O que é monocultura?

A monocultura consiste no cultivo de uma única espécie vegetal em uma determinada área durante uma ou mais safras consecutivas. 

Essa prática permite a concentração no manejo de determinada cultura, o que pode simplificar a mecanização e o uso de tecnologias específicas. 

Em regiões onde a monocultura é predominante, como o Cerrado brasileiro, por exemplo, é comum encontrar grandes áreas de soja ou milho manejadas com equipamentos modernos e insumos de alta precisão. 

Por outro lado, também pode trazer implicações ambientais e agronômicas, como a redução da biodiversidade, que compromete equilíbrios naturais importantes no ecossistema.

A monocultura é uma das práticas mais antigas e difundidas na agricultura mundial, sendo impulsionado pela crescente demanda por alimentos, fibras e biocombustíveis, especialmente em mercados globais. 

Apesar de sua popularidade, a monocultura levanta questões importantes sobre impactos ambientais, biodiversidade e segurança alimentar.

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Qual a diferença entre monocultura e policultura?

Enquanto a monocultura se concentra em uma única espécie vegetal, a policultura é um técnica de cultivo que promove a diversidade de cultivos, trazendo uma série de benefícios para o solo e para o sistema produtivo como um todo.

Ao integrar diferentes culturas no mesmo espaço ou ao longo do tempo, a policultura favorece a regeneração natural dos nutrientes do solo, reduzindo sua degradação e aumentando a fertilidade.

Além disso, essa prática ajuda a interromper ciclos de pragas e doenças específicas, diminuindo a necessidade de defensivos agrícolas e promovendo um controle biológico mais eficiente.

A combinação de diferentes espécies também contribui para o equilíbrio ecológico, incentivando a biodiversidade local e aumentando a resiliência da lavoura a condições adversas, como secas, chuvas excessivas ou oscilações de temperatura.

Tipos de monocultura mais comuns

A monocultura é o cultivo de uma única espécie de planta em uma área por um longo período, e algumas das monoculturas mais comuns ao redor do mundo incluem:

  1. Soja: É uma das monoculturas mais predominantes, especialmente no Brasil, Estados Unidos e Argentina. É cultivada em grandes extensões para a produção de óleo, farelo e alimentos.
  2. Milho: Cultivado em várias partes do mundo, especialmente nas Américas. É utilizado para consumo humano, ração animal e produção de etanol.
  3. Trigo: Uma das principais monoculturas em países com climas temperados, como os Estados Unidos, Rússia e China, sendo utilizado principalmente para farinha e produtos de panificação.
  4. Café: O cultivo de café é uma importante monocultura em países tropicais, como Brasil, Vietnã e Colômbia. A produção é altamente concentrada em algumas regiões, especialmente nas áreas de clima favorável.
  5. Cana-de-açúcar: Cultivada principalmente em países tropicais como Brasil, Índia e China. A monocultura de cana é usada para a produção de açúcar e etanol.
  6. Arroz: Em países como China, Índia e Japão, o arroz é cultivado em grandes áreas, especialmente em regiões com sistemas de irrigação adequados. O cultivo intensivo de arroz é uma prática comum na Ásia.
  7. Pinho: Em áreas de reflorestamento e produção de madeira, o pinho é uma monocultura comum, especialmente em países como os Estados Unidos, Canadá e países da Europa, para a indústria de celulose e papel.

Quais as vantagens da monocultura?

A monocultura segue sendo usada na agricultura moderna, apresentando diversos benefícios que contribuem para sua popularidade, especialmente em sistemas de larga escala.

Ao concentrar o cultivo em uma única espécie vegetal, é possível simplificar processos, reduzir custos e investir em tecnologias específicas para aumentar a eficiência. Confira:

1. Facilidade de manejo

A concentração em uma única cultura permite o uso de métodos padronizados, o que simplifica o trabalho e os processos operacionais. Isso é particularmente valioso em sistemas de larga escala.

2. Economia de escala

As produções em grandes volumes geram maior otimização nos custos por unidade, contribuindo para a competitividade no mercado. Por exemplo, o cultivo de cana-de-açúcar é essencial para a produção de etanol no Brasil, que depende de operações altamente organizadas.

3. Adaptação de tecnologias

Equipamentos e insumos podem ser projetados especificamente para atender às demandas dessa cultura, permitindo maior precisão no plantio e colheita.

4. Especialização no manejo

A monocultura permite que produtores se concentrem em aperfeiçoar técnicas específicas para a cultura escolhida, aumentando a eficiência operacional e reduzindo a complexidade das atividades.

5. Padronização na produção

Com uma única cultura, é possível uniformizar a qualidade do produto final, algo essencial para mercados que exigem padrões rígidos, como o de exportação.

6. Viabilização de investimentos em infraestrutura

Grandes áreas destinadas à monocultura justificam o investimento em equipamentos e infraestrutura, como sistemas de irrigação e silos de armazenamento.

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Desvantagens da monocultura

Embora a monocultura seja utilizada em muitas fazendas por conta da facilidade de manejo e pela otimização econômica, a prática também tem alguns desafios ambientais, sociais e agronômicos.

A ausência de diversificação no cultivo pode desencadear problemas como a degradação do solo, a perda de biodiversidade e a dependência de insumos químicos, comprometendo a sustentabilidade a longo prazo. Confira:

1. Degradação do solo

A falta de rotação de culturas pode exaurir os nutrientes do solo, levando à compactação e erosão, o que diminui a produtividade ao longo do tempo.

2. Perda de biodiversidade

A monocultura reduz drasticamente a diversidade biológica das áreas cultivadas, prejudicando o equilíbrio ecológico e afetando polinizadores e outros organismos essenciais.

3. Dependência de insumos químicos

Grandes extensões de monoculturas frequentemente requerem o uso intensivo de fertilizantes, herbicidas e pesticidas, o que pode contaminar o solo e os recursos hídricos.

4. Vulnerabilidade a pragas e doenças

A uniformidade genética das plantas torna as monoculturas mais suscetíveis a infestações e epidemias, como já observado com a ferrugem asiática na soja.

5. Impactos sociais

A expansão da monocultura pode levar ao desmatamento e à expulsão de comunidades locais, agravando problemas sociais como a concentração de terras e o êxodo rural.

6. Pressão sobre recursos hídricos

Culturas como cana-de-açúcar e soja demandam grandes volumes de água, o que pode causar conflitos pelo uso da água e afetar ecossistemas locais.

Monocultura no Brasil: Contexto e perspectivas

No Brasil, a monocultura é amplamente praticada em regiões como o Cerrado e o Sudeste, sendo essencial em culturas como soja, milho, cana-de-açúcar e café. 

Essas plantações têm um papel relevante na economia nacional, respondendo por grande parte das exportações e do PIB do agronegócio. 

No entanto, críticas relacionadas ao desmatamento e à concentração fundiária trazem questões importantes para o debate público. 

A adoção de políticas que incentivem a rotação de culturas e sistemas agrícolas mais diversificados surge como uma alternativa promissora para mitigar esses problemas, promovendo maior sustentabilidade e equilíbrio no setor.

O uso de estratégias para controle de doenças pode complementar a prática, garantindo a saúde das culturas e a produtividade.

A combinação de técnicas sustentáveis com materiais de alta eficiência é essencial para enfrentar os desafios atuais e construir um modelo agrícola mais resiliente e sustentável.

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Embora a monocultura possa ser eficiente em termos de produção e escalabilidade, ela também apresenta desafios, como a redução da biodiversidade, o aumento de pragas e doenças e o esgotamento do solo.

Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Tipos de nematoides: conheça suas características e saiba como combatê-los

Tipos de nematoides mais frequentes nas culturas agrícolas: saiba o que fazer para evitar esse prejuízo na lavoura

A redução da produtividade na sua lavoura pode ser causada por vários fatores, entre eles os nematoides.

A presença desses organismos na lavoura causa prejuízos em torno de R$ 35 bilhões ao agronegócio nacional, segundo a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN). Nos canaviais, as perdas ultrapassam R$ 12 bilhões e, na soja, passam de R$ 16 bilhões.

Conheça a seguir os principais tipos de nematoides que atacam culturas agrícolas e como fazer o manejo mais adequado na sua propriedade.

O que é um nematóide? 

Os nematóides são vermes microscópicos, encontrados no  solo, água doce, água salgada e como parasitas de plantas, animais e humanos. 

Com mais de 25.000 espécies descritas, esses organismos variam em tamanho, de menos de 1 milímetro a vários centímetros, sendo responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e o ciclo de nutrientes no solo.

Na agricultura, são conhecidos por serem parasitas causadores de doenças, responsáveis por grandes prejuízos ao atacarem as raízes, dificultando a absorção de água e nutrientes pelas plantas, em especial os gêneros:

  1. Meloidogyne (nematóide-das-galhas);
  2. Pratylenchus (nematóide das lesões radiculares);
  3. Heterodera (nematóide do cisto). 

A presença desses parasitas são causadas por fatores como solos contaminados, uso de mudas ou sementes infectadas, práticas agrícolas inadequadas e condições ambientais favoráveis, como solos compactados, pobre em matéria orgânica e com alta umidade. 

Além disso, a movimentação de máquinas, ferramentas e irrigação com água contaminada também contribuem para a disseminação desses parasitas, causando grandes danos na lavoura. 

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Ciclo de vida dos nematoides

O ciclo de vida dos nematoides varia dependendo da espécie, mas, em geral, segue algumas etapas comuns. 

O ciclo começa com a postura de ovos pela fêmea, que pode ocorrer tanto no solo quanto nas raízes das plantas. Quando os ovos eclodem, liberam juvenis (geralmente no estádio J2), que são a forma infectante e podem se mover pelo solo em busca de raízes. 

Uma vez que encontram uma raiz hospedeira, esses juvenis penetram nas células do sistema radicular e começam a se alimentar, o que pode causar danos ao tecido da planta.

Dependendo dos tipos de nematoides, esse processo pode envolver diferentes interações com as células das raízes, como a formação de galhas ou lesões. 

Os nematoides passam por várias mudas até atingirem a fase adulta, podendo formar cistos ou liberar ovos que reiniciam o ciclo. Em espécies como o nematoide de cisto (Heterodera), as fêmeas se fixam nas raízes e se transformam em cistos, abrigando os ovos. 

O ciclo completo pode durar de semanas a meses, dependendo das condições ambientais, como temperatura e umidade.

Tipos de nematoides importantes na agricultura

Os tipos de nematoides são um grande problema na agricultura em razão dos prejuízos que podem causar em diversas culturas agrícolas. 

Lavouras atacadas por esses fitoparasitas têm plantas menores, amareladas, com lesões no sistema radicular. Além disso, os nematoides podem causar a morte das plantas. 

Os primeiros sintomas de sua presença geralmente são percebidos na parte aérea das plantas, devido à dificuldade na absorção de água e nutrientes. 

Sintomas esses que, inclusive, podem ser confundidos com deficiência nutricional e estresse hídrico.

1. Meloidogyne 

Também conhecidos como nematoides das galhas, esse tipo de parasita tem fêmeas com corpo globoso e “pescoço”, que depositam ovos em aglomerados na raiz. 

Dentro do ovo ocorre a fase juvenil J1, que evolui para J2, estádio em que saem no solo à procura de raízes. 

Ao encontrá-las, os nematoides injetam secreções que modificam algumas células, formando células gigantes (nutridoras) e galhas, resultado do crescimento e divisão celular estimulados por reguladores de crescimento. 

Nesse estágio, os parasitas perdem a mobilidade e passam pelas fases J3 e J4 até se tornarem adultos. Machos, quando presentes, têm corpo filiforme e alongado.

Sintomas Meloidogyne incognita 

  • Galhas (não é um sintoma obrigatório, podendo não ocorrer em algumas espécies de planta hospedeiras e, em outras, podem ser de tamanho reduzido);
  • Redução do sistema radicular; 
  • Raízes digitadas;
  • Rachaduras;
  • Tamanho desigual das plantas;
  • Murchamento;
  • Desfolha;
  • Redução na produção.

Alguns desses sintomas podem ocorrer por outras causas, isso também para os demais tipos de nematoides. Por isso, é importante a correta diagnose do agente causal, que vamos falar mais adiante.

2. Pratylenchus

Esse tipo de nematóide são conhecidos pelas lesões radiculares, que se caracterizam por sua forma filiforme e movimento intenso, tanto nas fases jovens quanto adultas. 

As fêmeas depositam os ovos separadamente no solo ou nas raízes das plantas. A partir do estádio J2, iniciam o processo de parasitismo. 

Durante a alimentação, injetam secreções tóxicas nas células das raízes, o que leva à morte celular após a saída do nematoide, resultando em lesões necróticas nas raízes.

No Brasil, há algumas espécies com maior ocorrência, como:  P. coffeae, Pratylenchus brachyurus e P. zeae

O Pratylenchus brachyurus pode afetar muitas espécies de plantas cultivadas como soja, arroz, cana-de-açúcar, trigo, milho, sorgo, algodão e outras. Pode causar perdas de até 50% na produtividade de grãos de soja, por exemplo.

Sintomas do Nematoide Pratylenchus

  • Redução do sistema radicular;
  • Lesões nas raízes;
  • Redução na produção;
  • Podem ocorrer em reboleiras.

3. Heterodera

O nematoide de cisto, do gênero Heterodera, é de grande importância no Brasil, especialmente o Heterodera glycines, causador de danos à soja, sua principal hospedeira. 

Após a eclosão dos ovos, os juvenis parasitas (J2), que são móveis e filiformes, se tornam infectantes e penetram nas raízes das plantas.

Ao entrar nas raízes, eles estimulam a formação de células nutridoras e se fixam, passando por várias trocas de tegumento até atingirem a fase adulta.

Com o crescimento dos juvenis, ocorre o rompimento do córtex e da epiderme da raiz, deixando parte do corpo do nematoide exposta. 

As fêmeas adultas, com o corpo parcialmente fora da célula, fixam-se por uma região chamada pescoço, com formato semelhante a um limão. 

A coloração das fêmeas varia de branca ou amarelada para marrom à medida que o ciclo avança. 

Durante o ciclo, as fêmeas retêm a maior parte dos ovos dentro de seus corpos, o que leva à sua morte e à formação de cistos, que ficam cheios de ovos.

Os cistos têm uma parede muito resistente e podem ser dispersos no solo. Os ovos podem sobreviver nessa estrutura por muito tempo, o que acaba dificultando uma medida de manejo que é a rotação de cultura.

Sintomas do Nematoide Heterodera

  • Plantas com porte reduzido;
  • Plantas cloróticas em reboleiras (por isso a doença também é chamada de nanismo amarelo);
  • Pode ocorrer a morte das plantas.

Existem raças do NCS, sendo que no Brasil já foram encontradas 11 delas. No caso da soja, há algumas cultivares resistentes ao nematoide do cisto.

4. Rotylenchulus 

Uma espécie desse nematoide importante no Brasil é o R. reniformis, também chamado de nematoide reniforme. Esse nematoide tem causado grandes prejuízos na cultura do algodão.

As fêmeas do nematoide reniforme são semiendoparasitas. Após a eclosão dos ovos, os juvenis femininos procuram raízes da planta hospedeira. 

Assim que encontram, penetram parcialmente, ou seja, metade do corpo fica para fora da raiz. 

Com o tempo, o corpo das fêmeas aumenta e adquire uma forma de rim, por isso o nome de reniforme. Já os machos não são fitoparasitas.

Sintomas do Nematoide Rotylenchulus 

  • Clorose (amarelamento das folhas);
  • Crescimento reduzido e desenvolvimento desigual;
  • Raízes atrofiadas;
  • Formação de nódulos nas raízes;
  • Morte precoce das plantas.

5. Tylenchulus

Uma espécie importante desse gênero é o T. semipenetrans, o nematoide dos citros, que atualmente está bastante disseminado pelo país.

As fêmeas colocam os ovos na parte exterior das raízes, que dão origens a fases juvenis, e após algumas ecdises, originam os adultos.

Normalmente, os sintomas ocorrem tardiamente nas plantas por, atualmente, se utilizar mudas sadias e também porque apesar de muito disseminado nas áreas, o nível populacional é baixo. 

Sintomas do Nematoide Tylenchulus

  • Clorose (amarelamento das folhas);
  • Deficiência de nutrientes;
  • Morte de ramos e galhos;
  • Atraso na maturação dos frutos;
  • Redução na formação de raízes laterais.

6. Radopholus

Uma espécie importante desse gênero é R. similis, também chamado de nematoide cavernícola, sendo muito importante para a cultura da bananeira

O tipo de parasitismo se assemelha ao gênero Pratylenchus, que também causa lesões nas raízes.

Em ataques severos do nematoide, as plantas de banana podem tombar pela ação do vento ou pelo peso dos cachos.

Sintomas do Nematoide Radopholus

  • Lesões necrosadas em áreas específicas das raízes;
  • Decomposição das raízes;
  • Desfolha e murchamento irregular;
  • Rachaduras nas raízes. 
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Como identificar nematoides na lavoura?

O sintoma de ataque em reboleira é um dos principais indicativos de que pode haver infestação de tipos de nematoides na lavoura. A principal característica é o baixo vigor, desenvolvimento limitado da parte aérea das plantas e clorose das folhas. 

Solos arenosos ou franco-arenosos são mais propícios à movimentação e migração desses organismos, mas nem o solo argiloso nem áreas com baixo índice de matéria orgânica estão imunes à infestação. 

Além disso, temperaturas acima de 28°C e alta umidade, condições comuns no clima tropical, também favorecem a proliferação dos nematoides.

Os sintomas causados por nematoides podem ser confundidos com deficiências nutricionais ou estresse hídrico, pois afetam a absorção de água e nutrientes.

Para identificar a causa, é necessário investigar o solo e as raízes, conhecer os principais tipos de nematoides e realizar uma amostragem do solo e raízes (a 25-30 cm de profundidade). 

Nematoides: como identificar e controlar

Como prevenir todos os tipos de nematoides na lavoura?

A prevenção de qualquer tipo de nematóide em uma lavoura envolve cuidados diversos, que podem ser combinados entre si.

Um dos mais comuns é o plantio direto, que tem contribuído, em partes, nessa mudança de percepção sobre solo, sua estrutura e vida. Ainda, a rotação com plantação de amendoim pode reduzir a incidência dessas pragas. Mas os seguintes cuidados ajudam na prevenção:

1. Limpeza do maquinário   

A movimentação de nematoides no solo é bastante limitada. Por isso, o deslocamento de maquinário contribui na disseminação entre áreas desses microrganismos.

A limpeza é tão fundamental quanto a regulagem do maquinário e uma das opções é começar os manejos pelas áreas limpas, deixando por último a área infestada.

2. Rotação de culturas 

A rotação de culturas é uma das melhores técnica de manejo para controlar a infestação de nematoides no solo. 

Ao alterar as culturas cultivadas de uma safra para a outra, é possível evitar que os parasitas encontrem hospedeiros específicos e possam se reproduzir constantemente, quebrando o ciclo de vida desses organismos. 

Muitas espécies de nematoides são seletivas quanto às plantas que atacam, por isso, ao optar por culturas que não são hospedeiras para esses parasitas, conseguimos reduzir a sua população no solo.

Além disso, algumas plantas utilizadas na rotação, como leguminosas e adubos verdes, não apenas interrompem o ciclo dos nematoides, mas também contribuem para a melhoria do solo. 

Essas plantas aumentam a matéria orgânica, o que favorece o equilíbrio microbiológico, além de melhorar a estrutura do solo, tornando-o mais saudável para as culturas subsequentes. 

Algumas espécies, como a crotalária, atuam diretamente como armadilhas para os nematoides, impedindo que suas larvas se desenvolvam completamente.

3. Análise de solo

Caso os sintomas já estejam presentes na área, é preciso identificar a causa do problema e determinar a espécie predominante para implementar um programa de controle eficaz. Uma análise de solo bem executada pode garantir resultados precisos.

A coleta deve ser realizada dividindo a área em quadrantes de 2 a 10 hectares. Pelo menos 5 a 10 quadrantes devem ser selecionados, e uma amostra composta retirada de cada um. O solo deve ser aberto em forma de V, da superfície até 25-30 cm de profundidade, retirando a lâmina lateral.

Neste processo, algumas precauções importantes incluem: evitar deixar as amostras ao sol, pois os nematoides são sensíveis e deterioráveis; realizar a análise o mais rápido possível, armazenando as amostras a 10°C (na geladeira) por até 2 semanas, sem colocar no congelador.

4. Controle biológico de nematóides

O controle biológico de nematoides é uma abordagem que utiliza organismos vivos, como predadores naturais, fungos, bactérias e plantas biofumantes, para reduzir as populações de nematoides no solo. 

Métodos como o uso de Paecilomyces lilacinus, Bacillus thuringiensis, e plantas como a crotalária, que atuam como armadilhas ou liberam compostos nematicidas, são eficazes no controle desses parasitas. 

Além disso, a rotação de culturas com plantas que favorecem microrganismos benéficos e o uso de compostos orgânicos ajudam a melhorar a biodiversidade do solo e a reduzir a infestação de nematoides. 

Micro-organismos que controlam nematóides

O controle biológico de vários tipos de nematoides pode envolver o uso de micro-organismos naturais que atuam para reduzir as populações desses parasitas no solo, como: 

  1. Trichoderma harzianum: Fungo que combate o nematoide das lesões radiculares Pratylenchus spp.
  2. Paelomyces lilacinus: Fungo que afeta diretamente a capacidade reprodutiva dos nematoides.
  3. Bacillus amiloliquefaciens: É uma bactéria que pode inibe a penetração dos nematoides nas raízes, promovendo a morte do embrião de nematoide dos ovos presentes próximos ao sistema radicular.
  4. Pochonia chlamydosporia: É um fungo que controla o nível populacional de nematoides dos gêneros Meloidogyne, Heterodera, Rotylenchulus, Pratylenchus.
  5. Arthrobotrys spp.: Fungo que atua pela formação de estruturas ao longo das hifas, penetra o nematóide, se desenvolve em seu interior e lança suas estruturas vegetativas e reprodutivas para o exterior. 

Ao integrar esses micro-organismos ao manejo agrícola, o controle dos nematoides pode ser realizado de maneira eficiente, além de ser possível reduzir a dependência de produtos químicos, favorecendo práticas mais ecológicas e sustentáveis. 

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Como preencher nota fiscal do produtor rural?

Você já se sentiu perdido ao preencher uma nota fiscal de produtor rural sem o suporte de um contador ou uma ferramenta especializada? 

Entendemos que o processo pode parecer complicado no início, especialmente para quem nunca lidou com termos como CFOP, modelo da nota ou cálculo de impostos.

No entanto, com as informações corretas, é possível realizar essa tarefa de forma simples, segura e eficiente.

Preencher uma nota fiscal eletrônica de produtor rural corretamente não só mantém você em conformidade com as obrigações fiscais, mas também evita multas, bloqueios durante fiscalizações, atrasos nas entregas e até dificuldades para acessar financiamentos ou benefícios fiscais. 

Uma nota clara e precisa, garante transparência nas operações e fortalece a gestão financeira da sua propriedade rural.

Neste guia, você aprenderá tudo o que precisa saber para preencher suas notas fiscais com confiança, incluindo a escolha do modelo ideal, os campos obrigatórios e a importância de códigos como o CFOP.

O que o produtor deve preencher na nota fiscal?

O preenchimento da nota fiscal produtor rural requer atenção a vários campos essenciais, que devem ser preenchidos com precisão. Aqui estão os principais:

1. Identificação do Emitente

Informe os dados do produtor rural, como:

  • Nome completo ou razão social (no caso de pessoa jurídica);
  • CPF ou CNPJ;
  • Endereço da propriedade.

2. Identificação do Destinatário

Preencha os dados do comprador ou destinatário da mercadoria, incluindo:

  • Nome ou razão social;
  • CPF ou CNPJ;
  • Endereço completo.

3. Descrição da Mercadoria

Detalhe o que está sendo vendido ou transportado, como:

  • Tipo de produto (soja, milho, gado, leite, etc.).
  • Quantidade (em quilos, litros, unidades, etc.).
  • Valor unitário e valor total.

4. CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações)

O CFOP é um código que identifica a natureza da operação. Para produtores rurais, os códigos mais comuns são:

  • 1949: Remessa de produção própria para armazenagem;
  • 5102: Venda dentro do mesmo estado;
  • 6102: Venda interestadual.

Por exemplo, se você vendeu soja dentro do estado, deve usar o código 5102. Para vendas interestaduais, o código muda para 6102, o que é comum quando a mercadoria vai para cooperativas ou clientes de outros estados. 

Entender o CFOP correto é importante para evitar erros podem levar à rejeição da nota ou até problemas fiscais.

5. Impostos

Dependendo da operação, será necessário calcular o ICMS e outros tributos incidentes. Em muitos casos, a agricultura é isenta de ICMS, mas é essencial verificar as regras do seu estado.

Também é recomendado que inclua observações específicas, como o tipo de frete ou detalhes sobre a mercadoria.

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Qual a série e o modelo da nota fiscal do produtor rural?

A série e o modelo da nota fiscal do produtor rural podem variar dependendo do tipo de nota fiscal emitida e do estado onde o produtor está localizado. Em geral, costumam ser:

  • Modelo 4 (Bloco Físico): Utilizado por produtores que ainda emitem notas fiscais manuais, disponíveis em talonários fornecidos pela prefeitura.
  • Modelo 55 (NF-e): É a nota fiscal eletrônica, amplamente utilizada devido à praticidade e exigências legais.

Em estados onde o uso do modelo eletrônico é obrigatório, como São Paulo e Mato Grosso, o modelo 55 substitui os talonários físicos.

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Quais as consequências de preencher a nota fiscal produtor rural errada?

Preencher uma nota fiscal eletrônica de produtor rural com erros pode gerar uma série de problemas, como:

  1. Multas fiscais: A Receita Federal ou a Secretaria da Fazenda do estado podem aplicar multas pelo preenchimento incorreto ou pela falta de informações obrigatórias.
  2. Atrasos em operações: Um erro no CFOP ou na descrição do produto pode levar ao bloqueio da mercadoria em fiscalizações, atrasando vendas e entregas.
  3. Dificuldades em financiamentos: Bancos e cooperativas utilizam as notas fiscais para comprovar a produção e renda do produtor. Notas com erros ou inconsistências podem prejudicar seu acesso a crédito.
  4. Problemas com clientes: Um preenchimento incorreto pode gerar dúvidas ou até desconfiança do cliente, prejudicando relações comerciais.

Preencher uma nota com erros, como um CFOP incorreto ou uma descrição de mercadoria incompleta, pode gerar multas que variam de R$ 200,00 para infrações menores até 20% do valor da operação em casos mais graves. 

Além disso, notas rejeitadas durante fiscalizações podem atrasar o transporte de produtos perecíveis, gerando prejuízos ainda maiores.

Evitar esses problemas requer atenção aos detalhes e o uso de ferramentas que automatizem parte do processo, como o app nota fiscal produtor rural do Aegro.

Dicas para preencher a nota fiscal produtor rural com precisão 

Preencher a nota fiscal corretamente não precisa ser difícil, mesmo que você não tenha tanta experiência. Para não ter erro, aqui estão algumas dicas práticas:

  • Mantenha o CFOP atualizado: Consulte a tabela de CFOP da Receita Federal para garantir que o código usado seja o correto para a operação.
  • Organize seus dados antes de começar: Tenha em mãos todas as informações do comprador, da mercadoria e da operação.
  • Use sistemas de emissão confiáveis: Ferramentas como o Aegro ajudam a automatizar o preenchimento, minimizando erros.
  • Revise tudo antes de enviar: Verifique se todos os campos obrigatórios estão preenchidos e se as informações estão corretas.

Se você usa Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), verifique o status da transmissão no sistema da SEFAZ (Secretaria da Fazenda) para garantir que a nota foi autorizada corretamente.

Como o Aegro Facilita o Preenchimento da Nota Fiscal?

O Aegro simplifica o preenchimento da Nota Fiscal do Produtor Rural a partir do cálculo automático de impostos, eliminando a necessidade de atividades manuais e reduzindo erros.

Além disso, a operação é integrada ao SEFAZ e todas as notas ficam armazenadas , facilitando o acesso e a organização dos documentos fiscais.

Emita suas notas pelo celular ou computador, a qualquer hora e em qualquer lugar. Aumente a eficiência na gestão fiscal com o Aegro, a única plataforma que você pode:

  • Preencher automaticamente os dados do emitente e do destinatário.
  • Escolher o CFOP correto com base no tipo de operação.
  • Gerar o XML e o DANFE com poucos cliques.
  • Consultar e emitir 2ª via de notas fiscais diretamente no aplicativo.

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Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Como Tirar a 2ª Via da Nota Fiscal Produtor Rural?

Perder ou precisar de uma cópia da nota fiscal de produtor rural é mais comum do que parece. Seja por extravio, necessidade de comprovação fiscal ou erro no preenchimento, emitir a 2ª via da nota fiscal produtor rural é uma tarefa simples quando você conhece os passos corretos.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes como tirar a segunda via da sua nota fiscal, quais situações exigem esse procedimento e como aplicativos e sistemas, como o Aegro, podem ajudar a organizar suas notas e facilitar a gestão fiscal da fazenda.

Como Emitir a 2ª Via da Nota Fiscal Produtor Rural?

O processo para emitir a 2ª via da NF-e depende do formato da sua nota (física ou eletrônica) e do estado onde a propriedade está registrada. Abaixo, explicamos o passo a passo para cada situação.

1. Emitir 2ª via para Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e)

Se você utiliza a NF-e produtor rural, o processo de emissão da segunda via é simples, pois o documento já está armazenado no sistema da Secretaria da Fazenda (Sefaz) do seu estado. Neste caso, o passo a passo é:

  1. Acesse o sistema emissor: Entre no sistema que você utiliza para emitir NF-es, como o da Sefaz ou o Aegro.
  2. Localize a nota emitida: No menu de histórico ou relatórios, busque a nota fiscal que deseja replicar. Você pode usar filtros como data, CPF/CNPJ do cliente ou número da nota.
  3. Baixe o XML ou DANFE: Após localizar a nota, baixe novamente o arquivo XML e, se necessário, gere o DANFE em PDF.
  4. Envie ao destinatário: Envie a 2ª via para o cliente por e-mail ou outro meio de comunicação utilizado.

DICA: No Aegro, você só precisar acessar o menu de notas fiscais, selecionar a operação desejada e clicar em “Baixar DANFE” para obter o documento em segundos.

2. Emitir 2ª via para Notas Fiscais Físicas (Talonário)

Se você ainda utiliza o modelo físico, será necessário solicitar um novo talonário à prefeitura ou buscar uma cópia da nota no registro da Secretaria da Fazenda. Para isso, é necessário:

  1. Entre em contato com a prefeitura: Solicite uma cópia do registro da nota fiscal que foi emitida, informando o número e a data.
  2. Aguarde a confirmação: Algumas prefeituras podem demorar alguns dias para disponibilizar a cópia.
  3. Reorganize seus registros: Considere a migração para o modelo eletrônico, que simplifica o armazenamento e evita problemas como extravio.

Emissão de Nota Fiscal para Produtor Rural é obrigatória em 2025

A emissão de Nota Fiscal para produtores rurais é obrigatória, em alguns casos, desde janeiro de 2025, conforme regulamentações estaduais e federais.

Essa mudança tem o objetivo de formalizar o agronegócio, facilitar a fiscalização e simplificar a tributação.

Em muitos estados, como São Paulo e Mato Grosso, já há exigência de uso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que substitui o talão físico, especialmente em operações interestaduais, exportações e vendas para empresas formalizadas.

Para se adequar, é preciso adquirir um certificado digital e, preferencialmente, utilizar softwares de gestão que simplifiquem o processo de emissão.

Se você tiver dúvidas, recomendamos que entre em contato com a Secretaria da Fazenda do seu estado.

Emita sua NF-e Rural em 1 minuto com o emissor gratuito da Aegro

Datas de emissão de nota fiscal produtor rural por estado

  • Minas Gerais (MG), Rio Grande do Sul (RS), São Paulo (SP), Goiás (GO), Pernambuco (PE), Ceará (CE), Rio de Janeiro (RJ)
    • 3 de fevereiro de 2025: NFP-e obrigatória para produtores com receita acima de R$ 360.000,00.
    • 5 de janeiro de 2026: Todos os produtores devem emitir NFP-e.
  • Paraná (PR)
    • 1º de julho de 2025: NFP-e obrigatória para quem faturou acima de R$ 360.000,00.
    • 5 de janeiro de 2026:  Emissão da NFP-e se torna obrigatória para todos os produtores rurais.
  • Santa Catarina (SC): A obrigatoriedade está em vigor para produtores que emitiram 25 ou mais notas fiscais no modelo 4 em 2023.
    • 1 de março de 2024: Produtor que emitiram 10 ou mais notas fiscais no modelo 4 em exercício de 2023.
    • 3 de fevereiro de 2025: Obrigatória para quem faturou acima de R$ 360.000,00.
    • 5 de janeiro de 2026: Todos os produtores devem emitir NF-e.
  • Espírito Santo (ES)
    • 2 de janeiro de 2025: NF-e obrigatória para todos os produtores rurais e pescadores artesanais.

Estados onde a obrigatoriedade NFP-e já começou

  • Mato Grosso (MT): Desde 1º de março de 2022.
  • Bahia (BA): Desde janeiro de 2019.
  • Amazonas (AM): Desde 1º de janeiro de 2021 para algumas operações.

Quando o Produtor Rural Precisa de uma 2ª Via?

A necessidade de emitir a 2ª via da nota fiscal produtor rural pode surgir em várias situações do dia a dia.

Um dos casos mais comuns é o extravio ou perda da nota original, seja ela no formato físico ou eletrônico, algo que pode ocorrer tanto com o produtor quanto com o cliente. 

Outra situação frequente é quando há um erro no envio da nota ao destinatário, e ele não recebe o arquivo XML ou o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), documento essencial para acompanhar e validar a transação.

Além disso, a segunda via pode ser indispensável em momentos de auditoria ou comprovação fiscal, quando órgãos reguladores ou instituições financeiras solicitam documentação para verificar as operações realizadas. 

Por fim, emitir uma cópia pode ser útil para o próprio controle interno da fazenda, permitindo organizar os registros financeiros e consultar detalhes de transações anteriores com maior facilidade.

Independentemente do motivo, é fundamental que a 2ª via seja uma cópia fiel da nota original, mantendo todas as informações intactas, como dados do emissor, do destinatário, descrição dos produtos e valores envolvidos

Isso garante a validade jurídica e fiscal do documento, evitando possíveis complicações futuras.

Como Consultar Notas Fiscais Emitidas no CNPJ?

Para consultar todas as notas fiscais emitidas pelo seu CNPJ ou CPF, você pode utilizar o sistema da Secretaria da Fazenda do seu estado.

  1. Acesse o site da Sefaz: Entre na página da Secretaria da Fazenda do estado onde a propriedade está registrada.
  2. Faça login no portal: Use o certificado digital ou as credenciais cadastradas para acessar o sistema.
  3. Pesquise suas notas: Utilize filtros como período de emissão, destinatário ou tipo de operação para encontrar as notas desejadas.
  4. Exporte os dados: Alguns sistemas permitem exportar relatórios em PDF ou Excel para facilitar o controle interno.

Dica prática: Software como o Aegro organizam automaticamente as notas fiscais emitidas, permitindo consultas rápidas sem a necessidade de acessar vários sistemas.

Benefícios de Emitir e Consultar Notas Fiscais Eletrônicas

A transição para a nota fiscal eletrônica (NF-e), por ter armazenagem em um só lugar, trouxe várias vantagens para os produtores rurais, como:

  • Segurança no armazenamento: As notas ficam salvas no sistema e podem ser acessadas a qualquer momento.
  • Agilidade na emissão: Reduz o tempo de preenchimento e envio.
  • Praticidade na consulta: Sistemas emissores organizam todas as notas emitidas em um único lugar, facilitando a gestão.
  • Redução de custos: Elimina a necessidade de impressões e armazenamento físico.

Como Emitir Nota Fiscal no Aegro?

O Aegro é uma ferramenta completa para produtores rurais que buscam praticidade e eficiência na emissão de notas fiscais.

Além de emitir a NF-e, você também pode visualizar a movimentação financeira e fazer consultas, tudo forma rápida e gratuita. Passo a passo para Emitir ou Consultar Notas no Aegro:

  1. Acesse o sistema: Faça login no portal do Aegro ou no aplicativo.
  2. Configure os dados da propriedade: Certifique-se de que CPF/CNPJ e demais informações estão atualizados.
  3. Emita a nota: No menu de notas fiscais, clique em “Nova Nota” e preencha os dados do cliente e dos produtos.
  4. Consulte o histórico: No painel de relatórios, acesse todas as notas fiscais já emitidas. Clique em uma nota para baixar o XML ou DANFE.

O Aegro integra a emissão de notas junto ao SEFAZ e ao controle financeiro da fazenda, simplificando a gestão e garantindo conformidade fiscal. Além disso, a emissão de NF-e é GRÁTIS e está também está disponível para celular, pelo app Aegro Negócios. Clique no banner e saiba mais!

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Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.

Técnicas de cultivo: Métodos para aumentar a produtividade no campo

Você sabia que as técnicas de cultivo podem transformar sua produção agrícola, garantindo melhores resultados com menos desperdício?

Segundo o último relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), práticas agrícolas bem aplicadas podem aumentar em até 30% a produtividade das lavouras, sem comprometer a qualidade do solo e dos recursos naturais.

Por conta de toda essa rentabilidade, as técnicas de cultivos são muito mais do que simples métodos. Elas são o coração de uma produção agrícola de sucesso.

No Brasil, onde o setor agrícola representa mais de 23% do PIB nacional, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), sendo indispensável adotar práticas que alinhem produtividade e conservação dos recursos.

De acordo com a Embrapa, cerca de 80% das perdas no campo estão relacionadas ao manejo inadequado do solo, das culturas ou da água. Isso significa que, com ajustes nas técnicas utilizadas, você pode evitar perdas e garantir resultados consistentes.

O que são técnicas de cultivo?

As técnicas de cultivos compreendem um conjunto de práticas aplicadas ao longo do ciclo produtivo de uma cultura, que vão desde a preparação do solo até a colheita, abrangendo manejo hídrico, controle de pragas e doenças, adubação e rotação de culturas.

O objetivo principal dessas técnicas agrícolas é criar um ambiente favorável para o desenvolvimento das plantas, preservando, ao mesmo tempo, a qualidade do solo e dos recursos naturais.

As técnicas de cultivo podem ser agrupadas em diferentes categorias que abrangem aspectos fundamentais do manejo agrícola, considerando práticas voltadas ao solo, às culturas e ao uso de recursos naturais.

1. Práticas relacionadas ao solo

Essas práticas é focada na preparação e conservação do solo para criar condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas.

  • Preparação do solo: inclui processos como aragem, gradagem e calagem, que visam ajustar as condições físicas e químicas do solo para o cultivo.
  • Manejo do solo: envolve práticas como cobertura vegetal, uso de palhada e manejo integrado para reduzir impactos negativos no solo.
  • Conservação do solo: métodos como terraceamento e construção de curvas de nível ajudam a prevenir a erosão e preservar a fertilidade do solo.

2. Práticas voltadas às culturas

Estas técnicas agrícolas são diretamente relacionadas ao cuidado com as plantas, considerando suas características e o ambiente em que estão inseridas.

  • Manejo de espécies: seleção de variedades que se adaptem ao clima e às condições do solo local, permitindo um desenvolvimento mais adequado.
  • Espaçamento entre plantas: a distância correta entre as plantas é ajustada para garantir melhor uso de luz, água e nutrientes, reduzindo a competição entre elas.
  • Rotação de culturas: alternar o cultivo de diferentes espécies em uma mesma área ao longo do tempo contribui para o equilíbrio de nutrientes no solo e ajuda a reduzir o impacto de pragas e doenças específicas.

3. Práticas associadas à água e insumos

É uma das técnicas agrícolas que garante o fornecimento adequado de recursos hídricos e nutrientes para atender às necessidades das culturas.

  1. Irrigação: métodos como gotejamento, aspersão e pivô central são usados para distribuir a água de forma direcionada, evitando tanto a escassez quanto o excesso.
  2. Adubação: a aplicação de adubos orgânicos e químicos deve ser baseada em análises de solo, para atender às demandas das plantas em cada fase do ciclo de cultivo.

Quais são as principais técnicas de cultivo?

1. Rotação de culturas

A rotação de culturas consiste em alternar o cultivo de diferentes espécies em um mesmo local ao longo dos ciclos de produção.

  • Benefícios: melhora a qualidade do solo, reduz a incidência de pragas e doenças específicas, e diversifica a produção agrícola.
  • Exemplo prático: alternar milho e feijão em uma mesma área. O feijão, como leguminosa, fixa nitrogênio no solo, beneficiando o milho plantado na sequência.

2. Plantio direto

O plantio direto é conhecido por reduzir o revolvimento do solo, preservando sua estrutura e minimizando perdas de nutrientes e umidade.

  • Princípios básicos: uso de palhada como cobertura, rotação de culturas e plantio em sulcos.
  • Exemplo: aplicável a grandes culturas como soja, trigo e milho, especialmente em áreas sujeitas à erosão.

3. Afolhamento

Muito comum em culturas permanentes, como café, o afolhamento divide a área de cultivo em blocos, alternando a produção para dar descanso ao solo.

  • Benefícios: conserva os nutrientes do solo e facilita o manejo de culturas que demandam grande atenção.

4. Sistemas de irrigação

Garantir que a água chegue às plantas de forma equilibrada é essencial para muitas culturas. Para isso, são usados alguns sistemas de irrigação, como:

  • Irrigação por gotejamento: alta precisão na aplicação da água diretamente nas raízes. Ideal para hortaliças e frutíferas.
  • Aspersão: simula a chuva e é amplamente usada em pastagens e grãos.
  • Pivô central: recomendado para áreas extensas, com culturas como soja, milho e algodão.

5. Uso de adubos orgânicos

Adubos como esterco, composto e húmus de minhoca são ricos em nutrientes e ajudam a melhorar a estrutura do solo.

Para usar, é recomendado incorporar o adubo orgânico ao solo antes do plantio para garantir disponibilidade de nutrientes durante o ciclo das plantas.

6. Consórcio de culturas

O consórcio de culturas é uma das técnicas agrícolas que combina diferentes culturas em uma mesma área, otimizando o uso do espaço e promovendo interações benéficas entre elas.

Exemplo: plantar milho com feijão-de-porco, onde o feijão atua como cobertura vegetal, protegendo o solo e fixando nitrogênio.

Como preparar o solo para o cultivo?

Preparar o solo para o cultivo é um passo essencial para garantir a produtividade da lavoura. Um solo bem preparado oferece as condições ideais para o desenvolvimento das plantas, promovendo maior absorção de nutrientes, boa drenagem e aeração. Aqui estão as etapas principais:

  • Análise de solo;
  • Correção do solo;
  • Aragem do solo;
  • Gradagem do solo;
  • Calagem;
  • Adubação orgânica e química.
banner kit colheita de sucesso

Quais são os tipos de sistema de cultivo?

Os sistemas de cultivo são formas organizadas de manejar a produção agrícola, considerando fatores como o uso da terra, o tipo de cultura, a interação com o ambiente e os objetivos do agricultor. Aqui estão os principais tipos de sistemas de cultivo:

1. Cultivo Convencional

  • Definição: Baseado no uso intensivo de insumos químicos (fertilizantes e defensivos agrícolas) e na mecanização. Geralmente inclui o preparo intensivo do solo.
  • Vantagens: Alta produtividade e controle eficiente de pragas e doenças.
  • Desvantagens: Pode causar degradação do solo, compactação e impacto ambiental.

2. Agricultura Orgânica

  • Definição: Baseada em práticas sustentáveis, sem o uso de produtos químicos sintéticos. Prioriza o equilíbrio do ecossistema e a saúde do solo.
  • Vantagens: Produção mais sustentável e valorizada no mercado.
  • Desvantagens: Requer mais mão de obra e apresenta menor produtividade em curto prazo.

3. Sistema Agroflorestal (SAF)

  • Definição: Integra culturas agrícolas com árvores e/ou arbustos, formando sistemas biodiversos.
  • Vantagens: Melhora a qualidade do solo, sequestra carbono, aumenta a biodiversidade e oferece mais fontes de renda.
  • Desvantagens: Exige planejamento complexo e pode demorar mais para gerar retorno.

4. Sistema de Plantio Direto (SPD)

  • Definição: Consiste no plantio sem revolvimento do solo, com cobertura permanente de restos vegetais.
  • Vantagens: Reduz a erosão, melhora a retenção de água e economiza energia.
  • Desvantagens: Depende de um bom planejamento da rotação de culturas e do manejo de ervas daninhas.

5. Monocultura

  • Definição: Cultivo de uma única espécie em larga escala.
  • Vantagens: Simplifica o manejo e potencializa a produção de commodities.
  • Desvantagens: Aumenta a vulnerabilidade a pragas e doenças e reduz a biodiversidade.

6. Policultura

  • Definição: Cultivo de diferentes espécies em um mesmo espaço, ao mesmo tempo ou em sucessão.
  • Vantagens: Reduz riscos de perdas, melhora o uso do solo e aumenta a diversidade de produção.
  • Desvantagens: Pode ser mais difícil de manejar.

7. Consórcio de Cultura

  • Definição: Cultivo simultâneo de diferentes culturas na mesma área, que se complementam no uso de recursos (exemplo: milho e feijão).
  • Vantagens: Melhora a eficiência do uso da terra e reduz a competição com ervas daninhas.
  • Desvantagens: Exige conhecimento técnico para compatibilizar espécies.

8. Agricultura de Precisão

  • Definição: Uso de tecnologias avançadas, como drones, sensores e GPS, para monitorar e gerenciar a lavoura com base em dados.
  • Vantagens: Otimiza recursos, reduz custos e aumenta a produtividade.
  • Desvantagens: Exige investimentos em tecnologia e capacitação.

A escolha do sistema de cultivo depende do tipo de cultura, das condições climáticas, do solo, dos objetivos do agricultor e dos recursos disponíveis.

Cada sistema tem vantagens e desvantagens, e o ideal é adaptar o manejo às necessidades específicas da propriedade para alcançar o melhor desempenho econômico e ambiental.

checklist planejamento agrícola Aegro

Como escolher a técnica de cultivo ideal para a lavoura?

Escolher a técnica de cultivo ideal para sua lavoura é uma decisão estratégica que depende de diversos fatores, como o tipo de solo, o clima e a cultura escolhida. Para facilitar essa escolha, aqui estão os passos principais:

  1. Analise as características da sua lavoura;
  2. Defina seus objetivos;
  3. Avalie os recursos disponíveis;
  4. Considere os desafios locais;
  5. Avalie o impacto ambiente;
  6. Busque tecnologias e inovações;
  7. Teste e adapte.

A escolha da técnica de cultivo ideal depende de uma análise cuidadosa das condições da propriedade, dos objetivos do produtor e dos recursos disponíveis.

A combinação de diferentes práticas pode ser a melhor solução para aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade da lavoura a longo prazo.

Adote técnicas de cultivo uma lavoura rentável

Escolher e aplicar as técnicas de cultivos corretas pode ser o diferencial para alcançar resultados melhores, até mesmo em casos de instabilidade climática.

Com o manejo adequado do solo, das culturas e dos recursos hídricos, você não apenas aumenta a produtividade, mas também preserva o meio ambiente e garante um futuro mais sustentável para sua lavoura.

Para potencializar ainda mais seus resultados, conte com o Aegro! Através de uma gestão rural eficiente, você tem controle total das operações da fazenda, otimiza o uso de insumos e toma decisões baseadas em dados reais.

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Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Produção agrícola: entenda os tipos e sistemas de produção

A produção agrícola é uma das atividades mais relevantes para a sustentação da economia global e para a segurança alimentar da população mundial.

O setor é essencial não só para fornecer alimentos, mas também fibras, biocombustíveis e outros produtos.

O Brasil, por exemplo, é responsável por cerca de 23% do PIB, sendo um dos maiores exportadores de grãos, café, carnes e frutas tropicais.

Essa relevância é impulsionada pela diversidade de biomas e condições climáticas, que permitem uma variedade de cultivos.

Nos últimos anos, o ainda setor passou por uma revolução com o uso de tecnologias digitais, práticas sustentáveis e sistemas integrados, como o plantio direto, rotação de culturas e uso de bioinsumos, que aumentam a produtividade de forma sustentável.

O que é produção agrícola?

A produção agrícola é o conjunto de atividades relacionadas ao cultivo de plantas destinadas à alimentação humana, animal ou à produção industrial.

Dentro do contexto também é envolvido o preparo do solo, escolha de culturas, manejo e colheita, considerando fatores como clima, topografia e disponibilidade de recursos.

No Brasil, a produção agrícola é diversificada e inclui grãos, frutas, hortaliças, fibras e culturas energéticas, como a cana-de-açúcar. 

Esse cenário reflete a ampla variedade de biomas e solos do país, favorecendo diferentes modelos de produção.

Como é o Brasil na agricultura?

O Brasil tem uma agricultura influenciada pelo clima tropical, que oferece vantagens como alta radiação solar, períodos de chuvas regulares e uma biodiversidade excepcional.

Esses fatores permitem o cultivo de uma ampla variedade de culturas, como café, cana-de-açúcar, soja e frutas tropicais. Por outro lado, também impõem desafios como a alta incidência de pragas e a necessidade de manejo adequado do solo para evitar a degradação.

A agricultura tropical também favorece sistemas como o consórcio de culturas, onde diferentes plantas são cultivadas na mesma área, promovendo a diversificação agrícola.

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Quais os tipos de produção agrícola?

Os tipos de produção agrícola podem ser classificados de várias maneiras, dependendo do enfoque, como a finalidade do cultivo, o uso de tecnologias agrícolas ou os sistemas de cultivo.

Por conta do clima variado, no Brasil, existem 7 tipos de produção de agrícola que acabam se destacando, sendo elas:

  • Agricultura intensiva;
  • Agricultura familiar;
  • Agricultura patronal;
  • Agricultura orgânica;
  • Permacultura;
  • Agricultura comercial.

Essas sistemas de produção agrícola têm características distintas e são adotados conforme o contexto econômico, social e ambiental de cada região, podendo coexistir em uma mesma área, como no caso da agricultura familiar misturada à agricultura comercial.

1. Agricultura extensiva

A agricultura extensiva é um dos sistemas de produção agrícola tradicional, que utiliza técnicas rudimentares e de baixa tecnologia. Normalmente é utilizada para subsistência, ou até mesmo para mercado local e interno, com predomínio de mão de obra humana. 

Esse tipo de agricultura é comum em pequenas e médias propriedades, e normalmente não conta com a inserção de tecnologia. Somado a isso, o uso de insumos agrícolas não é comum, o que torna a produtividade baixa.

Além dessas características, a agricultura extensiva também é caracterizada por:  

  • Baixo capital investido;
  • Dispor de poucos recursos para investimento;
  • Uso de mão de obra pouco tecnificada;
  • Uso de arado animal;
  • Uso de sementes não selecionadas;

2. Agricultura intensiva

A agricultura intensiva (ou agricultura moderna) é caracterizada pelos altos índices de produtividade e capital de investimento. Nesse tipo de agricultura, os meios de produção são usados de maneira intensiva, e normalmente apenas um tipo de cultura é produzida em larga escala.

Ao contrário da agricultura extensiva, ela utiliza insumos agrícolas. Além disso, esse modelo não adota a rotação de terra, o que pode gerar impacto no ambiente e no solo. A agricultura intensiva é o modelo mais comum de cultivo, sendo uma grande fonte de alimentos.

Outras grandes características desse modelo de produção são:

  • Rotação de culturas;
  • Necessidade de mão de obra qualificada;
  • Produção destinada para a exportação;
  • Uso de sementes transgênicas.

3. Agricultura familiar

A agricultura familiar é desenvolvida por famílias, com a produção voltada para a sua subsistência. Essa atividade acontece em pequenas propriedades, com cultivo feito por mão de obra necessariamente familiar. 

Normalmente, a agricultura desenvolvida por famílias é mais sustentável. Além dessas características, a agricultura familiar também tem:

  • Maior diversidade produtiva;
  • Baixa utilização de insumos agrícolas;
  • Baixo uso de tecnologias;

4. Agricultura patronal

Na agricultura patronal, a produção não é voltada para a subsistência da família, e sim para o mercado interno e para a exportação.

Nesse tipo, o trabalhador não é o proprietário. Há a contratação de trabalhadores qualificados e utilização de insumos agrícolas e tecnologias que assegurem a rentabilidade.

A agricultura patronal é utilizada em médias e grandes propriedades que possuem potencial produtivo.

5. Agricultura orgânica

A agricultura orgânica ou biológica tem como objetivo o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social dos produtores. Além disso, produz não utilizando nenhum tipo de defensivo agrícola.

Nesse modelo, tecnologias próprias para cada tipo de solo, clima, biodiversidade e topografia são desenvolvidas. Além disso, há outras características relevantes:

  • Uso racional da água;
  • Manejo da vegetação nativa;
  • Utiliza-se apenas o controle biológico de pragas;
  • Adubação orgânica e uso de compostagem;
  • Uso de adubação verde;
  • Menor produtividade;
  • Não utiliza sementes transgênicas.
Pessoa inserindo adubo em terra.
(Fonte: Safra Viva)

6. Permacultura

Na permacultura, que significa “cultura permanente”, o cultivo é realizado por ocupações humanas.  Nesse modelo, as necessidades humanas devem estar ligadas a soluções sustentáveis, considerando o equilíbrio entre os ecossistemas. Suas características são:

  • Trabalho a favor do meio ambiente;
  • Utiliza os recursos naturais de maneira racional;
  • Elabora e executa ocupações humanas sustentáveis;
  • Analisa todas as funções do sistema.

Ou seja, ela é caracterizada por compreender a ecologia. A permacultura é baseada em três princípios básicos: cuidar da terra, do futuro e das pessoas.

7. Agricultura comercial

A agricultura comercial é voltada, principalmente, para fins de exportação e comercialização agrícola. Nela, a monocultura é o foco. Ou seja, apenas uma cultura agrícola é cultivada em grandes extensões de terra. 

Nela, tecnologia de ponta e mão de obra qualificada são usadas, além do alto nível de mecanização agrícola. Além dessas características, a agricultura comercial também apresenta:

  • Alta produtividade;
  • Grande aproveitamento de recursos e de terra;
  • Utilização de fertilizantes e defensivos agrícolas;

Agricultura moderna e agricultura tradicional: Qual a diferença?

A agricultura moderna se caracteriza pela aplicação de tecnologias que têm transformado a dinâmica do campo. 

Equipamentos automatizados, insumos químicos especializados, biotecnologia e sistemas avançados de irrigação, são exemplos de ferramentas que proporcionam resultados mais precisos e otimizam o uso dos recursos disponíveis.

O monitoramento digital por meio de softwares agrícolas e dispositivos de sensoriamento remoto possibilita um acompanhamento detalhado das condições do solo, clima e plantações, orientando as atividades agrícolas de forma mais direcionada.

Por outro lado, a agricultura tradicional preserva práticas que refletem o conhecimento acumulado por gerações. Métodos como a rotação de culturas, o manejo manual do solo e o uso de compostos naturais são característicos desse modelo, que mantém uma relação intrínseca com os ciclos naturais e as condições locais.

Além disso, a agricultura tradicional está frequentemente conectada a valores culturais e sociais, sendo um elemento importante para comunidades que mantêm vínculos históricos com a terra.

Mudanças na produção agrícola e impactos ambientes

A ampliação da produção agrícola no Brasil levanta discussões sobre as práticas ambientais e o uso sustentável dos recursos naturais

O crescimento da área plantada pode afetar biomas sensíveis, como o Cerrado e a Amazônia, intensificando os riscos de desmatamento e desequilíbrio ecológico

Para reduzir esses impactos, políticas públicas têm incentivado práticas de manejo consciente, como:

  • Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): método que promove a diversificação do uso da terra e melhora a conservação do solo;
  • Plantio Direto: reduz a erosão e melhora a retenção de umidade no solo;
  • Uso de bioinsumos e controle biológico: práticas naturais para reduzir a dependência de defensivos químicos.

Inovações tecnológicas no agronegócio

A modernização do setor agrícola está ligada à adoção de novas tecnologias, que aprimoram a produção e reduzem desperdícios. Entre as principais inovações estão:

  • Agricultura de precisão: uso de sensores e drones para monitoramento em tempo real das lavouras;
  • Inteligência artificial e big data: análise de dados para otimizar a tomada de decisões e prever safras;
  • Máquinas autônomas e robotização: colheitadeiras e tratores com tecnologia autônoma para reduzir custos operacionais;
  • Biotecnologia e melhoramento genético: desenvolvimento de sementes mais resistentes a pragas e mudanças climáticas.

Sistemas de produção agrícola: Desafios atuais

Os sistemas de produção agrícola enfrentam desafios como variações climáticas, desgaste do solo e a pressão por atender à demanda global.

Para equilibrar o uso de recursos naturais e preservar a qualidade ambiental, práticas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) têm se destacado.

Essa abordagem combina agricultura, criação de animais e plantio de árvores, promovendo um uso mais eficiente dos recursos e diversificando fontes de renda no campo.

A ILPF também ajuda a mitigar impactos climáticos, como a erosão do solo e a melhoria das condições microclimáticas.

No entanto, para garantir seu sucesso, é necessário contar com planejamento técnico e acompanhamento constante.

O software de gestão de fazendas Aegro pode ser uma solução eficaz nesse processo, oferecendo ferramentas para o manejo integrado, monitoramento da lavoura e otimização da produção agrícola, auxiliando na implementação e gestão de modelos sustentáveis como a ILPF.

Drone de lavoura: Guia de aplicação para a lavoura

Os drones de lavoura estão transformando a forma como os processos agrícolas são conduzidos, utilizando tecnologias que simplificam atividades e oferecem dados precisos para a tomada de decisões.

Segundo estimativas da Allied Market Research, o mercado global de drones na agricultura movimentou aproximadamente US$ 1,2 bilhão em 2021, com previsão de uma taxa de crescimento anual de 22% até 2030.

No Brasil, a adesão a essa tecnologia tem se tornado mais expressiva, com um aumento reportado de 120% nas vendas de drones agrícolas entre 2019 e 2023, conforme dados da DroneDeploy.

Esses são amplamente utilizados para monitorar lavouras, realizar pulverizações direcionadas e produzir mapas detalhados, além de outras vantagens sobre drone de lavoura que você confere neste guia.

O que é um drone de lavoura?

Um drone de lavoura é um equipamento aéreo não tripulado, projetado especificamente para atender às demandas da agricultura. Esses dispositivos são equipados com câmeras de alta resolução, sensores e sistemas de pulverização que oferecem uma ampla gama de aplicações no campo.

Com os drones, é possível monitorar a saúde das plantas, detectando rapidamente pragas, doenças ou deficiências nutricionais.

Além disso, permitem o mapeamento detalhado do terreno, criando imagens georreferenciadas que auxiliam no planejamento de manejo.

Os drones ainda realizam aplicações precisas de defensivos e fertilizantes, reduzindo o desperdício e otimizando as operações agrícolas.

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Qual o melhor drone de lavoura?

A escolha do melhor drone depende das necessidades específicas de cada propriedade. Mesmo assim, há alguns tipos que acabam se destacando, especialmente pela popularidade. Veja a seguir:

  • DJI Agras T40: Recomendado para pulverizações em grandes áreas, devido à sua alta capacidade de carga e sistemas inteligentes de aplicação. 
  • XAG P100: Se destaca no mapeamento detalhado e aplicações localizadas, sendo indicado para culturas de maior valor agregado.
  • eBee X: É conhecido pela qualidade das imagens capturadas, sendo uma excelente opção para análises de terrenos.

Esses modelos apresentam características distintas que devem ser avaliadas considerando as demandas do produtor e o tamanho da área de produção.

Quantos hectares faz um drone de lavoura?

A cobertura de um drone agrícola varia conforme o modelo e a finalidade. Normalmente, os drones projetados para pulverização, podem cobrir entre 10 e 40 hectares por hora, dependendo do tipo de cultura, produto aplicado e condições climáticas.

No caso do mapeamento, a área coberta tende a ser maior, já que a coleta de imagens ocorre em voos de alta altitude, com rapidez e eficiência. Essa característica torna os drones uma ferramenta para agilizar processos e ter dados detalhados sobre a lavoura.

Principais tipos de drones de lavoura

Os drones de lavoura podem ser classificados de acordo com sua função e características técnicas, que serão melhores conforme as necessidades da sua propriedade rural. Veja:

Drones para Pulverização

  • Função: Realizam a aplicação de defensivos, fertilizantes e pesticidas de forma eficiente, cobrindo grandes áreas rapidamente.
  • Exemplo: DJI Agras T40, XAG P100.
  • Características: Alta capacidade de carga, sistemas de controle de pulverização inteligente e resistência a condições climáticas adversas.

Continue lendo mais detalhes sobre o uso de drones para pulverização.

Drones para Mapeamento e Monitoramento

  • Função: Utilizados para capturar imagens aéreas de alta resolução e realizar o mapeamento das lavouras, identificando variações no solo, nas plantas e no uso da terra.
  • Exemplo: eBee X, Parrot Anafi USA.
  • Características: Equipados com câmeras de alta resolução, sensores multispectrais e térmicos para análise precisa do terreno e saúde das culturas.

Drones para Plantio

  • Função: Projetados para realizar o plantio de sementes ou mudas em grandes áreas.
  • Exemplo: DroneSeed.
  • Características: Capacidade de lançar sementes e fertilizantes de forma automatizada e precisa, acelerando o processo de plantio.

Drones para Irrigação

  • Função: Usados para monitorar o sistema de irrigação, medindo a umidade do solo e ajustando os sistemas de irrigação de acordo com as necessidades das plantas.
  • Exemplo: Parrot Sequoia.
  • Características: Equipados com sensores de umidade, ajudando a otimizar o uso da água e melhorar a eficiência da irrigação.

Antes de decidir investir em um drone, é importante avaliar fatores como o tamanho da propriedade, o tipo de cultura, o objetivo da aplicação (pulverização, mapeamento, monitoramento, etc.) e o orçamento disponível.

Além disso, é importante verificar a facilidade de uso do drone, a qualidade dos sensores e câmeras (como multispectrais ou térmicas), assim como o suporte técnico oferecido pelo fabricante.

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Principais regras para usar drone de lavoura

O uso de drones na agricultura é regulamentado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que estabelece diretrizes importantes:

  • Registro: todo drone deve ser registrado no sistema SISANT para operações regulares;
  • Treinamento: pilotos precisam de certificação adequada para operar o equipamento;
  • Altura de voo: o limite máximo permitido é de 120 metros.

Cumprir essas exigências é indispensável para a segurança das operações. Mais informações podem ser consultadas no guia de regras para uso de drones na agricultura.

Quais culturas podem se beneficiar do uso de drones?

O uso de drones pode beneficiar diversas culturas, ajudando na precisão do monitoramento e aumento da eficiência em diversas práticas agrícolas. As principais culturas que podem se beneficiar incluem:

  1. Soja: Drones auxiliam no monitoramento da saúde das plantas, na aplicação de defensivos e fertilizantes e no mapeamento de áreas de difícil acesso.
  2. Milho: A pulverização precisa e o mapeamento ajudam a identificar problemas como pragas e doenças, além de otimizar o uso de insumos.
  3. Café: O monitoramento aéreo permite uma visão detalhada do campo, ajudando na detecção de pragas e no controle de irrigação.
  4. Frutas (como maçã, laranja e uva): Drones equipados com câmeras multispectrais podem identificar problemas em tempo real, como deficiências nutricionais e doenças, e garantir aplicações mais precisas.
  5. Algodão: O uso de drones para monitoramento e aplicação de defensivos agrícolas melhora a produtividade e reduz custos.
  6. Hortaliças e legumes: Drones ajudam no mapeamento da lavoura, na irrigação precisa e na detecção de áreas com problemas de crescimento.
  7. Arroz: O monitoramento aéreo é essencial para controlar a irrigação e detectar possíveis problemas de pragas ou doenças.

Essas culturas podem aproveitar o uso de drones para aumentar a precisão na gestão agrícola, otimizar a aplicação de insumos e melhorar os resultados de produtividade.

Como fazer mapeamento agrícola com drone?

O mapeamento agrícola com drones é uma ferramenta poderosa que permite obter informações detalhadas sobre as condições da lavoura. 

O processo pode ser dividido em etapas bem definidas, garantindo a qualidade dos dados coletados e a precisão dos resultados:

1. Processamento dos dados

As imagens capturadas são transferidas para programas como Pix4D, Agisoft Metashape ou QGIS, que processam os dados e geram mapas detalhados, como mapas de NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), mapas topográficos e ortomosaicos.

Esses mapas oferecem uma visão clara e detalhada da área, permitindo a identificação de padrões e problemas.

2. Planejamento do voo

Utilizar softwares especializados como DroneDeploy, DJI Terra ou similares para traçar a rota do drone. O planejamento deve garantir a cobertura completa da área de interesse, considerando a altitude, a sobreposição de imagens e as condições climáticas no momento do voo.

Além disso, é importante definir os pontos de decolagem e pouso para otimizar o tempo e a segurança da operação.

3. Captura de imagens georreferenciadas

Durante o voo, o drone coleta imagens de alta resolução, georreferenciadas com o auxílio de GPS ou sistemas RTK/PPK, que aumentam a precisão dos dados.

Essa etapa é fundamental para obter informações detalhadas sobre o solo, saúde das plantas e topografia da área.

Esses mapas agrícolas são ferramentas indispensáveis para identificar pragas, doenças, deficiências nutricionais, problemas de drenagem ou compactação do solo. 

Com as informações obtidas, é possível realizar intervenções localizadas, reduzindo custos e otimizando os recursos utilizados.

Quanto custa um drone agrícola?

Os custos variam de acordo com o modelo e as funcionalidades:

  • Básicos: Entre R$ 15.000 e R$ 50.000;
  • Avançados: Acima de R$ 100.000;
  • Serviços terceirizados: De R$ 50 a R$ 150 por hectare.

O investimento em drones pode gerar retornos significativos, considerando a precisão das aplicações e os dados fornecidos.

Como escolher o drone de lavoura ideal?

Escolher o drone ideal para a sua lavoura envolve considerar diversos fatores para garantir que ele atenda às necessidades específicas da sua operação agrícola. Aqui estão alguns pontos importantes a serem analisados:

1. Objetivo do uso

  • Monitoramento de Cultivos: Se o objetivo é simplesmente fazer a vigilância das lavouras e identificar problemas, drones com câmeras de alta resolução (RGB ou multispectrais) são suficientes.
  • Aplicação de Insumos: Se o objetivo é também aplicar produtos, como fertilizantes ou defensivos, é necessário um drone com capacidade para carregar e dispersar insumos de maneira eficiente.

2. Capacidade de Carga

  • Para drones que aplicam insumos, é importante verificar a capacidade de carga. Modelos com maior capacidade podem carregar mais produtos, aumentando a eficiência e autonomia da operação.

3. Autonomia de Voo

  • A autonomia é crucial para grandes áreas. Verifique quanto tempo o drone pode voar com a carga completa de bateria. Drones agrícolas de boa qualidade têm autonomia que pode variar de 30 minutos a 1 hora ou mais.

4. Resolução e Tipos de Câmera

  • Para a coleta de dados visuais, as câmeras podem variar entre RGB (para imagens padrão), multispectrais (para monitoramento de saúde das plantas) e termográficas (para detecção de temperaturas).
  • Câmeras multispectrais e hiperespectrais são indicadas para quem busca uma análise mais profunda, como a detecção de estresse hídrico, doenças ou carência de nutrientes.

5. Tamanho e Peso

  • Para pequenas ou médias lavouras, um drone mais compacto pode ser ideal, enquanto em áreas grandes, drones maiores, com maior autonomia e capacidade de carga, são mais indicados.
  • A escolha do tamanho e peso impacta no tipo de terreno e espaço disponível para o voo.

6. Sensores e Mapeamento

  • Verifique se o drone tem sensores como o GPS RTK, que garantem alta precisão no mapeamento e na análise de dados. Isso é essencial para gerenciar grandes áreas e fazer análises de campo detalhadas.

7. Facilidade de Uso

  • Certifique-se de que o drone seja fácil de manusear, especialmente se você não tiver muita experiência com tecnologia. Muitos drones agrícolas vêm com interfaces intuitivas e sistemas de voo automatizado que facilitam o trabalho.

Como os drones contribuem para a agricultura de precisão?

Os drones contribuem significativamente para a agricultura de precisão, proporcionando uma série de benefícios que otimizam a gestão das lavouras e aumentam a produtividade.

Equipados com câmeras de alta resolução e sensores especializados (como multispectrais e térmicos), os drones permitem o monitoramento em tempo real das culturas, facilitando a identificação rápida de problemas como pragas, doenças e deficiências nutricionais.

Além disso, eles geram mapas detalhados que ajudam na análise do solo, permitindo uma gestão mais eficiente e precisa de recursos como água e fertilizantes.

Com a integração de sistemas de pulverização, aplicam insumos de forma precisa e localizada, reduzindo o desperdício e evitando o uso excessivo de defensivos agrícolas, o que torna o processo mais sustentável.

Toda essa automação proporciona uma economia de tempo e custos operacionais, além de oferecer uma visão mais precisa da saúde da lavoura em menos tempo.

Em suma, os drones de lavoura tornam a agricultura mais eficiente, sustentável e rentável, com o uso otimizado dos recursos e uma melhor gestão do ambiente agrícola.

Aegro: Integrando Tecnologias em um Software para Fazendas
Redator Alasse Oliveira

Alasse Oliveira

Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Nota Fiscal de Produtor Rural do estado de Santa Catarina

Se você é produtor rural em Santa Catarina, emitir a nota fiscal produtor rural é uma parte essencial da sua rotina.

Essa emissão garante que suas operações estejam regularizadas e contribui para a transparência e organização financeira da propriedade. Desde o cadastro inicial até a emissão da nota fiscal eletrônica, existem etapas que você precisa conhecer.

Neste artigo, vamos esclarecer as exigências do estado, explicar como fazer o cadastro, usar o sistema SAT e até falar sobre ferramentas gratuitas e pagas, como o emissor Aegro, que facilita o controle fiscal.

Quando a emissão de nota fiscal produtor rural SC é obrigatória?

A Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) será obrigatória para produtores inscritos no Cadastro de Produtores Primários (CPP), conforme as situações abaixo:

  • A partir de 1º de janeiro de 2024: para quem usou 25 ou mais notas modelo 4 em 2023;
  • A partir de 1º de março de 2024: para quem usou 10 ou mais notas modelo 4 em 2023;
  • A partir de 3 de fevereiro de 2025: para quem teve receita bruta acima de R$ 360 mil em 2023 ou 2024;
  • A partir de 5 de janeiro de 2026: obrigatória para todos os demais produtores primários.

Como emitir nota Fiscal produtor rural SC?

Para emitir a nota fiscal como produtor rural em Santa Catarina envolve algumas etapas importantes, que não são tão diferentes em relação aos outros estados.

Mesmo assim, recomendamos que sempre entre em contato com a Secretaria da Fazenda da sua região. Confira mais detalhes do processo:

  1. Cadastro na Prefeitura: O primeiro passo é realizar o cadastro como produtor rural no município onde a propriedade está localizada. Você precisará apresentar documentos como CPF, RG, comprovante de residência e documentação da propriedade.
  2. Autorização Estadual: Após o cadastro na prefeitura, é necessário solicitar a autorização para emissão da Nota Fiscal de Produtor Rural (NFP) na Secretaria da Fazenda de Santa Catarina (SEF-SC).
  3. Emissão Eletrônica: Para quem utiliza o formato eletrônico, é preciso se cadastrar no sistema SAT-SC e obter um certificado digital.
  4. Preenchimento da Nota: Com os dados da propriedade e das operações, preencha corretamente as informações de comprador, produto, quantidade e valor. O sistema eletrônico facilita essa etapa com preenchimento automatizado.

Leia também:

Regras para Emitir Nota Fiscal Produtor Rural SC

Para garantir que a emissão esteja dentro das normas de Santa Catarina, é importante seguir algumas regras básicas:

  • Cadastro ativo: Certifique-se de que seu cadastro na prefeitura e na SEF-SC esteja atualizado.
  • Informações corretas: Preencha todos os campos obrigatórios da nota, como CNPJ ou CPF do comprador, descrição do produto, quantidade e valor.
  • Respeito às alíquotas de ICMS: Em operações interestaduais ou internas, calcule corretamente as alíquotas de ICMS aplicáveis à venda.
  • Armazenamento de registros: Guarde as notas fiscais emitidas por pelo menos cinco anos, como exige a legislação tributária.

Quais os benefícios da emissão eletrônica?

Emitir nota Fiscal produtor rural SC, e em qualquer outra região do Brasil, tem benefícios para o contribuinte que utiliza a Nota Fiscal de Produtor Eletrônica. Entre as principais vantagens estão>

  • Redução de custos, devido à informatização do sistema, pois a NFP-e será autorizada eletronicamente e somente uma via da DANFE será impressa para acompanhar o transporte;
  • Poderá ser utilizada para toda e qualquer saída do produtor, incluindo a venda de máquinas usadas, equipamentos usados e insumos agropecuários entre produtores;
  • A eliminação de erros de digitação, pois diversos dados serão importados, outros sugeridos e validados, antes da autorização da NFP-e;
  • O aumento da confiabilidade, pois o sistema é baseado no projeto da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), já testado e em, com Chave de Acesso e Código de Barras, para consultas nos respectivos Portais Estaduais.

Vale lembrar que a Nota Fiscal de Produtor em papel continua válida, podendo ser emitida em possíveis casos de indisponibilidade do aplicativo emissor da NFP-e.

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Quando o Produtor Rural Deve Emitir Nota Fiscal?

O produtor rural deve emitir a nota fiscal sempre que realiza uma operação de venda ou transferência de produtos. Aqui estão algumas situações em que a emissão é obrigatória:

  • Venda de produtos in natura, como grãos, hortaliças, frutas e leite;
  • Transporte de mercadorias da propriedade para feiras, cooperativas ou entrepostos;
  • Transferência de produtos entre propriedades rurais de um mesmo dono;
  • Exportação ou venda interestadual de mercadorias.

Emitir a nota fiscal produtor rural garante que a operação seja documentada e ajuda a evitar problemas fiscais no futuro. Além disso, é uma exigência para manter o controle sobre o ICMS, que incide sobre muitas dessas transações.

Como fazer o cadastro na nota fiscal de Santa Catarina?

O cadastro é o ponto de partida para emitir nota fiscal produtor rural SC, já que o processo começa na prefeitura e pode haver um pouco de mudança nas burocracias. Acompanhe:

1. Reúna os documentos necessários: Normalmente, são solicitados:

  • Documento de identidade (RG e CPF);
  • Comprovante de endereço atualizado;
  • Matrícula ou contrato da propriedade rural.

2. Dirija-se à prefeitura: Na maioria dos municípios, o cadastro é realizado presencialmente. Pergunte se sua cidade oferece o serviço online.

3. Solicite o registro estadual: Após a validação pela prefeitura, você deve registrar sua propriedade na Secretaria da Fazenda (SEF-SC). Esse passo é essencial para emitir notas fiscais interestaduais ou utilizar o formato eletrônico.

Como fazer o cadastro no SAT SC?

O SAT (Sistema de Administração Tributária) é a plataforma oficial do estado de Santa Catarina para emissão de notas fiscais eletrônicas. Veja como se cadastrar:

  1. Acesse o site do SAT-SC: Vá ao portal da Secretaria da Fazenda de SC (https://www.sef.sc.gov.br).
  2. Cadastre-se como contribuinte: No menu do SAT, selecione a opção para cadastro. Você precisará informar dados pessoais, da propriedade e criar uma senha de acesso.
  3. Obtenha o certificado digital: Para utilizar o sistema eletrônico, é obrigatório ter um certificado digital, que funciona como uma assinatura eletrônica. Você pode adquirir em entidades certificadoras, como Serasa ou Certisign.
  4. Habilite o emissor de NF-e: Após o cadastro, ative a funcionalidade para emissão de notas fiscais eletrônicas dentro do SAT.

Dica prática: Se preferir, um contador pode auxiliar nesse processo para garantir que tudo seja feito de forma correta e ágil.

Onde Emitir Nota Fiscal Produtor Rural SC Grátis?

Para quem busca opções gratuitas para emitir nota fiscal produtor rural SC, o próprio SAT-SC permite a a atividade sem custo adicional. O sistema é acessível pelo site da Secretaria da Fazenda e é ideal para produtores com menor volume de emissões.

No entanto, o uso do SAT pode ser limitado em termos de funcionalidades, especialmente para quem precisa de relatórios detalhados ou integração com outros sistemas.

Nesses casos, investir em uma ferramenta como o Aegro pode ser uma solução prática e eficiente, já que o software combina controle fiscal com gestão completa da fazenda.

Facilite a Emissão com o Emissor Aegro

Para quem busca praticidade, o emissor Aegro é uma excelente alternativa. Com ele, o produtor rural consegue emitir notas fiscais eletrônicas ilimitadas, sem pagar nada, de forma simples e integrada à gestão financeira da fazenda. Além disso, o software oferece:

  • Emissão de NF-e grátis e ilimitada;
  • Preenchimento automático de dados recorrentes, reduzindo o risco de erros;
  • Acompanhamento das operações fiscais;
  • Integração com a SEFAZ;
  • NF-e com emissão pelo celular ou computador;

O Aegro é uma ferramenta pensada para produtores rurais que desejam aliar tecnologia à gestão eficiente, economizando tempo e garantindo conformidade fiscal.

A emissão da nota fiscal produtor rural SC pode ser feita pela plataforma a hora que você quiser. Saiba mais detalhes de como o processo funciona.

conheça o n ovo emissor de notas fiscais do Aegro

Daniel Oliveira

Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.