Como fazer o controle de frota da fazenda

Controle de frota: veja dicas de como fazer, de como planejar a gestão operacional e tecnologias que podem auxiliar nessa questão. 

O controle de frotas na fazenda pode auxiliar em maiores ganhos financeiros dentro das propriedades.

Mas o gerenciamento da frota não é tão simples de ser realizado!

Você sabia que pode trabalhar com menos máquinas e otimizar os rendimentos operacionais?

Acompanhe neste artigo quais são os pontos principais que você deve avaliar para facilitar sua tomada de decisões quanto ao controle de frota. Confira!

Como fazer controle de frota?

Em qualquer atividade, o controle sobre a frota não é algo tão simples de ser realizado e nas propriedades agrícolas não é diferente. 

Isso porque é uma tarefa que deve envolver cada veículo, seus operadores, vida útil do maquinário, entre diversos outros fatores.

Grandes usinas, como a São Martinho, investem dezenas de milhões de reais para assegurar praticidades e eficiências maiores durante as operações.

O controle de frotas é essencial para que os gestores e donos das propriedades consigam identificar gargalos que prejudicam as eficiências dessa atividade.

Além disso, ter o maquinário disponível no momento da colheita, transporte e armazenamento dos produtos é fundamental para garantir o cumprimento dos prazos e assegurar o lucro das fazendas. 

Para fazer o controle da frota de sua fazenda, o primeiro passo é mapear em uma planilha ou até mesmo no papel todas as operações que sua frota realiza, dentro e fora da propriedade.

Algumas propriedades já possuem tais mapeamentos e devem levantar estes dados com o gestor de frotas, se possível do último ano ou dos últimos seis meses de operações.

controle de frota

Como fazer uma boa gestão de frota?

Para quem deseja iniciar uma boa gestão de frota, do zero, montamos um passo a passo a seguir para orientar no levantamento de informações.

Vale ressaltar que o ideal é que cada propriedade faça suas alterações e modificações para o seu cenário produtivo, buscando um modelo que otimize e traga soluções simples, mas eficazes para sua fazenda.
 

gerenciando o maquinário agrícola

1. Levantamento de informações da frota

O primeiro passo é saber a quantidade de veículos da empresa que estão envolvidos nas operações, sejam tratores, colhedoras, caminhões, carros, motos, etc.

Após a contabilização dos veículos, é necessário anotar os gastos com combustível por equipamento, bem como os custos com manutenções, capacidades operacionais de cada equipamento, rotas e disponibilidade de cada veículo ao longo do ano.

É ideal que se tenha um custo por km rodado de cada equipamento, para fins de comparação e otimização dos processos. 

Também recomenda-se um mapa da necessidade de equipamentos dentro da fazenda, mês a mês, e a partir dessa análise será possível entender a dinâmica de maquinário em cada época.

Outro fator essencial é o dimensionamento da frota para que os custos estejam dentro do ideal para a propriedade.

Frotas subdimensionadas podem acarretar em sobrecargas nos equipamentos, aumentando custos com reparos e manutenções.

Por outro lado, frotas superdimensionadas acarretam em ociosidade operacional e elevação dos custos.

O dimensionamento correto deve potencializar o uso de cada equipamento.

Tenha uma coisa em mente: Um trator grande e mais potente também trará maiores gastos com combustível e manutenções;  já um bem dimensionado realizará a mesma operação e com custos menores.

2. Análise das informações da frota

Uma análise profunda deve ser realizada após o levantamento dos dados – de gastos com combustível, custos com reparo e manutenção.

Para verificar o uso inadequado do equipamento, pode-se utilizar um software de telemetria seguido de treinamento dos condutores para correção.

A manutenção e reposição de peças são fortes agregadores de custos nas operações dentro das fazendas.

Por isso, o ideal é que sejam realizadas manutenções preventivas e não corretivas.

Você pode saber mais neste artigo: “Máquinas agrícolas: Como gerenciá-las”.

Um cronograma de manutenção preventiva também pode ser criado no papel ou com o auxílio de softwares digitais, contendo revisões a cada número de horas, trocas de óleo, filtros e outras peças que demandem reposição, evitando quebras durante a operação. 

O Aegro, por exemplo, pode auxiliar a calcular o custo operacional do maquinário, capacidade efetiva de trabalho e consumo de combustível por hectare.

Você consegue todos esses indicadores de modo mais automático, simples e seguro.

controle de frota aegro

Com esse software, pode-se controlar a quantidade de combustível utilizada e vincular estes valores ao custo realizado em cada talhão.

Para conhecer mais sobre como fazer isso no Aegro, acesse: Custos do maquinário e indicadores de eficiência das máquinas.

Existem usinas que conseguem atingir os mesmos índices produtivos, com redução da frota e otimização dos processos.

Como isso é possível? É simples! Os dados mostram qual marca de trator quebra mais e possui maiores custos com reparo e manutenção.

O segredo está na escolha da marca que trabalha mais e possui custos operacionais menores.

Assim, com o passar do tempo a usina pode vender os equipamentos da marca mais custosa e começar a adquirir os que possuem números melhores.

Este é apenas um exemplo de como o controle de frotas pode otimizar os ganhos dentro da propriedade.

custo operacional de máquinas

3. Planejamento de otimizações na frota

Após uma análise da necessidade de equipamentos, consumo de combustível e rotas que cada máquina percorre na propriedade, é ideal que se tenha em mente algumas metas.

Pense em metas possíveis de serem atingidas, como exemplo, redução de 10% do consumo de combustível e redução de ociosidade da frota.

Até mesmo a contratação de terceiros para realização de atividades dentro da fazenda deve ser considerada como uma possível atuação.

Com dados consistentes em mãos, fica mais simples checar qual equipamento consome mais combustível em operações semelhantes e qual fica mais tempo parado devido à quebra de peças.

Uma vez que se sabe qual equipamento funciona melhor para cada fazenda, decisões de compras futuras são facilitadas.

É fundamental que se tenha assistência e peças de reposição no pós-venda e perto da fazenda, sendo que este pode ser outro fator importante no momento da aquisição dos equipamentos.

Desta forma, as metas devem ser checadas a cada bimestre ou semestre e, caso algo não esteja funcionando conforme o desejado, devem ser feitos ajustes que proporcionem o cumprimento das metas propostas.

4. Gestão de pessoas

Por fim, não teria como esquecer o capital humano envolvido no processo de um controle de frota eficiente da fazenda.

Na maioria das vezes, os operadores desconhecem as faixas de rotações ideais para o menor consumo de combustível e melhor qualidade nas operações.

Alguns softwares de telemetria possuem sistemas de alertas que informam quando os operadores estão trabalhando fora da faixa ideal de rotação, de acordo com cada operação.

Portanto, todos os envolvidos devem ser submetidos a treinamentos que propiciem alcançar melhores rendimentos operacionais no dia a dia.

A análise dos dados por meio de um software pode auxiliar no levantamento dos erros mais frequentes dos operadores, facilitando pontos-chave a serem corrigidos em treinamentos futuros.

Tecnologias para auxiliar no controle de frota

Comentei um pouco dos softwares de telemetria que podem ser colocados nas máquinas e vou explicar como eles funcionam.

Atualmente, já existe tecnologia que pode auxiliar na gestão das frotas da fazenda e, com o auxílio da internet, é possível usar telemetria e rastreabilidade em boas práticas dentro das operações.

A telemetria é um sistema que possibilita identificar como a máquina está sendo operada em campo, bem como acompanhar sua localização em tempo real e acompanhar relatórios de diversos sistemas da máquina.

Por meio de sensores instalados ou levantamento de informações das máquinas, é possível configurar faixas de rotação ideais para cada operação, assim como velocidade de deslocamento e marcha ideal.

Também é possível indicar as causas que acarretaram na parada dos maquinários, como por exemplo, se foi uma quebra de peça, falta de combustível, falta de sementes ou fertilizantes.

Uma análise desses dados pode auxiliar em melhores planejamentos de acordo com cada operação.

Com estes fatores preestabelecidos, é possível realizar as operações com maior qualidade e ainda reduzir custos com combustível, manutenção e uso inadequado dos equipamentos.

Estes softwares facilitam, também, na interpretação de uma série de fatores:

  • Identificação de ociosidade da máquina;
  • Consumo excessivo de combustível;
  • Trabalho fora do padrão preestabelecido;
  • Correção em tempo real de erros operacionais;
  • Identificação de melhores rotas;
  • Identificação de melhores equipamentos;
  • Entre outros. 

Para quem se interessa em adquirir tais equipamentos, muitas empresas estão presentes neste mercado.

As próprias fabricantes possuem seus sistemas próprios de telemetria como a Auteq, atuante nas máquinas da John Deere, e ainda empresas privadas como a Solinftec e a Climate FieldView.

Gerenciamento de Informações Autotec Telemática

Gerenciamento de Informações Autotec Telemática
(Fonte: John Deere)

Conclusão

Falamos um pouco da importância da gestão de frota da fazenda e benefícios econômicos provenientes dessas análises.

Hoje, já estão disponíveis ferramentas tecnológicas que realizam a telemetria das máquinas em campo e em tempo real, facilitando a correção de erros pontuais ou da falta de padronização dentro das operações.

Seja no papel ou em um software de telemetria, cabe a cada produtor escolher o melhor modelo de gestão de frotas que vai trazer benefícios para sua propriedade.

Você já realiza o controle de frota da sua propriedade agrícola? Possui outro sistema de gestão que não mencionei? Adoraria ver seu comentário abaixo.

GPS agrícola: conheça os melhores tipos e escolha o ideal para sua fazenda

GPS agrícola: diferentes formas de usos no campo, como funcionam e o que considerar na hora da escolha.

O GPS é um sistema muito utilizado no nosso cotidiano, seja no carro, no celular ou na agricultura – auxiliando na gestão de empresas rurais em todo o Brasil.

Sua utilização em propriedades rurais permite a realização de atividades com maior eficiência e economia de recursos.

Mas para ter todos os benefícios, é importante selecionar o melhor para suas atividades, o que depende muito de cada propriedade rural.

Pensando nisso e para te auxiliar na escolha do melhor sistema para sua fazenda, apresentamos vários tipos e usos do GPS agrícola. Confira a seguir!

Utilização do GPS na agricultura

A tecnologia está em todo seguimento e, claro, na agricultura não seria diferente. Ela pode ser amplamente empregada na análise de solo, pulverização, plantio e colheita, e em outras atividades necessários ao longo do ciclo da lavoura.

O uso do GPS (Global Positioning System – sistema global de posicionamento) está entre as tecnologias que mais vêm ganhando espaço na agricultura. Aliado às novas técnicas de inteligência artificial e robótica, os sistemas de posicionamento são o presente e o futuro da agricultura mundial.

Isso porque seu uso permite realizar navegação, medições de áreas, determinar pontos (coordenadas), armazenar dados, entre outras funções.

Com os dados gerados e disponibilizados pelo GPS, é possível que o produtor realize as atividades com maior exatidão e eficiência, além de auxiliar na tomada de decisão.

Dessa forma, o uso do GPS nas atividades agrícolas pode otimizar os processos, facilitar a comunicação entre os envolvidos (produtor, operador, agrônomo, administrador), diminuir erros humanos, reduzir os riscos de algumas perdas agrícolas, entre outros benefícios.

Mas como escolher o melhor tipo de GPS agrícola para sua fazenda?

gps agrícola
Computador de bordo e GPS instalados no trator permitem que o plantio seja realizado de acordo com o projeto traçado, garantindo maior produtividade
(Fonte: Diário da região)

Como realizar a escolha do GPS agrícola

Cada propriedade tem suas particularidades e necessidades. Por isso, para escolher o melhor sistema, leve alguns fatores em consideração:

  • atividade na qual você utilizará o GPS
  • custo-benefício
  • precisão do GPS
  • facilidade na operação
  • facilidade na manutenção/atualização

Você pode ter o GPS agrícola no celular, tablet ou em um aparelho específico. É importante definir qual a função dele na propriedade para determinar qual GPS utilizar e qual deve ser a sua precisão de acordo com a função na fazenda.

Com essa definição, você terá o melhor GPS agrícola para a sua necessidade, potencializando seus benefícios nas atividades de manejo e auxiliando sua gestão agrícola.

Veja alguns dos usos do GPS agrícola no negócio rural.

GPS agrícola na Agricultura de Precisão

Você sabe que as porções da sua propriedade apresentam características diferentes. Por isso, é necessário um sistema de gestão que otimize e aproveite melhor cada porção da área.

É isso que a Agricultura de Precisão (AP) leva em conta. As lavouras apresentam um ambiente desuniforme e necessitam de um manejo que explore essa diferença para aproveitar a área da propriedade na parte econômica e também na sustentabilidade do sistema.

Lembrando que a AP foi viabilizada pelo surgimento do GPS e o seu uso nesse segmento permite o mapeamento da área das atividades agrícolas, localização de pontos nos talhões etc.

Basicamente, qualquer avaliação ou aplicação feita na propriedade pode ser rastreada geograficamente com exatidão. Isso permite a confecção de mapas que ressaltam as características específicas de cada área, com um nível de detalhe comparável à precisão do GPS agrícola.

GPS agrícola com piloto automático

O uso do piloto automático está cada vez mais frequente nas atividades agrícolas e é importante para que a máquina siga um caminho pré-determinado, sem (ou com pouca) interferência do operador.

Basicamente, o sistema de piloto automático funciona por meio de um receptor instalado nas máquinas agrícolas.

Esse receptor recebe sinal de satélite vindo do GPS agrícola e envia as informações de posicionamento ao sistema de direção da máquina, fazendo com que ela siga um caminho pré-determinado, sem a interferência do operador.

GPS Agrícola
(Fonte: Geo Agri)

Algumas vantagens do piloto automático são:

  • redução da fadiga do operador
  • flexibilidade de horário (por ser guiado por GPS)
  • redução no tempo da operação
  • maior produtividade (uniformidade do espaçamento)
  • menor número de manobras

GPS agrícola em aplicações a taxas variáveis

A pressão pelo uso cada vez mais racional de recursos e para a diminuição da aplicação de agroquímicos nas lavouras tem no uso do GPS agrícola um aliado bastante forte. 

A aplicação em taxa diferencial permite entregar apenas a quantidade necessária de produto em diferentes partes da lavoura, de acordo com medições prévias de sanidade, fertilidade ou ataque de pragas.

O sistema de GPS é primordial para concatenar as coordenadas das medições com o controle diferencial da aplicação de produtos, seja por aplicações aéreas ou terrestres.

GPS agrícola para monitoramento de colheita

Em uma área de lavoura, é normal que existam diferenças entre produção máxima e mínima, gerando uma produtividade média ao final do ciclo da cultura.

Mapear áreas em que a produção é mais baixa permite explorar as características específicas delas para potencializar a produção em safras seguintes, ou mesmo ao longo da safra.

O uso do GPS agrícola permite criar mapas de colheita que informam sobre a heterogeneidade da produção. Esses mapas podem ser avaliados junto a outras informações colhidas para detectar os fatores mais limitantes de produção. 

GPS agrícola para uso racional de água

Os sistemas de irrigação também podem se beneficiar do uso do GPS agrícola, permitindo uma irrigação diferencial em cada área, evitando encharcamento ou limitação hídrica, como pode acontecer quando se usa uma taxa única de irrigação.

Seja através da medição da umidade do solo ou de indicadores de teor de água nas plantas, o sistema de irrigação pode ser ajustado para entregar apenas a quantidade recomendada por área.

GPS agrícola no celular ou no tablet

Você pode utilizar aplicativos no celular ou no tablet com a função de GPS agrícola para determinar áreas, coordenadas, pontos, etc., que podem ser gratuitos ou ter um custo de aquisição de acordo com cada aplicativo. 

Veja alguns apps para uso na agricultura:

C7 GPS Dados

O C7 GPS Dados É um aplicativo para obter as coordenadas de pontos isolados (waypoints) ou de trilhas, possibilitando o armazenamento das mesmas em um arquivo GeoTXT.

Com os dados armazenados, é possível calcular a área, o perímetro de polígonos e a distância total percorrida em uma trilha registrada.

GEO AREA

Aplicativo que mede área e pode ser utilizado para estimativa de produção de culturas, medição de área de cultivo e produção agrícola.

A2

O A2 pode ser utilizado para medir a superfície (área), perímetro e distância de terra. Este aplicativo também pode ser usado para medir áreas agrícolas, telhados das casas, lote, entre outras. Oferecido no Google Play por R$ 95,99.

GPS Fields Area Measure 

Um medidor de áreas e distâncias que possibilita ter a distância, perímetro ou área por meio do mapa; ou seja, o aplicativo localiza a área no mapa e indica os pontos para o cálculo da área ou perímetro.

GPS agrícola para pulverização no celular

Realizar a pulverização detalhadamente com o uso do GPS agrícola pode trazer diversos benefícios como a utilização do insumo/produto de forma eficiente, evitando desperdício e falta do produto em alguns locais da lavoura.

Com esta ferramenta, também se pode mapear as áreas que já foram pulverizadas das que não receberam esta operação.

Alguns aplicativos que podem te auxiliar com esta atividade são:

Farm Sprayer GPS

Use no celular ou tablet para controlar a área que foi pulverizada da área sem aplicar a pulverização. Ele também pode ser utilizado para as operações de plantio e adubação.

Cálculo de Pulverização

Aplicativo para a calibração do pulverizador, com o cálculo do volume pulverizado e da vazão do bico. Disponível aqui.

Sprayer Calibrator

App desenvolvido para ajudar o agricultor a escolher e calibrar o bico de pulverização, além de auxiliar a definir a velocidade necessária do trator e a distância entre os bicos. Baixe aqui.

Além desses, existem outros tipos de GPS agrícola que podem auxiliar em sua propriedade. Seguem alguns tipos e marcas a seguir. 

Mercado de aparelhos de GPS agrícola

GPS agrícola AgriBus

A empresa trabalha com tecnologia de aplicações de suporte à operação de trator, controle de dados de operação, receptores GNSS/GPS de alta precisão, equipamento de intertravamento de máquina de operação multifuncional e operação automatizada.

Linha de Produtos AgriBus
Linha de Produtos AgriBus
(Fonte: AgriBus)

Entre os produtos desta marca estão: 

AgriBus-NAVI

Aplicação simples e de baixo custo para o acionamento de trator. É um aplicativo instalado em máquinas agrícolas para ajudar nas operações diretas no campo.

AgriBus-AutoSteer

Opções de direção automática que podem ser adaptadas.

AgriBus-GMini

GPS de ultraprecisão com conexão sem fio.

Além desses, também há navegador web para gravar operações agrícolas e modelos de receptores de GPS.

GPS agrícola Seggna

Empresa brasileira que investiu em GPS nacional para auxiliar a agricultura de precisão. Os modelos Super Challenger and Challenger Pro variam de R$ 5.700,00 a R$ 6.800,00.

GPS Agrícola
Produtos Seggna
(Fonte: Seggna)

GPS agrícola Farmpro

A Farmpro é uma empresa nacional que aplica todo seu conhecimento na área agrícola e industrial, desenvolvendo equipamentos e soluções para as montadoras e ajudando o produtor rural a obter maior produtividade e rentabilidade na sua lavoura.

Produto Farmpro Max7
Produto Farmpro Max7 – preço sob consulta
(Fonte: Farmpro)

Vale lembrar que existem várias marcas, modelos e produtos no mercado além desses. Para escolher, você deve determinar qual é o melhor para sua necessidade e propriedade rural.

Outros fornecedores de GPS agrícola são as empresas Trimble, Verion e Daga Agrinavi, dentre outras.  

Em caso de dúvidas, consulte um profissional especializado.

>> Leia mais: “O que é SIG na agricultura e como essa tecnologia pode ser útil na sua fazenda

Como funciona um GPS agrícola

O GPS é um sistema de orientação por satélite. Resumindo, os satélites enviam sinais de rádio para os receptores (aparelho de GPS), que podem estar no trator ou no celular, e esses interpretam os sinais para determinar a localização.

Na agricultura, os sistemas de posicionamento DGPS (sistema de posicionamento global diferencial), GPS absoluto e RTK (Real Time Kinematic) são muito utilizados.

Na imagem abaixo, veja melhor como funciona o sistema GPS de uma forma geral.

GPS Agrícola
(Fonte: O Globo)

Conclusão

A tecnologia está sendo muito utilizada na agricultura, como é o caso do sistema de GPS.

Neste texto, abordamos seus benefícios, como escolher o melhor para sua fazenda e como ele funciona.

Além disso, comentamos sobre alguns tipos que você pode utilizar na agricultura.

Depois dessas informações, avalie qual a necessidade da sua fazenda com a utilização do GPS agrícola, escolha o melhor para as suas atividades e obtenha os benefícios que este sistema pode trazer para sua empresa rural!

Assine nossa newsletter para receber mais conteúdos como este artigo. Envie o texto para mais pessoas que precisem de dicas sobre o GPS agrícola.

Redator João Paulo Pennacchi

Atualizado em 19 de junho de 2023 por João Paulo Pennacchi

Sou engenheiro eletricista formado pela UNIFEI e engenheiro-agrônomo formado pela UFLA. Mestre e doutor em agronomia/fisiologia vegetal pela UFLA e PhD em ciências do ambiente pela Lancaster University. Atualmente desenvolvo pesquisa na área de fisiologia de culturas agrícolas pela UFLA.

Planilha de custo de produção por hectare: como fazer e modelo pronto para baixar

Planilha de custo de produção por hectare: entenda o passo a passo para você controlar os gastos de sua propriedade e ainda ganhe uma planilha modelo grátis!

É, meu amigo, não é fácil trabalhar de sol a sol e chegar o fim do mês com a conta sem fechar. Mas você já se perguntou onde é que está indo todo esse dinheiro?

A falta de controle do custo de produção pode levar à ilusão da lucratividade quando, na verdade, se está no vermelho.

Pensando nisso, fiz um passo a passo de como controlar seu custo por hectare a partir de um kit gratuito com uma planilha modelo para você começar a controlar suas finanças. Acompanhe!

A importância de controlar os custos de produção

Toda propriedade agrícola deve ser encarada como uma empresa rural, independentemente do porte.

Como em toda empresa, a organização dos processos e controle das finanças é fundamental para o sucesso do empreendimento.

Dentre os aspectos que merecem atenção está o controle dos custos de produção.

Esse controle deve ser feito de maneira simples, anotando tudo em um caderno ou de forma mais organizada, utilizando uma planilha de custo de produção por hectare, por exemplo.

Confira a seguir, como montar uma planilha para controlar seus custos de produção.

Passo a passo para uma planilha de custo de produção por hectare

Existem várias maneiras de criar uma planilha de custo de produção, com mais ou menos detalhamento. O importante é que ela reflita a realidade de sua propriedade, englobando os custos de todas as atividades realizadas.

Para te auxiliar nisso, montamos um kit gratuito com uma planilha modelo para que você possa acompanhar os procedimentos a seguir e ainda fazer a comparação com os custos de outras propriedades do Brasil. Faça o download gratuito clicando aqui.

1. Organize suas informações

Organize as informações de cada atividade que você realiza. Veja na figura abaixo que na nossa planilha modelo podemos inserir a cultura, o ano, se é safra ou safrinha e a área de plantio.


Repare que temos o custo total da safra e por hectare, além de cada tipo de custo separado e sua contribuição para o total. 

O gráfico também facilita a visualização dos dados para extrair informações precisas para a tomada de decisão. Do contrário, seriam apenas vários números, em que ficaria difícil ver alguma coisa…

Mas, para chegar nesse resultado, devemos seguir alguns passos. Confira!

2. Comece pelos insumos

Para começar a lidar com os insumos é interessante ter todo o estoque organizado. Já tratei deste assunto em outros textos, se tiver dúvidas, confira nosso texto sobre gerenciamento rural.

Com tudo em ordem, basicamente deve ser contabilizado quais os insumos e a quantidade utilizada para cada atividade.

Por exemplo, quanto de calcário foi usado em cada área, quanto e qual tipo de adubo foi utilizado, quais vacinas foram gastas com o gado… e por aí vai. 

Desta forma fica simples e é só inserir na planilha.


Observe que a planilha trabalha com os valores por hectare e apresenta o total gasto, mas os insumos são a parte mais fácil de controlar… Vamos ao restante.

3. Custo das operações 

O uso de cada insumo geralmente está atrelado a uma ou mais operações agrícolas. Assim, cada insumo tem um custo associado: da operação para aplicá-lo ou utilizá-lo.

Cada etapa, do plantio à condução da lavoura, demanda uma série de operações. Listadas essas operações, calcule o custo de cada uma delas. Deixe a colheita para uma aba, para o caso de ser terceirizada.

Para isso, precisamos saber o tempo gasto (horas máquina/ha) para cada operação e o custo unitário de hora por hectare (R$/ha). Além disso, o maquinário precisa de manutenção e também gera custos.

Horas máquina por hectare

Na tabela abaixo, segue a nossa sugestão para estimar as horas gastas por hectare para as operações agrícolas.

É lógico que se a realidade de sua fazenda for outra, ou a eficiência maior, sinta-se livre para alterar esses números. Mas tenha muita certeza dos valores antes de alterá-los.

Custo unitário de hora máquina por hectare

Cada hora trabalhada tem um custo associado. Aqui devemos levar em conta a quantidade de diesel gasta, o valor desse combustível e o salário do operador. 

Isso varia de propriedade para propriedade, então cabe a você adaptar a planilha às suas condições. Aqui no Blog do Aegro nós já explicamos em detalhes como saber o custo operacional de máquinas agrícolas. Confira!

Custo com manutenção de máquinas

Sugerimos que você utilize um número médio de manutenções realizadas a cada safra ou a cada ano e o custo médio dessas operações.

Leve em consideração troca de óleo, peças, etc. Tudo entra nessa conta e quanto mais detalhes, melhor.

A depreciação de máquinas, parte importante e muitas vezes esquecida, será tratada a seguir.

4. Juros de custeio da safra e depreciação de máquinas

Na aba que tratamos com “investimentos” na planilha, colocamos os juros de custeio da safra e depreciação de máquinas. Empréstimos ou verbas referentes a financiamentos também podem ser colocados aqui.

A dica neste momento é não esquecer de levar em conta o valor da alíquota e dividir os custos por ano/safra pela área usada em cada ano, para então obter o custo por hectare.

5. Colheita, transporte e armazenamento

Se a sua colheita for terceirizada, o custo disso deve ser computado junto com os outros custos referentes a serviços como transporte, silos, etc.

Assim como nos casos anteriores é necessário verificar a quantidade de horas necessárias para cada operação e o preço pago por cada hora.

Um passo a mais no controle de custos por hectare

Este kit com a planilha que disponibilizamos para download é um modelo para o controle de custo de produção por hectare. Ao explorá-la, você vai notar que utilizamos valores médios e alguns arredondamentos para o cálculo. 

Como a planilha é aberta, o ideal é que você mude os valores para a realidade da sua propriedade para ter uma representação fiel do que está ocorrendo.

Caso sua fazenda já utilize planilhas, você tenha muitas informações ou ainda necessite de um detalhamento maior, somente esta planilha de custo de produção por hectare não será o suficiente. 

Talvez seja o caso de começar a utilizar um software de gestão agrícola, como o Aegro

aegro planilha de custo de produção por hectare

Com este sistema de controle é possível integrar todas as suas finanças, com detalhamento para cada atividade e ainda organizar as operações e o estoque de sua fazenda. 

As informações são agregadas e de fácil visualização, possibilitando maior controle na tomada de decisão.

O Aegro oferece ao empresário rural (produtores, consultores, engenheiros agrônomos):

  • Gestão de patrimônio e de máquinas;
  • Operações agrícolas;
  • Gestão financeira e comercialização;
  • Monitoramento integrado de pragas – MIP;
  • Integração com o Climatempo; 
  • Cotação de seguro rural
  • Anotador – ferramenta para os lançamentos do LCDPR;
  • Imagens de satélite e NDVI;
  • Entre outras funções para o controle da fazenda. 

É possível testá-lo de forma gratuita, por meio de:

Custo de produção agrícola: Controle tudo pelo Aegro!

O seu custo de produção por hectare está muito alto?

Depois de calcular o seu custo de produção com o auxílio da planilha ou software, pode ser que você comece a questionar se não está gastando além do que deveria durante a safra.

A melhor forma de solucionar essa dúvida é comparando os seus números com os números de fazendas que estão próximas de você. Caso as despesas da sua lavoura estejam acima da média, talvez seja a hora de repensá-las.

Para fazer uma análise de mercado rápida e entender melhor o seu cenário, recomendo que você utilize nosso kit comparativo de custos de safra, que permite a comparação com outras fazendas do Brasil.

Ele reúne dados confiáveis de órgãos como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para te oferecer um comparativo geral de resultados por cultura e região.

Assim, você confere se produziu e gastou mais ou menos que os seus vizinhos.

Sem dúvida, as informações da Conab vão te ajudar a identificar oportunidades de melhoria no seu processo produtivo e aumentar a competitividade da sua lavoura.

Calcule seus custos e compare com outras fazendas

Conclusão

Ao longo do texto você conferiu a importância de se organizar e controlar os custos de produção por hectare de sua propriedade.

Conhecendo as finanças é possível identificar onde melhorar e qual atividade não está dando lucro.

Para isso, pode-se contar com a ajuda de planilhas de controle de custos, como esta que foi disponibilizada para baixar e com o passo a passo de como fazer.

Em alguns casos, um software de gestão agrícola pode facilitar ainda mais a sua vida.

Fato é: não deixe de controlar seu custo por hectare. Isso pode definir o sucesso ou o fracasso do seu negócio.

Como você controla os gastos de sua propriedade? O que achou dessa planilha de custo de produção por hectare? Deixe suas dúvidas e sugestões abaixo. Grande abraço e até a próxima!

O que é seguro de máquinas e equipamentos: vantagens e desvantagens

Seguro de máquinas e equipamentos: saiba como funciona esse serviço, dicas para contratação e motivos para valer a pena esse investimento

Quando pensamos em seguro, seja ele residencial, automotivo ou até de maquinário agrícola, algumas frases surgem automaticamente em nossas mentes: “O seguro morreu de velho”; “É melhor ter um seguro e não usar”; “Nada vai acontecer comigo”.

Essas e muitas outras frases associam o gasto com seguro como um desperdício mensal de dinheiro.

Neste artigo falaremos sobre o que é seguro de máquina agrícola, vantagens e desvantagens desse tipo de serviço. Aproveite!

Como funciona o seguro de máquinas agrícolas?

A finalidade do seguro de máquinas agrícolas e tratores é proteger os principais equipamentos utilizados na condução da lavoura – o que pode incluir semeadoras, tratores, colheitadeiras, entre outros. As proteções mais comuns são contra roubo, incêndio e acidentes (danos físicos e elétricos).

Muitos pensam se vale a pena gastar com a aquisição de seguro de máquinas agrícolas ou se será apenas parte do nosso dinheiro sendo jogado fora. Na realidade, essa visão pode ser bem diferente!

Todos sabem que quem se previne evita surpresas desagradáveis, como por exemplo, a perda de uma máquina agrícola devido a algum acidente durante o trabalho na lavoura.

Já ouviu falar que “É melhor se prevenir do que remediar!”? A ideia do seguro de máquinas agrícolas parte do mesmo princípio.

Por mais cuidadoso que você ou seus operadores sejam, os riscos estão presentes no dia a dia agrícola e esperar algo acontecer para contratar o seguro não adianta.

Se algo ocorrer com alguma máquina agrícola, quanto tempo será necessário para juntar o dinheiro para a compra de uma nova?

o que é seguro de máquina

(Fonte: Bradesco Rural)

Seguro para tratores agrícolas e outras máquinas

Existem muitas seguradoras que realizam seguro para trator agrícola, colheitadeiras, plantadeiras, plataformas, pulverizadores e pivôs. O seguro pode ser contratado para trator de pequeno porte até máquinas mais complexas, com custos variados.

As apólices de seguros podem variar desde coberturas básicas como:

  • Roubo; 
  • Furto (atenção, nem todos os tipos de furtos são cobertos);
  • Danos materiais decorrentes de acidentes de causa externa como colisão, capotamento, abalroamento, etc.
  • Incêndio, raio, explosão;
  • Vendaval, granizo.

Até coberturas adicionais – aquelas que você opta por contratar – que cobrem:

  • Danos elétricos;
  • Lucros cessantes;
  • Perda ou pagamento de aluguel;
  • Despesas fixas;
  • Responsabilidade civil;
  • Viagens de entrega;
  • Entre outros.

A disponibilidade e detalhes de cada uma variam de seguradora para seguradora.

O mercado de seguros, seja ele de qualquer natureza, é regulamentado e fiscalizado pela Susep, a Superintendência de Seguros Privados. 

Qualquer dúvida ou irregularidade na prestação do serviço pela seguradora é possível comunicar à Susep, que tomará as providências de modo que o produtor rural não seja lesado.

Como fazer seguro de máquinas e equipamentos

Antes de fechar o contrato da apólice, consulte a lista de empresas autorizadas a operar no mercado.

Veja o passo a passo para contratação do seguro:

  1. Escolha uma corretora de seguros e solicite um orçamento:  Opte por uma corretora de seguros especialista que terá melhores preços e buscará o melhor custo-benefício dentre diversas seguradoras, orientando-o quanto às coberturas e exclusões do seguro. 
  2. Leia a proposta e as coberturas oferecidas: ao receber a proposta, leia atentamente as cláusulas e, se estiver de acordo, envie os dados necessários para a contratação.
  3. Finalização do contrato e realização do seguro: a corretora de seguros agendará a vistoria presencial, se necessária. Na maior parte dos casos, o seguro já fica valendo no mesmo dia. Pode ser necessário assinatura e envio de documentos  como notas fiscais, recibos de compras, etc.

Após a quitação da 1ª parcela, vistoria e aceitação por parte da seguradora, a apólice será gerada e enviada para o contato cadastrado. Leia atentamente a apólice de seguro a ser contratado para sua máquina agrícola e guarde uma via com você.

Como já comentado, em caso de alguma irregularidade na prestação do serviço o ideal é entrar em contato com a Susep e fazer a sua reclamação.

Algumas das principais seguradoras que as corretoras de seguros trabalham são: 

Ao escolher o seguro, tenha sempre em mente a necessidade de proteger os seus bens e prevenir os riscos que possui em sua lavoura.

O ideal é negociar as coberturas do seguro para cada máquina agrícola, ponderar o valor e decidir se aquele bem merece a proteção que está sendo oferecida.

Dessa forma, o segurado garante a restituição do bem de acordo com o que foi negociado na apólice contratada.

Vantagens do seguro para máquinas e tratores agrícolas

Vantagens como agilidade e flexibilidade estão presentes em algumas corretoras de seguro do mercado. 

Os agricultores conseguem pedir uma proposta e fechar um seguro no mesmo dia para seus equipamentos agrícolas, gerando agilidade no processo.

A flexibilidade está na aceitação da contratação do seguro, em certos casos, mesmo que o equipamento esteja com nota fiscal faltando ou tenha sido adquirido no exterior. E na possibilidade de incluir coberturas e ajustar franquias. 

Algumas seguradoras geram descontos e bonificação de acordo com a experiência do seguro, ou por quantidade de equipamentos segurados, ampliação da franquia e instalação de rastreadores.

Além disso, há possibilidade de contratar o seguro plurianual (de 2 até 5 anos) e obter algum desconto com isso.

O seguro de máquinas agrícolas é muito similar ao de automóveis, podendo até ser parcelado sem acréscimo de juros – de acordo com cada seguradora contratada.

A desvantagem principal é que cada seguradora oferece garantias diferentes. Por exemplo, algumas cobrem furto simples, outras não, algumas garantem acidente em rodovias, outras não.

Para entender isso melhor, é fundamental contratar o seguro com atenção e com uma corretora de seguros que o oriente sobre esses detalhes bem como o que não está coberto. 

Outra desvantagem é que as seguradoras costumam ter aceitação restrita para maquinários mais antigos.

Conclusão

Entre os bens essenciais e preciosos das fazendas estão suas máquinas agrícolas. Um seguro desses bens garantirá a proteção desse patrimônio crucial para o sucesso do negócio e que está exposto a diversos riscos.

A contratação de um seguro para esse maquinário gera maior tranquilidade aos agricultores frente a fatores que, na maioria dos casos, são externos ao bom uso das máquinas “dentro da porteira”.

Ao contrário do que muitos pensam, a contratação de um seguro não é somente para aqueles que possuem muito dinheiro, a ideia é justamente oposta, pois, quem tem muito dinheiro consegue bancar o custo de outra máquina em uma eventualidade.

Quem batalhou anos para comprar uma máquina e não tem recursos para adquirir outra é quem mais necessita do seguro, caso ocorra um imprevisto!

>> Leia mais: “Renagro: como funcionará o registro nacional de tratores e máquinas agrícolas”

Você possui seguro de máquinas e equipamentos agrícolas? Acha que o seguro é uma vantagem ou desvantagem no seu caso? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Veja o desenvolvimento da sua lavoura com imagens de satélite na agricultura

Imagens de satélite na agricultura: Como a visualização do desenvolvimento da sua lavoura te ajuda no manejo, na redução de custos e no aumento da rentabilidade.

É evidente a utilização das imagens de satélite na agricultura, sejam elas gratuitas ou pagas.

Mas é também fundamental que cada produtor rural saiba qual a melhor imagem e sensor a ser utilizado nas suas áreas.

Com isso, é possível conseguir um relatório do status da sua lavoura em tempo real ou até mesmo contar o gado por meio de imagens de satélites.

Veja neste artigo como utilizar as imagens de satélite na agricultura e mais! 

Como as imagens de satélite têm auxiliado os agricultores

Com inúmeros sensores acoplados nos satélites já é possível identificar pragas nas lavouras, variedades diferentes de solo, reboleiras de nematoides, além de vários outros produtos.

O que muitos agricultores não sabem é que existem diversas bibliotecas com históricos de imagens que são gratuitas e passíveis de serem utilizadas em suas propriedades.

Com a utilização das imagens de satélite na agricultura, os estudos das lavouras podem ficar muito mais assertivos.

Utilização de imagens de satélite na agricultura

Para identificação de potenciais de biomassa dentro das lavouras, os agricultores podem utilizar imagens gratuitas dos satélites Sentinel-2A ou Sentinel-2B, por exemplo.

imagens de satélite na agricultura

(Fonte: EngeSat)

Os satélites Sentinel-2A e Sentinel-2B são parte de uma missão imageadora multispectral, ou seja, possuem uma grande quantidade de bandas em diversos comprimentos de ondas.

O que isso significa? Com a utilização de algumas bandas combinadas, ou não, é possível obter mapas de:

  • Vegetação
  • Solos
  • Umidade
  • Rios e Áreas Costeiras

Esses satélites fazem parte do Programa Global Monitoring for Environment and Security, administrados pela Comunidade Européia e ESA.

Os satélites Sentinel possuem pixels de tamanho 10 m para as bandas RGB e infravermelho próximo, contando com imagens desde junho de 2015 em seu banco de dados.

Sensibilidade Espectral

Sensibilidade Espectral: O Instrumento MSI a bordo do Sentinel-2  gera 13 bandas espectrais
(Fonte: EngeSat)

Devido à alternância das órbitas dos dois satélites do programa, a frequência de imagens é de cerca de 5 dias de revisita, sendo estes satélites uma solução para confecção de mapas de biomassa de vegetação.

Ambos os satélites possuem os mesmos sensores e são excelentes ferramentas para utilização na agricultura.

índice de vegetação NDVI

(Fonte: Agricolus)

O NDVI  é o índice de vegetação da diferença normalizada (Normalized Difference Vegetation Index). Para confecção dos mapas de NDVI utilizando as bandas dos satélites Sentinel a equação correta é:

NDVI =
(banda 8 – banda 4)
(banda 8 + banda 4)

Saiba mais sobre o NDVI e seus mapas neste artigo: O que são mapas NDVI e como consegui-los de graça para sua fazenda

Mapas de altimetria

Também é possível a criação de mapas de altimetria utilizando monitoramento por satélite.

Existem satélites em órbita que possuem radares capazes de mapear a altimetria do terreno.

O satélite Alos Palsar – artificial japonês – lançado em janeiro de 2006, possui um radar com pixel de 12,5 m.

imagens de satélite na agricultura

(Fonte: ALOS PALSAR)

ALOS significa Advanced Land Observing Satellite, satélite avançado de observação terrestre e PALSAR Phased Array type L-band Synthetic Aperture Radar, radar de abertura sintética para observação terrestre diurna e noturna.

Com este satélite é possível a confecção de mapas de altimetria com imagens de radar de 2006 a 2011 da superfície terrestre.

O seu processamento em softwares SIG (Sistema de Informação Geográfica) pode gerar modelos de elevação, mapas 3D e relevo de cada propriedade.

(Fonte: IDEChile)

Esses mapas de altimetria não devem ser utilizados para geração de curvas de nível, uma vez que a precisão altimétrica não é suficiente devido ao tamanho do pixel.

Por outro lado, este tipo de mapeamento pode ser usado para planejamento de áreas para plantio e colheita mecanizada, construção de reservatórios de água e afins.

Para confecção de mapas de curvas de nível como cana de açúcar, por exemplo, devem ser contratados equipamentos com melhores precisões, tais quais GPS geodésicos, níveis de precisão ou estação total.

Imagens de satélite na agricultura para comprar

Além das imagens gratuitas, muitas empresas possuem pacotes de imagens pagas que já vêm prontas para o processamento de imagens ou até já processadas.

Os satélites Dove, Rapideye, Planet, Plêiades, entre outros presentes no mercado, possuem melhores resoluções espaciais e temporais quando comparados com os satélites da linha Sentinel

Classificação elaborada em base ao melhor produto que cada satélite oferece

Classificação elaborada em base ao melhor produto que cada satélite oferece 
(Fonte: Engesat)

Os satélites Dove e Rapideye chegam a apresentar resolução temporal de um dia e resoluções espaciais da ordem de 0,3 m, uma vez que possuem câmeras e sensores melhores que do satélite Sentinel.

Com constelações de maiores números de satélites, as resoluções temporais e espaciais apresentam, de maneira geral, melhores resultados que os satélites gratuitos.

As bandas mais utilizadas na agricultura são RGB e IV, usadas para confecção de produtos como mapas de biomassa, mapas atuais das propriedades, mapas de reboleiras, entre outros.

Além destas, outras bandas podem ser utilizadas dependendo do produto de interesse de cada agricultor.

Alguns índices de vegetação utilizados para identificação de densidade de vegetação e teor de clorofila
(Fonte: Sensix)

Os sensores mais utilizados desses dois satélites possuem pixels de 3 a 5 m, gerando mapas com boas resoluções para auxílio na identificação de alvos de interesse e auxílio na tomada de decisão nas fazendas.

>> Leia mais: Saiba as vantagens da Cafeicultura de Precisão e como aplicá-la

Custo de imagens de satélite na agricultura

O custo das imagens de satélite podem variar de acordo com os mapas e sensores de interesse. 

Geralmente, o orçamento possui uma área mínima de cobertura que pode variar de 25 km² a 100 km², porém é possível a contratação de pacotes de imagens que permitem o processamento de determinada área ao longo do ano.

O preço de cada imagem de satélite pode variar de mil a cinco mil reais, ou mais, dependendo do tipo de imagem e resolução de interesse.

Existem algumas empresas que vendem estes pacotes de imagens aqui no Brasil e você pode enviar o perímetro da sua fazenda para solicitar uma cotação, como:

Imagens de satélite atualizadas

Já é possível a realização do mapeamento das fazendas utilizando imagens provenientes de satélites.

Aliás, dependendo da qualidade do satélite utilizado se pode mapear os talhões da fazenda toda do escritório, sem a necessidade da ida ao campo.

Engesat

(Fonte: Engesat)

O levantamento dos hectares produtivos de cada porção da fazenda pode auxiliar os produtores no planejamento agrícola. 

Pulverizações, semeaduras, quantia demandada de sementes e insumos já é possível de ser calculada utilizando apenas um mapeamento.

Aos que ainda não possuem muita habilidade em processamento de mapas, o Google Earth é um programa gratuito.

Você pode baixar e instalar o Google Earth Pro no seu computador e começar a mapear suas áreas hoje mesmo!

Uma vez que sabemos quantos hectares serão pulverizados, semeados ou adubados, fica simples o planejamento dos insumos de forma otimizada.

Integrando imagens de satélite à gestão agrícola

Como comentamos ao longo do artigo, existem diversas formas de realizar o sensoriamento remoto de uma lavoura.

Você pode, por exemplo, comprar pacotes de imagens de tempos em tempos para monitorar a evolução da safra.

Mas uma alternativa ainda mais eficiente é contratar ferramentas completamente integradas à sua gestão rural, como o Aegro Imagens.

Essa solução garante acesso contínuo a mapas atualizados da sua propriedade. Com ela, você recebe novas imagens do satélite Sentinel-2 em uma frequência de 3 a 5 dias.

YouTube video player

Nas imagens, é possível ver o Índice Vegetativo (NDVI) da plantação. Ao identificar uma área problemática, você consegue gerar observações georreferenciadas para que uma vistoria seja feita no local.

Além disso, as imagens de satélite ficam organizadas em uma linha do tempo e podem ser analisadas juntamente com o histórico das operações agrícolas realizadas em cada talhão.

Assim, fica fácil de acompanhar se as suas atividades de manejo estão gerando o resultado desejado no desenvolvimento do cultivo.

Como consequência, o mapeamento por satélite se torna mais uma ferramenta estratégica dentro do seu planejamento de safra, ajudando você a tomar decisões mais assertivas.

Peça uma demonstração gratuita do Aegro Imagens e simplifique o uso de imagens de satélite no dia a dia da sua fazenda.

Sensoriamento remoto em agricultura e futuro das imagens de satélite

O uso do sensoriamento remoto não é um assunto tão recente quanto muitos pensam.

Nos dias atuais, frente a computadores com maior capacidade de processamento e de cobertura de grandes áreas, a utilização na agricultura está se popularizando.

Assim, o uso e cobertura das imagens de satélite é maior se comparadas com drones, porém cada tecnologia possui seus benefícios.

Com o lançamento de nanossatélites, balões atmosféricos, drones e aviões, o sensoriamento remoto estará cada vez mais presente nas propriedades brasileiras.

Dessa forma, no futuro será possível identificar e atuar rapidamente em larga escala no combate a pragas, doenças e deficiências nutricionais das plantas.

A possibilidade de processamento dos dados ainda em voo por meio dos drones e aviões otimizará as aplicações.

Um bom planejamento agrícola das tecnologias utilizadas durante a safra é essencial para o aumento dos lucros das fazendas.

Como resultado, as imagens de satélite associadas com conceitos de agricultura de precisão ajudarão os produtores rurais a tornarem suas atividades mais rentáveis e sustentáveis.

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Conclusão

Sejam imagens de maior resolução ou não, as imagens de satélite na agricultura estão auxiliando muito no entendimento das lavouras.

No futuro teremos um maior número de nanossatélites orbitando ao redor do nosso planeta.

A tendência é o surgimento de maiores camadas de informação e mapas que facilitem as tomadas de decisões nas propriedades agrícolas.

Com relatórios e informações mais assertivas, o aumento das eficiências produtivas são evidentes.

>> Leia mais:

“Como o mapeamento de fertilidade do solo pode gerar economia na fazenda”

“Como a agricultura digital facilita e otimiza o planejamento da próxima safra”

“Como usar imagens NDVI para melhorar a tomada de decisão na sua lavoura”

Você já utiliza imagens de satélite nas suas propriedades? Sabia que existiam todas essas funções para imagens de satélite na agricultura? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Regularização Fundiária: entenda como funciona e as últimas atualizações

Regularização Fundiária: Dicas e as mudanças recentes para você legalizar sua propriedade rural.

Problemas vinculados à terra sempre existiram e por isso que os governantes vêm buscando estratégias para regularizar a situação fundiária. 

Relata-se que desde a criação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) foram implantados 9.469 assentamentos para 974.073 famílias, porém apenas 5% desses foram consolidados e somente 6% receberam títulos da terra. 

Para vencer essa burocratização do serviço público, foi publicado uma medida provisória que altera alguns tópicos da lei anterior para agilizar e modernizar todo o processo. 

Conheça a seguir mais sobre essa medida provisória e como realizar sua declaração para a correta regularização fundiária. Confira! 

O que é Regularização Fundiária?

A regularização fundiária consiste no conjunto de medidas jurídicas, ambientais e sociais com o objetivo de legalizar e titularizar as pessoas ocupantes de terras da União.

Realizando a regularização, o proprietário tem a garantia de função social da propriedade rural e direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 

Últimas atualizações sobre a regularização fundiária

Você sabia que recentemente foi publicada uma medida provisória (MP) que trata de algumas mudanças sobre regularização fundiária?

Pois bem, no dia 10 de dezembro de 2019 o presidente assinou a MP nº 910 alegando que as mudanças são para agilizar o processo de regularização fundiária, modernizando em alguns aspectos. 

De início, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) relata que a medida vai beneficiar cerca de 300 mil famílias com títulos, mas o governo deseja emitir o dobro em três anos.  

Vejamos agora quais foram as mudanças com essa MP:

Autodeclaração para áreas maiores: de acordo com a medida provisória, imóveis com até 15 módulos fiscais poderão ser declarados pelo próprio ocupante da propriedade, estando sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa.

O que mudou nesse contexto foi apenas o tamanho que é permitido para realizar a autodeclaração, de 4 para até 15 módulos fiscais (75 a 1650 hectares).

regularização fundiária

(Fonte: G1/Rodrigo Sanches)

Exigência do Cadastro Ambiental Rural – CAR e, em caso de necessidade, o proprietário deverá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). 

3º Alteração de data: antes os ocupantes das áreas poderiam pedir a titularidade da propriedade somente se estivesse ocupado até 2008, agora essa data foi alterada para 5 de maio de 2014.

4° Fiscalização: a lei permite a utilização de tecnologia (drones, dentre outras ferramentas) para fazer a checagem das áreas. 

5° Regularização gratuita: propriedades com até 4 módulos fiscais têm o processo de fiscalização de forma gratuita. 

6° Imóvel e empréstimos: o imóvel pode ser dado como garantia em financiamentos rurais. 

Utilização de apenas uma legislação facilitando todo o processo. 

8° Certificado digital: o processo será tramitado online, desta forma e a fim de agilizar, ocorrerá a emissão do CCIR (Certificado de Cadastro de Imóvel Rural) online. 

Dicas para realizar o processo de regularização fundiária

O que é preciso para realizar a declaração? 

É necessário a apresentação do CAR para atender ao código florestal e ainda será necessário um memorial descritivo assinado por um responsável habilitado, constando as coordenadas geográficas do imóvel rural.

E qual a obrigação de quem fizer o pedido? 

  • O solicitante não pode ter outras propriedades rurais; 
  • Deve exercer ocupação e exploração direta, mansa e pacífica desde antes de 5 de maio de 2014; 
  • Praticar cultura efetiva na área; 
  • Não ser servidor público (no Ministério da Economia, Mapa, Incra ou em órgãos estaduais e distrital de terras); 
  • Não manter trabalhadores em condições parecidas às de escravos em sua propriedade;
  • E o imóvel não deve ter infração ambiental. 

E quem é responsável pela checagem da documentação? 

O Incra é o órgão que se responsabiliza por checar a documentação e anexar em plataforma digital.

Nesta medida provisória, o órgão calcula que possa existir cerca de 900 mil títulos que podem ser concedidos em assentamentos da reforma agrária e pelo menos 300 mil regularizações em outras áreas.

Para que fazer a regularização fundiária?

Um dos argumentos levantados pelo governo brasileiro é a redução nos conflitos de terras que ocorrem com maior frequência nos estados do Pará e de Rondônia.

Geralmente são motivados pela falta de título e de documento que comprove a posse da propriedade. 

Além disso, relatam que regularizando a situação da terra é possível dar condições para que os assentados prosperem e passem a fazer parte do sistema produtivo, como por exemplo, ter acesso a financiamento rural, à tecnologia e à assistência técnica rural capacitada. 

Também dizem que não é apenas conceder a terra, mas que é importante a inclusão dos produtores na cadeia de produção, nem que seja a mais simples, a local.

O título da propriedade é fundamental para garantir o acesso dos pequenos produtores ao crédito agrícola e a programas governamentais, assim como o fornecimento de alimentos para a merenda escolar, creches, asilos, dentre outros. 

Incra regularização fundiária

(Fonte: Incra)

O que é legitimação fundiária?

A legitimação fundiária constitui forma originária de aquisição do direito real de propriedade, conferido por ato do Poder Público, e é concedida quando:

1- Não for o beneficiário concessionário, foreiro ou proprietário de imóvel urbano ou rural; 

2- Não for o beneficiário contemplado por legitimação de posse ou fundiária de imóvel urbano com a mesma finalidade, ainda que situado em núcleo urbano distinto; 

3- Quando o imóvel urbano com finalidade não residencial for reconhecido pelo Poder Público o interesse público de sua ocupação.

Banner de chamada para portal de consultores agrícolas

O que é a legitimação da posse?

É um ato do Poder Público destinado a conferir título de reconhecimento de posse do imóvel, com a devida identificação do ocupante e do tempo e natureza da posse. 

Mas por que legitimar posse ao invés de fundiária? 

Porque o município pode não estar seguro quanto à legitimação fundiária a determinado ocupante, preferindo se respaldar fornecendo a posse, a qual é conversível automaticamente em propriedade após o transcurso de ao menos cinco anos da expedição da Legitimação de Posse – podendo ser um prazo maior dependendo da área. 

O que é a Reurb?

O Reurb (Regularização Fundiária Urbana) é a técnica por meio da qual se garante o direito à moradia digna daqueles que residem em assentamentos irregulares localizados nas áreas urbanas.

Consiste no agrupamento de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais destinadas à inclusão dos núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação de seus ocupantes. 

A regularização fundiária, conforme o art. 13 da Lei Federal 13.465/2017, é classificada em regularização fundiária de interesse social (REURB-S) e interesse específico (REURB-E).

Isto serve para identificar os responsáveis pela implantação das melhorias, sendo que na Reurb-S será o município e na Reurb-E será o particular (ou loteador faltoso ou o ocupante).

E para que serve a REURB? Para compatibilizar o registro de imóveis com a realidade, desta maneira, o resultado da regularização é o direito real registrado no cartório de imóveis, garantindo a segurança jurídica na posse para o morador do imóvel regularizado.

banner que convida o leitor para baixar um informativo, de diagnóstico de gestão 360º da propriedade rural

Conclusão 

Neste texto vimos o que é a regularização fundiária e o porquê de fazermos a mesma!

Mostramos o que mudou com a publicação da medida provisória que se trata da regularização fundiária. 

Ainda demos dicas do que é necessário para realizá-la, quais as peculiaridades de quem pede a titulação e ainda informamos qual órgão responsável pela emissão da declaração. 

>> Leia Mais: 

Imposto de renda para produtor rural: Leis e normas para ficar atento
Imposto de Renda Produtor Rural: Esclareça as principais dúvidas sobre a declaração
Livro caixa digital do produtor rural (LCDPR): Tudo o que você deve saber
Nota fiscal eletrônica de produtor rural obrigatória? Veja o que fazer
Funrural: 7 dúvidas mais comuns e atualizações para 2020

E você, tem alguma dúvida sobre regularização fundiária? O que acha da nova medida provisória? Deixe nos comentários abaixo!

Sensoriamento remoto na agricultura: 7 coisas que você deveria saber

Sensoriamento remoto na agricultura: Veja como funciona, quais suas aplicações e como isso pode te auxiliar na hora da tomada de decisão.

O sensoriamento remoto vem se tornando cada vez mais presente na agricultura.

Há muitas maneiras de inserir essa ferramenta na sua propriedade, e no texto de hoje vamos ver algumas delas para você ficar mais familiarizado. 

Mas afinal, o que é essa ferramenta? E será mesmo que ela pode te ajudar na propriedade ou é só mais uma moda?

Confira os 7 tópicos mais interessantes e suas respostas sobre o sensoriamento remoto na agricultura e conheça tudo sobre o tema!

1. O que é e para que serve sensoriamento remoto?

É o conjunto de técnicas que tem como objetivo a obtenção de informações sobre alvos na superfície terrestre.

Essas informações são obtidas por meio do registro da interação da radiação eletromagnética com a superfície, que é realizado por sensores distantes (imagens de satélite) ou remotos (fotos aéreas).

Participação do sensoriamento remoto na agricultura 5.0

Participação do sensoriamento remoto na agricultura 5.0
(Fonte: Hayrton (2019))

2. Georreferenciamento e sensoriamento remoto

O sensoriamento remoto, como já comentamos, é o conjunto de técnicas que permite conseguir informações da superfície terrestre e o que há nela.

Isso ocorre através da interação eletromagnética com a superfície. Sem contato físico, a forma de transmissão de dados é pela radiação eletromagnética.

Já o geoprocessamento é o conjunto de técnicas e metodologias para obter, arquivar, processar e representar os dados georreferenciados. Tudo isso com técnicas matemáticas e computacionais.

Por isso, os dois em conjunto são consideradas técnicas fundamentais para registrar e aumentar a eficiência do uso da terra, especialmente ao longo do tempo. 

A agricultura de precisão, que contém o conceito da variabilidade do campo, é uma das áreas em que podemos aplicar essas ferramentas, já que elas permitem verificar onde e como é essa variabilidade das áreas agrícolas.

sensoriamento remoto na agricultura

Satélites e drones para monitorar sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta
(Fonte: Senar)

3. Coleta de dados em sensoriamento remoto

A coleta de dados em sensoriamento remoto é obtida por sensores colocados em diferentes tipos de plataformas carregadoras.

A plataforma carregadora pode ser laboratório, campo, aéreo ou orbital. Vamos ver a seguir mais sobre cada uma delas:

Níveis de coletas de dados do sensoriamento remoto

Níveis de coletas de dados do sensoriamento remoto
(Fonte: Jocilene Barros (2018))

Laboratório

Utiliza radiômetros e estes registram a radiação refletida pelas plantas, folhas e solos em locais onde pode ser controlada a iluminação.

Campo

Também podem ser utilizados radiômetros. Neste caso, eles podem ficar presos em suportes acima dos alvos estudados.

Podem ser utilizados veículos com guindastes hidráulicos, que são conhecidos como cherry pickers. 

Aéreo

Neste caso, o nível de coleta é dividido em diferentes altitudes:

  • Alta altitude (ao redor de 20 km);
  • Média altitude (menos de 20 km até 5 km);
  • Baixa altitude (abaixo de 5 km).

São usados para simular diferentes condições de obtenção de dados. Quanto menor a altitude utilizada, menor a influência atmosférica.

Aqui podemos incluir o uso de drones, com a vantagem de utilizá-los quando precisar das informações.

Orbital

Nesse nível de coleta são utilizados os satélites como plataformas.

Aqui é possível realizar a cobertura de grandes áreas e a repetitividade temporal, muito importante para áreas extensas.

sensoriamento remoto na agricultura

Nível de coleta de dados orbital
(Fonte: Bernadete Prado Ramires)

4. Qual a diferença entre os sensores ativos e passivos?

Você sabia que existem sensores ativos e passivos? Sabe dizer qual a diferença entre eles?

Os sensores passivos só podem operar quando há luz solar, pois dependem disso para iluminar as imagens que captura, ou seja, dependem das condições atmosféricas. 

Já os sensores ativos não necessitam da luz solar, podendo ser utilizados também durante a noite, além de não dependerem de condições atmosféricas.

Outra diferença entre os sensores é que os passivos atuam na região espectral do óptico (400 nm a 2.500 nm), já os ativos atuam na faixa das micro-ondas. 

Utilizando as imagens tanto do sensoriamento remoto óptico quanto das obtidas nas micro-ondas, você pode obter maior riqueza de informações.

Curvas espectrais e comprimentos de onda

Curvas espectrais e comprimentos de onda – visível, infravermelho próximo e infravermelho médio
(Fonte: Rafael Briones Matheus (Parque da Ciência))

5. Aplicações do sensoriamento remoto na agricultura

Na agricultura o sensoriamento remoto pode ser usado para diversas atividades como:

  • Estimativa de área plantada;
  • Estimativa de produção agrícola;
  • Vigor vegetativo das culturas;
  • Manejo agrícola em nível de país, estado, município ou ainda em nível de microbacia hidrográfica ou fazenda;
  • Análise da cobertura vegetal, topografia, drenagem e tipo de solo;
  • Determinação das áreas de preservação de mananciais, reservas florestais e áreas agrícolas;
  • Detecção de falhas na irrigação, adubação ou preparo do solo;
  • Sintomas de injúrias por produtos fitossanitários;
  • Manchas de solo com baixa produtividade;
  • Áreas com erosão laminar;
  • Identificação de reboleiras de baixo vigor causadas por nematoides ou patógenos de solo;
  • Regiões com maiores potenciais de produção.

Como vimos acima, com o sensoriamento remoto conseguimos captar o vigor das plantas. 

Aqui vale uma explicação mais longa, já que a detecção do vigor das plantas e, consequentemente, da sua saúde, resulta em diversos outros resultados como estimativa de produção e outros.

Isso é possível pois a banda de radiação do NIR – Infravermelho Próximo, diferencia plantas vigorosas (que refletem mais o NIR) e plantas mais fracas (que absorvem a radiação). 

As imagens em NIR, que são obtidas por satélites, são tratadas em uma equação denominada de NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) que transforma as leituras de NIR em tons de cores.

Índice de vegetação e comportamento espectral

Índice de vegetação e comportamento espectral
(Fonte: Rayssa Viveiros Espírito Santo)

6. Sensoriamento remoto e irrigação

Já vimos os diversos usos que o sensoriamento remoto pode ter dentro da agricultura, vamos ver agora um pouco mais de como ele pode ser utilizado na irrigação das culturas.

Sensoriamento remoto na irrigação

Sensoriamento remoto na irrigação
(Fonte: Hidrodinâmica Irrigação)

O sensoriamento remoto na agricultura pode ser usado, por exemplo, para estimar a evapotranspiração real (ETr), o que ajuda a identificar se a quantidade de água aplicada é ideal, abaixo ou superior à necessária, como feito por Silva et al. (2012).

sensoriamento remoto na agricultura

Sensoriamento remoto na irrigação, anel formado por emissor entupido ou inadequado
(Fonte: Cultivar (Irriger/Farmers Edge) – Nelson Sá)

7. Sensoriamento remoto na soja

O sensoriamento remoto na cultura da soja está sendo aplicado de diversas maneiras.

Utilizando um VANT com câmeras multiespectrais, as imagens são analisadas e utilizadas para a geração de um mapa que indica a distribuição de cada campo de produção aptas para beneficiamento e eventual produção de sementes (DroneShow).

Com o uso de câmera termal será possível monitorar plantas em situação de seca e, com a ajuda de um sensor, medir a deficiência de potássio nas folhas mesmo antes dos sintomas aparecerem (Embrapa, 2019).

Perfil temporal das áreas de soja da região norte do Rio Grande do Sul

Perfil temporal das áreas de soja da região norte do Rio Grande do Sul gerado a partir de imagens NDVI (índice de vegetação) dos meses de outubro a maio, safra 2005/06. Em destaque a evolução temporal do NDVI nas etapas de semeadura (A), máximo desenvolvimento vegetativo (B) e colheita (C).
(Fonte: Santos et al. (2014))

Há também estudos com o uso do sensoriamento remoto para identificar sintomas de ferrugem em soja. 

sensoriamento remoto para identificar sintomas de ferrugem em soja.

Estágios da doença causada pelo patógeno (esquerda) e quatro tipos de folhas com os diferentes níveis de severidade da ferrugem (direita)
(Fonte: Cui et al. (2009))

Como fazer o sensoriamento remoto da sua lavoura

Existem formas muito práticas de aplicar técnicas de sensoriamento remoto nas fazendas. Uma delas é contratar soluções integradas à gestão rural.

Com o Aegro Imagens, por exemplo, você pode obter mapas NDVI para a sua lavoura durante toda a safra.

As imagens são geradas pelo satélite Sentinel-2 em uma frequência de 3 a 5 dias e ficam organizadas em ordem cronológica.

Isso te ajuda a acompanhar o desenvolvimento do cultivo com passar do tempo e identificar potenciais problemas com agilidade.

https://youtu.be/_-4LJXin1sY

Além disso, você pode analisar os resultados do sensoriamento remoto juntamente com o histórico de operações agrícolas realizadas em cada talhão.

Esse é um jeito fácil de conferir se as suas atividades de manejo estão tendo o impacto desejado na saúde da plantação.

Assim, as imagens de satélite se tornam uma ferramenta estratégica para o seu planejamento de safra, pois auxiliam você a tomar decisões mais assertivas.

Peça uma demonstração gratuita do Aegro Imagens e simplifique o uso de NDVI na sua fazenda!

Conclusão

No texto de hoje vimos alguns exemplos de como o sensoriamento está sendo utilizado na agricultura.

Você pôde conhecer também as principais diferenças entre sensores ativos e passivos, técnicas de sensoriamento remoto na irrigação e na cultura da soja.

Por último, você conferiu como uma solução para imagens de satélite integrada à gestão rural facilita a aplicação dessa tecncologia no dia a dia das fazendas.

Assim, fica claro que o sensoriamento remoto na agricultura é uma importante ferramenta que veio para auxiliar o produtor na tomada de decisão.

>> Leia mais:

O que é SIG na agricultura e como essa tecnologia pode ser útil na sua fazenda

Como realizar a aplicação localizada de insumos e otimizar os custos da sua lavoura

Saiba as vantagens da Cafeicultura de Precisão e como aplicá-la

Gostou do texto? Têm mais dicas sobre sensoriamento remoto na agricultura? Adoraria ver o seu comentário abaixo!

Índice de vegetação: o que ele pode mostrar sobre sua lavoura

Índice de vegetação: Veja como funciona, quais suas aplicações e como essa tecnologia no campo pode te auxiliar na melhor tomada de decisão.

Com o avanço da tecnologia, novas ferramentas de manejo e gestão agrícola como os índices de vegetação têm surgido para facilitar a vida no campo.

Os índices de vegetação estão cada vez mais populares, entretanto, assim como o GPS não são um novo conceito.

Esses modelos matemáticos – ou algoritmos – baseados no sensoriamento remoto, buscam avaliar e caracterizar a cobertura vegetal.

Mas isso é apenas a ponta do iceberg, confira a seguir quais são e como funcionam os principais índices de vegetação!

Entendendo mais sobre os índices de vegetação

Antes de falarmos a respeito dos índices de vegetação, precisamos entender alguns princípios do sensoriamento remoto.

O sensoriamento remoto, por definição, trata-se da coleta de dados ou de imagens por sensores para posterior análise e processamento.

Pode ser realizado através de sensores presentes nos satélites, veículos aéreos (como drones) ou até mesmo veículos terrestres.

Por ser remoto, isso significa que é possível obter informações acerca de cultivos agrícolas, por exemplo, sem o contato direto do sensor com a lavoura.

Isso tudo é possível graças à radiação eletromagnética, ou REM, que pode ser natural ou artificial. 

A representação contínua da REM, por comprimento de onda, frequência ou energia é chamada espectro eletromagnético (como mostra a figura abaixo).

O sol é a nossa principal fonte de REM, com todos os objetos expostos a ela.

Espectro eletromagnético em função da frequência e comprimento de onda

Espectro eletromagnético em função da frequência e comprimento de onda
(Fonte: Chemistry Libretexts)

As interações existentes entre a REM oriunda do sol e a superfície das plantas permite a obtenção de informações a respeito do objeto que o emitiu.

Ocorrendo de forma simultânea, essas interações podem ser classificadas em três tipos: reflectância, transmitância e absorbância.

Como as radiações absorvidas, refletidas e transmitidas são complementares e devem sempre totalizar 100%, isso permite a extração de diversas informações.

Essas interações, principalmente a refletância, ocorrem em diferentes intensidades  e comprimentos de ondas nas mais diversas superfícies.

Essas variações fazem com que cada superfície apresente uma radiação eletromagnética característica, ou assinatura espectral, como vemos nas figuras abaixo.

 Diferentes interações entre a REM (luz incidente) e a superfície foliar, representada em corte longitudinal
(Fonte: adaptado de Portz, 2011)

Diferentes assinaturas espectrais

Diferentes assinaturas espectrais folha verde (a), folha seca (b) e solo (c) frente aos comprimentos de onda do espectro visível (B,G,R) e infravermelho (IR)
(Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE))

Dentro do espectro luminoso, as plantas apresentam grande absorbância nas faixas do  azul (400-500 nm)  e vermelho (600-700 nm).

Isso graças à presença dos pigmentos (clorofilas, xantofilas e carotenoides) e a estrutura celular da superfície das folhas. É aqui que entram os índices de vegetação.

O que são os Índices de Vegetação e como funcionam

Os índices de vegetação são modelos matemáticos que vêm sendo desenvolvidos com base na reflectância das coberturas vegetais.

Ao integrar a reflectância de duas ou mais bandas espectrais, ou comprimentos de ondas, os índices de vegetação conseguem realçar determinadas características.

Para o cálculo dos índices de vegetação é comum a utilização da reflectância das assinaturas espectrais.

Quando conhecemos as interações entre a REM e as plantas nos diferentes comprimentos de onda, podemos desenvolver e utilizar inúmeros índices de vegetação.

Tais índices de vegetação podem ser utilizados para a determinação de uma gama de parâmetros biofísicos e características da vegetação.

Diferentes padrões de reflectância de folhas com diferentes estados

Diferentes padrões de reflectância de folhas com diferentes estados, morta ou seca, estressada e saudável
(Fonte: DronEng)

O  índice  de área  foliar, a biomassa, a porcentagem de cobertura do solo, a atividade fotossintética, deficiências hídricas e até mesmo estimativas de produtividade são alguns desses parâmetros.

O sensoriamento remoto fornece a base para o desenvolvimento dos índices de vegetação, a reflectância das culturas.

As principais vantagens da utilização dos índices de vegetação estão na eficiência, rapidez e praticidade das mensurações.

Ao contrário dos monitoramentos convencionais, essas técnicas permitem a identificação de variabilidade nas lavouras durante seu desenvolvimento.

Permitindo adubações e pulverizações otimizadas, manejo preciso das pragas e doenças antes da colheita e não apenas para os cultivos subsequentes.

>> Leia mais: O que é SIG na agricultura e como essa tecnologia pode ser útil na sua fazenda

Principais índices de vegetação

Apesar de hoje em dia os índices de vegetação estarem crescendo no mercado, seu  conceito data da década de 70. São inúmeros índices de vegetação existentes como o NDVI, EVI, SAVI e VARI.

Cada um apresenta uma finalidade e funcionalidade diferente e são usados mundialmente, não apenas na avaliação de lavouras.

a) Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI)

O NDVI é a sigla em inglês para Normalized Difference Vegetation Index e trata-se do índice mais conhecido no mercado.

Esse índice de vegetação atua com sensores infravermelho próximo (NIR), analisando a resposta espectral das plantas nas bandas do vermelho e do infravermelho próximo.

O índice de vegetação NDVI pode ser utilizado no das lavouras para detecção de déficit hídrico, danos de pragas, estimativa de produtividade e outros.

O cálculo do índice de vegetação NDVI é feito através da fórmula:

NDVI

Onde, IVP é reflectância no faixa do Infravermelho próximo e V é a reflectância na faixa do vermelho e seus valores variam de -1 a 1.

Portanto, valores próximos de 1 indicam uma vegetação ativa e saudável, enquanto próximos de 0 ou negativos outros objetos ou vegetação menos ativa ou senescente.

índice de vegetação

Plantas com diferentes características foliares, seja devido à seca, nutrição ou fitossanidade apresentam diferentes valores de NDVI
(Fonte: Earth Observatory – NASA)

A seguir separei duas imagens que mostram como os dados ficam quando processados.

Os valores mais elevados em vermelho indicam a vegetação mais ativa, que domina a imagem no período úmido (esquerda) ao contrário do período mais seco (direita).

Imagens processadas referentes ao cálculo NDVI

Imagens processadas referentes ao cálculo NDVI em dois períodos, úmido (esquerda) e seco (direta)
(Fonte: Borato & Gomide – Embrapa, 2013)

b) Índice de Vegetação Melhorado (EVI)

O índice de vegetação melhorado é calculado de forma similar ao NDVI, apresentando algumas modificações que garantem a correção de luz refletida.

Onde:

NIR = Reflectância do infravermelho próximo; 
RED = Reflectância do vermelho; }
BLUE = Reflectância do azul; 
L = ajuste de fundo; 
C1 e C2 = Coeficientes de resistência a aerossóis.

É comum que partículas em suspensão na atmosfera e sinais de fundo do dossel (cobertura do solo) levem à formação de reflexos indesejáveis.

Esses reflexos prejudicam a captura e consequentemente a interpretação dos dados.

Os dados produzidos pelo índice de vegetação melhorado não saturam tão facilmente quanto os do NDVI.

O EVI é destinado especialmente em regiões que concentram grandes quantidades de biomassa vegetal (elevados teores de clorofila) como as florestas tropicais.

c) Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI)

Como o próprio nome sugere, o SAVI surgiu da necessidade de atenuar os efeitos causados pelo solo na captura dos dados.

Seu cálculo é realizado pela mesma fórmula do NDVI acrescido da constante L, que varia de acordo o maior ou menor grau de cobertura do solo.

O índice SAVI é muito utilizado em áreas que apresentam baixas densidades de vegetação ou de início de plantio.

c) Índice Resistente à Atmosfera na Região Visível (VARI)

O índice de vegetação VARI, assim como o EVI, foi designado para realizar correções dos efeitos atmosféricos.

O VARI é destinado principalmente para detecção de áreas de estresse nas lavouras e analisa o nível de ‘verde’ capturado dos dados (ou imagens).

Diferente dos índices de vegetação anteriores, que são baseados em sensores infravermelho próximo (NIR), as imagens VARI são geradas pelos sensores RGB.

A tendência de uso de imagens RGB não busca a substituição da tecnologia NDVI, mas sim a ampliação das técnicas de mensuração.

Analisando índices de vegetação na sua lavoura

Agora que você já conheceu os principais índices de vegetação existentes, deve estar se perguntando como aplicá-los na sua lavoura.

Uma forma prática de obter essas informações é por meio de um software de gestão rural, como o Aegro.

No Aegro, você pode contratar imagens de satélite para as áreas da sua propriedade e verificar o índice NDVI da plantação.

As imagens são geradas pelo satélite Sentinel-2, em uma frequência de 3 a 5 dias, e ficam organizadas em ordem cronológica no sistema.

https://youtu.be/Y3aajQ7Dlig

Isso te ajuda a acompanhar e evolução da safra com o passar do tempo e identificar mudanças no vigor da vegetação com facilidade.

Além disso, os dados do sensoriamento remoto podem ser analisados juntamente com o histórico de operações agrícolas realizadas em cada talhão.

Assim, você consegue entender se as suas atividades estão tendo o resultado esperado na saúde do cultivo e tomar decisões de manejo mais assertivas.

Simples, não é mesmo? Conheça a solução da Aegro para imagens de satélite e descomplique o uso de NDVI no seu dia a dia.

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Conclusão

O sensoriamento remoto e os índices de vegetação são ferramentas muito poderosas que podem auxiliar nos manejo das lavouras.

Os diferentes índices de vegetação nos permitem obter diferentes informações e formular mapas que auxiliam nas tomadas de decisão.

Ao contrário das avaliações convencionais, as informações obtidas pelos índices de vegetação permite agir nos cultivos atuais e não nos subsequentes.

>> Leia Mais: 

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E você, já utiliza os índices de vegetação para monitoramento de sua lavoura? Conte pra gente nos comentários!