Por que produtores não mantêm seus dados organizados e como sua consultoria pode resolver isso

Consultoria: Como auxiliar os produtores a melhorar a gestão e administração da propriedade pode ser bom para ambos os lados, e como fazer isso.

Aproximadamente 33% dos produtores rurais não têm qualquer tipo de controle de suas finanças. Entre os que fazem, a maioria ainda recorre ao controle no papel.

E são vários os motivos para que isso aconteça.

Como consultor, você pode atuar para a melhoria desse quadro, auxiliando o produtor na implementação da gestão e administração do negócio rural.

Sua consultoria pode contribuir de diversas maneiras. Isso é bom para o produtor e para o seu negócio! Confira a seguir:

O perfil do produtor rural brasileiro

O Sebrae realizou um levantamento para saber como é o acesso à internet e ferramentas digitais, além de como é feito o controle e organização dos dados nas propriedades. O resultado foi o seguinte:

Mais de 95% dos produtores usam celular, mas apenas metade tem acesso à internet nos aparelhos. Cerca de 40% utilizam computadores, mas geralmente fora do local de trabalho.

Quanto ao controle de suas despesas, receitas e estoque, o quadro é um pouco diferente.

Sebrae Produtor Rural Brasileiro
(Fonte: Adaptado de Sebrae)

Veja que ⅓ não realiza controle algum e outros 44% o fazem no papel!  

Como veremos a seguir, são vários os motivos para que isso aconteça e diversas as oportunidades para que sua empresa de consultoria possa atuar e melhorar esse cenário.

Por que grande parte dos produtores rurais não têm dados organizados em sua propriedade?

Alguns motivos são limitações do próprio sistema produtivo, outros da assistência que os produtores recebem e de como enxergam o processo de gestão e administração.

1. Complexidade do sistema agrícola

A atividade agrícola é complexa, por isso são vários os fatores que devemos controlar.

Assim, um grande volume de dados é gerado, o que complica a vida do produtor na hora de anotar e extrair informações úteis.

2. Produtor sobrecarregado

Na maior parte dos casos, o produtor acumula várias funções dentro da propriedade: ele é responsável pelo planejamento, pelo operacional, pela administração e por cuidar de sua casa. 

Como a parte operacional tem retorno imediato na produção e é de maior domínio do produtor, a administração e gestão acabam ficando de lado.

3. Modelo de assistência e desconfiança

A assistência rural no Brasil é predominantemente voltada às questões técnicas do sistema produtivo, seja porque o produtor prioriza esse lado ou por falta de conhecimentos acerca de gestão e administração por parte de produtores/consultores.

Muitas vezes, falta a orientação vinda da assistência técnica para definir e ensinar o produtor como organizar seus dados e extrair informações úteis.

Por outro lado, há sempre a desconfiança dos produtores em abrir seus dados para terceiros (consultores, consultores financeiros e contadores, por exemplo) ou na utilização de novas tecnologias.

4. Dificuldades técnicas

A coleta de dados deve ser padronizada e bem-feita para que gere informações confiáveis. A falta de conhecimento sobre como coletar e aproveitar os dados de maneira correta faz com que muitos abandonem a prática.

Além disso, como a maioria faz o controle financeiro no papel, esses dados podem ser facilmente perdidos e/ou misturados, gerando confusão e informações imprecisas.

Como sua consultoria pode ajudar na organização, gestão e administração das propriedades rurais que você atende?

Esses são alguns dos motivos que levam à desorganização das informações das propriedades rurais. É na resolução desses problemas que sua consultoria deve atuar.

Aqui você entenderá onde sua consultoria pode atuar, para acabar de uma vez por todas com a má gestão das fazendas!

1. Antes de tudo, estude sobre o assunto

Se seus conhecimentos sobre gestão e administração rural não estão afiados, é sempre bom estudar sobre o assunto.

Desde a coleta e controle dos dados, até como extrair informações importantes a partir deles, é importante que você saiba orientar o produtor corretamente.

2. Cada caso é um caso

Existem os mais variados sistemas produtivos no Brasil. Uns são mais tecnificados, outros menos. Alguns focam em apenas uma atividade, outros atuam em várias. 

Tomemos, como exemplo, dois casos: o “produtor A” e o “produtor B”.

consultoria

Veja que são dois sistemas completamente diferentes!

Embora os conceitos empregados sejam os mesmos, a forma como abordaremos o assunto e colocaremos em prática será específica para cada situação.

Nesse exemplo hipotético, o produtor A já tem seus dados organizados e conta com maior tecnologia. 

A consultoria em agronegócio, nesse caso, pode orientá-lo sobre a melhor maneira de coletar e organizar os dados. Uma opção é implementar a utilização de um software de gestão para tornar a atividade mais fácil.

Como o produtor B não realiza nenhum tipo de controle, a estratégia seria mostrar que a adoção um sistema de gestão pode melhorar o negócio dele.

Com esse maior controle seria possível saber o lucro da propriedade e como melhorá-la.

Por isso, a proposta do serviço de consultoria deve ser condizente com a capacidade de assimilação do produtor, para que o novo sistema seja empregado corretamente e a longo prazo.

3. Mostre que organizar as coisas traz bons frutos

O segredo é ir implementando a gestão aos poucos, de acordo com o ritmo do produtor. Assim, mostramos que não é um bicho de sete cabeças e os resultados são bons para o negócio.

Também é necessário que a consultoria atue de maneira próxima ao produtor, fornecendo as informações necessárias para a correta coleta e organização dos dados.

Uma opção é reunir um grupo de produtores de que é consultor e ministrar um pequeno curso sobre o assunto, mostrando como as coisas podem ser feitas e ensinando o processo.

Como usar a tecnologia como aliada de sua consultoria

Pouco mais de 20% dos produtores já utilizam algum tipo de tecnologia (computador , software, celular, etc) para a gestão/administração de sua propriedade. O problema é convencer os outros 80% a utilizar essas ferramentas…

Nos lugares onde não há controle, ou o acesso à internet é limitado e o volume de dados gerados pela propriedade é limitado, as planilhas podem ser uma boa opção.

Elas são mais organizadas que o controle no papel e são, relativamente, de fácil utilização.

Para facilitar, deixamos aqui uma planilha totalmente grátis para controle de estoque.

Aqui você pode baixar também uma planilha para fluxo de caixa grátis.

Onde já se tem as informações organizadas e familiaridade com a tecnologia, uma boa opção podem ser os softwares de gestão, como o Aegro.

O sistema conta com um plano especial para produtores agrícolas disponível para atender diversas fazendas ao mesmo tempo, organizando todas as informações em um só lugar.

Controle de custos de safra no Aegro

Com o Aegro você tem todo o controle de sua propriedade, das finanças às operações, tudo de forma integrada e online.

Dessa forma, a consultoria pode integrar todos os produtores assistidos e tornar o processo de assistência mais dinâmico e preciso.

Com o uso de tecnologias na hora da gestão, o produtor fica menos sobrecarregado, pois o processo é todo facilitado e as informações estão facilmente visíveis.

Teste por você mesmo o sistema de gestão agrícola Aegro. Temos algumas opções grátis para você começar agora:

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Para a versão completa, fale com um de nossos consultores aqui!

Conclusão

Como pudemos conferir ao longo desse artigo, de modo geral, o controle dos dados das propriedades rurais no Brasil é mal feito. E são vários os motivos para que isso ocorra.

O papel da consultoria para sanar os problemas de organização de dados é atuar diretamente sobre os motivos que levam o produtor a deixar de lado essa área, que é tão importante para o sucesso de qualquer empreendimento.

Como cada caso é específico, cabe à consultoria adotar a melhor abordagem para a propriedade em questão. Sendo que é um processo que deve ser feito com calma, de acordo com a adaptação do produtor.

Com o uso de novas ferramentas e tecnologias, esse processo pode ser facilitado, tornando o trabalho menos oneroso e as informações mais claras e confiáveis.

>> Leia mais:

Consultoria contábil para o agronegócio: 5 dicas para ganhar mais espaço e crescer.

“Entenda por que o consultor deve incentivar a diversificação de culturas na fazenda”

Sua consultoria auxilia os produtores a ter maior controle sobre a propriedade? Como você faz para ajudá-los?

Conte pra gente nos comentários. Grande abraço!

Depreciação de máquinas: todos os cálculos de forma prática (+ planilha grátis)

Depreciação de máquinas: percentuais de desvalorização e como fazer a depreciação fiscal e gerencial dos equipamentos da sua lavoura.

Quando compramos um automóvel zero, sempre ouvimos falar que ele só perderá valor até a data da venda futura. Com as máquinas agrícolas, essa depreciação também ocorre.

A desvalorização dos equipamentos com o passar do tempo é conhecida como depreciação.

A depreciação deve, sim, entrar na planilha e ser calculada para as máquinas agrícolas com intuito de garantir a saúde financeira das propriedades.

Confira neste artigo como calcular a depreciação das máquinas agrícolas e muito mais!

O que é depreciação de máquinas?

A depreciação das máquinas, aqui especialmente falando das utilizadas na agricultura, pode ser definida como a perda de valor dos equipamentos com o passar do tempo.

Vamos explicar como funciona na prática!

Os equipamentos e máquinas agrícolas, ao serem adquiridos novos, possuem todas as peças e tecnologias que acabaram de sair da fábrica e estão sem desgaste algum.

À medida em que estes equipamentos são levados ao campo para trabalho, existe um desgaste natural das peças do conjunto.

Com o passar dos anos, as horas de uso acabam desvalorizando as máquinas que foram submetidas ao duro trabalho no campo.

Esse desgaste acarreta em perda do valor dos equipamentos com o passar dos anos – é o que chamamos de depreciação.

A depreciação de máquinas pode ocorrer devido a dois principais fatores: desgaste dos equipamentos devido ao uso e obsolescência. 

Neste cenário, podemos citar as máquinas agrícolas como: tratores, plantadeiras, colhedoras, carros da frota da fazenda e implementos sendo desgastados, perdendo valor, de acordo com o uso ao longo dos anos.

Já na questão da obsolescência, o equipamento adquirido com certos pacotes tecnológicos podem apresentar defasagens com o passar do tempo.

Com as constantes inovações no meio agrícola, as máquinas estão cada dia mais tecnológicas e tais softwares podem ser renovados pelos fabricantes.

depreciação de máquinas

(Fonte: GauchaZH)

Sistemas de posicionamento mais precisos, sensores mais eficientes, válvulas mais rápidas para aplicação de insumos, são exemplos presentes nas máquinas novas do mercado, tornando as antigas obsoletas. 

A obsolescência operacional reflete exatamente esse cenário!

Uma vez que são lançados novos sensores e produtos com vantagens adicionais, temos uma depreciação dos equipamentos antigos com o passar do tempo.

A obsolescência também pode ser física nas máquinas agrícolas, que ocorre quando temos danos como batidas, desgastes, envelhecimento e falta de peças para reposição.

Como calcular a depreciação de máquinas e equipamentos agrícolas?

Para começar o nosso cálculo, devem ser inseridas a vida útil do equipamento e sua taxa mensal ou anual de depreciação.

Vale ressaltar que existem dois tipos de depreciação aplicadas às máquinas: a depreciação fiscal e a depreciação gerencial

Na depreciação fiscal, também chamada de depreciação contábil, o valor do bem adquirido é calculado para ser reduzido a zero após o período determinado para sua vida útil.

Já na depreciação gerencial, o valor final do bem não necessita chegar a zero: pode ser calculado durante um intervalo menor que a duração de sua vida útil. 

Assim, o estado de conservação e manutenções realizadas nos equipamentos pode manter o valor do bem mais elevado. Isso depende de cada modo de utilização.

Qual o percentual de depreciação de máquinas e equipamentos?

Falamos de depreciação de máquinas e equipamentos e sua importância para a manutenção do fluxo de caixa da fazenda.

Mas como calculamos, de fato, a depreciação?

A porcentagem de depreciação varia de acordo com cada máquina e equipamento agrícola.

Uma boa baliza que utilizamos é a tabela de depreciação da Receita Federal. Nela, encontramos as taxas anuais de depreciação de cada bem e vida útil em anos.

Para acessar a tabela de depreciação da Receita Federal clique neste link.

tabela depreciação receita federal

(Fonte: Receita Federal)

Lembrando que a tabela da Receita Federal não é obrigatória para o cálculo da depreciação dos bens de empresas que se enquadram no Simples Nacional ou Lucro Presumido.

Ela é apenas uma sugestão de valores norteadores para utilização. 

Além da tabela da Receita Federal, a Conab também disponibiliza algumas tabelas voltadas para a cadeia agrícola.

Você pode acessar a tabela de vida útil de máquinas e equipamentos da Conab clicando aqui.

tabela agrícola Conab

(Fonte: Conab)

A Conab também apresenta a vida útil considerada em horas e valor residual para cada equipamento, de acordo com tipo de operação que desenvolve.

O valor residual é o preço de venda deste equipamento, depois do tempo de vida útil calculado.

Pegando uma colhedora de cana comprada por R$ 1 milhão como exemplo. Após 5.000 horas de trabalho, seu valor final seria de 25% do valor pago, ou seja, R$ 250 mil.

Porém, a taxa anual de depreciação, apesar de ser geralmente calculada com uma porcentagem fixa para a maioria dos equipamentos, pode variar de acordo com cada propriedade.

Como calcular a depreciação fiscal

Como a depreciação e perda do valor das máquinas está relacionada à forma de utilização destes equipamentos, modelos de gestão da frota de cada fazenda podem influenciar em maiores taxas de depreciação anuais.

Vamos calcular um exemplo de depreciação fiscal de uma máquina agrícola que custe R$ 250 mil.

Olhando na tabela da Receita Federal, para uma máquina que se encaixe na categoria de referência 8432 “Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; Rolos para gramados (relvados) ou para campos de esporte” a vida útil é de 10 anos e taxa anual de depreciação de 10%.

O cálculo consiste em dividir o valor total da nossa máquina pela vida útil em meses estipulada pela Receita Federal.

R$ 250.000 / 120 (10 anos) = R$ 2.083,33 (depreciação mensal)

Nesse cálculo de depreciação fiscal, levamos, após 10 anos, o valor da nossa máquina a zero reais.

Para calcular a depreciação por hora, iremos supor que esta máquina irá trabalhar 1.500h no ano.

1500h / 12 meses = 125h/mês

A depreciação por hora será calculada como depreciação mensal dividido pela quantia de horas trabalhadas por mês.

 R$ 2.083,33 (depreciação mensal) / 125h/mês = R$ 16,65/h

Como calcular a depreciação gerencial

No caso de uma depreciação gerencial, vamos supor que venderemos essa máquina após 3 anos de uso por R$ 170 mil.

Nesse caso, a diferença do valor da máquina no momento da venda foi de R$ 80 mil. O cálculo consiste em dividir a diferença pelos meses de uso do equipamento.

R$ 250.000 – R$ 170.000 = R$ 80.000,00

R$ 80.000 / 36 meses (3 anos) = R$ 2.222,22 (depreciação mensal)

Note que a venda após 3 anos de uso, nessas condições apresentadas, não seria compensatória. Isso porque, se mantivéssemos a máquina operando na propriedade, a depreciação ao final do ciclo seria menor.

Claro que outros fatores devem ser levados em conta no momento da venda, como utilidade e demanda da máquina na propriedade. 

Mas, certamente, a depreciação é um cálculo que ajuda no planejamento financeiro do negócio.

depreciação de máquinas

Máquinas presentes no campo estão cada vez mais tecnológicas 
(Fonte: Jornal do Comércio)

Ferramentas para cálculo de depreciação

Ressaltamos que para calcular e controlar a depreciação de máquinas na sua fazenda, você pode utilizar uma planilha gratuita para o cálculo de depreciação de máquinas e/ou um software de gestão agrícola.

Isso porque, nos dois casos, você consegue uma sistematização melhor, especialmente no software, já que nem sempre as contas são fáceis, ainda mais se você tiver um número considerável de máquinas.

Para te ajudar nisso, disponibilizamos uma planilha gratuita para você começar os cálculos agora de uma maneira bem mais rápida e simples. Clique na figura a seguir para baixar!

Mas saiba que, com um software agrícola, você pode acompanhar a depreciação das máquinas de maneira organizada, ao longo de toda a sua vida útil.

O Aegro, por exemplo, permite que você controle a taxa de depreciação dos equipamentos ano após ano. Assim, você consegue ter uma visão muito mais clara sobre o valor do seu patrimônio.

O aplicativo ainda oferece indicadores precisos sobre o rendimento de cada máquina. Com essas informações, fica fácil de entender se o equipamento está operando com eficiência ou se chegou a hora de trocá-lo.

Veja como é fácil realizar o registro de depreciação no Aegro.

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu o que é a depreciação das máquinas e como calcular essa taxa de desvalorização para os nossos equipamentos.

A depreciação ocorre com todos os bens que adquirimos. A partir do momento em que compramos as máquinas, seu valor já começa a ser depreciado.

A taxa de depreciação também pode variar de acordo com o manuseio dos equipamentos em cada propriedade.

É essencial conhecer a vida útil das máquinas dentro da sua propriedade para que os cálculos depreciativos sejam os mais fidedignos possíveis.

Com a depreciação de máquinas calculada, fica fácil se preparar para aquisição de novos bens ao longo do tempo, sem prejudicar a saúde financeira do negócio.

>> Leia mais:

“Renagro: como funcionará o registro nacional de tratores e máquinas agrícolas”

“Como fazer o cálculo de depreciação da lavoura de forma simples e rápida”

“O que você precisa saber para acertar a lubrificação de máquinas agrícolas da sua fazenda”

Conheça as 8 melhorias que a mecanização agrícola traz para a sua fazenda

Você calcula a taxa de depreciação de máquinas? Auxilia seus operadores e gestores a operarem corretamente os equipamentos para prolongar sua vida útil? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Como fazer um contrato de hedge e como ele pode assegurar sua rentabilidade

Contrato de hedge: diferentes modalidades e outras informações para que você negocie sua safra utilizando mercados futuros.

Quando chegar a época de vender os produtos, com muita oferta no mercado, certamente os lucros serão menores.

Se os preços de mercado estão abaixo do esperado, uma operação de hedge pode evitar essa dor de cabeça.

O hedge é uma proteção de preço das mercadorias. Assim, as oscilações das commodities, de acordo com a oferta e demanda, podem ser reduzidas e fixadas no contrato de hedge.

Saiba como fazer um contrato de hedge, garantir que os valores fixados sejam válidos para um período futuro e muito mais!

O que é hedge?

O significado da palavra hedge, no âmbito da economia, quer dizer uma transação compensatória visando proteger contra prejuízos na oscilação dos preços. Em outras palavras, podemos dizer que o instrumento de hedge é uma proteção cambial quando estamos trabalhando com mercado futuro.

Por meio do hedge é possível negociar produtos agrícolas a um determinado preço previamente fixado até determinada data futura.

Quando negociamos commodities, especialmente as agrícolas, o hedge para o produtor pode auxiliar no preço de venda futura, de modo que os custos de produção sejam cobertos pelo valor previamente fixado.

O que é um contrato de hedge: diferentes tipos

A modalidade de hedge em commodities é a mais antiga de todas. Frente à segurança e garantia dos preços em data futura, essa ferramenta tornou-se muito popular.

Antes de existir o hedge, investidores e produtores ficavam à mercê das variações de preços do mercado à vista.

A operação de hedge é datada do século 19. E, já nessa época, os produtores necessitavam fixar os preços das commodities com segurança para suas produções.

Dessa forma, mesmo que a bolsa de valores opere em alta ou baixa, os preços acertados no momento do hedge garantem que aquele valor seja recebido no momento futuro.

Com o crescente aumento de investimentos na bolsa de valores, a operação de hedge foi se popularizando para se evitar maiores perdas de capital, como havia ocorrido durante a crise de 1929.

Contrato de hedge com dólar futuro

Uma das modalidades pode ser a realização de um hedge cambial. Como o dólar é uma moeda forte no mercado mundial, ela geralmente acontece frente às demais moedas estrangeiras.

Em momentos de incertezas, sejam elas políticas, mercadológicas ou outras, a procura por dólar é grande. Com isso, consequentemente, temos sua valorização.

A compra de contratos futuros de dólar, com intuito de hedge, acontece geralmente por pessoas ou empresas que negociam mercadorias nessa moeda e cujo mercado oscilante de altas e baixas nos preços podem inviabilizar suas transações.

Um exemplo de hedge dessa modalidade pode ser a compra de uma máquina agrícola importada. 

Supondo que nos EUA a máquina custe US$ 90 mil. Com o dólar cotado a R$ 3,50 e o contrato futuro acertado com vencimento para 90 dias, uma alta valorização da moeda americana poderia inviabilizar o negócio no futuro.

Se o dólar chegar a R$ 4,50, o valor a ser pago pela máquina seria de R$ 405 mil. 

Com o hedge, esses valores da cotação da moeda americana são fixados a R$ 3,50 para o pagamento em data futura, garantindo certa proteção às negociações indexadas a esta moeda.

Hedge em commodities

Como já  comentado, o hedge em commodities funciona da seguinte maneira: o produtor agrícola compra ou lança contratos futuros com os preços desejados para vender sua mercadoria na data futura.

Assim, os produtores conseguem fixar valores para receber em cotações que cubram custos de produção e propiciem margem de lucro.

Se não fosse feito o contrato de hedge, a escassez da commodity no mercado causaria aumento do preço. Já a grande quantidade da commodity no mercado causaria quedas nos preços.

Com o hedge, a cotação do preço da commodity negociada permanece fixa na data futura de entrega da mercadoria. Isso evita que a oferta/demanda causem flutuações nos preços, podendo acarretar perdas que não cobririam os custos de produção.

Atualmente, é possível realizar previsões de produtividade das safras futuras e os produtores que conseguem predizer esses volumes com certa assertividade já podem estipular os valores de venda dessa safra futura. 

contrato de hedge

Fonte: (Euro Dicas)

Com os custos de produção bem analisados, é simples realizar um hedge e fixar um valor de venda futura da safra que, além de arcar com os custos, ainda trará certa margem de lucro ao produtor.

Na modalidade de hedge em commodities há o hedge de compra e venda de contratos futuros, como veremos a seguir:

Hedge de compra de contratos futuros de commodities

Basicamente, o hedge de compra é realizado por quem necessita da aquisição do produto e se compromete a pagar o valor combinado numa determinada data futura.

A preocupação principal é o aumento dos preços nesse meio tempo que, se ocorrer, pode comprometer os lucros.

Hedge de venda de contratos futuros de commodities

O hedge de venda de contratos futuros é realizado geralmente pelo responsável que irá produzir as commodities. Ele se compromete a entregar a quantidade acertada no contrato de hedge, na data futura, pelo valor previamente determinado.

A preocupação principal nesse caso é a queda dos preços nesse meio tempo que, se ocorrer, pode comprometer seus lucros. Vamos conversar um pouco mais sobre hedge de compra e venda?!

Hedge de compra e venda

Dentro do hedge, especialmente agrícola, existem diversas maneiras de negociar e fixar os preços futuros das commodities.

Nesse caso, uma das modalidades é o hedge de compra e venda, buscando sempre a proteção do preço para ambas as partes.

Quem compra a mercadoria agrícola a futuro prazo garante o valor fixado na data de vencimento previamente combinada, prevenindo-se contra disparadas de preço no mercado.

Quem vende a futuro prazo encontra-se na mesma situação, pois garante que irá receber sua mercadoria agrícola pelo valor previamente combinado na assinatura do hedge. Assim, previne-se de eventuais desvalorizações do mercado.

Exemplificando: em um contrato de  hedge de venda, se uma saca de 60 kg de milho produzida na fazenda custa R$ 15,00/ha, em uma operação de contratos futuros de milho, com vencimento para o ano seguinte, será cotado a R$ 30,00/saca.

Cultura da soja e milho podem ter preços assegurados por contrato de hedge

(Fonte: AgRural)

Com esse contrato de hedge realizado, teremos um lucro na propriedade de R$ 15,00/saca garantido.
Se no vencimento do contrato de hedge, no ano seguinte, a oferta de milho no mercado for alta e o preço pago for de R$ 20,00/saca, haveria uma diferença no lucro de apenas R$ 5,00/saca.

Ambas as partes, seja quem está comprando ou quem está vendendo, devem se planejar e fixar um preço que conseguirão pagar e entregar as mercadorias no futuro.

A ideia do hedge é neutralizar boa parte do risco envolvido nas negociações, especialmente quando o mercado é regido pela lei da oferta e demanda e os preços das commodities podem flutuar de acordo com mercado mundial.

Hedge com opções

O mercado de opções funciona parecido com um seguro. As opções estabelecem limites de preço para a compra ou para venda dos produtos futuros.

As opções dão direito ao comprador da aquisição da mercadoria a um valor limite previamente negociado, mesmo que na data da compra o produto esteja com valor muito mais alto.

As opções de venda funcionam de maneira semelhante, dando direito ao titular de vender as mercadorias a um valor limite, mesmo se o preço atual de mercado for mais baixo.

O mercado de opções é um ambiente onde são negociados direitos de compra e venda das ações.

Porém as opções não são necessariamente obrigação de utilizá-lo! Como o próprio nome já indica, ele permite o direito de execução ou não. 

O hedge com opções é utilizado com intuito de proteção dos valores acordados devido aos riscos de oscilação de preço. 

Como fazer um contrato de hedge

Primeiramente, é necessário uma estratégia de comercialização da safra, pensando em quem deseja realizar um hedge.

Vou vender toda minha safra? Irei vender parte da minha safra e armazenar outra parte?

Decidido o montante a ser negociado, a próxima etapa é o acompanhamento dos preços nas bolsa de mercado futuro.

Aqui no Brasil temos a BM&FBovespa e em Chicago temos a CBOT.

contrato de hedge

Fonte: (SUNO CBOT)

A próxima etapa é a realização do hedge propriamente dito. Porém, não é possível negociar diretamente nas bolsas de mercado futuro. É necessário abrir uma conta em uma corretora que opera nessas bolsas.

Atualmente, tudo isso é feito online e, de uma maneira bem simples, é possível começar a negociar seus produtos.

Hoje, algumas tradings e corretoras também podem realizar o hedge para os produtores, facilitando essas negociações.

Divulgação do kit de 5 planilhas para controle da gestão da fazenda

Conclusão

Neste artigo falamos a respeito das operações com mercado futuro, especificamente as operações de hedge.

Como meio de proteção e garantia de preços negociados em data futura, o hedge pode ser uma excelente opção aos produtores, seja para compra ou venda.

Você também pôde entender o que é e como funciona o hedge. E é vital para o seu sucesso ter os custos de produção da safra, bem como conhecer o potencial de produtividade da fazenda.

Aproveite estas informações e pense no hedge como mais uma opção para negociar a safra utilizando mercados futuros!

>> Leia mais:

Tudo sobre barter: Garanta o sucesso do seu negócio rural
3 maneiras de lucrar mais com um software de gestão agrícola
Barter de Milho: Como começar e como melhorar suas negociações

Você já realizou alguma vez um contrato de hedge? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo!

6 passos para fazer o planejamento financeiro da sua fazenda com sucesso

Planejamento financeiro: Como estruturá-lo em sua propriedade para tomar decisões mais assertivas e alcançar mais lucro.

Você tem controle do financeiro da sua empresa agrícola hoje? Sabe quando tem lucro ou prejuízo com a fazenda?

Diante dessas questões, vejo que muitos produtores ainda não têm uma administração financeira da propriedade.

Ter as respostas para essas perguntas é muito importante para o sucesso de um negócio agrícola.

Para responder a essas questões, é necessário ter uma boa gestão agrícola – e é indispensável ter um planejamento financeiro.

Para te ajudar com isso, preparamos este texto com 6 passos para a elaboração do planejamento financeiro. Confira!

Planejamento financeiro na sua empresa agrícola

Você já deve ter escutado esta frase: “o sucesso de um negócio começa com um bom planejamento”.

Em uma empresa rural, não é diferente. Com o avanço das tecnologias, problemas de pragas nas lavouras e o grande número de atividades envolvidas nas propriedades rurais, é necessário ter planejamento.

E o planejamento agrícola é o ato de se programar pensando no seu objetivo agrícola. Por isso, é preciso que você entenda e planeje todas as atividades envolvidas na sua lavoura.

Como sempre falo, sua propriedade rural é sua empresa, por isso, você precisa cuidar do seu negócio.

Assim, para obter lucro e tomar decisões assertivas na sua atividade, você deve ter um planejamento financeiro. Desta forma você tem o direcionamento de que caminho seguir para ter sucesso e alcançar seu objetivo.

O planejamento financeiro é importante para que sua empresa rural não tenha um custo maior que a renda. E, se isso ocorrer, você deve modificar suas atividades e sua programação.

Deixar de lado esta etapa ou realizar um planejamento financeiro mal feito pode acarretar prejuízos para sua fazenda.

Mesmo que sua empresa rural seja pequena, é muito importante realizar esse planejamento. 

Por isso, listei 6 passos para você iniciar um planejamento financeiro com sucesso na sua fazenda.

Passo 1: Realize o diagnóstico financeiro da empresa

Conheça como está a parte financeira da empresa, ou seja, a situação atual do negócio (diagnóstico do seu negócio).

Analise os dados de safras anteriores (histórico da parte financeira da propriedade). Quais foram os gastos da fazenda; o que recebeu da sua produção agrícola; qual foi o custo de produção da safra passada, entre outros dados.

Saber onde sua empresa rural está na parte financeira te auxilia no planejamento, determinando quais os pontos a serem melhorados ou que devem ser seguidos no planejamento.

Além de conhecer a parte financeira, conheça seu negócio como um todo. Saiba as características da cultura; produção estimada; operações agrícolas necessárias; defensivos que serão utilizados, entre outros.

Aqui no blog temos diversos materiais que te auxiliam no conhecimento de pragas, doenças, plantas daninhas, análise de solo, adubação e outros dados sobre a cultura que irá implantar na sua fazenda.

Então, procure ter o máximo de informações que sejam importantes para o planejamento financeiro do seu negócio – e não deixe de registrar esses dados!

E um lembrete muito importante: separe suas finanças pessoais e a da empresa sempre.

Passo 2: Registre todas as informações para realizar o planejamento financeiro 

Anote ou registre todas as informações da parte financeira de sua fazenda. Essas informações podem estar contidas no histórico da propriedade que comentamos no passo 1.

Além disso, para realizar o planejamento das finanças você precisa registrar o que pretende gastar, o que irá ganhar, quando pretende vender e muitas outras informações.

Outro ponto importante que deve ser registrado é sobre situações que podem ocorrer durante as atividades agrícolas: quais tipos de operações agrícolas podem ser usadas; preço de defensivos agrícolas; preço de venda da cultura; armazenamento do produto, entre outras.

Ou seja, você tem de ter um olhar para diferentes cenários que podem ocorrer na sua lavoura. 

Por exemplo, o preço do grão pode reduzir ou aumentar na época que você irá colher e isso deve constar no planejamento financeiro. Assim, você sabe o que fazer se isso acontecer. 

Outro ponto que deve ser considerado para o planejamento financeiro são as informações sobre o mercado. Se você produz soja, por exemplo, veja qual a tendência do preço do grão no momento em que for colher.

Também verifique e registre se irá estocar a soja colhida e quando pretende vendê-la.

Passo 3: Verifique o fluxo de caixa

Fluxo de caixa é você registrar todas as contas da sua empresa rural, tanto a entrada como a saída de dinheiro (receitas e despesas).

planejamento financeiro

(Fonte: Sebrae)

Mas como isso pode te auxiliar no planejamento financeiro?

Você pode utilizar o fluxo de caixa de safras passadas para te auxiliar a planejar a parte financeira da sua empresa, já que lá tem tudo organizado: o que e com que gastou; o que e com o que recebeu; qual foi o lucro, entre outros dados.

Enfim, o fluxo de caixa te ajuda a trilhar o planejamento financeiro.

Além disso, com o fluxo de caixa você sabe onde sua fazenda está em relação à parte financeira. Você também consegue planejar as contas da sua empresa de acordo com o valor que tem em caixa.

Ter um fluxo de caixa atual da fazenda te auxilia no acompanhamento do planejamento financeiro que realizou para a sua empresa rural.

Para fazer o fluxo de caixa da sua fazenda e o planejamento financeiro de forma descomplicada, você também pode utilizar softwares de gestão.

Vou falar mais sobre esse assunto no passo 5.

Passo 4: Confira seu estoque

Ter o estoque organizado pode te ajudar muito no planejamento financeiro da empresa.

Se você sabe o que tem no estoque e o que precisa comprar, isso facilita o planejamento financeiro.

É importante ter o estoque conferido para saber qual a quantidade disponível de cada produto e quanto essa quantidade significa em custos (em reais ou dólares).

Se você planeja suas atividades agrícolas, você sabe se precisa comprar fertilizantes, por exemplo, e pode realizar orçamentos desses produtos.

Com esses orçamentos em mãos, seu planejamento financeiro é mais efetivo.

Lembre-se que comprar insumos com antecedência pode proporcionar uma boa economia. Se precisar de ajuda com esse controle, aproveite para baixar uma planilha de controle de estoque de defensivos agrícolas.

Passo 5: Registre e controle o planejamento financeiro

Ao longo da execução das atividades da sua empresa rural, você deve se atentar se o planejamento financeiro está sendo executado (registre as informações) e o que pode ser melhorado tanto no planejamento como nas atividades da fazenda.

Caso o planejamento financeiro não tenha sido executado e você obteve prejuízo, é necessário identificar qual foi a falha do processo e corrigir.

Passo 6: Use um software de gestão agrícola

As planilhas são ótimas para começar. Mas, com o tempo, os seus dados estarão descentralizados e ficará cada vez mais difícil de analisar o cenário econômico do seu negócio rural.

Para resolver esse problema, conte com um software de gestão como o Aegro. Essa ferramenta permite que você acompanhe a trajetória completa do seu dinheiro em um só lugar, além de acompanhar os indicadores financeiros por completo.

Tudo começa com o orçamento da safra, onde você define o quanto quer gastar com insumos, maquinário, salários, entre outras possíveis despesas. Você também estabelece suas metas de produtividade e verifica o quanto precisa vender para não ficar no prejuízo.

controle de custos Aegro

Depois, você vincula as suas contas bancárias ao sistema e começa a organizar o seu fluxo de caixa, registrando parcelas a pagar e a receber. O controle das suas finanças pode ser feito tanto pelo computador, quanto pelo celular.

No final do processo produtivo, o aplicativo te oferece uma análise detalhada de custos e rentabilidade para cada talhão. Ou seja, você tem em mãos um histórico de gastos e receitas para tomar melhores decisões no futuro.

Além disso, suas informações ficam armazenadas na nuvem, o que permite que você acesse o software de qualquer lugar e garante mais segurança para o seu planejamento financeiro.

Simplifique a gestão do seu negócio com a importação financeira de contas a pagar e receber

A importação de histórico financeiro é o jeito mais simples e prático de começar a utilizar o Aegro. 

Importe os dados de contas a pagar e receber de suas planilhas ou de outras ferramentas e ganhe agilidade no uso do sistema. Assim, você mantém o controle do seu histórico e garante a eficiência do seu time, reduzindo o tempo gasto com a digitação dos dados para outras atividades.

Seus dados são importados de uma vez, permitindo que o Aegro utilize as informações para gerar as análises necessárias para o controle do negócio.

Tela que mostra importação de histórico financeiro com Aegro

Quer saber como o Aegro pode agilizar ainda mais as atividades do seu negócio? Clique aqui e assista a uma demonstração gratuita!

planilha de fluxo de caixa

Conclusão

O planejamento financeiro é indispensável para uma boa gestão da empresa rural.

Neste texto, comentamos a importância do planejamento da parte financeira da fazenda, visando a obtenção de lucro com as atividades.

Também abordamos 6 passos para que você realize um planejamento de sucesso e a importância de separar sua vida financeira das contas da fazenda.

Com estas informações, dê o primeiro passo e mãos à obra, ou melhor, mãos no computador/celular para começar seu planejamento financeiro!

>> Leia mais:

“Conheça a relação entre taxa Selic e agronegócio”

Você sabe onde está o gargalo do seu planejamento agrícola?”

Planejamento rural eficiente: maximize sua produtividade e aumente seu lucro

Você realiza o planejamento financeiro em sua fazenda? Quais são suas dificuldades? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Consultoria contábil para o agronegócio: 5 dicas para ganhar mais espaço e crescer

Consultoria contábil: Como impulsionar o serviço prestado e as ferramentas que facilitam o trabalho com a empresa rural.

A contabilidade é fundamental para o sucesso da fazenda, e é por isso que as consultorias contábeis tendem a crescer nesse ramo.

A necessidade de desenvolvimento dos negócios rurais, juntamente com a competição cada vez mais acirrada do mercado, contribuem para que isso ocorra.

Neste artigo, vamos mostrar algumas dicas de como a consultoria contábil pode ser realizada de forma descomplicada.

Mostramos também como consultores e produtores podem crescer trabalhando juntos! Confira!

5 dicas para ganhar mais espaço em sua consultoria contábil

1ª dica: Ofereça mais do que apenas serviços de preparação de impostos 

Que o Brasil é “campeão” de impostos, todo mundo sabe. Isso representa uma grande oportunidade de mercado para os contadores especializados em ajudar os produtores.

O desafio é fazer com que seus clientes escolham uma consultoria contábil em vez de um negócio tributário ou mesmo fazer por conta própria.

Por isso, ofereça mais do que apenas serviços de prestação de impostos. Auxilie na gestão financeira como um todo, desde o controle de estoque até o fluxo de caixa.

Com isso, a construção de uma relação de confiança fica mais fácil e até mesmo o trabalho tributário se torna menos confuso.

consultoria contábil

(Fonte: Freepik)

2ª: Rede para encontrar novos clientes

No coração de um negócio em crescimento, existem fortes relacionamentos. Antes de poder construir relacionamentos com novos clientes, você precisa fazer uma rede para encontrá-los. 

Quanto tempo você deve gastar em rede depende da rapidez com que deseja ver o crescimento. 

No passado, existiam sites de mídia social para conectar indivíduos. Hoje eles são usados ​​em parte para uma finalidade diferente: publicidade. 

Sites de mídia social como Facebook e Instagram apresentam oportunidades incríveis de marketing para micro e pequenas empresas de contabilidade que não têm um orçamento enorme para marketing. 

Os líderes dessas empresas de consultoria devem aproveitar as oportunidades de marketing gratuitas (ou quase gratuitas) oferecidas pela mídia social. 

Impressionantes 94% dos compradores de B2B (empresa para empresa) realizam pesquisas online antes de tomar uma decisão de compra. Segundo LaFollette, do CPA.com, essa tendência continuará.

“Os clientes vão cada vez mais comprar e selecionar profissionais com base exclusivamente na presença digital desse profissional, tornando sua ‘marca digital’ e ‘pegada digital’ cada vez mais importantes”, diz ele. 

“Se a sua empresa não está à altura ou à frente da indústria – 57% estão no LinkedIn, 50% estão no Facebook, 22% no Twitter e 15% no blog -, é hora de estabelecer uma presença. A chave é ser ativo, útil e genuíno”, reforça.

3ª: Estratégia

Tomada de decisão estratégica e execução com base em dados financeiros são fundamentais para qualquer empresa.

Os dados financeiros são essenciais para fins orçamentários e fiscais e são necessários para a tomada e execução estratégicas de decisões. 

Aquisições, investimentos e outras compras estratégicas devem ser feitas apenas com base em bons dados financeiros. E as consequências podem ser devastadoras para as empresas que não o fazem.

Além de mostrar ao produtor os recursos que ele pode investir para expandir sua empresa rural, os departamentos de contabilidade bem-sucedidos analisarão as finanças da empresa em busca de oportunidades para reduzir custos e liberar ainda mais recursos para oportunidades de crescimento. 

As decisões estratégicas devem sempre ser tomadas com muito cuidado, com base em informações financeiras históricas e atualizadas.

Ao combinar dados históricos e atuais, você pode criar fortes preditores de desempenho e tendências futuras.

4ª dica: Realize o controle financeiro de seu cliente de novas formas

Com esse gerenciamento feito de maneira correta, produtor e consultor conseguem visualizar exatamente tudo que foi gasto ou investido. 

Mas o controle da parte financeira qualquer consultor pode oferecer. O controle financeiro de forma centralizada, fácil, simples do cliente entender, não é qualquer um.

Invista em planilhas dinâmicas ou softwares para construir essa diferenciação. Assim, é mais fácil visualizar onde está sendo empregada a maior parte dos recursos, reduzir gastos, planejar investimentos. 

Desta forma você também pode planejar e indicar qual o melhor caminho para cada empresa rural de maneira individualizada.

5ª: Ferramentas para auxiliar na consultoria contábil

Lauren Clemmer, diretora executiva da Association for Accounting Marketing, reforça que, assim como impactou todos os outros setores, a tecnologia é cada vez mais forte na contabilidade.

“A tecnologia não substituirá pessoas e relacionamentos. De fato, isso tornará o trabalho das pessoas mais importante porque elas precisam traduzir os dados que a tecnologia pode calcular, ajudando seus clientes a entender como esses números se aplicam aos seus negócios. A chave é identificar oportunidades e articular como a empresa pode ajudar o cliente a aproveitar essas oportunidades”, diz.

Ela recomenda que as empresas adotem a tecnologia certa para suas necessidades e, em particular, entendam a web e o papel das mídias sociais.

A era digital substituiu o papel por ferramentas digitais!

O Excel é considerado importante por qualquer consultor contábil. Além disso, o certificado digital também pode ser um ótimo aliado, pois é possível assinar contratos digitalmente, com validade legal em qualquer local!

Outra ferramenta interessante é o Farejador, que está conectado à Secretaria da Fazenda. Essa ferramenta permite saber quem emitiu a CTe ou uma NFe e pode armazenar arquivo em nuvem.

Já se você quer centralizar as informações das fazendas atendidas e possuir o histórico de informações para realizar um controle eficiente, o Aegro pode te ajudar.

Com o Aegro, consultor e produtor conseguem visualizar as informações da propriedade na palma da mão! Isso facilita a comunicação e a tomada de decisão.

consultoria contábil

Você pode começar uma gestão bem-sucedida na sua fazenda agora mesmo utilizando o Aegro

Consultoria contábil: Importância para a fazenda

A consultoria contábil é uma prestação de serviço que vai muito além do tradicional serviço contábil e financeiro. Ela é responsável pelo controle de folha de pagamento, demonstrativos de fluxo de caixa e apuração de impostos (carga tributária) também.

De modo geral, a consultoria funciona pela identificação e detalhamento da situação atual da empresa rural. E, em seguida, é realizada uma assessoria contábil.

A consultoria contábil traz benefícios tanto para produtor quanto para consultores.

O produtor rural tem a segurança de ter um profissional especializado auxiliando na tomada de decisões, com relatórios sobre o andamento da empresa rural e possíveis mudanças para atingir maior lucratividade.

Já o consultor pode expandir seus ganhos com o serviço de consultoria, oferecendo mais opções e alcançando maior público.

De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, 54% dos empresários entrevistados pagariam até 20% a mais para um contador que prestasse consultoria!

Portanto, não perca esta oportunidade no meio rural e conheça agora o programa de consultores Aegro aqui e veja como começar!

fluxo de caixa Aegro

Conclusão

A consultoria contábil vem crescendo consideravelmente em empresas rurais. Neste artigo, mostramos como ganhar espaço e otimizar essa prestação de serviços na fazenda.

Vimos também algumas dicas e ferramentas para auxiliar no planejamento tributário e melhoria da empresa rural.

Espero que com essas dicas passadas aqui você possa desenvolver ainda mais sua consultoria e fortalecer a parceria com os empresários rurais!

Como vai sua consultoria contábil? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo!


Fluxo de caixa rural: faça em 4 passos simples (+ planilha grátis)

Fluxo de caixa rural: como ele te ajuda no dia a dia e como fazer para melhorar a gestão da sua empresa rural em 4 passos simples.

Quantas noites você já perdeu fazendo o fluxo de caixa da sua propriedade rural?

Reunir todos os papéis e todas aquelas informações dentro das planilhas no computador é um desafio e tanto, especialmente quando estamos focados em produzir.

Aí fica fácil adiar o fluxo de caixa até que a colheita termine, acabando no desconhecimento financeiro da sua fazenda em boa parte do ano.

Mas não espere! Conhecer a posição e os indicadores financeiros de sua fazenda lhe dará base para melhorar a gestão da empresa rural, além de conseguir manter sempre um bom capital de giro.

Aqui lhe daremos 4 passos simples e uma planilha gratuita para manter o fluxo de caixa rural em ordem. Veja a seguir:

O fluxo de caixa na gestão da empresa rural

O fluxo de caixa é um recurso fundamental na sua gestão agrícola, pois possibilita saber onde sua fazenda está em termos financeiros, permitindo que as operações sejam executadas de forma assertiva. Assim seu processo administrativo fica mais eficaz.

Em linhas gerais, refere-se basicamente ao fluxo do dinheiro no caixa da sua empresa rural. Ou seja, são as entradas e saídas monetárias da fazenda durante um período de tempo específico.

Por exemplo: “Devo comprar aquela área ou esperar? Talvez seja melhor alugar mais do que comprá-las?”

São essas informações financeiras atuais que vão colaborar no entendimento das despesas que devem ser feitas ou adiadas.

Em outras palavras, o fluxo de caixa é a força vital do seu negócio.

Se ter pouco dinheiro dificulta a capacidade de pagar seus insumos e funcionários, o contrário significa que você pode investir na fazenda.

Todo empresário rural deve ter um planejamento estratégico definido e o fluxo de caixa pode ser o início.

Mantendo isso em ordem você consegue acompanhar a quantidade de dinheiro disponível em um determinado período de tempo.

Portanto, note que, ao realizar corretamente um fluxo de caixa, você terá poder para tomar decisões melhores.

Então, vamos para alguns passos simples que te ajudarão a ter e manter adequadamente o fluxo de caixa da sua produção agropecuária.

Fluxo de caixa rural em 4 passos

1. Detalhe e registre todas as fontes de receita e despesas

Tome um tempo para considerar e registrar todas as suas despesas envolvidas na sua fazenda, sempre utilizando o conceito de empresa rural.

E quando eu digo todas são realmente todas: despesas com escritório, administração, manutenções, depreciações, frete e etc.

Aliás, detalhe também todas as suas fontes de receita, tudo o que foi produzido e vendido.

Para começar seu fluxo de caixa, o ideal é ter os dados de quanto dinheiro você tem disponível hoje.

infográfico de como criar um fluxo de caixa

(Fonte: Saia do Lugar)

Além disso, prepare e faça o planejamento do seu fluxo de caixa por meio do planejamento agrícola.

Você verá como vai ficar mais fácil registrar todas as movimentações financeiras e planejar todos os gastos se o planejamento financeiro estiver feito adequadamente.

A partir daí, com a preparação – e depois com todas as entradas e saídas que você for registrando -, terá o capital disponível por período de forma mais fácil de ser compreendida.

2. Separe suas despesas familiares e as despesas da fazenda

Provavelmente sua empresa rural é também familiar, mas é muito importante que você separe as despesas pessoais daquelas da fazenda.

Considerar os custos da fazenda e da casa em um só lugar dificulta os cálculos e pode mascarar a saúde financeira da sua propriedade rural.

Quando você separar essas duas coisas, verá que as informações ficam mais simples e claras.

3. Prepare seu fluxo de caixa em uma base mensal

Reserve um tempo para pensar e já deixar registrados todos os pagamentos e recebimentos em cada mês.

Muito provavelmente você tem parcelas a pagar de alguma compra ou financiamento, além de parcelas a receber da sua produção agrícola.

Por exemplo, se você tem de pagar um financiamento em 10 vezes, já pode colocar a despesa nesses meses seguintes.

Isso faz com que não seja preciso colocar as mesmas despesas todo mês, economizando tempo e evitando o esquecimento dessas parcelas.

4. Continue revendo, monitorando e alterando seu fluxo de caixa

Infelizmente, uma vez que o fluxo de caixa é preparado, muitas vezes é arquivado e esquecido.

No entanto, o acompanhamento do fluxo de caixa é tão importante quanto a sua realização.

Desse modo, você consegue monitorar o dinheiro que entra e as saídas reais em relação às originalmente orçadas, além de notar as mudanças e sazonalidades. Assim, você tem um fluxo de caixa projetado.

As sazonalidades das entradas e saídas no meio rural são bem definidas quando tratamos de grandes culturas.

Nos meses que antecedem o plantio, e até durante a safra, os gastos são muitos e nenhuma receita é gerada.

Com o fluxo de caixa e seu planejamento agrícola em mãos, é possível verificar o dinheiro exato necessário para cobrir esses gastos. 

O periodicidade desse acompanhamento depende muito da sua fazenda, da sua atividade agrícola e de cada produtor rural.

Depois de acompanhar mensalmente por um tempo, você pode descobrir que o monitoramento trimestral atende à sua necessidade porque os saldos não mudam muito mês a mês.

Por outro lado, se você cultivar hortaliças, por exemplo, pode ser necessário um acompanhamento semanal.

Para economizar seu tempo preparamos um modelo de fluxo de caixa em Excel que você pode usar gratuitamente! Clique na imagem abaixo para baixar!

Em que um fluxo de caixa vai ajudar no dia a dia?

Toda fazenda está sujeita à volatilidade de preços, às condições de financiamentos, à saúde da lavoura, de toda cadeia produtiva e outros tantos desafios.

Além disso, como tomadores de preços, os produtores, sem dúvida, têm muito a gerenciar.

No entanto, o fluxo de caixa pode se perder no meio das atividades do dia a dia. Mas é exatamente ele o responsável pelo gerenciamento de todo o dinheiro dentro da rotina da fazenda.

Observando-o atentamente você também saberá exatamente tudo que foi investido e qual seu capital de giro.

Dessa maneira, terá uma noção do quanto deve receber pela venda da produção agrícola.

Além disso, a diferença de caixa entre entradas e saídas reflete o saldo da conta no final de cada período. A partir disso, você terá mais controle financeiro e saberá o que fazer para melhorar suas finanças.

Por exemplo, você pode perceber que o gasto planejado poderia ser consolidado no outro mês, onde existe um excedente maior.

Como já comentado aqui, isso também te ajuda a identificar como os fluxos de entrada e saída de caixa esperados são diferentes ou similares ao que realmente ocorreu.

Com isso, você pode tomar decisões de gestão mais conscientes, com mais informação e segurança, como quando comprar novos equipamentos.

Se o fluxo de caixa é importante no cotidiano, em épocas difíceis essa importância é ainda maior, como veremos a seguir:

Necessário em épocas normais, essencial em tempos difíceis

Muitas vezes nos vemos em situações complicadas, especialmente com margens pequenas de lucro, como facilmente ocorre na agricultura.

Nesses momentos, o fluxo de caixa mostrará onde foram os maiores gastos, indicando o que e por que aquela parte das finanças deu errado.

Desse modo, você poderá analisar e evitar que esses erros ocorram no futuro, bem como encontrar algumas saídas para uma situação complicada.

Ainda nesses casos, um empréstimo pode ser uma saída.

O fluxo de caixa será muito útil quando você fizer um pedido de empréstimo bancário ou crédito.

Isso porque, quando você precisar de crédito, o fluxo de caixa é um dos documentos importantes para tornar a solicitação mais simples e ágil.

Em suma, ele pode garantir que você obtenha o suporte necessário para sobreviver e crescer.

Faça seu fluxo de caixa rural de forma descomplicada e rápida

Mesmo após todas essas dicas você pode achar trabalhoso e complicado manter um fluxo de caixa em ordem.

A tecnologia nos ajuda a simplificar isso. Com um software de gestão agrícola, podemos manter o fluxo de caixa de forma mais prática.

No Aegro, você controla suas diferentes contas bancárias em um só lugar para ficar em dia com as parcelas a pagar e a receber em cada uma delas.

Além de que, tudo isso ocorre de um modo muito mais automatizado e, consequentemente, menos trabalhoso.

O fluxo de caixa pode ser visualizado facilmente pelo período de tempo que você preferir (mensal, trimestral, etc), já que cada época e cultivo tem uma necessidade diferente.

Em vez de fazer diversas planilhas, no Aegro você muda essa visualização em apenas alguns cliques.

gif da guia de contas com o fluxo de caixa do sistema Aegro

Neste fluxo de caixa, as entradas e saídas de dinheiro são contabilizadas através dos registros que se fez ao longo da safra.

Desse modo, é possível obter análises de custo por categorias, como: insumos agrícolas, financiamentos, manutenções de máquinas, etc.

Como você pode ver abaixo, o saldo inicial é aquele dinheiro que você tem em caixa no início do período escolhido, considerando as entradas e saídas anteriores.

O total de entradas é formado por todas suas receitas desse período, geradas ao registrar a venda de seu produto agrícola.

O total de saídas é composto por todas as despesas que ocorreram também no período em análise, as quais foram geradas pelas despesas registradas.

O saldo final é referente ao balanço do período, subtraindo todas as despesas do saldo inicial e das receitas.

captura de tela do fluxo de caixa do sistema de gestão rural Aegro

Lembrando que no Aegro você consegue importar suas notas fiscais automaticamente por arquivo XML, o que facilita o registro dos gastos.

Além disso, você pode fazer a conciliação de extrato bancário por OFX em alguns minutos, procedimento importante para conferir e evitar inconsistências na gestão de custos da fazenda.

Simplifique a gestão do seu negócio com a importação financeira de contas a pagar e receber

A importação de histórico financeiro é o jeito mais simples e prático de começar a utilizar o Aegro. 

Importe os dados de contas a pagar e receber de suas planilhas ou de outras ferramentas e ganhe agilidade no uso do sistema. Assim, você mantém o controle do seu histórico e garante a eficiência do seu time, reduzindo o tempo gasto com a digitação dos dados para outras atividades.

Seus dados são importados de uma vez, permitindo que o Aegro utilize as informações para gerar as análises necessárias para o controle do negócio.

Tela que mostra importação de histórico financeiro com Aegro

Quer saber como o Aegro pode agilizar ainda mais as atividades do seu negócio? Clique aqui e assista a uma demonstração gratuita!

Conclusão

O ajuste de seu rendimento líquido, com entradas e saídas detalhadas do seu caixa, é muito importante para a melhor percepção de suas finanças.

Mais do que isso, o fluxo de caixa adequado permite a melhor gestão financeira, verificando melhores estratégias para sua fazenda.

Embora a realização e acompanhamento sejam um tanto trabalhosos, ambos são fundamentais para a correta análise de sua propriedade.

Todos produtores rurais bem sucedidos sabem do capital disponível para investir e tomar decisões de compra e venda.

Além disso, hoje temos ferramentas como o Aegro, que facilitam e simplificam esse processo. Isso agiliza todo o trabalho e permite análises mais exatas!

>> Leia mais:

Saiba como gerenciar o ciclo de produção agrícola com o Aegro

O futuro da fazenda: sucessão familiar em uma empresa rural

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Consultoria agrícola: como expandir e ser ainda melhor

Consultoria agrícola: O que você precisa considerar antes de entrar neste mercado e 5 dicas para se manter competitivo. 

Uma grande revolução tecnológica vêm ocorrendo no agronegócio brasileiro nos últimos anos. 

E um grande parceiro nesta revolução tecnológica são as empresas e profissionais autônomos que prestam consultoria agrícola.

Mas como ganhar a credibilidade dos produtores? E, mais difícil ainda, como se diferenciar dentre tantas consultorias?

Para isso, é preciso considerar alguns pontos e ter estratégias. E é sobre isso que vamos falar neste artigo! Confira!

Como entrar no mercado de consultoria agrícola?

Ingressar no mercado de consultoria agro pode ser um pouco abstrato os profissionais. 

Isso porque não se está vendendo um produto físico ou processo único, como um maquinário agrícola ou uma aplicação de calcário!

De modo geral, a consultoria funciona através da identificação e detalhamento de um problema ou oportunidade que uma empresa rural possui. E, em seguida, o consultor agrícola vende a informação que possibilita resolver o problema ou aproveitar a oportunidade.

Essa informação geralmente é materializada na forma de um relatório que detalha, de maneira simples e objetiva, os passos que o empresário rural deve seguir para alcançar seus objetivos. 

Só aí temos dois desafios a serem superados: a falta de credibilidade do novo consultor/consultoria por parte dos produtores e a entrada em um novo negócio em um mercado que já está saturado.

Mesmo que você tenha experiências profissionais anteriores, como ser consultor de uma grande empresa, o trabalho em sua própria consultoria é completamente diferente.

Por isso, é muito importante que um novo profissional responda a algumas perguntas antes de se aventurar neste mercado. Veja também este vídeo que separei sobre o assunto!

Como começar sua Consultoria - 3 Passos Essenciais

Confira alguns passos que podem te ajudar a começar sua consultoria agrícola.

1º: Quais serviços vou prestar? 

É importante que um novo profissional tenha uma boa capacitação associada a um amplo conhecimento técnico para que suas informações sejam importantes para o mercado. 

Atualmente, muito se fala sobre profissionais multitarefas (e outras terminologias). 

Porém, no ramo da consultoria agrícola, é importante que o consultor domine plenamente uma área de especialização para que posso atuar com segurança.

Também é importante delimitar quais os tipos de serviços você dará enfoque. Você poderá se especializar em agricultura de precisão, em insetos, em doenças ou em uma cultura em específico, como grãos, café e citros.
Dominar o manejo de pragas do algodão ou manejo nutricional da cana-de-açúcar são alguns exemplos.

Caso o consultor ache importante fornecer outros serviços que complementam o seu, pode formar um time de consultores ou trabalhar em parceria com outras empresas. 

2º: Preciso delimitar meu público-alvo?

Sim! É muito importante o consultor delimitar com exatidão os clientes em potencial. Assim é possível melhorar a estratégia de marketing e se especializar, cada vez mais, em resolver os problemas de seu público. 

No início, é normal que um consultor preste serviços em uma maior quantidade de áreas. 

Porém, é importante se especializar em uma área, como já comentamos você pode ser especialista em determinadas culturas ou determinados serviços, como telemetria ou pragas, por exemplo.

Trabalhe para que quando um produtor rural precise de um serviço nesta área, seu nome seja o mais cotado!  

3º: Qual meu posicionamento no mercado?

É muito importante que o consultor saiba exatamente qual seu diferencial em relação ao mercado. Quais benefícios o cliente terá por fazer negócios com você e não com  outras empresas que prestam o mesmo serviço? 

Entenda que o diferencial deve ser alinhado com o que o cliente necessita. Diferenciais apenas em relação ao custo do serviço geralmente não são sustentáveis, pois o nível de cobrança por parte do cliente será o mesmo. 

Nesse sentido, é interessante que você invista na sua consultoria em soluções mais ágeis, como ao utilizar mais tecnologia e realizar cursos na sua área de especialização.

Além destas 3 respostas, é importante que o consultor saiba precificar o seu serviço.

Por isso, é importante que você tenha em mente o quanto suas soluções trarão de lucro para o produtor rural, estabelecendo um preço pelo serviço que seja interessante para ambas as partes.

Para novos consultores, é muito importante formalizar o negócio. Isso trará mais segurança para você e seus clientes.

5 dicas para começar sua consultoria agrícola

Se você já sabe que tipo de serviço prestar, quem é seu público-alvo e o posicionamento que quer adotar no mercado, seguir essas 5 dicas pode te ajudar!

Dica 1 – Defina sua especialização

É importante que o consultor domine sua área de atuação e sempre se mantenha atualizado.

Como o consultor estará, na maioria das vezes, resolvendo problemas de seus clientes, deve estar preparado para resolvê-los de maneira eficiente – e o mais rápido possível! 

Infelizmente, como a agricultura é muito dinâmica, o consultor pode ter uma janela de atuação pequena para resolver um problema. Por isso, você deve estar preparado. 

De acordo com um estudo realizado pelo Laboratório da Consultoria, os atributos profissionais de maior peso no ramo de consultoria são conhecimento e experiência!

Além disso, especializações em áreas correlatas podem auxiliar muito no trabalho. Cursos de gestão de projetos ou marketing são opções!

Dica 2 – Conheça e use boas ferramentas em sua consultoria agrícola

Ter um bom conhecimento das ferramentas do Office é essencial para várias profissões. Para consultores, não é diferente! Se não tem um bom domínio destas ferramentas, busque treinamentos.

Além disso, softwares de gestão de projetos podem auxiliar muito na realização das consultorias. E, assim, fica mais fácil se organizar e entregar um bom trabalho. 

Alguns softwares que usam metodologia ágil de gestão de projetos são intuitivos e fáceis de usar, como o Trello.

Também é muito importante que o histórico de informações do empreendimento rural esteja com fácil acesso e organizado. Isso facilita muito o processo de entendimento do problema ou identificação de oportunidades para o negócio. 

Com o Aegro, o consultor tem acesso rápido e seguro às informações da fazenda. É possível visualizar as atividades que foram feitas ou estão em andamento e as observações de campo. 

Essa pode ser uma boa saída para se diferenciar de seus concorrentes: uma solução tecnológica que dá agilidade e credibilidade aos seus serviços.

O Aegro disponibiliza para os consultores agrícolas um plano exclusivo com as funções essenciais para registro e acompanhamento das atividades, incluindo MIP e Mapas NDVI.

consultoria agrícola

Visualizar atividades que estão em curso ou já foram feitas na fazenda é rápido e seguro com o software de gestão agrícola Aegro. Dados ilustrativos


>> Leia mais: “5 ferramentas gratuitas que todo consultor agrícola deve conhecer

Dica 3 – Faça uma boa rede de contatos (networking) 

Não é necessário que o consultor domine várias áreas do conhecimento, porém, conhecer profissionais que dominem é um diferencial de mercado. 

Manter contato com bons profissionais de diferentes instituições como universidades, órgãos de pesquisa, empresas e outras consultorias facilitará muito a realização de seus projetos de consultorias.    

Assim, poderá formar parcerias de trabalho dentro do mesmo projeto ou indicar bons profissionais para resolver problemas para os quais você não está capacitado. 

Uma importante ferramenta para ampliar seu networking e divulgar seu trabalho é o LinkedIn.

Dica 4 – Tenha uma boa gestão de pessoas

Durante suas consultorias, você estará lidando com diferentes colaboradores do empreendimento rural, que ocupam diversas posições.

Por isso, mantenha sempre uma postura profissional e ética, tratando a todos com respeito!

Além disso, é importante conhecer as normas do local onde está prestando a consultoria. Utilize os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) exigidos, acesse somentes áreas que têm permissão e etc.

É importante que o consultor entenda que para obter as informações necessárias ou planejar as soluções da consultoria deverá realizar uma boa gestão de pessoas!

Dica 5 – Fidelize seus clientes

A principal forma de divulgação de seu trabalho são clientes satisfeitos! Desta forma, se esforce para cumprir o prazo de entrega com boa qualidade do serviço prestado. Tente superar as expectativas do cliente. 

Clientes satisfeitos, com certeza, se fidelizam ao seu trabalho e lhe abrirão portas para diversos outros serviços.

Conclusão

Ingressar ou se manter competitivo na área de consultoria agrícola nem sempre é fácil.

Neste artigo, discutimos alguns pontos que você deve considerar para iniciar sua consultoria ou para aperfeiçoar os serviços já prestados.

Vimos também algumas ferramentas que podem te auxiliar no processo de gestão e outros aspectos importantes do processo de consultoria para você se destacar nesse mercado.

Espero que com essas dicas passadas aqui você consiga abrir sua consultoria ou melhorar a competitividade de sua consultoria no mercado! 

Consultoria contábil para o agronegócio: 5 dicas para ganhar mais espaço e crescer
Consultora economiza R$ 70 mil em utilização de insumos

Quais foram as principais dificuldades no início de sua carreira? Quais dicas já vem adotando em sua consultoria agrícola? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Como fazer o rateio de custos simples e efetivo

Rateio de custos: saiba como fazê-lo de forma prática para ajudar a tornar a gestão financeira da propriedade mais eficiente

Com muitas atividades para gerenciar, às vezes fica complicado administrar todos os custos da fazenda.  Mais difícil ainda é saber qual atividade tem dado lucro ou prejuízo…

É o rateio de custos de sua propriedade rural que te ajuda a entender e solucionar esse problema! 

Dúvidas sobre o rateio, especialmente com duas ou mais safras ou atividades econômicas na fazenda? Confira todas as dicas de como fazê-lo.

O que é rateio de custos e sua importância

Dentro de uma propriedade rural, geralmente, temos mais de uma atividade sendo realizada: produção de grãos e criação de animais, por exemplo.

Cada uma dessas atividades tem um custo associado, que somados, compõem o custo total da propriedade.

Rateio de custos é dividir o custo proporcionalmente a cada atividade, área ou categoria. Desse modo, é possível fazer o cálculo da lucratividade de cada coisa e avaliar o retorno que cada uma dá.

Sem saber os custos, não conseguimos saber o lucro da propriedade. 

Pode ser que uma das atividades esteja no vermelho, prejudicando o orçamento no final do mês. 

Analisando tudo junto, fica difícil saber o que está errado. Em outras palavras, de pouquinho em pouquinho, vamos perdendo dinheiro sem nem perceber.

Isso ninguém quer, não é mesmo?

O rateio de custos favorece a análise individual de cada atividade, identificando os problemas e possibilitando que se tomem medidas para solucioná-los.

Primeiros passos para começar o rateio de custos

Primeiramente, é necessário que se tenha organização. Sua propriedade deve ser como uma empresa rural.

Os estoques de insumos e peças devem estar organizados, as contas e o fluxo de caixa em ordem.

Em outras palavras, você precisa conhecer sua propriedade como a palma de sua mão, nos mínimos detalhes.

Pode parecer complicado e trabalhoso no início, mas o tempo investido nesse detalhamento poupará esforços depois.

Com tudo organizado, podemos então começar o rateio de custos. Para isso, precisamos nos familiarizar com alguns conceitos.

rateio de custos

Rateio de custos permite saber a participação de cada produto ou atividade no custo total da empresa rural 

(Fonte: Acceasa

Diferentes custos e tipos de rateio

De modo simplificado, podemos definir dois tipos: custos diretos e indiretos.

Os custos diretos são aqueles inerentes à realização de determinada atividade. Ou seja, são os insumos (adubos, agroquímicos, vacinas, rações, etc), mão de obra e outros materiais que se sabe exatamente para qual atividade foram utilizados.

Por exemplo, as vacinas do gado não poderiam ser usadas na lavoura de milho, não é mesmo? Portanto, são custos diretos da bovinocultura. Mas os herbicidas usados na lavoura são custos direto da produção de milho.

Por outro lado, se utilizarmos um trator para o manejo do milho, mas também o usarmos para tratar do gado, os custos de diesel e hora máquina não são bem definidos para cada atividade.

Esse tipo de custo é chamado indireto, pois várias atividades fazem uso de um insumo, máquina ou funcionário em comum.

Nesse caso, o rateio por custos indiretos irá definir quanto desse custo vai para cada atividade. Mas isso veremos mais pra frente.

rateio de custos

(Fonte: Fortes Tecnologia)

Separando as atividades

Cada atividade desenvolvida na empresa deve ser tratada de forma independente, salvo em situações em que estão diretamente ligadas. 

Por exemplo, a fazenda produz grãos para venda e silagem para alimentar o gado leiteiro. Nesse caso, a produção de grãos é totalmente independente das outras duas atividades.

Por outro lado, a produção da silagem é direcionada para alimentação do rebanho, faz parte da atividade leiteira. Portanto, os custos da produção de silagem entram no rateio de custos da pecuária leiteira.

Lembre-se que nada impede de se fazer o rateio somente da produção de silagem, mas que o objetivo final é a produção de leite.

Separando os custos

Como vimos anteriormente, devemos prestar atenção nos custos indiretos de nossa propriedade. 

Aqueles custos que são compartilhados por mais de uma atividade da fazenda, como óleo diesel, horas máquina, energia elétrica e funcionários que atuam em mais de um tipo de serviço.

Nesses casos, é ideal se que calcule a quantidade de insumo foi gasto para cada atividade ou quantas horas dos funcionários ou máquinas foram dedicadas a cada uma.

Esses custos devem ser divididos proporcionalmente para cada atividade:

Por exemplo: de um total de 8 horas/dia, um funcionário dedica 6 horas para tratar do gado e o restante (2h) para a irrigação da lavoura de grãos. Ele dedica 75% do seu tempo para a criação do gado e 25% para a lavoura.

Assim, o custo correspondente ao salário desse trabalhador deve ser dividido nessa proporção nos centros de custo!

Supondo que ele ganhe R$ 2.000, R$ 1.500 (75%) seriam rateados para a pecuária e R$ 500 (25%) para a lavoura.

O mesmo raciocínio é válido para saber quanto cada atividade deveria pagar dos gastos com máquinas e óleo diesel.

Com isso, a divisão fica proporcional ao trabalho realizado em cada projeto ou atividade, sem que haja desbalanços como ocorreria se utilizássemos um valor igual para todos.

Os 3 métodos de rateio de custos

De modo prático, o rateio de custos é separar os custos de cada atividade. A partir disso podemos calcular a lucratividade de cada uma, levando em conta a receita bruta delas.

Além disso, a dica é ganhar tempo já fazendo a contabilidade de sua empresa rural de forma detalhada, já separando para cada atividade. 

Assim, o “grosso” do rateio de custos diretos já estará feito ao fim da safra. Acrescentamos a isso os custos indiretos, fazendo o rateio proporcional de todos os processos da fazenda.

A partir disso, podemos analisar a lucratividade ao fazer o balanços dos custos rateados com as receitas brutas também rateadas. Abaixo temos os 3 métodos de rateio mais utilizados na agricultura:

Rateio por Absorção

É um dos métodos mais usados, uma vez que divide custos igualmente pelos itens analisados. É o mais intuitivo de todos e é aquele sobre o qual já comentamos aqui.

Rateio por Atividade

É um método um pouco mais complexo e abrangente. Nesse tipo de rateio, você precisa realmente mensurar o uso de um determinado custo para fazer a separação posterior. Por exemplo o quanto cada atividade usa uma máquina por mês.

Rateio por Faturamento

O faturamento também é um tipo comum de critério para divisão dos custos. Supondo que você tenha dois produtos agrícolas (A e B). Se o item B fatura o dobro, ele também será responsável pelo dobro de custos.

Rateio de custos com um software agrícola

Não é preciso quebrar a cabeça para fazer o rateio de custos na sua fazenda. Com um software agrícola, esse cálculo se torna muito mais automatizado.

No Aegro, por exemplo, cada despesa lançada no seu financeiro pode ser facilmente atribuída como um custo de safra, estoque ou fazenda.

Além disso, você consegue ratear o valor de uma nota fiscal entre diferentes safras. O gasto será divido automaticamente pelo sistema, de acordo com a extensão das suas áreas de plantio.

Depois, ao realizar as suas atividades no campo, você registra no software a quantidade de produto que aplicou e até mesmo a máquina ou implemento agrícola que utilizou.

Assim, a divisão de custos de insumos e combustível pelos talhões da lavoura fica ainda mais precisa.

A qualquer momento, a participação de cada categoria de despesas nos custos da sua propriedade pode ser visualizada em detalhes, de forma rápida.

planilha de controle de endividamento rural com rateio por participante

Conclusão

Para sabermos se nossa propriedade rural é lucrativa, precisamos conhecer nossos custos.

Melhor ainda se soubermos como é a lucratividade de cada atividade da fazenda.

O rateio de custos atua exatamente aí, facilitando a análise da nossa propriedade, caso a caso.

Assim é possível identificarmos possíveis problemas e agirmos para solucioná-los e retomar a lucratividade.

>> Leia mais:

Gestão de custos da fazenda: O que é e como fazer

Planilha de gastos agrícolas: Como fazer e como contê-los (+ planilha grátis)

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