Adubo orgânico e seu uso na agricultura de larga escala

Adubo orgânico: benefícios para a lavoura, produtos mais utilizados e recomendações de cálculo para alcançar o melhor resultado.

A agricultura do futuro deve ser produtiva e consciente para suprir a demanda de alimentos no mundo. E esse duplo desafio significa que temos muito que evoluir em nossas práticas de campo. 

Por isso, atividades como a adubação orgânica, por exemplo, podem fazer muita diferença nos plantios.

Saiba como incluir essa prática em larga escala na sua lavoura para melhorar a fertilidade do solo. Confira!

O que é adubo orgânico?

O adubo orgânico consiste no uso de resíduo de diferentes origens sobre o solo. Podem ser de fonte animal (esterco de bovino, aves, suínos, etc.), vegetal (adubos verdes e coberturas mortas) ou outras origens como resíduos urbanos (lixo sólidos e outros resíduos como lodo); resíduos industriais (cinzas e outros); compostos orgânicos (vermicomposto); biofertilizantes (enriquecidos ou não); e adubos orgânicos comerciais.  

O objetivo de sua utilização é melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos, indo além de ser somente um suprimento de nutrientes.

Entre seus componentes estão grandes quantidades de carbono, mas também N, P, K, Ca, Mg e micronutrientes.

Qual a diferença entre adubos e fertilizantes orgânicos?

Diferente dos adubos ou insumos de síntese química, que já estão disponíveis às plantas logo após a aplicação sobre o solo, os adubos orgânicos podem ser disponibilizados de forma mais gradual.

Os adubos orgânicos passam pelo processo de digestão ou mineralização por bactérias, fungo, actinomicetos, protozoários, algas, além de insetos e suas larvas. 

Essa intensa digestão libera N, P, K, Ca e Mg, deixando a forma orgânica imobilizada para a forma de nutrientes mineralizados, ou seja, disponíveis.

Os adubos orgânicos passam por um importante processo que é a mineralização. Esse processo ocorre através da transformação enzimática microbiológica, que promove a liberação de nutrientes e sua disponibilidade às plantas. 

E isso é a chave para que você escolha o momento da aplicação, pois a disponibilidade é mais gradual e deve ser planejada previamente.

As origens dos materiais influencia nesse processo pois, por exemplo, materiais mais ricos em nitrogênio possuem mais rápida decomposição, com liberação como amônia. 

Já materiais menos ricos em nitrogênio decompõem-se mais lentamente, liberando pouco nitrogênio e, ao final, gerando maior porção de húmus. 

Mineralização dos adubos orgânicos

Basicamente, esse é o processo da transformação de uma matéria orgânica em uma substância inorgânica. 

E ele é muito influenciado pelo suprimento de oxigênio, pelas próprias características do material orgânico e condições ambientais as quais são submetidos. 

fertilizantes organicos

(Fonte: Embrapa)

Esse processo também é influenciado pela relação carbono-nitrogênio. 

Relação C/N

O carbono e o nitrogênio são extremamente importantes para a decomposição dos fertilizantes orgânicos. Dependendo do valor da relação entre carbono e nitrogênio (C/N) a eficiência desse processo muda.

Considerando que a relação C/N da microbiota decompositora é de cerca de 10:1, e que sejam liberadas duas moléculas de CO² para cada carbono incorporado à biomassa microbiana, a mineralização de N pode ocorrer com a adição de resíduos com relação C/N menor que 30. 

Isso porque, uma relação C/N alta diminui a velocidade do crescimento da microbiota do solo, já que não será possível degradar todo o carbono presente no resíduo pela falta de N.

fertilizantes orgânicos

(Fonte: Agraer)

A palha de cana tem relação C/N (carbono por nitrogênio) de 80, enquanto que o lodo doméstico tem essa relação com valor 10. 

Benefícios da adubação orgânica

O adubo orgânico traz diversos benefícios ao ser utilizado em campo, tais como o aumento da capacidade de retenção de água por parte das plantas e melhoria da agregação do solo, da estrutura. Além disso, contribui também para:

  • Redução da plasticidade e coesão;
  • Amenizar a variação da temperatura do solo;
  • Aumentar a capacidade de troca catiônica;
  • Aumentar o poder tampão;
  • Compostos orgânicos atuam como quelato, maior capacidade de complexação;
  • Matéria orgânica em decomposição é fonte de nutriente;

5 tipos de adubos orgânicos para usar na lavoura

1. Vinhaça

Resíduo da indústria sucroalcooleira, a vinhaça é produzida na proporção de 10 a 13 litros para cada litro de álcool. 

Esse material é rico em potássio, possuindo diferentes concentrações de acordo com o material de origem (mosto).

Além disso, existem estudos sobre os efeitos alelopáticos em espécies de plantas daninhas, através do ácido aconítico (AA) liberado. 

A Embrapa tem feito estudos em relação a esse potencial do AA e sua atuação no período de sobrevivência das sementes de espécies daninhas, maiores até mesmo que aqueles obtidos com o uso de herbicidas.

2. Torta de filtro

A torta de filtro também é um resíduo da indústria sucroalcooleira. É constituída de 1,2% a 1,8% de fósforo e cerca de 70% de umidade,  alto teor de cálcio e consideráveis quantidades de micronutrientes.

A torta pode, em condições específicas, substituir as aplicações de fertilizante fosfatado, pois cerca de 50% do fósforo da torta pode ser considerado prontamente disponível.

Para cada tonelada de cana processada são gerados, em média, 30 kg de torta, que é resultado da clarificação do caldo obtido em moenda. 

Quando o caldo recebe a solução de hidróxido de cálcio e enxofre, favorece a elevação do pH e promove a floculação das substâncias orgânicas.

Ela também é um material muito rico para o processo de compostagem. 

3. Bokashi 

O bokashi (do japonês, matéria orgânica fermentada) é um adubo fermentado composto de diversas fontes. Além de ser rico em nutrientes, contribui no aumento da diversidade de microrganismos que vivem no solo. 

4. Dejetos

Os resíduos da produção animal são muito grandes e podem ser reaproveitados nas lavouras. Na produção de suínos, por exemplo, são produzidos em torno de 35 a 40 litros/dia por matriz e, em terminados, de 13 a 15 litros/suíno/dia. 

Nos bovinos de leite, a produção de esterco e urina é de 45 a 48 kg/vaca/dia, o que representa 10% de seu peso corporal. 

Nos bovinos de corte, esse número fica em torno de 30 a 35 kg/cabeça/dia.

5. Compostos

Esse é o adubo orgânico mais disponível no mercado. Pode ter diferentes fontes tanto vegetal como animal que passaram pelo processo também fermentativo.   

Recomendação dos adubos orgânicos

Os adubos orgânicos seguem recomendações gerais a partir do tipo de cultura, conforme as exigências delas e composição do adubo. 

Veja abaixo uma tabela genérica de composição de algumas fontes de adubos: 

fertilizantes organicos

(Fonte: Manual Internacional de Fertilidade do solo)

É importante que os adubos orgânicos não sejam provenientes de resíduos contaminados por metais pesados e componentes químicos tóxicos.

Eles precisam ser homologados pela legislação e regulamentados por entidades certificadoras de agricultura orgânica, tanto em nível nacional, quanto internacional.

Por isso, o processo de maturação dos adubos orgânicos é muito importante.

Cálculo para recomendação correta do adubo orgânico

As recomendações de doses podem seguir a lógica de cálculo:

Taxa de aplicação: N recomendado para a cultura (kg/ha) / N disponível do fertilizante orgânico (Kg/ t). 

Saiba mais sobre esse cálculo neste vídeo:

Como calcular adubação orgânica? COMPLETO
Banner para baixar o kit comparativo de custos de safra

Conclusão

O uso de fertilizantes orgânicos nas lavouras faz muita diferença na produção, pois contribui sobremaneira na qualidade do solo.  

Neste artigo, falamos um pouco sobre os benefícios desses adubos e como eles podem contribuir para o aumento da produtividade.

Mostramos as opções mais utilizadas e disponibilizamos um cálculo para as recomendações de dose de forma generalista.

Espero que você encontre uma fonte mais viável financeiramente, desde que seja um produto de qualidade, e insira os adubos orgânicos na sua lavoura!

>> Leia mais:

Fertilizantes para plantas: Tudo que você precisa saber para aumentar a eficiência
Fertilizantes NPK: Como obter alta eficiência das fórmulas comerciais

“Por que fertilizantes organominerais são uma alternativa interessante para sua lavoura”

Você já tentou utilizar adubo orgânico na sua propriedade? Compartilhe suas experiências nos comentários!


Dia do Engenheiro Agrônomo: desafios da profissão e motivos para comemorar

Dia do engenheiro agrônomo: Por que escolher essa profissão, como é ser eng. agrônomo hoje, desafios da carreira e muito mais!

Se você se formou em engenharia agronômica e não ouviu que essa é a profissão do futuro, então você, no mínimo, faltou em muitas aulas. E churrascos!

Mas a verdade é que a profissão do futuro se encontra em tempos em que sentimos que o futuro já chegou.

O lado bom é que a profissão continua sendo essencial. O lado ruim é que os desafios parecem ser ainda maiores.

Para nos homenagear nesta data, nada melhor do que deixar os amigos de profissão falarem sobre o assunto.

Reunimos engenheiros e engenheiras de diversas áreas e pedimos que respondessem a algumas perguntas. 

O resultado é uma diversidade de pensamentos, mas com um único sentimento: produzir mais e cada vez melhor para alimentar e mover o mundo.

Por que engenharia agronômica?

Em 12 de outubro comemoramos o dia do engenheiro agrônomo, já que a regulamentação do exercício da profissão ocorreu nesta data, no ano de 1933, através do Decreto Presidencial 23.196. 

Mas por que as pessoas escolhem essa profissão?

Você pode pensar que todos têm ligação familiar com o campo, filhos e filhas de produtores, bem como a maioria dos aqui entrevistados. Uma escolha natural e um tanto estratégica para a sucessão familiar.

No entanto, generalizações nunca caem bem. Muito menos nessa área tão ampla que é a agronomia.

É possível ver todo tipo de motivo – e não menos interessantes que os anteriormente citados.

Pedro Luiz de Freitas, por exemplo, cursou engenharia agronômica por influência de um agrônomo, extensionista da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integra), que deu seu testemunho pela satisfação e carinho com que tratava seus assistidos, produtores de hortaliças em pequenas áreas da região periurbana de São Paulo.

Arnaldo se interessou pela agronomia ainda criança, quando residia na zona rural e acompanhava professores e estagiários da Esalq/USP em ensaios de campo e assistência técnica.

No meu caso, um testemunho bem sincero, comecei no curso por sorte (obrigada, Fuvest) e continuei pela paixão e respeito à área que me foram passados.

Podem ser muitas as razões para escolher a profissão, mas para continuar no exercício é uma só: amor pelo campo e querer alimentar o mundo de formas cada vez melhores.

E é possível fazer isso de diversas maneiras. Conheça mais sobre os entrevistados que falaremos ao longo da matéria e perceba a diversidade das atuações:

  • Fernanda Dezani, líder de qualidade das operações agrícolas na Usina São Manoel, interior de São Paulo. Ano de formação: 2016.
  • Pedro Luiz de Freitas, do Rio de Janeiro, aplica seus conhecimentos na proposição de práticas e técnicas de recuperação, conservação e manejo de solos. Ano de formação: 1975.
  • Francisco Giudice Azevedo, gerente de produção agropecuária na Estância do Jarau em Quaraí/RS e gerente de produção de arroz e soja em Palmares do Sul/RS. Ano de formação: 2018.
  • Juliano Valenga, área comercial na Mosaic Fertilizantes, região de Ponta Grossa/PR. Ano de formação: 2015.
  • Maria Izabel Alves, doutoranda em bioinformática pela Universidade de Aarhus na Dinamarca. Ano de formação: 2015.
  • Arnaldo Bortoletto, presidente da Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo). Ano de formação: 1983.

O propósito no exercício da profissão de engenharia agronômica

Por definição, propósito é aquilo que se tem intenção de realizar. Todas as pessoas têm um propósito, mesmo que nem todas saibam identificar.

Perguntamos aos nossos eng. agrônomos(as) quais seriam seus propósitos na profissão e a sustentabilidade foi o termo mais usado. Eu me incluo nessa lista.

Fernanda, Maria Izabel e Francisco têm como propósito fundamental da carreira ajudar a produzir mais alimentos de forma sustentável, levando em conta aspectos econômicos, sociais e ambientais.

Fernanda tenta aplicar isso na sua rotina da usina, enquanto Maria Izabel busca estudar estirpes mais eficientes de rhizobium, por exemplo, para que seja possível diminuir o uso abusivo de fertilizantes nitrogenados, caminhando para uma agricultura mais orgânica e sustentável. 

Pedro Luiz também levantou a questão do agro sustentável: 

“Como engenheiro agrônomo, pela visão holística que adquiri na graduação (Esalq/USP), e pela especialização a que me dediquei no estudo do comportamento de solos tropicais, busco formas de integrar as diferentes especialidades da agronomia no atingimento do objetivo comum de produzir mais e melhor, sem derrubar uma árvore sequer.”

Dia do engenheiro agronomo

Pedro Luiz atua como engenheiro agrônomo desde 1975

Ele ainda completa que também procura contribuir para que o Brasil alcance sua vocação de celeiro do mundo, chegando a produzir alimentos, fibras, biocombustíveis, matérias-primas para um mundo que chegará aos 10 bilhões de habitantes daqui a 10 anos. 

Para isso, Pedro afirma que precisamos de diferentes especialidades trabalhando em conjunto, garantindo a intensificação sustentável do uso da terra.

Se muitos pensam que agronomia e sustentabilidade não podem caminhar juntos, nossa pequena amostra pode dizer bem o contrário. Atrevo-me até mesmo a dizer que ambos  devem trabalhar juntos para que nos tornemos realmente sustentáveis.

Por outro lado, Juliano comentou um nobre propósito: levar conhecimento ao produtor rural, obtendo não só uma maior produtividade, mas também uma maior rentabilidade.

Juliano diz que mercado saturado é um problema para o setor

Assim como Arnaldo, que também sempre teve como meta adquirir conhecimento técnico e levá-lo aos produtores rurais para que eles, com maior tecnologia, possam elevar a produtividade.

Devo dizer que me identifiquei muito com o propósito do Juliano e Arnaldo. O Blog do Aegro é a prova que buscamos ser a ponte entre a ciência de dentro das universidades e a aplicação em campo, sempre procurando incluir temas que mostrem e forneça orientações para o uso sustentável dos recursos.

Como é ser engenheiro(a) agrônomo(a) hoje?

Ao fazer essa pergunta, todos responderam ser desafiador, e quem não o fez, falou isso com outras palavras.

Ainda bem que gostamos de desafios! Fernanda levantou a questão de que a profissão exige diferentes habilidades, enquanto Juliano comentou sobre o mercado saturado.

Maria Izabel falou sobre as engenheiras agrônomas, que têm encontrado seu espaço em uma profissão que até 20 anos atrás era praticamente constituída de homens:

“Estamos conquistando nosso respeito e conseguindo mudar o estereótipo da profissão”

Maria Izabel se formou engenheira agrônoma em 2015

Não há como negar, se antes a mulher ficava em segundo plano na engenharia agronômica, hoje o palco também é nosso. Se ainda tem dúvida de como as mulheres foram e são cada dia mais determinantes na área, veja esta matéria.

Já para Pedro Luiz, ser engenheiro agrônomo é compreender a fundo as relações existentes na natureza e aplicar os conhecimentos agronômicos ao melhor uso da terra – que envolve o solo, a água, a paisagem e a biodiversidade, levantando novamente a questão da sustentabilidade.  

Francisco ressalta que esta é uma profissão que requer muita responsabilidade, verdade e profissionalismo. 

Mesmo com visões diferentes, percebemos que os desafios da profissão nos dias atuais refletem desafios da sociedade em geral hoje, além da particularidade da profissão de lidar diretamente com o meio ambiente. 

O que o futuro nos reserva

Se no presente já estamos vivendo mudanças, como será que os engenheiros(as) entendem o futuro?

Maria Izabel acredita que o futuro agrônomo terá de entender que há possivelmente novas formas de agricultura que a monocultura:

 “Apesar da modificação genética ter possibilitado grandes incrementos na produtividade de alimentos do mundo, a resposta de plantas transgênicas atualmente é apenas cabível com o elevado uso de fertilizantes e herbicidas. Muitas plantas modificadas se tornam resistentes a herbicidas pelo simples fato da elevada pressão de seleção oriunda de um modelo simplista ou uso inadequado da tecnologia”

A  pesquisadora ainda afirma que precisaremos integrar a agricultura com a rizosfera e incluir a cultura em um modelo mais holístico, auxiliando a agricultura a se manter em níveis mais sustentáveis em longo prazo.

Fernanda levanta uma questão que há muito tempo nos preocupa: alimentar 9 bilhões de pessoas com alimentos de qualidade.

Fernanda: “Profissão exige diferentes habilidades”

Mesma linha levantada por Arnaldo. Ele reforça que, com o crescimento populacional previsto e a pequena disponibilidade de terra e água, os agrônomos precisarão suprir essas deficiências com alta produtividade.

Para Juliano, as dificuldades a serem enfrentadas pelo engenheiro agrônomo não devem ser diferentes daquelas encontradas por profissionais de outros setores.

Ele destaca o mercado de trabalho inchado, adaptação à transformação digital/cultural, necessidade de desenvolvimento de tecnologias para suprir a demanda de alimentos, entre outras.

Pedro Luiz comenta que agrônomos de diferentes especialidades, eng. agrônomos, eng. florestais, eng. ambientais, eng. agrícolas, tecnólogos em agricultura e agronegócios, biólogos, geógrafos e outras especialidades, têm o grande desafio de atuarem juntos utilizando as ferramentas modernas que estarão disponíveis em um futuro bem próximo.

Tudo isso para ajudar os agricultores e seus parceiros a produzirem mais e melhor. Ou seja, utilizar com eficiência os insumos disponíveis, agregando valor à produção e gerando riqueza para o país

Arnaldo: interesse pela agronomia começou ainda criança

Na opinião de Pedro, nesse futuro (que já está presente), engenheiros agrônomos têm um papel muito especial. Devido à sua formação eclética, terão a missão de utilizar com sabedoria e liderar equipes com agrônomos de diferentes especialidades para atingir o objetivo de garantir a produção de alimentos, fibras, biocombustíveis e matérias-primas em quantidade e com qualidade, preservando o meio ambiente e garantindo o desenvolvimento sustentável do país.

Não poderia estar mais de acordo com Pedro: integrar diferentes especialidades com o objetivo de alimentar o mundo com mais sustentabilidade deve mesmo ser o maior desafio para um futuro bem próximo.

Também nesta linha de pensamento, Francisco comenta:

“Os engenheiros agrônomos do futuro terão que justificar cada vez mais suas ações e convicções perante o meio e a sociedade. Não haverá mais espaço para profissionais sem responsabilidade e conhecimento sobre os fatos e manejos”

Francisco ressalta que profissão requer muita responsabilidade e verdade

Conclusão

Em tempos de mercado saturado e grandes desafios, engenheiros e engenheiras agrônomas ainda têm muito o que comemorar.

O setor agro no Brasil continua a crescer, as tecnologias estão sendo aplicadas e novas soluções para velhos problemas têm sido criadas.

E o engenheiro agrônomo sempre está envolvido no desenvolvimento deste e de outros setores. 

Desde o desenvolvimento de uma semente com mais tecnologia até a negociação das commodities na bolsa, e até mesmo para ajudar o mundo a ser mais sustentável, lá está o engenheiro agrônomo.

Parabéns para todos os amigos e amigas de profissão! Um feliz dia do engenheiro agrônomo a todos!

Últimas notícias sobre ervas daninhas: Dicamba e Amaranthus palmeri

Ervas daninhas: Principais informações para que você possa fazer o melhor manejo da sua lavoura.

O manejo inadequado ou falta de controle das ervas daninhas pode causar sérios prejuízos em nossas lavouras.

E isso impacta a produtividade, qualidade, sem contar os problemas na hora da colheita.

Acompanhe neste artigo as últimas atualizações com relação ao Amaranthus palmeri e ao herbicida dicamba, que vem gerando várias dúvidas e preocupações sobre a correta aplicação. Confira:

Principais informações sobre o herbicida dicamba

O dicamba pertence ao mecanismo de ação das auxinas sintéticas, mesmo mecanismo do 2,4-D, picloram, triclopyr, fluroxypyr e quinclorac. 

Os herbicidas deste grupo são seletivos para gramíneas devido à baixa absorção pelas folhas e translocação limitada no floema.

Por isso, são importantes ferramentas no controle de plantas daninhas de folhas largas.

Entretanto, por não serem seletivos às culturas de folhas largas, como a soja, não podem ser utilizados

Por isso, novas tecnologias, como a soja tolerante ao dicamba, foram desenvolvidas, como a “Intacta 2 Xtend”.

ervas daninhas

(Fonte: Conselho de Informações sobre Biotecnologia)

O dicamba apresenta como principal vantagem o controle de ervas daninhas de folhas largas (dicotiledôneas), além de vir associado à tolerância ao glifosato.

Logo, poderá ser um importante aliado para o controle de ervas daninhas resistentes ao glifosato, como a buva e o caruru. 

Pode ainda ser eficiente para outras plantas daninhas de difícil controle como corda-de-viola, erva-quente e vassourinha-de-botão.

ervas daninhas

Ervas daninhas com relatos de resistência ao glifosato: Conyza sumatrensis (esquerda) e Amaranthus palmeri (direita)

(Fonte: Heap, 2019)

Controle de ervas daninhas: Preocupação com o dicamba 

A grande preocupação em relação ao uso deste herbicida está relacionada à deriva. A soja não tolerante ao dicamba, além de outras culturas, são muito sensíveis a este produto. 

A recomendação é de que o dicamba não seja aplicado em condições climáticas como:

  • Temperaturas superiores a 29°C; 
  • Umidade relativa do ar abaixo de 40%; 
  • Ventos acima de 16 km/h; 
  • Dias com inversão térmica. 

Mas sabemos que, durante a safra, essa condição de temperatura é rapidamente atingida no campo, por isso a preocupação.

ervas daninha

(Fonte: SC Cereais)

Com isso, entram em jogo as boas práticas agrícolas, que sempre devem ser utilizadas por nós. 

Especificamente para o dicamba, são essenciais as práticas voltadas ao combate da deriva, volatilidade e limpeza dos pulverizadores.

ervas daninhas

(Fonte: Canal Agrícola)

Outro ponto importante é a capacitação de produtores com relação à

  • Condições climáticas adequadas de aplicação;
  • Uso de pontas de pulverização de baixa formação de deriva;
  • Prática da limpeza de tanque para que não haja resíduo do produto após a tríplice lavagem;
  • Momento adequado de controle das ervas daninhas (estádios iniciais).

Principais características do dicamba 

Vamos ver agora alguma das principais características do herbicida dicamba, segundo o Guia de Herbicidas (2018).

  1. Mecanismo de ação: Mimetizador de Auxinas (Grupo O);
  2. Grupo químico: Ácidos benzóicos;
  3. Solubilidade em água: 4.500 mg/L (25°C);
  4. Pressão de vapor: 4,5 x 10-3 Pa (25°C);
  5. pKa: 1,87;
  6. Kow: 0,29;
  7. Koc: 2 mL/g (fracamente adsorvido no solo);
  8. Registrado para o controle de plantas daninhas de folhas largas em pré-plantio da soja e dessecação em pré-colheita;
  9. Absorção: folhas e raízes;
  10. Translocação: xilema e floema (sistêmico).

Outra erva daninha problemática e que traz grande preocupação é a Amaranthus palmeri. Sobre ela, falaremos a seguir:

Últimas notícias sobre ervas daninhas: Amaranthus palmeri

Amaranthus palmeri é uma planta daninha de crescimento rápido e muito agressiva.  É uma erva daninha anual, com emergência no verão.

Foi identificada no Brasil em 2015, no estado do Mato Grosso, e, até então, todos os esforços são para que ela não se disperse para outros lugares.

ervas daninhas

Planta de Amaranthus palmeri em soja

(Fonte: Travis Legleiter e Bill Johnson, 2013)

A principal questão sobre esta erva daninha é que, quando foi identificada, já apresentava resistência. Em 2016, estudos identificaram a resistência múltipla aos herbicidas Inibidores da ALS (chlorimuron, cloransulam e imazethapyr) e ao mecanismo de ação EPSPs (glifosato).

No mundo, existem 64 relatos de resistência desta erva daninha a herbicidas, englobando países como o Brasil, EUA, Israel, Argentina. A maioria dos casos está nos EUA (60).

No Brasil, pesquisadores relatam que o Amaranthus palmeri está relativamente controlado, mas requer ação contínua por meio de monitoramento, pois é uma planta de rápida disseminação devido à alta produção de sementes.

Preocupação com o Amaranthus palmeri

A grande preocupação com relação a essa erva daninha é impedir sua entrada pelas fronteiras da Argentina e Uruguai para a região sul do Brasil. 

Isso porque, em 2015, foi relatado um caso de resistência desta planta daninha ao herbicida glyphosate na Argentina. Este, é o primeiro caso de resistência ao glifosato em Amaranthus palmeri envolvendo exclusivamente mecanismos de NTSR (resistência ao local não-alvo).

Além disso, já foi relatado um caso dessa planta daninha resistente ao 2,4-D nos EUA, um importante herbicida utilizado para seu controle.

O que vemos aqui é que, antes de utilizarmos apenas o manejo químico desta planta daninha, temos que fazer a lição de casa:

  • Limpar máquinas e implementos agrícolas, evitando a disseminação de sementes; 
  • Fazer rotação de mecanismos de ação de herbicidas; 
  • Rotação de culturas; 
  • Diversificar as práticas de manejo;
  • Controle de plantas daninhas nos estágios iniciais: evite deixar que ela se reproduza no campo.
ervas daninhas

Plântula de Amaranthus palmeri 

(Fonte: Travis Legleiter e Bill Johnson, 2013).

Quer entender mais sobre o manejo dessa erva daninha? Recentemente publicamos no blog o “O guia completo do manejo do caruru Amaranthus palmeri. Confira!

Conclusão

O manejo correto das ervas daninhas e de herbicidas é essencial para o sucesso da lavoura. 

E no artigo de hoje vimos as principais notícias sobre o dicamba e o Amaranthus palmeri.

Com relação ao herbicida dicamba, a principal preocupação está ligada à deriva do produto. E as boas práticas agrícolas são essenciais para utilizar a nova tecnologia associado ao uso deste herbicida.

Em relação ao Amaranthus palmeri, a grande preocupação é evitar a entrada por países vizinhos. E o manejo integrado de ervas daninhas é essencial para vencermos a guerra contra essa era invasora!

>> Leia mais:

Como fazer o manejo eficiente do capim-amargoso

Guanxuma: 5 maneiras de livrar sua lavoura dessa planta daninha

“Como funciona o novo herbicida Luximo para controle de daninhas resistentes”

Restou alguma dúvida sobre o herbicida dicamba ou Amaranthus palmeri? Quer saber mais informações sobre outras ervas daninhas? Adoraria ver o seu comentário abaixo!

Como começar a plantação de soja e 6 passos para melhorar sua lavoura

Plantação de soja: saiba como planejar o plantio, vantagens de cultivar o grão, como escolher a cultivar e muito mais!

A soja é uma importante cultura no país, em produção, produtividade e área plantada. Segundo dados da Conab, a produtividade esperada para a safra 2021/22 é de 3.526 kg/ha e produção de 140.752,2 milhões de toneladas de soja. Esse número representa um crescimento de 2,5% em relação à safra passada. 

Para atingir altas produtividades, você precisa se atentar a todas as atividades agrícolas e isso começa antes da plantação de soja. Por isso, separamos dicas que vão te ajudar a ter resultados ainda melhores na lavoura. Confira!

O que é preciso saber para começar a plantar soja

O plantio da soja pode trazer bons resultados, mas para isso é fundamental conhecer bem a planta e estar atento às melhores práticas para semeadura, manutenção e colheita, a fim de evitar prejuízos.

A soja (Glycine max) é uma planta herbácea pertencente à família Fabaceae. Suas sementes têm germinação epígea e o sistema radicular pivotante, com uma raiz principal e diversas ramificações.

Existe hoje uma grande variedade de cultivares de soja no mercado, sendo que a duração total do ciclo pode variar de 100 a 160 dias, com predominância de 115 a 125 dias nos ciclos comerciais mais comuns.

Independente da cultura, o planejamento da safra é fundamental para o sucesso da atividade, afinal, ele evita e minimiza o efeito de problemas futuros, como o aparecimento de insetos-pragas e doenças.

Conhecer o histórico da área é muito importante para traçar um plano de manejo eficiente no controle de pragas, doenças e plantas daninhas.

Na escolha da cultivar de soja, dê preferência por aquelas com alta produtividade, adaptadas às condições climáticas da região e resistentes ao ataque de pragas e doenças.

Outro passo importante no planejamento do plantio da soja é fazer um levantamento das máquinas e implementos que serão necessários.

A partir dessas informações, é possível estabelecer um plano de ação coerente com a realidade da propriedade e, assim, iniciar o plantio da soja.

Lembre-se que os custos de produção devem ser acompanhados durante toda a safra.

3 vantagens de investir na plantação de soja

1. Demanda

A soja é a principal commodity brasileira. A maior parte da soja produzida no Brasil tem como destino o mercado externo, sendo a China o principal importador. 

Em 2022, as exportações brasileiras deverão ser de cerca de 87 milhões de toneladas.

2. Versatilidade

A soja é um grão com aplicação em diferentes setores da indústria.

Na indústria alimentícia, ela é utilizada como matéria-prima para a produção de bebidas, sorvetes, salsichas e chocolates. 

O óleo de soja é empregado na produção de margarina, maionese e gordura vegetal.

Na indústria química, a soja é aplicada na fabricação de tintas, cosméticos e plásticos. Podendo também ser utilizada na produção de biodiesel.

No processo de extração do óleo é obtido o farelo de soja. Esse subproduto é amplamente empregado na produção de ração animal

Ou seja, a soja é um produto de grande demanda e com diversidade de aplicação industrial.

3. Facilidade e incentivo

O Brasil apresenta condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura como clima e solo

Atualmente, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás são os maiores produtores de soja do país. 

A topografia das áreas produtoras do grão também possibilita a mecanização total da cultura.

O Brasil é referência na pesquisa com a cultura da soja, além de possuir políticas, como o crédito agrícola, que incentivam a produção brasileira.

Agora que já falamos sobre o que você precisa saber e as vantagens de investir numa plantação de soja, vamos à parte prática!

Como começar um plantio de soja

Escolha e preparo do solo

Para o sucesso no plantio de soja, um dos principais pontos é a qualidade do solo em que será feito o cultivo. A área escolhida para a começar a plantar soja deve ter características de clima, solo e topografia favoráveis à cultura, com solo rico em nutrientes.

A análise de solo é outra etapa essencial. Ela te permite estabelecer quais as formulações dos adubos e corretivos, e quais as quantidades necessárias ao longo da safra.

A análise de solo é a principal ferramenta de avaliação da fertilidade. Ela possibilita a tomada de decisão para calagem e adubação.

Sem uma análise química do solo e um adequado manejo, o sucesso está distante do agricultor e da sua empresa agrícola. Assim afirma o professor Alleoni, do Departamento de Ciência do Solo da Esalq/USP.

Lembre-se de fazer a análise de solo cerca de 3 meses antes de iniciar o plantio da soja.

Faça uma boa amostragem do solo, pois as fazendas não são homogêneas. Veja na figura abaixo as dicas para coletar a amostra de solo:

Ilustração sobre como coletar a amostra do solo. O processo começa com a divisão das áreas de amostragem, depois limpeza superficial, coleta da parte central da terra (eliminar as laterais), misturar manualmente a terra coletada e retirar uma amostra de 300 gramas para enviar ao laboratório.

(Fonte: Calcário Solo Fértil)

A profundidade da amostragem do solo para culturas anuais normalmente é de 0 cm — 20 cm. Se a área tem suspeita de acidez em subsuperfície ou você quer saber se há esse risco, faça uma amostragem até 60 cm de profundidade.

Escolha um laboratório de confiança para enviar as amostras de solo da sua área de cultivo.

Com os resultados dessa análise, você pode repor o que falta de nutrientes para a produção. Por isso, realize uma boa interpretação de análise de solo

Você deve analisar:

  • Estado ou região da área amostrada; 
  • Quantidade de soja que você pretende produzir;
  • Histórico da área (adubação); 
  • Tipo de cultivo; 
  • Custo do adubo; 
  • Método utilizado no laboratório de análise de solo; 
  • Profundidade da amostragem, entre outras informações.

Calagem, gessagem e adubação para soja

A partir de análise de solo, você fará cálculos para verificar a necessidade de fazer calagem e/ou gessagem

O nitrogênio é fornecido para a soja pela inoculação das sementes

A interpretação da análise de solo para os outros macronutrientes como fósforo, potássio e os micronutrientes depende da região.

Em cada região, há uma tabela para determinar a adubação que a soja requer. Isso te ajuda na interpretação da análise de solo e a definir a quantidade necessária de cada nutriente.

Dependendo da região, os laboratórios de análise do solo utilizam diferentes tipos de extrator (Mehlich-1 ou P resina) para determinar o fósforo. 

Por isso, é importante ficar de olho nesse fator.

Por exemplo, a tabela abaixo utiliza a produtividade esperada para determinar a recomendação da adubação de fósforo e potássio. 

O extrator de fósforo é o P resina, utilizado para o estado de São Paulo.

tabela com diferenças entre tipos de extração do solo diferentes

Adubação mineral de semeadura para o Estado de São Paulo; produtor deve observar diferentes tipos de extrator utilizado na análise de solo

(Fonte: Mascarenhas e Takana em Embrapa)

Escolha da cultivar

Você deve escolher uma ou mais cultivares de soja para a sua lavoura. É importante que ela seja adaptada para a sua região, de modo a evitar quebra de safra por motivos climáticos.

Para te ajudar nesta escolha, você pode utilizar o Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático). Essa ferramenta minimiza os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos. 

Ela também permite identificar, por município, a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.

Para utilizar o Zarc, você deve entrar no site do Mapa e escolher o estado da sua fazenda. Em seguida, selecione a cultura da soja.

Desenho do mapa do Brasil, com destaques coloridos nas principais regiões sojicolas.

(Fonte: Embrapa e Mapa)

Após este procedimento, um arquivo será baixado. Nele, você encontra as cultivares de soja mais adaptadas à sua região. 

Você também pode conferir a época preferencial para semeadura em função da cultivar e do solo. De modo geral, a semeadura da soja vai de outubro a dezembro, com obtenção das maiores produtividades normalmente entre outubro e meados de novembro, segundo a Embrapa.

Considere o ciclo da cultivar para saber com quanto tempo irá fazer a colheita, principalmente se for realizar o plantio do milho safrinha em seguida. Em geral, o ciclo da soja dura de 100 a 160 dias.

Também é possível saber todas essas informações pelo Zarc, aplicativo gratuito da Embrapa.

Print da tela do Zarc: a tela mostra as melhores datas para plantio da cultura

 Zarc – Plantio Certo mostra as melhores datas de plantio de 43 culturas, recuperando dados do Zarc

(Fonte: Aplicativo Zarc na Playstore – faça download gratuito aqui)

Em resumo, na escolha da cultivar é importante considerar fatores como:

  • época de plantio;
  • tipo de solo;
  • condições climáticas da região;
  • histórico da área;
  • resistência/tolerância da cultivar à herbicidas, pragas e doenças;
  • ciclo da cultivar;
  • tolerância a estresse hídrico;
  • produtividade.

Espaçamento e profundidade ideais

A forma como as plantas são dispostas na área pode influenciar diretamente nos resultados de produtividade das lavouras.

Para ter um arranjo espacial ideal na sua lavoura é importante identificar a densidade de semeadura e o espaçamento para o plantio.

Para cada cultivar é recomendável uma população diferente de plantas por hectare.

O espaçamento entre linhas normalmente utilizado para a cultura da soja é:

  • 0,45 m a 0,50 m (tradicional);
  • 0,25 m a 0,30 m (mais estreito). 

Pode ocorrer variação no espaçamento conforme a cultivar, maquinário e sistema de cultivo.

Outro ponto importante para o plantio é a profundidade. O ideal é de 3 cm a 5 cm para a soja.

Como plantar soja no sistema de plantio direto

Normalmente, você pode utilizar dois sistemas de plantação de soja: o sistema de plantio direto e o sistema convencional.

A produtividade média de soja no plantio direto é 20% superior à do manejo de solo convencional, segundo a Embrapa.

Você não pode pensar que plantio direto é somente plantar na palhada. Existem três princípios fundamentais desse sistema:

  • não revolvimento do solo e mínimo nas linhas de semeadura;
  • manter o solo permanentemente coberto por cobertura vegetal viva ou morta (palhada);
  • rotação e/ou associação de culturas, para aumentar a biodiversidade.

Para iniciar o plantio direto, você deve se atentar em:

  • definir a cultura de cobertura;
  • definir a rotação de cultura da sua fazenda;
  • planejamento do plantio e da condução das culturas na área;
  • máquinas e implementos agrícolas que serão utilizados no sistema.

Planejamento agrícola e financeiro

O planejamento é importante para qualquer atividade que você irá realizar, como é o caso do plantio. 

No entanto, o planejamento agrícola e financeiro não é apenas importante no plantio. Ele deve ser realizado durante todo o ciclo da cultura e na comercialização do grão.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Soja, o planejamento e a adoção de práticas sustentáveis são essenciais para alta produtividade da soja. É assim que acontece com os produtores campeões em produtividade. 

Para planejar as atividades da sua fazenda, você pode:

  • registrar todas as atividades que serão desempenhadas. Para a plantação de soja, por exemplo, registre quais operações serão realizadas; quando o solo será preparado; data de plantio; máquinas utilizadas; adubação; calagem; compra de insumos, entre outros;
  • analise o histórico das safras passadas da cultura da soja;
  • faça o planejamento financeiro da sua propriedade;
  • informe-se sobre condições meteorológicas da sua região, sobre as commodities, sobre o mercado de insumos, etc;
  • determine qual sistema de cultivo irá realizar na sua lavoura e se utilizará agricultura de precisão;
  • monitore o planejamento agrícola e o financeiro;

Planilhas agrícolas  e softwares agrícolas podem te ajudar no planejamento do plantio da soja.

Tela do Aegro, na aba de plantio. NA tela, há 5  janelas correspondentes a diferentes plantios.

Planejamento facilitado e completo no software agrícola Aegro

>>Leia mais: “6 recursos do Aegro que vão te ajudar durante o plantio

Custo da plantação de soja

Identificar o custo de produção da soja é essencial para a gestão agrícola da sua propriedade.

Segundo o Compêndio de Estudos da Conab, os itens que apresentam maiores porcentagens no custo operacional de soja são fertilizantes e agrotóxicos.

Gráfico que revela os principais itens que compõem os custos da soja:. Do maior para o menor: fertilizantes, agrotóxicos, sementes, operações com máquinas e depreciação de máquinas e implementos.

Participação percentual média dos principais itens que compõem os custos operacionais de soja entre os anos-safra 2007/08 e 2015/16

(Fonte: Conab)

Saber o custo da lavoura de soja influencia suas tomadas de decisões durante o planejamento até a comercialização da soja. 

Por isso, você deve ter todas as informações da sua propriedade registradas.

Para te auxiliar a obter o custo da plantação de soja, você precisa ter um bom fluxo de caixa. Ele é o registro de todas as contas da sua empresa rural, tanto a entrada como a saída de dinheiro.

Para facilitar, preparamos um modelo de fluxo de caixa em Excel que você pode usar gratuitamente!

Para te auxiliar no planejamento dos custos da sua lavoura ou fazer uma estimativa se os seus custos correspondem com a média da sua região, também há uma solução.

Nesse link da Conab, você pode pesquisar os custos com insumos agropecuários.

Tela do Aegro que mostra um gráfico em fatia dos principais custos com a soja.

Com o software agrícola Aegro, você sabe seu custo exato, além da rentabilidade por talhão após a safra. Tudo isso em apenas alguns cliques

Conclusão

Neste artigo, você viu 6 dicas de especialistas para te auxiliar na plantação de soja. 

O planejamento, espaçamento e profundidade de plantio, análise de solo, escolha da cultivar, preparo do solo e custo do plantio são fundamentais.

A implantação de uma lavoura de soja se inicia com o planejamento da safra

Isso envolve conhecer o histórico da área, a análise de solo, a escolha da cultivar, a aquisição de insumos, a disponibilidade de máquinas, implementos e mão de obra.

Assim, realize o plantio da soja em boas condições para obter uma alta produção e produtividade na sua fazenda!

>> Leia mais:

Colheita de soja: 7 dicas para torná-la mais eficiente

“7 problemas e soluções para colheita de soja no Mato Grosso”

Quais dificuldades você teve na sua última plantação de soja? Quais operações agrícolas você utiliza? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Atualizado em 24 de novembro de 2021 por @tatiza-barcellos

Tatiza é engenheira-agrônoma e mestra em agronomia, com ênfase em produção vegetal, pela Universidade Federal de Goiás.

Herbicidas pré-emergentes para soja: Os melhores produtos e suas orientações

Herbicidas pré-emergentes para soja: Importância e quais as principais perguntas que você deve se fazer antes de usá-los!

O Brasil possui atualmente 50 casos registrados de plantas daninhas resistentes a herbicidas. 

Além disso, temos aquelas que são naturalmente de difícil controle. E ainda nos preocupamos com plantas resistentes em países vizinhos que podem ser dispersadas para cá. 

Agora, com certeza, você deve estar pensando em como lidar com todos esses problemas e evitar novos na sua lavoura de soja…

Uma das alternativas de sucesso no manejo da resistência de daninhas são os herbicidas aplicados em pré-emergência! E é sobre eles que vamos falar a seguir. Confira! 

Casos de resistência a herbicidas no Brasil 

Como mencionei acima, temos 50 casos registrados de resistência a herbicidas no país. Dentre eles, temos algumas grandes preocupações:

Temos ainda a questão da resistência em países vizinhos, como picão preto resistente a glifosato no Paraguai.

Neste contexto, os herbicidas pré-emergentes têm sido uma ótima alternativa para o sucesso no manejo da resistência.

Eles diminuem a necessidade do uso de herbicidas pós-emergentes e têm pouquíssimos casos de resistência registrados no Brasil no Mundo. 

Mas você sabe o que considerar antes de utilizar os herbicidas pré-emergentes para soja? Separei as principais recomendações.

6 pontos que você deve considerar antes de utilizar herbicidas pré-emergentes para soja 

1. Estou utilizando uma boa tecnologia de aplicação? 

Muitos produtores se acostumaram a utilizar herbicidas pós-emergentes, principalmente glifosato e, infelizmente, descuidaram um pouco da tecnologia de aplicação.

Uma pesquisa de inspeção de pulverizadores, por exemplo, constatou que 50% de todas as máquinas testadas possuíam problemas com adequação do manômetro; conservação de pontas de pulverização; e falhas na calibração do pulverizador. 

Ocorre que, na pós-emergência, geralmente pelo padrão de seletividade dos herbicidas, se a quantidade do produto que chega na planta daninha for menor, o controle fica prejudicado. Mas, se a quantidade for maior, provavelmente não ocorrem grandes problemas. 

E é devido a isso que o termo “chorinho do agricultor” foi consagrado! Essa prática, porém, aumenta a seleção de resistência.

herbicidas pré-emergentes soja

Dessecação de plantas daninhas na entressafra da soja

(Fonte: John Deere)

E, definitivamente, o chorinho do agricultor não funciona com pré-emergentes!

Quando se usa um pré-emergente, a dose deve ser respeitada. Qualquer quantidade a mais pode ocasionar grande problemas à cultura da soja ou à cultura de sucessão.

2. Qual o tipo de solo da área em que irei aplicar os herbicidas pré-emergentes para soja? 

A textura do solo é muito importante para a recomendação de herbicidas pré-emergentes para soja. 

Solos com maior quantidade de argila e matéria orgânica retêm mais herbicidas em seus colóides ou na própria matéria orgânica, deixando menos herbicida na solução dos solos (onde pode ser absorvido e fazer efeito)!

Desta forma, se o produto for recomendado para os dois tipos de solo, costuma-se utilizar maior dose em solo argiloso (conferir sempre indicações da bula). 

Porém, alguns herbicidas não são recomendados para alguns tipos de solo. Atente-se a isso!

Um herbicida muito móvel, por exemplo, pode ser aplicado em solo arenoso e ir diretamente para os lençóis freáticos, o que é prejuízo para o agricultor e para o meio ambiente.

3. A área possui palha ou cobertura verde? 

O herbicida pré-emergente só é efetivo se chegar ao solo. Então qualquer barreira entre o solo e ponta de pulverização pode prejudicar sua ação. 

A palha presente no solo e a maneira que está distribuída afetam diretamente a ação dos herbicidas pré-emergentes. 

Alguns herbicidas possuem pouquíssima capacidade de atravessar a palha e chegar ao solo, como a trifluralina, excelente no controle de gramíneas, mas que em condições de muita palha (> 25% de cobertura do solo) tem seu efeito muito prejudicado.

Além disso, outro fato pouco levado em consideração pelos agricultores é a infestação da área no momento da aplicação. 

Se houver muitas plantas daninhas, com grande cobertura do solo no momento da aplicação, estas podem absorver o produto antes de chegar ao solo, prejudicando seu efeito.

herbicidas pré-emergentes soja

Área de consórcio de milho com brachiaria após a colheita do milho

(Fonte: Soesp)

4. Qual o pH do solo? 

O pH do solo influencia principalmente em herbicidas considerados ácidos e bases fracos como inibidores da ALS e 2,4 D. 

Estes herbicidas, conforme o pH do solo, podem ter maior ou menor mobilidade no solo, o que confunde muito.  

A aplicação de imazetapir, por exemplo, após uma calagem pesada, pode ocasionar maior lixiviação do produto, diminui sua efetividade e pode contaminar o meio ambiente. 

5. Qual o período entre a aplicação do pré-emergente e o plantio da soja?

Você deve ficar muito atento à carência mínima entre o período residual dos produtos utilizados na cultura anterior ou na entressafra para o plantio de soja. 

Todos sabemos que a época de plantio da soja é muito importante para atingir grande produções. Iniciar o plantio cedo evita ataque de pragas no final de ciclo e, consequentemente, adianta o plantio do milho safrinha.

Porém, se o período residual mínimo não terminou, mesmo com ótimas condições para plantio não arrisque: a probabilidade de fitointoxicação é alta. 

Um herbicida comumente utilizado no trigo ou no início da entressafra de soja para controle de folhas largas é o Metsulfuron. Mas o período mínimo entre o plantio da soja e sua aplicação é de 60 dias.

Não respeitar este período, no mínimo, provoca menor crescimento e desenvolvimento das soja.

carryover de metsulfuron em soja

Carryover de metsulfuron em soja

(Fonte: AgroProfesional)

Além disso, herbicidas utilizados em pós-emergência das plantas daninhas, como 2,4 D, podem ter uma certa ação residual e necessitar de um período entre sua aplicação e o plantio da soja. Atente-se a isso! 

6. Qual o período residual do herbicida pré-emergente para soja? Qual cultura irei plantar em sucessão?  

Muitas vezes, nos preocupamos muito com os resíduos que podem prejudicar a soja e esquecemos que eles podem prejudicar a cultura de sucessão. 

Como a seletividade dos herbicidas para as culturas é diferente, às vezes um décimo da dose usada na soja pode prejudicar o milho. 

Desta forma, mesmo 90% do produto sendo degradado pelo tempo, os 10% restantes ainda podem afetar o milho. 

O herbicida imazaquin, por exemplo, pode ser usado na pré-emergência da soja (algumas variedade de soja pode ter maior suscetibilidade) para controle de plantas daninhas de difícil controle como trapoeraba e leiteiro


Porém, devemos esperar um intervalo de 300 dias entre a aplicação deste produto e o plantio de milho.

carryover de imazaquin em milho

Carryover de imazaquin em milho

(Fonte: Alonso)

Herbicidas pré-emergentes para soja: Controle de plantas daninhas de folha larga 

Diclosulam 

Quando aplicar: herbicida com ação residual para controle de banco de sementes, utilizado nas primeiras aplicações do manejo outonal.

Espectro de controle: ótimo controle de folhas largas (ex: buva) e algumas gramíneas (ex: capim-amargoso). 

Dosagem recomendada: 29,8 a 41,7 g ha-1.

Pode ser misturado com: associado a herbicidas sistêmicos (ex: glifosato e 2,4 D).

Cuidados: o solo deve estar úmido. 

Flumioxazin 

Quando aplicar: herbicida com ação residual para controle de banco de sementes, utilizado nas primeiras aplicações do manejo outonal ou no sistema de aplique plante da soja

Espectro de controle: ótimo controle de folhas largas (ex: buva) e algumas gramíneas (ex: capim-amargoso). 

Dosagem recomendada: 40 a 120 g ha-1.

Pode ser misturado com: herbicidas sistêmicos (ex: glifosato; 2,4 D e imazetapir).

Sulfentrazone

Quando aplicar: herbicida com ação residual para controle de banco de sementes, utilizado na primeira aplicação do manejo outonal.

Espectro de controle: ótimo controle de plantas daninhas de folhas largas e bom controle de algumas gramíneas. 

Dosagem recomendada: 0,5L ha-1, pois apresenta grande variação na seletividade de cultivares de soja.

Pode ser misturado com: herbicidas sistêmicos (ex: glifosato; 2,4 D; chlorimuron e clomazone).

Recomendado principalmente para áreas onde também ocorre infestação de tiririca.

Baixe grátis o Guia para Manejo de Plantas Daninhas

Herbicidas pré-emergentes para soja: Controle de plantas daninhas de folha estreita

S-metolachlor 

Quando aplicar: herbicida com ação residual utilizado no sistema de aplique plante da soja.

Espectro de controle: gramíneas de semente pequena (ex: capim-amargoso, capim-pé-de-galinha).

Dosagem recomendada:1,5 a 2,0 L ha-1.

Pode ser misturado com: herbicidas sistêmicos (ex: glifosato).

Cuidados: não deve ser aplicado em solos arenosos. O solo deve estar úmido, com perspectivas de chuva. 

Trifluralina 

Quando aplicar: herbicida com ação residual, utilizado na primeira aplicação do manejo outonal.

Espectro de controle: gramíneas de semente pequena (ex: capim-amargoso e capim-pé-de-galinha).

Dosagem recomendada: 1,2 a 4,0L ha-1 dependendo da planta daninha a ser controlada e nível de cobertura do solo.

Pode ser misturado com: herbicidas sistêmicos (ex: glifosato e graminicidas).

Cuidados: deve ser aplicado em solo úmido e livre de torrões. Formulações antigas têm problemas com fotodegradação (necessidade de incorporação). Eficiência muito reduzida em solos com grande quantidade de palha ou durante grande período de seca.  

Clomazone

Quando aplicar: herbicida com ação residual, no sistema de plante aplique.

Espectro de controle: gramíneas de semente pequena (ex: capim-colchão, capim-pé-de-galinha) e algumas folhas largas de sementes pequena.

Dosagem recomendada: 1,6 a 2,0 L ha-1 dependendo da planta daninha a ser controlada e nível de cobertura do solo.

Pode ser misturado com: herbicidas sistêmicos (ex: glifosato) e sulfentrazone.

Cuidados: Cuidado com deriva em culturas suscetíveis vizinhas. 

É importante que a recomendação de produtos fitossanitários seja feita por um engenheiro agrônomo (a). Mas o produtor deve estar sempre atento a novas informações para auxiliar em sua recomendação. 

Conclusão

Neste artigo, vimos a importância do manejo de herbicidas pré-emergentes para soja. 

Quais são as principais perguntas que um produtor deve se fazer antes do uso de pré-emergentes.

Além disso, citamos os principais herbicidas aplicados em pré-emergência que podem ser utilizados para controle de plantas daninhas em soja.

Com essas informações, tenho certeza que você irá realizar um bom manejo de herbicidas pré-emergentes na sua lavoura de soja!

>> Leia mais:
Como fazer a dessecação de soja para colheita eficiente
“Herbicidas para soja: Manejo certeiro sem prejudicar a lavoura”
Alternativas ao Paraquat de dessecar soja para colheita

Quais herbicidas pré-emergentes para soja você utiliza hoje? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo!


Soja precoce: entenda mais sobre e escolha sua cultivar

Soja precoce: Qual melhor grupo de maturação para sua área, diferentes tecnologias e outras dicas para o sucesso da lavoura.

Soja precoce é muito utilizada quando queremos fazer o milho safrinha, ou mesmo para tentar escapar da ferrugem-asiática.

Porém, quanto menor o ciclo do cultivo, menor sua capacidade de recuperação após a ocorrência de problemas.  

Por isso, a escolha da cultivar e algumas técnicas de manejo são essenciais para plantar soja precoce com segurança. 

Neste artigo, mostraremos algumas cultivares que você pode usar na lavoura e 7 dicas para melhorar sua produtividade. Confira!

Soja precoce: grupos de maturação

A soja precoce nada mais é que cultivares que se desenvolvem em um menor período de tempo.

Na prática, são materiais que possuem um ciclo entre plantio e colheita menor quando comparados com outros.

As cultivares de ciclo precoce permitem uma colheita antecipada mantendo a qualidade dos grãos!

Mas, no momento da escolha, é preciso se atentar, pois uma mesma cultivar pode apresentar uma variação de 10 a 12 dias em seu ciclo de uma região para a outra.

Porém, com o lançamento de muitas cultivares, características novas foram surgindo e o termo “precoce” acabou ficando muito generalista e confundindo muitos produtores.

Assim, as cultivares de soja chamadas de ciclo super-precoce, precoce, semi-precoce, médio e tardio vêm sendo substituídas pelos “grupos de maturação”.

Mas, para você não ficar na dúvida, abaixo mostramos o que ciclo precoce, por exemplo, corresponde na tabela de grupos de maturação:

  • Número abaixo de 6.0: super-precoces
  • Número entre: 6.0 a 6.5: precoces
  • Números próximos de 7.0: ciclo normal
  • Até o número próximo ou igual a 10: tardias

De acordo com pesquisadores, essa nova nomenclatura ajuda a escolher as cultivares com melhor adaptação para cada região.

soja precoce

(Fonte: Monsoy)

Olhando o mapa, você consegue visualizar qual o grupo de maturação indicado para sua fazenda. Para isso, é levado em conta o fotoperíodo de cada região.

Em seguida, é só consultar na descrição de sua cultivar se o grupo de maturação que ela pertence é indicada para sua região!

Mas você quer entender na prática como isso funciona? 

Abaixo vamos mostrar algumas cultivares de ciclo precoce e você pode observar isso na descrição da cultivar!

Diferentes cultivares de soja precoce

A chave para o sucesso de sua lavoura é o planejamento. E planejar e analisar qual é a melhor cultivar para sua fazenda é essencial!

Planeje sua semeadura de soja pensando na segunda safra.

E não se esqueça: opte sempre por sementes certificadas, que tem qualidade garantida.

Para te ajudar, abaixo separamos algumas cultivares de soja precoce.

BRASMAX GARRA IPRO (63I64RSF IPRO)

É uma cultivar de soja precoce, que permite a antecipação de semeadura, ampliando a janela de plantio para a segunda safra.

Tem excelente potencial produtivo, inclusive em áreas com incidência a Phytophthora.

Além disso, é tolerante a sulfonilureias, contribuindo para o manejo de plantas daninhas.

Como podemos observar na tabela abaixo, algumas empresas, como a Brasmax, ainda disponibilizam ao produtor as duas nomenclaturas “ciclo precoce” e “grupo de maturação”.

soja precoce

(Fonte: Sementes Maua)

BS 2606 IPRO

É uma cultivar precoce, com grande agressividade radicular, o que possibilita tolerância a períodos de estresse hídrico.

Possui alto potencial produtivo e tolerância ao complexo de podridões radiculares.

NA 5909 RG

Possui alta estabilidade em diferentes ambientes, possibilidade de escalonamento de plantio.

Precocidade e alta produtividade. Além disso, possui uma arquitetura favorável ao controle de doenças.

soja precoce

(Fonte: Nidera)

M5917 IPRO

Possui precocidade com alto teto e ciclo excelente para regiões de safrinha, além de estabilidade produtiva.

Registra melhor desempenho nos ambientes de maior potencial produtivo e tem resistência ao acamamento.

Mostramos aqui, algumas variedades e seus pontos fortes! Para mais opções confira o portfólio das empresas!

Soja precoce: 7 dicas para o sucesso da lavoura

Cultivares precoces são bastante exigentes e o manejo é fundamental, principalmente porque essas plantas possuem pouco tempo para absorção e produção de grãos de qualidade.

Vamos mostrar aqui, algumas dicas para você alcançar altas produtividades.

1º Dica: Realize o tratamento de suas sementes

Essa técnica é forte aliada para o estabelecimento do estande adequado da lavoura, refletindo, é claro, em maior produtividade média.

Antes de escolher quais produtos utilizar, tenha em mãos o histórico da área.

2º Dica: Inoculação de sementes

A utilização de inoculantes reduz a necessidade de fertilizantes químicos, particularmente os fertilizantes nitrogenados.

Além disso, pode aumentar em até 15% a produtividade da soja.

3º Dica: Época de semeadura da soja precoce

Observe as indicações da cultivar escolhida e planeje sua semeadura pensando na segunda safra (como o plantio de milho, por exemplo).

Planejamento é fundamental para o sucesso de sua safra!

4º Dica: Adubação

Realize a análise de solos de sua propriedade para definir a adubação. Não economize aqui. Uma boa adubação irá refletir diretamente em seu rendimento.

5º Dica: Manejo de pragas e doenças

Realize o manejo preventivo e o acompanhamento regular de pragas e doenças.

Qualquer descuido poderá acarretar na perda de produtividade. Utilize manejos alternativos!

6º Dica: Manejo de plantas daninhas

Realize o manejo de plantas daninhas com herbicidas pré e pós-emergentes.

Cuidado com herbicidas que possuam residuais. Eles podem influenciar negativamente a emergência da cultura.

7º Dica: Colheita

Realize o planejamento da colheita de forma que não influencie a semeadura de milho.

(Fonte: Revista Globo Rural)

planilha de produtividade da soja

Conclusão

Neste artigo vimos o que são cultivares precoces de soja e quais as alterações na nomenclatura.

Mostramos as principais variedades de soja precoce disponíveis no mercado.

Você conferiu a importância do manejo em cultivares de soja precoce e algumas dicas para melhorá-lo na lavoura.

Espero que com essas dicas você alcance ainda mais sucesso em sua empresa rural!

>> Leia mais:

“O que é e por que adotar o sistema de combinação de híbridos”

Você utiliza soja precoce? Realiza o manejo adequado? Deixe seu comentário!

Cálculo de semeadura da soja: 5 passos para a população de plantas ideal no seu sistema

Cálculo de semeadura da soja: População ideal, como fazer os cálculos, regulagem de plantadeira e outras dicas para melhorar sua produtividade.

Para que a cultura da soja atinja o máximo potencial produtivo em campo, é indispensável que a população de plantas e espaçamento entre fileiras sejam respeitados! A distribuição das plantas no campo pode resultar em 60% mais produtividade na cultura. 

Mas você sabe como calcular a densidade ideal para o seu sistema produtivo? Acompanhe neste artigo como fazer o cálculo de semeadura da soja e muito mais!

Passo 1: Cálculo da densidade de semeadura da soja

A densidade de semeadura da soja é um dos fatores primordiais para atingir altas produtividades e a rentabilidade desejada. Além disso, é possível obter uma estimativa de produtividade soja para planejar melhor a colheita e os lucros esperados.

Para melhor aproveitar os nutrientes no solo e, consequentemente, alcançar melhores resultados, o arranjo espacial ideal deve ser respeitado.

O simples fato das plantas estarem equidistantes, no espaçamento correto, permite a máxima absorção de água e nutrientes, reduzindo a competitividade entre si.

Além desses fatores, o desenvolvimento de plantas daninhas fica prejudicado e a facilidade de penetração de defensivos é potencializada se o espaçamento for respeitado.

A recomendação média de população de plantas é de cerca de 300 mil plantas por hectare.

Em condições favoráveis ao acamamento, deve-se utilizar populações de 200-250 mil plantas por hectare.

Os espaçamentos que propiciam maiores produtividades são os menores. Porém, devido a limitações de semeadoras no mercado, são indicados espaçamentos entre 40 cm e 50 cm.

Embora já existam máquinas que semeiem em espaçamentos menores que estes citados, não é possível realizar o cultivo entre fileiras sem acarretar perdas significativas pelo amassamento da cultura.

cálculo de semeadura da soja

(Fonte: Embrapa)

O número de plantas por metro linear pode ser calculado de acordo com a seguinte fórmula: 

Supondo uma população de 250.000 plantas/ha e um espaçamento de 40 cm temos a equação:

O número de plantas por metro linear, neste caso de 250.000 plantas/ha, com espaçamento de 40 cm, seriam 10 plantas/metro linear. 

2 – Como calcular a taxa de semeadura da soja?

Após ter calculado o número de plantas que queremos por metro linear de sulco, temos que calcular a necessidade de sementes frente ao poder germinativo de cada híbrido. Além disso, o tratamento de semente de soja é fundamental para aumentar as chances de germinação, pois, como sabemos, nem todas as sementes colocadas no solo germinarão.

No rótulo de cada híbrido de soja está indicado o poder germinativo das sementes.

Supondo no nosso exemplo de 10 plantas/metro linear e poder germinativo de 80%, teríamos:

Com esse poder germinativo de 80%, a semeadora deveria estar regulada para distribuir aproximadamente 13 sementes/metro.

3 – Peso de 1.000 grãos de soja (PMS soja)

O peso de 1000 grãos de soja é necessário para o cálculo da quantidade de quilos de sementes que iremos utilizar nas nossas lavouras. Existem variações nos pesos de 1000 grãos, de acordo com cada cultivar que pretendemos utilizar nas nossas áreas.

Esses números, geralmente, ficam por volta de 140 g a 220 g a cada 1000 grãos de soja. Porém, como foi comentado, é vital saber exatamente o peso, de acordo com o híbrido, que iremos utilizar na nossa propriedade.

(Fonte: Globo Rural)

4 – Quantos kg de soja para plantar 1 hectare?

Considerando o poder germinativo de cada híbrido a ser inserido no campo, o estande inicial deve ser calculado levando em conta esse fator. Seria interessante colocar uma porcentagem de sementes a mais, cerca de 5% ou 10%, uma vez que estas sementes podem ser atacadas no campo por pragas e doenças da soja.

Supondo no nosso caso um estande desejado de 250 mil plantas por hectare, poder germinativo de 80% e inserção de 10% a mais na quantidade de sementes no campo, a equação ficaria dessa maneira:

Dessa forma, teríamos que semear 343.750 sementes por hectare para atingir o estande desejado de 250.000 plantas/ha, cerca de 14 sementes/metro linear, considerando 10% a mais devido a perdas por pragas e doenças.

Para calcular a quantia em Kg que serão utilizados por hectare, podemos utilizar uma simples regra de 3. Supondo PMS igual a 200g:

Teríamos que comprar cerca de 68.750g de soja ou cerca de 68,75 kg de soja por hectare

5 – Cálculo de regulagem da plantadeira de soja

A “plantadeira” ou “semeadora” de soja deve ser previamente regulada e calibrada para distribuir o número desejado de sementes no plantio.

Para maior precisão no momento do plantio de soja, deve-se buscar sementes previamente classificadas por tamanho, bem como discos específicos para cada híbrido.

Geralmente, nas empresas produtoras que vendem as sementes, podem-se encontrar especificações de tamanhos de discos, os quais devem ser utilizados de acordo com o tamanho das sementes.

A maioria dos fabricantes de semeadoras fornece manuais de instruções e tabelas com ajustes de relações de engrenagens que permitem atingir o número de sementes desejadas por metro.

Para cada tipo de disco e cada tipo de regulagem teremos uma relação entre as engrenagens, conhecidas usualmente como motora e movida. E deve-se buscar relações mais próximas ao número de sementes que desejamos.

No caso das máquinas sem caixa de regulagem, deve-se selecionar o disco com as características mais próximas do ideal.

cálculo de semeadura soja

Fonte: (Planti Center)

Caso o número de sementes encontrado não seja satisfatório, a solução é testar outro disco (máquina sem caixa de engrenagem). Outra opção é mudar a relação de engrenagens (máquina com caixa de engrenagem).

Para calibração, indica-se andar com a semeadora uma distância conhecida e coletar as sementes depositadas nesse trajeto.

O número de sementes por metro é a relação desses números segundo a fórmula:

Se eu coletei 280 sementes em uma distância percorrida de 20 metros, o meu número de sementes/m será 14.

Mecanismos para conferir na semeadora:

    • Tipo de dosador: alveolado ou pneumático;

    • Limitador de profundidade: manter a mesma profundidade copiando o terreno;

    • Compactador de sulco: sistema em V permite melhor compactação solo-semente;

    • Velocidade de semeadura: entre 4 km/h a 6 km/h;

    • Profundidade semeadura: 3 cm a 5 cm;

    • Posição adubo: ao lado e abaixo da semente

>> Leia mais: “Como fazer a regulagem de plantadeira de soja e garantir a lavoura

Cálculo de semeadura da soja: Como calcular a expectativa de produtividade de soja por hectare

Para calcular a expectativa de produtividade siga os seguintes passos:

1 – Conte o número de vagens em 10 plantas consecutivas e divida o resultado por 10

Ex: 10 plantas ao todo deram 200 vagens, média de 20 vagens por planta (200/10)

2 – Conte o número de grãos nas vagens e divida pelo número de vagens

Ex: 60 vagens ao todo deram 150 grãos, média de 2,5 grãos por vagem (150/60)

3 – Olhe o peso de 1000 grãos para o híbrido que você utilizou

Ex: 200 g é o peso de 1000 grãos desse híbrido

Plantas por hectare: 343.750 mil plantas

Vagens por planta: 20 vagens

Grãos por vagem: 2,5 grãos

Peso de mil grãos: 200 gramas

Use a seguinte fórmula:

 

Para o nosso exemplo, a produtividade esperada é de 57,29 sc/ha.

Repita esse procedimento algumas vezes ao longo do talhão para obter a correta representatividade nos dados.

Qual é o tempo necessário para colher a soja?

Para realizar a colheita de soja, recomenda-se velocidades entre 5 km/h e 6,5 km/h. Mas isso depende principalmente do tipo de máquina utilizada e da uniformidade da superfície do terreno.

Supondo uma colhedora de 22 pés (6,6 m) de largura da plataforma de corte, colhendo a 5 km/h (1,38 m/s).

Chegamos a um rendimento operacional de aproximadamente 18,29 minutos para colher um hectare.

Conclusão

Por meio da semeadura correta da soja, a população de plantas ideal possibilita que maiores produtividades sejam alcançadas no campo.

Você aprendeu como fazer o cálculo de semeadura da soja, além dos benefícios que a semeadura bem realizada proporciona.

As condições ambientais favoráveis associadas ao correto manejo da cultura, desde a sua implantação até a colheita, favorecem a obtenção de maiores produtividades da soja.

No software Aegro você tem acesso a informações personalizas, que indicam o melhor momento para plantar, fazer aplicações e realizar a colheita. Faça uma demonstração para conhecer a plataforma!


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>> Leia mais:
Plantação de soja na pré-colheita: Como fazer uma dessecação eficiente
Custo de produção de soja: Entenda por quanto vender sua saca
“7 problemas e soluções para colheita de soja no Mato Grosso”

Você sabia como calcular o estande ideal de plantas? Restou alguma dúvida sobre o cálculo de semeadura da soja? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Consultoria agro de MS se destaca utilizando tecnologia

Consultoria agro: Como a empresa de Mato Grosso do Sul usa a tecnologia a seu favor, conseguindo agilizar o trabalho, basear a gestão financeira em dados e se destacar no mercado.

Com tanta gente no mercado de consultoria agro pode não ser fácil se destacar.

Pior ainda, com tantas informações que temos hoje do campo, além dos inúmeros impostos, manter a organização de cada cliente é um grande desafio.

A consultoria Agromarques encontrou na tecnologia o auxílio para superar essas questões.

Com um software agrícola, a Agromarques conseguiu a agilidade do trabalho e continua impulsionando seus negócios de modo mais organizado e seguro. Confira essa história!

Consultoria Agro de Mato Grosso do Sul: Agromarques

Foi em 2016, em Caarapó-MS, que Ronaldo Araújo Marques fundou a Agromarques, com serviços de consultoria agronômica e agricultura de precisão.

Sua preocupação sempre foi ter um trabalho sistematizado. Em 2017, encontrou o software agrícola Aegro e, desde então, a Agromarques cresceu em 5 vezes o negócio:

“Desde 2017 não fazemos nenhum trabalho de procurar clientes. Crescemos 5x, agora os clientes que vem atrás da gente.”

O segredo para isso? Ronaldo conta que todos da Agromarques sempre se esforçam para fazer um ótimo trabalho.

Eles possuem a política de sempre fazer algo a mais que o combinado, além de algo a mais do que o mercado oferece e, assim, agregar valor.

Dentro desta estratégia, foram incluídos treinamento para a parte técnica e, claro, o software agrícola Aegro.

Hoje, a Agromarques atende 60 mil hectares com 20 colaboradores.

consultoria agro

Treinamento em certificação de plantadoras da equipe Agromarques; ação conjunta com o cliente buscando melhorar a qualidade de plantio

(Fonte: Arquivo pessoal de Ronaldo Marques)

Agregar valor na consultoria agro sempre é uma boa estratégia

Podemos tirar uma boa lição da estratégia da Agromarques com a busca em agregar valor. Lembre-se, se todos estão oferecendo a mesma coisa, esses fatores do produto ou serviço se tornam o mínimo básico ou a norma esperada no mercado.

Se você deseja se destacar, precisa “acrescentar” o que estiver fazendo para que seu cliente perceba você e sua oferta como superiores às de seus concorrentes.

Você pode agregar valor ao seu serviço melhorando a forma de apresentação de resultados, por exemplo, ou mesmo simplificando isso.

Nesse sentido, um software agrícola afeta diretamente na sua apresentação de resultados, e pode simplificar e facilitar o entendimento dos mesmos pelo seu cliente. Sobre isso, Ronaldo comenta:

“Ao longo desse período que estamos juntos, quase 2 anos com o Aegro, a evolução que tivemos foi muita. Conseguimos auxiliar nossos clientes a ajudar o negócio deles a sair do que conhecemos como consultoria. Nos diferenciamos no mercado.”

consultoria agro

No software agrícola Aegro você tem diversos tipos de relatórios: resultados essenciais ao negócio rural apresentados de forma simples de interpretar

Qualidade assegurada por padronização de serviços e sistematização das informações

Para criar valor também é preciso oferecer melhor qualidade do que seus concorrentes, com preços coerentes aos do mercado.

E, lembre-se, qualidade é o que o cliente diz que é. O gerenciamento da qualidade total pode ser melhor definido como: “Descobrindo o que seu cliente deseja e entregando a ele mais rapidamente que seus concorrentes”.

Qualidade refere-se, em primeiro lugar, à utilidade. É a necessidade específica do cliente, ou o benefício que ele procura, que define a qualidade em sua mente.

Com dois ou três consultores e alguns clientes, como era no início da Agromarques, fica fácil criar qualidade para os serviços da consultoria.

Mas, com o crescimento do negócio, como conseguir assegurar essa qualidade?

A solução achada por Ronaldo foi a padronização. Eles possuem alguns processos-chave padronizados por protocolos e métodos. Com isso, eles garantem um padrão de trabalho. E a tecnologia também ajudou nisso:
“Com o Aegro, conseguimos padronizar algumas atividades: planejamento de safra, sempre registrar o que foi realizado e outros. As ferramentas que o sistema nos traz nos ajuda muito para garantir a qualidade aos nossos clientes.”

consultoria agro

Ronaldo com seus clientes usando, em campo, o aplicativo Aegro. Dessa forma, ele obtém todas as informações sistematizadas e na palma na mão, não importa onde estiver. Segundo eles: “O uso do Aegro é indispensável para a consultoria hoje”

(Fonte: Arquivo pessoal de Ronaldo Marques)

O monitoramento de pragas é outra parte do Aegro que possibilita a padronização. Ronaldo afirma que o funcionamento da ferramenta, como você vê abaixo, facilita ter um padrão de trabalho no manejo de pragas.

monitoramento de pragas

Monitoramento de pragas no Aegro: Informações sistematizadas e georreferenciadas, fáceis de analisar

Gestão financeira baseada em dados: Tomada de decisão certeira para você e seu cliente

Gestão financeira bem feita é fundamental para entender onde estão os custos, quais são os gargalos das despesas da fazenda e conseguir ter um lucro consistente.

Para isso, você pode ter seus dados guardados em planilhas de Excel ou em sistemas de gestão agrícola.

As planilhas podem ser um bom jeito de começar esse controle, mas, após certo tempo, você verá que tantas informações e análises não podem ser feitas facilmente deste modo.

Aliás, algumas análises ficam quase impossíveis de serem visualizadas, ao menos que você despenda horas a fio trabalhando nisso.

Com o software agrícola Aegro, Ronaldo consegue ver em qual talhão o custo está mais elevado, qual obteve menor receita e outras análises importantes em apenas alguns cliques.

Com todas as informações interligadas, essa parte de finanças fica ainda mais simples e rápida de ser feita:

“Quando faço o lançamento de uma aplicação realizada, isso dá baixa automática no estoque da propriedade e já alimenta o custo daquele talhão para aquele produto. Manualmente, tem margem de erro e retrabalho.”

rentabilidade com Aegro

Relatório de rentabilidade dentro do Aegro

Consultoria agro e experiência do cliente

Sem confiança, é improvável que os clientes divulguem os serviços de sua consultoria agro para outros produtores. E, convenhamos, o boca a boca continua sendo a melhor propaganda..

Melhorar o atendimento a seu cliente faz com que isso ocorra. As pessoas são predominantemente emocionais.

Ou seja, todos nós somos impactados pela simpatia, prestatividade e proatividade dos representantes dos serviços. 

Muitas empresas, não só no agro, estão usando o atendimento ao cliente como fonte primária de vantagem competitiva em um mercado em rápida mudança.

Essa é outra estratégia importante que a Agromarques possui:

“O que percebemos é que quando você mostra que está preocupado com o cliente, querendo realmente ajudá-lo, e usa ferramentas para a tomada de decisão, o negócio fica muito mais profissional. Isso ajuda a criar na mente do cliente uma imagem positiva.”

consultoria agro

Reunião anual de fechamento de safra da Agromarques com os clientes. Nesta reunião também são passadas informações de como utilizar o sistema da melhor maneira para as análises mais importantes dos negócios rurais de cada cliente

Conclusão

Consultoria agro não é um mercado fácil. Muitas empresas estão no ramo e se diferenciar e agregar valor é uma necessidade real.

Por meio da tecnologia, através do software agrícola Aegro, é possível ter essa diferenciação e ainda mais agilidade nos serviços.

Com isso, a Agromarques conseguiu melhorar a experiência de seus clientes, criar formas de padronização para assegurar qualidade e, desse modo, crescer o negócio!

>> Leia mais:

7 ferramentas gratuitas que todo consultor agrícola deve conhecer

Consultor gera economia de R$ 20 mil em operações de máquinas usando software rural

Como divulgar sua consultoria rural nas redes sociais e atrair mais negócios

E você, já usa um software agrícola em sua consultoria agro? Que serviços de diferenciação você oferece aos seus clientes? Tem alguma dúvida? Deixe seu comentário abaixo!