O desastre climático que atingiu o Rio Grande do Sul não poupou a produção agrícola do estado. As inundações devem trazer redução na produção de diversos produtos agrícolas do estado e, consequentemente, do Brasil.
Com a perda de parte da produção pelos produtores, aumentaram as incertezas com relação ao pagamento da safra, que, em alguns casos, era financiada pelos fornecedores de insumos, chamada de operação de Barter.
O que é a operação de Barter
A operação de Barter é um tipo de financiamento realizado entre agricultores e empresas de insumos agrícolas. A tradução para o português é “troca”, visto que a operação se dá pela troca de produtos da empresa por parte da safra.
Barter pode ser definido como uma operação gerenciadora de risco de mercado, que possibilita a venda de insumos a longo prazo tendo como pagamento parte da produção agrícola.
Com essa operação é possível reduzir o custo de insumos e fixar o preço de venda da produção.
Como funciona a operação de Barter
Os integrantes da operação – produtor, indústria ou revendedora de insumos e/ou uma trading – tem seus objetivos com o Barter:
Produtor: precisa de insumos para produzir e, muitas vezes, precisa de prazo para pagar seus custos;
Indústria ou revendedora: tem o interesse em vender seus produtos. Além disso, pode ter outros objetivos, como aumentar sua participação no mercado;
Trading: deseja obter lucros e garantia do recebimento, intermediando tanto o mercado interno quanto o mercado externo, pois é uma empresa que opera na compra e venda de ações e/ou produção de curto prazo.
O produtor que deseja obter esse financiamento, deve passar por uma análise de crédito para saber se está apto ou não para o barter. Afinal, é uma operação que envolve riscos para todos os agentes.
Para essa negociação utiliza-se a Cédula de Produto Rural (CPR), que é um contrato com registro legal. Essa cédula foi instituída pela Lei nº 8.929/1994, atualizada mais recentemente pela Lei nº 14.421/2022.
Por isso, certifique-se que a operação de Barter que será feita está de acordo com suas necessidades e atende seus interesses.
Quais as vantagens da operação de Barter para o produtor
Como existem várias modalidades de Barter, o produtor rural pode ter diferentes vantagens como:
Compra de insumos sem a necessidade de dinheiro disponível ou quando não há crédito suficiente para o custeio;
Garantia de venda de parte ou totalidade da produção por preço que cubra custo e remunere a atividade – e, com isso, proteção contra oscilações de preço;
Preços de insumos mais atrativos, conforme o pacote promocional;
Fôlego no fluxo de caixa;
Menos preocupação com o armazenamento da safra no pós-colheita;
Dependendo da modalidade, o Barter pode ser estabelecido antes e após a semeadura da safra ou até mesmo para safras futuras;
Economia de tempo na compra de insumos.
Dicas ao produtor rural que tem operação de Barter
A operação de Barter é uma opção muito atrativa para viabilizar o cultivo da safra. Para garantir a quitação do financiamento em tempo hábil, é importante que o produtor siga algumas dicas:
Não crie expectativas de aumento do valor de venda do grão. Realize a venda em partes, assim você consegue aproveitar as boas fases do mercado, obtendo o valor médio da commodity e evitando prejuízos.
Se perceber que não irá conseguir cumprir o pagamento na data prevista, converse e renegocie, assim você pode evitar o pagamento de juros por atraso.
Em caso de endividamento, não postergue o pagamento da dívida por muito tempo, isso aumentará ainda mais os juros. Se possível, realize a venda de um maquinário, equipamento ou porção da propriedade e quite a dívida o quanto antes.
Conclusão
A operação de Barter pode ser uma boa estratégia ao produtor para gerenciar os riscos de mercado, visto que, envolve a possibilidade de compra de insumos a longo prazo com o pagamento sendo o próprio produto agrícola.
Se você, produtor, tem operação de Barter e, por ventura, teve perda de produção por conta dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, é importante entender como essas perdas podem impactar a agricultura no Brasil. Saiba mais no artigo sobre as perdas agrícolas no RS. Entre em contato com o credor e renegocie o pagamento.
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Após uma enchente, o solo pode sofrer compactação, perda de nutrientes, contaminação e alteração na estrutura do solo. Para recuperar a terra, é essencial descompactar o solo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem.
Os temporais que assolaram o Rio Grande do Sul por mais de 10 dias afetaram 425 das 497 cidades do estado, resultando em 107 mortes, 136 desaparecidos e forçando 232,1 mil pessoas a deixarem suas casas, impactando cerca de 1,476 milhão de pessoas, segundo a Defesa Civil.
As enchentes recorrentes causam destruição em lavouras e infraestruturas agrícolas, além de perdas econômicas e deslocamento de comunidades rurais, evidenciando a necessidade de estratégias de resiliência e adaptação para enfrentar os desafios climáticos e de gestão de recursos hídricos na região.
Estas inundações podem causar danos significativos às comunidades, infraestruturas e terras agrícolas. Após uma enchente, o solo sofre diversas alterações físicas, químicas e biológicas, que podem afetar a sua fertilidade e capacidade de sustentação da vegetação.
Quando as águas das enchentes recuam, a terra pode ficar compactada, com camadas de sedimentos depositados na superfície.
Além disso, a saturação prolongada de água pode levar à perda de nutrientes, à contaminação por poluentes transportados pelas águas e à erosão do solo. Recuperar a terra após uma enchente é um desafio que envolve várias etapas, desde a remoção de detritos e sedimentos até a reestruturação do solo para restaurar sua capacidade produtiva.
Para revitalizar a terra afetada por enchentes, é fundamental adotar práticas de recuperação que incluam a descompactação do solo, a reposição de nutrientes e a implementação de sistemas de drenagem eficazes.
A recuperação das terras após uma enchente exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada que considere tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas. Com as práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos das enchentes.
Boa leitura!
Erosão hídrica dos solos
A erosão hídrica é um processo natural intensificado pela ação das águas superficiais que resulta na remoção e transporte de partículas do solo. Quando associado a alagamentos, este fenômeno pode causar danos significativos ao ambiente, à infraestrutura e à agricultura. Entender os mecanismos e impactos da erosão hídrica durante eventos de alagamento é crucial para desenvolver estratégias de mitigação e recuperação.
Figura 1. Enchente em área agrícola do Arroio do Meio – RS, Fotos: Fábio Fuhr (2024).
Mecanismos da erosão hídrica durante alagamentos
Os alagamentos, caracterizados pelo excesso de água em áreas normalmente secas, amplificam a erosão hídrica através de vários mecanismos:
Desagregação do solo: a força das águas em movimento desagrega as partículas do solo, facilitando seu transporte. A saturação do solo durante um alagamento reduz sua coesão, tornando-o mais suscetível à erosão;
Fluxo de superfície: a água em excesso não consegue infiltrar-se no solo completamente, resultando em fluxos superficiais intensos. Esses fluxos aumentam a capacidade erosiva, principalmente em áreas com pouca cobertura vegetal;
Sedimentação e deposição: as águas de alagamento transportam sedimentos para áreas mais baixas, depositando material erodido em novas localidades. Este processo altera o perfil do solo e a topografia local, impactando negativamente a fertilidade do solo e a capacidade agrícola.
Figura 2. Deposição de material físico em área agrícola RS após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).
Impactos da erosão hídrica
A erosão hídrica causada por alagamentos traz uma série de consequências adversas:
Perda de solo fértil: a camada superficial do solo, rica em nutrientes, é frequentemente a mais afetada pela erosão. Sua perda compromete a produtividade agrícola e a capacidade de suporte à vegetação nativa;
Danos à infraestrutura: estradas, pontes, sistemas de drenagem e edificações podem ser seriamente danificados. A erosão sob fundações e estradas pode causar colapsos e deslizamentos;
Sedimentação de corpos hídricos: sedimentos transportados pela água podem assorear rios, lagos e reservatórios, reduzindo a capacidade de armazenamento de água e afetando a qualidade da água;
Deslocamento de comunidades: em áreas rurais, a erosão pode forçar o deslocamento de comunidades devido à perda de terras cultiváveis e à destruição de infraestruturas essenciais.
Estratégias de mitigação e recuperação
Para lidar com a erosão hídrica ocasionada por alagamentos, várias estratégias podem ser implementadas:
Controle da vegetação: plantar espécies vegetais de cobertura, que protegem o solo e aumentam a infiltração de água, reduzindo o fluxo superficial;
Construção de barreiras: instalação de terraços, muros de contenção e bacias de retenção para controlar o fluxo de água e reduzir sua velocidade, minimizando a erosão;
Melhorias na gestão de recursos hídricos: implementação de sistemas de drenagem eficientes para controlar o excesso de água e prevenir a saturação do solo;
Recuperação do solo: técnicas de recuperação do solo, como a adição de matéria orgânica e corretivos, para restaurar a estrutura e fertilidade do solo erodido;
Planejamento do uso da terra: avaliação e planejamento do uso da terra com base em mapas de risco de erosão e alagamento, para evitar construções e atividades agrícolas em áreas vulneráveis.
Figura 3. Benefícios fornecidos pela utilização de plantas de cobertura. Créditos: Bruna Emanuele Schiebelbein | ESALQ
O uso de plantas pioneiras, que são espécies capazes de se estabelecer em solos degradados e melhorar sua qualidade, é uma estratégia recomendada. Entre as culturas apropriadas para plantar após uma enchente estão leguminosas, que fixam nitrogênio no solo, gramíneas resistentes e plantas de cobertura, que ajudam a proteger o solo da erosão e melhoram a estrutura do solo.
Alterações no solo devido às enchentes
Alterações químicas
Redução do oxigênio: a saturação do solo com água reduz a disponibilidade de oxigênio, criando condições anaeróbicas. Este ambiente favorece processos de redução, como a desnitrificação, onde nitratos (NO₃⁻) são convertidos em gás nitrogênio (N₂) e outros gases, levando à perda de nutrientes essenciais.
Alterações no pH: as condições anaeróbicas podem levar à produção de ácidos orgânicos e outros compostos que alteram o pH do solo. A acidificação pode ocorrer devido à produção de ácidos graxos voláteis e ácido sulfúrico em solos com sulfetos.
Mobilização de nutrientes: a saturação pode solubilizar certos nutrientes e metais pesados, aumentando sua disponibilidade e potencial toxicidade para plantas. Por exemplo, o ferro (Fe) e o manganês (Mn) podem se mobilizar em condições redutoras.
Alterações físicas
Compactação do solo: o peso da água sobre o solo saturado pode causar compactação, diminuindo a porosidade e a capacidade de infiltração do solo. Isto resulta em uma menor capacidade de retenção de água e ar, dificultando o crescimento das raízes das plantas.
Estrutura do solo: a estrutura do solo pode ser destruída devido à ação das forças erosivas da água. A agregação do solo é prejudicada, resultando em uma menor estabilidade estrutural e maior susceptibilidade à erosão.
Sedimentação: a deposição de sedimentos transportados pela água altera a textura e a composição superficial do solo, frequentemente enriquecendo-o com partículas finas como silte e argila, que podem reduzir a permeabilidade e alterar a capacidade de retenção de água.
Figura 4. Área de produção de grãos após enchentes, Fotos: Fábio Fuhr (2024).
Alterações biológicas
Mudança na atividade microbiana: as condições anaeróbicas alteram a composição e atividade da comunidade microbiana. Bactérias anaeróbicas, como aquelas responsáveis pela metanogênese e redução de sulfato, tornam-se dominantes, enquanto organismos aeróbicos diminuem significativamente.
Decomposição da matéria orgânica: em ambientes anaeróbicos, a decomposição da matéria orgânica é mais lenta e pode produzir compostos tóxicos, como metano (CH₄) e sulfeto de hidrogênio (H₂S), que são prejudiciais às plantas e à vida do solo.
Impacto na fauna do solo: a fauna do solo, incluindo minhocas e outros invertebrados, é adversamente afetada pela falta de oxigênio e pode sofrer mortalidade em massa ou migrar para áreas menos saturadas, reduzindo a biodiversidade e a funcionalidade biológica do solo.
Figura 5. Benefícios de um solo/ambiente agrícola biologicamente saudável. Fonte: EDGA IA (2024).
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Após uma enchente, a terra sofre alterações significativas: compactação do solo, perda de nutrientes, contaminação por poluentes e mudanças na estrutura do solo. Essas alterações físicas, químicas e biológicas afetam a fertilidade e a capacidade de sustentação da vegetação.
Para recuperar o solo, é essencial descompactá-lo, restaurar a fertilidade com adubação adequada e implementar sistemas de drenagem eficazes. Plantas de cobertura, como leguminosas e gramíneas resistentes, são recomendadas para estabilizar e melhorar a qualidade do solo.
A recuperação do solo após enchentes exige um planejamento cuidadoso e uma abordagem integrada, considerando tanto as características do solo quanto as necessidades das comunidades afetadas.
Com práticas adequadas, é possível restaurar a produtividade do solo e minimizar os impactos de futuras enchentes, promovendo a resiliência das áreas agrícolas e das comunidades no Rio Grande do Sul.
Descubra como as últimas inovações agronômicas estão sendo aplicadas para lidar com o desafio das safras alagadas no Rio Grande do Sul. Explore soluções práticas, desde técnicas de drenagem até estratégias de manejo do solo, para reduzir os impactos do excesso de água nas culturas e garantir a recuperação da produtividade agrícola.
Os temporais que têm assolado o estado do Rio Grande do Sul por mais de 10 dias deixaram um rastro de destruição em sua passagem. Segundo levantamentos, 425 das 497 cidades do estado foram afetadas pelos eventos climáticos extremos. Os danos à humanos e materiais são significativos, com o registro de 107 mortes confirmadas, enquanto 136 pessoas ainda estão desaparecidas.
Além disso, cerca de 232,1 mil indivíduos foram forçados a deixar suas casas devido às inundações e deslizamentos de terra causados pelas fortes chuvas. A escala da devastação é ampla, afetando aproximadamente 1,476 milhão de pessoas, segundo estimativas da Defesa Civil.
As enchentes que periodicamente atingem o estado do Rio Grande do Sul representam não apenas eventos climáticos extremos, mas também desafios recorrentes para a produção agrícola da região.
A combinação de fatores climáticos adversos e questões relacionadas à gestão de recursos hídricos muitas vezes resulta em tragédias anunciadas, como evidenciado por uma linha do tempo dos eventos ligados à situação.
No presente contexto, analisaremos não apenas os efeitos diretos das enchentes, como a destruição das lavouras e infraestrutura agrícola, mas também os efeitos indiretos, incluindo perdas econômicas, deslocamento de comunidades rurais e impactos a longo prazo na segurança alimentar e na economia rural.
O acompanhamento dessa cronologia e a compreensão dos eventos associados fornecem insights cruciais para o desenvolvimento de estratégias de resiliência e adaptação para os agricultores e comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Boa leitura!
Enchentes no Rio Grande do Sul
As recentes enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul, resultando no maior desastre natural dos últimos 40 anos na região, foram desencadeadas pela passagem de um ciclone extratropical. Esse sistema meteorológico trouxe consigo uma série de eventos climáticos extremos, incluindo fortes chuvas, rajadas de vento e até mesmo queda de granizo.
O volume de chuvas foi excepcionalmente alto, com algumas cidades registrando toda a precipitação esperada para o mês de setembro em apenas uma semana. Esse acúmulo de água saturou o solo e fez com que os rios transbordassem, resultando em enchentes generalizadas e deslizamentos de terra em diversas áreas do estado. A situação foi agravada pela intensidade do ciclone, que se beneficiou de águas oceânicas mais quentes do que o normal, aumentando sua força e impacto.
Como resultado, muitas regiões, incluindo o Rio Taquari, enfrentaram a segunda maior enchente de sua história, com níveis de água atingindo quase 30 metros. Esse cenário de eventos extremos demonstra a importância de medidas de prevenção e adaptação para lidar com os impactos das mudanças climáticas, que estão contribuindo para a intensificação e frequência de sistemas meteorológicos como os ciclones extratropicais.
A calamidade enfrentada no Rio Grande do Sul foi resultado da conjunção de diversos fatores, conforme apontado pelos especialistas:
A presença de um cavado, que é uma corrente intensa de vento, influenciou a instabilidade atmosférica na região, contribuindo para as condições climáticas adversas;
Um corredor de umidade vindo da Amazônia se somou a esse cenário, aumentando a intensidade e frequência das chuvas na área afetada;
O bloqueio atmosférico, associado a uma onda de calor, resultou na “secura” e calor no centro do país, desviando as chuvas para as áreas extremas, como o Rio Grande do Sul, exacerbando ainda mais os efeitos das enchentes.
As chuvas e enchentes recentes no Rio Grande do Sul tiveram um impacto devastador na agricultura do estado. Esses eventos climáticos extremos causaram inundações generalizadas, resultando na perda de lavouras, danos a infraestruturas agrícolas e perdas significativas de animais.
Muitos agricultores enfrentam a difícil tarefa de recuperar suas terras cultiváveis, que foram inundadas por longos períodos. Além disso, as estradas rurais foram danificadas, dificultando o acesso às áreas afetadas e o escoamento da produção agrícola.
Essas adversidades têm um impacto direto na economia agrícola do estado, com prejuízos financeiros consideráveis para os produtores rurais e para toda a cadeia produtiva relacionada ao setor agrícola. A incerteza em relação à recuperação das terras e à próxima safra agrava ainda mais a situação, levando muitos agricultores a considerar abandonar a atividade agrícola.
Excesso de água na safra 2023/2024
Mas, o que ocorre com o excesso de água no solo e nas culturas?
Quando ocorre um excesso de água no solo ou inundação, como é o caso das enchentes, isso pode afetar significativamente o cultivo de arroz, feijão, soja e milho de várias maneiras, devido às suas diferentes características fisiológicas e exigências de crescimento.
Arroz
O arroz é uma cultura que pode tolerar condições de inundação temporária. Na verdade, o arroz alagado é uma prática comum em algumas regiões. No entanto, o excesso prolongado de água pode levar a problemas como a falta de oxigênio no solo, o que prejudica o crescimento das raízes e, consequentemente, afeta a absorção de nutrientes. Além disso, o acúmulo de água pode favorecer o desenvolvimento de doenças nessa cultura.
A produção de arroz enfrenta um desafio significativo devido às chuvas intensas, o que pode resultar em uma redução considerável na produtividade. As tempestades inundaram as lavouras, retardando ainda mais os trabalhos de campo. Essa situação pode afetar o abastecimento nacional, considerando que o estado é o principal produtor de arroz do país.
Além disso, alguns relatórios indicam que estradas estão interditadas, dificultando o transporte do cereal. Os últimos dados reportados pelo Instituto Rio-Grandense do Arroz (IRGA) apontavam para um rendimento médio do estado esperado em 8.6 toneladas por hectare, porém, essa estimativa pode ser comprometida devido às condições adversas causadas pelas enchentes.
Feijão
O feijão é mais sensível à inundação do que o arroz. O excesso de água pode resultar em falta de oxigênio nas raízes, levando à morte das plantas por asfixia radicular. Além disso, a saturação do solo pode causar o apodrecimento das sementes/grãos e o desenvolvimento de doenças fúngicas, como a podridão das raízes.
Soja
A soja é relativamente ‘tolerante’ à inundação temporária, mas o excesso de água pode reduzir a disponibilidade de oxigênio no solo, afetando o crescimento das raízes e a absorção de nutrientes.
Isso pode resultar em crescimento retardado, amarelecimento das folhas e queda de flores e vagens. “Além disso, o excesso de umidade tende a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia”, afirma o Cepea (2024).
Figura 3. Chuvas extremas em áreas de produção de soja — Fonte: Bing AI – EDGA 2024.
Milho
O milho é mais sensível à inundação do que o arroz e a soja. O excesso de água pode causar danos significativos às raízes, levando à falta de oxigênio e à morte das plantas por asfixia radicular. Além disso, a saturação do solo pode resultar em perda de nutrientes, como nitrogênio, e aumentar o risco de doenças fúngicas.
Para o milho, a condição permanece desafiadora. As inundações interromperam a colheita, mesmo estando em estágio avançado. De acordo com informações da Emater/RS, aproximadamente 83% das áreasdestinadas ao cultivo de milho já passaram pelo processo de colheita.
Figura 4. Situação dos silos com armazenamento de grãos no RS — Fonte: G1 2024 – Foto: Carlos Cogo.
Manejo futuro da lavoura
Após um episódio de excesso de água em uma área agrícola, algumas soluções agronômicas podem ser consideradas para mitigar os impactos e permitir a recuperação da produtividade:
Drenagem: implementar ou melhorar sistemas de drenagem para remover o excesso de água do solo, ajudando a restaurar condições ideais de umidade e oxigenação para as raízes das plantas;
Manejo do solo: realizar práticas de manejo do solo, como aração e gradagem, para melhorar a estrutura do solo e promover a drenagem adequada da água (desde que a área tenha mais excesso de água no solo para evitar compactação);
Fertilização balanceada: aplicar fertilizantes de forma equilibrada para fornecer os nutrientes necessários às plantas, especialmente após eventos de inundação que podem ter lixiviado os nutrientes do solo;
Monitoramento fitossanitário: fazer um acompanhamento rigoroso das condições das plantas para detectar e tratar rapidamente quaisquer problemas fitossanitários que possam surgir devido ao estresse causado pelo excesso de água;
Rotação de culturas: praticar a rotação de culturas para melhorar a saúde do solo e reduzir o risco de problemas relacionados ao alagamento em safras futuras;
Manejo de resíduos: remover resíduos vegetais ou detritos que possam obstruir a drenagem e contribuir para o acúmulo de água nas áreas agrícolas;
Monitoramento climático: estar atento às previsões meteorológicas e tomar medidas preventivas, como a construção de barreiras de contenção de água, para proteger as plantações de eventos climáticos extremos no futuro.
Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a gerenciar a recuperação da sua produção. Não perca tempo, comece a revitalizar sua colheita e garantir a continuidade do seu negócio agora mesmo!
Após uma enchente, as safras que foram molhadas enfrentam diversos desafios e consequências.
Impacto direto nas lavouras e infraestrutura agrícola
As enchentes inundam os campos, sufocando as raízes das plantas e levando à morte das culturas. A destruição direta das lavouras afeta a produtividade e a renda dos agricultores;
Além disso, a infraestrutura agrícola, como galpões e equipamentos, também pode ser danificada pelas inundações, dificultando ainda mais a recuperação.
Impactos a longo prazo na segurança alimentar e economia rural
A disponibilidade local de alimentos é afetada, o que pode impactar a segurança alimentar da região;
A economia rural sofre, pois a agricultura é uma parte fundamental da economia do estado. Estratégias de resiliência e adaptação são essenciais para garantir a recuperação da produtividade agrícola no Rio Grande do Sul.
As enchentes recentes no Rio Grande do Sul afetaram a produção agrícola e a economia nacional. Soja, trigo, milho, frango, suínos, ovos e pecuária de corte enfrentam desafios significativos. Medidas integradas são essenciais para proteger o abastecimento alimentar e a estabilidade econômica do Brasil.
Os temporais recentes que devastaram o Rio Grande do Sul resultaram em enchentes históricas, transformando cidades inteiras em zonas de calamidade e causando prejuízos incalculáveis.
As consequências dessas enchentes vão além das fronteiras do estado, afetando diretamente a produção agrícola e, consequentemente, a economia de todo o Brasil.
As perdas agrícolas são particularmente preocupantes, uma vez que o Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de grãos e outros produtos agrícolas essenciais para o abastecimento nacional.
Estima-se que aproximadamente 4% da produção nacional de soja, por exemplo, está em risco devido às condições adversas. Além disso, o início do plantio de grãos para a safra 2024-2025, que estava previsto para o terceiro trimestre deste ano, pode ser severamente comprometido.
As dificuldades no escoamento da safra já colhida, bem como o transporte e armazenamento de grãos, ração animal e outros subprodutos agrícolas, estão causando gargalos significativos.
Adicionalmente, as pastagens alagadas comprometem a produção de leite, enquanto alguns rebanhos e criadouros de aves foram dizimados pelas enchentes, elevando os custos logísticos e de produção nesses segmentos. A interrupção temporária de parte do setor de serviços também interfere na geração de empregos e na arrecadação do estado, exacerbando os desafios econômicos.
Diante deste cenário, torna-se crucial entender como as perdas agrícolas nas enchentes do Rio Grande do Sul podem afetar seu estado e quais medidas podem ser tomadas para mitigar esses impactos. Desde o mapeamento de áreas de risco até o fortalecimento de infraestruturas e o planejamento urbano resiliente, é fundamental adotar uma abordagem integrada para enfrentar os desafios futuros e proteger a economia e a segurança alimentar do Brasil.
Boa leitura!
Enchentes e a economia do país
As recentes enchentes no Rio Grande do Sul transformaram o estado em um verdadeiro cenário de devastação, com impactos que vão muito além das fronteiras gaúchas.
As imagens e relatos de cidades submersas e populações deslocadas sensibilizaram o Brasil inteiro. Com as águas atingindo níveis históricos, superando o recorde de 1941, a magnitude da tragédia foi exacerbada por uma combinação de fatores climáticos e urbanísticos.
Figura 1. Situação das estradas com importante PIB agrícola para o município— Fonte: Guia da região dos lagos (2024).
A destruição não se limitou apenas às infraestruturas urbanas. O setor agrícola, vital para a economia do Rio Grande do Sul e para o abastecimento de diversos estados brasileiros, sofreu perdas incalculáveis. As lavouras de soja e trigo, fundamentais para o mercado nacional, foram gravemente danificadas, resultando em prejuízos que se estendem para além das fronteiras do estado. A produção de arroz, que representa 70% da produção nacional, também foi severamente afetada em algumas regiões.
Essas perdas agrícolas têm um efeito dominó na economia brasileira, impactando diretamente os preços dos alimentos, a oferta de produtos no mercado e até a balança comercial do país. O aumento dos custos de seguros, os danos ao maquinário e a descapitalização dos produtores são apenas algumas das consequências que afetam diretamente outros estados que dependem dos produtos agrícolas gaúchos.
Além dos impactos econômicos imediatos, há uma preocupação crescente com a segurança alimentar e a estabilidade do abastecimento de alimentos. Estados que importam grandes quantidades de grãos e outros produtos agrícolas do Rio Grande do Sul podem enfrentar “escassez e aumento de preços”, afetando desde os consumidores até os setores industriais que dependem dessas matérias-primas.
Impactos na agricultura brasileira
As recentes enchentes no Rio Grande do Sul causaram uma devastação sem precedentes, com impactos que vão além das fronteiras estaduais, afetando a economia e a segurança alimentar do país como um todo. Com base em estudos de instituições como S&P Global e Itaú Unibanco, é possível antecipar diversos danos colaterais que precisam ser considerados para entender a extensão das consequências e como elas podem impactar outros estados brasileiros.
Impacto na produção de soja
O Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de soja do Brasil, e as enchentes recentes representam um risco significativo de perda de aproximadamente 4% da produção nacional.
Figura 2. Perda na safra por conta de enchente no RS é de pelo menos 1 mi de t Fonte: Amanda Perobelli Reuters.
Plantio de grãos comprometido
As enchentes impactaram não apenas a colheita atual, mas também o plantio de grãos da safra 2024-2025. Com o início do plantio previsto para o terceiro trimestre deste ano, a preparação do solo e as operações de plantio serão desafiadas, resultando em uma possível redução na produtividade futura. Estados ou empresas que importam grãos do Rio Grande do Sul podem enfrentar uma “escassez de suprimentos”, afetando a indústria de alimentos e a agroindústria.
Dificuldades no escoamento e armazenamento
O escoamento da safra agrícola já colhida enfrenta grandes dificuldades devido aos danos causados pelas enchentes às infraestruturas de transporte. Ferrovias, rotas alternativas e portos estão sobrecarregados ou danificados, tornando o transporte e armazenamento de grãos, ração animal e subprodutos agrícolas mais caros e ineficientes. Esses gargalos logísticos podem resultar em atrasos na entrega de produtos, afetando as exportações e a cadeia de suprimentos interna.
Impacto na produção de leite e criação de animais
As pastagens alagadas comprometem a alimentação do gado, impactando diretamente a produção de leite. Além disso, muitos rebanhos e criadouros de aves foram dizimados pelas enchentes, aumentando os custos logísticos e operacionais desses segmentos. Estados que importam leite e produtos avícolas do Rio Grande do Sul podem enfrentar aumentos de preços e dificuldades de abastecimento.
Setor de serviços e empregos
O fechamento temporário de parte do setor de serviços no Rio Grande do Sul interfere significativamente no mercado de trabalho e na arrecadação de impostos do estado. Isso pode resultar em uma diminuição da renda disponível e do consumo, afetando também outros estados que mantêm relações econômicas estreitas com o Rio Grande do Sul.
Prognóstico e medidas necessárias
Embora a dimensão total dos impactos ainda seja difícil de estimar devido às áreas ainda submersas e à previsão de mais chuvas, é evidente que o período de reconstrução será desafiador. Estados que dependem economicamente do Rio Grande do Sul precisarão se preparar para lidar com os efeitos colaterais dessas perdas agrícolas. Medidas como a diversificação das fontes de suprimento, investimentos em infraestrutura de transporte e armazenamento, e o apoio aos produtores rurais serão essenciais para mitigar os impactos e garantir a continuidade do abastecimento alimentar e a estabilidade econômica.
Às culturas agrícolas
Soja
O Rio Grande do Sul, o segundo maior produtor de soja do Brasil, está enfrentando sérios desafios devido às enchentes. A safra 2023/2024, que era projetada para ser recorde com 22,24 milhões de toneladas, sofreu atrasos no campo e há preocupações crescentes sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade pode aumentar a acidez do óleo de soja, diminuindo a oferta de boa qualidade para a indústria alimentícia. Estima-se que a colheita não alcance 20 milhões de toneladas, com apenas 70% da área colhida, abaixo da média de 83% dos últimos cinco anos.
Figura 3. Colheita de soja em Tapes – RS, — Fonte: Fábio Eckert e Equipe FieldCrops 19 maio de 2024.
Trigo
Maior produtor de trigo do Brasil, o Rio Grande do Sul produziu 5,2 milhões de toneladas em 2022. A safra 2023/2024 nacional estava estimada em 9,6 milhões de toneladas. No entanto, a ampla oferta de trigo argentino resultou em preços menos atrativos, levando a uma redução da área cultivada no estado.
Milho
A colheita da safra de verão de milho está quase paralisada, com apenas 83% da área colhida até o início de maio. A previsão da Conab indicava uma produtividade 40,3% maior que a última safra, mas as enchentes impediram o progresso.
Frango, suínos e ovos
As chuvas prejudicaram severamente a logística de transporte de frango, suínos e ovos devido a estradas danificadas. Produtores enfrentam dificuldades para adquirir insumos como rações e embalagens. Em 2022, o estado tinha 573 mil cabeças de suínos, sendo o terceiro maior do Brasil. A região Sul concentra a maior parte do abate de frangos do país, que é o maior exportador mundial.
Pecuária de corte
A destruição de pontes e estradas impediu o transporte de animais para abate. Em 2023, 519 mil animais foram abatidos no estado. A falta de infraestrutura está mantendo compradores e vendedores fora do mercado enquanto aguardam a normalização da situação.
Preocupado com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul na agricultura de todo o Brasil?
Agende já uma demonstração conosco e descubra como o Aegro pode ajudar a enfrentar esses desafios e otimizar a sua produção agrícola.
Não perca tempo, comece a proteger suas colheitas e garantir a resiliência do seu negócio agora mesmo!
Os temporais no Rio Grande do Sul causaram enchentes históricas, devastando cidades e gerando prejuízos significativos que impactam a economia nacional. As perdas agrícolas são preocupantes, pois o estado é um grande produtor de grãos essenciais para o Brasil.
O plantio de grãos para a safra 2024-2025 está comprometido. As dificuldades no escoamento e armazenamento da safra colhida estão criando gargalos logísticos, elevando os custos e ameaçando as exportações.
A produção de leite está prejudicada pelas pastagens alagadas, e os rebanhos de aves foram dizimados, aumentando os custos de produção. O setor de serviços também foi afetado, prejudicando a geração de empregos e a arrecadação do estado, agravando os desafios econômicos.
Ela é válida em todo o país desde 2020, por meio da Nota Técnica 2018.001. A nota pode ser emitida apenas com o CPF, por meio da Sefaz (Secretaria da Fazenda) do seu estado.
A NF-e é obrigatória em diversas situações, e a partir de 1 de maio de 2024 será obrigatória em todo o Brasil.
Saiba neste artigo a importância da NF-e e como emiti-la. Boa leitura!
O que é uma nota fiscal de produtor rural?
A Nota Fiscal de Produtor Rural eletrônica é a versão digital da nota fiscal de talão. Além de prática e moderna, é ecologicamente correta.
Antes, você precisava acumular talões de notas fiscais. Hoje, essas notas ficam armazenadas em memórias do computador ou na nuvem, como qualquer arquivo eletrônico.
Com aNF-e, os processos de negociação tornam-se muito mais rápidos, gerando maior fluidez de capital na propriedade rural ou nas empresas do agronegócio.
A NF-e é um documento importante para o seu negócio. O uso pode ser obrigatório para a circulação de mercadorias em operações internas e interestaduais, conforme a legislação de cada Estado.
Caso seja exigida e não for encontrada pela fiscalização, o infrator pode ser multado e preso, enquanto a mercadoria será apreendida.
Credenciamento na NF-e
O serviço de emissão da nota fiscal de produtor rural é feito pelo seu credenciamento na Sefaz do seu estado. Os documentos básicos para você se credenciar são:
Um dos maiores benefícios da nota fiscal de produtor rural é a organização das finanças na propriedade. Por ficar armazenada em um computador, é muito mais fácil consultar as notas e ter um balanço financeiro saudável.
Outro ponto positivo, é facilitação de processos, como a eliminação de espaços físicos para armazenagem e o maior controle das operações, combatendo a sonegação de impostos e criando novas oportunidades de trabalho.
Os registros ficam mais precisos, já que tudo é contabilizado no sistema, e você não precisa mais prestar contas na prefeitura. Para quem já emitia notas fiscais, a emissão pode ser feita de qualquer computador, dispensando a retirada e devolução de talões.
Além disso, o sistema permite a emissão e aprovação de notas fiscais a qualquer momento, inclusive em fins de semana e feriados, sem depender da análise da Administração Fazendária.
Emissão de nota por CPF e por CNPJ
A nota fiscal eletrônica começou a funcionar no país há mais em 2006, substituindo a nota fiscal de papel.
A NF-e trouxe maior agilidade e eficiência fiscal, pois antes era preciso fiscalizar os blocos de notas emitidas. Agora, ela é gerada e autorizada imediatamente pela Sefaz.
No entanto, para os produtores rurais, só foi possível a emissão do documento eletrônico provisoriamente em outubro de 2018 e, definitivamente, em setembro de 2020.
Para isso, você precisa somente do CPF e do número da Inscrição Estadual. Caso você tenha CNPJ, pode fazer a emissão da nota normalmente.
A grande mudança está no modelo de emissão, que antes era l vinculado ao CPF só era possível por meio do Emissor de Nota Fiscal Avulsa, disponível no site da Sefaz de cada estado.
Agora, a nova versão permite que o Produtor Rural Pessoa Física com Inscrição Estadual (CPF-IE) emita NF-e com o próprio aplicativo.
Quando o produtor rural deve emitir nota fiscal eletrônica?
Os pequenos produtores rurais, com faturamento de até R$ 360 mil em 2023 ou 2024, ainda não são obrigados a emitir a NF-e.
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prorrogou os prazos, dando mais tempo para a adaptação às novas regras.
Antes, a obrigatoriedade estava prevista para 1º de julho de 2023, depois para 1º de maio de 2024. Agora, a nova data define que:
Produtores com faturamento acima de R$ 360 mil devem emitir NF-e para operações internas a partir de 3 de fevereiro de 2025;
Todos os produtores, independentemente do faturamento, serão obrigados a emitir NF-e para operações internas a partir de 5 de janeiro de 2026.
Por que a nota fiscal eletrônica de produtor rural é obrigatória?
A NF-e é um documento eletrônico que moderniza e simplifica a fiscalização realizada pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) de cada estado.
O documento garante a segurança que todas as transações sejam registradas, mesmo sendo internas, interestaduais ou internacionais.
O processo oferece maior controle, transparência e conformidade com a legislação tributária.
Dicas para emissão da nota fiscal de produtor rural
A emissão da Nota Fiscal de Produtor Rural pode gerar dúvidas para quem está se adaptando ao sistema eletrônico. Para facilitar evitar erros, reunimos dicas práticas que vão ajudar você e garantir mais segurança. Confira!
1. Número de série
O CNPJ geralmente identifica uma única unidade da empresa no estado, com um único endereço e inscrição estadual. Porém, para produtores rurais, isso pode variar.
A chave de acesso da NF-e usa o CNPJ ou CPF, mas não inclui a Inscrição Estadual, o que pode gerar confusão entre estabelecimentos diferentes de um mesmo produtor. Por exemplo, a NF-e número 1 pode ser de um estabelecimento e a número 2 de outro.
Para resolver isso, a Nota Técnica 2018.001 determina que cada estabelecimento utilize uma série numérica específica, entre 920 e 969.
2. Inutilização de Numeração
As notas fiscais são geradas com uma numeração sequencial única, sem intervalos. Se houver falha, é preciso solicitar a inutilização das faixas de numeração da NF-e, diretamente pelo software de emissão. Isso significa que é necessário informar a numeração que não será utilizada.
Para pessoas físicas, ainda não é possível inutilizar a numeração. Por isso, durante a emissão da NF-e, tenha muito cuidado para não gerar intervalos, já que eles não poderão ser corrigidos.
3. Contingência
Problemas técnicos podem impedir a transmissão da NF-e para a Secretaria da Fazenda ou o recebimento da autorização de uso. Nesses casos, é possível operar em contingência.
Na operação em contingência, são gerados os arquivos NF-e e Danfe, com a indicação de que foram emitidos “em contingência”.
Após solucionar os problemas, você deve transmitir as notas geradas em contingência à administração tributária em até 168 horas.
4. Inclusão do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural)
O Funrural é um imposto de contribuição previdenciária, recolhido sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, ou sobre a folha de pagamento.
Não existe campo específico na nota fiscal de produtor rural para informar o Funrural, mas deve ser destacado no campo de dados adicionais, com a informação da alíquota praticada.
Se o imposto for recolhido sobre a folha de pagamento, não é preciso destacá-lo na nota fiscal.
5. Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação)
O Fethab é uma contribuição vigente no Mato Grosso, criada pela Lei 7263/2000, com o objetivo de arrecadar recursos para obras de infraestrutura, transporte e habitação.
Esse imposto incide sobre a comercialização dentro do estado e a exportação de commodities. Embora seja facultativo, é obrigatório para manter o regime especial de apuração e recolhimento do ICMS em operações interestaduais e de exportação.
Na emissão da NF-e por produtores do Mato Grosso, é necessário informar a alíquota e o valor correspondente no campo de dados adicionais.
Para alguns produtos e operações, o recolhimento do Fethab deve ser feito pelo adquirente do produto. Nesse caso, a nota fiscal deve especificar que a contribuição será recolhida pelo adquirente.
6. Cancelamento da nota fiscal de produtor rural
O cancelamento da NF-e pode ser solicitado em até 24 horas após a autorização de uso, desde que a mercadoria não tenha circulado ou o serviço não tenha sido prestado.
Para isso, basta acessar o software de emissão de NF-e e solicitar o cancelamento. O resultado será disponibilizado por meio de um protocolo de segurança, contendo o número da NF-e, data e hora do recebimento pela administração tributária.
Após o prazo de 24 horas, será necessário apresentar uma justificativa à Administração Fazendária e aguardar autorização para realizar o cancelamento.
Vale lembrar que cada estado possui regras e penalidades específicas para o cancelamento de NF-e.
7. MDF-e para Produtor Rural
De acordo com o Confaz, OMDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais), modelo 58, deve ser O MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais) é obrigatório para todas as operações de transporte de mercadorias realizadas por aqueles que emitem NF-e, incluindo o produtor rural.
Este documento é necessário para o transporte de bens e mercadorias, independentemente de serem realizadas dentro ou fora do estado, e vale tanto para veículos próprios quanto arrendados, ou transportadores contratados.
O uso do MDF-e facilita a fiscalização e o registro das informações do transporte, como os dados do produto, local de origem e destino, e informações do motorista e veículo.
Para emitir o MDF-e, é necessário cumprir os seguintes pré-requisitos:
Ser credenciado para emitir CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e/ou NF-e no Sefaz do seu estado;
Utilizar um sistema emissor de MDF-e (os estados de MT e SP não oferecem sistema gratuito, sendo responsabilidade do produtor contratar o software);
Possuir certificado digital válido (e-CNPJ ou e-CPF);
Ter acesso a um computador com internet.
Em casos de problemas técnicos, o produtor pode emitir o MDF-e em contingência e deverá indicar isso no Documento Auxiliar do MDF-e. Após resolver o problema, é necessário transmitir o MDF-e em até 7 dias, sob pena de multa se não enviado à Sefaz.
Todo MDF-e deve ser encerrado ao final do percurso ou se houver alteração nas informações do transporte.
Caso o encerramento não seja feito, não será possível emitir documentos para a mesma UF de origem e destino da carga ou para o mesmo veículo.
Produtores que emitem NFA-e (Nota Fiscal Avulsa Eletrônica, modelo 55) estão dispensados de emitir o MDF-e.
Emissão de NF-e rural nos estados
Embora a emissão de NF-e por CPF seja prevista legalmente em todo o Brasil, alguns estados ainda não exigem a nota fiscal de produtor rural.
Em outros, a obrigatoriedade é apenas para a NF-e, enquanto alguns estados mantêm a emissão de NF-e, nota fiscal de talão e nota fiscal avulsa.
Há também estados que se referem à nota emitida pelo produtor rural como NFP-e (Nota Fiscal de Produtor Rural Eletrônica). Confira os modelos de documento fiscal disponíveis para o produtor rural em cada estado:
1. Acre
De acordo com o Decreto 7668/2021, todos os estabelecimentos no Acre devem emitir NF-e, independentemente da atividade econômica.
Produtores rurais podem emitir Nota Fiscal Avulsa (NFA-e) em vendas de mercadorias, desde que não possuam nota fiscal própria, com uma taxa de R$14,28 para pessoas físicas não registradas como contribuintes do estado.
Em setembro de 2023, o Governo do Acre lançou o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), voltado para pequenos produtores de hortifrúti e agricultura familiar que fornecem para a merenda escolar. As operações realizadas por meio do NFF são isentas de ICMS.
2. Alagoas
Em Alagoas, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é obrigatória para todos os estabelecimentos agropecuários nas saídas de mercadorias.
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) pode ser emitida por produtores rurais pessoa física ou aqueles não registrados como contribuintes do estado.
A partir de fevereiro de 2025, a obrigatoriedade da emissão da NF-e será estendida a todos os produtores rurais em todo o território nacional
3. Amapá
No Amapá, a emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) é facultativa para produtores rurais, tanto para aqueles contribuintes do ICMS quanto para produtores pessoa física.
Para produtores pessoa física nas operações de comércio, o recolhimento do imposto é realizado por meio da emissão de Nota Fiscal Avulsa ou Documento de Arrecadação Estadual.
Além disso, na aquisição de mercadorias, esses produtores devem instruir seus fornecedores a preencher o campo de “Informações Complementares” com o seguinte texto: “Mercadoria ou Serviço destinado a contribuinte do ICMS – produtor rural ou extrator não optante de inscrição estadual: art. 412, do RICMS-AP”
4. Amazonas
Desde 1º de janeiro de 2021, o Amazonas exige que produtores agropecuários usem a NF-e (modelo 55) ou a NF-e Avulsa no lugar da antiga Nota Fiscal de Produtor (modelo 4) nas seguintes situações com gado em pé:
Saídas interestaduais;
Exportações;
Vendas para órgãos públicos (federais, estaduais ou municipais).
A emissão da Nota Fiscal modelo 4 só é permitida se não for tecnicamente possível emitir a NF-e no local da operação.
Nesse caso, ela pode ser usada apenas para o transporte dentro do estado até onde for possível emitir a nota eletrônica.
5. Bahia
Na Bahia, conforme o Decreto 18.406/2018, os produtores rurais podem emitir tanto a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) quanto a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e).
Todos os produtores inscritos como pessoa física no cadastro do ICMS têm a opção de emitir a NF-e de forma voluntária.
Para facilitar a emissão de notas fiscais, a Secretaria da Fazenda da Bahia disponibiliza o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), especialmente voltado para pequenos produtores rurais.
Além disso, a SEFAZ-BA oferece a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) para operações de circulação de mercadorias ou bens efetuadas por produtores rurais, microempreendedores individuais (MEI) e pessoas físicas ou jurídicas não inscritas no cadastro de contribuintes do ICMS.
6. Ceará
Desde fevereiro de 2025, produtores rurais com faturamento maior que R$ 360 mil em 2023 ou 2024 devem emitir a NF-e. Somente em 5 de janeiro de 2026, a emissão da NF-e será obrigatória.
No Ceará, produtores rurais não inscritos no Cadastro Geral da Fazenda (CGF) podem emitir a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e). Produtores rurais pj sem nota fiscal própria também têm essa opção.
A emissão da NFA-e pode ser realizada através do portal da Secretaria da Fazenda do Ceará, mas antes disso, é necessário pagar a Taxa de Fiscalização e Prestação de Serviço no valor de R$12,00.
7. Distrito Federal
No Distrito Federal, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é obrigatória desde 2011, com a possibilidade de produtores rurais pessoa física emitirem a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), modelo 1 ou 1-A, nas operações de entrada de mercadorias na unidade da federação.
Em maio de 2023, o Governo do Distrito Federal lançou o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), destinado a pequenos produtores rurais, que permite a emissão por produtores pessoa física que comercializam produtos hortifrutícolas dentro do Distrito Federal.
O NFF pode ser acessado pelo portal gov.br, eliminando a necessidade de adquirir um certificado digital, e permite a emissão offline.
8. Espírito Santo
A partir de 2 de janeiro de 2025, todos os produtores rurais e pescadores artesanais do Espírito Santo deverão emitir nota fiscal eletrônica, conforme o Decreto nº 5.704-R/2024.
Essa obrigatoriedade segue a mesma linha adotada em outros estados, conforme definido pelo Confaz.
No Espírito Santo, os produtores pessoa física podem emitir Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) desde 2017. Também é permitido o uso da Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, enquanto ainda vigente.
Para facilitar o processo, o estado disponibiliza o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), que permite a emissão de notas diretamente pelo celular.
9. Goiás
Desde o dia 3 de fevereiro de 2025, produtores com receita bruta superior a R$ 360.000,00 nos anos de 2023 ou 2024 precisam emitir NF-e em operações internas em Goiás.
Assim como em outros estados, partir de 5 de janeiro de 2026, todos os produtores rurais estarão obrigados a utilizar a NF-e.
Além disso, a emissão de notas fiscais para produtores rurais está disponível por meio da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) e da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e):
Destinatários: Produtores rurais pessoa física e jurídica que não estão enquadrados no regime do Simples Nacional.
Emissão: A NFA-e pode ser emitida através do portal da Secretaria da Economia de Goiás, utilizando certificado digital.
Observação: A partir de 10 de maio de 2023, é obrigatório informar a placa do veículo transportador no momento da emissão da NFA-e.
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e):
Destinatários: Produtores rurais pessoa jurídica credenciados na Secretaria da Economia de Goiás.
Emissão: A NF-e deve ser emitida por meio de sistema emissor autorizado, utilizando certificado digital.
Observação: A partir de 1º de junho de 2024, produtores ou extratores que realizarem transferência interestadual de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo contribuinte devem emitir sua própria NF-e para acobertar a operação. Portal Goiás
Para facilitar a emissão de notas fiscais, o Governo de Goiás lançou o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), destinado a produtores rurais pessoa física que comercializam produtos hortifrutigranjeiros internamente.
O aplicativo permite a emissão de notas fiscais de forma prática e sem a necessidade de certificado digital.
10. Maranhão
No Maranhão, todos os contribuintes do ICMS são obrigados a emitir aNF-e, modelo 55, sob pena de perderem o credenciamento.
Os produtores rurais pessoa física com inscrição no ICMS podem emitir a NFA-e, que é destinada a operações de venda ou transferência de mercadorias.
11. Mato Grosso
A emissão da NF-e por produtores pessoa física é obrigatória desde julho de 2019, conforme o Decreto 1709/2018.
Desde março de 2022, a Sefaz/MT não permite mais a emissão da NF-e modelo 1 ou 1-A ou NFA-e pelos produtores rurais.
Para emitir a NF-e, o produtor rural pessoa física deve utilizar um programa emissor próprio e adquirir o certificado digital e-CPF.
O estado adota um tipo diferente de nota fiscal, a Nota Fiscal do Produtor, Série Especial (NFP/SE), que pode ser utilizada quando a NFP-e não puder ser emitida.
A emissão da NF-e para produtores rurais já é obrigatória desde 1º de março de 2022, conforme
13. Minas Gerais
Produtores sem inscrição estadual (no cadastro de contribuintes do ICMS) podem emitir a NFA-e (Nota Fiscal Avulsa eletrônica) em operações com mercadorias.
O mesmo é possível para emitir NF-e como pessoa física, desde que atendidos os requisitos da legislação estadual. Já para pessoas jurídicas, a emissãoé obrigatória desde 2010, conforme o Decreto 45.477/2010.
Com base no Ajuste SINIEF 27/2024, a obrigatoriedade da NF-e para produtores ruraisem Minhas Gerais segue os seguintes prazos:
A partir de 5 de janeiro de 2026, todos os produtores rurais, independentemente do faturamento, deverão emitir NF-e;
A partir de 3 de fevereiro de 2025: Produtores com receita bruta superior a R$ 360 mil em 2023 ou 2024 deverão emitir NF-e em operações internas (dentro do estado);
Até 30 de junho de 2025, ainda será permitido o uso do modelo 4 (nota fiscal em papel).
A partir de 1º de julho de 2025, o modelo 4 será vedado para esses produtores.
14. Pará
Desde 2019, os produtores rurais no Pará podem emitir a NF-e, também sendo é possível emitir a NFP-e, modelo 4, para os contribuintes de ICMS.
Já os produtores inscritos como pessoa física podem solicitar a emissão da Nota Fiscal Avulsa.
15. Paraíba
A emissão de NF-e para produtores rurais pessoa física foi liberada em agosto de 2019, ampliando as opções desses produtores, que também podem solicitar a emissão da NFA-e e o talão.
Em março de 2021, a Sefaz da Paraíba disponibilizou a emissão de Nota Fiscal de Agricultura Familiar Eletrônica, voltada para pequenos produtores.
Essa nota fiscal tem formato semelhante à NFA-e, mas o contribuinte não precisa de um sistema emissor próprio.
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): Obrigatória em operações interestaduais e de exportação, para todos os produtores, independentemente do faturamento;
Operações internas (dentro do estado): A obrigatoriedade da NF-e foi prorrogada para:
1º de julho de 2025: para produtores que tiveram receita bruta superior a R$ 360 mil em 2023 ou 2024;
5 de janeiro de 2026: para todos os demais produtores, inclusive os de menor porte.
Saber como preencher corretamente a NF-e no Paraná é essencial para manter a conformidade fiscal e evitar problemas com o fisco estadual.
17. Pernambuco
Em Pernambuco, a partir de 3 de fevereiro de 2025, produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil em 2023 ou 2024 devem emitir NF-e também nas operações internas.
A partir de 5 de janeiro de 2026, a emissão da NF-e se torna obrigatória para produtores de todos os portes, independentemente do faturamento.
Todos os produtores rurais podem solicitar a emissão da NF-e, incluindo aqueles cadastrados como contribuintes de ICMS com CPF.
A emissão é obrigatória para aqueles que realizam operações de venda de mercadorias e para transações interestaduais ou de exportação.
Para a emissão da NF-e, é precisao estar cadastrados no Sistema de Administração Tributária de Pernambuco (SAT-PE) e obter um certificado digital (e-CPF ou e-CNPJ), conforme a categoria tributária.
Além disso, os produtores pessoa física que não são contribuintes de ICMS podem solicitar a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) para formalizar suas transações.
18. Piauí
O Decreto 21558/2022 proibiu a emissão da Nota Fiscal de Produtor Rural modelo 4 e, desde 1º de julho de 2023, todos os produtores rurais são obrigados a emitir a NF-e.
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) também pode ser emitida pelos produtores rurais, mas para isso, é necessário pagar a taxa de Documento de Arrecadação para liberar a nota fiscal.
A emissão da NF-e, conforme as regras estabelecidas, deve ser feita por meio de um sistema autorizado pela Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí (SEFAZ-PI) e com a utilização de certificado digital (e-CPF ou e-CNPJ).
19. Rio de Janeiro
O produtores rurais com com receita bruta superior a R$ 360 mil em 2023 ou 2024, são obrigados a emitir NF-e também nas vendas dentro do estado do Rio de Janeiro. A partir de 5 de janeiro de 2026, a obrigatoriedade vale para todos.
Desde 2020, com a publicação do Decreto 46928/2020, os produtores rurais no estado do Rio de Janeiro estão proibidos de emitir a NFA-e.
A NF-e é obrigatória para os produtores rurais pessoa jurídica. Já para os produtores rurais pessoa física, a emissão de NF-e é facultativa. Eles podem optar por continuar utilizando a Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, em vez de adotar a NF-e.
Contudo, para quem optar pela NF-e, é necessário que o produtor esteja credenciado na Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ) e possua certificado digital (e-CPF ou e-CNPJ).
20. Rio Grande do Norte
No Rio Grande do Norte, os produtores rurais devem observar as seguintes orientações fiscais:
Produtores com CNPJ: Estão obrigados a emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para documentar as operações de venda de produtos agrícolas.
Produtores sem CNPJ: Podem solicitar a emissão da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) para registrar suas vendas.
A NFA-e é uma alternativa para produtores que não possuem inscrição estadual ou CNPJ, permitindo a formalização das transações comerciais.
Para ter a NFA-e, é preciso acessar o site da Secretaria da Tributação do Estado do Rio Grande do Norte (SET-RN) e seguir as instruções fornecidas.
É importante ressaltar que a emissão de notas fiscais é uma obrigação legal que contribui para a formalização das atividades rurais e o cumprimento das normas fiscais vigentes.
21. Rio Grande do Sul
Atualmente, os produtores rurais do Rio Grande do Sul podem emitir notas fiscais por meio das seguintes modalidades:
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): Obrigatória em operações interestaduais para todos os produtores. A partir de 3 de fevereiro de 2025, também passa a ser exigida em operações internas para quem teve receita bruta acima de R$ 360 mil em 2023 ou 2024;
Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e): Disponível para produtores sem inscrição estadual ou CNPJ, permitindo a emissão eventual de notas fiscais.
Nota Fiscal de Produtor (modelo 4 – talão): Ainda permitida em operações internas até 30 de junho de 2025 para quem não se enquadra nas obrigatoriedades anteriores. A partir de 1º de julho de 2025, seu uso será vedado.
Em Rondônia, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é exigida em operações interestaduais e para casos em que a receita bruta nos anos de 2023 ou 2024 seja superior a R$ 360 mil.
Os produtores podem optar pela emissão da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) caso não tenham a inscrição estadual ou CNPJ, permitindo a formalização de transações comerciais.
O Estado também disponibiliza o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), especialmente voltado para produtores de frutas, legumes e verduras, permitindo a emissão de notas fiscais diretamente pelo celular, sem a necessidade de intermediários.
23. Roraima
Em Roraima, os produtores rurais têm a possibilidade de emitir a Nota Fiscal de Produtor (NFP), modelo 4, em determinadas situações.
A Instrução Normativa nº 9, de 26 de maio de 2021, revogou a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para operações com gado bovino, suíno, caprino, ovino e bufalino destinados ao abate nos frigoríficos dentro do estado.
24. Santa Catarina
Em Santa Catarina, os produtores rurais podem emitir a Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) e, no caso de produtores pessoa física, também é possível a emissão da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e).
As notas fiscais podem ser geradas por meio do Sistema de Administração Tributária (SAT) da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina (SEF/SC).
Em situações onde há problemas técnicos no SAT, a NFP emitida em papel continua válida. Além disso, os produtores rurais pessoa física inscritos no Cadastro de Produtores Primários (CPP) têm a opção de emitir a nota fiscal por meio do aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF).
25. São Paulo
No estado de São Paulo, os produtores rurais as seguintes regras devem ser consideradas para a emissão de NFP-e.
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): É obrigatória para todos os produtores em caso de operações interestaduais desde 1º de julho de 2023. Para operações internas, está em vigor desde 3 de fevereiro de 2025, para quem teve receita bruta superior a R$ 360 mil em 2023 ou 2024.
Cadastro obrigatório no CNPJ: Desde 1º de julho de 2007, produtores rurais paulistas devem ter CNPJ vinculado à sua Inscrição Estadual de Produtor para emitir a NF-e como pessoa física.
26. Sergipe
Em Sergipe, a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) deve ser emitida exclusivamente por produtores rurais não inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado de Sergipe (CACSE).
Já os produtores inscritos com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) devem emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para operações com mercadorias interestaduais.
27. Tocantins
Em Tocantins, a emissão da Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, está vedada. Os produtores cadastrados como contribuintes com Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) podem emitir a NFA-e, enquanto os produtores rurais inscritos com CNPJ devem emitir a NF-e.
É sempre preciso verificar a legislação vigente do seu estado para assegurar que o modelo de documento fiscal utilizado esteja em conformidade com as operações realizadas.
Como faço para emitir nota fiscal de produtor rural?
1° Passo: Cadastro
O primeiro passo para emitir a nota fiscal é se cadastrar na Secretaria da Fazenda do seu estado, que pode exigir informações específicas. A autorização para emissão costuma ser rápida, muitas vezes em poucas horas.
Em alguns estados, o cadastro é feito diretamente no sistema da secretaria, permitindo o controle e a emissão de notas. Já em outros, o controle e a emissãopodem ser feitos por meio de um software de emissão de NF-e.
O segundo passo é adquirir o certificado digital e-CPF para formalizar o processo.
2° Passo: Certificados digitais
É necessário um e-CPF (certificado digital para pessoa física) para garantir validade jurídica, que deve seguir as regras do ICP-Brasil, sendo os tipos A1 e A3 os mais utilizados.
O certificado A1 armazena as informações no computador do gestor, funcionando como um par de chaves (pública e privada). O A3, por sua vez, é emitido e armazenado em mídia criptográfica, como cartão ou token.
Vantagens e desvantagens dos certificados A1 e A3
Certificado A1: É um opção flexível, podendo ser usado em várias máquinas e permite monitorar as notas recebidas. Sua maior desvantagem é não permitir a emissão de segunda via, e a validade é de apenas um ano, exigindo renovação anual.
Certificado A3: É mais seguro, pois usa hardware separado e tem validade de 3 anos, porém é um aparelho física, o que limita o uso a um único computador e exige senhas a cada emissão. Não permite monitoramento de notas e apresenta risco de perda ou dano.
3º Passo: Adquirir programa para emissão da NF-e
Em alguns estados, o produtor pode emitir a nota pelo próprio sistema da Secretaria da Fazenda da região.
Com o programa, você digita as notas fiscais e as transmite para a Secretaria da Fazenda. Quando a nota é autorizada, o programa gera um arquivo XML com a assinatura digital, que deve ser guardado por 5 anos, conforme orientação do governo.
Esse arquivo também deve ser disponibilizado ao destinatário ou transportador, podendo enviar a nota eletronicamente ou impressa por meio do DANFE, que é uma representação das principais informações da nota, não sendo a nota fiscal em si.
Conclusão
A obrigatoriedade da emissão de nota fiscal eletrônica de produtor rural já está válida em todo o território brasileiro.
Se você ainda não emite a NF-e, é importante se organizar. Adquira um certificado digital e procure programas de emissão de notas fiscais seguros e eficazes.
Com essas principais dicas, emitir a NF-e pode ser uma tarefa mais fácil. Então não deixe para depois!
Em 2025, a emissão da Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) é obrigatória em todos os estados, exigindo a inscrição estadual ativa, cadastro na SEFAZ estadual e um certificado digital.
A emissão pode ser feita pelo portal da SEFAZ ou por softwares de emissão de NFP-e. Alguns estados ainda permitem a nota em papel (modelo 4) em situações específicas, mas a tendência é a digitalização total.
Com a nota fiscal eletrônica, é mais fácil fazer o controle fiscal, diminui erros e gera mais agilidade. Como as regras variam por estado, recomendamos conferir as exigências da Secretaria da Fazenda do seu estado para garantir conformidade
A Nota Fiscal de Produtor Rural serve para formalizar a venda de produtos agropecuários, registrar e comprovar transações comerciais feita pelo produtor rural.
A partir da emissão, é comprovada a legalidade da operação, possibilitando o recolhimento correto dos tributos.
Além disso, a NFP é importante para o controle da produção, transporte de mercadorias, acesso a benefícios fiscais e financiamentos agrícolas.
Sem esse documento, você pode enfrentar dificuldades para vender sua produção para empresas, cooperativas e até mesmo para obter créditos rurais.
O produtor rural pode emitir diferentes tipos de notas fiscais, dependendo da operação e das exigências do estado. As principais são:
Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e – Modelo 55): Substitui a nota fiscal de produtor em papel e já é obrigatória em muitos estados. Usada na venda de produtos agropecuários.
Nota Fiscal de Produtor em papel (Modelo 4): Ainda permitida em alguns estados para pequenos produtores ou situações específicas.
Nota Fiscal Avulsa (NFA-e): Emitida diretamente no portal da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) para produtores sem inscrição estadual ou que não emitem notas com frequência.
Quem está dispensado de emitir Nota Fiscal Eletrônica são os produtores rurais que se encaixam em algum dos modelos abaixo:
Produtores de Pequeno Porte: Agricultores com receita bruta anual inferior ao limite estabelecido pela legislação do Simples Nacional podem estar dispensados da emissão da nota fiscal. A isenção depende da faixa de receita bruta, que varia por estado.
Produtos para Consumo Pessoal ou Familiar: Se o produtor rural destinar a produção para consumo próprio ou da sua família, sem intermediação de venda, a emissão da nota fiscal pode não ser necessária.
Vendas com Valor Inferior a um Limite Específico: Alguns estados isentam a emissão de NFP para transações de pequeno valor, geralmente em transações realizadas diretamente entre o produtor e o consumidor final, como em feiras e mercados locais.
Transações Isentas por Regime de Apuração: Alguns regimes fiscais, como o Simples Nacional, podem permitir que o produtor rural se enquadre em um regime simplificado e, em determinados casos, fique dispensado de emitir nota fiscal em algumas condições específicas.
É importante verificar com o fisco estadual ou o contador de confiança, pois as regras variam de acordo com o estado e o porte da propriedade ou da empresa rural.
A série da Nota Fiscal de Produtor Rural (NFP) é estabelecida pelo produtor rural ou pela Secretaria da Fazenda do estado em que ele está registrado.
Em alguns estados, a série pode ser pré-determinada pela autoridade fiscal, enquanto em outros, o próprio produtor pode escolher a série, desde que esteja dentro das normas estabelecidas pela legislação local.
Exemplos de séries:
Série 1: Geralmente, é utilizada para notas fiscais de produtor rural.
Série 2: Em algumas situações, pode ser usada para notas fiscais de venda dentro do comércio, se o produtor estiver registrado em outros sistemas fiscais, como o Simples Nacional.
A série é importante para fins de controle, pois permite distinguir e organizar as notas fiscais conforme o tipo de transação ou categoria do produtor.
Em resumo, a série da NFP é determinada pelo estado e pelo tipo de operação fiscal do produtor rural. Se estiver com dúvidas específicas sobre o estado em que você está, posso ajudar a buscar as regras detalhadas!
A importância de ter o maquinário preparado e em boas condições, aumento a eficiência da colheita, diminuindo perdas e gerando mais lucro.
A produtividade da atividade agrícola depende de inúmeros fatores, desde o preparo do solo, plantio, manejo da lavoura e colheita. Por estar no final do ciclo, a colheita assume papel importante, pois qualquer erro pode colocar toda a produção a perder.
A janela de colheita normalmente é bastante curta pois a melhor condição de colheita do produto se dá em um momento bastante específico. Por isso, qualquer atraso na colheita pode gerar perdas na produção, na quantidade e qualidade colhida.
Dessa forma, ter o maquinário em boas condições é primordial para a boa condução da colheita, principalmente em propriedades mais extensas em que o maquinário precisa ser utilizado em várias áreas.
Nesse texto falaremos sobre os principais pontos de preparo do maquinário para a colheita visando maior eficiência e menores perdas.
Estrutura e tipos de colhedeira
Existem diferentes tipos de colhedeiras e sua classificação vai de acordo com características específicas. Porém, as colhedeiras normalmente têm sistemas básicos a quase todos os tipos. Esses sistemas são denominados: sistema de corte e alimentação, sistema de trilha e sistema de separação e limpeza.
Abaixo damos alguns exemplos de tipos de colhedeiras.
Quanto ao tipo de cultura:
Colhedeiras de café e de outros frutos: a tecnologia nesse tipo de colhedeira tem que ser mais sensível, evitando danos aos frutos;
Colhedeiras de cana: é uma colheita de planta inteira, porém com possibilidade de limpeza e descarte de algumas partes;
Colhedeiras de forragem/silagem: colheita de plantas inteiras e corte em partes menores;
Colhedeiras de grãos: separação de palha e grãos e limpeza do produto colhido para transferência ao compartimento graneleiro.
Quanto ao funcionamento:
Automotriz: tem sistema motor próprio;
De arrasto: podem ter motor externo acoplado ou serem ligadas ao trator;
Montadas: necessitam estar acopladas a um trator para funcionamento.
É claro que cada tipo de colhedeira funciona de maneira diferente e necessita de manutenções e preparações diferentes para estar em boas condições de uso. Nesse artigo iremos trazer informações gerais e não específicas de um tipo de colhedeira.
Checklist de itens da colhedeira
A verificação de condições do maquinário de colheita é importante principalmente para diminuir as chances de falhas durante a operação. Dessa forma, a vistoria mostra a necessidade de manutenções preventivas e preditivas, que evitam a necessidade de manutenções corretivas que causam atrasos na colheita.
Cada tipo de máquina tem um checklist de itens a serem revisados e mesmo entre as colhedeiras há diferenças nos tipos e marcas. Porém, há algumas funções básicas que devem ser verificados.
É importante que todo o processo de verificação das condições da máquina seja feito em avanço, durante a entressafra ou em uma época bem anterior à colheita. Assim, tem-se tempo hábil para correções, trocas de peças e consertos antes do seu uso.
Abaixo citamos pontos principais de verificação, tendo como exemplo uma colhedeira de grãos:
Sistema de iluminação: verificar a iluminação interna da cabine e os faróis, principalmente para operações noturnas, no início ou final do dia;
Sistema motriz e de força: verificar o motor, níveis de óleo e sistema de refrigeração e lubrificação. Além disso deve-se verificar os eixos e rodados que movimentam a máquina, bem como os sistemas de transmissão;
Sistemas auxiliares: verificar lubrificação de partes móveis, conexão de partes fixas, mangueiras e níveis de líquidos de lubrificação, condução e resfriamento, borrachas e amortecedores de contenção de impactos, etc…
Sistema de corte e alimentação: essa verificação é importante para garantir que as peças responsáveis pelo corte e transporte à etapa seguinte estejam em perfeito estado. Deve-se verificar a afiação dos sistemas de corte, folgas nos componentes e desgastes de peças. Essa é a etapa em que há maiores perdas na colheita, por falhas no corte e embuchamento da máquina;
Sistema de trilha: essa etapa é onde os grãos são desprendidos e soltos das vagens ou espigas. Deve-se verificar os rolamentos, peças dentadas e correias. É importante que esses ajustes sejam bem executados para evitar danos às sementes/grãos e perda de qualidade do produto;
Sistema de limpeza e separação: o ajuste de jogos de peneiras, transportadores ou fluxos de ar são importantes para evitar que grãos sejam perdidos e descartados, causando perdas importantes;
Comunicação e sistemas de agricultura de precisão: nas máquinas mais modernas é importante verificar a comunicação, o sistema de GPS e os sensores responsáveis pelo monitoramento da colheita em tempo real para formação dos mapas de produtividade;
Regulagem para colheita: a regulagem de acordo com a cultura a ser colhida é importante para diminuir perdas. Deve-se verificar também a velocidade recomendada.
Exemplo de checklist para colhedeira de cana (Fonte: DCBio)
Pontos importantes para o planejamento e execução da colheita
O planejamento da colheita já se inicia no plantio, quando o produtor decidi quais culturas serão plantadas, os seus ciclos e as datas de plantio.
Alguns pontos, além do maquinário, também devem ser verificados e avaliados antes e durante a colheita.
Planejamento de áreas a serem colhidas;
Logística de colheita, transporte e armazenagem;
Condições climáticas;
Estágio de desenvolvimento das plantas em cada lavoura ou talhão;
Peças de reposição, combustível e disponibilidade de mão-de-obra;
Softwares de gestão de dados e sistemas de agricultura de precisão.
A atividade de colheita envolve muito mais que apenas retirar o produto do campo. É importante se atentar às atividades pré e pós-colheita, dando maior fluidez ao trabalho e evitando problemas.
Ferramentas digitais para melhorar a colheita
Hoje existem uma série de plataformas digitais que podem auxiliar o produtor no momento da colheita. São ferramentas que auxiliam na preparação do maquinário e no planejamento da colheita.
Uma das funcionalidades mais importantes está relacionada aos alertas de manutenção, para garantir a eficiência e o desempenho ideal dos equipamentos agrícolas no momento do uso. Isso garante que o equipamento esteja revisado, trazendo diversos benefícios:
Menor chance de quebra e manutenção corretiva;
Menor retrabalho;
Maior assertividade;
Colheita do produto no melhor momento;
Homogeneidade do produto;
Maior eficiência no uso de combustível e mão-de-obra;
Aumento da produtividade.
Não deixe que a falta de preparação do maquinário prejudique sua safra! Marque uma demo hoje mesmo e descubra como nossos alertas de manutenção do Aegro podem garantir o pleno funcionamento de seus equipamentos, aumentando sua produtividade e eficiência.
Cuide de suas máquinas com o Aegro
O Aegro desempenha um papel crucial na preparação do maquinário para a colheita, oferecendo uma plataforma abrangente que simplifica e otimiza todo o processo.
Através do sistema, os agricultores podem registrar facilmente todas as atividades relacionadas à manutenção e abastecimento de suas máquinas agrícolas, garantindo que estejam em condições ideais para a colheita.
Imagem da tela de gestão de máquinas do Aegro
Além disso, o aegro oferece recursos de planejamento e gestão de custos que permitem aos produtores antecipar as necessidades de manutenção, garantindo uma operação eficiente e sem interrupções durante o período de colheita.
Considerações finais
O investimento em uma máquina colhedeira é altíssimo e, tão mais alto quanto for o seu nível tecnológico. Dessa maneira, ter uma máquina que não esteja apta para realizar seu trabalho é uma perda de dinheiro investido e de tempo na atividade agrícola.
É importante que o produtor tenha o maquinário sempre revisado e aproveite todas as suas funções tecnológicas para aviso de manutenções e conexão dos sensores por meio da internet.
Mesmo em máquinas mais antigas, o operador deve manter todas as manutenções em dia para que ela esteja apta a executar sua funcionalidade quando for momento da colheita.
O Aegro Máquinas tem ferramentas para auxiliar o produtor a integrar informações de seu maquinário a plataformas digitais como Climate FieldView™, John Deere Operations Center e Stara.
Gestão rural: A gestão rural é um processo complexo e o uso de planilhas pode auxiliar na melhor administração do seu negócio
Em qualquer empresa, a gestão é representada pelo processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos com a finalidade de alcançar os objetivos.
Assim, a gestão rural tem como função realizar o estudo dos processos de decisões administrativas ligadas ao agronegócio, aliando os resultados financeiros à produtividade da lavoura.
O uso de uma planilha pode auxiliar na gestão do seu negócio, sendo uma ótima estratégia para a melhorar o desempenho do seu negócio.
Através de dados e cálculos, elas podem auxiliar em estratégias que irão garantir mais sucesso dentro do sistema de produção, principalmente, em um cenário de custos de produção elevados.
Portanto, neste artigo vamos explicar como realizar a gestão rural com o auxílio de planilhas. Boa leitura!
O que é gestão rural?
A gestão rural é o processo de tomada de decisões com a finalidade de administrar um negócio no campo. Essas medidas envolvem tanto os processos de produção quanto estratégias de negócios, visando seu desenvolvimento.
Realizar uma boa administração rural é fundamental para que a empresa obtenha sucesso e se desenvolva no mercado do agronegócio. Para isso, o gestor poderá enfrentar desafios como o controle da produção, gestão de trabalhadores, otimização dos processos, impactos ambientais, entre outros.
A função exige não somente que o gestor tenha conhecimento, mas que também conte com uma equipe qualificada e com ferramentas eficientes.
Como fazer registros eletrônicos nas propriedades?
Nas propriedades rurais, principalmente nas pequenas, é muito comum fazer o registro das contas de forma manual. O que esses gestores talvez não saibam é que o registro eletrônico pode ser mais simples do que imaginam.
O registro eletrônico pode ajudar muito no planejamento de metas e objetivos, dando conta de um volume maior de dados. Também pode ser feito sem custos e a agilidade e precisão na análise são maiores.
Com a informatização na agropecuária, problemas nos processos podem ser identificados com maior rapidez e precisão.
Importância do controle financeiro
Realizar o controle financeiro permite que o produtor tenha maior clareza na observação das entradas e saídas no caixa da empresa rural.
O controle diário, facilita a análise e o planejamento da empresa rural. É importante separar os controles diários dos controles mensais. Essas informações precisam ser registradas de forma sistemática e contínua.
Somente após períodos maiores será possível avaliar tendências e pensar em mudanças.
Os controles diários auxiliam nas decisões rápidas, na obtenção mais imediata de informações e demonstração mais rápida e clara dos dados.
Os controles mensais são fundamentais para o acompanhamento e controle dos recursos, apresentando uma visão de conjunto e de relevância.
Quais são as ferramentas de gestão rural?
As ferramentas de gestão rural sempre existiram, mesmo antes do computador. Um exemplo disso é o livro caixa de papel. Porém, com os avanços da tecnologia, surgiram novos métodos para simplificar tarefas e processos na gestão rural.
Essas ferramentas tecnológicas tendem a aumentar a eficiência das propriedades rurais e otimizar seus resultados.
Arquivos em papel
Apesar de ainda serem utilizados em muitos negócios, os arquivos de papel apresentam diversas desvantagens em relação às demais ferramentas de gestão rural.
Este material exige espaço para arquivamento e, muitas vezes, gera uma verdadeira bagunça no escritório. Além disso, ao anotar informações importantes em arquivos de papel, o produtor assume riscos.
Um simples descuido pode causar erros no caixa ou até mesmo na declaração do imposto de renda, por exemplo.
Com os arquivos de papel também fica mais difícil contar com a contribuição dos colaboradores da fazenda. Será muito difícil manter isso sem comprometer algo no futuro.
Planilhas
As planilhas de Excel são úteis em muitos casos, pois permitem a visualização das informações em gráficos e podem ser compartilhadas com os demais membros da equipe.
Contudo, para fazer a gestão da fazenda, é necessário criar diversas planilhas diferentes, para financeiro, contábil, estoque e planejamento da safra, por exemplo.
Dessa forma, o gestor da fazenda precisa preencher as mesmas informações mais de uma vez em diferentes lugares, o que acaba tornando o processo mais demorado e desgastante.
Além disso, sempre existe o risco de perder os arquivos e todo o histórico da propriedade, caso o produtor não faça backups da maneira adequada.
Softwares da gestão rural
Ao contar com um software de gestão criado especificamente para propriedades rurais, o produtor tem em mãos uma ferramenta eficiente, que gera dados valiosos para a tomada de decisão na fazenda.
O software de gestão rural da Aegro conta com sete módulos integrados que apoiam a administração de todos os setores da fazenda, eliminando a necessidade de lançar a mesma informação mais de uma vez.
O programa ainda torna as informações mais fáceis de entender, pois os dados são apresentados em gráficos bem organizados e funcionais.
Com o software Aegro é possível fazer o planejamento da safra, o controle de custo de produção, o controle de estoque rural, o caderno de campo, o controle de máquinas e patrimônio, produção e venda e indicadores agrícolas.
Quais os tipos de planilhas que podem ser usadas?
Existem diversas planilhas que podem ser usadas na gestão rural, auxiliando na gestão eficiente dos recursos e do negócio. As principais planilhas que são utilizadas na gestão rural são:
Realizar uma boa gestão da fazenda é fundamental para seu negócio rural ter mais sucesso e melhorar a rentabilidade.
Neste artigo mostramos como fazer a gestão do seu negócio rural, as vantagens de utilizar a planilha e quais são as principais planilhas para usar na sua propriedade. Com esses recursos você tem melhor controle de custos, estoque, fluxo de caixa e custos de safra.
Cotação agrícola: Veja o que são as cotações agrícolas e como são feitas as cotações das commodities
A cotação agrícola define os preços dos alimentos no Brasil. Dessa forma, é importante entender como as cotações funcionam e como isso influencia nos demais setores e produtos da economia.
Como os índices de cotação agrícola influenciam em toda a economia, não apenas os empresários da área devem estar atentos, mas sim, toda a sociedade. Uma vez que o valor da cotação agrícola tem impacto direto no custo de vida das famílias.
Nesse sentido, neste texto vamos explicar melhor sobre esse tema e entender a importância que tem para a população e para o país. Boa leitura!
O que é a cotação agrícola
Cotação agrícola é um tipo específico de cotação. Ou seja, é a definição pelo mercado dos preços dos produtos agrícolas, como soja, café, milho e diversas commodities agrícolas.
No Brasil, ela ocorre tanto para o agronegócio quanto para a pecuária, seja para o mercado interno e/ou externo.
Como é feita a cotação agrícola
Existem diversas regras a serem seguidas para estabelecer a precificação dos insumos agrícolas. Um dos órgãos responsáveis pelos índices das cotações agrícolas é o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O Cepea é um grupo de pesquisa ligado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultur “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP). Os produtos cotados pela instituição estão listados abaixo:
Os dados divulgados pelo Cepea são indispensáveis para conhecer a dinâmica do mercado agropecuário brasileiro.
O que são as commodities agrícolas
Commodities significa “mercadorias” em inglês, e o termo é designado para se referir a mercadorias brutas ou primárias. Podemos citar como commodity agrícola como soja, café, milho, trigo, entre outras.
Para que um produto seja considerado uma commodity agrícola, ele tem que ter algumas características:
Ser comercializado nas bolsas de valores e de mercadorias em todo o mundo, por meio da compra e venda de ações;
Ser um produto homogêneo, que possui alto valor no mercado internacional;
Ter seu preço definido pelo mercado internacional;
Podem ser estocados sem perder a qualidade;
São produtos de origem primária.
Esses itens são negociados no mercado nacional e internacional e são utilizados como moeda de troca na Bolsa de Valores. As cotações são calculadas por tonelada, quilo ou saca e são influenciadas por alguns fatores como o clima, o tempo de colheita de safras, a previsão de produção, os estoques e movimentações especulativas.
Como funciona o mercado de commodities agrícolas
O mercado das commodities agrícolas pode ser nacional ou interncional, podendo ser caracterizado como uma fonte de investimentos. Os contratos são comercializados de acordo com a compra e a venda futuros.
Como já mencionado anteriormente, fatores externos têm forte influência nos valores. Um desses fatores são as variações na oferta e demanda dos principais produtores, exportadores e importadores mundiais, que afetam o comportamento dos preços no mercado nacional.
Tradicionalmente, em períodos de estoques mundiais mais restritos, os preços tendem a ficar mais elevados. Já quando há uma oferta muito superior ao consumo, ocorre queda das cotações.
Como funciona a cotação agrícola da soja
Uma das principais commodities agrícolas é a soja, que é negociada na Bolsa de Valores por meio de contratos de mercado futuro. A cotação agrícola da soja tem como base a Bolsa de Chicago, onde são negociados os contratos futuros de diversas commodities.
Entretanto, além desse fator, vários outros aspectos entram em jogo ao calcular o preço final em cada país e região produtora. Alguns critérios são avaliados, como:
Cotação do dólar: a Bolsa de Chicago leva em consideração essa moeda. Dessa forma, será preciso converter para real.
Prêmio de exportação: o valor de referência estabelecido pela cotação da Bolsa de Chicago é responsável por definir a correlação entre os preços atuais do mercado interno e externo. Esse patamar pode variar positiva ou negativamente conforme valor da oferta, logística, demanda de soja e taxa cambial.
Despesas de exportação: referem-se às taxas, comissões e gastos portuários.
Transporte: custos de frete do local de produção até o porto para exportação.
Demais custos: custos variáveis que precisam ser acertados entre comprador e vendedor, como os custos de armazenagem.
O preço da soja é calculado da seguinte forma:
cotação na Bolsa de Chicago (US$/bushel)+Prêmio de Exportação para o destino
– gastos de exportação= Valor da soja no Porto (R$/tonelada)-Gastos Extras (armazenagem, etc)
Os produtos agrícolas são importantes para o mundo todo, sendo o Brasil um grande produtor desses produtos. Mas existem variações nos preços agropecuários, chamada de cotação agrícola.
As commodities também sofrem essa variação, sendo que a formação do preço destes produtos ocorre de fora para dentro. No texto mostramos como essa formação de preço é feita para a soja.
Assim, é importante para o produtor entender como funciona o mercado de commodities, com alguns fatores que exigem alguns cuidados especiais, tais como variações regionais e a cotação do dólar, que apresenta grande significância no preço.