Glufosinato de amônio: como fazer aplicação certeira em milho

Glufosinato de amônio: nomes comerciais, como e quando usar, quais plantas são tolerantes ao produto e as condições adequadas para aplicação

O uso incorreto de herbicidas pode trazer prejuízos ao produtor. Por isso, algumas informações são importantes para evitar danos irreversíveis à cultura agrícola em uso.

Além disso, ficar por dentro de quais híbridos de milho são tolerantes a esse produto e entender bem o quanto e como aplicar é fundamental.

Nesse artigo, veja como controlar plantas daninhas durante o plantio de milho, com o uso de glufosinato de amônio. Boa leitura!

O que é glufosinato de amônio?

O glufosinato de amônio é um herbicida de contato utilizado no controle de plantas daninhas do milho e de outras culturas. Ele provoca a destruição dos cloroplastos, redução da taxa fotossintética e na produção de aminoácidos das espécies invasoras.

Como consequência, os principais sintomas após a aplicação desse herbicida é a rápida clorose. Após alguns dias, acontece necrose e morte das plantas. Ainda, plantas não tolerantes podem apresentar folhas anormais, com coloração roxa ou redução do tamanho.

Especificamente para o milho safrinha, o glufosinato de amônio se torna uma alternativa para o controle de plantas daninhas. Além disso, pode ser um excelente substituto do paraquat e glifosato, quando se trata do controle da buva.

Milho não tolerante no estágio inicial, com sintomas causados pelo glufosinato de amônio
Milho não tolerante no estágio inicial, com sintomas causados pelo glufosinato de amônio
(Fonte: Geneze sementes)

Como funciona a tolerância ao herbicida?

O glufosinato de amônio pode ser utilizado como dessecante em culturas agrícolas que não são tolerantes a ele. Isso principalmente em plantio direto, antes da emergência da cultura, para proporcionar uma cobertura vegetal importante para o manejo.

Atualmente, pesquisas são realizadas para desenvolver novas tecnologias que apresentem resistência a determinados herbicidas. Alguns milhos híbridos contêm a presença de genes conhecidos como bar e pat, que os tornam tolerantes ao glufosinato de amônio. 

Os genes convertem o princípio em uma forma não tóxica, tornando-o inativo. Abaixo, são citados alguns híbridos de milho tolerantes ao ingrediente ativo glufosinato de amônio:

  • Herculex (registrado pela Pioneer® e Dow AgroSciences)
  • Intrasect (registrado pela Pioneer®)
  • Leptra (registrado pela Pioneer®)
  • Agrisure TL (registrado pela Syngenta Group Company)
  • Agrisure Viptera 2 (registrado pela Syngenta Group Company)
  • Agrisure Viptera 3 (registrado pela Syngenta Group Company)
  • Power Core (registrado pela Corteva Agriscience)
  • Power Core Ultra (registrado pela Corteva Agriscience)

Apesar da existência de milhos tolerantes ao glufosinato de amônio, é fundamental ficar atento à recomendação da dosagem do produto. Alguns sintomas podem ocorrer no milho, como estrias amarelas nas folhas, diminuição do tamanho da planta e deformação das espigas.

Vale lembrar que isso pode acontecer caso haja a aplicação excedente do produto na lavoura.

Quanto e como aplicar esse herbicida?

É muito importante aplicar o herbicida nos estágios iniciais das plantas daninhas. Isso acontece por causa da dificuldade de mobilização do princípio dentro da planta. Além disso, observe o tipo de planta presente na sua propriedade. 

Afinal, o tempo de aplicação depende dessa informação, visto que em alguns casos é aplicado no início do perfilhamento. Enquanto isso, em outros casos, pode variar entre a emissão da terceira até sexta folha, dependendo da espécie.

Apesar de abranger ampla diversidade de plantas daninhas, algumas desenvolvem mecanismos de resistência ao glufosinato de amônio. Exemplos disso são o capim pé-de-galinha e o azevém. 

Nesses casos, recomenda-se o uso de herbicidas que atuem com outros mecanismos de ação. Agora, veja mais detalhes sobre como aplicar em milho não tolerante e em milho híbrido.

Bula do glufosinato para milho não tolerante

É importante ler a bula de cada produto e seguir a dosagem recomendada. O modo de aplicação pode variar de acordo com a cultura agrícola utilizada, sendo tolerante ou não ao glufosinato de amônio.

Para a aplicação no milho não tolerante, é recomendado usar entre 1,5 L/ha e 2 L/ha do produto, em única aplicação. Ainda, é recomendado aplicar em jato dirigido nas entrelinhas da cultura.  Essa medida serve para controlar as seguintes plantas daninhas:

Vale lembrar que, para o capim-colchão e capim-marmelada, a aplicação deve acontecer no início do perfilhamento. Nas demais culturas citadas, a aplicação deve deve acontecer entre a e folha emitida.

Uma maior dosagem é recomendada quando houver maior incidência das gramíneas. Ainda, é recomendado adicionar 0,2% v/v de adjuvante agrícola à base de óleo mineral ou vegetal. Essas recomendações são baseadas na bula do produto Patrol SL.

Para o milho não tolerante, a aplicação deve ser realizada por meio de jato dirigido nas entrelinhas. Assim, isso diminui o risco de contaminar a cultura agrícola e causar sintomas gerados pelo herbicida.

Exemplo de aplicação de herbicida por meio de jato dirigido nas entrelinhas do milho
Exemplo de aplicação de herbicida por meio de jato dirigido nas entrelinhas do milho
(Fonte: Mais soja)

Bula do glufosinato para milho (transgênico)

Em milho transgênico, as recomendações são diferentes. Para controlar o capim-marmelada e o leiteiro, a dosagem recomendada é entre 1,5 L/ha e 3 L/ha em única aplicação. Para essas culturas, é necessário aplicar em pós-emergência da cultura.

Ainda, é necessário observar sempre o estádio de desenvolvimento das plantas daninhas antes de começar o controle:

  • 3 perfilhos: capim-marmelada;
  • 6 folhas: leiteiro, corda-de-viola e caruru.

No caso do controle da corda-de-viola, é recomendada a dosagem entre 1,5 L/ha e 3 L/ha, mas em aplicação sequencial. É necessário aplicar em pós-emergência, usando a dose 1,5 L/ha + 1,5 L/ha.

A primeira aplicação deve ser feita quando o milho estiver com 3 ou 4 folhas. A segunda deve ser feita quando o milho estiver com 5 ou 6 folhas.  Também é necessário observar o estádio de desenvolvimento das plantas daninhas para começar o controle:

  • 2 folhas: leiteiro, corda-de-viola e caruru;
  • 3 folhas: capim-marmelada.

Condições adequadas para aplicação do dessecante e herbicida

É necessário aplicar o glufosinato de amônio entre 5 e 6 horas, no mínimo, sem chuva e luz. Temperaturas amenas (20 ºC a 25 ºC) e umidade relativa do ar acima de 50%.

Além disso, o produto tem funcionamento na fase pós-emergência, e não deve ser utilizado na pré-emergência para o controle de plantas daninhas. Por ser um herbicida de contato, é preciso que haja precisão durante a aplicação.

Assim, o produto será eficiente e atingirá diretamente as plantas a serem eliminadas.

Glufosinato de amônio: preço e nomes comerciais

Atualmente, existem alguns produtos à base de glufosinato de amônio no mercado. O preço pode variar de acordo com a região, marca, quantidade adquirida e demanda do mercado. Você pode encontrar o glufosinato de amônio com esses nomes comerciais:

  • Glufair, registrado pela Rainbow Defensivos;
  • Liberty, registrado pela Bayer;
  • Glufosinato Nortox, registrado pela Nortrox;
  • Finale, registrado pela Basf S.A;
  • Patrol SL, registrado pela Adama;
  • Biffo, registrado pela Sumitomo.
planilha pulverização de defensivos agrícolas

Conclusão

O glufosinato de amônio é um excelente herbicida para manejo de plantas daninhas, abrangendo diversas culturas. Em milho não tolerante, deve ser aplicado nas entrelinhas, após a emergência das plantas daninhas. 

É fundamental aplicar a dosagem correta do produto. Caso contrário, poderão surgir sintomas por fitotoxicidade, prejudicando a produtividade e rendimento.

Além disso, com dosagens superiores a recomendada, o herbicida pode selecionar plantas resistentes. Em todo caso, procurar assistência técnica de uma pessoa especialista da agronomia é essencial para evitar erros e garantir sucesso no manejo das daninhas

Já usou o glufosinato de amônio na sua lavoura? Aproveite para compartilhar esse artigo com a equipe responsável pela aplicação de herbicidas na sua fazenda.

Gestão do estoque de insumos: como fazer de forma eficiente

Estoque de insumos: saiba como definir o local de armazenagem, como atualizar as informações, custos e ferramentas para gerenciamento

O trabalho no campo vai muito além das operações nas lavouras. O gerenciamento do negócio também precisa de eficiência no sistema de estoque de insumos, que inclui as ferramentas de manejo utilizadas, produtos colhidos e sementes.

A perda de qualquer um desses itens por conta de armazenagem incorreta aumenta o custo de produção ou causa perda de volume da matéria-prima produzida. Isso gera um problema financeiro que pode ser evitado com um estoque sob controle.

Há algumas práticas que você pode adotar para melhorar seu controle de estoque de insumos e proteger sua rentabilidade e seus investimentos. Continue a leitura e entenda como superar esse desafio.

O que é estoque de insumos?

O estoque de insumos faz parte de qualquer negócio. Quando se trata da atividade agrícola, o assunto é um tanto complexo, pois envolve o armazenamento correto de tudo aquilo que dá suporte à produção. Ainda, envolve o que foi colhido na lavoura e aguarda distribuição.

O estoque de uma fazenda, independente do porte e da capacidade produtiva, precisa ter capacidade e ser otimizado para manter a conservação de:

  • maquinários e implementos agrícolas;
  • equipamentos de proteção individual (EPIs);
  • fertilizantes;
  • defensivos químicos;
  • produtos biológicos;
  • sementes;
  • grãos.

O controle de insumos agrícolas necessita de um sistema eficiente. Ainda, precisa de um sistema que otimize o uso dos recursos disponíveis no cotidiano de trabalho e garanta que tudo se mantenha em perfeita qualidade. Isso, é claro, pelo tempo em que for preciso manter armazenado.

Controle de estoque de insumos agrícolas: o que é e como fazer?

Para que a fazenda mantenha sua produção em dia, é preciso ter todas as ferramentas em mãos no momento certo para as operações. A falta da administração de estoque não causa somente prejuízos financeiros, mas pode levar a atrasos na produção

Com a gestão, você alcança o equilíbrio que protege seus investimentos. Você pode obter insumos com antecedência para evitar escassez, e na quantidade correta para evitar excessos e desperdícios. Esse controle facilita o fluxo de caixa, relacionado à compra e venda de insumos e produtos agrícolas.

Essa é uma prática necessária em qualquer segmento do mercado. Assim, para ter as finanças, os investimentos e a margem de lucro sob controle, é imprescindível acertar no controle de estoque de insumos, a partir de quatro práticas indispensáveis:

Definição do local de armazenamento

Em primeiro lugar, é preciso infraestrutura. O espaço físico do estoque de insumos vai depender do que se precisa armazenar. As máquinas agrícolas e os implementos precisam estar sempre em fácil acesso, protegidos da chuva e do sol, para evitar desgastes. Invista em um local espaçoso e arejado.

Os defensivos agrícolas e outros produtos de manejo devem, obrigatoriamente, ser estocados em áreas isoladas da propriedade. Eles devem estar distantes de cursos de água, de área de preservação ambiental e de outras construções, por causa do risco de incêndio.

estoque-de-insumos

Galpão de estoque de insumos agrícolas 

(fonte: Topflexlog)

O armazenamento de sementes precisa de um espaço livre de umidade e calor, com um sistema de ventilação adequado para a manutenção de sua qualidade. Preferencialmente, opte por estoque alto, sem contato com o chão, e em ambiente diferente de onde ficam os defensivos.

Os produtos colhidos no fim da safra precisam de atenção especial quanto ao local de armazenamento. Afinal, é preciso considerar a facilidade logística para escoar os produtos. Além disso, os mantenha livres de patógenos, insetos e fatores ambientais que possam interferir na qualidade das sementes.

Planejamento e metas de estoque

Definidas as questões infraestruturais, o controle de estoque de insumos passa por um planejamento estratégico. Isso é necessário para entender:

  • quais produtos precisam ser comprados e em que quantidade;
  • simulação de datas das operações de plantio, aplicações, manejo integrado e colheita;
  • previsão de tudo que é pra uso imediato e daquilo que vai ficar estocado e por quanto tempo.

Esse momento da gestão de estoque depende da tomada de decisão sobre os processos operacionais que envolvem a cadeia de produção interna da fazenda. É importante um programa de manejo bem estruturado, que antecipe possíveis imprevistos.

Isso especialmente quanto ao clima, pressão de patógenos e janelas de plantio e colheita.

Atualização do estoque

Não é interessante manter excesso de insumos em estoque. Isso pode gerar perdas se demorar muito para serem usados, assim como não pode haver falta de nenhum item no momento de realizar as operações.

Por isso, é importante um controle de entrada e saída, por meio de planilhas ou softwares que contabilizam o que está disponível, o que já foi usado e o que precisa de reposição. No caso dos produtos colhidos, registre os volumes armazenados, as datas de vendas e de distribuição.

Custos e fornecimento

Faz parte da gestão de estoque de insumos a pesquisa de fornecedores e de preços do mercado, para conseguir sempre negociações pelos melhores preços. Isso te ajuda a melhorar a rentabilidade, tanto no que diz respeito à compra quanto à venda.

Nessa decisão, considere os custos como um todo, o preço do produto em si, o gasto com frete, formas de pagamento, gastos com a manutenção dos estoques e o valor estimado com as vendas do que a fazenda produz. É uma estratégia de fluxo de caixa, que também interfere no controle de estoque.

Ferramentas para gerenciamento de estoque de insumos

A administração de estoque não é tarefa simples, mas é o segredo para uma produção agrícola rentável, com o melhor retorno sobre o investimento, sem desperdícios de tempo ou dinheiro.

Felizmente, hoje você não precisa fazer todo o gerenciamento manualmente. Afinal, há tecnologias de gestão de estoque de insumos que auxiliam nos registros cotidianos e no controle das atividades.

Os softwares de gestão agrícola e outras ferramentas de alta tecnologia são grandes aliadas das atividades no campo, criando o conceito conhecido como agricultura de precisão. Nesse sentido, uma boa ferramenta de controle de estoque permite que a gestão: 

  • acompanhe entradas e saídas em tempo real;
  • verifique datas de validade e lotes com facilidade;
  • realize requisição de compras para reposição de insumos;
  • administre todos os seus estoques simultaneamente.

Por fim, um sistema digital integrado para a gestão da fazenda facilita as tarefas. Ele permite, por exemplo, que os dados de controle de estoque já sirvam para realizar o fluxo de caixa. Além disso, te ajuda a criar um histórico das operações financeiras que ajudam a otimizar as tomadas de decisão.

Banner de chamada para o download da planilha de cálculos de insumos

Otimize a gestão dos seus insumos

Administrar todos os insumos utilizados na lavoura pode ser um grande desafio, mas o Aegro te ajuda nessa missão.

Cadastre e acompanhe todos os insumos da fazenda, fique de olho na movimentação de estoque e faça o orçamento do custo dos insumos. Além disso, compare com o realizado para identificar oportunidades de economia e possíveis desperdícios. 

Receba alertas sobre manutenção dos veículos e máquinas, além de analisar relatórios de abastecimento e trabalho das máquinas evitando consumo desenfreado por mau funcionamento. Aproveite para identificar os insumos em falta, acompanhar a data de entrega e reposição.

Tela para acompanhamento do estoque no Aegro

Tela para acompanhamento do estoque no Aegro

Conclusão

A armazenagem também faz parte da gestão do estoque no que tange custos, planejamento e metas de entradas e saídas. O controle de estoque em si se relaciona diretamente a defensivos, fertilizantes e implementos agrícolas.

Pela complexidade da tarefa de garantir que não haja falta nem excesso de insumos para a safra, você pode recorrer à digitalização da administração do estoque.

Softwares e tecnologias como o Aegro automatizam processos relacionados ao estoque de insumos. Eles possibilitam um registro do histórico do negócio, algo muito caro para embasar as negociações e proteger a rentabilidade.

Como você faz a gestão do estoque de insumos na sua fazenda? Aproveite para compartilhar este artigo com a sua equipe de trabalho responsável por essa etapa.

Veja como e quando é feita a adubação de cobertura

Adubação de cobertura: veja o que é, sua importância, principais nutrientes aplicados, culturas e época de aplicação

Os nutrientes são essenciais para o desenvolvimento vegetal. Cada um tem atuação fundamental nas plantas, e muitas vezes é necessário durante todo o ciclo da cultura.

A adubação antes do plantio é essencial para disponibilizar nutrientes desde o início da formação da planta. Entretanto, alguns são requeridos em maiores quantidades, e se aplicados em sua totalidade na adubação de plantio, podem prejudicar a lavoura. 

Neste artigo, veja como a adubação de cobertura ajuda a contornar esses prejuízos, quais nutrientes são aplicados e em quais culturas ela é indicada. Boa leitura!

Qual a diferença entre adubação de base e de cobertura?

A adubação de cobertura é feita após a cultura já estar estabelecida, quando os níveis de nutrientes no solo estão abaixo do necessário. Ela também é feita em lavouras sem histórico de informações sobre o solo.

Em casos de lavouras sem histórico, a cobertura com adubo serve para manter o solo em um padrão seguro para a cultura. Isso, é claro, não exclui a necessidade de fazer análises de solo.

Ela fornece o nutriente para a planta durante seu ciclo no momento que a planta mais precisa. Afinal, a fertilidade dos solos brasileiros geralmente é muito baixa. 

Para suprir as necessidades das plantas, muitas vezes é necessária uma boa quantidade de determinados nutrientes. Justamente por isso, a adubação das culturas deve ter como parâmetros:

Estas são as principais informações necessárias para definir a adubação. Entretanto, nem sempre a quantidade requerida é necessária no início da formação da lavoura. Ainda, a cultura pode precisar de grande quantidade de determinado nutriente.

Assim, a aplicação total na adubação de base se torna inviável. Nesses casos, ocorre o parcelamento da adubação (a adubação de cobertura).

A adubação de fundação ou de base fornece os nutrientes, principalmente os fertilizantes NPK, para o início do desenvolvimento da cultura. 

Por outro lado, a adubação de cobertura complementa o fornecimento com a planta já formada e quando ela mais necessita.

Quais são os nutrientes aplicados?

A adubação de cobertura geralmente é feita com nutrientes facilmente perdidos durante o desenvolvimento da cultura, como o nitrogênio e o potássio. Geralmente, o nitrogênio deve ser dividido em adubação de base e cobertura. 

Em algumas culturas, ele pode ser parcelado em duas aplicações para aproveitar a maior parte. Quando se parcela o nutriente via cobertura, você consegue aplicar em poucas quantidades e no momento que as plantas mais necessitam.

O potássio é outro nutriente importante para as plantas. Muitas vezes, devido à quantidade disponível no solo, é preciso aplicar grande volume. Os solos arenosos são os que mais requerem este nutriente.

O fósforo é pouco utilizado neste tipo de adubação por causa da sua imobilidade no solo. Assim, se aplicado por cobertura, irá se concentrar na camada superficial.

Já em relação aos micronutrientes, alguns já são aplicados após a formação das plantas. Entretanto, são aplicados praticamente em sua totalidade via adubação foliar, com a pulverização.

Principais culturas que recebem adubo de cobertura

Alguns fatores devem ser considerados antes da aplicação da adubação de cobertura, ainda no planejamento:

  • teor dos nutrientes no solo;
  • expectativa de produção;
  • textura do solo;
  • teor de matéria orgânica;
  • demanda nutricional da cultura que será implantada;
  • clima antes e depois da aplicação;
  • quantidade a ser aplicada via cobertura.

A seguir, veja as principais culturas anuais que recebem ou podem receber adubação de cobertura.

Trigo

A adubação de base de nitrogênio para o trigo é feita com até 20 kg/ha. O restante exigido pela cultura é aplicado por cobertura. A aplicação em cobertura é recomendada entre os estádios de perfilhamento e alongamento do colmo.

Fases de desenvolvimento do trigo

Fases de desenvolvimento do trigo
(Fonte: Mais soja)

Feijão

O feijão, ao contrário da soja, precisa de adubação de cobertura devido à quantidade de nitrogênio necessária para completar seu desenvolvimento ideal.

Dos 35 dias aos 50 dias após o começo do ciclo fenológico do feijão, as plantas requerem grandes quantidades de nitrogênio por causa do florescimento. Entretanto, a nodulação será mais efetiva após os 35 dias.

A nodulação do feijão fornece parte do nitrogênio requerido pela planta. A outra parte é dividida entre aplicação na semeadura (geralmente utilizado ⅓ do recomendado), e o restante em cobertura. Isso é feito entre 25 e 30 dias após a emergência das plantas.

As doses de nitrogênio podem variar de 40 kg/ha a 120 kg/ha, dependendo do tipo de solo, cultivar e quantidade de matéria orgânica.

Como e quando fazer adubação de cobertura no milho?

A primeira adubação do milho (adubação de base), realizada com a semeadura, é feita com NPK. Esse é o melhor adubo para cobertura do milho. Entretanto, é necessário fazer a adubação de cobertura aplicando o restante de nitrogênio necessário.

O adubo de cobertura para milho é inserido entre as fases V2 e V4. É entre estes estádios fenológicos do milho que é definido o potencial produtivo das plantas. 

Ciclo fenológico da cultura do milho

Ciclo fenológico da cultura do milho
(Fonte: Geagra)

Como adubo utilizado em cobertura, são utilizados principalmente sulfato de amônia e ureia agrícola. Alguns produtores já estão utilizando adubos mais tecnológicos para esta aplicação, como os revestidos. Eles apresentam liberação mais controlada

Para o potássio, se o solo não precisar de grande quantidade para o milho, a adubação é feita 100% na base. Entretanto, em épocas de seca após a semeadura do milho, o recomendado é aplicar no máximo 60 kg/ha de K2O.

Quantidades acima desta devem ser aplicadas via adubação de cobertura do milho. A cobertura de potássio para o milho pode ser feita junto da adubação nitrogenada, mas em até 30 dias após a semeadura.

Soja

A adubação de cobertura fornece potássio para soja. O nitrogênio da soja vem da fixação biológica. Entretanto, devido a quantidade requerida deste último nutriente, é necessário realizar a aplicação em cobertura.

A aplicação de potássio para soja tem sido feita antes da semeadura, e pode substituir a aplicação em cobertura. A maior demanda de potássio pelas plantas de soja corre até o enchimento de grãos

Por isso, o recomendado é aplicação de no máximo 50 kg/ha de potássio na semeadura. Isso evita danos na germinação. O restante deve ser aplicado 30 dias após a semeadura.

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Conclusão

Para realizar a adubação de cobertura, é necessário planejamento antes mesmo da semeadura. Esse planejamento deve considerar diversos fatores.

Fique de olho nas recomendações para cada cultura, e não deixe de procurar ajuda de uma pessoa profissional da agronomia. Afinal, todo cuidado é pouco para garantir boa produtividade e menos perdas na cultura.

Como você faz a adubação de cobertura na sua lavoura? Não deixe de compartilhar este artigo com a equipe responsável por essa etapa na sua fazenda. 

O que fazer em caso de deficiência de fósforo em milho?

Deficiência de fósforo em milho: quais são os sintomas da deficiência na cultura, como funciona o nutriente no solo e como acertar na adubação fosfatada no milho

O fósforo é um macro nutriente indispensável para o desenvolvimento da lavoura de milho.  Apesar de não ser exigido em grandes quantidades pela cultura do milho, a deficiência de fósforo compromete a qualidade do produto final e o rendimento de grãos.

Justamente por isso, saber identificar quando suas plantas precisam desse nutriente e como fazer uma boa adubação fosfatada é essencial.

Neste artigo, saiba como uma boa adubação do milho garante mais produtividade na sua lavoura e como agir corretamente em casos de carência de fósforo nas plantas. Boa leitura!

Sintomas de deficiência de fósforo nas plantas de milho

O principal sintoma de deficiência de fósforo no milho é a cor roxa ou avermelhada nas folhas. Além disso, os colmos do milho ficam improdutivos, finos e frágeis, e as espigas ficam pequenas e retorcidas. Esses sintomas aparecem quando as plantas são bem jovens.

O fósforo no milho é um nutriente essencial para a formação do sistema radicular. Além disso, ele participa da maturação das plantas e dos processos de formação das espigas e dos grãos. Ele está envolvido em vários processo metabólicos como a respiração e a fotossíntese

Esse elemento ainda contribui para conferir rigidez ao caule da planta. Isso reduz casos de tombamento das plantas e aumenta a resistência ao ataque de pragas no milho.  A carência de fósforo altera o crescimento das plantas, o que causa queda da produtividade.

Na cultura do milho, os sintomas de carência de fósforo nas plantas costumam se manifestar logo no início, quando as plantas ainda são jovens. Além disso, eles aparecem primeiro nas folhas mais velhas. Afinal, o fósforo se desloca das folhas mais velhas para as mais novas. 

Assim, as folhas mais velhas adquirem coloração verde intensa e arroxeada. As plantas deficientes em fósforo apresentam folhas mal formadas e de tamanho reduzido. A redução da área foliar interfere no rendimento final de grãos

Sintoma de deficiência de fósforo na folha do milho
Sintoma de deficiência de fósforo na folha do milho 
(Fonte: Plantwise Plus)

Em lavouras com deficiência nutricional do milho, ocorre atraso no crescimento e redução do porte das plantas. Além disso, a maturidade do milho fica atrasada, os colmos se tornam finos e frágeis, e em alguns casos, as plantas podem não apresentar espiga

Já as espigas têm grãos pouco desenvolvidos, são pequenas e retorcidas. Por fim, as plantas tendem a apresentar um sistema radicular mais superficial. Isso ocorre pois a deficiência de fósforo prejudica o desenvolvimento das raízes.

Plantas de milho com sintomas de deficiência de fósforo
Plantas de milho com sintomas de deficiência de fósforo
(Fonte: Universidade de Minnesota)

Como funciona a disponibilidade do fósforo no solo?

Os solos brasileiros possuem baixo teor de fósforo disponível para as plantas. A deficiência  nutricional do milho está relacionada ao pH ácido e à presença de minerais como o ferro e o alumínio.

Diante disso, a correção da acidez do solo favorece o desenvolvimento das raízes, a absorção de nutrientes e o crescimento do milho. A calagem é uma prática que neutraliza o alumínio do solo e fornece cálcio e magnésio para as plantas. 

No entanto, ela também contribui para aumentar a disponibilidade e a absorção de fósforo e outros nutrientes. Além de aumentar a eficiência dos adubos fosfatados, a calagem contribui para a economia de fósforo. 

Outro fator que também influencia na disponibilidade do fósforo é o teor de matéria orgânica do solo. A matéria orgânica fornece fósforo para as plantas e também reduz a adsorção desse elemento.

Quando e como aplicar os adubos fosfatados?

Geralmente, o fósforo é fornecido apenas na adubação de semeadura do milho, pois a maior demanda por esse nutriente ocorre na fase vegetativa. Nessa fase, o fósforo é fundamental para a formação e para o crescimento do sistema radicular nas plantas

A adubação fosfatada pode ser realizada de duas formas: em área total a lanço ou durante a semeadura no sulco de plantio. A escolha do método para a aplicação dos adubos depende de uma série de fatores e deve considerar a realidade de cada lavoura.

Do ponto de vista operacional, a adubação em área total garante maior eficiência no momento da semeadura. Isso é um fator muito importante quando se trabalha com estreitas janelas de plantio.

Esse método favorece as plantas daninhas no milho, justamente pela distribuição uniforme do fertilizante na área. A adubação em área total também limita a distribuição vertical do fósforo no perfil do solo, por causa da baixa mobilidade desse elemento.

Já na adubação localizada no momento da semeadura, o fertilizante é depositado abaixo e um pouco ao lado da semente da cultura. Isso favorece o desenvolvimento das raízes das plantas de milho e diminui a competição pelo fósforo com as espécies invasoras. 

calcule a adubação da cultura do milho

Quanto de fósforo aplicar em casos de deficiência no milho?

De modo geral, para a cultura do milho, devem ser aplicados de 100 kg a 120 kg de fósforo. No entanto, vale lembrar que a quantidade exata depende do tipo de solo da sua fazenda e da produtividade esperada para sua lavoura.

Quando comparado a macro nutrientes como nitrogênio e potássio no milho, o fósforo não é exigido em grandes quantidades pelo milho. Apesar disso, é comum a recomendação de altas doses de adubos fosfatados. 

As doses de fósforo aplicadas devem ser superiores àquelas exigidas pelas plantas. Afinal, uma fração do fósforo é fixada pelas argilas e não fica disponível para as plantas, reduzindo a eficiência da adubação.

A quantidade de adubo fosfatado a ser aplicada é determinada pelas características do solo e pela produtividade esperada. Por isso, é preciso que seja feita a análise físico-química do solo.  Somente a partir dela é possível definir a quantidade adequada de nutrientes. 

Na posse do resultado da análise do solo e com a ajuda da tabela abaixo, é possível determinar a classe de disponibilidade do fósforo, que varia em função do teor de argila.

Nas tabelas a seguir, você pode conferir a recomendação de adubação a ser realizada na linha de plantio para milho grão. Essa recomendação tem como referência a disponibilidade de fósforo e o rendimento esperado. Veja também como interpretar as classes de disponibilidade:

Identificação das classes de disponibilidade de fósforo e recomendação de adubação para milho destinado à produção de grãos com base nos resultados das análises de solo e na produtividade esperada
(Fonte: Embrapa)

Conclusão

A deficiência nutricional do milho é um fator de atenção, sobretudo se o nutriente for o fósforo. O fornecimento desse nutriente via adubação é indispensável, considerando a baixa fertilidade natural dos solos brasileiros.

Os sintomas da deficiência de fósforo na cultura do milho são visíveis em plantas jovens e nas folhas mais velhas. Atraso no crescimento do milho e colmos finos são apenas alguns dos sintomas da falta de fósforo

A calagem e a adubação fosfatada são importantes ferramentas na manutenção da produtividade a longo prazo. Em caso de dúvidas sobre a adubação com esse nutriente, não deixe de consultar um(a) engenheiro(a)-agrônomo(a).

Você já teve problemas com a deficiência de fósforo no milho? Se você conhece outros produtores de milho que estão em momento de adubação, não deixe de compartilhar esse artigo com eles.

Veja como adotar práticas de tecnologia e sustentabilidade no campo na sua fazenda

Agricultura sustentável: qual a sua importância, quais são as práticas que devem ser implementadas e como a tecnologia te ajuda nesse processo.

Nos últimos anos, o modelo convencional de agricultura tem sido alvo de duras críticas em razão dos danos ambientais e sociais. Diante disso, tem crescido a busca por modelos de exploração agrícola mais sustentáveis. 

É fundamental usar recursos naturais de forma mais racional, mantendo a capacidade produtiva a longo prazo. 

Para conseguir dar conta da produção de alimentos e sustentabilidade no campo, ao mesmo tempo, é preciso ficar por dentro das melhores práticas.

Neste artigo, saiba mais sobre o que é e como implementar práticas de sustentabilidade na agricultura na sua fazenda. Confira a seguir. Boa leitura!

O que é sustentabilidade no agronegócio?

A sustentabilidade no campo é um conceito que precisa estar sempre presente no cotidiano de quem produz. Assim, é possível unir produtividade das culturas com conservação ambiental. Isso garante que as empresas rurais atendam a demanda de alimentos sem danos à natureza. 

Afinal, um dos grandes desafios das próximas décadas se refere à produção de alimentos, fibras e energia em quantidade suficiente para a população. Esta, por sua vez, cresce de forma exponencial. 

Tendo em vista a finitude dos recursos naturais, é urgente a necessidade de repensar o modo de consumo e o modelo de agricultura atual. Somente assim será possível propor soluções que garantam a sustentabilidade no campo. 

Na agricultura, a sustentabilidade é fundamentada na valorização dos recursos internos dos sistemas agrícolas produtivos. 

A sustentabilidade se baseia em três pilares: econômico, social e ambiental. Em outras palavras, uma atividade sustentável deve ser economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta.

Portanto, o desenvolvimento sustentável pode ser entendido como a busca por atender as necessidades do presente. Tudo isso, é claro, sem comprometer as necessidades das futuras gerações.

Tripé da sustentabilidade
(Fonte: Adaptação dos três pilares de Elkington, 1997)

Agricultura convencional x agricultura sustentável

A diferença básica entre o modelo de agricultura convencional e a sustentável é o fato de a agricultura sustentável se aproximar da realidade. Afinal, ela é multidisciplinar.

Enquanto isso, o modo de produção convencional valoriza a universalidade e a transferência de pacotes tecnológicos. Como resultado, tem-se maior desperdício de água, poluição do ambiente, degradação do solo, além de acentuar as desigualdades sociais.

Assim, fica claro que a agricultura sustentável é o único caminho viável para o futuro. É bom lembrar que ela também tem o objetivo de atender a demanda de alimentos, fibras, biocombustíveis, produtos madeireiros e não-madeireiros.

Ao mesmo tempo, na agricultura sustentável tem-se o uso racional dos recursos, o que contribui para a preservação do meio ambiente

Além da preocupação ambiental, a agricultura sustentável busca proporcionar boas condições de trabalho para todos os envolvidos no processo e aumentar a produtividade.

Importância da sustentabilidade no agronegócio

A palavra “sustentabilidade” tem sido bastante utilizada em diferentes setores. Na agricultura, a adoção de práticas sustentáveis garante a manutenção dos recursos naturais e da produtividade agrícola a longo prazo. 

Além disso, reduz os impactos adversos no meio ambiente e favorece a biodiversidade. A agricultura sustentável promove a conservação do solo, da água e dos recursos genéticos animais e vegetais.

O uso de ações sustentáveis também pode agregar valor aos produtos agropecuários brasileiros no mercado interno e externo. E assim, remunerar adequadamente os trabalhadores rurais. Essas práticas otimizam a produção agrícola com o mínimo de insumos químicos.

diagnostico de gestao

Quais são as práticas sustentáveis no campo?

Com o aumento da preocupação ambiental, tem crescido também o interesse por práticas agrícolas que atendam os requisitos de sustentabilidade. Isso pode ser feito de forma total ou parcial. Confira algumas práticas que garantem maior sustentabilidade das atividades:

Para garantir a sustentabilidade do agronegócio, é fundamental adotar diferentes técnicas de manejo, aliadas às inovações tecnológicas. Somente assim é possível minimizar impactos ambientais e sociais, além de melhorar a eficiência de uso dos insumos e evitar o desperdício.

As inovações tecnológicas voltadas para o agronegócio têm contribuído muito para o desenvolvimento sustentável no campo. A transformação digital da agricultura possibilitou melhorar a gestão dos recursos e aumentar a produtividade. 

A transformação digital engloba uma série de tecnologias e conceitos que devem ser postos em prática. Confira algumas delas a seguir. 

Digitalização, internet das coisas e computação em nuvem

A internet das coisas e a computação em nuvem possibilitam o acesso de informações, arquivos e serviços pela internet. De qualquer lugar, é possível acessar dados e ferramentas sem a necessidade de instalação de programas e com atualização em tempo real.

A computação em nuvem promove a redução de custos e economia de espaço, uma vez que o armazenamento é todo virtual. Além disso, o armazenamento de dados na nuvem facilita o acesso por toda a equipe de trabalho envolvida. 

O uso dessas ferramentas, pouco a pouco, ajuda a construir uma agricultura cada vez mais digital. Uma agricultura mais moderna possui inúmeras vantagens, como diminuição dos seus custos e também da sua carga de trabalho. 

Ainda tem dúvidas de como a tecnologia pode te ajudar a tornar seu negócio rural mais sustentável? Separamos para você um guia completo e gratuito, com todas as informações necessárias.

Biotecnologia e bioinformática 

São duas importantes tecnologias que garantem diversos avanços na produção animal e vegetal.  A partir delas, é possível integrar e analisar um grande volume de informações. 

Assim, é possível compreender os mecanismos biológicos e realizar análises em diferentes níveis de complexidade, criando uma extensa rede de informações.

Zoneamento agrícola de risco climático (Zarc)

O zoneamento agrícola é uma ferramenta de gestão de riscos na agricultura. Ele fornece os períodos de semeadura com menor risco climático e também os municípios com condições climáticas favoráveis para o cultivo de determinada cultura.

As informações do Zarc podem ser acessadas de três modos: aplicativo Zarc – Plantio Certo; Painel de Indicação de Riscos e Portarias de Zarc por Estado.

Agricultura de precisão e tecnologia de aplicação

Trata-se de um conjunto de tecnologias que possibilita a coleta e análise de dados, como o teor de umidade do solo, clima e características das plantas.

No meio rural, a digitalização dos dados tem contribuído para assegurar maior controle em todas as etapas da cadeia produtiva. Assim, a agricultura de precisão aumenta a eficiência no uso dos recursos e na redução dos custos.

A tecnologia de aplicação em taxa variável é uma ferramenta da agricultura de precisão que possibilita variar a taxa de insumos em diferentes pontos da área. Dessa forma, os insumos são aplicados somente quando necessário, na dosagem requerida e no momento adequado. 

Inteligência artificial

Hoje em dia, é cada vez mais comum o uso de inteligência artificial, softwares, drones e VANTs (os veículos aéreos não tripulados). Eles são usados no monitoramento de áreas e até mesmo na aplicação de defensivos agrícolas.

Nesse sentido, os benefícios da tecnologia na agricultura e no desenvolvimento sustentável no campo são indiscutíveis. No entanto, é preciso deixar claro que a adoção de determinadas tecnologias exige significativos investimentos. 

Isso acaba não sendo acessível para uma grande parcela de produtores rurais, principalmente, os pequenos. Assim, a adoção de tecnologias pode variar conforme o contexto geográfico e socioeconômico.

Conclusão

A sustentabilidade garante que as necessidades do presente e das gerações futuras sejam atendidas. Ela se baseia em três pilares: ambiental, econômico e social.

Uma atividade sustentável se preocupa com as condições de trabalho e a remuneração dos colaboradores, além de preservar o meio ambiente. Ainda, é claro, a sustentabilidade no campo ajuda a reduzir os impactos ambientais e agregar valor aos produtos agropecuários.

A inovação e a tecnologia têm contribuído muito para o desenvolvimento sustentável no campo. Porém, aderir às inovações tecnológicas demanda significativos investimentos, então procure organizar as suas finanças e avaliar quais das tecnologias se aplicam à sua realidade.

Você já conhecia essas práticas de sustentabilidade no campo? Se quer ficar sempre por dentro das novidades do agronegócio, não deixe de assinar nossa newsletter.

Saiba o que é e para que serve o superfosfato simples

Superfosfato simples: conheça os principais fertilizantes do mercado, como utilizar, custo-benefício e muito mais.

O superfosfato simples é uma fonte de fósforo para as plantas. Ele é obtido através do tratamento de rochas fosfatos naturais, como a fosforita e a apatita. As reservas de fósforo disponíveis no mundo para exploração econômica são suficientes apenas até 2050.

Justamente por isso, compreender quais fontes deste elemento são melhor aproveitadas pelas plantas é fundamental. Ainda, possibilitar as melhores condições do solo para aumentar a absorção do nutriente também é uma prática importante. 

Neste artigo, saiba mais sobre o superfosfato simples e entenda como escolher a mais adequada da fonte de fósforo para a lavoura. Saiba também sobre a diferença entre superfosfato triplo e simples. Boa leitura!

Qual é a composição do superfosfato simples?

O super simples, também conhecido como superfosfato simples ou SSP, é um fertilizante obtido através da adição de ácidos em rochas. Como resultado deste processo, a composição do superfosfato simples é próxima de 18% de fósforo, 16% de cálcio e 10% de enxofre

A fórmula do superfosfato simples é Ca(H2PO4)2 + CaSO4 2H2O. Ainda, além de disponibilizar fósforo quando aplicado, também é fonte de outros nutrientes importantes. O enxofre, por exemplo, é importante para as plantas por participar de processos importantes.

O nutriente ajuda na síntese de proteínas e aminoácidos essenciais. Ainda, é indispensável para o desenvolvimento das raízes e para a fotossíntese. Além disso, na maioria das áreas de produção, o enxofre é encontrado em quantidades abaixo das necessárias para as plantas.

Também é bom lembrar que os efeitos do superfosfato simples sobre o pH do solo são praticamente nulos. Esse parâmetro é fundamental para que os nutrientes sejam disponibilizados para as plantas. O oposto acontece no uso de outros fertilizantes, como:

  • termofosfato;
  • fosforita de olinda.

Importância do fósforo para as plantas

Dentre os macronutrientes essenciais (nitrogênio, fósforo e potássio), o fósforo exerce papel fundamental para as plantas. Isso sobretudo nos processos de armazenamento e utilização da energia captada pela luz solar, pelo processo de fotossíntese. Ainda, o fósforo:

  • é exigido em grandes quantidades pelas plantas;
  • participa do crescimento das raízes, da formação de grãos, frutos e fibras;
  • está diretamente envolvido na maturação dos grãos e frutos.

O fósforo é o elemento que possui maior dificuldade de absorção pelas plantas. Afinal, ele é considerado imóvel no solo. Além disso, a depender das características físicas e do tipo de solo, pode estar presente em quantidades adequadas, mas  indisponível para absorção. 

Mobilidade de diferentes nutrientes no solo. Da parte superior esquerda para para direita: água, nitrato, amônio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre e cloro. 
(Fonte: Manual de Fertirrigação Yara)

Essa indisponibilidade está ligada ao pH do solo. Em solos ácidos, o fósforo pode estar presente no solo, mas indisponível para plantas. Além da fonte de fósforo adequada, condições do cultivo e características do solo são importantes para seu melhor aproveitamento.

Uma das alternativas disponíveis e mais utilizadas como fonte de fósforo no mercado são os fertilizantes fosfatados.

Quais as vantagens do uso do fertilizante super simples?

O superfosfato é altamente solúvel no solo. Isso acontece em função do método de fabricação do fertilizante fonte de fósforo, como a adição de ácidos para a sua solubilização. Ainda, a purificação e concentração da rocha fosfática também auxilia nesse processo.

Desta forma, os superfosfatos possuem alta eficiência devido à liberação rápida e de forma prontamente disponível. Após a aplicação no solo, o superfosfato simples libera fósforo rapidamente no solo, o que contribui para a absorção das plantas.  

Qual a desvantagem do superfosfato simples?

Como desvantagem principal do superfosfato simples, podemos destacar o fato deste fertilizante ser importado. Desta forma, ele fica suscetível a alterações abruptas de preços e também da disponibilidade.

Isso acontece especialmente em cenários conturbados, como os conflitos vivenciados no Oriente Médio. Por esse motivo, é necessário um enorme planejamento para compra de insumos para evitar ficar sem estoques de fósforo na lavoura.

Outra desvantagem é que a alta solubilidade pode causar perdas por lixiviação na sua cultura agrícola, especialmente em solos de pH ácido. Isso também acontece em épocas de alta incidência de chuvas, que podem levar o nutriente para camadas mais profundas do solo.

Diferença entre o adubo superfosfato simples e triplo? 

A principal diferença entre superfosfato simples e superfosfato triplo é a disponibilidade para as plantas. No caso dos superfosfatos, como o superfosfato triplo, o efeito da sua adição à lavoura pode ser observado tanto no primeiro ano, como em anos posteriores.

Entretanto, é necessário se manter atento, pois uma única aplicação não é garantia de que as plantas poderão absorver o nutriente. Além disso, após a extração pelos cultivos, é necessário que adubações de manutenção e correção sejam realizadas.

Outra diferença encontra-se nas quantidades de fósforo disponíveis. No caso do superfosfato triplo, segundo as garantias mínimas legais impostas pelo Mapa, a quantidade mínima de fósforo solúvel em água deve ser de 41%

Ainda, o superfosfato triplo possui 10% de cálcio, além da ausência de enxofre em sua composição. Por conter maiores quantidades de fósforo e exigir menor quantidade para aplicação na lavoura, pode ser encontrado com preços mais atrativos.

Quanto a qual dessas opções é a melhor para se utilizar na área de cultivo, depende da disponibilidade de enxofre. Se a área apresentar baixa disponibilidade de enxofre, a opção mais acertada pode ser o superfosfato simples

Cabe salientar que existem fontes mais baratas para reposição deste nutriente, como o enxofre elementar. Além disso, é importante observar as características da área, pois o superfosfato simples é mais suscetível à lixiviação.

Principais fertilizantes fosfatados do mercado

Existem diversas opções de fertilizantes fosfatados do mercado, obtidos a partir de diferentes métodos. Dentre os principais, estão:

  • os fosfatos acidulados, como superfosfato simples e superfosfato triplo; 
  • os fosfatos de amônio, como o monoamônio fosfato e o diamônio fosfato;
  • os termofosfatos, como os termofosfatos magnesianos;
  • os fosfatos naturais, como os importados de Arad, Gafsa, Carolina do Norte, e os nacionais, como os Fosfatos de Araxá e Patos de Minas.

Os fosfatos acidulados são obtidos através do uso de ácidos. Os fosfatos de amônio se formam na reação de amoníaco com ácido fosfórico. 

Os termofosfatos, em contrapartida, são obtidos através do tratamento térmico de rochas fosfatadas. Podem ainda ser obtidos por meio da adição de outros materiais, como o silicato de magnésio.

Cada uma das fontes apresenta particularidades quanto ao benefício ao sistema. Dentre todas as fontes listadas, os superfosfatos acidulados solúveis em água são os mais utilizados na agricultura mundial.

Como usar o superfosfato simples? 

A forma mais eficiente para que o fósforo seja adicionado ao solo é por meio da aplicação a lanço e posterior incorporação. Desta forma, são fornecidas as melhores condições para que as plantas possam absorver não somente o fósforo, mas também a água e outros nutrientes.

Por isso, a análise do sistema de cultivo de forma geral é fundamental para o melhor aproveitamento deste macronutriente de difícil absorção pelas plantas. 

Dadas as diferentes fontes de fósforo disponíveis no mercado, é comum a dúvida de qual a melhor opção para aplicação na lavoura. Esta resposta depende de diversos fatores, e a tomada de decisão sobre qual fonte utilizar dependerá:

  • da espécie a ser cultivada;
  • do sistema de preparo do solo;
  • do clima da região de cultivo;
  • da forma como o fósforo é adicionado no solo (a lanço, na superfície, com ou sem incorporação ao solo);
  • e das características do solo. 

Ou seja, esta resposta não é tão simples. Mas não se preocupe, pois agora você verá mais detalhes sobre as características de cada uma das fontes disponíveis.

planilha calculo fertilizante milho e soja

Tipos de fontes de fósforo para o solo

Como você viu, existem diversas fontes desse nutriente no mercado. Conhecer os detalhes de cada uma delas é fundamental, visto que elas possuem características diferentes e que podem impactar na sua propriedade. 

Confira algumas considerações importantes sobre as diferentes fontes de fósforo antes de considerar o super simples como adubo na sua lavoura.

Fosfatos acidulados

Devido a boa solubilidade em água, os superfosfatos acidulados são ótimas fontes de fósforo em solos com baixa disponibilidade deste nutriente. Eles são a fonte de fósforo mais utilizada no mundo. 

No entanto, os fosfatos acidulados podem apresentar limitação no uso devido ao seu custo ser mais elevado. Isso, é claro, quando comparados aos fosfatos naturais (menos eficientes).

O principal benefício dos fosfatos acidulados é a facilidade de aplicação localizada, por serem produtos granulados. No entanto, a mesma característica que configura um benefício, em solos muito intemperizados e ácidos, pode configurar uma desvantagem. 

A alta solubilidade dos superfosfatos em água pode torná-los indisponíveis neste tipo de solo. Desta forma, ao se ligarem a outros compostos, parte do fósforo adicionado ao solo não pode ser utilizado pelas plantas. 

Considerando esses detalhes, a adição de fósforo ao sistema do solo precisa estar em harmonia com a correção de outras características, como a acidez.

Fosfatos de amônio

Os fosfatos de amônio possuem alta concentração de nitrogênio e pentóxido de difósforo. Entretanto, eles não possuem cálcio e enxofre na sua composição. Por isso, caso você precise também desses micronutrientes, reconsidere o uso do fosfato de amônio.

Termofosfato

Os termofosfatos podem promover aumentos expressivos no pH, reduzindo a acidez potencial do solo. Esse fenômeno acontece quando aplicados antes do cultivo da cultura principal.

O termofosfato pode ainda proporcionar aumentos nos teores de cálcio e magnésio no solo. Esses nutrientes são importantes para o crescimento e desenvolvimento das plantas.

Fosfatos naturais

Os fosfatos naturais possuem boa reatividade em solos tropicais. No entanto, a sua aplicação exige maiores quantidades, em função da menor disponibilidade de fósforo

Dentre as opções, embora não seja a mais eficiente, é a que geralmente possui preço mais baixo. Isso também em comparação às demais fontes de fósforo.

Conclusão

Muitas fontes de fósforo podem ser utilizadas na agricultura. Por isso, a escolha da mais apropriada envolve uma série de análises. A primeira delas é a análise de solo, para entender quais são as quantidades de nutrientes disponíveis e possíveis deficiências.

Após isso, o direcionamento de custos, da espécie que está sendo cultivada e das condições ambientais vigentes da safra  poderão ajudar na escolha. Assim, é possível ter mais assertividade, tanto financeira quanto na produtividade da cultura.

Ficou com alguma dúvida sobre o superfosfato simples? Já utilizou esse adubo na sua lavoura? Adoraria ler seu comentário sobre o assunto. 

Saiba como calcular o lucro por hectare de soja

Lucro por hectare de soja: o que fazer para aumentar seu lucro líquido, qual a projeção para 2023 e outras informações importantes

Quem produz quer ter sucesso em sua propriedade rural, produzir bem, vender com preço elevado e ter bons lucros. Entretanto, poucos produtores sabem o que é lucratividade, como calcular e como defini-la para cada área de produção.

Não tem sido uma tarefa fácil fechar as contas nestes últimos anos. Afinal, a volatilidade dos preços tem atrapalhado na definição da margem de lucro das lavouras de soja. Justamente por isso, entender bem sobre lucro é fundamental. 

Neste texto, conheça o principal fator que deve ser considerado para definir o lucro líquido da fazenda e como calculá-los. Assim, você poderá definir o preço da soja em 2023 e nos anos seguintes. Aproveite a leitura!

O que é o lucro de soja por hectare?

O lucro líquido é, de forma resumida, quanto sobrou para o produtor após ele pagar todos os gastos diretos e indiretos. Ou seja, o quanto sobra ao quitar o custo de produção da área de soja.

Todo comércio realizado é voltado para lucro obtido com o produto, mas o lucro na agricultura não é fixo. Nos últimos anos, foi possível observar grande oscilação de preços na venda e compra dos insumos agrícolas e dos grãos.

Essa volatilidade nos preços gera maior instabilidade na venda dos grãos colhidos. Afinal, quem produz espera preços bons no mercado comprador para poder vender. Entretanto, a pergunta que fica é: qual é o melhor preço de venda da saca de soja?

Pensando na safra 2021/22, a média de preço da saca de soja no porto de Paranaguá foi de R$ 188,89. Entretanto, o preço diário oscilou entre R$ 174,46 a R$ 207,14 ao longo dos dias.

Poucos produtores conseguiram vender sua soja ao preço de R$ 200 por saca, pois este valor se manteve por poucos dias. Outros produtores já tinham realizado a venda futura da soja em 2021 ao preço de R$ 150 por saca.

Outro questionamento  é o seguinte: será que o produtor que fez contrato futuro a R$ 150 por saca saiu no prejuízo? Por isso, é importante saber o que significa o lucro da soja por hectare. Assim você não ficará à mercê das oscilações que estão presentes nesta safra.

Sabendo quanto a lavoura custou, é possível saber se aqueles R$ 150 por saca foram ou não um bom negócio.

Assim, é importante ter um planejamento antecipado da sua lavoura. Somente com ele em mãos você poderá definir um preço de venda futura, ou até mesmo definir a lucratividade esperada da sua fazenda.

Custo de produção x rentabilidade da soja por hectare

Um custo bem feito te gera dados confiáveis e seguros para que realizar com mais confiança suas transações de venda. Um custo de produção precisa ser feito com planejamento. Nele, é preciso definir: 

  • quantidade de área;
  • cultivar utilizada;
  • formulação de adubo;
  • quantidade de adubo por hectare;
  • principais defensivos a serem utilizados.

A definição dos defensivos no planejamento é feita com base no histórico da área e da cultura antecessora. Com isso, já é possível definir alguns destes produtos, enquanto outros são adquiridos no decorrer da cultura em campo.

Assim, é possível definir os gastos diretos realizados no custo de produção, que são todos os insumos utilizados. É preciso anotar também os gastos indiretos. Eles são os valores gastos com revisões de maquinários, mão de obra, energia, fretes, combustível, peças, entre outros.

Estes gastos devem estar no custo de produção, mas divididos por hectare. Um exemplo hipotético seria: 

  • a revisão da semeadora ficou no valor de R$ 20 mil;
  • serão semeados 100 hectares;
  • Portanto, o valor deste item será de R$ 200 por hectare. 

Outra forma de fazer esse cálculo é utilizando tecnologia, através de planilhas de custo de produção por hectare. Separamos uma planilha gratuita para você calcular os insumos utilizados em cada safra, por hectare. Clique na imagem abaixo para acessar o material:

Banner de chamada para o download da planilha de cálculos de insumos

Exemplo de lucratividade da soja

Confira um exemplo de lucratividade da soja da safra 2021/22, pelos dados de custo de produção obtidos da Conab e valor médio de venda obtido no Cepea. O valor médio de venda foi de R$ 188,89 em 2022.

Para esse cálculo, considere que o custo de produção da soja por hectare em Londrina, na safra 2021/22 foi de R$ 5.989,97. Ainda, considere que a produtividade média na região foi de 60 sacas por hectare

Nessa safra, o preço médio de venda da saca de soja nessa região foi de R$ 188,89. Para chegar ao resultado do lucro da soja, é necessário multiplicar o valor da produtividade (60 sacas) pelo valor de venda dessas sacas (R$ 188,89). 

Assim, fazendo esse cálculo, percebemos que o valor total de venda por hectare foi de R$ 11.333,40. Agora, veja como fazer esse cálculo em mais detalhes:

lucratividade da soja: forma de calcular o lucro por hectare da soja
Esquema para calcular o lucro por hectare de soja

Houve produtores da safra 2021/22 que venderam a saca de soja por R$ 150. Fazendo os cálculos citados acima, vemos que estes produtores tiveram um lucro líquido de R$ 3.010,03 por hectare. Isso significa uma lucratividade de 33,44%.

Alguns podem achar pouco, mas quem está no ramo agrícola a algum tempo sabe que este não é um valor ruim de lucro. Ainda, é preciso ter pé no chão para não deixar escapar boas ofertas de venda, na busca do que oscila tanto: o mercado de commodities agrícolas.

Ou seja, o custo de produção considera todos os gastos com a lavoura por hectare. Sabendo qual a margem de lucro desejada, é possível conseguir a melhor relação de custo x lucro.

Projeção da margem de lucro de soja por hectare em 2023

Quem produziu na safra passada (2021/22) pode lucrar cerca de R$ 1,5 mil por hectare de soja. A cotação da saca de 60 kg do grão está em cerca de R$ 156 no Estado do Mato Grosso do Sul. É um valor preocupante, e que pode gerar baixos lucros para quem produz na região.

Essa foi uma projeção feita pela Aprosoja, do MS. Agora, na safra atual, o valor dos insumos tem sido os grandes vilões da lucratividade da soja nas duas últimas safras. 

Por outro lado, a previsão para a safra 2022/23 é de que o lucro líquido será de R$ 1.387,63. Ainda, a previsão de lucratividade é de 13%.

Assim, vemos que nesta safra, quem produz tende a ter menor lucro líquido em relação ao ano anterior. Por isso, é importante estar de olho no mercado e buscar as melhores oportunidades de comercialização agrícola.

Com aumento dos preços pagos na saca de soja, os preços dos insumos deram um salto, elevando o custo de produção. Por exemplo, o lucro de soja por hectare para a safra 2021/22 foi de 47% em Londrina-PR. Entretanto, para esse ano, as projeções são menores.

Os produtores vão se lembrar da preocupação com fertilizantes para a safra 2022/23, o aumento do preço dos defensivos ao final da safra 2021/22. Isto eleva o custo de produção, e como vimos, lucratividade está diretamente relacionada com o custo.

Por quanto vender a saca de soja na safra 2022/23?

Para a safra 2022/23 é preciso ter cautela no cálculo para obter margem boas de lucro. Veja um exemplo hipotético de como definir o lucro da saca de soja por hectare para safra 2023: para isso, considere que o custo de produção da safra 2022/23 foi R$ 9.250,79.

A produtividade esperada por hectare foi de 60 sacas. Para definir o preço mínimo de venda é necessário dividir o custo de produção pela produtividade esperada (ou seja, R$ 9.250,79 dividido por 60). 

Fazendo esse cálculo, chegamos ao resultado de que o preço mínimo de venda é R$ 154,18 por saca. Se o lucro mínimo desejado por saca for de 15%, é necessário dividir o preço mínimo de venda por 0,15.

Fazendo esse cálculo, chegamos à conclusão de que para obter 15% de lucro, você deve vender sua saca de soja por pelo menos R$ 177,31.

Como aumentar a margem de lucro da soja?

Na fazenda, diversos são os fatores incontroláveis por quem produz: clima, bases de preço de compra e venda de mercadorias são apenas alguns exemplos. Entretanto, fazer corretamente aquilo que é controlável é o que faz a diferença no final da safra.

Para conseguir aumentar ou buscar a melhor margem de lucro da sua propriedade, faça corretamente o custo. Anotando todos os gastos diretos e indiretos em planilhas.

Fazer estas planilhas é uma tarefa complicada. Muitas vezes, na correria das atividades da fazenda, é possível esquecer de anotar algum gasto. Ou ainda, é possível não conseguir acompanhar os preços no mercado da soja diariamente.

Para evitar esses gargalos, busque ferramentas que te ajudem neste momento. O Aegro é uma destas soluções! Esse software de gestão rural auxilia no planejamento e controle de custos, garantindo uma visão clara do dinheiro gasto ao longo da safra em tempo real.  

Ao fazer o planejamento e registrar as atividades da safra dentro do sistema, ele permite que você verifique a possibilidade de lucro ou prejuízo antes mesmo da colheita.

Melhor software para agronegócio: conheça os10 principais

Melhor software para agronegócio: veja quais são e como funcionam os softwares que ajudam a consolidar a era da agricultura digital e 4.0 para quem produz

Verdade seja dita: já faz tempo que a digitalização rompeu a bolha dos grandes centros de inovação e chegou às áreas rurais. Mas, nos últimos tempos, esse movimento ficou ainda mais evidente.

De máquinas operadas remotamente a sensores de monitoramento do solo, muitas são as tecnologias no campo que ajudam a consolidar a transformação digital do agronegócio

Mas há uma que se destaca, principalmente, pela capacidade de centralizar a automatização de diversos processos relacionados à gestão rural em um só lugar: os softwares para o agronegócio.

Mas, afinal, quais são os melhores softwares para o agronegócio? Como funcionam os sistemas agro? É o que te mostramos a seguir. Confira!

O que é software agrícola?

Um software agrícola é, basicamente, um serviço computacional utilizado para facilitar o dia a dia do produtor rural. Isso acontece por meio do processamento de dados e inteligência artificial

Na prática, as soluções viabilizam desde o planejamento de safras até o controle de custos. Elas também passam pelo monitoramento em tempo real das operações na lavoura e manutenção de maquinário, dentre outras coisas.

Impulsionadas pela pandemia, as novas tecnologias no campo invadiram as fazendas com muitas promessas. Por exemplo, otimizar processos, reduzir custos, profissionalizar a gestão e potencializar os lucros das fazendas. 

O resultado? Em agosto de 2020, pelo menos 85% dos produtores rurais já utilizavam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola.

Para se ter ideia, os softwares de gestão agrícola aparecem em terceiro lugar na lista das seis tecnologias digitais mais utilizadas por produtores rurais no país. Esse dado foi levantado pela Embrapa. Veja:

software para o agronegócio
(Marília Bastos e Flávia Fiorini/Embrapa)

Quais são as tecnologias usadas no agronegócio?

A tecnologia permitindo que produtores rurais aumentem a produtividade, reduzam custos e tornem suas operações mais sustentáveis.

Com o crescimento da demanda por alimentos e a necessidade de otimizar recursos naturais, inovações como agricultura de precisão, automação de máquinas, biotecnologia e inteligência artificial estão transformando a forma como as lavouras e criações são gerenciadas.

Essas tecnologias possibilitam desde o monitoramento detalhado do solo e do clima até a tomada de decisões estratégicas baseadas em dados. Confira algumas das tecnologias que estão revolucionando o setor agropecuário:

1. Agricultura de Precisão

  • Sensores e GPS: Permitem monitoramento detalhado do solo e das culturas.
  • Mapeamento de produtividade: Ajuda a identificar áreas com maior ou menor rendimento.
  • Dosagem variável de insumos: Otimiza o uso de fertilizantes e defensivos agrícolas.

2. Drones e Sensoriamento Remoto

  • Monitoram lavouras em tempo real, detectando pragas, doenças e estresse hídrico.
  • Aplicam insumos de forma localizada, reduzindo desperdícios.

3. Máquinas e Equipamentos Automatizados

  • Tratores e colheitadeiras autônomas aumentam a eficiência na lavoura.
  • Plantadeiras e pulverizadores inteligentes aplicam insumos com alta precisão.

4. Softwares de Gestão Rural

  • Permitem controle financeiro, planejamento de safra e rastreabilidade da produção.
  • Facilitam o rateio de custos e a tomada de decisão estratégica.

5. Energia Sustentável e Tecnologias Verdes

  • Energia solar e biodigestores ajudam a reduzir custos e emissões de carbono.
  • Práticas como agricultura regenerativa aumentam a saúde do solo.

Quais os tipos de software no agronegócio?

No agronegócio, a tecnologia também tem conquistado um bom espaço pela otimização da gestão, no aumento da produtividade e na melhoria da eficiência das propriedades rurais.

Os softwares agrícolas são aliados para produtores que buscam tomar decisões mais estratégicas, reduzir desperdícios e maximizar os resultados.

Essas soluções digitais podem ser classificadas em diferentes categorias, de acordo com suas funções e benefícios. Confira abaixo:

1. Softwares de Gestão Rural

São softwares que contem a parte operacional e financeira da fazenda, como o controle financeiro, planejamento de safra, gestão de custos, estoque e comercialização da produção.

Exemplos: ERPs agrícolas, plataformas de gestão financeira e softwares de controle de custos.

2. Softwares de Agricultura de Precisão

São plataforma que usam dados de sensores, GPS, drones e imagens de satélite, ajudando a otimizar o uso de insumos e aumentar a produtividade.

Exemplos: Plataformas de mapeamento de solo, monitoramento climático e controle de pulverização.

3. Softwares de Monitoramento e Sensoriamento Remoto

Costumam ser procurados pela coleta e analisa de dados ambientais, climáticos e da lavoura em tempo real para auxiliar na tomada de decisão.

Exemplos: Sistemas que integram estações meteorológicas, sensores no solo e imagens de satélite.

4. Softwares para Gestão de Máquinas e Equipamentos

São conhecidos e procurado para o monitoramento do desempenho de tratores, colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas para melhorar o uso e reduzir custos.

Exemplos: Plataformas de telemetria e controle de manutenção de máquinas.

5. Softwares para Gestão Pecuária

Facilitam a gestão do rebanho, permitindo o monitoramento individual dos animais, controle de alimentação, acompanhamento sanitário e rastreabilidade, garantindo maior eficiência na produção pecuária.

Exemplos: Aplicativos de manejo pecuário e plataformas de rastreabilidade animal.

Quais são os melhores softwares para agronegócio?

Agora, conheça alguns exemplos de softwares para o agronegócio e entenda melhor as diferenças e especificidades de cada um. 

1. Aegro (software para gestão agrícola)

O Aegro é um software de gestão rural, que tem como principal objetivo oferecer aos produtores rurais um controle completo e eficiente de seus negócios. Para isso, oferece acesso rápido, simples e intuitivo a diferentes soluções de gestão agrícola e financeira.

A plataforma está se destaca como melhor software de gestão para agronegócio por ter funcionalidades que vão desde o planejo até o controle da propriedade rural. Confira:

  • Planejamento da safra (desde o plantio até a colheita); 
  • Relatórios dos principais indicadores da fazenda (como custos, produção, produtividade, estoque e rentabilidade); 
  • Gerenciamento inteligente de maquinário (com direito a alertas periódicos de consumo, desempenho e revisão); 
  • Visão detalhada do fluxo de caixa.

Acessível por meio de computadores, celulares ou tablets, o app Aegro também conta com alguns serviços adicionais na versão Web. São eles:

Software para produtor rural: 10 formas de ganhar mais ao utilizar!

Quer conhecer mais sobre o Aegro? Peça agora mesmo uma demonstração gratuita!

2. Zero Amassamento

O Zero Amassamento é um software para agricultura digital de precisão, e seu objetivo principal é reduzir o desperdício de sementes nas fazendas. 

Esse sistema agro realiza, automaticamente, o desligamento das linhas de plantio no local exato onde acontece o tráfego de pulverizadores e distribuidores. É daí que vem o nome “zero amassamento”. Com isso, o produtor rural consegue economizar até 4% das sementes.

A tecnologia é compatível com equipamentos Stara (mesma empresa responsável pelo desenvolvimento do programa). Entretanto, vale salientar que o processo é todo realizado por software, o que elimina a necessidade de interferências mecânicas nas máquinas.

3. Climate Fieldview

O Climate Fieldview é um software de gerenciamento de operação, que utiliza a ciência de dados para examinar informações climáticas. O objetivo é auxiliar o produtor rural durante o gerenciamento de operações. 

Para isso, a ferramenta coleta, processa e armazena dados agronômicos e fornece aos usuários previsões e análises customizadas. Essas análises são construídas com base  na combinação de dados históricos e dados coletados em tempo real na cabine das máquinas.

4. ERP Cigam

O ERP Cigam mitiga desperdícios resultantes de falhas humanas. As plataformas ERP (do inglês, enterprise resource and planning) são caracterizadas por centralizar e integrar diversas áreas. Por exemplo, planejamento, estoque, financeiro, fiscal, vendas e outros.

O ERP do Cigam viabiliza a automatização de tarefas como cadastro de produtos e controle de estoque.

Por meio de business intelligence, o software apresenta uma visão rápida de indicadores de performance, consultas multidimensionais, relatórios e gráficos. Os usuários também podem consultar, com ajuda de uma assistente virtual:

  • saldo de caixa;
  • total de pedidos para faturamento;
  • outros registros específicos.


5. QGIS 

O QGIS é um tipo de software conhecido como SIG (Sistema de Informações Geográfica), o que significa que ele utiliza dados georreferenciados em sua operação.

Assim, por meio da coleta, armazenamento e análise destes dados, ele possibilita o mapeamento das fazendas de maneira assertiva. Ainda, possibilita a criação de mapas específicos, como mapas de produtividade e de fertilidade do solo.

Uma das principais vantagens do QGIS frente a outros softwares para agricultura digital de precisão é que ele é gratuito (e atualizado constantemente por desenvolvedores voluntários). Ainda, ele 

é compatível com qualquer computador, independentemente de seu sistema operacional.  

6. John Deere (software de agricultura 4.0)

O John Deere é um software que auxilia quem produz na localização e monitoramento de máquinas agrícolas. Sobretudo para quem tem grandes fazendas, um software como esse é essencial para saber o status exato de cada máquina, mesmo longe do campo.

Uma das principais ferramentas da agricultura 4.0, softwares como o John Deere permitem que você use suas máquinas com mais conectividade e facilidade. Ainda, permitem que você explore o máximo da inteligência presente no maquinário.

Outro ponto positivo desse software é possibilitar que você planeje atividades do seu próprio celular, as enviando em seguida para cada máquina. Assim, a necessidade de ir a campo é cada vez menor.

7. Stara

A Stara é uma empresa que desenvolve vários aplicativos que simplificam a gestão das máquinas na fazenda. Com esses softwares, você consegue se inteirar sobre as atividades feitas em campo através do seu celular.

Além disso, eles permitem que você extraia informações do maquinário, o que facilita na tomada de decisões importantes. Por exemplo, você pode prever a necessidade de reparos e manutenções antes que suas máquinas tenham prejuízos.

Ainda, aplicativos da Stara permitem que você extraia mapas de trabalho, e tenha uma noção do que suas máquinas fizeram em campo. Também é possível utilizar os softwares desenvolvidos pela empresa para ter estatísticas completas, e compartilhá-las com sua equipe.

8. Lavoro

Insumos agrícolas fazem parte da rotina de todos os produtores rurais. Pois saiba que há softwares que te ajudam na gestão desses itens, como o Lavoro. Com ele, você consegue fazer a gestão e cotação de novos insumos, além de fazer seus pedidos por lá mesmo.

Também é possível visualizar o histórico dos seus pedidos e informações técnicas dos produtos. Outra vantagem é a possibilidade de acompanhar as cotações do mercado, o que te ajuda a manejar seus preços e estar sempre competitivo nos seus negócios.

Banner de chamada para o download da planilha de cálculos de insumos

9. Datagro

Além dos manejos do campo e do escritório, a estratégia no negócio rural é fundamental. Por isso, aplicativos como o Datagro oferecem consultoria estratégica para o agronegócio

Com o Datagro, você consegue visualizar melhor as características e atual situação da sua fazenda, além de poder contar com consultorias especializadas. Dessa forma, é possível identificar pontos de melhorias, tudo isso através do seu celular.

É importante pensar em softwares para o agronegócio além dos que auxiliam no campo e nas finanças. Afinal, o planejamento estratégico também é essencial para aproveitar o máximo da produtividade que você obtém nas lavouras. 

10. Orbia

A Orbia é um software que possibilita que distribuidores de itens agrícolas, como insumos, ofereçam seus produtos a produtores rurais. Ou seja, esse software facilita o processo de compra de insumos, já que você pode adquiri-los sem sair da fazenda.

Além disso, a Orbia diminui o caminho entre você e o crédito rural, uma vez que tem parceria com empresas que oferecem esse serviço. Outro ponto de destaque é que o software também trabalha com programa de pontos.

Isso significa que ao comprar produtos na plataforma, você acumula pontos e poderá utilizá-los para outras finalidades, como compras.

Como saber se está na hora de usar um software de gestão de fazendas?

A decisão de implementar um software de gestão de fazendas é necessária para melhorar operações, aumentar a rentabilidade e garantir a competitividade no mercado. No entanto, saber o momento certo para adotar essa tecnologia pode ser um desafio.

1. Tamanho da propriedade: Se sua fazenda possui grande extensão territorial, um software de gestão pode ser a chave para integrar e controlar todas as etapas da produção de forma eficiente.

2. Complexidade das operações: Se você lida com diversas culturas, criações ou atividades simultâneas, um sistema centralizado pode simplificar o gerenciamento e evitar erros.

3. Volume de dados: Se você gera um grande volume de dados sobre produção, custos, estoque e finanças, um software pode te ajudar a organizá-los e transformá-los em informações úteis para a tomada de decisões.

4. Dificuldade em controlar processos: Se você enfrenta dificuldades em controlar manualmente os processos da fazenda, como estoque de insumos, manutenção de máquinas, fluxo de caixa e cumprimento de obrigações fiscais, um software pode automatizar tarefas e te dar uma visão mais clara do negócio.

5. Falta de informações precisas: Se você sente falta de informações precisas e atualizadas para tomar decisões estratégicas, um software pode gerar relatórios detalhados sobre todos os aspectos da fazenda.

6. Perda de tempo e dinheiro: Se você gasta muito tempo com tarefas manuais e burocráticas, ou se identifica perdas de dinheiro por falta de controle, um software pode otimizar seus processos e reduzir custos.

7. Dificuldade em acompanhar o crescimento: Se sua fazenda está crescendo e você não consegue mais acompanhar todas as operações manualmente, um software pode te dar o suporte necessário para escalar o negócio de forma organizada.

8. Necessidade de profissionalização: Se você busca profissionalizar a gestão da sua fazenda, um software pode te ajudar a implementar processos eficientes, padronizar tarefas e tomar decisões baseadas em dados.

9. Pressão do mercado: Se seus concorrentes já utilizam softwares de gestão e você sente que está ficando para trás, é hora de considerar essa tecnologia para garantir sua competitividade

Como gerir uma propriedade rural?

Gerir uma propriedade rural exige uma visão ampla e integrada, abrangendo diversas áreas que impactam diretamente a produtividade e a rentabilidade do negócio.

Desde o planejamento financeiro estratégico, que ajuda a planejar o futuro da propriedade, até a execução das operações diárias da lavoura ou pecuária, cada decisão precisa ser cuidadosamente pensada para garantir o sucesso.

A gestão eficiente envolve a organização de recursos, o controle de custos, o uso de tecnologias, a capacitação da equipe, a implementação de práticas sustentáveis e a escolha de canais de comercialização que maximizem os lucros.

Aqui estão os principais pontos que devem ser considerados para uma gestão rural de sucesso:

1. Planejamento Estratégico

  • Defina os objetivos da propriedade (produção, rentabilidade, sustentabilidade etc.).
  • Escolha o modelo de produção adequado (grãos, pecuária, integração lavoura-pecuária, agrofloresta etc.).
  • Analise o mercado para entender a demanda e os preços dos produtos.

2. Gestão Financeira e Tributária

  • Registre todas as receitas e despesas.
  • Faça um controle de custos detalhado (insumos, mão de obra, manutenção de máquinas).
  • Utilize ferramentas como balanço patrimonial e DRE (Demonstração do Resultado do Exercício).
  • Mantenha-se em dia com a agenda tributária do agronegócio.

3. Gestão de Pessoas e Mão de Obra

  • Capacite os funcionários para melhor produtividade.
  • Distribua tarefas de forma eficiente.
  • Adote boas práticas trabalhistas para evitar problemas legais.

4. Tecnologias e Inovação

  • Use um software de gestão rural para acompanhar dados de produção e finanças.
  • Invista em maquinário moderno e drones para monitoramento da lavoura.
  • Utilize a agricultura de precisão para otimizar o uso de insumos.

5. Manejo Sustentável e Conservação do Solo

  • Faça rotação de culturas e adubação verde para manter a fertilidade do solo.
  • Aplique técnicas de conservação da água, como terraceamento e plantio direto.
  • Adote práticas de mitigação dos impactos climáticos para reduzir riscos.

6. Comercialização e Logística

  • Escolha os melhores canais de venda (cooperativas, cerealistas, exportação direta).
  • Planeje a armazenagem e transporte para evitar perdas na colheita.
  • Analise contratos futuros e hedge para proteção contra oscilações de preço.

Qual é o melhor software de gestão de fazendas?

Com mais de 60 mil instalações e mais de 2 milhões de hectares gerenciados em todo o país, o Aegro é o melhor software de gestão fazendas do Brasil. Ainda, é considerado um dos melhores e mais completos aplicativos.

Não apenas pelas diversas funcionalidades que citamos acima, mas também porque o aplicativo conta com uma central de apoio completa para orientar seus usuários. Isso inclui:

  • Emissão de nota fiscal para produtor rural grátis;
  • Central de ajuda com tutoriais completos;
  • Treinamento para você e toda sua equipe;
  • Suporte em menos de 1 minuto via chat ou WhatsApp;
  • Gerente de contas que acompanha toda a sua jornada.

Outro diferencial que garante ao Aegro uma posição de destaque nesta lista é que, com ele, o produtor rural consegue registrar atividades, consultar o estoque e controlar os custos sem que esteja conectado à internet. 

Essa é uma vantagem e tanto para aqueles que gerenciam fazendas em áreas remotas.

banner com fundo, com um notebook no lado direito e texto no lado esquerdo, convidando para uma demonstração no software Aegro