a esses erros. Para isso, a gestão da frota de uma propriedade é crucial para o bom rendimento do trabalho.

Nesse artigo, veja quais são os benefícios de uma boa gestão de máquinas agrícolas e como fazer esse processo. Aproveite a leitura.

O que é gestão de máquinas e implementos agrícolas?

O termo gestão significa o ato de administrar recursos, pessoas ou qualquer objeto. Em um negócio com margens de lucro cada vez mais apertadas e riscos cada vez maiores, uma boa gestão é a diferença entre o sucesso e o fracasso do empreendedor rural.

A gestão de máquinas é uma das mais importantes para a segurança do produtor. A gestão de máquinas envolve a organização dos maquinários visando o seu uso mais eficiente, com maior retorno e menor custo possível.

Qual a importância da gestão de máquinas?

O maquinário equivale a cerca de 40% dos custos de produção no setor agrícola. Além disso, a depreciação de máquinas acontece rapidamente, o que requer ainda mais cuidado.

Esses valores tendem a ser ainda maiores no futuro, uma vez que as máquinas estão apresentando cada vez mais tecnologias modernas. O objetivo é garantir uma maior automação agrícola e a sustentabilidade da fazenda.

Além dos custos e depreciação, as máquinas agrícolas podem impactar e gerar perdas em outras etapas do processo produtivo. Como exemplo, podemos citar:

  • Gasto de combustível e peças: uma máquina mal regulada tem custos com abastecimento muito maior, além da necessidade de trocas de peças com muito mais frequência que uma máquina bem regulada;
  • Perdas diretas de produtividade: uma colheitadeira que não esteja funcionando corretamente pode causar perdas de produto na colheita ou dano ao produto final, como quebra de grãos;
  • Indisponibilidade e atraso no manejo: uma máquina quebrada pode atrasar etapas importantes do manejo da cultura agrícola. Isso pode causar perdas de produtividade por atraso do preparo de solo e plantio, falta de controle de doenças/pragas, manejo de adubação, e colheita tardia, por exemplo.

A gestão de máquinas agrícolas é importante por diversos motivos. Por exemplo, mais eficiência e qualidade do serviço, diminuição de perdas, menor depreciação, maior capacidade de manejo e menores custos de produção.

Além disso tudo, é claro, essa gestão diminui a necessidade de manutenção corretiva das máquinas.  Além da importância desse processo, vale a pena ficar de olho nos principais benefícios da gestão de máquinas. Dentre eles, podemos citar:

  • Lavouras bem manejadas e com maior capacidade de produção;
  • Operações executadas em menor tempo e no momento ideal do ciclo da cultura;
  • Menor gasto de combustível e diminuição do retrabalho;
  • Maior flexibilidade para solução de situações inesperadas durante a safra;
  • Capacidade de planejamento e execução das atividades com maior assertividade;
  • Maior área de cobertura por cada máquina dentro da propriedade.

Como fazer a gestão da frota?

Dependendo do tamanho da propriedade e da quantidade de máquinas, recomenda-se ter uma equipe específica de gestão de frota agrícola. Porém, nem sempre isso é possível.

Muitas propriedades ainda utilizam métodos mais antigos de gestão, como anotações físicas em cadernos. Porém, esses métodos são de baixo rendimento e podem gerar problemas e indisponibilidade de máquinas por erro humano ou baixa capacidade de avaliação de dados.

Planilhas também podem ser usadas nesse processo. Por isso, separamos para você um kit de gestão do maquinário agrícola, que conta com duas planilhas, um e-book e vídeos. Clique na imagem abaixo para acessar:

Hoje em dia, o uso de softwares de gestão de máquinas e estoques já é uma realidade e aumenta a eficiência desse processo. Essas ferramentas trazem alertas ao responsável e auxiliam na organização do fluxo de informação e das próprias máquinas na propriedade.

Apesar do maquinário ser normalmente robusto, muitas máquinas requerem cuidados especiais que devem estar inclusos nas atividades planejadas no programa de gestão de máquinas agrícolas. Veja alguns desses pontos a seguir.

Monitoramento da necessidade de manutenção 

As manutenções preditivas e preventivas aumentam a vida útil da máquina e evitam a necessidade de trocas de peças por quebra e mal uso. Além disso, elas diminuem a necessidade de manutenções corretivas que impedem as máquinas de executar suas tarefas.

Ou seja: uma boa manutenção através de ações estratégicas diminui os custos. Para isso, é necessário ficar de olho nos principais pontos de manutenção, como:

  • checar periodicamente o nível de água no radiador e o nível de combustível;
  • conferir óleo da correia, do motor e outros pontos de lubrificação da máquina;
  • conferir com frequência os sistemas elétricos;
  • verificar a pressão, conservação e manutenção dos pneus.
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Limpeza das máquinas antes e depois da operação agrícola

Apesar de fazerem parte do checklist de manutenção de máquinas, a limpeza muitas vezes é deixada de lado por ser tratada como uma atividade secundária. Entretanto, uma boa limpeza garante que as máquinas continuem funcionando devidamente.

Condições ideais de armazenamento 

Os galpões de armazenamento necessitam de condições ótimas para armazenamento das máquinas quando estão fora de operação. Isso diminui a chance de problemas e diminui a depreciação.

Previsão de uso

A gestão de máquinas deve incluir também a previsão de época de uso, bem como das horas de uso durante o calendário agrícola. Isso permite uma melhor organização dos trabalhos e garantia da disponibilidade das máquinas no momento de necessidade.

Controle de estoque de peças e de consumo de combustível

Ao prever o número de horas de uso da máquina na propriedade ao longo do ano agrícola, você consegue estimar a necessidade de estoque de peças. Isso sobretudo das peças que precisam de trocas programadas ou mesmo para manutenções corretivas.

Além disso, controlar o estoque e o consumo de combustível também faz parte de uma boa gestão do maquinário. Afinal, esse é um item indispensável para o funcionamento da frota, e é necessário ficar de olho nas quantidades e na necessidade de reposição

Atualizações de softwares e sistemas

Hoje em dia, a gestão de máquinas deve também incluir a verificação e atualização das ferramentas de navegação e de agricultura de precisão. Elas já estão presentes nos maquinários mais modernos.

Facilite a gestão de máquinas com Aegro

Agora que você já sabe como fazer a gestão do maquinário, pode pensar em como simplificar e tornar essa atividade mais prática.

Com o Aegro, você pode controlar a quantidade de combustível utilizado, vinculando o custo do combustível às safras e observando o quanto gastou em cada uma.

Além de registrar o abastecimento das máquinas e veículos, também é possível incluir a depreciação das máquinas, inserir um custo de hora máquina e as datas de manutenção dos equipamentos. Ainda, você pode programar alertas para as próximas manutenções.

Assim você mantém o bom funcionamento e aumenta a vida útil do maquinário. 

Essas informações geram relatórios para auxiliar na gestão do maquinário, como o Relatório de consumo e eficiência de máquinas e veículos. 

Ele fornece dados dos eventos das máquinas para você comparar o consumo e gastos das máquinas, além de facilitar para que sejam encontradas possíveis falhas ou falta de registro. 

Conclusão

As máquinas agrícolas são cada vez mais importantes dentro da propriedade rural. Seus níveis de tecnologia, assim como seus preços, estão em constante aumento. Isso causa uma maior necessidade de gestão de suas condições e do planejamento de uso.

Ter pessoas capacitadas através de cursos de manutenção, operação e gestão de máquinas agrícolas é fundamental. Assim, você consegue atingir maior potencial de produtividade e alcançar maior retorno sobre o investimento feito no seu negócio rural.

Para garantir uma gestão eficiente, não deixe de contar com a tecnologia. Assim, é possível evitar erros e falhas no processo.

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