Calendário agrícola: organize a lavoura de forma estratégica

Calendário agrícola: o que é, qual a sua importância e como usá-lo para organizar as atividades da empresa rural

O planejamento agrícola é uma etapa indispensável para a exploração racional dos recursos. Ele minimiza os riscos e melhora a gestão das atividades.

Uma das fases do planejamento consiste na elaboração do calendário agrícola

O calendário agrícola pode te ajudar muito nas tomadas de decisão. Além disso, ele  contribui para o monitoramento da safra.

Mas afinal, como elaborar um calendário agrícola? Confira a seguir um pouco mais sobre o assunto. Boa leitura! 

O que é e como funciona o calendário agrícola

Calendário agrícola é uma ferramenta de consulta que te mostra a melhor época para a semeadura, manejo e colheita da sua cultura. O principal objetivo é definir quais atividades serão realizadas e em qual período.

Além disso, ele também ajuda a definir qual o melhor momento de disponibilizar o produto no mercado. A adoção das recomendações do calendário agrícola é muito importante. 

O cultivo na época indicada garante maior sucesso da atividade. Afinal, isso reduz os riscos de queda de produção em decorrência de adversidades climáticas. 

Em alguns casos, também é possível antecipar a solução de problemas. Por exemplo, o aparecimento de doenças nos períodos de maior umidade.

Como elaborar um calendário agrícola

A elaboração do calendário agrícola deve considerar o cenário em que a atividade está inserida. 

Por isso, é essencial conhecer as condições ambientais, sociais e econômicas da empresa rural.

Primeiramente, analise a viabilidade técnica e econômica da atividade. Feito isso, é hora de elaborar o calendário. 

Para elaborar um calendário agrícola preciso, você deve reunir as seguintes informações:

  • análise físico-química do solo;
  • tamanho da área;
  • cultivares/variedades indicadas para a região;
  • ciclo fenológico da cultura;
  • zoneamento agrícola;
  • condições meteorológicas (regime pluviométrico, temperatura, umidade,       velocidade do vento);
  • insumos (sementes, adubos, inoculantes, defensivos agrícolas);
  • mão de obra;
  • máquinas e implementos.

Após levantar essas informações, você pode organizar as atividades agrícolas e estabelecer a melhor data em que serão realizadas. Assim, é possível disponibilizar os recursos no período determinado.

Quanto maior o número de informações e quanto mais precisa elas forem, mais estratégico será o seu calendário agrícola.

Para otimizar esse processo, conte com um software de gestão rural que integre diferentes informações e soluções agrícolas, como o Aegro.

Com ele, você consegue visualizar seu histórico de pragas e doenças, fazer o inventário de estoque e patrimônio e até acessar previsões meteorológicas completas, para então planejar as fases e atividades da safra.

Veja aqui um vídeo com todos esses recursos e como eles podem facilitar a elaboração e execução do seu calendário agrícola.   

planilha de planejamento da safra de milho

Calendário de plantio e colheita

Uma informação importante do calendário agrícola é o período de plantio e colheita.

O calendário de semeadura e colheita brasileiro é norteado, principalmente, pelas recomendações do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). 

Ele é disponibilizado pela Conab e pode ser acessado no site da instituição.

Esse calendário engloba as principais culturas. Ele é elaborado a partir de dados meteorológicos, técnicos e científicos de diferentes instituições oficiais.

Zoneamento agrícola

Outra importante ferramenta que pode te orientar no planejamento do calendário é o Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático). 

O Zarc relaciona os municípios e os períodos do ano com condições de cultivo mais favoráveis. Ele considera o tipo do solo e o ciclo fenológico da cultura.

As recomendações do Zarc também são utilizadas por algumas instituições financeiras. Essas instituições exigem essas informações para a concessão de crédito rural e seguro agrícola.

Os dados do Zarc podem ser acessados em várias plataformas:

Informações meteorológicas

Os dados meteorológicos podem ser coletados nos seguintes sites:

  • Agritempo (Sistema de Monitoramento Agrometeorológico/Embrapa);
  • Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/INPE); 
  • Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Qual a melhor data para plantar? Veja o calendário agrícola das principais culturas

No Brasil, o calendário de plantio e colheita não é unificado. Isso acontece porque cada região apresenta características ambientais específicas

Cada região do país tem seu próprio intervalo de meses para realizar o plantio e a colheita das culturas.

Agora, confira o calendário de plantio e colheita das principais culturas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Todos os calendários foram retirados da Conab.

Calendário agrícola do algodão

Quem produz algodão deve se atentar à época do vazio sanitário estipulado para cada região. 

O vazio sanitário é uma medida obrigatória. Ela busca o controle de doenças e insetos-pragas, especialmente o bicudo-do-algodoeiro.

Calendário de plantio e colheita de algodão nas regiões Centro-Oeste e Sudeste

Calendário agrícola do feijão

Calendário de plantio e colheita de feijão 2a safra nas regiões Centro-Oeste e Sudeste

Calendário agrícola do milho

Calendário de plantio e colheita de milho 2a safra nas regiões Centro-Oeste e Sudeste

Calendário agrícola da soja

Calendário de plantio e colheita de soja nas regiões Centro-Oeste e Sudeste

Assim como o algodão, os produtores de soja devem respeitar o período de vazio sanitário determinado para a cultura da soja

Esse período é determinado anualmente pela SDA (Secretaria de Defesa Agropecuária).

O vazio sanitário da soja visa controlar o fungo causador da ferrugem asiática

Calendário de semeadura da soja

No caso da cultura da soja, o calendário de semeadura atende o PNCFS  (Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja).

A ferrugem asiática é uma das principais doenças fúngicas da soja. O PNCFS reúne estratégias de manejo para a prevenção e controle da doença. 

Por isso, o calendário de plantio da soja racionaliza o número de aplicações de fungicidas. 

Essa ação reduz os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo aos produtos químicos utilizados.

O calendário de semeadura da soja é de responsabilidade da SDA  e do Mapa.

A adoção do calendário de semeadura da soja é obrigatória em 20 estados brasileiros. A seguir, confira a janela de plantio para cada um desses estados para a safra 2021/22.

Calendário de semeadura da cultura da soja

(Fonte: Mapa)

Para saber quais municípios se enquadram nas diferentes regiões do Maranhão, Pará, Piauí e Rondônia, consulte a Portaria nº 394.

Esse calendário de semeadura da soja considera apenas aspectos fitossanitários

Enquanto isso, a janela de plantio recomendada pelo Zarc considera outros parâmetros como a região, os tipos de solo e a cultura.

O calendário de semeadura do Zarc é apresentado por município de cada estado. As recomendações de plantio da SDA são divulgadas por estado.

É importante ressaltar que as duas recomendações devem ser seguidas, tanto a da SDA quanto do Zarc. 

Caso haja divergência nas datas de plantio ou colheita, você deve considerar o período de início ou término mais restrito.

Conclusão

O calendário agrícola possibilita que você organize e execute as atividades no momento certo

É fundamental se orientar por fontes oficiais na elaboração do calendário agrícola.

Isso contribui para o manejo fitossanitário, além de reduzir as chances de adversidades climáticas coincidirem com as fases mais sensíveis da cultura.

Ao seguir as recomendações do calendário agrícola, você garante maior segurança e uma melhor gestão de toda a safra. 

A partir dessa ferramenta, é possível ter maior clareza das atividades que já foram realizadas e das que ainda estão por serem executadas.

Saiba mais >>

“ASG na agricultura: como se beneficiar dessas práticas”

Você sabia como elaborar o calendário agrícola? Adoraria ler sua experiência nos comentários.

Veja as soluções para os principais problemas na colheita do trigo

Colheita do trigo: saiba como programar, organizar e evitar problemas até na pós-colheita

Em qualquer atividade agrícola, planejamento e equipamentos adequados são necessários para evitar perdas. Eles também aumentam a sua produtividade.

Esses elementos são fundamentais até a colheita do trigo. Essa etapa impacta diretamente na qualidade e rendimento do produto final.

Neste artigo, você verá como passar pelas etapas mais importantes na colheita.

Veja também os principais problemas e soluções para diminuir perdas e aumentar a produtividade do trigo. Aproveite a leitura!

Sincronização de plantio e colheita do trigo

A colheita, apesar de ser a última atividade executada, deve ser planejada desde antes do plantio

No Brasil, as épocas de plantio são recomendadas conforme  as características específicas de cada região.

Essas recomendações são bem detalhadas para as datas de plantio nas principais áreas produtoras, tanto para trigo sequeiro como para irrigado. As datas de plantio podem variar de março a setembro.

Além da data de plantio, o ciclo da cultivar também irá influenciar na data da colheita. 

O ciclo do trigo pode variar de 100 a 170 dias. Isso depende da região e do cultivar escolhida (ciclo curto, médio ou longo). 

A colheita normalmente ocorre no inverno no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. No Sul, acontece na primavera.

Esse é o primeiro desafio da colheita: estar em sintonia com as culturas anteriores e com a preparação posterior da área de plantio.

Esquema gráfico que representa as datas de plantio e colheita de trigo no Brasil, a depender da região

Datas de plantio e colheita de trigo no Brasil

(Fonte: adaptado de Conab)

Principais problemas na colheita do trigo

Ao longo da colheita, vários problemas podem aparecer na sua lavoura. Dentre esses problemas, é possível destacar dois principais.

Problemas climáticos

As condições climáticas podem causar problemas na colheita do trigo. Eles afetam muito as condições da lavoura.

Como as condições climáticas são difíceis de ser controladas, é importante ficar por dentro das previsões climáticas. Faça a escolha da melhor cultivar para a região, cuide da janela de plantio e das condições esperadas.

Isso pode ser feito com a ajuda de meios de informação, serviços meteorológicos ou um sistema especializado em agronegócio.

Como o Aegro que, em parceria com a Climatempo, oferece previsões meteorológicas de hora em hora integradas à gestão da fazenda. Além disso, há também histórico de chuva e da janela de pulverização. 

Geadas

Na região Sul do Brasil,  a ocorrência de geadas no mês de agosto e até setembro podem comprometer a floração e frutificação da lavoura. 

Isso diminui a produtividade, encurta o ciclo da cultura e adianta a colheita.

Chuvas

Outro fator importante são as possíveis chuvas de primavera durante a colheita no Sul. 

Chuvas de curta duração e pouco volumosas podem não causar danos físicos. No entanto, elas podem alterar a umidade das palhadas e do grão, dificultando a colheita.

Ainda na região Sul, chuvas mais fortes, granizo ou vendavais podem causar a derrubada de plantas e acamamento. Por isso, a produção é comprometida caso esses eventos aconteçam na proximidade da época de colheita.

Umidade e calor

Outro problema potencial é a perda de qualidade tecnológica do trigo por germinação de sementes na espiga

Isso ocorre quando há condições de maior umidade (provavelmente após a chuva) e aumento da temperatura. Essas condições meteorológicas provocam a quebra de dormência da semente ainda na planta.

Problemas técnicos 

Os principais problemas técnicos relacionados à colheita do trigo são causados pela regulagem da colhedeira.

O principal modelo de colhedeira de trigo se baseia no sistema de trilha. As principais regulagens que devem ser realizadas na colhedeira são:

  • Velocidade da máquina;
  • Altura de corte da plataforma;
  • Rotação do molinete e do cilindro;
  • Abertura do côncavo.

As recomendações variam conforme a umidade do grão e a altura das plantas

O ideal é iniciar a colheita com grãos em umidade entre 16% e 18%, terminando com umidade em torno de 14% a 13%. Além disso, a velocidade de colheita deve ser entre 5 km/h e 8 km/h.

A boa escolha  desses parâmetros diminui os danos mecânicos nos grãos.

Tabela com indicativo de parâmetros de colhedeira de trigo, em relação à abertura entre cilindro e côncavo e rotação do cilindro

Indicativo geral para parâmetros de colhedeira de trigo

Cuidados pós-colheita

As principais atividades  da pós-colheita de trigo são a secagem e o armazenamento.

A umidade recomendada para o armazenamento do grão de trigo é de 13%. Ela pode ser ajustada em pós-colheita por secagem natural ou forçada. 

A  temperatura de secagem deve estar entre 40 e 60 graus.

Abaixo, são mostrados os principais manejos para evitar perdas durante o armazenamento

  • Manejo integrado de pragas;
  • Tratamento preventivo e/ou curativo de grãos em casa de infestação;
  • Monitoramento da massa de grãos;
  • Avaliações de fungos tóxicos e micotoxinas;
  • Avaliações de resíduos de produtos químicos ou contaminantes.

Importância do trigo no Brasil

O trigo é uma cultura de grande importância alimentar ao redor do mundo. Ele representa até 30% das calorias consumidas diariamente

Os maiores produtores mundiais são a União Europeia, seguida de China, Índia e Rússia.

No Brasil, o consumo de trigo tem aumentado nos últimos anos, aquecendo o mercado e a produção no país. 

A produção quase dobrou nos últimos 10 anos.

A principal região produtora de trigo no Brasil é a região Sul, com destaque para os estados do Rio Grande do Sul e Paraná

Há expansão do trigo para o Sudeste e Centro-Oeste. Isso principalmente em regiões com temperaturas mais amenas em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

e-book culturas de inverno Aegro

Conclusão

A produtividade agrícola é dependente de muitos fatores no campo. Porém, por estar mais próxima ao final do ciclo da cultura, a colheita é muito importante.

É muito importante entender e corrigir os principais problemas relacionados à colheita.

Devido às peculiaridades dessa cultura nas diferentes regiões do território nacional, você deve sempre recorrer a um profissional

Ele irá fazer recomendações específicas para sua microrregião e condições de cultivo.

E você? Já está se preparando para a colheita do trigo? Conte aqui nos comentários o que você tem feito!

Entenda como o melhoramento genético de plantas é um aliado de quem produz

Melhoramento genético de plantas: entenda o que é, técnicas utilizadas, avanços e suas vantagens no aumento da produtividade das culturas.

Os alimentos consumidos hoje são muito diferentes dos que existiam antigamente.

É fácil perceber que há uma diversidade grande de alimentos. Cultivares de soja e milho extremamente produtivas, plantas de algodão mais compactas… Esses são apenas alguns exemplos. 

Todos esses avanços acontecem devido ao melhoramento genético de plantas.

Quer saber o que é o melhoramento de plantas e o motivo dele ser tão importante para a agricultura? Então, continue a leitura desse artigo!

O que é o melhoramento genético de plantas?

O melhoramento é uma ciência que seleciona plantas com características agronômicas desejáveis.

Essas plantas devem atender necessidades como alimentação, vestuário, saúde e combustíveis.

A seleção de plantas aconteceu de maneira intuitiva. Os agricultores adaptavam as plantas por meio da seleção de espécies mais interessantes.

Muitos dos primeiros melhoristas eram agricultores com aguçado instinto de observação. Eles identificavam plantas superiores no campo e as colhiam para obtenção das sementes.

Como o melhoramento mudou as plantas que conhecemos hoje?

As plantas cultivadas hoje passaram pela domesticação. Esse é um processo conduzido por humanos, para adaptar plantas às suas necessidades

Ao longo dos anos, foram aparecendo diferenças entre as plantas domesticadas e seus ancestrais silvestres.

Isso resultou na perda do mecanismo de dispersão de sementes de algumas espécies, como o arroz, cereais e milho. Esse é apenas um exemplo.

Também se destaca o aumento do peso de grãos de trigo. O aumento ocorreu pela seleção  de estruturas maiores e aumento no tamanho dos órgãos da planta. 

Além disso, também houve a sincronicidade no florescimento e maturação de diversas espécies, como o arroz e o trigo.

Veja, na imagem a seguir, como algumas espécies ficaram depois do melhoramento.

Fotos de comparação de comparação da banana e do milho antes do melhoramento genético. Antes, na imagem à esquerda, é possível ver uma banana com sementes enormes. Já no milho, é possível ver na ilustração que os grãos eram menores.

Diferenças entre ancestrais de algumas culturas e o resultado do melhoramento das espécies

(Fonte: Rohrig, 2021)

Quais são as técnicas de melhoramento genético de plantas?

Há a possibilidade de cruzar plantas diferentes para obter combinações de interesse em uma nova planta. 

A partir desse descobrimento, foi incorporada a técnica de hibridação, ou cruzamentos

As características das plantas são herdadas. Sabendo disso, os cientistas podem gerar as melhores combinações de características em uma só planta

O objetivo é chegar em uma planta ideal.

Esquema que mostra etapas do melhoramento genético em plantas. Definição dos objetivos, cruzamentos, seleção de plantas com melhor desempenho, testes e produção de mudas.

Etapas do melhoramento genético de plantas por meio da realização de cruzamentos e seleção artificial

(Fonte: Rohrig, 2021)

Os melhoristas exploram a variação genética de uma espécie, por meio de cruzamentos. 

Entretanto, às vezes é necessário recorrer à variação existente em outras espécies. Elas não podem ser combinadas desta forma. 

Neste caso, a transgenia é uma ferramenta valiosa para incorporar genes que não podem ser combinados por cruzamentos. Os genes de resistência à pragas e doenças são bons exemplos.

Com os avanços da biotecnologia e da engenharia genética, os melhoristas alteraram diretamente o DNA da planta

Entre as diversas ferramentas modernas utilizadas atualmente, podemos citar:

Além das ferramentas citadas acima, destacamos a SAM (Seleção Assistida por Marcadores)

Os marcadores ajudam a identificar as características desejáveis no DNA das plantas. Por exemplo, a presença de genes resistentes à pragas, doenças, estresse hídrico, etc.

Contudo, a utilização de marcadores ainda é limitada pelo alto custo.

Quais são os benefícios do melhoramento genético de plantas?

O melhoramento de plantas é a forma mais ecologicamente responsável de aumentar a produção de alimentos. 

Nas demais áreas, é necessário adaptar o ambiente às plantas. No melhoramento, é possível adaptar as plantas ao ambiente.

A aplicação das técnicas de melhoramento tem sido efetiva com todas as espécies agrícolas. 

Agora, veja algumas culturas beneficiadas pelo melhoramento:

Milho

Com o melhoramento genético do milho, o principal progresso foi o desenvolvimento das variedades híbridas.

Apesar disso, o melhoramento de outras características também contribuiu para o aumento da produtividade da espécie. Dentre as vantagens, estão:

  • tolerância à seca;
  • resistência à pragas e doenças;
  • mudanças que aumentaram a eficiência no crescimento e desenvolvimento da planta.

No Brasil, as cultivares de híbridos simples transgênicas com cinco eventos se tornaram as mais comercializadas. 

banner da planilha de produtividade da lavoura de milho

Soja

O melhoramento genético possibilitou o cultivo da soja em regiões onde antes não era possível.

O Brasil apresentava apenas 5 milhões de hectares cultivados com soja. Atualmente, o cultivo de soja ocupa cerca de 38 milhões de hectares.

Este aumento se deve à seleção cultivares de soja com ciclo juvenil longo. Isso possibilitou o cultivo desta espécie no cerrado brasileiro, por exemplo.

Arroz

As mudanças trazidos para a cultura do arroz se referem a:

  • aumento superior a 2% na produtividade;
  • redução na altura média de plantas das cultivares de ciclo precoce e  ciclo tardio;
  • aumento médio de 10 dias no ciclo no grupo de cultivares precoce e diminuição de 13 dias no grupo tardio.

As cultivares de arroz com porte reduzido são robustas, e proporcionam maior rendimento. Já as cultivares precoces liberam a área rapidamente, permitindo melhor aproveitamento dela.

Algodão

O melhoramento genético trouxe avanços significativos na produtividade e na qualidade da pluma.

Nos últimos 40 anos, houve aumento de 12 vezes na produtividade, e mais de 30% no rendimento da pluma.

As cultivares transgênicas com resistência a inseticidas e herbicidas também contribuem na redução de insumos.

Cana-de-açúcar

O melhoramento permitiu aumento considerável da produção. Os números subiram de 80 milhões de toneladas em 1970 para 592 milhões de toneladas em 2021.

As principais mudanças alcançadas pelo melhoramento genético da cultura foram:

  • maior tolerância à estresses, como o estresse hídrico, baixos níveis de fósforo, temperaturas e geadas;
  • hábito de crescimento ereto;
  • ausência de florescimento;
  • época de maturação;
  • variedades adaptadas a diferentes condições de solo, clima e época de colheita;
  • maior resistência à pragas e doenças;
  • adaptação à colheita mecanizada;
  • direcionamentos à indústria como aumento do teor de fibra, mudanças dos teores de sacarose e incremento da produtividade de biomassa.

Conclusão 

O melhoramento de plantas é a estratégia mais valiosa para o aumento da produtividade de forma sustentável.

Estamos vivendo um momento de mudanças climáticas aceleradas. As pragas e doenças estão evoluindo rapidamente. 

Os recursos não renováveis, como a água, solos e fertilizantes minerais precisam ser usados com racionalidade. Para completar, temos um mercado consumidor cada vez mais exigente

O melhoramento de plantas atua em todas essas áreas. O objetivo é cobrir todas essas necessidades e muitas outras!

>> Leia mais:

Inoculação: Todos os tipos e + 7 dicas para tirar o máximo proveito dela

Tratamento de plasma em sementes: como impulsiona a germinação

Restou alguma dúvida sobre as técnicas de melhoramento genético de plantas e como elas podem auxiliar nos cultivos agrícolas? Deixe seu comentário!

8 melhorias que a mecanização agrícola traz para a sua fazenda

Mecanização agrícola: entenda as vantagens, o uso de tecnologias mais modernas na propriedade e as principais técnicas disponíveis atualmente

O dia a dia de quem produz é desafiador

A execução das atividades no campo é definitiva para o sucesso ou fracasso do seu negócio. 

Aumentar a eficiência dos processos na propriedade é uma necessidade. A mecanização agrícola te dá mais organização, desde o preparo do solo até a pós-colheita.

Neste artigo, você conhecerá mais sobre as técnicas de mecanização agrícola, os benefícios do seu uso e os principais desafios. Confira!

O que é mecanização agrícola?

A mecanização agrícola é o conjunto de técnicas utilizadas no planejamento, execução e desenvolvimento dos processos de produção. Tudo isso acontece com o uso de máquinas, implementos, ferramentas ou qualquer outro meio mecânico. 

Em diferentes escalas, essa mecanização já vem acontecendo desde o começo das atividades agrícolas. 

Benefícios da mecanização agrícola

A invenção de ferramentas e técnicas sempre esteve ao lado de quem produz.

A mecanização é motivada por uma ou várias necessidades, e traz benefícios como:

  • economia de recursos, insumos e tempo;
  • aumento da velocidade de execução de uma tarefa;
  • menor necessidade de mão de obra;
  • aprimoramento da qualidade e eficiência da atividade;
  • menos retrabalhos;
  • sustentabilidade ambiental e econômica;

A mecanização agrícola pode solucionar grandes gargalos da atividade agrícola. Grande parte da evolução da agricultura está ligada à mecanização.

A tendência é que essa relação também seja responsável pelas alterações futuras do meio agrícola. 

Afinal, a melhoria dos processos de automação e mecanização são uma das bases da chamada Agricultura 4.0.

banner - eficiencia de maquinas agricolas

Dificuldades nas atividades agrícolas

As limitações da atividade agrícola são, em geral, relacionadas a 3 pontos principais:

  • a terra;
  • a mão de obra;
  • o capital.

No Brasil, o maior gargalo está relacionado ao capital. 

Isso ocorre principalmente pelos altos custos de produção. As altas taxas tributárias para compras de insumos e máquinas também são uma causa.

Otimizações no uso e preparo da terra e maior eficiência de mão de obra podem gerar retorno positivo. 

Dessa forma, soluções que diminuem custos e aumentam o controle e a eficiência darão maior rentabilidade ao negócio.

Ilustração com fundo preto, que mostra em blocos coloridos os três fatores  da mecanização agrícola do aumento de rentabilidade: controles, eficiência, custos.

Fatores de aumento da rentabilidade

(Adaptado de: ScadiAgro)

8 melhorias que a mecanização agrícola traz para a sua fazenda

1. Preparo do solo

Ferramentas mecânicas como escarificadores, grades, arados e subsoladores auxiliam no preparo do solo. 

O uso de implementos mecanizados pode aumentar a qualidade do preparo, diminuindo os riscos de erosão e permitindo sistemas como o plantio direto.

Mecanização agrícola: foto de um arado subsolador vermelho, em um fundo branco

Arado subsolador

(Fonte: Ruralista)

2. Correção do solo

O processo de calagem é crucial para adequar condições do solo para a cultura. Usar máquinas para distribuição homogênea desses insumos diminui o desperdício e aumenta a eficiência.

Foto de um distribuidor de calcário vermelho, com uma grande caçamba e quatro rodas

Distribuidor de Calcário

(Fonte: Agriexpo)

3. Adubação

As adubadoras são máquinas primordiais para menores perdas na aplicação e homogeneidade de fertilizantes. Isso tanto em pré-plantio quanto cobertura.

4. Plantio

A operação de plantio é crucial para o desenvolvimento de um estande inicial de plantas e potencial produtivo. As semeadoras de plantio convencional e direto aumentam muito a eficiência do processo.

Mecanização agrícola: Foto de uma semeadora adubadora verde, com várias rodas pequenas no centro e duas rodas grandes nas extremidades.

Semeadora adubadora

(Fonte: Agrofry)

5. Pulverização

Máquinas pulverizadoras são muito utilizadas durante o ciclo de produção. 

Elas são úteis na aplicação de fertilizantes ou para o controle de pragas, doenças e insetos, além de manter a capacidade produtiva da lavoura

Mecanização agrícola: Foto de um pulverizador autopropelido amarelo, da marca PLA

Pulverizador autopropelido

(Fonte: Interagrovial)

6. Sistemas de irrigação

O controle da umidade do sistema solo-planta pode ser feita por diversos sistemas mecânicos de irrigação, como pivô central

Esse controle permite maiores potenciais produtivos, além do uso racional de água no cultivo.

7. Colheita

A mecanização da colheita através de colhedeiras permite a diminuição nas perdas. Além disso, há mais rapidez no processo, o que evita degeneração na qualidade do produto final.

Foto de colhedeira de grãos vermelha

Colhedeira de grãos

(Fonte: Cenep)

8. Pós-colheita

O processamento da produção pode incluir tarefas como a classificação, limpeza, secagem e ensilagem. O uso de máquinas permite maior homogeneidade e velocidade nesse processo, garantindo maior qualidade do produto final.

Técnicas modernas e o futuro da mecanização agrícola

A Agricultura Digital é um conceito que está ganhando bastante destaque no meio agrícola. Ela se baseia no uso de tecnologias de ponta em várias atividades.

A automação agrícola é uma de suas bases.

Inovações tecnológicas serão ainda mais vistas na mecanização agrícola. Dentre essas novas ferramentas, há:

  • Drones e aviões: podem ser usados tanto para o monitoramento de características das áreas como para aplicação de insumos como fertilizantes e defensivos.
  • Sistema de localização: permite mapear diferentes áreas da propriedade com alta resolução;
  • Sensores: captam de dados do solo, planta ou clima sem interrupções e de maneira mais eficiente;
  • Máquinas autônomas: dispensam a mão de obra humana e executam atividades por meio da combinação de sensores e sistema de localização. Isso acontece baseado em dados pré-coletados ou em tempo real;
  • Sistemas inteligentes: controlam atividades como irrigação, de maneira mecânica e com pouca ou nenhuma intervenção humana;
  • Agricultura de precisão: se baseia no uso das tecnologias acima mencionadas para um monitoramento da propriedade;

Conclusão

São várias as etapas da produção agrícola que podem ser melhoradas através do uso da mecanização e automação.

A mecanização agrícola permite uma maior otimização de processos por meio da economia de tempo, dinheiro e recursos

O uso combinado dessas técnicas pode levar a um aumento grandioso da eficiência da propriedade. Por isso, não deixe de considerar essas tecnologias.

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“Quanto custa o abastecimento de máquinas na sua produção agrícola?”

“Consultor gera economia de R$ 20 mil em operações de máquinas usando software rural”

Restou alguma dúvida sobre a mecanização agrícola? Quais ferramentas você ainda não implantou? Adoraria ler seu comentário!

Como a tecnologia Enlist na soja pode tornar sua lavoura mais produtiva

Tecnologia Enlist na soja: saiba o que ela traz de novo para o mercado, suas vantagens e desvantagens, marcas disponíveis e muito mais! 

O mercado das commodities agrícolas se moderniza ano após ano.

A demanda pelo uso de outros herbicidas além do glifosato abriu mercado para o surgimento da soja resistente à outros mecanismos de ação. 

Além disso, uma das melhores formas de manejo da lavoura é o uso de cultivares mais resistentes.

Nesse artigo, você conhecerá a tecnologia Enlist na soja. Ela promete soluções inovadoras na sua lavoura. Acompanhe!

O que é a tecnologia Enlist na soja?

A tecnologia Enlist é um sistema que engloba vários herbicidas e as sementes de soja com a tecnologia.

A empresa Corteva Agriscience desenvolveu a tecnologia pensando em plantas que ficaram resistentes ao glifosato, após uso excessivo do herbicida.

Plantas como buva, capim-amargoso e tiririca são um desafio para quem produz. Essa tecnologia surge como mais uma opção de manejo.

Foto de lavoura de soja infestada com plantas daninhas altas

Lavoura de soja infestada com plantas daninhas

(Fonte: Pioneer)

Quais herbicidas utilizar com a tecnologia Enlist na soja

A tecnologia Enlist permite que você use três herbicidas em lavouras com soja já emergida:

A Enlist  tem sido associada a materiais de alta produtividade, e ainda pode ser aliada às outras tecnologias como a soja Bt. 

Além disso, pode ser uma boa opção para o controle de algumas pragas.

Sistema de herbicidas da tecnologia Enlist

Esse portfólio reúne inovação em sementes, formulações químicas, manejo de plantas daninhas e insetos. Vale lembrar que você pode utilizar outros herbicidas com a tecnologia Enlist.

Os dois herbicidas do sistema Enlist são indicados para a soja quem tem a nova tecnologia.

1. Enlist Colex-D 

É um concentrado solúvel sistêmico, que tem como ingrediente ativo o 2,4-D sal de Colina.

Aplique para o controle de plantas daninhas de folha larga na soja Enlist. Você pode fazer isso tanto em pré como em pós emergência.

Em pré-emergência, pulverize nos estádios iniciais de desenvolvimento (até 4 folhas) e anterior ao florescimento das plantas daninhas.

No período pós-emergência, aplique o Enlist Colex-D no estádio de desenvolvimento da soja V2, V3 ou até R2. 

2. EnlistDuo Colex-D

É um herbicida sistêmico. Seus ingredientes ativos são uma mistura pronta de 2,4-D sal de colina e glifosato sal dimetilamina.

Use em pré e pós-emergência da soja Enlist.

Você terá os melhores resultados aplicando nas mesmas condições e épocas do Enlist Colex-D.

Faça no máximo 2 aplicações em pré-emergência e 2 aplicações em pós emergência.

Esquema que mostra a época de aplicação dos herbicidas Enlist. A aplicação deve ser feita antes da emergênca, e entre os estádios V2 e R2

Época de aplicação dos herbicidas Enlist

(Fonte: DocPlayer)

Lembre-se de verificar as doses e as plantas indicadas na bula do produto.

Sempre siga o receituário agronômico e todas as normas de segurança para fazer as aplicações.

O Colex-D  é uma tecnologia inovadora e exclusiva presente nesses produtos.

Veja quais são as vantagens dessa tecnologia:

  • Confere baixa volatilidade dos herbicidas;
  • Redução considerável da deriva na aplicação;
  • Maior facilidade no manuseio do produto;
  • Menor odor.

Sementes de soja da tecnologia Enlist

Atualmente existe a soja Enlist E3 e a Enlist Conkesta E3

A grande vantagem dessas sojas é a melhora no controle de daninhas. Afinal, há uma grande possibilidade do uso de mais ingredientes ativos.

O manejo de resistência de plantas daninhas e controle de plantas voluntárias pode ser feito de forma mais eficaz.

Na safra 21/22, 14 variedades de soja com essa tecnologia foram liberadas para o plantio. 

A previsão para a próxima safra (22/23) é de 33 variedades.

Foto da embalagem de sementes com tecnologia Enlist na soja. A embalagem é retangular, nas cores verde escuro, amarelo mostarda e branco. A marca é Iberá sementes.

Sementes de soja com tecnologia Enlist E3

(Fonte: Ibera)

1. Soja Enlist E3

Essa soja é tolerante aos herbicidas Enlist Colex-D, glifosato e glufosinato de amônio. Ela combina genética de alta produtividade com um melhor manejo das principais plantas daninhas que preocupam sojicultores.

2. Soja Conkesta E3

As variedades de soja Conkesta E3 possuem outra tecnologia além da tolerância aos herbicidas Enlist Colex-D, glifosato e glufosinato de amônio.

Além de muito produtiva, ela auxilia no manejo de lagartas.

A soja Conkesta E3 tem proteínas Bt, e protege contra as seguintes lagartas:

  • Lagarta-da-soja;
  • Lagarta-falsa-medideira;
  • Lagarta-elasmo;
  • Lagarta-das-maçãs;
  • Lagarta-helicoverpa.

Essa tecnologia protege moderadamente a soja das seguintes lagartas:

  • Lagarta-preta;
  • Lagarta-das-folhas.

Como qualquer outra soja Bt, é necessário que você plante o refúgio, para proteção da tecnologia.

Se optar pela soja Conkesta E3, poderá usar variedades Enlist E3 como refúgio.

Essa prática é de extrema importância dentro do Manejo Integrado de Pragas. Além disso, ela faz com que a durabilidade das tecnologias seja prolongada.

Esquema de como adotar o refúgio na lavoura, para melhorar o uso da tecnologia Enlist na soja. É possível deixar uma borda em refúgio, faixas ou blocos.

Diferentes maneiras de plantar refúgio na lavoura

(Fonte: Boas Práticas Agronômicas)

Marcas de soja com tecnologia Enlist

As variedades com essa tecnologia serão comercializadas inicialmente nas seguintes marcas de sementes:

  • Brasmax;
  • Donmario; 
  • Neogen;
  • NK;
  • Nidera Sementes;
  • Syngenta;
  • Stine;
  • TMG;
  • HO Genética;
  • Cordius;
  • Brevant Sementes;
  • Pioneer.

Vantagens e desvantagens 

Essa nova tecnologia ainda é recente. É necessário ao menos terminar a primeira safra para listar as vantagens e desvantagens.

Até então, saiba que é mais uma ferramenta para o manejo integrado de plantas daninhas e de pragas.

O preço desses novos produtos pode ser listado inicialmente como uma desvantagem, por serem altos. 

No entanto, a tendência é que com o decorrer do tempo passe a ser mais acessível. As vantagens são inúmeras, como maior proteção contra daninhas e algumas pragas.

Banner de chamada para o kit de sucesso da lavoura campeã de produtividade

Conclusão

A nova tecnologia Enlist soja foi lançada para a safra 21/22. Ela promete muitas vantagens para quem produz o grão.

As sementes de soja são resistentes a três ingredientes ativos de herbicidas, além de algumas pragas.

Planeje adequadamente a sua próxima safra, e avalie a necessidade da utilização dessa nova tecnologia. Use com inteligência para obter resultados positivos.

Restou alguma dúvida sobre a tecnologia Enlist na soja? Você já está utilizando esse sistema na sua lavoura nesta safra? Adorarei ver seu comentário!

Como montar um terreiro suspenso e quando vale a pena investir nele

Terreiro suspenso: saiba quando é indicado, como montar, recomendações de tamanho, custos, vantagens, desvantagens e muito mais!

O sabor é fundamental para o café. A secagem do grão garante que o cuidado realizado durante a produção seja mantido na qualidade da bebida.

Por isso, manejos foram desenvolvidos para melhorar o método de secagem dos grãos. Os terreiros suspensos são um exemplo disso.

Neste artigo, você verá algumas informações sobre esse método e se é interessante adotar em sua propriedade. Confira!

O que é um terreiro suspenso?

Terreiro suspenso é uma estrutura feita para secagem dos grãos de café elevado. Assim, os grãos não têm contato com solo e seguem de modo mais homogêneo.

A secagem do café nacional é tradicionalmente feita em terreiros (terreirões) a céu aberto.

Foto de mulher em terreiro de café, revolvendo os grãos com ajuda de uma enxada. Atrás dela é possível ver a propriedade rural.
Terreirão de café
(Fonte: A batata integral)

Porém, o aroma e qualidade sensorial da bebida são realçados com a secagem uniforme e gradual dos grãos. É por isso que os terreiros suspensos são tão importantes.

Como funciona?

A estrutura do terreiro suspenso seca pequenas quantidades de café. Por causa do espaço, é recomendada principalmente para lotes de café especiais/exportação.

A secagem é feita gradualmente, com ventilação entre os grãos. Isso acontece porque a base do terreiro suspenso é uma tela de sombrite 50%.

A fermentação dos grãos, que reduz a qualidade da bebida, é evitada dessa maneira.

A secagem do café também acontece lentamente, devido à falta de contato dos grãos com o solo.

Grãos de café secados lentamente apresentam melhor qualidade sensorial, o que é desejado em cafés especiais. 

Tipos de terreiros suspensos

Existem diversos tipos de terreiro suspenso: com e sem cobertura de lona plástica; com e sem pavimentação no solo e dentro de estufas.

A pavimentação ajuda a evitar a umidade do solo. A cobertura, por sua vez, evita as chuvas e o orvalho que pode ocorrer de noite.

Três fotos de terreiros diferentes: o primeiro parece uma grande mesa, com os grãos de café sobre a superfície; o segundo possui uma cobertura de tela e é pequeno; o terceiro é uma grande estufa com os grãos de café sobre mesas.
Terreiro suspenso sem cobertura e sem pavimentação; com cobertura e sem pavimentação; dentro de estufa
(Fonte: A – Café BRB; B e C – Embrapa)

Ainda existe terreiro suspenso móvel, que não é fixo no chão. 

Durante dias com temperatura muito elevada, a noite ou em dias chuvosos, o terreiro é movido para local coberto, como barracões.

Foto de tábua de ferro suspensa, com grãos de café espalhados sobre a superfície.
Terreiro suspenso móvel
(Fonte: Fazenda Zona Norte)

Como construir terreiros suspensos

Os materiais utilizados podem ser pilares de cimento ou madeira.

Os pilares devem ser colocados a cada três metros, até atingir o comprimento desejado do terreiro.

Você também vai precisar de arames ou tela hexagonal, usados para fazer viveiros de pássaros e galinhas.

Pregos e esticadores são utilizados para manter a base do terreiro o mais plana possível. Caso utilize a tela, não é necessário utilizar os esticadores.

Acima dos arames ou da tela, vai o sombrite. O recomendado é utilizar o sombrite 50%, que facilita a passagem de ar e retenção dos grãos de café.

Se você cobrir o terreiro, o plástico branco e azul são os mais indicados.

Exemplo de como montar um terreiro suspenso: na foto, há duas estacas de madeira na vertical e uma outra estaca na horizontal, presa entre as duas verticais. Essa estrutura se repete várias vezes.
Exemplo da montagem do terreiro suspenso
(Fonte: Ifes)

Independentemente do tipo, a estrutura de secagem é a mesma. Há algumas recomendações para facilitar o manejo do café, como:

  • Altura da estrutura deve ser entre 80 cm e 90 cm acima do solo;
  • Largura de 2 a 3 metros;
  • Comprimento variável;
  • Altura do pé direito para cobertura, de 2,5 m a 3,0 m;
  • Base do terreiro de sombrite 50%.

A altura em relação ao chão é importante para evitar que a umidade do solo atrapalhe a secagem.

Além disso, é uma altura boa para o manejo, facilitando o trabalho de revolvimento da massa de café. A altura também ajuda na passagem de ar e na secagem homogênea.

O comprimento depende do espaço disponível na propriedade, se será coberto, em estufa ou móvel.

Custo de terreiros suspensos

O custo varia conforme o tipo de terreiro escolhido.

Além disso, a quantidade de materiais utilizados no terreiro suspenso irá depender do tamanho desejado e do tipo de material usado.

Outro ponto a ser considerado são os materiais que podem ser utilizados, já disponíveis na sua propriedade, como madeira.

Outra opção é comprar diretamente com empresas que já fazem este tipo de serviço, deixando a montagem da estrutura do terreiro suspenso finalizada.

Vantagens e desvantagens do terreiro suspenso 

Como todos os tipos de terreiro, o suspenso apresenta vantagens e desvantagens de sua utilização.

Desvantagens

O preço é uma desvantagem para este tipo de terreiro.

Mesmo não apresentando o custo muito elevado, o valor para montar as estruturas é maior em comparação com terreiro a céu aberto de cimento.

Outra desvantagem é o tempo de secagem bem lento, mesmo sendo o mais recomendado.

Outra desvantagem é não ser recomendado para grandes quantidades de café. A quantidade de grãos na secagem é menor, por isso é utilizado principalmente para cafés especiais.

Vantagens

Há menor risco de fermentação da massa dos grãos de café.

Pelo terreiro suspenso suportar pouca quantidade de café, é possível separar o grão verde do maduro, melhorando a qualidade do produto final.

Outra vantagem é a secagem mais uniforme dos grãos e, por isso, mais produtividade do café.

Além disso, não há contato direto dos grãos com o solo, evitando assim a troca de umidade do solo e do orvalho.

A vantagem principal é a melhor qualidade da bebida vinda dos grãos secos em terreiro suspenso.

Como manejar o café no terreiro suspenso?

O manejo deve ser realizado corretamente para que a secagem seja uniforme. Ele pode ser feito em café natural ou descascado e despolpado.

O importante é iniciar a camada de grãos com espessura entre  4 cm e 5 cm, com controle da temperatura da massa dos grãos.

A temperatura ideal é entre 35 °C a 40 °C. Revolva os grãos ao atingir essas temperaturas, para ocorrer uniformidade da umidade do café.

Se houver cobertura do terreiro, o revolvimento pode ocorrer de 3 a 4 vezes por dia. Isso também depende do clima, sem cobertura e em dia quente, essa quantidade aumenta.

Quando os grãos atingirem 18% de umidade, a espessura da camada pode ser aumentada para 10 cm.

O monitoramento deve ser constante até a umidade de 12%. Essa é a recomendada para armazenamento de café.

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Conclusão

O terreiro suspenso é uma ótima opção para quem produz cafés especiais e de exportação. Afinal, essa é uma forma de obter qualidade da bebida.

A escolha da estrutura que você vai usar depende do capital inicial disponível, espaço e mão de obra.

Monte corretamente seu terreiro suspenso e realize o manejo adequado. Assim, você vai agregar valor ao seu produto final.

>> Leia mais:

Pós-colheita do café: tendências e perspectivas para cafés de qualidade (+cuidados com a lavoura)

Como estimar o custo de produção de café (+calculadora rápida)”

Você produz cafés especiais ou para exportação? Já tinha ouvido falar de terreiro suspenso? Ficou alguma dúvida? Deixe seu comentário abaixo!

Saiba quais práticas de manejo favorecem a agregação do solo

Agregação do solo: entenda o que são os agregados, como é a estrutura ideal e as práticas que prejudicam ou beneficiam essa condição

Você sabe manejar corretamente o solo para garantir maior estabilidade dos agregados? Os agregados são responsáveis pela estruturação do solo. Com uma boa agregação, você melhora a retenção de água e nutrientes e diminui a compactação do solo.

Além disso, você pode beneficiar muito o desenvolvimento das suas culturas.

Neste artigo, você saberá tudo sobre como deixar seu solo bem agregado e com qualidade! Boa leitura.

O que são agregados do solo?

Os agregados do solo são formados da união de partículas orgânicas e minerais (areia, silte e argila). A organização dessas partículas no solo é responsável pela estruturação.

Importância de uma boa estrutura do solo

A agregação influencia diversos processos, como:

  • a retenção de água e nutrientes;
  • a respiração do solo;
  • a aeração;
  • a infiltração e disponibilidade de água;
  • o desenvolvimento das raízes;
  • a atividade biológica, entre outros.

O monitoramento é muito importante para a qualidade do solo

Afinal, uma boa agregação proporciona benefícios aos atributos químicos, biológicos e físicos do solo.

Por outro lado, a desagregação do solo prejudica a atividade agrícola.

Estrutura do solo agregado

A identificação da desagregação do solo é fundamental. No lado esquerdo da figura abaixo, você pode perceber que o solo está desagregado, devido ao intenso revolvimento.  Isso favorece a compactação e deixa o solo suscetível à ocorrência de processos erosivos.

No lado direito da figura, você pode observar que os agregados são grumosos devido à intensa atividade biológica. Eles têm sinais de conservação.

Imagem de referência de agregação do solo. Do lado esquerdo, há fotos de amostras de solo que parecem pó de café. Do direito, as amostras de solo estão grumosas, com pedaços maiores.

Agregados pulverizados no lado esquerdo e agregados grumosos <1 cm no lado direito, em solo argiloso (A) e arenoso (B). Escala em centímetros

Fonte: (Henrique Debiasi, 2017)

Os solos desagregados são mais vulneráveis à compactação do solo. Além disso, sofrem mais impacto das gotas de chuva e perdem mais matéria orgânica. Veja alguns indícios da adequada agregação do solo:

  • raízes crescendo sem restrição, explorando o interior dos agregados;
  • predomínio de agregados com tamanho entre 1 cm e 4 cm, com baixa coesão, arredondados, faces de ruptura rugosas;
  • presença de agregados grumosos e alta atividade biológica.

Agentes agregadores

Os agentes agregadores são responsáveis por unir as partículas minerais do solo. Os principais são:

  • matéria orgânica;
  • microrganismo;
  • formigas, minhocas e cupins;
  • exsudatos de raízes de plantas;
  • carbonatos, óxidos de ferro e alumínio, entre outros.

Eles atuam como uma cola, unindo pequenas estruturas responsáveis pela proteção do carbono do solo. Assim, há estrutura para receber as culturas agrícolas.

Fatores que prejudicam a agregação do solo

Os agregados são extremamente vulneráveis ao manejo e aplicação de práticas agrícolas. Abaixo, você pode verificar as principais práticas que prejudicam a agregação do solo:

  • preparo convencional do solo;
  • compactação do solo;
  • ausência de cobertura do solo;
  • queima dos resíduos vegetais após a colheita;
  • sucessão de culturas;
  • utilização de escarificadores e subsoladores para romper a compactação do solo.

Fatores que beneficiam a agregação do solo

A adoção de práticas conservacionistas pode preservar e melhorar a agregação do solo. Veja algumas estratégias de manejo que podem ajudar:

  • controle de tráfego e adequação dos rodados de máquinas na lavoura;
  • correção do solo;
  • intensificar o enraizamento e a atividade biológica do solo;
  • adoção do sistema plantio direto;
  • utilização de plantas de cobertura;
  • integração lavoura-pecuária;
  • utilizar as máquinas agrícolas no solo seco;
  • adoção de sistemas de rotação de culturas, utilizando espécies com diferentes sistemas radiculares.

Lembre-se também de realizar, periodicamente, a manutenção das suas máquinas

Afinal, máquinas em bom funcionamento irão percorrer a lavoura menos vezes, impactando menos o solo.

A melhoria da agregação do solo será possível com o aumento da atividade biológica. Ela é favorecida pelo emprego de culturas com sistemas radiculares abundantes e bem distribuídos.

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Conclusão

Os agregados do solo são formados pela união de partículas orgânicas e minerais.

Uma boa agregação promove maior infiltração e retenção de água, diminui a ocorrência de processos erosivos e facilita o desenvolvimento das plantas.

O solo deve sustentar altas produtividades agrícolas e, ao mesmo tempo, desempenhar as suas funções ambientais.

Fique de olho e cuide bem da qualidade do solo da sua lavoura. Assim, você garantirá boas produtividades e uma cultura mais saudável.

>> Leia mais:

Saiba como a drenagem do solo na agricultura melhora as condições da sua lavoura

Construção do perfil do solo e como ela impacta sua produtividade

Conheça os 9 indicadores de fertilidade do solo e saiba usá-los ao favor da sua lavoura

Você já teve problemas com a falta da agregação do solo? Quer contar sua experiência ou tirar suas dúvidas? Adoraria ler seu comentário!

Veja tudo sobre como controlar a ferrugem do cafeeiro

Ferrugem do cafeeiro: conheça os sintomas da doença, quais são as condições favoráveis para seu desenvolvimento e qual a melhor forma de manejo

A ferrugem alaranjada é considerada a doença mais importante da cultura do café. Ela se destaca por causa dos muitos danos causados à lavoura.

Essa doença está disseminada por todas as áreas produtoras de café do país. Apesar disso, o Brasil responde como o maior produtor e exportador de café do mundo.

Neste artigo, confira mais um pouco sobre a ferrugem do cafeeiro e aprenda a melhor forma de controlar a doença.

O que é a ferrugem do cafeeiro

A ferrugem do cafeeiro pode ser causada por duas espécies de fungos

No Brasil, a espécie responsável pela ferrugem alaranjada da plantação de café é a Hemileia vastatrix. Esse é um parasita que necessita de tecido vegetal vivo do hospedeiro para se desenvolver.

A espécie Hemileia coffeicola causa a ferrugem farinhosa. Essa doença é menos agressiva que a ferrugem alaranjada. Não há relatos de sua presença nas lavouras brasileiras de café. 

Sintomas da ferrugem do cafeeiro

Os sintomas são observados primeiro nas folhas da saia do cafeeiro. Com a evolução da doença, os sintomas avançam para o topo da planta. 

Em qualquer fase do desenvolvimento, as folhas estão suscetíveis ao ataque do fungo.

Os primeiros sintomas da ferrugem no café são lesões claras nas folhas. Com o tempo, elas ficam necrosadas. 

A redução da área foliar diminui a fotossíntese da planta. Como consequência, o desenvolvimento do café é prejudicado.

Foto de folha de cafeeiro com sintomas de ferrugem. A folha apresenta pontos alaranjados e amarelados.
Folhas de café com sintomas de ferrugem causada por Hemileia vastatrix
(Fonte: Daily Coffee News)

Na parte inferior da folha, é possível observar massas de esporos. Elas têm aspecto empoeirado e cor amarelo-alaranjada. 

Foto de verso da folha do café com ferrugem. A folha está repleta de manchas alaranjadas.
Face inferior da folha de café com sintomas de ferrugem
(Fonte: World Coffee Research)

Outro sintoma provocado pela ferrugem é a desfolha das plantas. A queda precoce das folhas, associada à morte dos ramos, afeta a produção. 

A desfolha provocada pela ferrugem prejudica o vingamento da florada do café e dos frutos na fase de chumbinho.

Os sintomas dessa doença refletem nas próximas safras, com a queda da produção de frutos. 

Em casos avançados da doença, pode ocorrer a morte das plantas.

Dependendo da severidade, a doença pode reduzir a longevidade do cafezal, além de inviabilizar economicamente a atividade.

Condições ideais para a doença

Dentre os aspectos favoráveis à ocorrência da ferrugem alaranjada nos cafezais, destacam-se a umidade e a temperatura. Esses fatores interferem diretamente no ciclo de vida do fungo e no estabelecimento da doença.

As condições ideais para a ocorrência e o desenvolvimento dessa doença são:

  • alta umidade relativa do ar;
  • temperatura moderada, entre 22 °C e 24 °C;
  • ausência de luz direta;
  • presença de um filme de água na superfície das folhas.

Disseminação

A disseminação dos esporos do fungo Hemileia vastatrix acontece pela ação do vento e por respingos de água da chuva

Os insetos, as pessoas e alguns tratos culturais também são responsáveis pela disseminação da ferrugem.

No caso da poda, é muito importante fazer a limpeza das ferramentas. 

Uma lâmina de corte pode entrar em contato com uma planta infectada. Se, em seguida, ela encosta em uma planta saudável, pode disseminar uma série de doenças.

Dessa forma, mantenha as ferramentas de poda sempre limpas e afiadas.  

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Como fazer o manejo da ferrugem do cafeeiro

Considerando a extensão dos danos causados pela ferrugem, o monitoramento da lavoura é uma importante ferramenta no manejo.

Quanto antes ela for detectada, maiores são as chances de sucesso no seu controle. 

Cultivares tolerantes e fungicidas 

O controle da ferrugem do cafeeiro é realizado pelo plantio de cultivares tolerantes/resistentes e pela pulverização de fungicidas químicos.

Os fungicidas à base de cobre são utilizados no controle preventivo da doença. 

Quando pulverizados na superfície das folhas, eles formam uma barreira tóxica. Isso protege a planta e evita o desenvolvimento da ferrugem.

Além disso, o cobre é um elemento essencial para a cultura do café. Seu uso melhora o estado nutricional das plantas. 

Os fungicidas do grupo químico estrobilurina e carboxamida têm ação sistêmica. Eles são  aplicados na parte aérea das plantas no combate à ferrugem.

Os fungicidas do grupo triazol também são sistêmicos, e podem ser aplicados via foliar ou via solo. 

Esses produtos podem ser utilizados em associação com inseticidas sistêmicos, como o tiametoxan e o imidacloprido, para o controle do bicho-mineiro do café.

Os ingredientes ativos registrados no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para o controle da ferrugem alaranjada na cultura do café são:

  • ciproconazol;
  • mancozebe;
  • tebuconazol;
  • azoxistrobina + ciproconazol; 
  • azoxistrobina + benzovindiflupyr.

Faça a rotação dos produtos químicos e siga as recomendações do fabricante quanto à forma de aplicação e dosagem dos produtos. Assim, o controle da doença não terá sua eficiência prejudicada.

Por se tratar de uma cultura com potencial de ser explorada por longos períodos, os cuidados com a implantação do pomar são de extrema importância. 

Por isso, escolha sempre cultivares resistentes às doenças.

As mudas devem ser adquiridas de viveiros certificados. Isso garante a sua procedência e a qualidade fitossanitária. Assim, você não coloca em risco a sanidade da sua lavoura. 

Espaçamento entre plantas

O espaçamento do café também pode favorecer a doença. Quando adensado, o espaçamento favorece as doenças fúngicas devido às condições microclimáticas. 

Além disso, a proximidade das plantas dificulta a chegada dos defensivos agrícolas nas folhas localizadas nas regiões internas da planta. 

Isso interfere na eficácia do controle químico.

As podas são uma prática de manejo bastante utilizada na cafeicultura. Essa técnica contribui para melhorar a arquitetura da planta, promover maior luminosidade e arejamento da lavoura.

Ela também facilita a realização de outros tratos culturais, reduz a incidência de pragas e doenças, além de facilitar o controle fitossanitário.

Cuide do solo da sua lavoura

Em relação à fertilidade do solo, existe uma relação entre a deficiência de nitrogênio e a incidência de ferrugem alaranjada e cercosporiose.

A adubação equilibrada contribui para o bom desenvolvimento do plantio.

Além disso, melhora a capacidade de resposta das plantas frente às adversidades e minimiza os prejuízos causados por essas doenças.

Em resumo, as práticas que podem ser adotadas para o controle da ferrugem do cafeeiro são:

  • aplicação de fungicidas químicos;
  • plantio de cultivares resistentes/tolerantes;
  • evitar espaçamento adensado;
  • podas;
  • adubação equilibrada.
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Conclusão

A ferrugem alaranjada do cafeeiro é uma doença presente em todas as áreas produtoras de café do Brasil.

Os sintomas da doença são muitos, e prejudicam a florada e formação dos frutos. Por isso, estar sempre de olho na sua lavoura é fundamental.

A disseminação dos esporos ocorre pela ação do vento, respingos de água, pelas pessoas, insetos e algumas práticas culturais.

O manejo da ferrugem do cafeeiro é realizado, principalmente, pela aplicação de defensivos químicos e pelo plantio de cultivares resistentes à doença. Faça o controle correto para evitar grandes danos na lavoura!

Você já conhecia a ferrugem alaranjada do cafeeiro? Já teve problemas com essa doença? Conte sua experiência nos comentários.