Como calcular o custo operacional de máquinas agrícolas

Custo operacional de máquinas agrícolas: como avaliar a eficiência econômica dentro de sua propriedade e obter redução de custos na lavoura.

As máquinas, equipamentos e implementos agrícolas podem representar até 40% dos custos de produção da sua lavoura.

Mas para saber como reduzir esses gastos e aumentar a rentabilidade da fazenda é preciso ter em mãos dados precisos do custo de cada uma dessas ferramentas operacionais.

Assim, é possível tomar decisões acertadas sobre terceirizar uma operação ou mesmo decidir quando é hora de investir em um novo trator, por exemplo.

A seguir, apresentamos o passo a passo de como fazer os cálculos para saber o custo operacional das máquinas agrícolas na sua propriedade e também uma ferramenta gratuita para automatizar essa conta – e que você pode usar sempre que precisar! Confira a seguir.

Custo operacional de máquinas agrícolas: por que você deve controlar

Gerenciar bem o maquinário agrícola pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo ao final da safra. Em um cenário de aumento nos custos produtivos e instabilidade nos preços de venda, se torna ainda mais necessário controlar de forma precisa o custo operacional das máquinas agrícolas.

O sistema mecanizado agrícola – conjunto de equipamentos, máquinas e implementos que realizam os processos de implantação, condução e retirada das culturas comerciais – pode representar de 20% a 40% dos custos de produção, dependendo da cultura. Por isso, seu gerenciamento adequado pode ser considerado um ponto estratégico para obter redução dos custos produtivos

Além do valor elevado para aquisição dos bens, as máquinas têm custos fixos (aqueles que independem da utilização) que oneram muito, principalmente pela grande sazonalidade de utilização. 

Desta forma, muitas vezes a terceirização das máquinas ou contratação de uma empresa para realizar as operações mecanizadas em sua lavoura se torna uma opção mais vantajosa. 

Na mensuração dos custos de um conjunto mecanizado (como um trator aliado a um implemento), contabiliza-se o tempo utilizado em horas. Assim, temos o custo horário, o qual é calculado para cada parte do conjunto. 

Na terceirização de máquinas, bem mais do que em utilizações em fazendas, é fundamental ter um controle detalhado do custo horário que os conjuntos mecanizados geram. Isso porque é esse valor, aliado à eficiência da operação, que indicará se o negócio está produzindo lucro ou prejuízo. 

Mas como saber quanto gasta seu trator? Vamos explicar o passo a passo a seguir.

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Como calcular o custo por hora de uma operação agrícola

O cálculo do custo de uma operação agrícola pode ser determinado a partir da quantificação de dois principais componentes: os custos fixos e variáveis

O modelo como são calculadas as variáveis dentro de cada componente muda conforme a realidade de cada propriedade. É preciso considerar, por exemplo:

  • a preexistência de um controle de dados das máquinas e implementos ao longo do ano;
  • gasto de combustível de cada trator nas diferentes operações;
  • registro das informações de manutenção;
  • quantidade de horas para as trocas de filtros e óleos.

Como você pode perceber, tudo isso acaba tornando a estimativa do custo operacional de cada atividade mais preciso. 

Veja a seguir quais variáveis podem ser utilizadas para obter os valores dos custos fixos (CF) e variáveis (CV) de cada operação e que somados possibilitam estimar o custo operacional total (CT):

CT = CF + CV

Vamos entender melhor o que é cada uma dessas variáveis e como definir seus custos em cada categoria a seguir.

Custos fixos

Os custos fixos são aqueles que devem ser debitados, independentemente da máquina ser usada ou não

É necessário ponderar que, a partir do momento em que foi adquirida, a máquina passa a onerar seu proprietário, mesmo que seja mantida inativa no galpão de máquinas. 

A forma de remover o ônus é utilizar o bem o maior número de horas por ano, reduzindo ao máximo o tempo ocioso. 

Entre os custos fixos são incluídos:

  • depreciação (D)
  • juros (J)
  • alojamento e seguros (AS)
  • mão de obra (MO)

CF = D + J + A + S + MO

Depreciação (D) 

A parcela de depreciação, que é incluída nos gastos fixos, representa a constituição de um fundo de reserva para a aquisição de uma máquina nova, do mesmo tipo, potência, peso, etc. 

A depreciação se refere à desvalorização da máquina em função do tempo, seja ela utilizada ou não. 

Ou seja, se uma máquina for pouco utilizada durante o ano, sua depreciação ocorrerá principalmente devido à obsolescência. Se for intensamente utilizada, a depreciação se dará devido ao desgaste. A diferença é que, no segundo caso, a máquina proporcionou um retorno por meio do serviço prestado. 

A depreciação de uma máquina não é conhecida com precisão enquanto ela não for vendida, pois apenas nesta ocasião se terá certeza do seu valor real. 

Por esse motivo, a depreciação é estimada por meio de diversos métodos: método da linha reta, do saldo decrescente, da soma dos dígitos e depreciação dedutível. 

O método da linha reta é o mais simples de ser usado, resultando numa depreciação anual constante da máquina, durante a vida útil, calculado da seguinte forma: 

D = (Vi – Vs)/ Vu x Hua

Onde: 

D (R$/h)  = depreciação 

Vi (R$) = valor de aquisição da máquina (valor de compra do produto novo ou usado)

Vs (R$) = valor de sucata ou de revenda (pode variar de 10% a  60% do valor de aquisição, dependendo da máquina) 

Vu (anos) = vida útil em anos (número de anos de uso).

Hua (horas/ano) = número de horas de uso por ano.

A vida útil ou econômica varia muito em função do tipo de máquina utilizado e da sua manutenção. 

Na falta de estatísticas bem detalhadas para a estimativa da vida útil das máquinas agrícolas, podem-se utilizar valores tabelados como indicação aproximada. Veja:

tabela com vida útil das máquinas e implementos agrícolas

 Vida útil das máquinas e implementos agrícolas 
(Fonte: Pacheco, 2000)

Juros (J)

As metodologias para cálculo do custo horário de operações agrícolas consideravam que o capital utilizado na aquisição das máquinas deveria ser computado como retendo juros à base do que é obtido quando este capital estivesse aplicado no comércio.

Porém, na época em que esses trabalhos foram elaborados, os investimentos de baixo risco, como a poupança, apresentavam rentabilidade de 6,16% ao ano.

Isso significa que a máquina deveria apresentar eficiência operacional e retorno econômico suficientes para justificar manter aquele capital imobilizado em maquinário. 

Atualmente, essa metodologia não se aplica, pois a poupança rende 70% da taxa básica de juros (Selic), que está em 2% (outubro/2020).

Isso significa que deixar o dinheiro “parado” nessa modalidade de investimento, com rentabilidade muito baixa, não compensa. 

A consideração de juros ao custo horário de máquinas é relevante quando assumimos que muitas máquinas e implementos agrícolas são adquiridos através de financiamentos. 

Dessa forma, torna-se importante dissolver os juros anuais sobre esse capital pela fórmula a seguir:

J = (Vi x Tj) / Hua

Onde:

J (R$/h)  = juros 

Vi (R$) = valor de aquisição da máquina

Tj (%) = taxa de juros anual atribuída ao financiamento da máquina (ex: 8,5%, 4% a.a.)

Hua (horas/ano) = tempo de uso por ano 

Abrigo (A) e Seguro (S)

Se a máquina for mantida sob abrigo quando estiver fora de uso, certamente sua vida útil será maior pela proteção e facilidade de se fazer reparos em quaisquer condições climáticas.

No Brasil, não é muito comum fazer o seguro de máquinas agrícolas. Esse fato pode levar à falsa impressão de que não é necessário calcular o custo desse seguro. 

Não podemos esquecer, porém, que o custo do seguro não é repassado a uma seguradora, é bancado pelo proprietário da máquina, pois o risco de acidentes e perdas sempre existe.

Assim, seguindo a mesma metodologia para atribuir a participação de juros ao cálculo do custo horário, é aconselhável utilizar uma porcentagem do custo inicial para os cálculos de abrigo e seguro, feito ou não em uma companhia seguradora, conforme as fórmulas a seguir:

A = (Vi x Ta) / Hua

Onde:

A (R$/h)  = Abrigo

Vi (R$) = valor de aquisição da máquina

Ta (%) = Taxa de abrigo (geralmente estipulada entre 1 e 2%, é definida conforme o tipo de abrigo, qualidade e durabilidade das construções, etc.)

Para calcular o seguro é necessário apenas substituir a taxa de abrigo (Ta) pela taxa de seguro (Ts):

S = (Vi x Ts) / Hua

Onde:

S (R$/h) = Seguro

Ts (%) = Taxa de seguro (depende da região e da máquina, varia de 0,5% a 2%) 

Mão de obra (MO)

Os salários, benefícios e encargos sociais referentes à mão de obra do operador da máquina devem ser computados no cálculo do custo operacional das máquinas. Para isso, deve-se considerar, no mínimo, a média que prevalece na região. 

Também podem ser calculados conforme as fórmulas a seguir:

Salário mensal = 1,5 x salário mínimo + 20% de encargos sociais
MO (R$/h) = (salário mensal x 13) / horas de trabalho por ano

Sugestão:
A quantidade de horas de trabalho por ano pode ser obtida através do seguinte cálculo: 47 semanas no ano x 5 dias por semana x 8 horas de trabalho por dia = 1.880 horas de trabalho por ano.

Custos variáveis (CV) 

Os custos variáveis são aqueles que dependem da quantidade de uso que se faz da máquina e são constituídos por: combustíveis (C), lubrificantes (L), reparos e manutenção (RM).

CV = C + L + RM

Combustíveis (C) 

Os combustíveis são usados principalmente para o acionamento dos motores de tratores, pulverizadores e distribuidores autopropelidos e colheitadeiras

É difícil avaliar com precisão o consumo de combustível dos tratores, devido às condições variáveis a que são submetidos durante os trabalhos de campo. Ou seja: profundidade de operação, estrutura e umidade do terreno, declividade do terreno, condições de manutenção e regulagem de implementos, por exemplo. 

Essas variáveis influenciarão o consumo mesmo que outras característica como regulagem da bomba injetora e motor, condições de lastragem, estado dos pneus e nível de combustível estejam compatíveis entre as máquinas submetidas ao comparativo. 

Portanto, o custo por hora gasto com combustível pode ser calculado por meio da fórmula a seguir: 

C = cons. horário x custo/litro

Onde: 

C (R$/h) = Combustível
Consumo horário (mL/CV.h-1) = quantidade de combustível consumida, varia de 90 a 120 mL/CV.h-1, dependendo do esforço exigido do motor. Motores de colhedoras, normalmente, consomem entre 120 a 140 mL/CV.h-1

Custo/litro (R$/L) = Custo do diesel

Lubrificantes (L)

Após calcular o consumo e o custo de combustíveis nas máquinas agrícolas, é necessário calcular o custo dos lubrificantes. 

Esse controle é fundamental para o gerenciamento das máquinas agrícolas e seu uso correto deve ser respeitado para maximização da vida útil dos componentes da máquina

Com o aumento da tecnologia no campo, tratores e colhedoras passaram a utilizar uma ampla gama de lubrificantes (motor, transmissão, hidráulico). 

Estudos nos Estados Unidos demonstram que os custos com lubrificantes são aproximadamente 15% do custo dos combustíveis. 

Então, uma vez calculado o custo dos combustíveis, pode-se calcular o custo dos lubrificantes como sendo 15% desse valor. Assumindo que o custo de combustível calculado seja de R$ 45/hora, por exemplo, então o custo com lubrificantes será igual a R$ 6,75/hora.

Reparos e manutenção (RM) 

Dentre as despesas de manutenção que devem ser computadas para o cálculo do custo operacional de máquinas agrícolas, estão aquelas realizadas para a manutenção preventiva e corretiva. 

Na manutenção preventiva, devem-se computar os gastos com componentes trocados a intervalos regulares. É o caso dos filtros de ar, filtros de óleos, lubrificantes, filtros de combustível, correias de polias, etc.

A manutenção corretiva é bem mais difícil de ser estimada, pois depende de fatores de difícil controle, como a habilidade do operador, condições do terreno, etc. 

Esses custos devem ser considerados até mesmo antes da aquisição das máquinas necessárias.

A tabela que separamos abaixo contém valores em porcentagem para a estimativa do custo inicial com reparos e manutenção durante a vida útil de tratores e outras máquinas agrícolas. 

tabela com parâmetros para cálculo de custos com reparos e manutenção de máquinas agrícolas

Parâmetros para cálculo de custos com reparos e manutenção de máquinas agrícolas
(Fonte: retirado de Pacheco, 2000)

Conclusão

Os sistemas mecanizados representam grande parte do custo de produção das culturas agrícolas.

Além disso, a intensificação do uso da mecanização na agricultura exige novos investimentos que imobilizam grande capital em máquinas com maior potência e tecnologia incorporada

Do ponto de vista da propriedade rural, à medida que o número, tamanho e complexidade das máquinas aumenta, maior se torna o impacto do gerenciamento desse sistema sobre a rentabilidade do negócio.

Portanto, é fundamental ter uma análise crítica dos custos envolvidos. Assim, o cálculo do custo operacional dos sistemas mecanizados é uma importante alternativa, não só para tomadas de decisão no momento da seleção dessas máquinas, mas também para comparação com os preços de hora/máquina praticados na sua região. 

Tudo isso te dará subsídios no momento da decisão de comprar ou alugar algum equipamento para realizar uma determinada operação.

Esperamos que você aproveite essas informações e a calculadora gratuita para tornar mais lucrativa a sua empresa rural!

Referências:

PACHECO, E. P.. Seleção e custo operacional de máquinas agrícolas. Rio Branco: Embrapa Acre, 2000. 21p. (Embrapa Acre. Documentos, 58).

Como está o custo operacional de máquinas agrícolas em sua propriedade? Restou alguma dúvida sobre o tema? Deixe seu comentário!

Artigo elaborado por nossos profissionais:

joao.franceschette

João Franceschette
Engenheiro-agrônomo em formação e parte do time de Relacionamento com o Cliente da Aegro.

jerônimo lopes

Jerônimo Branco Lopes
Engenheiro-agrônomo em formação e parte do time de Relacionamento com o Cliente da Aegro.

Segurança de dados no Aegro: como protegemos as informações da sua fazenda

Segurança de dados no Aegro: entenda como funciona o armazenamento das suas informações no nosso software para gestão de fazendas.

Dados são a base de uma gestão agrícola eficiente. Quando você alimenta o Aegro com informações de qualidade, nosso software gera análises importantes sobre a saúde do seu negócio.

As entradas e saídas de dinheiro que você registra ao longo da safra, por exemplo, ajudam a calcular o lucro ou prejuízo da sua produção.

Mas, pode ser que você tenha algumas dúvidas sobre colocar as suas anotações de campo e o seu controle financeiro em um sistema.

Afinal, onde ficam salvos os seus dados e como eles são protegidos?

Neste texto, vamos te mostrar de forma bem direta por que o nosso software é o melhor local para guardar e administrar as informações da sua fazenda. Você nunca mais vai pensar em usar uma folha de papel! Leia a seguir um artigo completo sobre a segurança de dados no Aegro.

A segurança de dados no Aegro: um software na nuvem

Sem dúvida, trocar cadernos e planilhas por um software na nuvem é o primeiro passo para garantir a segurança dos seus dados.

Você não será o primeiro e nem o último agricultor a perder um bloco de notas para a chuva, o vento ou a terra.

Além disso, a planilha nada mais é do que um arquivo no seu computador. Esse arquivo pode ser corrompido e até mesmo perdido, caso o seu aparelho sofra um acidente ou furto.

Vale lembrar, também, que o seu computador está sujeito a milhares de vírus que atacam os usuários de internet todos os dias.

A segurança de dados no Aegro é maior por se tratar de um software na nuvem. Você sabe o que isso significa na prática?

Seus dados sempre disponíveis

A computação na nuvem traz muito mais praticidade para o cotidiano de uma fazenda.

Isso porque os dados da sua produção não ficam armazenados em um computador, sujeito a tantos problemas, mas sim em um centro de dados online, muito protegido e equipado com tecnologia de ponta.

Quer dizer que você acessa o software pela internet, a partir de diferentes tipos de dispositivos: computador, celular, tablet. Não importa se você está no Pará ou em Santa Catarina, seu dados permanecem à sua disposição.

É assim que funciona no Aegro. Mediante um usuário e senha, você entra na sua conta e gerencia as suas informações a qualquer momento.

Caso o seu computador estrague, você não perderá o histórico da atividade rural e nem ficará empenhado no dia a dia. Basta logar no sistema a partir de outro equipamento e continuar administrando a propriedade.

Tecnologia de ponta

Como comentamos no tópico anterior, todos os dados registrados no Aegro ficam salvos na nuvem. E você vai gostar de saber que nós operamos com uma das nuvens mais seguras do mercado: a Amazon Web Services.

É a mesma infraestrutura que diversas empresas multinacionais usam, como Philips, Netflix, GE, Siemens, entre outras.

Com a Amazon, as barreiras de proteção do nosso software são monitoradas de forma automática e praticamente em tempo real para identificar possíveis ameaças.

Atualizações e correções de segurança de dados no Aegro são lançadas constantemente a fim de garantir que não haja nenhuma brecha no sistema.

Além do mais, os dados da sua fazenda são criptografados. Em outras palavras, aplicamos uma série de códigos para assegurar que ninguém, além de você, consiga ler as suas informações.

Garantimos a privacidade dos seus dados

Mais do que usar alta tecnologia para garantir a segurança de dados no Aegro, nós firmamos um compromisso com a sua privacidade desde os primeiros contatos.

Se você já deixou um e-mail, telefone ou qualquer dado sobre a sua atividade rural em formulários da Aegro, tenha certeza de que estes dados são coletados apenas para entregar a você os produtos e serviços que lhe interessam.

Fique à vontade para ler a nossa política de privacidade aqui.

E nós continuamos tratando a sua informação com total confidencialidade durante toda a sua jornada conosco.

A Aegro é uma empresa independente, que não faz parte de grandes grupos do setor agrícola. Nós não respondemos a interesses externos e não repassamos os seus dados a terceiros.

Outro ponto importante é que nós construímos o nosso software de gestão pensando em preservar as informações sensíveis da sua fazenda. É você quem define o que cada funcionário enxerga.

Defina permissões de acesso

Você pode adicionar a equipe da fazenda no Aegro para que todos trabalhem de forma mais integrada, sem se preocupar com a exposição indevida dos seus dados.

Cada colaborador é adicionado ao software com um perfil de acesso, que determina quais informações ele pode acessar.

Os perfis estão relacionados a uma função dentro da fazenda: proprietário, gerente, agrônomo, financeiro, operador, estoquista, monitor.

Permissões de acesso por funcionário no software — ou como mantemos a segurança de dados no Aegro

Exemplo de permissões de acesso por funcionário possível dentro do software — ou como mantemos a segurança de dados no Aegro

Um operador visualiza informações relevantes para a realização da sua atividade, como safras, mapa da propriedade e máquinas. Ele também consegue registrar no sistema as suas operações de campo.

Já os dados bancários e transações, só poderão ser vistos e editados pelo proprietário, pelo gerente e contador/consultor financeiro da fazenda.

Você pode extrair informações do Aegro

Nos próximos anos, vamos continuar evoluindo para nunca deixar de entregar a você um sistema seguro e eficiente.

A Aegro vem crescendo desde a sua fundação e tem como investidora a SP Ventures, uma das gestoras de capital mais tradicionais do país. Este cenário garante que a nossa empresa tenha estabilidade para fornecer o seu software de gestão.

Ou seja, você pode confiar no Aegro para armazenar os seus dados pelo tempo determinado em contrato.

Porém, esteja ciente de que você pode exportar os seus registros do Aegro sempre que quiser ou precisar. Todas as áreas do software possuem a opção de gerar relatórios em PDF e Excel.

Os relatórios são úteis para a checagem de dados e inclusive para passar determinadas informações a pessoas que não possuem acesso ao software.

Mesmo que a sua fazenda decida interromper o uso do Aegro em algum momento, você terá até 60 dias para exportar os seus dados do sistema.

Confira essas e outras condições nos nossos termos de uso.

Ficou com alguma dúvida? Então veja esta conversa com nosso gestor de engenharia, na qual respondemos as principais questões que recebemos no dia a dia sobre a segurança de dados no Aegro.

Segurança no Aegro: como protegemos os dados da sua fazenda

Conclusão

Como gestor da fazenda, você pode encontrar diversos meios para registrar os dados da sua atividade rural. 

Existem controles por cadernos e planilhas. Entretanto, essas ferramentas não oferecem qualquer tipo de proteção contra a perda ou o roubo de informações.

Há também a opção de baixar e instalar um software no seu computador. Mas, neste caso, você também precisa lidar com os riscos e inconvenientes de armazenar seus dados “em casa”.

Já o Aegro, como um software na nuvem, faz todo o trabalho de proteger os seus dados. Nós entregamos à sua fazenda uma infraestrutura de segurança de alto nível e políticas transparentes de privacidade.

Portanto, sua segurança de dados no Aegro está garantida. Dessa maneira, você pode dormir com tranquilidade e focar a sua atenção no que mais importa: a gestão da sua propriedade.

>> Leia mais:

6 recursos do Aegro que vão te ajudar durante o plantio

“Saiba aproveitar ao máximo os programas de pontos do produtor rural”

“Crédito rural e tecnologia para o agro: fique por dentro de tudo o que aconteceu no 2º Aegro Conecta”

6 recursos do Aegro que vão te ajudar durante o plantio

Chegou a temporada de plantio na sua região? Veja como um software de gestão agrícola pode te ajudar a atingir melhores resultados.

Você já negociou insumos com fornecedores, finalizou os preparativos do solo e está esperando as condições certas para dar largada à semeadura.

Daqui pra frente, será necessário manter um ritmo de trabalho intenso para cumprir o calendário de plantio.

Mas os próximos meses podem se tornar mais tranquilos com o apoio de um software de gestão agrícola, como o Aegro.

Esta tecnologia facilita a organização dos seus processos no campo e no escritório para assegurar os resultados da safra. Conheça abaixo os recursos do Aegro!

1. Controle de custos agrícolas

Um controle eficiente de gastos tem impacto direto sobre a rentabilidade do seu cultivo. Por isso, o Aegro possui diversas ferramentas de gestão financeira.

No período de entressafra, você pode usar o software para montar um orçamento para a sua produção. 

E na temporada de plantio, quando os investimentos da fazenda começam a se concretizar, é só lançar as suas notas fiscais e pedidos de compra no sistema.

Registre as despesas pelo computador ou celular e aproprie facilmente os custos para a safra ou estoque.

Desta forma, você mantém o fluxo de caixa atualizado e consegue avaliar a saúde do seu negócio.

O Aegro ainda apresenta um gráfico interativo onde é possível analisar a participação de cada produto e serviço nos seus custos.

Painel de custos: um dos recursos do aegro
Painel de custos: um dos recursos do Aegro para tornar sua fazenda mais eficiente

Verifique o percentual de gastos com sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, entre outros.

Você também pode comparar o custo realizado com o custo orçado para entender se o seu planejamento financeiro está sendo seguido.

2. Metas de produtividade para a lavoura

Se você experimentou os recursos do Aegro nas safras passadas, é provável que tenha um registro preciso de quantas sacas foram colhidas na propriedade. 

Este histórico vai te ajudar a prever a produção da safra atual. E sabe por que é importante ter uma estimativa de produtividade? Porque, assim, você não precisa esperar a colheita para saber qual será a sua margem de lucro ou prejuízo.

O Aegro calcula o lucro esperado da safra com base nas suas metas de produtividade, no seu custo de produção e no preço estipulado para a venda das sacas.

gif que mostra previsão de custos, um dos recursos do aegro
Recursos do Aegro: previsão de custos

Com este recurso, você pode acompanhar a projeção de lucro durante o plantio para não ter surpresas desagradáveis no final da safra.

A estimativa de produtividade também serve para balizar a quantidade de produto em contratos de venda com entrega futura.

3. Calendário de manejo

Definir o calendário de manejo é uma ótima forma de ficar em dia com as etapas do cultivo.

Com os recursos do Aegro, você pode planejar todas as atividades de antemão. Desde o preparo do solo até a colheita.

Comece programando a data do plantio e estabelecendo a cultivar que será plantada em cada talhão.

Você também pode determinar quais funcionários serão responsáveis pela atividade de plantio e quais máquinas serão utilizadas.

Depois a sua equipe pode consultar essas informações de forma prática e registrar a realização da atividade diretamente da lavoura, pelo celular.

Gif que mostra painel de atividades no aegro
Recursos do Aegro: painel de atividades

O aplicativo móvel do Aegro funciona mesmo sem internet e agiliza o trabalho dos operadores.

No decorrer da safra, você consegue visualizar o progresso das atividades através do software para evitar atrasos no calendário.

E não deixe de registrar a data de emergência da planta no Aegro para ter a contagem de Dias Após a Emergência (DAE) e acompanhar o desenvolvimento da cultivar.

4. Manutenção preventiva das máquinas

Problemas no maquinário, como o embuchamento, podem atrasar o seu plantio e custar caro.

Para garantir a operacionalidade dos equipamentos, você pode gerenciar o patrimônio da fazenda com os recursos do Aegro. 

O software permite que você acompanhe as horas trabalhadas pela máquina e configure alertas de manutenção preventiva.

Crie alertas para revisão de óleo, troca de correias, checagem de bicos e mangueiras, entre outros. Você receberá esses lembretes pela central de notificações do Aegro e por e-mail.

gif com a tela do Aegro mostrando a função de alertas de manutenção

As manutenções e os abastecimentos do maquinário podem ser registrados rapidamente pelo celular.

Além do mais, você pode acompanhar todas as informações da máquina por um painel de controle. 

Isso vai ter ajudar a descobrir máquinas com baixa capacidade efetiva e perceber o momento certo de adquirir um novo equipamento. 

5. Monitoramento integrado de pragas

Produtores que optam pelo plantio tardio acabam sofrendo com a incidência de pragas e doenças na lavoura.

Felizmente, o uso de um software auxilia no controle de infestações e na consequente redução de custos com defensivos e perda de produtividade. 

Dentre os recursos do Aegro, há um módulo específico para o Monitoramento Integrado de Pragas (MIP).

Você pode definir o nível de controle das pragas e doenças e registrar as amostragens pelo celular.

Os resultados do monitoramento são apresentados através de um mapa de calor, que indica a gravidade da infestação em cada ponto verificado.

foto que mostra seção de mip, um dos recursos do aegro
O Manejo Integrado de Pragas é mais um dos recursos do Aegro

Assim, fica mais simples de decidir a hora e o local certo para pulverizar.

6. Relatórios e indicadores automáticos

As informações que você lança no Aegro ao longo do plantio vão alimentando relatórios e indicadores automaticamente.

Você pode consultar esses dados sempre que quiser, para ter uma visão geral da safra, avaliar o seu andamento e tomar decisões estratégicas.

Um dos recursos do Aegro é o indicador de evolução da safra, pelo qual você confere o percentual de área que já foi plantada.

Já o indicador de cultivares mostra a área total e a proporção em que cada variedade foi utilizada.

gif com a tela de recursos do Aegro com o indicador de cultivares

Também é possível gerar relatórios em Excel ou PDF a partir de diversas áreas do Aegro, como atividades, custo realizado, custo orçado, insumos, monitoramento.

Esta é uma maneira eficiente de checar os seus dados e enviar informes para pessoas que não acessam o sistema.

Ainda não gerencia sua fazenda com os recursos do Aegro?

O Aegro é seu parceiro durante todo o ano agrícola, pois agrega diversas funcionalidades em um único software. 

Com os recursos do Aegro, você pode fazer desde o planejamento da safra até o controle de vendas no final do ciclo produtivo.

Além de ter uma interface amigável no computador, o Aegro oferece um aplicativo para celular que torna mais práticas as rotinas do campo e do escritório.

Os recursos do Aegro contribuem para a otimização de processos na sua fazenda e consequente aumento de lucratividade.

Não é à toa que mais de mil propriedades do Brasil inteiro usam os recursos do Aegro! Experimente você também:

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“Como protegemos os dados da sua fazenda no Aegro”

“5 vantagens de sair do papel e utilizar um caderno de campo digital”

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Coloque as contas da fazenda em dia com o app Aegro

Atualizamos o app Aegro! Agora você pode fazer seu controle financeiro rural pelo celular.

Uma boa gestão de custos agrícolas não acontece só no escritório. 

Sem dúvida, cada decisão que o produtor toma sobre o seu dinheiro ao longo do dia impacta a saúde do negócio rural.

É importante fazer as melhores escolhas durante uma visita à revendedora de insumos, à agência bancária ou mesmo ao contador. Para isso, é preciso ter os indicadores financeiros da fazenda atualizados e sempre em mãos.

Parece difícil? Se você organiza as suas contas com o Aegro, já tem todas as informações necessárias para traçar estratégias eficientes de compra.

E com as novas funcionalidades do nosso aplicativo para celular, vai ficar ainda mais fácil controlar as finanças da fazenda.

Gestão financeira no seu bolso

Quem usa o app Aegro para registrar as atividades de campo, consultar estoque da fazenda e gerenciar máquinas percebe que a rotina se torna muito mais prática. 

Afinal, o celular está sempre no bolso. É uma fonte rápida de informação e um espaço seguro para guardar seus dados.

Por que, então, não trazer essas vantagens para a área financeira da fazenda?

Nós desenvolvemos um painel de controle de custos que vai ser o braço direito de proprietários, gerentes e consultores financeiros.

Através dele, você acessa o seu histórico de gastos, lança novas despesas, obtém previsões de pagamentos e verifica o saldo das suas contas.

Tudo isso pode ser feito sem internet, pois entendemos que a conectividade ainda é um problema em muitos locais do Brasil.

A seguir, nós vamos te apresentar as novas funcionalidades e mostrar como esses indicadores vão ser úteis em diversas situações do seu cotidiano.

Telas de computador e celular que mostram o Aegro
Veja como o app Aegro evoluiu para oferecer mais mobilidade ao seu trabalho!

Mantenha o fluxo de caixa atualizado

É comum que os fazendeiros se envolvam tanto com a lavoura quanto com o escritório.

Porém, depois de um longo dia no campo, nem sempre dá tempo ou vontade de se sentar em frente ao computador para lançar as notas de compra.

As contas vão acumulando e, quando você vê, os números que estão no seu software de gestão não batem mais com a realidade.

Para facilitar o lançamento de gastos no Aegro, nós disponibilizamos essa operação pelo seu celular. Assim, você pode inserir uma despesa no sistema em tempo real. 

Tela de celular mostrando como é a aba financeira do Aegro

Cadastre o abastecimento no posto de gasolina e anexe uma foto do comprovante físico de pagamento para detalhar o registro.

Isso vai reduzir a sua carga de trabalho durante a noite ou nos finais de semana, ajudando você a colocar o fluxo de caixa em ordem.

Evite compras que não cabem no orçamento

Decidir sobre novos investimentos, como a renovação do maquinário, nunca é uma tarefa fácil. 

De fato, é fundamental que você faça o planejamento orçamentário da safra com o Aegro para entender quais compras cabem no bolso.

Ainda assim, no caso de uma aquisição menor ou no surgimento de uma oportunidade imprevista, você pode ficar tentado a abrir a carteira.

Não tem problema algum! Basta verificar, no aplicativo móvel do Aegro, o saldo total das suas contas bancárias.

Além disso, você consegue navegar até as despesas dos próximos meses antes de se comprometer com outra parcela.

Essa é uma forma ágil de analisar quanto capital você tem disponível, para garantir que a nova compra não prejudique pagamentos futuros.

Negocie com os seus fornecedores

Provavelmente, você não lembra de cabeça o quanto pagou por aquela variedade de semente ou por determinado fertilizante.

Mas você com certeza conhece o seu custo de produção agrícola e entende que qualquer economia com insumos é fundamental.

A flutuação do câmbio acontece de uma safra para a outra e você pode encontrar preços abusivos.

Portanto, negociar valores e condições com os seus fornecedores é uma etapa importante da compra.

Abra o Aegro no seu celular para conferir o quanto você pagou na última compra, qual foi a quantidade de produto comprada e a forma de parcelamento. Levantar o valor que você fechou anteriormente com a distribuidora vizinha também pode render bons acordos.

Saiba onde está o seu dinheiro

O objetivo central de controlar as movimentações financeiras da fazenda com um aplicativo como o Aegro é ver a trajetória do seu dinheiro na safra. Desta maneira, nós trabalhamos para te entregar uma visualização cada vez mais intuitiva dos seus dados.

E é isso que o novo gráfico de valores em estoque concede a você. A partir de agora, você pode descobrir pelo app Aegro o quanto tem investido em cada categoria de insumos. Um clique nesta seção te leva diretamente para a tela de estoque, onde você verifica o valor unitário dos itens. 

No final do ciclo produtivo, o valor total da categoria de insumos ainda serve de alerta para o desperdício com compras excedentes.

Pare de atrasar o pagamento de contas

Você acorda de manhã cedo, toma o seu café e começa a pensar em todas as contas que estão atrasadas? Saber qual é a data de vencimento dos seus boletos ajuda a evitar juros e multas por mera desorganização.

Felizmente, o painel financeiro do Aegro mostra quais são as suas parcelas pendentes. Acesse essa informação no seu celular antes mesmo de sair da cama e já se programe para cumprir o prazo. Com um clique, você marca o pagamento da parcela pelo Aegro.

O uso do aplicativo também vai ser indispensável na hora de sacar dinheiro para compromissos recorrentes, como a remuneração dos funcionários.

Veja o valor exato do salário que foi pago no mês anterior enquanto está no caixa eletrônico, sem precisar ligar para alguém ou adiar a tarefa.

Acompanhe o trabalho da sua equipe

Caso você tenha um profissional ou uma equipe responsável por fazer os seus lançamentos no Aegro, o nosso aplicativo móvel também será útil. Monitore, de onde você estiver, se as notas fiscais que chegaram no dia foram ou não registradas no sistema.

Você ainda pode usar o seu celular para ter uma perspectiva mais objetiva das contas da fazenda. Afinal, você não possui o hábito de usar a área financeira do Aegro no computador e nem deseja se envolver com o operacional. Tudo bem!

Uma consulta breve ao app te dá uma boa noção da situação atual da propriedade e do que está por vir. É uma excelente forma de se manter atualizado enquanto os relatórios contábeis não chegam.

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Simplifique a gestão do seu negócio com a importação financeira de contas a pagar e receber

A importação de histórico financeiro é o jeito mais simples e prático de começar a utilizar o Aegro. 

Importe os dados de contas a pagar e receber de suas planilhas ou de outras ferramentas e ganhe agilidade no uso do sistema. Assim, você mantém o controle do seu histórico e garante a eficiência do seu time, reduzindo o tempo gasto com a digitação dos dados para outras atividades.

Seus dados são importados de uma vez, permitindo que o Aegro utilize as informações para gerar as análises necessárias para o controle do negócio.

Tela que mostra importação de histórico financeiro com Aegro

Quer saber como o Aegro pode agilizar ainda mais as atividades do seu negócio? Clique aqui e assista a uma demonstração gratuita!

Explorando as novidades do app Aegro

Todos os recursos que você viu neste artigo estão disponíveis para usuários de iPhone e em breve serão liberados para Android.

O app Aegro é gratuito e foi criado justamente para acompanhar a rotina do produtor rural e tornar a gestão rural mais eficiente.

Ainda não tem o nosso aplicativo móvel instalado no seu celular? Chegou o momento de aproveitar essa facilidade:

As novas funcionalidades financeiras foram muito pedidas pelos usuários. Experimente e nos diga o que achou!

E se você quiser mais instruções de uso, acesse este artigo na nossa Central de Ajuda.

>> Leia mais:

Como fazer controle de estoque de defensivos agrícolas em 5 passos

“Como sistema de gestão rural trouxe agilidade e economia para fazenda no MS”

“4 dicas para melhorar a gestão de tempo na fazenda”

Gostou das novidades do app Aegro? Quer conhecer melhor nosso sistema de gestão agrícola? Fale com um de nossos consultores aqui!

O que são mapas NDVI e como utilizá-los na fazenda

NDVI: entenda esse e outros índices de vegetação, saiba como utilizá-los na fazenda e veja opções de ferramentas.

Compreender o estado de saúde das nossas culturas é a melhor coisa a fazer no planejamento de safra.  Você pode apenas observar, fazer algumas análises de solo por amostras e outras técnicas de medição direta. 

E se houvesse uma maneira fácil, rápida e eficiente de ver a saúde da sua lavoura? E ainda conferir o seu desenvolvimento ao longo do tempo?  É exatamente o que fazem os índices de vegetação, como o NDVI.  Isso faz a diferença na gestão da fazenda.

Neste artigo, veja como conseguir esses mapas e como eles te ajudam a garantir mais produtividade e saúde da lavoura. Boa leitura!

O que são mapas NDVI ?

O NDVI é a sigla em inglês para Normalized Difference Vegetation Index. Ou seja, é o índice de vegetação por diferença normalizada. O NDVI é uma medida da saúde das plantas com base em como uma planta reflete a luz (geralmente a luz solar) em frequências específicas. 

Quando a luz solar atinge uma planta, certos comprimentos de onda são absorvidos enquanto outros são refletidos.  Em uma planta saudável, a clorofila absorve fortemente a luz visível, enquanto a estrutura celular das folhas reflete fortemente a luz do infravermelho próximo (NIR)

Quando uma planta se torna desidratada, doente, afetada por pragas agrícolas, etc., a planta absorve mais dessa luz infravermelha.  Portanto, observar como o NIR varia em comparação com a luz vermelha fornece uma relação com a saúde das plantas.

Para ser mais específico, o NDVI é uma medida da refletividade das plantas. É uma tecnologia na agricultura que veio nos auxiliar no manejo da lavoura.

Essa refletividade é expressa pela equação que considera a refletividade do infravermelho próximo (NIR) menos a refletividade vermelha (VIS), dividido pelo NIR mais o VIS: 

Fórmula NDVI

ndvi

(Fonte: Sentera)

A partir dessa equação temos valores de NDVI que variam entre 0 e 1, os quais significam:

  • -1 – 0: Planta morta ou objetivo inanimado
  • 0 – 0,33: Planta não saudável
  • 0.33 – 0.66: Planta moderadamente saudável 
  • 0.66 – 1: Planta muito saudável 

Lembrando que esses números são apenas noções gerais e variam de acordo com o tipo de planta e outras condições.  A partir dos valores de fitossanidade do NDVI entre -1,0 e +1,0 é possível obter os mapas NDVI.

Dessa forma, para cada faixa de valores é atribuída uma cor.  Por exemplo na figura abaixo, as áreas com NDVI de -1 a 0 são exibidos em vermelho, de 0,0 a 0,33 são laranjas a amarelos, 0,33 a 0,66 alguma variação de verde e acima de 0,66 são verdes.

exemplo de mapa ndvi

(Fonte: Sentera)

Como o NDVI funciona? 

O NDVI funciona medindo a diferença entre a reflexão da luz em dois comprimentos de onda: luz vermelha (visível) e infravermelho próximo (NIR), ajudando a avaliar a saúde e o vigor da vegetação.

  • Plantas saudáveis: Absorvem muita luz vermelha (usada na fotossíntese) e refletem bastante luz no infravermelho próximo.
  • Plantas estressadas ou áreas sem vegetação: Refletem menos infravermelho próximo e mais luz vermelha.

Para entender como as imagens e índices podem ajudar, é importante que alguns conceitos sejam comentados.

O sol é a principal fonte de energia do planeta. Parte dessa energia é absorvida pela terra e utilizada pelas plantas na fotossíntese, enquanto outra parte é refletida de volta ao espaço.

A energia refletida varia conforme a composição dos objetos. Nas plantas, ela interage com os pigmentos fotossintéticos (como clorofilas e carotenos) e a estrutura celular.

Quando a energia atinge um objeto, pode ser absorvida, refletida, transmitida ou espalhada. Entenda melhor abaixo:

1. Absorção da planta 

A absorção da energia eletromagnética depende do estado nutricional da planta e do estádio vegetativo. Ocorre quando o pulso de radiação eletromagnética é completamente absorvido pelo alvo, convertendo-se em calor.

Em plantas saudáveis, pode-se observar que na região visível ocorre maior absorção da energia eletromagnética. Consequentemente, menor quantidade de  energia é refletida.

Além disso, também é possível observar os picos de absorção, que ocorrem nos comprimentos de onda do visível na região do azul e do vermelho.  

A menor absorção na região do verde está relacionada ao fato de uma folha verde conter pigmentos que absorvem o azul e o vermelho. Elas refletem a luz verde, sendo possível visualizar as culturas nessa coloração.

2. Transmissão

Ocorre quando o material é relativamente transparente para esta radiação, de forma que a radiação eletromagnética atravessará de uma extremidade à outra. 

Este fato explica a transparência da água pura e de um vidro, por exemplo. Nas plantas, a transmissão é responsável pela incidência da energia eletromagnética para as demais camadas do dossel vegetativo.

3. Reflexão

É responsável pela visualização dos objetos. Dependendo da composição química, parte da energia eletromagnética será absorvida e parte será refletida. 

No caso dos tecidos vegetais, uma folha verde e sadia reflete grandes quantidades de energia eletromagnética na faixa do infravermelho. 

Isso acontece devido às suas estruturas vegetais, especialmente a configuração e proporção de água contida nas folhas.

Por isso, folhas secas, com restrição hídrica ou atacadas por pragas e doenças, tem menor reflectância na região do infravermelho próximo. 

Além disso, a rugosidade ou relevo dos objetos também terá influência na energia refletida.

4. NDVI e a energia eletromagnética

Quando a luz ou radiação eletromagnética incide nos objetos, ela pode ser absorvida, refletida, transmitida ou espalhada em diferentes regiões do espectro eletromagnético. 

Posteriormente, você pode realizar cálculos como o NDVI para ter informações sobre o seu estado.

Os cálculos dos índices de vegetação, devem ser cruzados com informações reais da lavoura, considerando eventos climáticos e manejos adotados, para melhorar os resultados econômicos.

Esse esforço serve como indicativo de problemas localizados e podem ser usados na estimativa da biomassa e produção das culturas, sendo importante para que não podem ser detectadas a olho nu em fotografias. 

Como os mapas NDVI ajudam na lavoura?

Os mapas NDVI oferecem informações detalhadas sobre a saúde e o vigor das plantas, permitindo decisões mais assertivas no manejo das lavouras.

Por conta disso, ajudam a otimizar recursos e aumentar a produtividade, oferecendo uma visão abrangente do desempenho da lavoura ao longo do ciclo produtivo. Confira como podem ainda mais contribuir:

1. Monitoramento da saúde das plantas

  • Identificação de áreas com estresse, como deficiência nutricional, pragas, doenças ou falta de água;
  • Diagnóstico precoce, permitindo intervenções rápidas e direcionadas, evitando perdas e reduzindo o uso de insumos;
  • Avaliação da eficiência de tratamentos, como aplicação de fertilizantes, irrigação e controle de pragas.

2. Otimização do uso de insumos

  • Aplicação variável de fertilizantes em taxas variáveis, de acordo com a necessidade de cada zona;
  • Irrigação precisa de áreas com diferentes necessidades de água, otimizando o uso da irrigação e evitando o desperdício.

3. Estimativa de produtividade

  • Previsão de safras, ajudando os agricultores a planejar a colheita e a comercialização.
  • Identificação de áreas com potencial produtivo, auxiliando na tomada de decisões sobre o manejo da lavoura.

4. Planejamento e gestão da lavoura

  • Zoneamento da lavoura com características semelhantes, permitindo a aplicação de práticas de manejo específicas para cada zona;
  • Melhoria da tomada de decisão, otimizando o uso de recursos e aumentando a produtividade da lavoura.

Em resumo, os mapas NDVI são ferramentas que fazem parte da agricultura de precisão e ajudam no monitoramento preciso da saúde das plantas, uso inteligente de insumos, estimativa de produtividade e a gestão eficiente da lavoura.

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Por que usar NDVI no dia a dia? 

O uso do NDVI no dia a dia da gestão agrícola permite um monitoramento constante e em tempo real da saúde da lavoura, identificando problemas como estresse hídrico, deficiências nutricionais, pragas e doenças antes que causem prejuízos significativos.

Essa ferramenta facilita o planejamento e a execução de práticas agrícolas mais eficientes, como adubação localizada, irrigação direcionada e pulverização estratégica, otimizando o uso de recursos e reduzindo custos e desperdícios.

Além disso, o NDVI fornece dados confiáveis que ajudam na tomada de decisões mais assertivas, como o planejamento da colheita e a estimativa de produtividade, promovendo uma agricultura sustentável e ambientalmente responsável.

Integrado a tecnologias de agricultura de precisão, como drones e sistemas de gestão, ele potencializa a eficiência das operações agrícolas, garantindo maior produtividade e rentabilidade para o produtor.

Imagens de satélite integradas à gestão da fazenda

Para os usuários do aplicativo de gestão rural Aegro, que já estão acostumados a monitorar suas lavouras através de tecnologia, acrescentar análises NDVI à rotina da fazenda é muito simples.

Basta contratar a integração Aegro Imagens para ter acesso ao mapeamento por satélite da sua propriedade rural.

Com essa integração, você recebe imagens atualizadas do satélite Sentinel-2 em uma frequência de 3 a 5 dias. É possível visualizar os índices de vegetação de cada talhão, juntamente com as operações agrícolas que foram realizadas no local.

Afinal, o Aegro funciona como um caderno de campo onde você e sua equipe mantêm o registro detalhado das atividades de manejo. 

Princípios físicos e padrões de cores das imagens NDVI

A diferença entre os sensores utilizados na agricultura são as faixas do espectro eletromagnético que estes sensores imageadores são capazes de capturar. 

O NDVI utiliza em seu cálculo a refletividade da região do visível e do infravermelho próximo. Dessa forma, os sensores para utilização nesses cálculos precisam obrigatoriamente ser capazes de cobrir esta faixa espectral.

Sensores RGB (que capturam na região do visível), como os presentes em câmeras fotográficas comuns e aparelhos celulares, não podem ser empregados para este fim.

Além disso, a qualidade das informações obtidas por estes sensores está relacionada ainda a diferentes resoluções, como a resolução espacial, espectral, radiométrica e temporal.

1. Resolução espacial

Auxilia na identificação das formas, tamanhos e texturas. Quanto maior a resolução espacial, menor o tamanho dos pixels (área imageada).

Uma imagem é formada por um conjunto de pixels (por exemplo, de 50 por 50 metros, variável de acordo com o sensor e resolução).

2. Resolução espectral

Corresponde às bandas ou faixas do espectro eletromagnético em que o sensor é capaz de adquirir uma imagem. Por exemplo, um sensor é capaz de realizar o imageamento de uma área com resolução de 11 faixas do espectro. 

Na região do visível, os valores oscilam de 400 a 732 nm. Logo, nesta faixa, para cada intervalo existem inúmeras bandas espectrais (intervalo de valores).

Quanto maior o número de bandas, maior é a resolução espectral. É relacionado à capacidade de distinção da composição química dos tecidos.

3. Resolução radiométrica

Capacidade do sensor em registrar níveis de cinza. Esta quantidade é normalmente medida em número de bits (2n. N corresponde ao número de bits da imagem).

Quando (n) assume o valor de 6, por exemplo, teremos 64 bits ou níveis de cinza, onde o branco corresponde ao valor máximo e 0 à coloração preta.

Quanto maiores os níveis de cinza ou intervalos de bits, maior o detalhamento das imagens.

4. Resolução temporal

Diz respeito ao número de imagens que podem ser adquiridas ao longo do tempo. Quando falamos de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) ou aeronaves, e até mesmo sensores portáteis, essa resolução pode ser no momento em que o técnico considerar necessário, se as condições ambientais forem favoráveis. 

Já os sensores orbitais possuem resolução temporal fixa. Ou seja, o tempo de nova passagem e imageamento de uma área é fixo, podendo sofrer interferências de condições ambientais, como grande presença de nuvens.

5. Padrões de cores do NDVI

O NDVI não possui uma paleta de cores fixa, embora a maioria dos programas assuma coloração vermelha para áreas com pouca vegetação ou de solo exposto, e coloração verde para áreas de intensa vegetação.

Cores verdes intensas representam maior NDVI, ou seja, plantas mais vigorosas, porém podem diminuir, e adquir coloração verde-claro, amarelo, bege, laranja e por fim vermelho, indicando falta de vegetação ou solo exposto.

Como interpretar imagens NDVI?

Para interpretar imagens NDVI é preciso entender a escala de cores e os valores que representam, além de usar uma ferramenta que apresente esses elementos claramente. Confira abaixo: 

Escala de Cores

  • Verde Escuro: Áreas com alta densidade de vegetação saudável e vigorosa. Geralmente, indica locais com maior biomassa vegetal; 
  • Verde Claro: Indica áreas com vegetação moderada ou em estágios iniciais de crescimento;
  • Amarelo/Laranja: Sugere áreas com pouca vegetação, solo exposto ou vegetação sob estresse;
  • Vermelho: Representa áreas sem vegetação, como solo nu, água ou áreas urbanas.

Valores NDVI

  • Valores Negativos (-1 a 0): Indicam água, neve, nuvens ou áreas com pouca ou nenhuma vegetação;
  • Valores Próximos a Zero (0 a 0,2): Áreas com solo exposto, rochas ou vegetação muito esparsa;
  • Valores Positivos (0,2 a 1): Presença de vegetação. Quanto maior o valor, maior a densidade e o vigor da vegetação.

Dicas para Interpretação

  • Contexto: Considere o tipo de vegetação, época do ano e condições climáticas ao analisar as imagens;
  • Comparação: Compare imagens NDVI ao longo do tempo para monitorar mudanças na vegetação, como crescimento, estresse hídrico ou desmatamento;
  • Combinação com outras informações: Utilize as imagens NDVI em conjunto com outros dados, como mapas de solo, dados meteorológicos e imagens de satélite de alta resolução, para obter uma análise mais completa.

A interpretação de imagens NDVI requer prática e conhecimento. Comece com o básico e explore as diferentes ferramentas e recursos disponíveis para aprimorar suas habilidades.

Comportamento do NDVI durante o ciclo de cultivo da soja

O NDVI apresenta valores próximos 0,4 no início de novembro, coincidindo com o período em que são realizados manejos de preparo de solo e pré-plantio, com dessecação das áreas.

Posteriormente, há um aumento no período que compreende o final do mês de novembro (0,4) até o final do mês de fevereiro (0,8), período em que a cultura está em desenvolvimento vegetativo. 

Os valores máximos de NDVI são encontrados geralmente na fase de floração (0,823), que se inicia entre final de janeiro e final de fevereiro, período de  máxima biomassa vegetal da cultura. Nessa fase ocorre saturação do NDVI.

Após a floração, começa o decréscimo acentuado do NDVI, relacionado ao enchimento de grãos. 

O estádio de maturidade fisiológica da cultura ocorre após o final do enchimento de grãos (final de março e início de abril), com leve decréscimo do NDVI após a maturação, pela perda das folhas e senescência total das plantas. 

Após a maturação, começa novamente o aumento do NDVI pelo crescimento vegetativo de outras plantas e até mesmo de plantas de soja, oriundas dos grãos perdidos durante a colheita.

Quais problemas na lavoura as imagens NDVI conseguem identificar?

Diversos estudos já identificaram as alterações das respostas dos índices de vegetação ao longo do ciclo de diferentes culturas, incluindo soja e milho.

Essas ferramentas podem dar informações acerca das condições fenológicas da cultura. Desta forma, você pode planejar tratos culturais mais assertivos, como aplicação de fertilizantes, irrigação e tratos fitossanitários.

Os índices, especialmente imagens NDVI, podem fornecer informações sobre o ciclo total das culturas, além de poder estimar a produção e rendimento delas.

Além disso,  são eficazes na identificação precoce de problemas relacionados a nutrição, pragas e erosão do solo. 

Essas informações permitem que você estabeleça estratégias de comercialização e regulação de suprimentos. 

Ter uma ferramenta de gestão de fazendas que integre imagens NDVI faz toda a diferença para elevar a eficiência e a sustentabilidade das operações agrícolas. 

Essa combinação permite que você tome decisões cada vez mais assertivas em todas as etapas do cultivo. 

Impactos e perspectivas do novo coronavírus no agronegócio

Coronavírus no agronegócio: confira as principais notícias do setor, as perspectivas do mercado e uma solução para sua gestão. 

O agro não vai parar! Isso é fato, até porque os negócios rurais alimentam o mundo e fornecem matéria-prima para diversos produtos que fazem a economia girar. 

Mas entre tantas incertezas após a chegada do Covid-19, todos ficam apreensivos sobre os próximos acontecimentos e como isso será refletido no mercado. 

Para auxiliar produtores e profissionais rurais, selecionamos as principais informações sobre os impactos e perspectivas durante e após o coronavírus no agronegócio. Confira a seguir!

Logísticas e exportações 

Mesmo com incertezas futuras, os mercados internos e externos de soja, por exemplo, continuam trabalhando com otimismo. 

Isso porque o dólar se valorizou diante das mudanças no cenário econômico mundial e, como resultado, os preços da oleaginosa subiram. 

A demanda chinesa permanece nos portos brasileiros e pretende superar as expectativas de exportações em abril e, ainda, de acordo com o Canal Rural, deve ser assim durante todo o primeiro semestre do ano. 

Essa valorização também se mantém para outras commodities agrícolas como o milho e o café.  

Esse cenário tende a mudar naturalmente no segundo semestre de 2020, por conta de acordos comerciais norte-americanos. 

coronavírus no agronegócio

(Fonte: Canal Rural)

Os produtores podem continuar otimistas? 

Recentemente conversamos sobre este momento com o Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures (referência na condução de investimentos em Venture Capital no Brasil e focada em promover o crescimento de negócios inovadores no agronegócio). 

No bate-papo abordamos os cenários dos mercados financeiros e da economia mundial para os produtores e que o otimismo depende da situação de cada negócio rural. 

“Para quem já vendeu e garantiu margem, esse não será um grande desafio, mas a preocupação é o planejamento para a próxima safra. Num cenário de crise, a regra do jogo é liquidez”, relata o especialista. 

Outro assunto comentado durante a conversa é que um dos setores mais atingidos e preocupantes é o da cana – mercado de açúcar e álcool – por conta da queda do preço do petróleo.  

Outro setor de atenção é o de algodão – mercado de fibra, o de flores e plantas ornamentais e também o de hortaliças e frutas por conta da mudança de alimentação.

Entretanto, os cereais estão sendo vistos com bons olhos como já citado acima.

Obrigatoriedades: IR, LCDPR e Crédito Rural

Uma das medidas adotadas pela Receita Federal e seguindo a recomendação de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi a prorrogação das obrigatoriedades que aconteceriam em abril. 

A entrega final da declaração do Imposto de Renda de pessoa física, assim como do Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR) serão até o dia 30 de junho de 2020.

É um fôlego a mais para produtores e empresários rurais buscarem os documentos necessários, mas atenção: não deixe para o último momento! 

Sobre o Crédito Rural, no último dia 07 de abril foi sancionado a chamada MP do Agro (Lei 13.986/2020) que amplia o acesso ao financiamento agrícola, expandindo recursos e reduzindo taxas de juros. 

A medida provisória prevê: 

  • Fundo Garantidor Solidário (FGS) – troca de aval entre produtores para dar garantia às empresas, bancos e tradings. 
  • Patrimônio Rural em Afetação – permite ao proprietário rural oferecer parte de seu imóvel como garantia nos empréstimos rurais.
  • Além de equalização de taxas de juros para instituições financeiras privadas, entre outras operações. 

Segundo o especialista, Francisco Jardim, o ideal agora é analisar como está a saúde financeira da fazenda e a gestão para se devolver e evoluir.

Mudança de hábito dos consumidores 

O isolamento social na maioria das cidades brasileiras levou a uma mudança no dia a dia e, sobretudo, na alimentação das famílias. 

E assim também aconteceu com o consumo de carnes, por exemplo. Nos últimos dias, o preço do boi gordo caiu por conta da pressão dos frigoríficos sobre os pecuaristas e como divulgado pelo Canal Rural, apesar dessas projeções o cenário ainda se mantém incerto. 

Por isso, o momento também é de adaptação dentro e fora da porteira para garantir liquidez e trabalhar com produtos que podem ser menos afetados durante a crise.

“Essa crise tem um impacto devastador na demanda e no consumo de formas diferentes, causando uma ruptura na cadeia de suprimentos”, destaca Fernando Jardim.

Como se proteger e cuidar da gestão rural?

“Quem tiver o controle da gestão e uma boa saúde financeira de seu negócio, provavelmente sairá melhor desta crise” ressaltou Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures. 

Cuidar do fluxo de caixa, mapear 100% despesas, entender o que pode ser cortado e saber exatamente como está a saúde financeira da fazenda é essencial. Assim, as plataformas que ajudam na gestão do campo ganham ainda mais importância nesse período.

“A melhor forma de disseminar a gestão é via ferramentas tecnológicas, este é o diferencial. Em um cenário de crise, o produtor deve olhar suas operações e saber onde está ganhando, onde está perdendo, se é o momento de investir em agricultura de precisão e como estão seus investimentos, a compra de insumos, etc.”

Isso é possível com um software de gestão, que torna todo o processo e análise mais fácil!

Procurando um aplicativo de gestão? Conheça o Aegro!

O Aegro já ajudou mais de mil produtores rurais a melhorarem a gestão da sua fazenda e tem mais 1,5 milhão de hectares cadastrados.

O aplicativo une as áreas operacional e financeira da fazenda para dar ao produtor uma gestão eficiente da propriedade rural. 

Desenvolvido com ajuda de produtores e agrônomos para se adaptar à rotina no campo, o Aegro é fácil de usar e pode ser utilizado pelo computador ou celular, com cadastro de atividades e consulta de estoque pelo aplicativo mobile, mesmo sem internet.

No final do ciclo produtivo, o Aegro oferece uma análise detalhada sobre os custos de produção e a rentabilidade de cada talhão.

Desta maneira, o produtor pode entender o que deu certo ou errado no plantio e otimizar os processos da sua lavoura.

Com ele sua equipe pode:

  • Planejar, controlar e registrar atividades diretamente do campo, mesmo sem internet;
  • Mapear e medir áreas dos talhões;
  • Registrar observações com geolocalização e fotos;
  • Controlar os abastecimentos e as manutenções de máquinas;
  • Registrar leitura de pluviômetros e acompanhar a quantidade acumulada de precipitação na safra;
  • Realizar o monitoramento de pragas e doenças (MIP);
  • Gerenciar o fluxo de caixa, visualizando contas a pagar e cadastrando novas despesas;
  • Consultar o estoque da fazenda;
  • Trabalhar de forma integrada, com acesso simultâneo ao aplicativo.
aegro

É possível testar o aplicativo de gestão agrícola Aegro de forma gratuita, por meio de:

Boas práticas de prevenção

Além de cuidar da saúde de seu negócio, os produtores devem estar atentos à prevenção do Covid-19 no campo. 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alerta para os cuidados necessários, reforçando medidas de higiene em todas as etapas da produção. 

São mais de 15 milhões de pessoas que trabalham nos estabelecimentos agropecuários do Brasil (segundo IBGE) e por ser considerado linha de frente e atividade essencial neste momento, os profissionais do agro não podem ficar em isolamento social assim como a grande parte da população. 

Mesmo que as regras higiênicas-sanitárias já são conhecidas pelo produtores, vale lembrá-las principalmente para a circulação de mercadorias, logística e entradas e saídas dos colaboradores da fazenda. 

Veja abaixo as recomendações gerais do Mapa:

  • Lavar, com frequência, as mãos, braços e rosto com água e sabão;
  • Aplicar, frequentemente, e sempre que necessário álcool gel nas mãos;
  • Aumentar a frequência de desinfecção das superfícies de contato de veículos, seja volante do trator e ou câmbio, painel e maçanetas de carros;
  • Manter a distância segura (cerca de 2 metros) entre pessoas nos locais de descanso e evitar aglomerações.

Conclusão 

Vimos que todos os setores do agro estão em oscilações por conta da pandemia do coronavírus que atinge o mundo todo. Alguns setores são mais preocupantes e outros ainda se mantêm em evolução, como os grãos e cereais. 

Portanto, quem saber cuidar de sua gestão, de forma digital e remotamente, com certeza se sairá melhor durante e após os impactos do Covid-19. Para isso, um bom aplicativo de gestão fará toda a diferença.  

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Gestão logística: Supere os desafios de transporte no agro

Gestão logística: Entenda qual o peso do frete, se vale a pena armazenar a produção e como obter mais eficiência e lucratividade com uma logística melhor.

Na hora de transportar a mercadoria da fazenda, o que vale mais a pena: um caminhão maior, que exige mais tempo de carregamento, ou menor e com frete mais caro? 

Compensa mesmo armazenar a produção e vender depois?

Frequentemente, uma série de decisões precisa ser tomada com relação à gestão logística. Mas como tomar a melhor possível?

Reunimos aqui importantes pontos sobre os desafios do transporte e gestão logística apresentados pelo coordenador técnico da Esalq-Log, Thiago Péra, durante a Semana da Pré-Safra.

O webinar completo você confere aqui. Os principais assuntos abordados na palestra você confere a seguir!

Os desafios de logística enfrentados pelo agronegócio

Quando falamos em logística, logo lembramos do transporte de mercadorias – mas não é só isso. 

A logística compreende uma série de atividades da fazenda como gestão de estoque, manuseio dos produtos agrícolas, armazenagem, e por aí vai…

Ela faz parte da estrutura de custos da sua empresa rural.

E, dentro dessa estrutura, há uma série de gargalos que podem prejudicar a competitividade, encarecendo a produção e impactando a lucratividade.

“O sistema de produção é totalmente dependente da logística. Nós temos aumentado nossa produtividade, utilizando novos pacotes tecnológicos, mas muito dessa competitividade acaba sendo perdida nas atividades logísticas devido, principalmente, à falta de estrutura de transporte adequado”, reforça Péra.

Ele ressalta que o impacto dos custos logísticos no agro é proporcionalmente maior que o de setores como a indústria devido ao baixo valor agregado dos produtos agrícolas.

Em alguns casos, o preço do item é inferior ao do frete. 

Além disso, apesar da demanda constante pelos produtos agro, há uma janela específica de produção, evidenciando a importância da gestão do estoque.

“Nós temos um mercado altamente concorrencial, em que os preços muitas vezes são dados em dólares. E como podemos aumentar nossa lucratividade? Precisamos melhorar nossa gestão de custos, aumentar a produtividade e trabalhar com redução dos custos para aumentar nossa competitividade”, diz Péra.

Os impactos do frete na logística

A produção agrícola demanda infraestruturas diferentes de transporte e armazenagem da cadeia logística industrial, por exemplo. 

E o preço do frete no agronegócio, quando falamos em grãos, como soja e milho, tem alta sazonalidade.

Durante a safra, eles tendem a ficar ainda mais caros devido à demanda aquecida, como você pode observar no gráfico abaixo:

gestão logística

Variação dos fretes de 2010 a 2017 nas culturas de soja e milho
(Fonte: Esalq-Log)

Observe que, em 2017, o impacto médio do frete para o milho, de Sorriso (MT) até o porto de Santos (SP), foi de quase 60%.

No caso da soja, o valor do frete no custo total foi de quase um quarto do preço final, considerando o transporte de Sorriso até Paranaguá (PR).

Thiago Péra enfatiza que temos no Brasil uma grande dependência do modal rodoviário hoje.

Cerca de 60% do escoamento de toda a produção é feita através de caminhões, devido à flexibilidade no transporte de “porta a porta”.

O modal, porém, é de baixa eficiência energética, o que acaba encarecendo muito os custos logísticos, principalmente em viagens longas. E isso é muito comum no Brasil.

“A distância média de transporte de grãos no país é de 1.300 quilômetros. O rendimento de combustível é de 2/km por litro em um caminhão. Ou seja, se consome muito e estamos em um momento de alta nos preços do óleo”, afirma.

Outro problema é a falta de qualidade das rodovias. Muitas estão esburacadas e outras tantas sofrem até com falta de pavimentação, afetando fortemente a competitividade.

“Países de dimensões continentais como China, Canadá, Estados Unidos e Rússia têm maior dependência de outros modais alternativos ao rodoviário. É necessário nos aproximarmos dessa situação”, diz.

Gestão logística: Custo de exportação da soja 

O custo de produção da soja é bastante similar entre o Brasil e outros países produtores, segundo Péra. Os custos logísticos, no entanto, pesam muito contra a produção brasileira.

Como você pode ver no gráfico abaixo, o custo logístico de exportar soja brasileira para a China, em 2017, foi de US$ 92,12 por tonelada.

Deste total, mais de US$ 75 foram gastos com transporte interno até a chegada da mercadoria ao porto. O restante, US$ 16 em média, foram custos marítimos.

Para comparação, nos Estados Unidos, o custo total de exportação da soja para a China (no mesmo período), foi de menos de US$ 65 por tonelada. Os custos com transporte interno foram inferiores a US$ 38/t.

“Ou seja, perdemos muita competitividade no transporte rodoviário. É um ponto bastante significativo”.

gestão logística

(Fonte: USDA e Esalq-Log)

Gestão do transporte dentro de um plano logístico

Na hora de transportar a mercadoria da fazenda, o que vale mais a pena: escolher caminhões maiores e que exigem mais tempo de carregamento ou caminhões menores com frete mais caro proporcionalmente? 

Compensa optar por um caminhão mais velho, que tem bom custo de oportunidade, mas risco de quebra maior?

E quanto ao modal? O transporte rodoviário é mais caro, mas é mais rápido e gera menos perdas…

Frequentemente, uma série de decisões precisa ser tomada com relação ao transporte de mercadorias de determinado produto da fazenda. E precisamos, então, ter uma série de ferramentas para isso.

Como, então, tomar a melhor decisão possível?

Alguns modelos matemáticos de otimização podem ser implementados para auxiliar essa tomada de decisão. Mas tudo começa na estruturação de custos

O custo de transporte de uma rota depende de dois grandes fatores, informa Péra:

  • custo fixo (deterioração, seguro, etc)
  • custo variável (pneu, óleo, manutenção, etc)

Além disso, temos um parâmetro de produtividade que está relacionado às características daquela rota específica – rendimento do combustível, velocidade, distância e etc.

Veja no gráfico um exemplo de composição de custos do transporte rodoviário:

gestão logística

(Fonte: Esalq-Log)

O combustível representa por volta de 30% desses custos e, quanto maior a distância, maior o custo variável. 

Para cada R$ 0,10 de redução por litro no óleo diesel, pode haver uma economia anual de até R$ 84 mil, considerando as condições estudadas, conforme o gráfico.

gestão logística

Análise de sensibilidade de produtividade: transporte de cana (Rodotrem, 48t), raio médio de 20 km para 1 milhão de toneladas
(Fonte: Esalq-Log)

“Há uma série de ações que podem ser empregadas para melhorar esses indicadores. É extremamente importante mensuramos uma série de indicadores-chave dentro do transporte, fazer o acompanhamento devido, para ter melhor gestão”.

E o que pode ser feito para reduzir custos? 

No caso dos combustíveis, uma opção pode ser a compra direta, com economia de escala. 

Para melhorar o rendimento, uma alternativa é aumentar o treinamento dos motoristas. 

Quanto aos centros de carregamento, podem ser feitos investimentos em novas tecnologias para carregamento/descarregamento dos grãos.

Já na questão da velocidade, a melhoria nas condições de transporte, com reforma de estradas estratégicas (principalmente na saída da fazenda) são pontos de atenção.

Outra tendência no transporte rodoviário de carga é a busca de economia de escala. E isso tem muito a ver com aumentar a produção e ter redução do custo médio do transporte.

O gráfico abaixo mostra o custo do transporte, em reais por tonelada em km, em função da distância por diferentes tipos de equipamentos:

gestão logística

(Fonte: Esalq-Log)

Se selecionarmos para uma determinada faixa de distância (1.500 km, por exemplo), uma carreta de 27 toneladas tem custo muito maior que um bitrem 37t basculante ou graneleiro. 

“Quanto maior capacidade de transporte, maior economia de escala, ou seja menor seu custo unitário de transporte. É algo bastante interessante e tem sido bastante empregado com utilização de caminhões cada vez maiores”, diz Péra. 

No caso do transporte ferroviário, isso se aplica utilizando um maior número de vagões e/ou vagões de maior tamanho.

Por isso, cada caso é um caso. É importante que você tenha todas essas informações de sua logística na ponta do lápis e ir verificando quais são suas opções, com prós e contras de cada uma.

Armazenagem

A armazenagem tem função de compensar algum problema espacial ou temporal entre oferta e demanda.

Ela garante equilíbrio nos estoques ao longo do tempo e pode ser usada de forma estratégica na comercialização.

“Com armazenagem, você pode aproveitar oportunidades tanto no preço de comercialização quanto no frete em épocas fora do período da colheita. Você pode guardar o produto e negociar na hora em que bem entender: quando o preço está mais favorável, quando o frete está mais baixo, obtendo ganhos econômicos”, reforça o coordenador da Esalq-Log.

O gráfico abaixo mostra que, conforme há o avanço da colheita, há queda de preços. Além disso, o aumento de preços no frete durante a safra chega a ser de 50% a 60% maior se comparado à entressafra.

gestão logística

Mas a estrutura de armazenamento no Brasil tem sido deficitária em relação ao aumento da produção.

E esse desequilíbrio pode ser visto na formação de longas filas de caminhões próximos aos portos, um exemplo do “estoque sobre rodas” que ocorre no país.

Segundo Péra, enquanto a produção cresce 5,8% ao ano, em média, a capacidade de armazenamento aumenta menos de 4,5%.

Em 2007, a capacidade de estocagem no país era de 85% da produção. Em 2015, esse índice passou para 75%. Para comparação, nos Estados Unidos, essa capacidade é de 150% da produção. 

gestão logística

Evolução da armazenagem x produção no Brasil
(Fonte: elaborado por Thiago Péra a partir de dados do IBGE, 2016)

“Temos um baixo nível de possibilidade de armazenagem e menos de 18% dessa capacidade está nas propriedades agrícolas, ou seja, cujos produtores são donos. Aumentar essa capacidade dentro da fazenda acaba aumentando poder de barganha do produtor, que vai decidir quando vender. Isso muda até o perfil da estrutura de comercialização desses produtos”, diz Péra.

Ele reforça que é muito importante buscar ferramentas econômicas para viabilizar esse tipo de investimento na propriedade rural. 

Gestão de perdas na logística

Problemas na gestão logística resultaram na perda aproximada de 2,3 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) no Brasil em 2015.

Esse volume representa 1,3% da produção nacional, somando perdas de R$ 2 bilhões.

“As perdas podem até ser pequenas em relação a produto, mas muito significativas em termos econômicos”, reforça Péra.

A maior parte das perdas está na armazenagem (45,5%) e descarregamento da carga (21,5%).

gestão logística

(Fonte: Thiago Péra)

O coordenador comenta que é muito comum perder horas no carregamento e descarregamento das cargas, o que impacta muito o custo da produção.

Mas como melhorar a eficiência operacional?

Possíveis caminhos são:

  • Melhorar a organização para tomada de decisão;
  • Ferramentas de previsão de frete (O Sifreca, da Esalq-Log permite acompanhar o frete em diversas regiões do país e é gratuito);
  • Investimento em pessoas (treinamento, plano de carreira);
  • Comunicação (integração entre diversos setores agrícolas);
  • Acessar indicadores de desempenho e benchmarking;
  • Soluções tecnológicas.

Buscar economias de escala e incrementar a qualidade do serviço de transporte também são pontos importantes levantados pelo coordenador.

Conclusão

O impacto dos custos logísticos na cadeia do agronegócio é maior do que em outros setores da economia e isso impacta a lucratividade do seu negócio rural.

Fazer a melhor gestão logística na sua propriedade, desde o planejamento até o escoamento da produção, permite ganhos de eficiência e mais rentabilidade.

O investimento em armazenagem, principalmente dentro da fazenda, pode viabilizar a venda da produção no melhor momento e entregá-la com melhor custo-benefício.

Investimento em pessoas, melhoria da comunicação, organização de dados e ferramentas do frete também contribuem neste sentido.

Como já comentamos, o levantamento de todas as informações e custos de cada opção devem ser analisadas para a melhor decisão para o seu negócio. 

Com todas as informações reunidas aqui temos certeza que você terá sucesso na sua gestão logística!

Você tem um plano de gestão logística na sua propriedade hoje? Quais são suas dificuldades? Assista nosso webinar aqui!

Quem trabalha no campo, trabalha para todos: Celebre o Dia do Agricultor

Dia do agricultor: Confira a história desse dia, quais os motivos que temos para celebrar, as mudanças do agricultor nos dias de hoje e muito mais!

Dia 28 de Julho comemoramos o Dia do Agricultor!

A data foi instituída em 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, para comemorar os 100 anos da criação do Ministério da Agricultura.

Muita coisa mudou desde essa época: a ciência, a tecnologia e o empreendedorismo inerentes aos agricultores brasileiros transformaram a arte de produzir alimento.

Tanto é assim, que a produção brasileira de grãos cresceu 400% nos últimos 40 anos, enquanto a área efetivamente semeada aumentou apenas 40%.

Mas não é só nisso que se baseia o agro do Brasil. Do algodão da roupa, passando pelo etanol do seu carro, até o pãozinho de cada dia, passam pelas mãos do agricultor.

Quem trabalha no campo, trabalha para todos! Se você ainda tem dúvidas ou quer saber mais sobre isso acompanhe nosso artigo!

A história por trás da data do Dia do Agricultor

Em 28 de julho de 1860, Dom Pedro II criou a Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Já em 1930, depois de diversas mudanças de nomenclatura, a Pasta passou a se chamar Ministério da Agricultura.

E em 1960, o presidente Juscelino Kubitschek foi o responsável pela instituição do dia 28 de julho como Dia do Agricultor, sancionando o Decreto de Lei nº 48.630, de 27 de julho de 1960.

O então presidente criou a data exatamente em homenagem ao centenário da fundação do Ministério da Agricultura por D. Pedro II.

Na época, o presidente disse em seu discurso que “o Brasil deve grande parte da sua prosperidade à economia agrícola”.

Nós veremos que, quase 60 anos depois, essa frase ainda é bastante atual!

Dia do Agricultor

O governo de JK, que instituiu o Dia do Agricultor, possuía um Plano de Metas, sendo uma delas a meta de mecanização da agricultura, a qual indicava a necessidade de fabricação de tratores, prevista na meta da indústria automobilística
(Fonte: FGV)

A importância do Dia do Agricultor

Como já comentamos, a importância do agricultor vai muito além de colocar um alimento em sua mesa.

Além de produzir alimentos, o agricultor é responsável por produzir matéria-prima para inúmeros insumos que você consome no dia a dia.

O papel, a borracha e o lápis que você utilizou só estavam disponíveis porque algum agricultor trabalhou arduamente plantando árvores, como eucalipto e pinus, por exemplo.

O mesmo sentido vale para sua roupa que precisa do algodão, seus móveis que precisam da madeira, enfim… todos os produtos de nosso dia a dia têm uma ligação com o agricultor.

Só quem é agricultor sabe que essa profissão vai muito além. Não existe feriado, finais de semanas, “muito cedo” ou “muito tarde”.

Além disso, a agricultura envolve muitas outras habilidades que as ciências agrárias: 

  • Gestão de pessoas para que sua equipe esteja motivada e treinada; 
  • Gestão empresarial para a saúde financeira e operacional;
  • Entender e conhecer o mercado para não perder oportunidades – e tantas outras funções que acabam exercendo.

Isso sem falar do dinamismo empreendedor que os agricultores brasileiros sempre tiveram para tornar as safras do Brasil as maiores e melhores do mundo todo.

Vale destacar aqui os inúmeros agricultores e suas famílias que deixaram seu lar em sua cidade natal e foram enfrentar fronteiras agrícolas como Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Eles desbravaram o Brasil e conseguiram transformar condições impróprias, como o solo ácido do Cerrado ou o clima do Norte e Nordeste, em oportunidades para prosperar.

Por isso, o agricultor é um membro muito importante para a sociedade, justificando ter um dia para sua homenagem.

Dia do agricultor: agricultor(a) do passado e do presente

Conforme os anos foram passando, muita coisa mudou no campo e os agricultores também acompanharam essa evolução.

Antigamente, o produtor rural era visto como um trabalhador que vivia isolado da sociedade, sem muita escolaridade, desatualizado das informações e com poucos meios de comunicação.

Essa realidade mudou, começando pela escolaridade dos produtores, os quais, especialmente em médias e grandes propriedades, possuem graduação completa.

Não foi só o desenvolvimento do Brasil que levou a isso, mas também a necessidade de conhecimento para ter lucro com o trabalho rural que exigiu essa escolaridade.

Os agricultores sabem que, sem o devido estudo, é impossível ter sucesso em um negócio que exige tantas habilidades como já comentamos.

A comunicação e tecnologia também impulsionam o trabalho do agricultor. Hoje, 96% utilizam celulares, sendo que, destes, quase 3/4 utilizam as redes sociais.

Dia do Agricultor

Produtor rural em grandes e pequenas propriedades hoje tem mais acesso à tecnologia
(Fonte: ABMRA)

Com isso, aplicativos para auxiliar na gestão de sua propriedade, sistemas de agricultura de precisão, irrigação e outros estão se tornando comuns e vieram para ficar na agricultura brasileira, ajudando e otimizando o trabalho do agricultor. 

Falando em mudanças e no agricultor do presente, o termo mais correto aqui seria o Dia do(a) Agricultor(a).

A presença feminina do campo passou de figurante para protagonismo, lugar conquistado e merecido já há tempos pelas mulheres do nosso agro.

Conforme indica a figura abaixo, pesquisa feita pela ABMRA mostra que quase 1/3 das fazendas tem agricultoras no comando!

Dia do agricultor

(Fonte: ABMRA)

6 motivos para o Dia do Agricultor: Por que quem trabalha no campo trabalha para todos? 

Ainda tem dúvidas de que quem trabalha no campo trabalha para todos? Confira então 6 motivos para isso:

1°: Porque move os veículos com etanol e veste o mundo todo com algodão

As malhas de algodão sempre são as mais confortáveis e mais utilizadas em todo o mundo. O Brasil vem crescendo no plantio de algodão, com aumento de quase 20% em 2018/19.

Além disso, é claro que você já ouviu falar em energia limpa, energia renovável ou em biocombustíveis.

O agricultor produz a matéria-prima para a realização de todas essas técnicas, como soja, mandioca, canola e, especialmente, a cana-de-açúcar.

2º: Porque estimula a geração de empregos

O agricultor gera emprego não apenas em sua lavoura, mas em toda cadeia produtiva. 

Desde o funcionário de uma fábrica de roupas a uma startup, proporcionando crescimento econômico.

No último ano, por exemplo, o setor agropecuário fechou com saldo positivo de geração de empregos: cerca de 3,4 mil postos de trabalho.

3º: Porque usa a tecnologia para o desenvolvimento do país

O agricultor está sempre em busca de novas tecnologias para aumentar o rendimento de suas lavouras. Indiretamente, fomenta a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico voltados para o setor agro.

4º: Porque cuida da nossa terra

Além de cuidar das fronteiras com outros países, o agricultor tem o dever de cuidar da terra.

E muito se engana quem pensa que é exatamente ele que prejudica a terra, pelo menos não intencionalmente. É da terra que ele tira o sustento próprio e o de sua família e é claro que ele não tem nenhuma intenção de danar o solo.

O cuidado com as erosões, o manejo para que o solo fique próprio para os cultivos e todas as operações agrícolas têm sempre como objetivo maior cuidar da terra para que a mesma seja viável para as futuras gerações. É a sustentabilidade no agro.

5º: Porque alavanca a economia

Além dos inúmeros motivos que já destacamos aqui nesse texto sobre a importância do agricultor na sociedade, vamos ressaltar com alguns números:

Hoje, o mercado agrícola é responsável por mais de 20% do PIB e movimenta 38% dos empregos no país, sendo o setor que mais movimenta a economia.

6º: Porque alimenta o mundo!

Sabe aquela frase clichê: “Você já se alimentou hoje? Agradeça a um agricultor!”? Realmente ela faz sentido. Se o produtor rural não existisse, você não teria alimento em sua mesa.

Para você ter ideia, as fazendas brasileiras produzem o suficiente para alimentar quatro vezes a nossa população – ou mais de 850 milhões de pessoas ao redor do globo.

Dia do Agricultor

Produção de alimento no Brasil é suficiente para alimentar 850 milhões de pessoas; país é o um dos maiores produtores agrícolas do mundo
(Fonte: Blog Léo Gomes)

Dia do agricultor: Comemorações pelo Brasil

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integra (CATI) incentiva a realização de diversos eventos no estado de São Paulo para comemoração do Dia do Agricultor. E busca, além de homenagear o homem do campo, mostrar à sociedade sua importância!

Já no estado do Paraná, a região de Ibiporã ganha destaque na comemoração do Dia do Agricultor.

Em Brasília, além dos eventos promovidos por entidades como Senar e Sebrae, o Dia do Agricultor também é festejado com doação de alimentos.

Um pouco mais para o Sul, a prefeitura de Lauro Müller geralmente realiza uma megafesta para comemorar o Dia do Agricultor!

Aqui na Aegro celebramos este dia com um especial de 3 webinares gratuitos com especialistas do agro!

Neles, você verá quais são as perspectivas de preços para o 2° semestre, além de novas formas de comercialização e como fazer uma melhor gestão da fazenda.

dia do agricultor Aegro

E na sua região, como é comemorado o Dia do Agricultor?

Conclusão

Mais tecnologia e ciência em campo, mulheres no comando e muitas outras coisas mudaram, exceto a gratidão que devemos ter pelos agricultores! 

Muito além do alimento, os agricultores alavancam a economia do país, produzem fontes de energia e hoje investem em tecnologia para produzir mais e melhor.

Os agricultores brasileiros, em especial, há muito tempo já apresentam empreendedorismo e dinamismo invejáveis, desbravando novos locais e produzindo alimento onde antes era considerado impossível.

Por isso, você tem todos os motivos para celebrar este dia 28 de Julho com orgulho do nosso setor e nossos agricultores!

E você comemora o Dia do Agricultor? Sabia da importância dele para a sociedade? Gostou do texto? Deixe seu comentário!