Conheça o software de gestão feito para o agro

Gestão feita para o agro: conheça o aplicativo desenvolvido especialmente para o agronegócio

O agro é um setor complexo, com uma série de variáveis envolvidas.

Além das incertezas do clima e do mercado, quem produz encara muitos outros desafios.

Altos custos de operação, gestão de pessoas, pragas e doenças na lavoura são alguns exemplos dentre tantas demandas.

Por sabermos disso, vimos a necessidade de desenvolver uma ferramenta que atenda os diferentes desafios de produção e se encaixe na rotina da fazenda.

Afinal, existem aspectos da gestão rural que podem ser controlados e descomplicados, basta ter a ferramenta certa em mãos. Quer saber mais? Leia nosso artigo sobre gestão feita para o agro. O que faz o Aegro ser um sistema de gestão feito para o agro?

Nascemos do campo e evoluímos constantemente para atender as empresas rurais. 

Sempre ouvimos nossos clientes e criamos soluções de agricultura digital que trabalhem pelo usuário.

Tudo começou em 2014, quando quatro estudantes das Ciências da Computação deram vida ao software. Isso tudo com a ajuda e consultoria de produtores e agrônomos.

O objetivo de oferecer um sistema completo e totalmente voltado a produtores de grãos foi moldado por aqueles que realmente entendem do assunto.

E é isso que nos diferencia de outros softwares de gestão. Esses, por não considerarem a realidade do agronegócio, apresentam lacunas e demandam retrabalho do produtor.

Como o Aegro ajuda quem produz

Por estarmos mais próximos da comunidade agro, temos um canal aberto para ouvir as dores e dificuldades do dia a dia da lavoura.

Essa troca de experiências nos estimula a buscar e desenvolver novas soluções que realmente façam alguma diferença para a gestão rural

Listamos aqui alguns desses serviços:

Controle financeiro das fazendas

Vemos o peso que o custo de produção tem no seu bolso, principalmente quando não há um controle financeiro preciso. 

Como solução para essa dificuldade, unimos em um só sistema a gestão agrícola e financeira. Assim, oferecemos uma visão simples e integrada do caminho que seu dinheiro percorre ao longo da safra.

Ou seja, cada operação no campo ou atualização de estoque alimenta o registro de despesas e ganhos automaticamente.

gif de uma tela do Aegro, na aba de custos de produção. Há um gráfico redondo que mostra gastos com sementes fertilizantes, defensivos, máquinas e outros custos.
O Aegro mostra seus custos de produção em detalhes. Gestão feita para o agro.

Com esse registro, você consegue medir o lucro de cada talhão, cumprir obrigações fiscais e até obter crédito rural.

Redução de esforços com burocracia

Acompanhamos a jornada dupla de muitos produtores, parte dela dedicada a atualizar e cruzar dados em diferentes planilhas.

Para otimizar esse tempo e simplificar atividades rotineiras, desenvolvemos o sistema com foco em funções automatizadas e integradas. 

Por exemplo, você pode importar de forma automática suas operações agrícolas pela Climate FieldView e John Deere Operations Center.

Além disso, pode atualizar suas despesas pela transferência de notas fiscais via Sefaz.

Tela do Aegro, na aba de máquinas. É possivel ver um relatório no canto esquerdo sobre a realização de uma atividade agrícola, e no restante da tela, um mapa da propriedade rural com destaques em verde nos locais onde a máquina passou.

Com o Aegro Máquinas, você transfere os dados de plantio, pulverização e colheita direto da máquina

Assim, você passa menos tempo em pequenas tarefas de escritório e tem mais tempo para o que realmente importa: gerir a fazenda e as atividades do campo. 

Gestão feita para o agro de qualquer lugar

Nem sempre é simples inserir tecnologia no cotidiano da lavoura. A falta de conexão com a internet e a complexidade de uso dos sistemas podem ser alguns dos empecilhos. 

Por isso, oferecemos um sistema simples e intuitivo. Ele pode ser usado por computador ou celular, mesmo sem internet.

Dessa forma, você pode gerenciar sua fazenda de onde estiver e acompanhar as atividades que os operadores registram em tempo real direto do campo. 

Gestão feita para o agro: Foto de celular com o aplicativo Aegro aberto, na aba de plantio. É possivel ver que o plantio foi realizado, as áreas, as máquinas utilizadas, início, fim e outros detalhes.

Gestão feita para o agro: tenha o planejamento e registro das atividades sempre em mãos 

Seu agrônomo pode fazer observações georreferenciadas em um talhão da lavoura, enviando uma notificação ao seu perfil enquanto você está no escritório. 

Tomada de decisões baseadas em dados

Em nossa jornada, logo descobrimos não haver como gerenciar e melhorar processos em um negócio rural sem a análise de dados. 

Por isso, além de oferecer um histórico detalhado da fazenda, também disponibilizamos indicadores e relatórios personalizados

Com alguns cliques, você consegue:

  • avaliar a evolução da sua safra;
  • descobrir sua produtividade por cultivar;
  • calcular a rentabilidade de cada talhão.  

Tudo isso com total segurança e privacidade das suas informações, que estão asseguradas por tecnologia de ponta, códigos de segurança e armazenamento em nuvem. 

Gestão feita para o agro: tela do Aegro na aba de produção e produtividade por talhão, safra e cultivo. É possível ver gráficos de barra em verde no centro da tela.
Veja com o Aegro a produção e produtividade de cada cultivo, safra e talhão. Isso é gestão feita para o agro.

Evolução agrícola

Ao contrário do que muitos pensam, quem produz tem espírito inovador. O setor está à frente de grandes transformações. 

Prova disso são as novas tecnologias e técnicas de agricultura de precisão que surgem constantemente. 

Para acompanhar o avanço, o Aegro reúne o melhor da tecnologia agro em um só lugar

Fazemos parte da rotina das fazendas mais digitalizadas do Brasil. Isso com 4,7 mil propriedades rurais e 2 milhões de hectares gerenciados.

Isso fica visível nas palavras de José Cusinato Júnior, produtor de Minas Gerais e nosso cliente:

“O Aegro hoje entra na minha visão de gestão agrícola como uma ferramenta de confiança e bem completa. Você faz o lançamento das suas despesas, programa as atividades na fazenda e consegue ter o custo real da operação na palma da sua mão. É excelente para trabalhar.”

Aegro: Integrando Tecnologias em um Software para Fazendas

Conclusão

Diferente de outros produtos de gestão feita para o agro, estamos ao seu lado em diferentes áreas da fazenda e etapas da safra

Ao fazer parte deste ciclo, sabemos o que é necessário para ser um sistema feito sob medida para o campo.

Não espere mais para investir em melhorias para a sua lavoura!

>> Leia mais:

“Gestão de máquinas agrícolas: como diminuir seus custos com ela”

“Software para agronegócio: veja os 10 melhores para sua fazenda”

Peça uma demonstração gratuita ou faça um teste grátis por sete dias. A gestão feita para o agro te espera!

Como a tecnologia Enlist na soja pode tornar sua lavoura mais produtiva

Tecnologia Enlist na soja: saiba o que ela traz de novo para o mercado, suas vantagens e desvantagens, marcas disponíveis e muito mais! 

O mercado das commodities agrícolas se moderniza ano após ano.

A demanda pelo uso de outros herbicidas além do glifosato abriu mercado para o surgimento da soja resistente à outros mecanismos de ação. 

Além disso, uma das melhores formas de manejo da lavoura é o uso de cultivares mais resistentes.

Nesse artigo, você conhecerá a tecnologia Enlist na soja. Ela promete soluções inovadoras na sua lavoura. Acompanhe!

O que é a tecnologia Enlist na soja?

A tecnologia Enlist é um sistema que engloba vários herbicidas e as sementes de soja com a tecnologia.

A empresa Corteva Agriscience desenvolveu a tecnologia pensando em plantas que ficaram resistentes ao glifosato, após uso excessivo do herbicida.

Plantas como buva, capim-amargoso e tiririca são um desafio para quem produz. Essa tecnologia surge como mais uma opção de manejo.

Foto de lavoura de soja infestada com plantas daninhas altas

Lavoura de soja infestada com plantas daninhas

(Fonte: Pioneer)

Quais herbicidas utilizar com a tecnologia Enlist na soja

A tecnologia Enlist permite que você use três herbicidas em lavouras com soja já emergida:

A Enlist  tem sido associada a materiais de alta produtividade, e ainda pode ser aliada às outras tecnologias como a soja Bt. 

Além disso, pode ser uma boa opção para o controle de algumas pragas.

Sistema de herbicidas da tecnologia Enlist

Esse portfólio reúne inovação em sementes, formulações químicas, manejo de plantas daninhas e insetos. Vale lembrar que você pode utilizar outros herbicidas com a tecnologia Enlist.

Os dois herbicidas do sistema Enlist são indicados para a soja quem tem a nova tecnologia.

1. Enlist Colex-D 

É um concentrado solúvel sistêmico, que tem como ingrediente ativo o 2,4-D sal de Colina.

Aplique para o controle de plantas daninhas de folha larga na soja Enlist. Você pode fazer isso tanto em pré como em pós emergência.

Em pré-emergência, pulverize nos estádios iniciais de desenvolvimento (até 4 folhas) e anterior ao florescimento das plantas daninhas.

No período pós-emergência, aplique o Enlist Colex-D no estádio de desenvolvimento da soja V2, V3 ou até R2. 

2. EnlistDuo Colex-D

É um herbicida sistêmico. Seus ingredientes ativos são uma mistura pronta de 2,4-D sal de colina e glifosato sal dimetilamina.

Use em pré e pós-emergência da soja Enlist.

Você terá os melhores resultados aplicando nas mesmas condições e épocas do Enlist Colex-D.

Faça no máximo 2 aplicações em pré-emergência e 2 aplicações em pós emergência.

Esquema que mostra a época de aplicação dos herbicidas Enlist. A aplicação deve ser feita antes da emergênca, e entre os estádios V2 e R2

Época de aplicação dos herbicidas Enlist

(Fonte: DocPlayer)

Lembre-se de verificar as doses e as plantas indicadas na bula do produto.

Sempre siga o receituário agronômico e todas as normas de segurança para fazer as aplicações.

O Colex-D  é uma tecnologia inovadora e exclusiva presente nesses produtos.

Veja quais são as vantagens dessa tecnologia:

  • Confere baixa volatilidade dos herbicidas;
  • Redução considerável da deriva na aplicação;
  • Maior facilidade no manuseio do produto;
  • Menor odor.

Sementes de soja da tecnologia Enlist

Atualmente existe a soja Enlist E3 e a Enlist Conkesta E3

A grande vantagem dessas sojas é a melhora no controle de daninhas. Afinal, há uma grande possibilidade do uso de mais ingredientes ativos.

O manejo de resistência de plantas daninhas e controle de plantas voluntárias pode ser feito de forma mais eficaz.

Na safra 21/22, 14 variedades de soja com essa tecnologia foram liberadas para o plantio. 

A previsão para a próxima safra (22/23) é de 33 variedades.

Foto da embalagem de sementes com tecnologia Enlist na soja. A embalagem é retangular, nas cores verde escuro, amarelo mostarda e branco. A marca é Iberá sementes.

Sementes de soja com tecnologia Enlist E3

(Fonte: Ibera)

1. Soja Enlist E3

Essa soja é tolerante aos herbicidas Enlist Colex-D, glifosato e glufosinato de amônio. Ela combina genética de alta produtividade com um melhor manejo das principais plantas daninhas que preocupam sojicultores.

2. Soja Conkesta E3

As variedades de soja Conkesta E3 possuem outra tecnologia além da tolerância aos herbicidas Enlist Colex-D, glifosato e glufosinato de amônio.

Além de muito produtiva, ela auxilia no manejo de lagartas.

A soja Conkesta E3 tem proteínas Bt, e protege contra as seguintes lagartas:

  • Lagarta-da-soja;
  • Lagarta-falsa-medideira;
  • Lagarta-elasmo;
  • Lagarta-das-maçãs;
  • Lagarta-helicoverpa.

Essa tecnologia protege moderadamente a soja das seguintes lagartas:

  • Lagarta-preta;
  • Lagarta-das-folhas.

Como qualquer outra soja Bt, é necessário que você plante o refúgio, para proteção da tecnologia.

Se optar pela soja Conkesta E3, poderá usar variedades Enlist E3 como refúgio.

Essa prática é de extrema importância dentro do Manejo Integrado de Pragas. Além disso, ela faz com que a durabilidade das tecnologias seja prolongada.

Esquema de como adotar o refúgio na lavoura, para melhorar o uso da tecnologia Enlist na soja. É possível deixar uma borda em refúgio, faixas ou blocos.

Diferentes maneiras de plantar refúgio na lavoura

(Fonte: Boas Práticas Agronômicas)

Marcas de soja com tecnologia Enlist

As variedades com essa tecnologia serão comercializadas inicialmente nas seguintes marcas de sementes:

  • Brasmax;
  • Donmario; 
  • Neogen;
  • NK;
  • Nidera Sementes;
  • Syngenta;
  • Stine;
  • TMG;
  • HO Genética;
  • Cordius;
  • Brevant Sementes;
  • Pioneer.

Vantagens e desvantagens 

Essa nova tecnologia ainda é recente. É necessário ao menos terminar a primeira safra para listar as vantagens e desvantagens.

Até então, saiba que é mais uma ferramenta para o manejo integrado de plantas daninhas e de pragas.

O preço desses novos produtos pode ser listado inicialmente como uma desvantagem, por serem altos. 

No entanto, a tendência é que com o decorrer do tempo passe a ser mais acessível. As vantagens são inúmeras, como maior proteção contra daninhas e algumas pragas.

Banner de chamada para o kit de sucesso da lavoura campeã de produtividade

Conclusão

A nova tecnologia Enlist soja foi lançada para a safra 21/22. Ela promete muitas vantagens para quem produz o grão.

As sementes de soja são resistentes a três ingredientes ativos de herbicidas, além de algumas pragas.

Planeje adequadamente a sua próxima safra, e avalie a necessidade da utilização dessa nova tecnologia. Use com inteligência para obter resultados positivos.

Restou alguma dúvida sobre a tecnologia Enlist na soja? Você já está utilizando esse sistema na sua lavoura nesta safra? Adorarei ver seu comentário!

Como usar e obter lucros com a energia solar na agricultura

Energia solar na agricultura: saiba como funciona, os diferentes tipos, quanto tempo dura a estrutura implantada na sua fazenda e muito mais!

A energia solar na agricultura ganha cada vez mais importância em todo o mundo. Ela reduz os efeitos das mudanças climáticas, tem baixo custo de produção e é sustentável.

Ela é uma das principais opções para viabilizar a irrigação no campo. E o melhor de tudo: atende desde as pequenas propriedades até grandes fazendas equipadas com pivôs centrais.

Neste artigo, confira como a energia solar te ajuda a aumentar seus lucros e como usá-la na sua fazenda.

Quais os benefícios de usar a energia solar na agricultura?

A energia solar pode ser uma grande aliada na agricultura! Não importa o tamanho da sua propriedade rural. Se você tem uma horta de 0,5 hectare ou uma fazenda equipada com pivôs centrais, a energia solar trará diversos benefícios, como:

  • autonomia com a geração de energia;
  • redução de custos com energia elétrica;
  • uso de energia para irrigação ou demanda doméstica na fazenda;
  • você pode fazer a venda do excedente de energia para o Sistema Elétrico Brasileiro;
  • baixo custo de manutenção;
  • mais sustentabilidade, pois é fonte de energia renovável e limpa.

A desvantagem desse sistema de energia é o alto investimento inicial para instalação. No entanto, após dois ou cinco anos, você recupera esse valor de investimento e começa a lucrar.

O sistema dura cerca de 25 anos.

Foto de usina de energia solar em campo. As placas de energia solar são azuis, posicionadas no chão cercado. Atrás, é possível ver a propriedade rural.

Usina de energia solar em área rural

(Fonte: Canal Solar)

Você pode fazer uma simulação de custos neste link do Simulador Solar, baseado no seu consumo atual de energia.  

Outra opção é obter parâmetros mais técnicos de investimentos e custos neste estudo acadêmico sobre uso de energia fotovoltaica.

O estudo foi feito em área irrigada com pivô central no estado de Goiás. Nesse caso, o custo ultrapassou R$ 1 milhão.

No entanto, o estudo apontou que o sistema de energia fotovoltaica é viável economicamente. Isso mesmo centrando-se apenas na relação custo de produção, investimento e manutenção do sistema. 

Não foram inclusos lucros com a venda da energia para o Sistema Elétrico Brasileiro. 

Custos para implantação da energia solar na fazenda

Os custos para investimento vão depender de vários fatores, sendo os principais:

  • demanda hídrica da cultura agrícola e a área a ser irrigada;
  • tipo de sistema de captação de água que consumirá a energia;
  • tipo e quantidade de placas fotovoltaicas necessárias para atender a demanda;
  • quantidade de baterias utilizadas para armazenamento;
  • estrutura necessária para instalar os equipamentos.

O custo de implantação depende de vários fatores além da demanda de energia. 

Como funciona o sistema de energia solar

A energia solar vem da luz e do calor do sol, por ondas emitidas por ele. Existem duas formas de energia solar: a térmica e a fotovoltaica, a mais utilizada na cidade e no campo.

Energia solar térmica

Esse tipo de energia também é chamada fototérmica. Nela, a energia do sol é utilizada na forma de calor para aquecer outro corpo, por meio de placas solares.

Também podem ser utilizados tubos à vácuo para transferir o calor para um meio líquido. Esse tipo de energia é muito utilizado em áreas residenciais urbanas.

Energia solar fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica utiliza módulos solares. O calor e a luz do sol são transformados em energia elétrica.

Por isso, quanto maior a radiação solar nas placas solares, maior a quantidade de energia elétrica que será gerada.

Quando a energia solar é ligada ao Sistema de Energia Brasileiro, ela se chama “on-grid” e quando não é, “off-grid”.

Crescimento do uso de energia solar na agricultura brasileira

O uso da energia solar na agricultura cresceu 1,3 mil vezes nos últimos 5 anos, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Centenas de empresas nacionais e estrangeiras têm oferecido serviços e equipamentos diversos para atender as mais diversas demandas.

Isso favorece a diversidade na qualidade dos equipamentos e nos preços.

Em 2021, houve no Brasil o dobro da importação de painéis solares, em comparação com 2020, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).

A compra dos equipamentos para energia solar em outros países deve chegar este ano a cerca de R$ 11,2 bilhões, aumento de 98% em relação ao ano passado. 

Isto resulta também em novas oportunidades no agro, como a instalação no Brasil, por uma empresa multinacional, do primeiro pivô central movido à energia solar do mundo

O sistema tem potência de 128 kWp e pode irrigar quase 100 hectares por uma média de 6 a 8 horas por dia.

Foto de área de irrigação com pivô central com energia solar. Na foto, três placas grandes de energia solar estão posicionadas no solo, levemente inclinadas.

Área de irrigação com pivô central que funciona com energia solar

(Fonte: Valmont

Investir em energia solar fotovoltaica pode ter um custo alto. Porém, o lado bom é que a implantação do sistema pode ser financiada por meio do Plano Safra, do Governo Federal.

No Plano Safra, há o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono). 

Através do programa, é possível ter acesso a projetos que incluem energia solar, como a Proirriga (financia projetos de irrigação) e Inovagro (de inovação e tecnologia).

Energia solar e os novos desafios do agronegócio

O agronegócio brasileiro tem sido cada vez mais cobrado pela comunidade internacional a desenvolver práticas sustentáveis.

Além disso, internamente, o setor é obrigado a lidar com mudanças climáticas. Em 2021, elas causaram diversos danos nas regiões Sul e Centro-Sul, com secas e geadas.

Cada vez mais é preciso buscar meios de reduzir riscos na atividade agrícola. 

Uma das formas de fazer isto é por meio da energia solar, pois ela favorece a implantação ou expansão das áreas irrigadas.

Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), há no Brasil 8,2 milhões de hectares com sistemas de irrigação.

Desses, 5,3 milhões de hectares são com água de mananciais e 2,9 milhões de hectares com fertirrigação com água de reúso.

Assim, o fortalecimento da competitividade do agronegócio brasileiro passa também pela expansão das áreas com energia solar

Conclusão

A energia solar na agricultura apresenta diversos benefícios. Apesar de seu custo inicial ser alto, ela se torna lucrativa com o tempo e promove a sustentabilidade na fazenda.

Busque informações sobre como implantar a energia solar em sua fazenda. Antes disso, consulte preços dos equipamentos, além de buscar financiamentos.

Eu nunca ouvi falar de alguma pessoa que se arrependeu por implantar a energia solar e você, muito provavelmente, não será a primeira.

>> Leia mais:

Saiba como fazer um projeto de fazenda sustentável

Como a irrigação de precisão pode otimizar o uso da água e gerar economia na fazenda

Tecnologia na lavoura: Aumento de custos ou ganho de agilidade?

E você, já pensou em implantar energia solar na agricultura? Já usa esse tipo de energia e gostaria de contar sua experiência? Adoraria ler seu comentário!

5 formas de implementar a automação agrícola na sua fazenda

Automação agrícola: veja quais são as possibilidades, os benefícios, áreas de atuação e muito mais!

A agricultura mundial está em um processo de modernização nas últimas décadas. O aumento da eficiência de processos e um controle maior de atividades são os objetivos.

Por isso, o conceito de agricultura 4.0 tem sido bastante discutido no campo.

Tratores, semeadoras, pulverizadores e colhedeiras vêm sendo automatizados. A avaliação de lavouras por meio de drones e softwares de gestão de recursos humanos também.

Neste artigo, você saberá mais sobre como a tecnologia de automação está presente nas atividades agrícolas e todos os seus benefícios. Aproveite a leitura!

Importância da automação para a Agricultura 4.0

Você já deve saber que as principais bases da Agricultura 4.0 são:

  • gestão a partir de dados;
  • produção a partir de novas ferramentas e técnicas;
  • sustentabilidade;
  • profissionalização.

A automação tem papel importante em cada uma dessas etapas. 

Ela gera dados confiáveis e em intervalos de tempos melhores. Isso permite maior assertividade nas tomadas de decisão e gestão da propriedade.

A automação agrícola também é crucial no uso e implantação de novas ferramentas e técnicas agrícolas baseadas em sensores mais modernos. 

Ela permite a implantação da agricultura de precisão

Essa maior assertividade diminui o desperdício e uso indevido de recursos como água, produtos químicos, sementes e combustível.

A consequência é um aumento da sustentabilidade ambiental e econômica do agro.

Esse conjunto de técnicas também aumenta a profissionalização das atividades, desde o campo até a administração. Isso diminui muito os seus riscos. 

Áreas de atuação da automação agrícola

Há várias áreas que podem ser automatizadas ou adaptadas para o uso de avanços tecnológicos

Muitos desses avanços estão relacionados ao uso de diversas tecnologias da automação industrial

Sensores, micro controladores e sistemas de localização, como o GPS, são alguns exemplos.

A automação agrícola está presente em áreas como:

  • Captação de dados: o uso de sensores para medições de características de solo, planta e clima aumenta a capacidade de monitoramento dos cultivos;
  • Máquinas e sistemas inteligentes: tratores e implementos com maior tecnologia permitem um manejo diferencial de áreas com características diferentes. Elas são verificadas através dos dados captados;
  • Localização: o uso de tecnologias como o GPS permite o uso combinado de dados e máquinas de sistema inteligente. Eles geram mapas específicos de cada área de acordo com produtividade, características do solo, doenças, nutrição, etc.
  • Armazenagem e análise de dados: o armazenamento de dados em nuvens e o uso de sistemas de análise aumentam a capacidade de entendimento dos processos na atividade agrícola;
  • Gestão: a automação de atividades como controle de estoque, horários de funcionários, compra e venda de produtos auxiliam na gestão da propriedade. Como consequência, os desperdícios são diminuídos e os processos ganham mais eficiência.

5 tecnologias disponíveis para automação agrícola

1. Sensores

Existem inúmeros tipos de sensores para avaliação do sistema de produção agrícola. Alguns exemplos são sensores de:

  • umidade;
  • compactação de solo;
  • temperatura e umidade do ar;
  • coloração e teor de água da vegetação, entre outros.
Sensor de umidade sobre planta. O sensor é pequeno, redondo e prateado.
Sensor de umidade foliar
(Fonte: Walz)

2. Máquinas

Tratores, pulverizadores, semeadoras e colhedeiras com GPS, piloto automático e aplicação diferencial têm grande desenvolvimento tecnológico. O melhor de tudo é que eles têm estado cada vez mais viáveis.

Esquema que mostra como o herbicida é aplicado, através de uma máquina.
Esquema de aplicação diferencial de herbicida
(Fonte: Agronline)

3. Drones e aviões 

O uso de equipamentos que permitam o sensoriamento remoto do cultivo aumenta a capacidade de cobertura e o monitoramento da área.

Além disso, eles podem ser usados também para aplicações de produtos com maior alcance e menor tempo.

Foto de drone sobrevoando lavoura
Drone em uso em área agrícola
(Fonte: Atomic Agro)

4. Sistemas inteligentes

Sistemas automáticos que recebem dados e tomam decisões são uma opção para manejos automáticos. A irrigação é um dos principais.

Um conjunto de sensores e microcontroladores são suficientes para automatizar um sistema de irrigação.

5. Softwares de gestão 

Atualmente, existem opções de softwares de gestão que auxiliam no controle de equipamentos, bens de consumo e pessoas, tanto no campo quanto no escritório. 

Eles substituem o uso de planilhas físicas, uma vez que oferecem uma análise de dados mais rápida, segura e eficiente, otimizando a administração da lavoura.

Um bom exemplo disso é o Aegro, sistema que garante maior controle da fazenda de ponta a ponta, automatizando processos e organizando fluxos de trabalho com poucos cliques.

Foto de uma tela do app Aegro, na apa de operações de safra. Na tela, é possível ver todas as tarefas em andamento.
Planeje e acompanhe todas as operações da safra a partir do Aegro

A partir dessas informações, o software gera indicadores de produção que te ajudam a entender os custos por cultivar, qual o talhão mais produtivo, entre outras métricas de desempenho. 

Foto de uma tela do app Aegro, na aba de análise de cultivos. O andamento dos cultivos é exposto através de barras verdes.
No Aegro, você consegue personalizar sua análise do cultivo

Além disso, ele reúne diversas soluções em tecnologia agrícola, inclusive algumas que citamos anteriormente, em uma só ferramenta.

Como a integração com os sistemas de maquinário da Climate FieldView™ e o Operations Center da John Deere, as imagens NDVI por satélite e os mapas de calor para o manejo de pragas e doenças.     

Você pode pedir uma demonstração do Aegro ou testar o app gratuitamente na sua propriedade por 7 dias!

A agricultura digital e de precisão

O uso do conjunto de tecnologias de automação e comunicação é uma das bases da Agricultura Digital.

Um dos benefícios do uso da agricultura digital é a possibilidade de aumentar a eficiência e assertividade das atividades agrícolas. 

Isso também é conhecido como agricultura de precisão.

A agricultura de precisão é extremamente dependente da automação agrícola na captura de dados por meio de sensores, direta ou remotamente. 

Ela também necessita dos sistemas de localização precisos, que se comuniquem com máquinas automáticas e tecnologia de ponta, como os recursos do Aegro.

Tela do app Aegro, na aba de informações das máquinas. É possível ver todas as tarefas realizadas pelo maquinário.

O Aegro conecta informações das operações realizadas pelas suas máquinas

Isso permite criar e armazenar informações em tempo real ou avaliar no detalhe áreas específicas de talhões. 

Esse processo auxilia no entendimento dos possíveis pontos de melhoria.

Por exemplo, é possível realizar um manejo diferente e mais eficiente em uma área que teve menor produtividade. 

Afinal, você poderá enxergar os problemas de maneira mais prática e rápida, e terá mais tempo hábil para tomadas de decisões.

Foto de uma tela do app Aegro, na aba de imagens NDVI. É possível ver a lavoura através de vista aérea, com as marcações de NDVI na tela.

Monitoramento da saúde e produtividade da lavoura pelos mapas NDVI no Aegro

Conclusão

A agricultura moderna tem sofrido extrema pressão para o aumento da produtividade agrícola. O uso sustentável de recursos e a proteção ambiental também estão nessa agenda. 

Os métodos citados neste texto deixaram de ser um diferencial e estão sendo obrigatórios no meio rural.

A aplicação de técnicas de automação tende a aumentar a capacidade de produção e de uso de recursos

Elas mapeiam os pontos limitantes e dão a você maior autonomia e capacidade de gerenciamento da sua propriedade.

>> Leia mais: “Conheça as 8 melhorias que a mecanização agrícola traz para a sua fazenda

Quais meios de automação agrícola você já utiliza na sua fazenda? Quais ainda não utiliza, mas implementará em breve? Deixe seu comentário abaixo!

Como o tratamento de plasma em sementes pode impulsionar a germinação

Tratamento de plasma em sementes: entenda como funciona, como controla patógenos e melhora a produtividade das culturas agrícolas

Diversos avanços têm sido alcançados nos últimos anos na área de sementes. Afinal, elas estabelecem o estande inicial de plantas e impactam na produtividade da lavoura.

A qualidade das sementes pode ser conservada ao longo do armazenamento. No entanto, não pode ser recuperada.

A aplicação de técnicas de plasma tem demonstrado resultados animadores na qualidade de sementes. Na soja, o plasma pode aumentar a germinação e vigor das sementes, além de reduzir a infecção por fungos.

A seguir, saiba mais como funciona o tratamento de sementes com o plasma frio, vantagens, desvantagens, e como ela pode melhorar os lotes de sementes! Boa leitura.

O que é o tratamento de plasma em sementes

O tratamento de sementes por plasma frio consiste na adição de gases à superfície das sementes. Esses gases podem ser oxigênio ou nitrogênio, que modificam as propriedades das sementes.

Nesse processo, ocorre uma diminuição significativa do ângulo de contato aparente das sementes. Isso melhora a absorção de água e a germinação.

Há três tipos de técnicas de plasma: 

  • LPRF (Plasma de radiofrequência de baixa pressão);
  • DBD (Descarga de barreira dielétrica plasma atmosférico);
  • Jato de plasma.

Tratamento de sementes a plasma frio

Também conhecido como plasma não térmico, é caracterizado por uma mistura de gás neutro, gás ionizado e diferentes moléculas excitadas. 

Isso inclui as ROS (espécies reativas de oxigênio) e RNS (espécies reativas de nitrogênio), elétrons e partículas positivas carregadas.

ROS e RNS estão envolvidas em uma série de funções regulatórias em plantas, como:

  • metabolismo;
  • sinais químicos;
  • transporte e absorção de nutrientes;
  • germinação;
  • senescência (perda de atividade);
  • tolerância a estresse hídrico, estresse térmico, e outros causados por microrganismos, pragas, salinidade.

O plasma frio é gerado da seguinte forma: 

  1. Ocorre uma descarga da barreira de baixa pressão;
  2. O reator da barreira está inserido em uma câmara de vácuo, constituída por dois eletrodos e um vidro;
  3. Sementes são depositadas no vidro;
  4. A pressão é reduzida (a depender da espécie) por uma bomba de vácuo;
  5. A válvula 1 é fechada e a válvula 2 aberta (conforme imagem a seguir);
  6. As sementes são tratadas através da regulação da potência de saída da fonte de alimentação de plasma.
Imagem esquemática de um dispositivo para tratamento de sementes com plasma a frio

Imagem esquemática de um dispositivo para tratamento de sementes com plasma a frio

(Fonte: traduzido de Li e colaboradores, 2021)

A potência e duração do tratamento das sementes variam, a depender da espécie. 

LPRF (Plasma de radiofrequência de baixa pressão)

É uma técnica tradicional, utilizada principalmente para a inativação de determinadas enzimas.

A técnica inativa microrganismos, especialmente os causadores de doenças em plantas. 

Também é útil na alteração das propriedades de afinidade pela água das sementes. Dessa forma, ajudam na absorção de água e na germinação das mesmas.

DBD (Descarga de barreira dielétrica plasma atmosférico)

É um tipo de plasma frio operado em atmosferas de pressão, gerando raios ultravioletas e elétrons variados. Para isso, não é necessário o uso de gases especiais, ou equipamentos de vácuo.

Jato de plasma

É também uma categoria de plasma frio, de fácil operação em diferentes potências e pressões atmosféricas. Conta com diferentes gases que podem influenciar positivamente nas propriedades físicas, químicas e biológicas das sementes.

Esquema do jato de plasma (a) e imagem do tratamento de sementes de arroz com o plasma (b)

Esquema do jato de plasma (a) e imagem do tratamento de sementes de arroz com o plasma (b)

(Fonte: traduzido de Billah e colaboradores, 2021)

Tabela com tipos de plasma disponíveis e suas principais características quanto a pressão, quantidade de amostras processadas e custo

Tipos de plasma disponíveis e suas principais características quanto a pressão, quantidade de amostras processadas e custo

(Fonte: Sarapirom; Yu, 2021)

Vantagens e desvantagens do tratamento de plasma

Dentre os benefícios e vantagens, destacam-se:

  • Atraso na perda da atividade dos cotilédones das mudas tratadas. Isso garante maior vigor e tolerância a estresses;
  • Aumento da taxa de germinação de sementes e redução dos patógenos contaminantes;
  • Pode aumentar a biomassa seca das plantas em até 45%. Também pode ser utilizado em áreas com elevadas concentrações de Cádmio;
  • Pode promover resistência de sementes ao frio;
  • Pode recuperar a dormência de sementes.
  • Inibição de fungos na pós-colheita de grãos e sementes,  devido à perda da integridade da membrana plasmática.

A principal desvantagem da técnica é a acessibilidade e aplicação restrita. Ela só é empregada em pequenas escalas e principalmente ao nível científico. 

Os laboratórios que aplicam e estudam a tecnologia de plasma no Brasil são recentes. Eles têm menos de 15 anos de operação.

Aplicação na agricultura e objetivos

A aplicação dos diferentes tipos de plasma na agricultura vem ganhando visibilidade. Afinal, novos estudos vêm sendo realizados.

No quadro a seguir é possível observar que, a depender da espécie, utiliza-se determinada potência, tempo de exposição e tipo de plasma

Essas escolhas são feitas em função dos objetivos do tratamento a ser realizado.

(Fonte: Pizá, legatechnics, Li, Sarapiron, Daiber, Gomi, Billah, Karkamar)

Locais em que o tratamento de sementes com plasma pode ser feito

O tratamento de plasma em sementes tem sido realizado em locais específicos e com direcionamento inicial para a pesquisa.

Em breve, deverá estar disponível no mercado, mas até o momento não pode ser realizado diretamente na fazenda.

A técnica exige equipamento e gases específicos para sua manipulação.

Para aplicação e possíveis parcerias com instituições de pesquisa, você deve entrar em contato com as instituições da sua região.

Veja os principais laboratórios que abordam a tecnologia do tratamento de sementes com plasma:

Planilha de custos dos insumos da lavoura

Conclusão

O tratamento de sementes a plasma é uma técnica promissora e viável para diferentes espécies de interesse agrícola. 

Ele pode ser utilizado para acelerar o processo germinativo, expondo por menos tempo as sementes no solo aos patógenos e condições ambientais adversas.

A técnica também pode ajudar na recuperação da dormência de algumas sementes. Assim, a germinação acontece e há aumento da vida de prateleira em pós-colheita.

No momento a aplicação da tecnologia é restrita, mas em breve pode estar disponível em larga escala. 

Ela será grande aliada no tratamento de sementes, especialmente por ser uma tecnologia limpa.

>> Leia mais:

Tratamento de sementes na fazenda ou industrial? Faça a melhor escolha!

Coinoculação: como a prática pode aumentar a produtividade da soja

Sementes piratas: porque elas são um risco para sua lavoura

E você? Já leu a respeito do tratamento de plasma em sementes? Ficou com alguma dúvida? Vou adorar ler o seu comentário!

Como a irrigação de precisão pode otimizar o uso da água e gerar economia na fazenda

Irrigação de precisão: entenda como ela funciona, quais tecnologias utiliza e quais benefícios pode trazer para a sua fazenda

A irrigação é indispensável para obter boas produtividades nas culturas de interesse agrícola. Nos últimos anos, a água tem estado escassa, devido a longos períodos sem chuvas

Quando esses períodos acontecem em fases críticas das culturas, reduzem suas produtividades em mais de 50%.

As culturas necessitam de água e os reservatórios  precisam se manter em níveis operacionais. Dessa forma, é importante o uso racional. A irrigação de precisão é uma alternativa de uso controlado desse recurso.

Neste artigo, você saberá mais sobre a irrigação de precisão, como ela funciona e quais as tecnologias disponíveis para melhor aproveitamento da água nos cultivos da sua lavoura!

Importância da irrigação dos cultivos

O estresse hídrico restringe a produtividade das culturas no Brasil. Ele é caracterizado por períodos prolongados de estiagem em épocas críticas.

Na safra 2019/2020, no Sul do país, as culturas da soja e milho tiveram grandes reduções na produtividade devido a esse problema

Para a cultura da soja, por exemplo, houve impacto na qualidade das sementes produzidas. A combinação de altas temperaturas e seca interferiram no enchimento dos grãos.

A safra foi marcada pela produção de sementes verdes. Esse fenômeno foi causado pelo estresse hídrico e pelas altas temperaturas.  Como consequência, houve a morte precoce das plantas.

Suplementar a água para as culturas é indispensável, principalmente nas fases críticas, como o enchimento dos grãos. Além disso, a água é fundamental para que a planta faça a fotossíntese corretamente.

Outro agravante é o impacto da escassez de chuvas nos recursos hídricos disponíveis. Com as chuvas restritas os reservatórios também diminuem, tornando essencial o uso inteligente da água, através da irrigação de precisão.

O que é irrigação de precisão?

A irrigação de precisão é a prática de fornecer água às culturas de forma eficiente

Isso acontece através de sistemas automatizados que levantam dados ao longo da lavoura, considerando a variabilidade da área.

As plantas recebem água na quantidade, momento e local da lavoura mais adequado. Custos consideráveis são reduzidos com a prática, quando comparado a sistemas manuais de acionamento das águas, que não consideram a variabilidade da área.

Atualmente, mais de 8,2 milhões de hectares estão equipados para irrigação, (em 2017 eram 7 milhões). Esse número equivale a 8,2 milhões de estádios de futebol. 

Dessa quantidade, 35% é irrigada com águas de reúso e 65% com água de mananciais. Isso exige dos sistemas produtivos o uso de tecnologias que permitam maior eficiência e racionalidade no uso da água.

A eficiência e racionalidade podem ser obtidas pela irrigação de precisão, utilizando ferramentas da agricultura 4.0

Inteligência artificial com sistemas automatizados e sensores são exemplos, porque acionam a irrigação em função das condições ambientais e necessidades da cultura.

Como a irrigação de precisão funciona

A irrigação de precisão funciona por sensores plugados ao solo, plantas, equipamentos e máquinas. Eles coletam informações que vão além da percepção humana.

A internet das coisas ajuda na conexão dos dados coletados pelos sensores

A inteligência artificial, presente nos equipamentos e controladores, analisa rapidamente o grande volume de dados gerados a partir de algoritmos. Ela toma decisões com rapidez e precisão

Fluxograma que explica o funcionamento de um algoritmo de controle de irrigação.

Fluxograma de um algoritmo de controle de irrigação

(Fonte: Adaptado de Casadeus e colaboradores, 2012. Em: Vasconcelos, 2013)

Nos diferentes pontos da lavoura, estão localizados sensores em profundidade. 

Eles cruzam os dados das condições da lavoura com os dados obtidos pelas previsões meteorológicas. Assim, acionam a irrigação em pontos específicos da lavoura.

O que os sensores utilizados no campo incluem

  • Estações meteorológicas: para avaliação da radiação solar, evapotranspiração da cultura, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento, temperatura, precipitação e pressão atmosférica;
  • Telemetria: comanda, rastreia e mede as informações à distância, através de dispositivos de comunicação sem fio. Incluem os rádios, celulares, notebooks e satélites.
  • Sensores de umidade do solo: medem o conteúdo volumétrico de água indiretamente. Além disso, medem textura, densidade do solo e das partículas, porosidade total, aeração, condutividade hidráulica e retenção de água no solo. São importantes, pois a umidade é um fator de decisão no acionamento da irrigação.
  • Sensores multiespectrais, hiperespectrais e térmicos: podem ser empregados a partir do monitoramento adicional das áreas com veículos aéreos não tripulados (VANTs). Eles identificam quais locais do cultivo sofrem maior estresse hídrico (fornecem dados para cálculo de índices de vegetação, como o NDVI).

Em sistemas tradicionais, a água é acionada em quantidades uniformes ao longo da lavoura.

Na irrigação de precisão, a água é disponibilizada em pontos estratégicos, economizando energia elétrica e a própria água.

localização onde os pivôs são acionados, em função das características do solo (topografia, tipo de solo, etc.). Alguns locais não recebem água e outros recebem em quantidades variáveis.

Esquema de funcionamento de pivôs de irrigação inteligente. É possível observar haver distinção da quantidade e localização onde os pivôs são acionados, em função das características do solo (topografia, tipo de solo, etc.). Alguns locais não recebem água e outros recebem em quantidades variáveis

(Fonte:  Lindsay, em: Venancio, 2019).

Vantagens da irrigação de precisão inteligente 

  • Fornecimento inteligente de água em local, quantidade e momento adequados;
  • Economia elétrica, como redução no custo de bombeamento;
  • Redução no uso da água de irrigação;
  • Aumento da produtividade pelo fornecimento de água em estádios críticos da cultura;
  • Lucro de cerca de U$ 87 dólares/hectare, equivalente a mais de R$ 448.

Desvantagens da irrigação de precisão

  • Custo alto com instalação. São necessárias grandes extensões de tubulação para implantação em toda área de cultivo;
  • É necessário acompanhamento técnico e monitoramento do sistema para correção de eventuais problemas;
  • A depender do sistema, há ainda possibilidades de entupimento. Por isso, é preciso fazer acompanhamento diário;

Você também deve consultar a legislação vigente para obtenção de licenciamento do órgão ambiental. Além disso, o início da implementação de projeto de irrigação dependerá de prévia concessão de outorga de direito de uso de recursos hídricos.

Quais tecnologias podem ser utilizadas na irrigação de precisão

Em superfície

Neste sistema, são utilizadas:

  • sondas de solo em diferentes profundidades; 
  • drones com câmeras térmicas ou multiespectrais (que também coletam dados dos demais sensores);
  • estação climatológica.

Os dados são interligados e processados em nuvem. Em seguida, são transmitidos para a sede da fazenda através da internet.

Depois, os dados são processados e interpretados por algoritmos inteligentes. 

Eles  consideram o histórico da produção agrícola, os dados meteorológicos e os modelos de culturas (evapotranspiração e estádio de desenvolvimento da cultura).

Esquema demonstrativo de um sistema de irrigação baseado em pivô central. Estes sistemas podem ser com ou sem monitoramento por drones.

Esquema demonstrativo de um sistema de irrigação baseado em pivô central. Estes sistemas podem ser com ou sem monitoramento por drones

(Fonte: Kamienski; Visoli, 2018)

Áreas irrigadas por pivôs centrais acionados por controladores que coletam e processam dados dos sensores de solo e estações meteorológicas

Áreas irrigadas por pivôs centrais acionados por controladores que coletam e processam dados dos sensores de solo e estações meteorológicas

(Fonte: Lindsay)

Aqui no blog, nós já falamos quando vale a pena investir em um pivô central

Se quiser também estimar os custos dessa forma de irrigação na sua lavoura, clique na imagem a seguir para baixar uma planilha gratuita! 

planilha custos de pivô Aegro

Rega por aspersão

Na rega por aspersão, são instalados aspersores ao longo da área, conectados a sensores de umidade do solo. 

Através da análise de dados complementares (meteorológicos), como nos demais sistemas, são acionados conforme a necessidade.

Esquema do funcionamento de um aspersor automático sequencial de precisão. Internamente ao sensor existe uma boia acionada na liberação da água, quando necessário. Desta forma, o sistema permanece em operação por tempo relacionado à necessidade da cultura.

Esquema do funcionamento de um aspersor automático sequencial de precisão. Internamente ao sensor existe uma boia acionada na liberação da água, quando necessário. Desta forma, o sistema permanece em operação por tempo relacionado à necessidade da cultura

(Fonte: Grah, 2011)

Gotejamento superficial e gotejamento enterrado

Através de sistemas com sensores e controladores automatizados, é possível identificar os locais que exigem acionamento da irrigação. Assim, você pode fornecer água racionalmente às culturas. 

O gotejamento pode ser controlado para maior ou menor vazão e também em relação à localização no campo de produção. Isso pode depender das condições de umidade do solo e das previsões meteorológicas vigentes.

Exemplo do funcionamento de um sistema de gotejamento inteligente. Cada linha possui um controlador acionado através da análise de dados de sensores de umidade do solo, por exemplo. O controlador restringe ou permite a passagem da água, realizando a irrigação da área quando necessário e no tempo (quantidade de água) necessária.

Exemplo do funcionamento de um sistema de gotejamento inteligente. Cada linha possui um controlador acionado através da análise de dados de sensores de umidade do solo, por exemplo. O controlador restringe ou permite a passagem da água, realizando a irrigação da área quando necessário e no tempo (quantidade de água) necessária

(Fonte: Duarte, 2010)

Outro exemplo prático é o servogotejador, desenvolvido pela Embrapa.

Ele é um sistema de gotejadores ligados a sensores pneumáticos do estado da água no solo e das plantas. O sistema vem sendo aperfeiçoado especialmente em culturas perenes, como citros e videira e em cultivos hortícolas.

O sistema de gotejamento tem o menor índice de desperdícios. No entanto, a irrigação de precisão pode otimizar ainda mais essa tecnologia

Conclusão

O estresse hídrico, cada vez mais frequente nos anos agrícolas, é problemático. Ele reduz a  produção e a qualidade das culturas.

A otimização deste recurso necessário para a manutenção da vida humana, animal e vegetal pode se dar na agricultura, através da irrigação de precisão.

O aumento da demanda de alimentos e de água para os cultivos agrícolas vem acompanhada de soluções inteligentes

Elas permitem utilizar a água na agricultura de forma localizada, em quantidade e tempo necessários em função das condições meteorológicas e uso de sensores.

A irrigação de precisão é uma alternativa viável, que permite reduzir muito os custos de utilização da água e de energia elétrica. Por isso, vale a pena considerar seu uso na sua propriedade.

>> Leia mais: “Saiba como usar e lucrar com a energia solar na agricultura

“Irrigação por superfície: veja se a prática é boa para sua fazenda”

“Proirriga: saiba como financiar a irrigação da fazenda”

Ficou com alguma dúvida sobre a irrigação de precisão? Já faz o uso das tecnologias  na sua lavoura? Adoraria ler seu comentário!

O que é irrigação de precisão?

A irrigação de precisão é a prática de fornecer água às culturas de forma eficiente através de sistemas automatizados que levantam dados ao longo da lavoura, considerando a variabilidade da área. Com isso, as plantas recebem água na quantidade, momento e local da lavoura mais adequado.

Quais as vantagens da irrigação de precisão?

As principais são: fornecimento inteligente de água em local, quantidade e momento adequados; economia elétrica, como redução no custo de bombeamento; redução no uso da água de irrigação; aumento da produtividade pelo fornecimento de água em estádios críticos da cultura; lucro de cerca de U$ 87 dólares/hectare, equivalente a mais de R$ 448.

Quais tecnologias podem ser utilizadas na irrigação de precisão?

Algumas delas são, em superfície, rega por aspersão, gotejamento superficial e gotejamento enterrado.

Quais os impactos da nanotecnologia na agricultura?

Nanotecnologia na agricultura: saiba o que é, como ela está presente no agro e quais as potenciais vantagens pode trazer à produção

Quando falamos em nanotecnologia, a primeira coisa que nos vem à mente são os filmes de ficção científica e cenários futurísticos, não é mesmo?

Isso pode até parecer coisa de filme de ficção. Entretanto, nos últimos anos, já é realidade em diversas áreas do conhecimento.

A nanotecnologia já está presente em diversos setores da produção agrícola, na agricultura de precisão e no meio ambiente.

Quer saber mais sobre como a nanotecnologia na agricultura vem sendo utilizada na prática, e como ela pode estar ao seu favor? Confira a seguir!

O que é a nanotecnologia?

Nanotecnologia é um conjunto de atividades ou mecanismos que ocorrem em uma escala extremamente pequena. No entanto, elas têm implicações significativas.

Esses mecanismos estão muito além da percepção dos olhos humanos. Afinal, a escala nanométrica equivale à bilionésima parte do metro.

A ideia de nanotecnologia pode ser um pouco abstrata para muitos. Em 1 metro, há 1 bilhão de nanômetros. Para você ter uma melhor ideia de quão pequeno é um nanômetro, observe a escala.

Imagem mostra escala de tamanhos nanométricos.

Escala nanométrica de diversas estruturas

(Fonte: Minas faz Ciência)

Os nanômetros são estruturas que têm o tamanho aproximado de um vírus. Elas são ainda menores que as bactérias!

Essas estruturas são totalmente invisíveis sem o auxílio de equipamentos, como microscópios.

Potencial da nanotecnologia na agricultura

No âmbito da produção agrícola, a nanotecnologia pode ser muito útil.

Na agricultura, ela ainda está dando seus primeiros passos. Mas é importante lembrar que já existem muitos grupos de pesquisa atuando na área.

Existem áreas, como a medicina, já mais avançadas no uso da nanotecnologia. Elas trabalham não apenas com nanopartículas, mas também com nanorobôs.

Para entender como a nanotecnologia pode se encaixar na agricultura, é possível traçar um paralelo entre ela e a eletricidade.

Antes, a eletricidade era pouco utilizada, mas em poucos anos tornou-se essencial.

A aplicação da nanotecnologia na agricultura será um ponto chave para o aumento da produção de alimentos no mundo.

O aumento produtivo trará inúmeras vantagens. Essas vantagens serão econômicas, relacionadas à qualidade de vida e ao meio ambiente.

O aumento não ocorrerá da forma convencional, com a expansão das áreas cultivadas. Acontecerá pela melhoria da qualidade de processos agroindustriais.

O Brasil, como um dos principais produtores agrícolas do mundo, não poderia estar fora dessa. E não está.

Com apoio e incentivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação e da Finep, foi criado o LNNA (Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio).

Além disso, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) vem estudando e pesquisando soluções para o agronegócio e a agroindústria. Ela formou a rede Agronano, composta por diversos pesquisadores brasileiros.

Aplicações da nanotecnologia na agricultura

A agricultura por si só é um ramo amplo. Ela engloba os processos de produção dos insumos, os sistemas de produção, a pós-colheita e o processamento dos mais diversos produtos.

Da mesma forma, o potencial de aplicação da nanotecnologia na agricultura é bem diversificado.

Atualmente, os principais pontos de maior atuação da nanotecnologia na produção agrícola são seis:

  • entrega de agroquímicos;
  • entrega de fertilizantes;
  • entrega genética;
  • remediação do solo;
  • degradação de agroquímicos;
  • nanosensores.

Todas essas áreas, apesar de diferentes, garantem para o produtor rural a produtividade. Além disso, preservam o meio ambiente e a economia de insumos.

E para isso, surgiram as principais demandas em que a nanotecnologia pode atuar.

Fertilizantes que apresentam maiores taxas de absorção e aproveitamento pelas plantas, ou ainda, que não segregam no processo de formulação.

Além disso, agroquímicos com maior eficiência, que não causam prejuízos ambientais, sejam eles herbicidas, inseticidas ou fungicidas.

Também existe um potencial de aplicação para o pós-colheita dos produtos agrícolas:

  • aumento da vida útil de frutas e verduras;
  • biofilmes e bioplásticos que reduzem a pegada de carbono.

Exemplos de nanotecnologia na agricultura

Óleo de citronela em nanocápsulas

Pesquisadores conseguiram desenvolver e encapsular nanopartículas de óleo de citronela.

Essas nanocápsulas com o óleo atuam como inseticidas. Elas se mostraram eficientes para evitar a aproximação do ácaro-rajado de plantas de feijoeiro.

Para melhorar, as nanocápsulas são feitas de zeína, uma proteína natural do milho. Ou seja, não deixam resíduos plásticos.

A imagem mostra um esquema, que representa como são feitos os nanorrepelentes de citronela.

Processo de produção de nanorrepelente de citronela

(Fonte: Revista Fapesp)

Diferente da pulverização convencional, o uso dessas nanocápsulas protege e faz com que a liberação da citronela ocorra de forma gradual. Isso aumenta o tempo de atuação do produto.

E há potencial de utilizar esse produto em outros cultivos que também são atacados pela mesma praga. Esse conceito pode ser aplicado para outros princípios ativos e outras culturas.

Inovação da fertilização: fertilizantes e bioestimulantes

A nanotecnologia permite a otimização de agroquímicos. O caso dos fertilizantes não é diferente.

A liberação controlada de fertilizantes ou de bioestimulantes pode desencadear reações nas plantas. 

Essas reações podem ser redução da resistência, de estresses e da abscisão foliar.

Outra realidade são os fertilizantes compostos de macronutrientes. Eles são envoltos por uma película de micronutrientes, evitando desuniformidade.

O produto Microactive vem sendo desenvolvido pela Embrapa, em parceria com empresas privadas.

A nanotecnologia e os herbicidas

Os herbicidas também se aliaram à nanotecnologia para garantir aumento de eficiência e melhor distribuição de produto.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina conseguiram reduzir em 10x o uso do herbicida atrazina em ensaios.

Apesar de ainda ser uma descoberta inicial, esse avanço é muito importante. Afinal, além de resultar em menor impacto ao meio ambiente, também significa economia para o produtor rural.

Da mesma forma que os fertilizantes, os herbicidas nanoencapsulados têm uma liberação mais lenta e gradual. Isso aumenta sua uniformidade de distribuição e eficácia.

Monitoramento e controle de pragas e doenças

Os princípios ativos podem ser combinados com a nanotecnologia para auxiliar no controle das pragas. Mas como eles poderiam auxiliar no monitoramento?

Muitos já estão acostumados com a presença de sensores na agricultura. Eles estão nas máquinas, nos implementos de agricultura de precisão ou nos sistemas de irrigação.

Graças à nanotecnologia, agora há também os nanosensores, que podem fazer o monitoramento inteligente da propriedade rural.

Esses nanosensores podem atuar na agricultura, pecuária, e até mesmo no monitoramento ambiental e na rastreabilidade de produtos.

Na agricultura, podem monitorar a produtividade, o amadurecimento e o desenvolvimento de doenças em plantas ou animais no campo.

A nanotecnologia e a água

A nanotecnologia também pode ajudar a agricultura na gestão hídrica. Isso é possível através do hidrogel.

A Embrapa Instrumentação, em parceria com a Fertigel, desenvolveu um gel nanomolecular que controla a liberação da água.

Ele é composto de um polímero modificado por nanopartículas. Essa modificação faz com que o polímero consiga absorver até 600x seu peso em água.

Após hidratado, o produto consegue liberar água e nutrientes de forma controlada.

Isso implica na redução de lixiviação de fertilizantes, redução da perda de água para o solo e no bom desenvolvimento das plantas, mesmo na seca/veranicos. 

Além disso, também ajuda na economia de água.

Embalagens e vida útil dos produtos vegetais

A produção de embalagens biodegradáveis, sem o uso de plástico, é algo revolucionário na produção sustentável, não é?

Imagine agora que essas embalagens façam também a regulação da taxa respiratória dos produtos vegetais. Imagine que realizem o bloqueio de patógenos.

Isso é possível devido à aplicação da nanotecnologia na criação das embalagens.

Diferentes processos podem criar coberturas, revestimentos ou embalagens que realizam diferentes funções.

Isso garante ao consumidor produtos de qualidade, além de reduzir o desperdício!

Imagem mostra mulher com luvas e touca no cabelo fazendo nanoemulsão em ceras de carnaúba em um mamão, duas laranjas e três maçãs.

Nanoemulsão em ceras de carnaúba da Embrapa

(Fonte: Embrapa)

Essas coberturas e revestimentos são comestíveis, e não trazem prejuízos aos consumidores.

banner que convida o leitor para baixar um informativo, de diagnóstico de gestão 360º da propriedade rural

Conclusão

A nanotecnologia terá cada vez mais aplicações na agricultura.

Os exemplos do texto foram apenas alguns em meio a um universo de possibilidades.

Os resultados que temos são muito promissores, mas ainda é necessária muita pesquisa para refinar os resultados.

Tudo o que é novidade pode causar certo receio e medo. Mas lembre-se do exemplo da eletricidade: quando menos esperamos, estará por todos os lados.

Por isso, fique de olho nas novidades que estão surgindo. Não fique para trás nessa nova revolução agrícola!

>> Leia mais:

Genética na agricultura: veja como ela vai mudar sua lavoura

“Conheça 3 motivos para investir em inteligência artificial na agricultura”

Fazenda Inteligente e rentável: Veja essas 5 tecnologias

Primeira antena 5G em área rural: como ela beneficia sua fazenda

Gostou de aprender um pouco mais sobre o uso da nanotecnologia na agricultura? Deixe seu comentário pra gente!

4 dicas para melhorar a gestão de tempo na fazenda

Gestão de tempo na fazenda: saiba como organizar sua rotina de atividades no campo com o auxílio de processos e ferramenta digital!

Gerir uma fazenda demanda tempo. Mas o que fazer quando não conseguimos administrar esse tempo?

Esse é um desafio de muitos produtores rurais, e tem impacto direto na produtividade de cada safra. 

Felizmente, você pode solucionar esse problema com algumas mudanças práticas que trazem diversos benefícios.

Já te adianto: usar as horas do seu dia da melhor forma é o caminho! 

Por isso, separei 4 dicas fáceis que vão te ajudar a melhorar a gestão de tempo na fazenda. Confira a seguir.

Por que a gestão de tempo na fazenda é importante?

Na rotina do campo, atividades de escritório e operação frequentes, como controle financeiro e decisões de manejo, se misturam a contratempos. 

Em meio a essa quantidade de afazeres, fica difícil conciliar os diferentes setores e dar a atenção necessária a cada tarefa.

Nesse caso, a falta de organização só colabora com a perda de tempo. Isso torna a operação insustentável, enquanto causa estresses desnecessários e afeta a lucratividade.

Para modificar esse cenário, a gestão de tempo na fazenda é a ferramenta ideal

Quando temos noção das tarefas que devem ser realizadas – seus prazos e o empenho que deve ser destinado a cada uma delas – otimizamos nosso dia

Ou seja, você é capaz de executar suas funções em um tempo menor que antes. Isso contribui para um trabalho cada vez mais produtivo, além de outros benefícios, como:

  • mais foco no que é importante;
  • facilidade para planejar e alcançar objetivos;
  • melhor desempenho das equipes;
  • capacidade de identificar problemas com antecedência, reduzindo erros e gastos;
  • maior controle financeiro, diminuindo desperdícios;
  • eficiência para melhorar os resultados.

Todavia, isso exige planejamento, paciência, disciplina e prática. Por isso, listei um passo a passo de como implementar a gestão do tempo em sua propriedade rural.

Dicas de gestão de tempo na fazenda

Comece aos poucos e amplie progressivamente para diferentes atividades e cargos. Lembre-se que a ideia não é complicar ou engessar processos, mas simplificar seu dia a dia.

Na hora de compartilhar as novas estratégias com os funcionários, comunique com clareza. Destaque as vantagens dessa transição e tire todas as dúvidas necessárias.

Sempre que possível, fique disponível para troca cotidiana de experiências e dificuldades.

Esse período que você dedicará para aplicar as mudanças não será em vão, pelo contrário! A partir dele se ganha tempo, qualidade de trabalho e melhorias de gestão. 

1. Mapeie suas tarefas

Visualizar a sequência produtiva de atividades da lavoura, do macro (grandes processos) ao micro (pequenos processos), é o primeiro passo. 

Para isso, comece anotando as atividades que são de sua responsabilidade, partindo do mais amplo para o mais detalhado. 

Por exemplo, se você executa atividades administrativas, dentre elas está o planejamento de safra. Ele envolve definir o orçamento de custos e assim por diante, até as coisas mais simples, como a verificação de e-mails. 

Não economize na descrição dos procedimentos, incluindo cada pequena ação dentro de uma sequência de execuções

Em tarefas que passam por várias mãos, descreva também o responsável por cada etapa e seu setor.

Com o mapeamento pronto, você terá uma melhor compreensão de tudo. Dessa forma, ficará claro o que é dispensável, o que gera atritos e o que deve ser otimizado.

Demonstração do melhor software para a gestão de tempo na fazenda

2. Classifique por níveis de prioridade

Com todas as atividades listadas, vamos ao segundo passo: classificar e priorizar.

Nesse caso, a classificação de período é a inicial, pois é ela que determina a urgência e com qual regularidade você deve executar tal ação: diariamente, semanalmente, a cada início/fim de safra ou esporadicamente

É comum finalizar essa organização e ver uma agenda lotada. 

Como não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, mas também não se pode perder o prazo de certas demandas, a solução é criar um cronograma embasado em diferentes níveis de prioridade

Uma das formas mais populares para definir essa categorização é a de “importante ou urgente”. Essa técnica é utilizada por diversos profissionais, e é conhecida como Matriz Eisenhower.

  • Importantes: são todas as tarefas que exigem planejamento e maior tempo de realização;
  • Urgentes: são todas as tarefas que exigem resposta rápida em um menor prazo.
Gráficos que demonstram o quanto de tempo você precisa gastar em tarefas importantes, não importantes, urgentes e não urgentes.
Gráfico de gestão de tempo na fazenda
(Fonte: “Sucesso no Leite”, Paulo Machado)

Além disso, aproveite este momento para determinar os afazeres que podem ser padronizados, substituídos ou automatizados. 

Cada uma dessas modificações ajuda a reduzir situações que ocupam seu tempo indevidamente ou de forma repetitiva. 

3. Crie uma rotina

Com um conhecimento aprofundado de suas prioridades, é mais simples criar e executar uma rotina de trabalho produtiva, saudável e realista

Assim, o terceiro passo é montar um cronograma que te ajude a visualizar as atividades e quando colocá-las em prática

Para que ele seja efetivo, faça uma distribuição viável de tempo para cada demanda. Evite o acúmulo de tarefas e reserve tempo extra para possíveis imprevistos

Outra dica que pode ajudar é descobrir o período do dia em que você se sente mais produtivo e motivado. Independente de quando for, coloque as atividades mais importantes para serem feitas nesse momento.

No Aegro, uma forma eficaz de estipular a rotina para sua fazenda é utilizando a aba de atividades

Nela, você consegue planejar todas as operações da safra, desde o preparo do solo até a colheita. A cada ação, você determina o período para execução, a área, os insumos, o maquinário e a equipe. 

Tela do aplicativo Aegro, na aba de planejamento de atividades de safra.

No Aegro, você consegue planejar e visualizar todas as atividades de safra, sem sair do lugar

Além de facilitar a organização, isso também garante mais autonomia aos funcionários. Eles podem acessar a tarefa pelo aplicativo diretamente da lavoura, mesmo sem internet. 

Outra opção é você gerar um relatório para ser enviado via WhatsApp, como uma ordem de serviço.

Imagem de relatório digital de atividade gerado pelo Aegro.

Relatório de atividade gerado pelo Aegro. Dados fictícios.

Com essa informação em mãos, seus funcionários executam a demanda e depois a registram no aplicativo. Pelo software agrícola, você pode acompanhar a execução dos trabalhos sem se preocupar. 

Imagem de uma tela de celular com o aplicativo Aegro aberto, na aba de aplicações de defensivos.

Acompanhe os registros de todas as atividades pelo Aegro através da tela do seu celular

4. Automatize as tarefas burocráticas recorrentes

Boa parte do cotidiano de uma fazenda é voltada para atividades burocráticas e repetitivas. Com o avanço da tecnologia, o que era feito manualmente pode e deve ser automatizado para a melhor gestão de tempo na fazenda.

Nesse caso, um software de gestão como o Aegro pode ser seu grande aliado, pois ele ajuda a centralizar informações da fazenda e organizar fluxos de trabalho. Isso agiliza tanto a execução quanto a análise dos processos operacionais. 

Um bom exemplo é a opção de planejamento das atividades da safra. Logo que elas são concluídas pela sua equipe, o aplicativo já desconta no estoque os insumos utilizados e contabiliza as horas de trabalho do maquinário.

Quando se trata de financeiro, também existem várias facilidades! Primeiro, as despesas contínuas e padrões, como salários de profissionais, podem ser programadas para se repetirem no futuro de maneira recorrente.

Os custos de compras de insumo e outros podem ser importados por XML ou manualmente. 

Em ambos os casos, é feita a entrada automática da quantidade no estoque. O mesmo vale para o lançamento de uma nova receita, para a qual você também pode emitir a nota fiscal de venda e atualizar a quantidade no silo.  

Outra possibilidade é conectar a sua conta à Sefaz. Assim, todas as notas fiscais emitidas contra o seu CPF são automaticamente importadas para dentro do Aegro. 

Basta confirmar com um clique o registro do custo, mantendo o fluxo de caixa atualizado. 

Além disso, cada ação que você registra no Aegro alimenta indicadores de maneira automática. Saiba, por exemplo, qual é o seu custo por hectare em poucos segundos, sem precisar fazer cálculos ou cruzar diferentes planilhas.

Conclusão

Conforme esses primeiros passos são realizados, você vai notar uma grande diferença. 

Uma vez feitos, não é preciso repeti-los, é só revisar e atualizar as informações de acordo com sua necessidade ou o crescimento da produção.

Mesmo assim, cada fazenda tem sua própria realidade e talvez não seja tão simples de se aplicar as dicas na prática. De qualquer forma, mesmo a introdução da menor modificação já faz a diferença em facilitar sua rotina.

Para tal, conte com a ajuda da Aegro! Nosso software para gestão de fazendas busca otimizar processos do campo ao escritório, podendo ser acessado de qualquer lugar, de forma prática e rápida. 

Aproveite também todos os conteúdos e materiais ricos sobre gestão e agronegócio, disponibilizados gratuitamente aqui no blog!

>> Leia mais:

Como a gestão agrícola pode trazer mais lucro para sua empresa rural

Aegro Conecta 2: veja o que aconteceu na segunda edição do evento