Como gerar nota fiscal eletrônica produtor rural?

A nota fiscal eletrônica (NF-e) é indispensável para o produtor rural que deseja manter suas operações regularizadas e transparentes. Mais do que uma obrigação fiscal, esta é uma ferramenta obrigatória para organizar as finanças, conquistar novos mercados e evitar problemas com o fisco.

Se você ainda tem dúvidas sobre como gerar nota fiscal eletrônica de produtor rural, este guia é para você.

Vamos explicar o que é necessário para começar, quais documentos você precisa, o passo a passo para a emissão e como o Aegro simplifica todo o processo.

O que é necessário para gerar nota fiscal eletrônica produtor rural?

Antes de gerar nota fiscal eletrônica produtor rural, é importante estar com a documentação e as ferramentas certas em mãos. Veja o que você vai precisar:

  1. Cadastro de Produtor Rural: Certifique-se de estar registrado na Secretaria da Fazenda do seu estado. Esse cadastro é obrigatório para emitir NF-e;
  2. Certificado Digital A1: É a assinatura eletrônica que valida juridicamente a nota fiscal. O modelo A1 é o mais recomendado por ser armazenado no computador, oferecendo praticidade e segurança;
  3. Sistema emissor de notas: Você precisará de um software para gerar as notas.

Uma boa opção de emissor, especialmente para não quer gastar, é o emissor de notas fiscais Aegro, Além de ser grátis, é muito simples de usar, está disponível para celular e é voltado para produtores rurais. Clique no botão para saber mais!

Quem deve emitir a NF-e produtor rural?

A nota fiscal de produtor rural pode ser emitida tanto por produtores pessoa física quanto pessoa jurídica, sempre que realizar transações comerciais que envolvam suas mercadorias.

O Ajuste SINIEF nº 27/2024 determina que todos os produtores rurais passem a usar a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no lugar da Nota Fiscal modelo 4. Os prazos variam conforme o tipo de operação e o faturamento do produtor:

A partir de 3 de fevereiro de 2025:

  • Operações entre estados: Todos os produtores, de qualquer faturamento, devem emitir NF-e.
  • Operações dentro do estado: Obrigatória para quem teve receita bruta acima de R$ 360 mil em 2023 ou 2024.

A partir de 5 de janeiro de 2026:

Todos os produtores passam a ser obrigados a emitir NF-e também nas operações internas, mesmo com faturamento abaixo de R$ 360 mil.

Benefícios de gerar nota fiscal eletrônica produtor rural

Gerar a nota fiscal eletrônica produtor rural ajuda na regularidade fiscal, que mantém o produtor em dia com as obrigações legais, além da Transparência nas operações, que facilita auditorias e negociações.

A conformidade com a NF-e possibilita outros benefícios direto a propriedade rural, como:

  • Flexibilidade de localização: a NF-e pode ser emitida de qualquer computador, em qualquer município, estado ou país;
  • Maior controle das operações;
  • Redução de erros nos registros das operações;
  • Fim da exigência da necessidade de ir pessoalmente à prefeitura para retirar e devolver os talões de nota fiscal;
  • Aprovação das notas fiscais em fins de semana e feriados.

Passo a Passo de como gerar Nota Fiscal Eletrônica Produtor Rural

Emitir uma NF-e pode parecer complicado no início, mas seguindo este passo a passo você verá que o processo é mais simples do que parece. Abaixo você confere mais detalhes:

1. Certifique-se de ter o certificado digital ativo

O certificado digital A1 serve para validar sua nota. Se ainda não tiver um, recomendamos que adquira um com autoridade certificadora e que instale no computador que será usado para emitir as NF-e.

2. Escolha um sistema emissor

Você pode optar por sistemas pagos ou gratuitos. O emissor de notas fiscais Aegro, por exemplo, é gratuito e foi desenvolvido pensando nas necessidades do produtor rural.

3. Acesse o sistema e preencha os dados do emissor

No sistema escolhido, insira as informações da propriedade rural, como CNPJ ou CPF, endereço e dados do cadastro de produtor rural.

4. Preencha as informações do destinatário

Adicione os dados do cliente ou destinatário da mercadoria, incluindo CPF/CNPJ, endereço e informações de contato.

5. Descreva a operação

Detalhe o tipo de operação que está realizando, como venda, transferência ou exportação. Informe a natureza da operação, o CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) e o local de saída e entrega das mercadorias.

6. Liste os produtos

Insira os itens que estão sendo comercializados. Para cada produto, adicione:

  • Nome ou descrição;
  • Unidade de medida;
  • Quantidade;
  • Valor unitário e total;
  • Informações fiscais, como alíquota de ICMS, quando aplicável.

7. Gere e valide a nota

Após preencher todos os dados, revise as informações com cuidado. Em seguida, valide e envie a nota para a Secretaria da Fazenda por meio do sistema.

8. Armazene e envie ao cliente

A nota fiscal eletrônica será gerada em formato XML. Guarde o arquivo e envie uma cópia para o cliente, acompanhada do DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica).

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Por que o Certificado Digital A1 é tão importante?

O Certificado Digital A1 é uma assinatura eletrônica que garante a autenticidade e validade jurídica das notas fiscais.

O documento funciona como um arquivo digital que autentica pessoas físicas, jurídicas ou sistemas em transações eletrônicas. Além de ser essencial para o envio de NF-e à Secretaria da Fazenda, ele oferece diversas vantagens, tais como:

  • Praticidade: É armazenado no computador ou na nuvem, dispensando o uso de dispositivos físicos.
  • Segurança: Protege contra fraudes e adulterações nos documentos fiscais.
  • Custo-benefício: O modelo A1 tem validade de um ano, sendo suficiente para maioria dos produtores rurais.

Adquirir e instalar esse certificado é um investimento indispensável para quem deseja emitir notas fiscais eletrônicas.

Como gerar nota fiscal eletrônica produtor rural no Aegro?

O Emissor de Notas Fiscais da Aegro foi desenvolvido para atender às necessidades específicas do produtor rural.

A ferramenta é gratuita, fácil de usar e totalmente integrada à gestão da fazenda, permitindo que o processo de emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e) seja rápido e eficiente.

Com o emissor Aegro, você pode gerar suas notas fiscais diretamente pelo sistema, sem complicação, e acompanhar todas as operações financeiras da propriedade em um só lugar. Confira o passo a passo abaixo:

  1. Acesse o sistema: Entre no painel do Aegro e selecione a opção “Nota Fiscal Eletrônica”;
  2. Configure os dados iniciais: Adicione informações da propriedade, como CPF/CNPJ e endereço;
  3. Adicione o cliente: Insira os dados do destinatário da nota;
  4. Preencha os produtos: Escolha os produtos cadastrados no sistema ou adicione novos, detalhando quantidade e valor;
  5. Revise e envie: Verifique todos os campos, clique em “Gerar Nota” e o sistema se encarrega de enviá-la para a Secretaria da Fazenda;
  6. Envie para o cliente: O Aegro gera automaticamente o arquivo XML e o DANFE, prontos para serem compartilhados.

A emissão no Aegro é integrada com o Sefaz e com o controle financeiro da fazenda, permitindo acompanhar receitas e despesas em tempo real. Você pode gerar nota fiscal eletrônica produtor rural sem limites. Clique no banner para saber mais!

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Como restituir seguro da colheita perdida em desastres ambientais?

O seguro de colheita pode ser o melhor aliado para reduzir o impacto dos desastres naturais na sua fazenda

As atividades humanas estão alterando a atmosfera e causando mudanças climáticas no planeta. Essas mudanças podem, em um futuro próximo, provocar modificações no cenário agrícola brasileiro.

A agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, por isso a mudança no clima pode afetar a produção agrícola de várias formas: mudança na severidade de eventos extremos, no número de ondas de calor, modificação na ocorrência e na severidade de pragas e doenças.

Nos últimos anos, o Brasil tem sofrido intensamente com eventos climáticos extremos representados por fortes chuvas e calor intenso que deixam um rastro de destruição em diversos pontos do país.

O seguro da colheita pode ser o melhor aliado do agricultor para que ele não perca sua safra por conta de eventos climáticos e de outros perigos, garantindo a continuidade e o desenvolvimento sustentável da produção.

O que é o seguro de colheita?

O seguro da colheita protege contra prejuízos financeiros devido a adversidades climáticas. Ele garante segurança financeira para o produtor rural, mantendo a estabilidade mesmo diante de eventos climáticos inesperados.

A contratação é flexível e adaptável às necessidades de cada produtor. Planos personalizados levam em conta o tipo de cultura, área cultivada e riscos regionais. Isso torna o seguro efetivamente útil para cada agricultor.

Para quem é o seguro de colheita

O seguro de colheita atende diretamente os agricultores, produtores rurais e fazendeiros, independentemente do porte – pequeno, médio ou grande. Ele é ideal para quem tem como principal atividade a plantação e busca segurança contra imprevistos climáticos.

Adicionalmente, este seguro é adaptável a diferentes culturas e regiões. Isso significa que existe uma cobertura adequada para cada tipo de cultivo ou localização da fazenda. Ou seja, ele é projetado para atender às necessidades específicas de cada produtor, garantindo que a cobertura seja a mais eficiente possível.

Quais as coberturas do seguro de colheita

O seguro proporciona uma ampla variedade de coberturas, essenciais para proteger os agricultores contra as adversidades climáticas.

  • Incêndio e raio;
  • Tromba d’água;
  • Ventos fortes e ventos frios;
  • Geada;
  • Granizo;
  • Seca;
  • Chuvas excessivas.

O que o seguro não cobre

O seguro de colheita oferece uma ampla proteção, mas há situações que não estão cobertas, como:

  • Danos intencionais;
  • Má gestão agrícola;
  • Doenças e pragas;
  • Poluição e contaminação;
  • Conflitos e atos de guerra.

Como acionar o seguro em caso de sinistro

Ao enfrentar um sinistro coberto pelo seguro de colheita é crucial agir de forma rápida e organizada para assegurar a compensação adequada.

Seguir corretamente o processo faclita o processo de indenização, além de garantir que você receba o suporte necessário para recuperar-se das perdas.

  • Notificação imediata do sinistro: assim que identificar um sinistro, o primeiro passo é notificar a seguradora;
  • Documentação do sinistro: proceda com a coleta de todas as evidências relacionadas ao sinistro.;
  • Avaliação da seguradora: a seguradora, por sua vez, irá designar um perito ou uma equipe para avaliar os danos no local;
  • Processamento da indenização: com base na avaliação dos danos e na apólice contratada, a seguradora determina o valor da indenização;
  • Recebimento da indenização: uma vez aprovada, a indenização será procesada conforme os termos da apólice;
  • Reinício das atividades: com a indenizaão recebida, você poderá dar início às atividades de recuperação e planejamento para a próxima safra.

Conclusão

A contratação de um seguro de colheita é uma salvaguarda para os agricultores contra os desastres ambientais, como visto no Rio Grande do Sul em 2024.

Esse tipo de seguro oferece uma certa tranquilidade para que os agricultores possam planejar suas safras, investir em inovaçã e tecnologia e trabalhar para aumentar a produtividade, sem o temor constante de perdas devastadoras.

Checklist de pós-colheita: 10 melhores práticas

A pós-colheita é uma etapa estratégica que vai além de apenas finalizar o ciclo produtivo, sendo tão relevante quanto o plantio e a colheita. É neste momento que o esforço investido ao longo da safra em resultados concretos. 

Essa fase determina a qualidade dos grãos, a redução de perdas e a viabilidade econômica da produção, impactando diretamente a rentabilidade e a competitividade do produtor no mercado.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes como o manejo adequado do pós-colheita pode preservar a qualidade dos produtos agrícolas, otimizar o uso dos recursos e preparar o solo para o próximo ciclo. 

O que é a pós-colheita e por que ela é importante?

A pós-colheita envolve todas as práticas realizadas após a colheita da cultura, com o objetivo de manter a qualidade dos produtos, evitar perdas e garantir a rentabilidade. 

As principais etapas incluem o transporte, armazenamento, secagem e comercialização.  A negligência em qualquer uma dessas etapas pode resultar em perdas significativas, tanto em quantidade quanto em qualidade.

Checklist prático para o produtor no pós-colheita

Independente da cultura da sua propriedade rural, após a colheita, é importante ter um planejamento para garantir a qualidade do produto. 

Algo que não pode faltar é a eficiência do processo e a adoção de boas práticas na lavoura para as próximas etapas. Aqui está um checklist prático para ajudar nesse período:

1. Armazenamento da Colheita

  • Verifique a umidade e a temperatura do ambiente.
  • Remova resíduos de safras anteriores para evitar contaminação.
  • Realize o controle de pragas com tratamentos preventivos de armazenamento.

2. Secagem dos Grãos

  • Use medidores de umidade para garantir que os grãos estão secos adequadamente.
  • Evite temperaturas excessivas que podem prejudicar a qualidade do grão.

3. Verifique as condições dos equipamentos

  • Certifique-se de que máquinas e ferramentas estejam limpas, bem conservadas e adequadas para uso.
  • Se aplicável, confira o estado das bombas, filtros e tubulações para a próxima safra.

4. Garanta o transporte adequado 

  • Utilize veículos limpos e protegidos contra poeira e umidade.
  • Planeje a logística para minimizar o tempo de transporte e reduzir perdas.

5. Higienize os silos regularmente

  • Verifique o estado dos grãos armazenados para identificar sinais de pragas ou deterioração.
  • Monitore a umidade para garantir viabilidade comercial e evitar degradação.

6. Inspecione os grãos periodicamente 

  • Verifique o armazenamento para identificar sinais de pragas ou deterioração.
  • Faça testes de viabilidade dos grãos para manter o potencial comercial e reprodutivo.
  • Aja rapidamente ao identificar qualquer irregularidade, evitando a propagação de danos.

7. Monitore a umidade 

8. Classifique e selecione os produtos 

  • Separe os produtos por qualidade para maximizar o valor de mercado.
  • Organize os produtos com base em tamanho, peso e aspecto visual, garantindo uniformidade.
  • Atenda às normas de comercialização com padrões exigidos pelos compradores e pela legislação.

9. Adote culturas de cobertura no solo: 

  • Proteja o solo contra erosão e melhore a retenção de nutrientes com o plantio de culturas adequadas.
  • Enriqueça o solo com matéria orgânica e promova a atividade biológica.
  • Diminua a necessidade de fertilizantes químicos e herbicidas, controlando naturalmente plantas daninhas e recuperando nutrientes.

10. Utilize tecnologias digitais

  • Ferramentas como a Aegro ajudam a monitorar e planejar as etapas da pós-colheita, otimizando recursos e reduzindo perdas.
  • Centralize dados sobre colheita, armazenamento e transporte, garantindo maior controle e eficiência em cada etapa.

Pós-colheita por cultura: Cuidados específicos

Após a colheita, cada cultura exige cuidados diferentes para garantir que mantenham a qualidade e o valor de mercado. 

O manejo adequado no pós-colheita não só prolonga a vida útil dos produtos, mas também minimiza perdas e maximiza os resultados econômicos. 

Neste contexto, entender as necessidades específicas de cada cultura — como grãos, frutas ou hortaliças — são vitais para um processo de armazenagem, transporte e comercialização eficientes. Confira mais detalhes: 

1. Café: Após a colheita, lave os frutos e realize a secagem em terreiros ou secadores mecânicos.
2. Soja: Evite danos mecânicos durante o transporte e mantenha os grãos armazenados a uma umidade ideal de 13%.
3. Milho: Inspecione os grãos para evitar infestação de pragas e fungos, priorizando a ventilação no armazenamento.
4. Trigo: Realize a secagem rapidamente para evitar germinação indesejada.

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Principais causas de perdas na pós-colheita

As perdas pós-colheita resultam de fatores como contaminação, manuseio inadequado e armazenamento em condições desfavoráveis. 

Para minimizá-las, é preciso utilizar equipamentos adequados e em bom estado de conservação, realizar a secagem dos grãos logo após a colheita e monitorar continuamente as condições do ambiente de armazenamento.

1. Armazenamento inadequado

Fatores como temperatura, umidade e ventilação afetam diretamente a qualidade dos produtos armazenados. Ambientes mal controlados favorecem o desenvolvimento de fungos, pragas e deterioração dos grãos.

2. Transporte deficiente 

A má conservação das estradas, frotas inadequadas e falta de cuidado no transporte resultam em perdas significativas. Cargas mal protegidas também estão mais expostas a intempéries e danos mecânicos.

3. Proliferação de pragas e doenças

A falta de manejo fitossanitário, secagem insuficiente e armazenamento em condições inadequadas são fatores que aumentam a proliferação de pragas e fungos.

4. Secagem inadequada

A secagem inadequada de grãos e outros produtos pode levar ao aumento da umidade, favorecendo o crescimento de fungos e outros microrganismos que comprometem a qualidade e a viabilidade comercial.

5. Fatores climáticos 

Condições climáticas adversas, como chuvas fortes ou altas temperaturas, podem afetar negativamente a colheita e o armazenamento dos produtos.

Compreender essas causas e implementar estratégias eficazes de manejo, vai garantir a preservação da qualidade e o aproveitamento máximo da produção.

Por mais que você seja experiente na lavoura, procure não prolongar qualquer sinal de irregularidade com a sua pós-colheita.

Leia também:

A importância da pós-colheita no manejo agrícola

A fase de pós-colheita não se limita apenas à conservação dos grãos colhidos, mas também ao preparo do solo para o próximo ciclo agrícola.

Essa etapa é responsável por manter a qualidade dos produtos e assegurar a produtividade futura. Desde o transporte adequado até o manejo do solo, cada detalhe influencia diretamente a eficiência e a sustentabilidade da lavoura.

Além disso, práticas como a análise de solo, a rotação de culturas e a semeadura de plantas de cobertura ajudam a preparar a área para o próximo plantio, reduzindo a incidência de pragas, otimizando a retenção de nutrientes e aumentando a resiliência do solo.

Junto disso, o uso de tecnologias tem ajudado muito na a gestão pós-colheita. Uso de ferramentas como drones, imagens de satélite, sistemas de inteligência artificial e softwares de gestão agrícola auxiliam no monitoramento e controle de qualidade dos produtos.

Essas tecnologias permitem otimizar processos, reduzir perdas e aumentar a eficiência na cadeia produtiva.

O Aegro é uma dessas soluções e, além de ajudar no acompanhamento da colheita, tem módulos de controle financeiro, fiscal e monitoramento via NDVI.

Faça um teste gratuito por 7 dias e veja como a plataforma é capaz de ajudar em diversas áreas da sua propriedade rural, principalmente no pós-colheita. Clique no botão e saiba mais!


Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Guia: Análise de Balanço Patrimonial em Fazendas

Para o sucesso de qualquer fazenda, o acompanhamento da saúde financeira é o centro de toda a operação. E um dos melhores instrumentos para isso é o balanço patrimonial, que oferece uma visão clara do patrimônio da propriedade em determinado período. 

Saber analisar essa ferramenta pode ajudar a identificar oportunidades de crescimento, corrigir gargalos e tomar decisões estratégicas.

Neste artigo, vamos explicar melhor o que é um balanço patrimonial, trazer exemplos e dicas para aplicar essa análise na sua propriedade rural. Confira abaixo!

O que é balanço patrimonial?

O balanço patrimonial é um relatório contábil que apresenta os ativos, passivos e o patrimônio líquido de um negócio em uma data específica.

Basicamente, funciona como uma fotografia contábil do negócio, neste caso, da propriedade rural, que vai dividido e detalhado em: 

  1. Ativos: Tudo que a fazenda tem e que gera valor, como máquinas, terrenos, estoque de insumos e contas a receber.
  2. Passivos: Valores que a fazenda deve, como financiamentos, dívidas com fornecedores e impostos a pagar.
  3. Patrimônio líquido: Representa o que sobra quando subtraímos os passivos dos ativos. É, basicamente, o valor que pertence de fato ao proprietário.

Exemplo de balanço patrimonial: Se sua fazenda tem R$ 500 mil em ativos e R$ 200 mil em passivos, o patrimônio líquido será de R$ 300 mil. Esse número é o reflexo da riqueza acumulada pela propriedade.

Por que o balanço patrimonial é importante para uma propriedade rural?

Porque o balanço patrimonial permite avaliar o desempenho financeiro da fazenda, ajudando a entender o que a propriedade possui (ativos) e o que deve (passivos), além de mostrar o patrimônio líquido, ou seja, o valor efetivamente pertencente ao proprietário.

Além disso, facilita o planejamento financeiro, permitindo o ajuste do fluxo de caixa e a análise de crescimento sustentável, contribuindo para: 

  • Avaliar a saúde financeira: Um balanço equilibrado, onde os ativos superam os passivos, indica estabilidade. Já um balanço negativo pode sinalizar a necessidade de ajustes urgentes.
  • Facilitar financiamentos: Instituições financeiras analisam o balanço patrimonial para liberar crédito. Um relatório organizado e positivo aumenta as chances de aprovação.
  • Tomar decisões estratégicas: Com um balanço detalhado, você sabe exatamente onde investir, como cortar custos ou renegociar dívidas.
  • Atender obrigações legais: Para propriedades maiores, a legislação pode exigir o envio de balanços contábeis, especialmente em processos tributários como o Imposto de Renda.
Divulgação do kit de gestão financeira da fazenda. na lateral direita, uma foto com cédulas de real, calculadora e caneta

Como fazer a análise do balanço patrimonial da fazenda?

Para fazer a análise do balanço patrimonial da fazenda é necessário reunir alguns dados sobre bens fixos, como estoques, contas a receber e dívidas. 

Com tudo isso em mãos, é preciso fazer o cálculo de indicadores, como liquidez corrente, liquidez geral e grau de endividamento. Confira o passo passo completo abaixo:  

1. Classifique os ativos e passivos

Os ativos podem ser divididos em circulantes (recursos de curto prazo, como dinheiro em caixa e estoques) e não circulantes (bens de longo prazo, como terras e máquinas). 

Já os passivos seguem a mesma lógica, sendo separados em circulantes (dívidas de curto prazo) e não circulantes (financiamentos de longo prazo).

Exemplo: Um trator financiado com parcelas mensais seria um passivo circulante; o saldo final da dívida a ser quitada em 5 anos, um passivo não circulante.

2. Avalie o patrimônio líquido

O patrimônio líquido deve ser positivo e preferencialmente crescente ao longo do tempo. Se o valor está diminuindo, isso pode indicar que as dívidas estão crescendo mais rápido que os ativos, o que é um alerta para problemas financeiros.

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3. Calcule índices financeiros

Alguns indicadores ajudam vão ajudar você interpretar melhor o balanço, indicando o que deve ser corrigido e o que pode seguir da mesma maneira. Aqui estão os mais importantes:

  • Índice de liquidez corrente: Mostra se a fazenda tem recursos suficientes para pagar dívidas de curto prazo. Um índice maior que 1 é ideal. A fórmula é: 

Liquidez corrente = Ativos circulantes / Passivos circulantes

  • Índice de endividamento: Indica o quanto da fazenda é financiado por terceiros. Quanto menor o percentual, melhor.

Endividamento = Passivos totais / Ativos totais x 100

  • Rentabilidade do patrimônio líquido (ROE): Mede o retorno obtido sobre o patrimônio da fazenda. Um ROE crescente é sinal de eficiência.

ROE = Lucro líquido / Patrimônio líquido x 100

3. Análise tendências

Compare os balanços patrimoniais de períodos anteriores para identificar padrões. Um crescimento nos ativos pode indicar expansão da fazenda, enquanto um aumento nos passivos pode ser um sinal de alerta para renegociar dívidas.

Planilha de controle de endividamento rural

O que deve ser analisado em um balanço patrimonial de uma fazenda?

  • Terras e benfeitorias: Representam um dos maiores ativos de uma fazenda. Avalie o quanto esse patrimônio agrega valor ao negócio.
  • Estoque de insumos: Um estoque mal gerido pode significar capital parado. Verifique se os níveis de estoque são compatíveis com a necessidade da produção.
  • Dívidas com fornecedores e bancos: Dívidas de curto prazo podem prejudicar o fluxo de caixa se não forem bem planejadas.
  • Maquinário agrícola: Máquinas depreciadas podem perder valor rapidamente, afetando o balanço a longo prazo.

Como montar um balanço patrimonial eficiente para uma fazenda?

Montar um balanço patrimonial eficiente para uma fazenda exige organização, atenção aos detalhes e o uso de ferramentas adequadas. 

O maior segredo para a atividade é ter organização, conhecimento das finanças do negócio e uso de boas práticas contábeis. 

Esse documento vai ser o norteador da saúde financeira da propriedade e embasar decisões estratégicas. Veja o passo a passo para criar um balanço patrimonial eficiente:

1. Organize as informações financeiras

Registre todas as transações antes de montar o balanço. Essa organização vai ser essencial para que todas as entradas e saídas financeiras estejam devidamente registradas.

Utilize ferramentas ou softwares de gestão rural, como o Aegro, para facilitar esse processo, além de dividir os itens em ativos, passivos e patrimônio líquido.

2. Estruture o balanço patrimonial

O balanço patrimonial é organizado em duas partes principais, sendo elas:

  • Ativo: O que a fazenda possui. Deve ser dividido em:
    • Ativo circulante: Bens e direitos que podem ser transformados em dinheiro no curto prazo, como contas a receber, estoques de insumos e o caixa.
    • Ativo não circulante: Bens e direitos de longo prazo, como máquinas, veículos, terras, plantações permanentes e investimentos.
  • Passivo: As obrigações da fazenda. Deve ser dividido em:
    • Passivo circulante: Dívidas e obrigações com vencimento em até 12 meses, como financiamentos de curto prazo, dívidas com fornecedores e impostos a pagar.
    • Passivo não circulante: Obrigações de longo prazo, como financiamentos rurais e empréstimos bancários com prazos superiores a um ano.
    • Patrimônio líquido: Representa o valor que realmente pertence ao proprietário da fazenda, calculado pela diferença entre os ativos e os passivos. Inclui capital próprio investido, reservas de lucro e ajustes de avaliações patrimoniais.

3. Realize a avaliação dos bens

Atualize o valor dos ativos fixos, garantindo que bens como máquinas e terras estejam registrados com valores atualizados conforme o mercado ou considerando a depreciação acumulada.

Além disso, inclua no balanço o valor dos estoques, como grãos, insumos, sementes ou qualquer outro item armazenado com valor econômico, assegurando que esses dados reflitam de forma precisa a realidade financeira da fazenda.

Planilha para controle de estoque da fazenda

4. Use fórmulas contábeis para equilíbrio

Certifique-se de que o balanço está equilibrado, utilizando a fórmula básica:

Ativos = Passivos + Patrimônio Líquido 

5. Revise e atualize periodicamente

Um balanço patrimonial eficiente deve ser revisado e atualizado em períodos regulares, como no final de cada safra ou exercício contábil. Isso garante que as informações estejam sempre alinhadas à realidade financeira da fazenda.

6. Consulte um contador especializado

Embora o balanço possa ser estruturado internamente, contar com a ajuda de um contador especializado no agronegócio pode trazer mais segurança e precisão ao processo, além de garantir conformidade com as exigências legais e tributárias.

7. Utilize ferramentas de apoio

Para garantir precisão, utilize um software de gestão financeira rural que permita organizar os dados de forma prática e segura. Ferramentas específicas para o agronegócio, como o Aegro, ajudam a registrar e calcular automaticamente informações do balanço.

E o melhor: todos os registros ficam documentados e podem ser compartilhados com o seu contador. Veja mais detalhes de como o Aegro pode ajudar a sua propriedade rural a ter uma saúde financeira ainda melhor. Clique no vídeo e saiba mais!

Módulo II - Aba financeiro

Principais doenças de solo e como proteger suas culturas

O solo é um dos recursos mais importantes para a agricultura, não apenas sustenta as plantas, mas também influencia diretamente a qualidade e a produtividade das lavouras.

Quando negligenciado, pode se tornar um ambiente propício para o surgimento de doenças de solo que afetam severamente a produção agrícola. 

Estas doenças podem comprometer as raízes, caules e até os frutos prejudicando tanto a qualidade quanto a quantidade colhida

A grande maioria das doenças de solo são causadas por agentes patogênicos como fungos, bactérias, nematóides e vírus que sobrevivem e se multiplicam no solo.

Essas pragas atacam diretamente as plantas comprometendo seu desenvolvimento e em muitos casos levando à morte.

A presença desses organismos no solo é um dos principais fatores que comprometem a longevidade das lavouras e a saúde do ecossistema agrícola.

O que são doenças de solo?

As doenças de solo são originadas por agentes patogênicos como fungos, bactérias, nematoides e vírus, que possuem a capacidade de sobreviver e se multiplicar no ambiente do solo, criando condições desfavoráveis ao desenvolvimento das plantas.

Esses organismos podem permanecer inativos no solo por longos períodos, esperando condições adequadas para se retirarem e atacarem as culturas agrícolas.

É comum agirem diretamente nas raízes e, em alguns casos, nas partes aéreas das plantas, interferindo na absorção de água e nutrientes, enfraquecendo o sistema radicular e limitando o crescimento das culturas.

Além disso, podem causar sintomas como lesões, podridões, murchas e até a morte das plantas, comprometendo seriamente a produtividade e a viabilidade econômica da lavoura.

Um aspecto preocupante é que esses agentes patogênicos se adaptam facilmente às condições do ambiente e podem ser disseminados por meio de água, vento, resíduos de culturas anteriores, ferramentas agrícolas contaminadas ou pelo trânsito de máquinas e implementos entre talhões.

Isso torna o manejo das doenças de solo um grande desafio para os produtores. Entre os exemplos mais comuns estão fungos como Fusarium spp. e Rhizoctonia solani, que causam doenças como tombamento de plântulas e podridão de raízes, além de nematoides como Meloidogyne spp., responsáveis por formar galhas nas raízes.

Saiba mais!

Quais as principais doenças do solo? 

As principais doenças do solo vão variar conforme a cultura e o patógeno. Algumas delas são mais comuns na lavoura de soja, como a antracnose, mas podem aparecer em outras plantações. 

De qualquer forma, existem pelo menos 7 doenças de solo que você deve se preocupar. Acompanhe quais são elas e como tratar. 

 1. Tamanduá-da-Soja (Sternechus subsignatus)

  • Sintomas: Corte na base das hastes da soja, murcha das plantas e redução do porte e menor número de vagens.
  • Principais culturas afetadas: Soja e algumas leguminosas. 
  • Impactos: Perda total da planta afetada e redução na produtividade devido à queda de vagens.
  • Manejo: Rotação de culturas para evitar a perpetuação do ciclo da praga, controle químico com inseticidas direcionados à fase adulta e Destruição dos restos culturais para eliminar os refúgios da praga.

Confira mais informações no conteúdo 12 principais pragas da soja que podem acabar com sua lavoura.

2. Broca-do-Café (Hypothenemus hampei)

  • Sintomas: Perfuração nos frutos do café e grãos ocos ou com perda de qualidade devido à alimentação da larva.
  • Impactos: Redução da qualidade dos grãos e perdas na produtividade que podem chegar a 30% em infestações severas.
  • Manejo: Monitoramento com armadilhas de captura, uso de inseticidas específicos em momentos de maior vulnerabilidade e controle biológico com fungos entomopatogênicos, como Beauveria bassiana.

Para mais informações sobre o patógeno siga a leitura: Broca-do-café: Alternativas de controle.

3. Antracnose (Colletotrichum spp.)

  • Sintomas: Lesões escuras em vagens, folhas, hastes e sementes, apodrecimento e queda de folhas em estágios avançados.
  • Principais culturas afetadas: Soja, feijão, milho, tomate e algodão.
  • Impactos: Perda de produtividade devido ao apodrecimento de vagens e frutos, e redução na qualidade das sementes.
  • Manejo: Uso de sementes sadias e certificadas, tratamento de sementes com fungicidas, rotação de culturas e manejo de restos culturais.

Saiba mais informações sobre a Antracnose e detalhes de como realizar o controle para diferentes culturas.

4. Tombamento (Fusarium spp., Rhizoctonia solani, Phytophthora spp.)

  • Sintomas: Morte de plântulas logo após a emergência, lesões marrons ou negras no coleto e reboleiras de falhas no estande.
  • Principais culturas afetadas: Soja, feijão, milho, algodão e hortaliças.
  • Impactos: Perda de plantas na fase inicial e dificuldade em atingir o estande ideal.
  • Manejo: Tratamento de sementes com fungicidas específicos, uso de variedades resistentes, adequação do espaçamento e drenagem para evitar excesso de umidade.

Saiba todas as informações sobre tombamento da soja e como fazer o melhor manejo na sua lavoura.

5. Nematóides (Meloidogyne spp., Pratylenchus spp., Heterodera glycines)

  • Sintomas: Raízes com galhas ou lesões necróticas, murcha, clorose e plantas de menor porte e reboleiras com falhas no estande.
  • Principais culturas afetadas: Soja, milho, feijão, algodão, cana-de-açúcar e hortaliças.
  • Impactos: Redução na capacidade de absorção de água e nutrientes, e queda significativa na produtividade.
  • Manejo: Uso de cultivares resistentes ou tolerantes, rotação de culturas com plantas não hospedeiras, controle biológico com agentes como Bacillus spp. ou Pasteuria spp e uso de nematicidas em casos severos.
Nematoides: como identificar e controlar

6. Lagarta-Elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

  • Sintomas: Ataque ao coletor (base do caule), causando murcha e morte das plantas, e plântulas mortas em reboleiras.
  • Principais culturas afetadas: Milho, soja, sorgo, algodão e feijão.
  • Impactos: Perda de plantas na fase inicial, comprometendo o estande.
  • Manejo: Tratamento de sementes com inseticidas, manejo da palhada para reduzir populações iniciais, monitoramento e controle químico em áreas de alta infestação.

7. Coró-da-Soja (Phyllophaga spp.)

  • Sintomas: Corte das raízes e morte das plantas em reboleiras e murcha causada pela perda de capacidade de absorção de água e nutrientes.
  • Principais culturas afetadas: Soja, milho, pastagens e trigo.
  • Impactos: Redução do estande e produtividade, plantas enfraquecidas e maior suscetibilidade a estresses.
  • Manejo: Rotação de culturas com espécies menos suscetíveis, tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos e manejo integrado, incluindo controle biológico com nematóides entomopatogênicos.
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Como evitar doenças de solo?

A melhor forma de evitar doenças de solo é a implementação de práticas agronômicas que protejam as plantas e promovam a saúde do solo, reduzindo a presença e a atividade de agentes patogênicos. 

As medidas a seguir são essenciais para minimizar os impactos e, ao mesmo tempo,  garantir uma lavoura mais resiliente e produtiva. Confira:

1. Rotação de culturas

Alterar as culturas no mesmo talhão ao longo das safras é uma técnica eficaz para reduzir a pressão de patógenos. 

Ao introduzir plantas que não são hospedeiras, como crotalária antes da soja ou milho, é possível interromper o ciclo de vida de fungos, nematoides e outras pragas

Além disso, essa a rotação de culturas a diversificar os sistemas de cultivo, promovendo um equilíbrio biológico no solo.

2. Cobertura do solo 

As plantas de cobertura, como crotalária, braquiária e milheto, desempenham um papel importante no manejo de doenças. 

Sua função é criar uma barreira física que dificulta a proliferação de pragas e patógenos, além de melhorar a estrutura do solo e contribuir para a retenção de umidade e nutrientes. 

A cobertura também reduz a erosão e previne o aparecimento de plantas daninhas que podem servir como hospedeiras de doenças.

3. Higienização de equipamentos

A movimentação de máquinas e implementos agrícolas entre talhões pode disseminar patógenos, como fungos e nematoides. 

Por isso, é essencial realizar a limpeza e a desinfecção regular dos equipamentos. 

O uso de desinfetantes específicos e a eliminação de resíduos de solo e vegetais aderidos às máquinas ajudam a evitar a contaminação cruzada entre áreas.

4. Adubação equilibrada

Fornecer nutrientes em quantidades adequadas é uma medida excelente para fortalecer as plantas e tornar a lavoura menos vulnerável a doenças. 

Solos bem nutridos e com balanço adequado de macro e micronutrientes proporcionam um ambiente mais favorável ao desenvolvimento das culturas e menos propício à proliferação de patógenos. 

A aplicação de matéria orgânica e compostos orgânicos também pode melhorar a atividade microbiológica do solo, inibindo a ação de organismos prejudiciais.

5. Análise periódica do solo

Realizar análises regulares do solo permite identificar a presença de patógenos e avaliar as condições gerais da área. 

Com base nos resultados, é possível implementar práticas corretivas, como o ajuste do pH ou a aplicação de produtos biológicos que favorecem a saúde do solo.

6. Uso de produtos biológicos 

O uso de bioinsumos, como microrganismos antagonistas, são ferramentas importantes no manejo de doenças de solo

A aplicação em fungos como Trichoderma spp. e bactérias como Bacillus spp. podem ser aplicados para combater diretamente os patógenos e melhorar o equilíbrio biológico do solo.

Doenças do solo: Um desafio constante

As doenças de solo são desafios constante que exigem atenção contínua e práticas bem planejadas. 

Conhecer os patógenos, entender as particularidades do solo e adotar medidas de manejo adequadas são ações indispensáveis para garantir a saúde das culturas e a sustentabilidade da produção agrícola. 

Ao aplicar soluções como rotação de culturas, uso de sementes certificadas e controle biológico, o é possível minimizar muito os impactos dessas doenças e preservar sua lavoura ao longo dos ciclos.

Outro ponto que também ajuda é o monitoramento regular da lavoura. No Software Aegro é possível ter esse tipo de cuidado por NDVI, além de fazer manejo integrado de pragas e registrar cada evolução no próprio sistema.

Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Guia sobre DIRPF: Tire Todas as Suas Dúvidas

Todo começo de ano, a preocupação com o DIRPF volta para milhões de brasileiros. A sigla pode até parecer complicada, mas a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física é mais simples do que você imagina, desde que feita com atenção e planejamento.

Para quem é produtor rural, o processo pode trazer dúvidas adicionais, já que envolve especificidades da atividade agrícola, como registro de receitas, despesas e patrimônios.

Este guia vai responder às principais dúvidas sobre o tema, ajudando você a entender quem precisa declarar, quais são as obrigações para o produtor rural e como fazer tudo corretamente para evitar problemas com a Receita Federal.

O que é o DIRPF?

O DIRPF é a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, um documento que todo cidadão brasileiro que atende a certos critérios deve enviar anualmente à Receita Federal.

O objetivo é prestar contas sobre seus rendimentos, patrimônios, gastos e impostos pagos ao longo do ano anterior.

Através dessa declaração, o governo verifica se você pagou a quantidade correta de impostos ou se terá direito à restituição.

Para produtores rurais, a DIRPF também é uma ferramenta importante de controle, já que permite a inclusão de dados sobre receitas agrícolas e despesas de produção, ajudando a organizar as finanças da fazenda.

Quem precisa declarar o DIRPF?

Nem todos os brasileiros precisam fazer a declaração, mas algumas condições tornam o envio obrigatório. Confira se você se encaixa:

  1. Teve rendimentos tributáveis (como salários, aposentadorias ou aluguéis acima de R$ 28.559,70 no ano anterior; 
  2. Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superiores a R$ 40.000,00.
  3. É proprietário de bens ou direitos com valor total acima de R$ 300.000,00, como imóveis, veículos, máquinas agrícolas ou contas bancárias.
  4. Obteve ganho de capital na venda de bens, como um imóvel ou um maquinário agrícola.
  5. Fez operações na bolsa de valores, mesmo que o valor tenha sido pequeno.
  6. Atua como produtor rural e teve receita bruta superior a R$ 142.798,50 ou deseja compensar prejuízos de anos anteriores.

Se você está em alguma dessas categorias, a declaração é obrigatória. Caso contrário, ainda é recomendável declarar para evitar problemas futuros ou facilitar processos como financiamentos.

Quando o produtor rural deve declarar DIRPF?

O produtor rural deve apresentar a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) se, no ano anterior, a receita bruta com atividade rural ultrapassar o limite estabelecido pela Receita Federal.

Ou seja, para o ano-calendário de 2023, esse limite foi de R$153.199,50. Caso o valor alcance R$200.000,00, por exemplo, é necessário fazer a declaração.

Além disso, mesmo que a receita bruta não atinja esse valor, todo o produtor rural está obrigado a declarar o IRPF caso se enquadrar em outras condições gerais de obrigatoriedade, como:

  • Receber rendimentos tributáveis superiores ao limite anual definido pela Receita Federal.
  • Possuir bens ou direitos de valor total superior ao limite estabelecido.
  • Realizar operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.

Manter um controle financeiro detalhado das atividades rurais é a melhor estratégia para garantir o cumprimento adequado das obrigações fiscais e evitar possíveis penalidades.

Leia também:

Passo a passo de como fazer a DIRPF para Produtor Rural

Todos os produtores rurais precisam prestar atenção especial ao preencher a DIRPF, já que sua atividade exige o detalhamento de receitas e despesas específicas. Aqui vai um passo a passo:

1. Organize os documentos necessários: 

Antes de começar, reúna tudo que vai precisar. Para o produtor rural, isso incluir: 

  • Notas fiscais de venda de produtos agrícolas; 
  • Comprovantes de despesas (compra de insumos e manutenção); 
  • Informações de financiamentos ou investimentos na propriedade.

2. Baixe o aplicativo ou faça pelo computador

Todos os anos, a Receita libera uma plataforma específica para o preenchimento e envio da DIRPF. Você pode fazer o download diretamente no site oficial. Você pode escolher o que achar melhor.

3. Preencha os campos específicos para atividade rural

Depois de escolher entre fazer a declaração no celular ou no computado, será preciso colocar seu nome de usuário e senha.

Com isso feito, existe um espaço destinado exclusivamente para quem trabalha no setor agrícola. Aqui você deve registrar uma série de exigências, como: 

  • Receita bruta obtida com a produção; 
  • Custos e despesas operacionais;
  • Prejuízo de anos anteriores.

4. Inclua outros rendimentos e patrimônios 

Além dos dados da atividade rural, não esqueça de informar rendimentos de outras fontes, como salários ou aluguéis, e detalhes sobre imóveis, veículos e saldos bancários.

5. Revise e envie a declaração 

Após preencher todos os dados, revise com cuidado para evitar erros. Depois, envie pelo próprio programa ou pelo aplicativo da Receita.

É importante falar que já existem ferramentas para monitorar a previsão de impostos, dando mais eficiência para a sua gestão de propriedade. 

O Aegro é uma das plataformas que oferece esse serviço e ainda tem integração com o SEFAZ, que automatiza registros de entradas e saídas. Saiba mais!

Quais informações devem estar na DIRPF?

Para que a declaração seja aceita sem problemas, é necessário incluir algumas informações obrigatórias, sendo elas: 

  • Dados pessoais: Nome, CPF, endereço, ocupação e informações sobre dependentes.
  • Rendimentos tributáveis e isentos: Inclua todos os ganhos do ano anterior, como salários, aposentadorias, receitas de vendas agrícolas e rendimentos de poupança.
  • Bens e direitos: Liste imóveis, veículos, máquinas agrícolas, contas bancárias e qualquer outro patrimônio acima de R$ 300.000,00.
  • Despesas dedutíveis: Informe gastos com saúde, educação, pensão alimentícia e despesas ligadas à produção agrícola, que podem ser abatidas para reduzir o imposto devido.

Vale ressaltar que o DIRPF pode ter algum tipo de custo se o cálculo final da Receita determinar se você pagou impostos a menos, gerando um saldo a pagar. Porém,  se você pagou mais do que deveria, vai ganhar uma restituição.

Se houver imposto a pagar, você pode optar por quitar em parcela única ou dividir em até 8 vezes, desde que o valor mínimo da parcela seja de R$50. 

Por outro lado, se você tiver direito à restituição, ela será liberada em lotes mensais, geralmente começando em maio.

Por que o DIRPF é importante para Produtores Rurais?

A declaração do DIRPF para produtores rurais se torna importante para garantir a regularidade fiscal e entender como está o controle financeiro da fazenda para os órgãos federais. A partir disso, você consegue:

  • Monitorar de forma clara as receitas e despesas da atividade rural;
  • Planejar melhor os investimentos na propriedade;
  • Utilizar prejuízos passados para reduzir impostos futuros;
  • Garantir sua regularidade fiscal, evitando problemas com financiamentos ou vendas.

O DIRPF é algo que faz parte da gestão fiscal e não precisa ser um problema.  Com organização e atenção aos detalhes, você pode cumprir essa obrigação de forma simples e ainda aproveitar benefícios fiscais, como a compensação de prejuízos ou deduções importantes.

Os produtores rurais, em especial, devem estar atentos às especificidades da atividade agrícola e, sempre que necessário, buscar ajuda de um contador para garantir que tudo esteja correto.

Lembre-se: O Aegro pode ser uma forma de facilitar suas declarações e deixar tudo registrado em um só lugar, além de integrar tudo diretamente com o SEFAZ. Faça um teste GRÁTIS na plataforma e conheça o nosso módulo fiscal. 

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Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Nematóides do milho: Veja quais são os sintomas e o melhor cuidado

O Brasil ocupa a terceira posição entre os maiores produtores de milho no cenário global, ficando atrás dos Estados Unidos e da China. 

Para a safra 2023/24, a produção nacional foi estimada em 118,5 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). 

De acordo com um estudo desenvolvido pela Syngenta, a Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia, os prejuízos causados por nematoides do milho podem superar R$ 873 bilhões até 2031, com mais de R$ 110 bilhões relacionados exclusivamente à produção de milho.

Os nematóides do milho são um dos maiores desafios enfrentados pelos produtores, por serem organismos microscópicos e podem causar perdas econômicas expressivas. 

Principais sintomas de nematoides do milho 

Os nematóides do milho podem causar danos severos, especialmente no sistema radicular, comprometendo a absorção de água e nutrientes. 

Embora os sintomas sejam mais visíveis em cultivos como a soja, onde é comum a formação de reboleiras, no milho o impacto é mais silencioso, mas igualmente prejudicial.

Identificar os sinais logo no início, pode salvar a lavoura. Neste sentido, fique de olho se a plantação apresentar: 

  • Manchas desuniformes no campo: áreas com plantas de diferentes alturas e vigor;
  • Folhas amareladas: indicativo de deficiência de nutrientes;
  • Raízes deformadas ou com galhas: sinal clássico de ataque de Meloidogyne spp.
  • Redução no desenvolvimento: perceptível em períodos de estresse hídrico.

Esses sintomas geralmente são mais visíveis em solos com histórico de compactação ou baixa fertilidade.

planilha de planejamento da safra de milho

Ciclo de vida dos nematóides no solo

Os nematóides têm um ciclo de vida complexo que inclui as fases de ovo, larva e adulto.  As condições ambientais, como temperatura e umidade, influenciam diretamente sua reprodução e atividade. 

Em solos compactados ou mal manejados, os nematóides encontram condições ideais para sua multiplicação.

Além disso, práticas como o uso de maquinário contaminado e o cultivo contínuo de culturas hospedeiras contribuem para a dispersão e o aumento das populações. 

As plantas daninhas e tigueras também são importantes hospedeiras para essas pragas, mantendo sua população ativa mesmo na ausência de uma cultura principal.

Espécies de nematóides que atacam o milho

Os nematóides do milho podem atacar as plantas em qualquer estágio de desenvolvimento após a eclosão do ovo. Por esse e outros motivos, o manejo adequado desde o início do ciclo é tão importante. 

A falta de cuidados pode gerar danos devastadores, causando perdas significativas na produção de milho, que podem chegar a 50% em situações de alta infestação na fase inicial. 

Você não precisa passar por esse problema se souber identificar os parasitas. Confira a lista que preparamos abaixo:

1. Meloidogyne spp. (nematóide das galhas)

Este tipo de nematóide induz a formação de galhas nas raízes, que são estruturas que dificultam a absorção de nutrientes e água, resultando em plantas debilitadas.

O seu ciclo se completa no solo e nas raízes hospedeiras, passando por fases de ovo, larva e adulto, também sendo comum nas culturas da soja, tomate, algodão, batata e cenoura.

Figura 2. Galhas em raízes de milho causadas pela atividade do nematoide-das-galhas.
Fonte: NCStateExtension, 2022.


2. Pratylenchus spp. (nematóide das lesões radiculares)

Ataca diretamente as células radiculares, provocando lesões que servem como porta de entrada para patógenos secundários, como fungos e bactérias. 

O Pratylenchus spp. é um nematoide do milho classificado como endoparasita migrador, o que significa que ele se desloca e se alimenta dentro dos tecidos das plantas. 

Já o Pratylenchus zea é frequentemente encontrado em áreas cultivadas com gramíneas, enquanto o P. brachyurus ocorre com maior frequência em sistemas de rotação que incluem culturas como soja e algodão, devido à sua ampla gama de hospedeiros. 

Entre os principais sintomas estão lesões escuras e necroses nas raízes, além da redução das radicelas, consequências diretas da alimentação e deslocamento dos nematoides nos tecidos vegetais. 

Figura 3. Lesões necróticas em raízes de milho causadas pelo nematoide-das-lesões.
Fonte: ExtensionAUS, 2017.

Quais danos os nematóides do milho causam?

Os nematóides do milho causam danos diretos às raízes, como necroses e deformações, além de comprometerem a estrutura do sistema radicular.  Esses danos facilitam a entrada de patógenos secundários, resultando em doenças como:

1. Podridão radicular causada por Fusarium spp.: agravada por lesões feitas pelos nematóides.
2. Murcha bacteriana: nematóides abrem portas para infecções bacterianas.
3. Deficiências nutricionais generalizadas: decorrentes da incapacidade das raízes de absorver nutrientes adequadamente.

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Como reconhecer nematoides na lavoura?

A identificação de nematoides do milho é um desafio para os produtores, devido ao fato de os sintomas serem confundidos com deficiências nutricionais ou outras condições adversas, como estresse hídrico

No entanto, observar o comportamento das plantas, combinado com análises de solo e raízes, pode ajudar a diferenciar os tipos de nematoides que afetam a lavoura de milho.

Os nematoides das lesões (Pratylenchus spp.) se destacam pela presença de lesões necróticas nas raízes, redução das radicelas e a formação de reboleiras, onde as plantas apresentam porte reduzido. 

Por outro lado, os nematoides das galhas (Meloidogyne spp.) induzem a formação de galhas características nas raízes, associadas a deformações radiculares e sintomas de amarelecimento das folhas, especialmente em infestações severas.

Além desses, há os nematoides ectoparasitas, que vivem no solo ao redor das raízes e causam sintomas menos evidentes na parte aérea. Apesar de sua ação ser mais discreta, a redução do crescimento radicular é um indicador importante de sua presença.

A tabela a seguir fornece um panorama detalhado dos sintomas associados a cada tipo de nematoide e as características que os diferenciam no campo, facilitando o diagnóstico e o manejo adequado.

Tipo de NematoideSintomas CaracterísticosDiferenciação em Campo
Nematoide das Lesões (Pratylenchus spp.)– Lesões necróticas nas raízes
– Redução das radicelas
– Reboleiras com plantas menores
Lesões distribuídas ao longo das raízes e ausência de galhas visíveis.
Nematoide das Galhas (Meloidogyne spp.)– Formação de galhas nas raízes
– Deformação radicular
– Amarelecimento das folhas
Presença de galhas visíveis e deformidades marcantes nas raízes.
Nematoides Ectoparasitas– Redução no crescimento radicular
– Sintomas menos evidentes na parte aérea
Geralmente não causam galhas ou lesões visíveis; vivem ao redor das raízes.
Fonte: ExtensionAUS, 2017.

Manejo integrado: Melhor solução para Nematóides do milho

A forma mais eficiente de controlar nematóides no milho é por meio de um manejo integrado, que combina práticas culturais, biológicas e químicas. Confira algumas estratégias indispensáveis:

  1. Rotação de culturas: Alternar o cultivo com plantas não hospedeiras, como Crotalaria spp. ou Brachiaria spp., reduz a população de nematoides de forma significativa.
  2. Cultivares resistentes: Escolher híbridos de milho com menor fator de reprodução de nematoides ajuda a mitigar os danos às lavouras.
  3. Controle biológico: Organismos como Bacillus amyloliquefaciens oferecem uma solução sustentável, unindo ação nematicida ao fortalecimento das plantas.
  4. Uso de nematicidas químicos: Deve ser uma medida complementar, reservada para áreas com altas infestações e sempre sob recomendação técnica.
  5. Adubação orgânica: Contribui para a biodiversidade do solo, favorecendo o equilíbrio natural e estimulando a ação de inimigos naturais dos nematoides.

Para potencializar os resultados no manejo sustentável, o Aegro oferece o uso do NDVI, permitindo monitorar a saúde das lavouras de forma prática e precisa, identificando áreas com possíveis estresses antes mesmo que os sintomas sejam visíveis a olho nu. 

Assim, você pode direcionar o manejo de nematoides e outras práticas com maior eficiência, otimizando recursos e maximizando os resultados na sua produção agrícola. Faça uma demonstração e conheça a plataforma! 

Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

ROI: Por que é importante em uma Propriedade Rural?

No ambiente rural, onde cada investimento conta para aumentar a produtividade e rentabilidade, entender o ROI (Retorno sobre o Investimento) é essencial.

Saber o que é como calculá-lo ajuda você a avaliar se os recursos aplicados na fazenda estão gerando o retorno esperado, além de orientar decisões que garantem um crescimento saudável e sustentável.

Neste artigo, vamos explorar a sua importância, seu cálculo, diferenças com o ROE e o que pode acontecer se essa análise não for levada a sério.

O que é ROI?

O ROI, ou Retorno sobre o Investimento, é uma métrica que mostra o quanto um investimento gerou de retorno em relação ao que foi aplicado. 

Esse indicador é especialmente útil em uma fazenda, pois ajuda a avaliar se os recursos investidos em insumos, tecnologia, infraestrutura ou mão de obra estão trazendo o retorno financeiro esperado.

O ROI é expresso em percentual e mede o ganho ou a perda obtida em comparação ao valor investido. 

Se a sua fazenda, por exemplo, investiu em novas máquinas, o ROI vai ajudar a entender se esse gasto está resultando em maior produtividade ou economia de tempo, trazendo, assim, mais lucro.

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Por que o ROI é Importante em uma fazenda?

Calcular o ROI permite uma visão clara sobre o que funciona financeiramente na fazenda e o que pode estar consumindo recursos sem um retorno adequado.

Sem essa análise, a propriedade corre o risco de acumular investimentos que não geram valor, comprometendo o orçamento e, em longo prazo, a saúde financeira da propriedade rural

O ROI também contribui para o planejamento estratégico, permitindo que você direcione recursos para atividades que ofereçam maior retorno.

Assim, em vez de investir  “no escuro” você pode tomar decisões com base em dados concretos, maximizando os lucros e otimizando os recursos da propriedade.

Como calcular o ROI na fazenda?

Para calcular o ROI é necessário saber o quanto foi investido e o lucro obtido. A partir desses números, aplique a fórmula abaixo:

ROI = (Lucro obtido – Investimento) / Investimento x 100

Para ilustrar, imagine que você investiu R$ 10.000 em um sistema de irrigação que, após um ano, gerou um aumento de lucro de R$ 12.000. Aplicando a fórmula, temos:

ROI = (12.000 – 10.000) / 10.000 x 100 = 20%

O resultado de 20% significa que, para cada R$ 1 investido, você obteve um retorno de R$ 0,20 além do investimento inicial. 

Um ROI positivo como esse indica que o sistema de irrigação foi um bom investimento, trazendo lucro acima do custo inicial.

Dica: Para fazer esse cálculo na prática, você pode usar planilhas ou sistemas de gestão agrícola, como o Aegro, que ajudam a monitorar e calcular investimentos de forma automática, integrando dados financeiros de forma prática e precisa.

Foto de pilhas de papeis, com chamada para baixar o guia de software

Diferença entre ROI e ROE

Outro conceito importante para o setor agrícola é o ROE (Return on Equity ou Retorno sobre o Patrimônio). Enquanto o ROI mede o retorno sobre um investimento específico, o ROE avalia o retorno total do negócio em relação ao capital próprio investido pelos proprietários.

Ou seja, ROI vai indicar o retorno de um investimento específico, como a compra de novas máquinas ou fertilizantes. Já o ROE vai medir o lucro em relação ao capital próprio, indicando o desempenho geral do negócio.

Ambos são importantes para entender a lucratividade da fazenda, mas enquanto o retorno sobre investimento é mais indicado para decisões pontuais de investimento, o ROE oferece uma visão ampla da rentabilidade da fazenda como um todo.

Quanto é um ROI bom para uma propriedade rural?

A definição de um ROI positivo pode variar conforme o tipo de investimento e do setor. No setor agrícola, onde fatores como o clima, o solo e a demanda de mercado influenciam bastante.

Com base nisso, um ROI satisfatório tende a ser aquele que supera as taxas de juros aplicáveis ao setor e outros custos de oportunidade.

No geral, se o resultado supera 10% a 20%, isso já pode ser considerado positivo, pois significa que o investimento está retornando acima dos custos operacionais e oferecendo um lucro real.

No entanto, esse valor ideal pode variar dependendo das metas da propriedade e do perfil de risco do produtor. Realizar uma avaliação com frequência ajuda a ajustar as expectativas e identificar oportunidades de melhoria.

Impactos de ignorar o ROI no gerenciamento da fazenda

Ignorar o ROI pode levar a uma série de problemas financeiros e operacionais na fazenda.

Sem um acompanhamento rigoroso dos retornos, você  pode continuar a investir em áreas que não trazem retorno, comprometendo o capital que poderia ser usado para outras iniciativas mais rentáveis.

Além disso, sem um cálculo de ROI, fica difícil identificar os gargalos financeiros da propriedade.  Um maquinário que consome muitos recursos e oferece pouco retorno, por exemplo, pode estar minando a rentabilidade do negócio sem que o produtor perceba.

Com a análise do ROI, esses pontos fracos são identificados, permitindo ajustes e melhorias para otimizar os lucros.

Dicas para maximizar o retorno na propriedade rural

Para garantir um ROI positivo, é importante adotar estratégias que contribuam para um uso mais eficiente dos recursos da fazenda. Algumas práticas recomendadas incluem:

  1. Avalie Bem os Investimentos: Antes de investir, avalie se o gasto será realmente necessário e trará um retorno adequado. Ferramentas de análise financeira, como o software Aegro, podem ajudar a simular o ROI e avaliar o custo-benefício de cada investimento.
  2. Monitore os Resultados com Frequência: Não deixe para avaliar somente no final do ano. Realizar um acompanhamento frequente permite que você faça ajustes no plano de investimento ao longo do tempo, otimizando os recursos.
  3. Invista em Treinamento e Capacitação: Em muitas fazendas, o maior recurso é o capital humano. Investir em capacitação para a equipe da fazenda pode ter um alto ROI, aumentando a produtividade e reduzindo desperdícios.
  4. Use Tecnologias de Precisão: A agricultura de precisão oferece uma série de tecnologias que ajudam a otimizar o uso de insumos e melhorar a eficiência, resultando em um retorno mais alto. Monitoramento de solo, irrigação inteligente e controle digital são algumas dessas soluções que podem elevar o retorno do investimento.

Ignorar o Retorno sobre Investimento significa renunciar a uma gestão financeira eficiente, o que pode impactar negativamente a saúde financeira do negócio.

E para tornar esse processo mais fácil e preciso, você pode contar com soluções como o Aegro, que automatizam a gestão e ajudam você a acompanhar os indicadores financeiros da sua propriedade em tempo real.

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.