Agricultura irrigada: o que é, principais métodos e vantagens

A irrigação é o ato de fornecer água às plantas, para que elas possam se desenvolver e produzir.  Sua aplicação no campo demanda precisão e técnica para ser financeira e agronomicamente eficiente. 

A agricultura irrigada é uma atividade complexa que requer elevados níveis de tecnificação, planejamento e investimento. Conhecer todos os detalhes é fundamental.

Nesse texto, você verá os principais métodos de irrigação e suas recomendações, os principais benefícios e possíveis problemas. Confira a seguir!

O que é agricultura irrigada?

Agricultura irrigada é a prática de aplicar água diretamente na raiz das plantas, ou seja, empregar a irrigação, com o objetivo de melhorar a aplicação de água e fertilizantes, mantendo baixo consumo energético.

A irrigação é capaz de suprir a deficiência total ou parcial de água para as plantas. Para isso, são usados equipamentos e técnicas específicas para fornecer água de forma artificial, garantindo a produção da lavoura mesmo quando não há uma oferta natural de água. 

Porém, apenas o fornecimento de água às plantas não é garantia de uma lavoura de sucesso! Uma boa agricultura irrigada é feita com planejamento, monitoramento e gestão da irrigação. 

Esse planejamento está relacionado a uma série de fatores como cultura, solo e clima. As necessidades de quem produz e as particularidades dos diferentes métodos de irrigação também precisam ser considerados.

Por que irrigar a lavoura?

A irrigação consiste na técnica de se fornecer água às lavouras quando há limitação desse recurso de forma natural.

O ciclo de pluviosidade depende da região do país e de outros efeitos naturais como o El Niño e La Niña, por exemplo.

Além disso, as práticas de manejo e conservação do solo são importantes na manutenção da água no solo e sua disponibilidade para a planta.

Por vezes, a quantidade acumulada de chuva é insuficiente para as plantas, ou sua distribuição é irregular durante a safra

Para isso, é preciso lançar mão de técnicas como a irrigação para evitar que a limitação hídrica cause perdas de produtividade.

banner kit colheita de sucesso

Vantagens da irrigação para a agricultura

A agricultura irrigada se adapta a vários tipos de solo, além de ser muito eficiente. Por ser um processo que pode ser automatizado, garante facilidade ao seu trabalho. 

Entre as principais vantagens, está a redução dos impactos da seca, garantindo maior crescimento e desenvolvimento das culturas. 

Além disso, a irrigação aumenta a produtividade, reduz riscos climáticos e melhora o vigor e a uniformidade das plantas, proporcionando uma floração homogênea.

Outro grande benefício é a flexibilidade no plantio e na colheita, permitindo o cultivo em períodos estratégicos e a expansão para áreas que antes não eram aptas à agricultura de sequeiro. 

Com maior estabilidade hídrica, você pode diversificar culturas, aproveitar o solo por mais tempo e aumentar sua renda, tornando a atividade mais rentável e sustentável. 

A adoção da técnica ainda pode ser utilizada para proteção contra geadas, aumentando a segurança da produção. 

Desafios na agricultura irrigada

Atualmente, o Brasil está entre os 10 países do mundo com as maiores áreas equipadas para irrigação, com quase sete milhões de hectares.

Destes, cerca de 50% está destinado ao cultivo de arroz irrigado e cana-de-açúcar.

Por isso, as projeções futuras para a agricultura irrigada no Brasil são as melhores. É esperado um crescimento de 47% até 2030, passando para 10 milhões de hectares.

Porém, a agricultura irrigada apresenta também alguns aspectos negativos preocupantes. Com o aumento da agricultura irrigada, a demanda por água também aumentará.

Portanto, é importante a busca constante por métodos eficientes no uso racional da água para evitar desperdícios.

Além disso, a associação da aplicação de fertilizantes com a irrigação ou fertirrigação pode, com o passar do tempo, levar à salinização e deterioração dos solos.

Esquema do território do Brasil e áreas de agricultura irrigada

Detalhe das áreas irrigadas por municípios (em hectares) no Brasil

(Fonte: Agência Nacional das Águas, 2015)

Como escolher métodos de irrigação? 

A escolha dos métodos de irrigação deve levar em conta alguns fatores importantes em termos de condições climáticas, de solo, da propriedade e da capacidade técnica, e de investimento do produtor.

  • Cultura agrícola: As culturas a serem utilizadas são determinantes para o tipo de irrigação, principalmente no que diz respeito a seu porte e profundidade de raiz, espaçamento, demanda hídrica e ciclo anual ou perene;
  • Tipo de solo e declividade: O tipo de solo, sua estrutura e capacidade de retenção de água, a altura do lençol freático e a declividade podem ser limitantes para alguns tipos de sistemas de irrigação;
  • Disponibilidade hídrica na região: Conhecer o ciclo de chuvas na região, bem como a capacidade de armazenamento de água é importante para se definir o potencial de irrigação;
  • Capacidade técnica e financeira: Alguns sistemas de irrigação necessitam de maior investimento e de maior nível técnico de funcionários da propriedade, podendo influenciar no método a ser usado.

Métodos como gotejamento e microaspersão, por exemplo, oferecem maior economia de água e precisão na distribuição, mas exigem maior investimento inicial. 

Já a irrigação por aspersão ou sulcos pode ser mais acessível, porém com eficiência menor em determinadas condições.

Por isso, antes de definir o sistema ideal, é recomendável realizar um planejamento detalhado, levando em conta o custo-benefício e a viabilidade técnica para sua lavoura. 

Qual a diferença entre método e sistema de irrigação?

Método é o modo de agir ou fazer a irrigação na lavoura. Os sistemas se relacionam com a disposição e funcionamento das partes dos métodos.  São um conjunto de equipamentos que funcionam juntos para fazer a irrigação acontecer.

Um método de irrigação pode estar relacionado a um ou mais sistemas de irrigação. 

É importante lembrar que não existe um método ou um tipo de sistema perfeito. Cada um apresenta vantagens e desvantagens.

Sem dúvidas, o melhor será sempre aquele que sem desperdícios e exageros apresenta os melhores resultados a um custo acessível.

plantação de soja sendo irrigada. Imagem mostra em primeiro plano um sistema de irrigação.

Principais tipos de irrigação

Existem vários tipos e sistemas de irrigação diferentes: por superfície, por aspersão, localizada, por subsuperfície, por gotejamento, microaspersão, pivôs e autopropelidos. Veja um pouco mais sobre cada um deles.

1. Irrigação por superfície

Na irrigação por superfície, a água é aplicada diretamente sobre a superfície do solo da área que precisa ser irrigada. Nesse método, a água é distribuída através da gravidade pela superfície. 

Seus principais sistemas de execução são por sulcos ou inundação. As principais vantagens são a simplicidade de aplicação, a necessidade de  poucos equipamentos e o baixo custo de instalação quando comparado aos demais.

Entretanto, a irrigação por superfície utiliza muita água e depende muito da declividade e textura do solo. Por isso, é um método que não pode ser implementado em qualquer região. 

2. Irrigação da lavoura subterrânea

Consiste na aplicação de água para as raízes de maneira subterrânea. Isso se dá por meio da instalação de tubulações abaixo do nível do solo que permitem o controle do nível do lençol freático.

Esse tipo de irritação tem instalação de maior custo, maiores problemas com entupimentos e necessidade de manutenção e troca de filtros mais frequente.

Porém, a distribuição de água é bastante homogênea e o sistema pode se adequar a diversas culturas e tipos de solos. 

3. Irrigação por aspersão

A irrigação por aspersão simula a chuva através de um aspersor que joga água para o ar, e consequentemente, para as plantas e para o solo. É um método que se adapta bem a diferentes relevos

Porém, seu custo aumenta conforme o nível de mecanização e de tecnologia aplicada. Dois dos principais sistemas de irrigação por aspersão são os pivôs centrais e os canhões autopropelidos

4. Irrigação da lavoura localizada

As formas de irrigação localizada são bastante utilizadas, sendo os mais comuns os métodos de gotejamento ou microaspersão, baseados na entrega de água à planta em baixos volumes e alta frequência.

Ambos são de maior custo e necessitam de mão de obra mais qualificada e tem alta manutenção para evitar problemas de entupimento de tubos de distribuição.

Porém, tem bastante precisão e que podem entregar água diretamente nas raízes ou na superfície do solo sem molhamento da parte aérea, diminuindo o risco de doenças.

5. Fertirrigação

A fertirrigação é um método bastante utilizado na cultura da cana e hortaliças, que consiste na adição de fertilizantes à água de irrigação.  

Pode ser adequada para diversos métodos, principalmente na irrigação por gotejamento, sendo vantajoso em culturas como a cana-de-açúcar e hortaliças, que demandam altos níveis de nutrientes em períodos específicos. 

A fertirrigação não só melhora o aproveitamento de fertilizantes, mas também pode contribuir para uma redução no custo de insumos e um melhor gerenciamento da água

Foto de sistema de irrigação por gotejamento e microaspersão

Exemplo de sistema de irrigação por gotejamento (esquerda) e microaspersão (direita)

(Fonte: Embrapa)

6. Irrigação por subsuperfície

A irrigação por subsuperfície acontece através da aplicação da água abaixo ou direto no sistema radicular das plantas. 

É uma técnica um pouco menos comum e pode ser aplicada para produção de algumas hortaliças em ambiente protegido.

Quando em condições adequadas, seu custo é reduzido, porém, em regiões mais planas são necessárias para a irrigação acontecer.

Ao contrário do gotejamento convencional, a manutenção é difícil pelo fato da irrigação estar abaixo do solo.

7. Irrigação por gotejamento

A irrigação por gotejamento é um dos métodos mais eficientes de irrigação, usado, principalmente, em diversas culturas que exigem um fornecimento preciso e controlado de água, como hortaliças e frutas.

No gotejamento, a água é fornecida diretamente nas raízes das plantas por meio de emissores ou gotejadores, localizados ao longo de tubos ou mangueiras, com vazão muito baixa.

Com isso, é possível que a água seja liberada em pequenas quantidades, de forma contínua e controlada, sendo uma solução cada vez mais popular em práticas agrícolas sustentáveis e de precisão.

8. Irrigação pivô

A irrigação pivô central é um dos sistemas mais comuns e eficazes para irrigação de grandes áreas agrícolas.

A técnica consiste em uma estrutura circular, geralmente composta por tubos metálicos que formam um braço articulado e são suportados por rodas, permitindo que se mova ao redor de um ponto central, que é a fonte de água.

O pivô gira ao redor desse ponto, cobrindo uma área de formato circular e aplicando água de forma uniforme sobre a cultura.

planilha custos de pivô Aegro

Tendências na agricultura irrigada

Dentro do contexto de Agricultura 4.0, os sistemas automatizados estão cada vez mais presentes na propriedade agrícola. Isso não é diferente com os métodos e sistemas de manejo de água, através da irrigação de precisão.

A irrigação de precisão usa tecnologias modernas para mapear as diferenças de umidade do solo e do estado hídrico das plantas. O objetivo é aumentar a eficiência da irrigação. Para isso, o uso de sistemas de irrigação mais localizados e que possam ser controlados com certa individualidade é essencial.

Isso permite a irrigação diferencial em áreas dentro de uma mesma gleba que estejam com diferentes requerimentos de água. 

Fatores como declividade, incidência de sol, face de exposição, temperatura e correntes de vento causam essas diferenças. A irrigação de precisão também utiliza tecnologias como: 

  • Sensores sem fio ou de funcionamento remoto;
  • Sistema de localização;
  • Informações atuais de estações meteorológicas, etc. 

A irrigação de precisão facilita a tomada de decisões mais informadas, contribuindo para um manejo mais eficiente dos recursos hídricos, especialmente em regiões com limitações de água.

Ao integrar esses dados e tecnologias, a agricultura irrigada se tornam mais inteligentes, oferecendo uma resposta rápida às mudanças nas condições do campo e garantindo que cada planta receba a quantidade exata de água necessária para seu desenvolvimento ideal.

Importância do patrimônio rural nas fazendas agrícolas

Patrimônio rural: a correta gestão pode reduzir custos operacionais e aumentar a lucratividade nas propriedades agrícolas.

Além do sucesso anual das lavouras, o patrimônio rural pode assegurar a continuidade das atividades nas fazendas.

Por isso, a preservação e boa gestão das máquinas e implementos agrícolas é vital para redução de custos na propriedade, representando um papel essencial no patrimônio das fazendas.

Neste artigo, saiba como gerenciar o seu patrimônio rural da melhor maneira. Acompanhe!

Como cuidar bem do patrimônio rural

Nas fazendas temos galpões, sede, carros, computadores… e todos esses bens fazem parte do patrimônio rural das propriedades.

Dessa forma, devem ser geridos e utilizados com os devidos cuidados para a garantia da continuidade das operações no campo.

Atualmente, máquinas utilizadas nas lavouras são essenciais no processo produtivo.

Por isso, lembre-se: a manutenção preventiva e boas práticas de utilização dos equipamentos garantem o sucesso ou fracasso das lavouras.

Entre esses patrimônios estão tratores, colhedoras, adubadores e pulverizadores que são amplamente demandados todos os dias no campo e, caso um desses equipamentos esteja indisponível no momento da operação, os custos totais aumentarão.

(Fonte: G1 – Divulgação/Fendt)

Portanto, os cuidados com o patrimônio rural da propriedade devem iniciar com os maquinários da fazenda.

Para uma boa manutenção dos equipamentos é importante que sejam respeitados os prazos e substituições de peças recomendadas pelo fabricante de cada máquina ou implemento.

Da mesma forma, para que a manutenção esteja em dia é necessário anotar os dados de uso de cada patrimônio da propriedade, bem como formas de utilização e cuidados necessários com peças de reposição.

A correta gestão do maquinário agrícola pode aumentar o tempo de vida útil do seu patrimônio e ainda garantir preços de venda mais altos no mercado.

Além disso, é recomendado que a depreciação do maquinário seja computada nas planilhas de patrimônio rural da fazenda, porém é uma prática que muitos produtores ainda não realizam.

A depreciação de máquinas agrícolas é essencial para planejamentos e investimentos futuros em novas máquinas. 

Temos uma planilha gratuita para te auxiliar no cálculo desse custo fixo para depreciação fiscal ou gerencial, baixe aqui

planilha aegro - depreciação de máquinas

Levantamento de Dados

Só conseguimos avançar e evoluir se tivermos os dados computados das operações.

O acesso às informações do patrimônio rural devem estar todos registrados e acessíveis aos gerentes e proprietários da empresa agrícola.

Isso porque ter tudo na palma da mão facilita a tomada de decisão, especialmente quando analisamos inúmeras máquinas, de várias fazendas ou que operam em grandes extensões da propriedade.

A gestão de um ou dois equipamentos ainda é factível de ser realizada apenas na cabeça do produtor rural, mas quando este número atinge maiores volumes fica complicado realizar o cronograma correto de revisões e manutenções preventivas dos equipamentos.

Por isso, softwares de gestão facilitam a vida do produtor rural e asseguram que todas as operações de cada máquina sejam especificamente registradas.

patrimônio rural

As plataformas digitais permitem que os dados sejam coletados em tempo real e armazenados na nuvem, podendo estar na palma da mão sempre que necessário.

Como resultado, uma gestão do patrimônio rural bem feita possibilita redução de custos nas operações de campo e maior valor final de revenda dos equipamentos.

Uma vez que as anotações estão computadas, uma análise dos dados acarretará em melhor gerenciamento do seu patrimônio rural, assegurando uma tomada de decisão mais assertiva nas áreas.

Patrimônio rural: Quais dados coletar?

É necessário que a coleta de dados seja a mais completa possível e feita em todas as operações realizadas pelos equipamentos.

Assim, os dados sobre consumo de combustível, uso incorreto dos equipamentos, horas trabalhadas, necessidade de manutenção, calibrações necessárias, entre outros, devem ser computados no software eletrônico.

Por isso, é fundamental que os gestores tenham em mãos os dados para realização de análises posteriores e otimização nos processos de campo.

Além disso, os custos operacionais podem ser contabilizados talhão por talhão, sendo possível a visualização da eficiência e seleção das máquinas que produzem mais com menores custos.

Outro fator que pode ser levado em conta são os gastos de combustível

Sendo que quando o produtor fica informado sobre quais máquinas agrícolas podem estar consumindo mais, é possível a substituição por outras melhor dimensionadas.

Só se consegue reduzir os custos se você tiver todos esses dados contabilizados e levantados em softwares de gestão.

Interpretar os dados e transformar em ações

Não seria incrível ver as máquinas trabalhando mais e gastando menos dinheiro?

Aqueles que acham que tal cenário é impossível, já existem softwares agrícolas executando essas tarefas com excelência em muitas fazendas do Brasil.

Análises de custo operacional por hectare, capacidade efetiva de trabalho por hora, consumo de combustível e custo com reparos e manutenções. Todos estes fatores devem ser avaliados para tomadas de decisões futuras.

A partir disso e com os resultados em mãos, deve-se selecionar as máquinas com menores consumos de combustível, menores custos com reparos e manutenção e menores custos operacionais por hectare.

Se a máquina não for a melhor em todos os quesitos, a escolha para uma nova aquisição deve estar alinhada com os objetivos da fazenda.

Por exemplo: 

  • “Se seu objetivo é economizar 15% com consumo de combustível, a ideia é selecionar máquinas que talvez custem mais caro, porém estejam melhores dimensionadas para sua operação, economizando mais combustível no dia a dia”.
  • “Se seu objetivo é aumentar o rendimento operacional das máquinas devido à curta janela de plantio e grande distância da fazenda à revenda mais próxima, a ideia é selecionar máquinas que ficaram menos tempo paradas por falta de peças e quebraram menos”.

Com dados e relatórios disponíveis a qualquer momento fica mais simples escolher e comprar o maquinário correto, de acordo com os objetivos futuros para a propriedade.

Gestão de patrimônio rural no Aegro 

O Aegro é um aplicativo completo para a gestão da fazenda, desde o financeiro até o operacional, agregando também as informações dos patrimônios como máquinas e implementos agrícolas

Por meio do celular ou computador, você pode ter o registro de todas suas atividades, abastecimentos e manutenções de máquinas em apenas alguns cliques.

Dessa forma, os dados ficam seguros e armazenados em nuvem. 

Ao adicionar no sistema uma nova despesa de combustível, por exemplo, você pode vincular esse custo às safras de sua escolha.

Você também pode escolher entre apropriar o custo do abastecimento a uma ou mais safras, ou mesmo a determinadas áreas de sua propriedade.

Ou seja, o Aegro faz todos os cálculos de rateamento de despesas de maneira automática por meio da inserção dos dados de abastecimento. 

aegro

Conclusão

Aplicativos de gestão podem auxiliar na manutenção do patrimônio e assegurar que boas práticas de utilização estejam sendo respeitadas na propriedade rural.

Portanto, patrimônio rural bem cuidado reflete em redução do tempo das operações de campo e ainda garante o sucesso na continuidade das atividades.

Como você cuida do seu patrimônio rural? Utiliza algum software de gestão para coleta e armazenamento dos dados? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo.

Veja como evitar residual de herbicidas na sua lavoura

Residual de herbicidas no solo pode trazer prejuízos à cultura em sucessão devido ao carryover. Planeje-se com a rotação de culturas!

No campo temos diversos desafios que exigem tomada de decisões que nem sempre são tão fáceis, não é mesmo?

Você já deve ter se perguntado ou passado por alguma situação na qual teve problemas com carryover, ou seja, com residual de herbicidas no solo.

Pensando nisso, trouxe para você algumas informações sobre este tema que podem te auxiliar em sua lavoura. Confira!

Persistência de herbicidas no solo

Os herbicidas possuem diversas características e uma delas é a persistência no solo, ou seja, o período durante o qual a substância do produto permanece no meio ambiente.

Este tempo é medido por meio da meia-vida do herbicida, necessário para que um produto atinja a metade da concentração original após a aplicação.

Assim, a meia-vida pode ser curta (até 90 dias no solo), média (91 a 180 dias no solo) ou longa (acima de 180 dias no solo).

Sintomas de injúrias em soja e milho

Sintomas de injúrias em soja (cv. BMX Titan RR.) – foto da esquerda – e milho (cv. DKB 390 YG) – foto da direita – devido ao residual de metribuzin no solo
(Fonte: Alonso et al. (2013))

Como exemplo, podemos citar os herbicidas que pertencem ao grupo químico das imidazolinonas (pertencente ao inibidores da ALS), ou seja, o imazaquin, imazamox, imazapyr, imazethapyr e imazapic. 

Estes produtos apresentam persistência de moderada a longa no solo. 

Desta forma, herbicidas com maior persistência no solo podem resultar no fenômeno conhecido como carryover.

Carryover pode ser definido como: resíduos fitotóxicos que permanecem no solo e que venham a afetar culturas sensíveis em rotação, após àquelas culturas em que foi utilizado o herbicida.

residual de herbicidas

Sintomas de injúrias em milho (cv. DKB 390 YG) devido ao residual de chlorimuron – foto da esquerda – e diclosulam – foto da direita – no solo
(Fonte: Alonso et al. (2013))

Sintomas de injúrias em milho

Sintomas de injúrias em milho (cv. DKB 390 YG) devido o residual de imazethapyr – foto da esquerda – e imazaquin – foto da direita – no solo
(Fonte: Alonso et al. (2013))

No geral, quanto maior a sorção destes produtos ao solo, maior será a persistência.

A sorção dos produtos no solo também é influenciada pelas condições ambientais, aumentando quando decrescem a umidade do solo, o pH e a temperatura e, quando os teores de matéria orgânica no solo como óxidos de ferro e de alumínio aumentam. 

Isso acontece porque em condições de solo mais seco, mais herbicida é preso nos coloides do solo e menos produto fica disponível para biodegradação ou absorção pelas plantas e, consequentemente, pode haver uma maior persistência e carryover.

residual de herbicidas

Sintomas de injúrias em soja (cv. BMX Titan RR.) devido o residual de amicarbazone no solo
(Fonte: Alonso et al. (2013))

Como evitar o carryover – residual de herbicidas no solo

Algumas medidas que podem ser tomadas para evitar o efeito residual de herbicidas na próxima cultura são:

  • Redução das doses (pode não resolver o problema em alguns tipos de solos);
  • Aplicação em faixas ou dirigida ao invés da área total (reduz a quantidade total de herbicida aplicado).

Entretanto, o melhor mesmo, é conhecer o período residual do produto, saber quanto tempo ele pode permanecer no solo e sempre pensar na sua área como um sistema, planejando a cultura que você semeará posteriormente ali.

Sabendo qual será a cultura utilizada em rotação, você pode definir quais produtos podem ou não serem utilizados na cultura atual e que não afetarão a próxima em sucessão.

residual de herbicidas

Residual de herbicida aplicado na soja causando intoxicação na cultura do milho em sucessão
(Fonte: Juparanã Cultivar)

Qual o efeito do residual de herbicidas no solo?

O residual de herbicidas no solo tem um papel fundamental no campo, sendo que o principal é fazer com que a cultura fique livre das plantas daninhas até terminar o período no qual elas interferem na produtividade da cultura.

Porém, residuais muito longos têm dois problemas: o primeiro é que ele aumenta a pressão de seleção de biotipos de plantas daninhas resistentes e, o segundo, é que se este residual for muito longo pode ocorrer problemas com carryover na próxima cultura.

sintomas de injúrias em soja e milho

À esquerda, sintomas de injúrias em soja (cv. BMX Titan RR.) e à direita, milho (cv. DKB 390 YG) devido ao residual de metsulfuron no solo 
(Fonte: Alonso et al. (2013))

Residual de herbicidas e rotação de culturas

O trifloxysulfuron, por exemplo, é utilizado em mistura com o ametryn na cana-de-açúcar ou sozinho no algodão em pós-emergência inicial. 

Mas este defensivo agrícola pode apresentar problemas de carryover na cultura do feijão cultivado em sucessão, tendo que esperar em torno de 8 meses após a aplicação para a semeadura da próxima cultura. 

Outro exemplo que posso citar é o tebuthiuron

Recomendado em pré-emergência da cana-de-açúcar, também apresenta longo período residual causando intoxicação em amendoim, feijão e soja, quando cultivadas em até 2 anos após a aplicação. 

Já herbicidas, como picloram e imazapyr, apresentam efeito residual no solo e podem chegar em até 3 anos o intervalo para plantio de culturas sensíveis como algodão, tomate, batata e soja.

residual de herbicidas

Algodão com sintomas de intoxicação devido ao residual de sulfentrazone

O herbicida imazaquin, em anos secos, pode afetar a cultura do milho na safra seguinte (mais de 300 dias após a aplicação).

Em áreas onde foram utilizadas o herbicida imazamox (Raptor 70 DG), somente as seguintes culturas de inverno ou de verão podem ser semeadas em sucessão ou rotação com trigo: 

  • Culturas de inverno (sucessão): trigo, ervilha, azevém, cevada, aveia, milho, feijão, amendoim e arroz;
  • Culturas de verão (rotação): milho, algodão, soja, feijão, amendoim, arroz e sorgo.

Logo em áreas onde foram utilizadas o herbicida imazamox (Sweeper), somente essas culturas de inverno ou verão podem ser semeadas em sucessão ou rotação com soja

  • Culturas de inverno (sucessão): trigo, ervilha, azevém, cevada, aveia, milho safrinha, feijão e amendoim;
  • Culturas de verão (rotação): milho, algodão, soja, feijão, amendoim, arroz e sorgo.

Outro herbicida deste grupo que pode ocasionar carryover é o imazapic. Recomendado na cultura da cana-de-açúcar e amendoim, entretanto, para as demais culturas é necessário respeitar intervalo de 300 dias de plantio.

A atividade residual de imazaquin pode causar intoxicação em culturas de sucessão como o melão, pepino, girassol e mostarda, se não respeitado o intervalo entre aplicação e plantio de até 112 dias. 

A tabela abaixo mostra os intervalos entre a aplicação de herbicidas e a semeadura das culturas de soja, milho, trigo e feijão.

intervalos entre aplicação de herbicidas e semeadura

Intervalos entre aplicação de herbicidas e semeadura de culturas

calculo-de-pulverizacao

Conclusão

Neste texto vimos sobre os conceitos de carryover, ou seja, o efeito residual de herbicidas no solo.

Observamos que o potencial de carryover depende do herbicida utilizado, da cultura em sucessão e das condições ambientais após a aplicação. 

Vimos também que muitos produtos persistem no solo por dias, meses ou anos, o que torna essencial o planejamento da sucessão de culturas para evitar problemas com intoxicação.

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Tudo o que você precisa saber sobre resistências a defensivos agrícolas
Tudo o que você precisa saber para fazer sua lista de defensivos agrícolas na pré-safra
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Como você lida com o residual de herbicidas em sua lavoura? Deixe seu comentário abaixo. 

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Preparação para a safra de verão: dicas e boas práticas

Planejamento de safra: pontos necessários e fatores-chave no momento de se fazer o planejamento ideal. 

Mesmo com o acesso às informações cada vez mais facilitado pelas tecnologias, muitos produtores ainda enfrentam dificuldades para se organizar e planejar ações futuras. 

Preparar-se para a safra de verão é um passo crucial para garantir uma colheita produtiva e rentável.  


Esse período, caracterizado por temperaturas elevadas e maior incidência de luz solar, pode ser altamente favorável para o desenvolvimento de diversas culturas, desde que o planejamento seja realizado de maneira adequada. 

A preparação envolve uma série de etapas essenciais, como a escolha das sementes, o preparo do solo, a gestão hídrica e o monitoramento de pragas e doenças. 

Implementar boas práticas agrícolas, como a rotação de culturas, o uso de tecnologias modernas e a adubação correta, pode maximizar os rendimentos e a sustentabilidade da lavoura. 

Este guia oferece dicas e estratégias para ajudar os agricultores a planejar e executar uma safra de verão bem-sucedida, abordando desde o planejamento inicial até a colheita final.

Boa leitura!

O que é Planejamento de Safra?

O planejamento de safra é uma ferramenta essencial para a gestão eficiente da lavoura, sendo fundamental para definir metas e objetivos que aumentem a rentabilidade da fazenda.

Este processo deve ser iniciado durante a organização dos detalhes para uma nova safra, considerando possíveis erros e acertos que visem à sustentabilidade do plantio e ao aumento da renda.

Figura 1. Planejamento de safra agrícola. Créditos: IA | Edga

Melhores práticas para um bom planejamento de safra

Para garantir uma safra bem-sucedida, é crucial adotar um conjunto de práticas e estratégias que considerem desde a escolha das culturas até a utilização de tecnologias avançadas. 

A seguir, detalhamos os principais pontos para um planejamento eficiente:

1. Planejamento de plantio: escolha das culturas e rotação de culturas

Escolha das culturas: A seleção das culturas deve ser baseada em fatores como a demanda do mercado, condições climáticas locais e características do solo. 

É importante analisar o ciclo de crescimento de cada planta e a compatibilidade com o período de cultivo. 

Culturas que se adaptam bem ao clima e ao solo local tendem a ser mais produtivas e resistentes a doenças. 

Além disso, considere a viabilidade econômica, escolhendo culturas que tenham boa aceitação no mercado e preços favoráveis.

Figura 2. Demonstração de soja, milho e algodão para um futuro planejamento de safra. Créditos: IA | Edga

Rotação de culturas: Implementar a rotação de culturas é essencial para manter a saúde do solo e prevenir o esgotamento de nutrientes. A rotação ajuda a reduzir a incidência de pragas e doenças, além de melhorar a estrutura do solo e a biodiversidade. 

Alternar entre diferentes tipos de culturas, como leguminosas e gramíneas, pode melhorar a fertilidade do solo e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. 

A rotação também ajuda a interromper os ciclos de vida de pragas e doenças específicas a uma cultura, diminuindo a necessidade de defensivos agrícolas.

2. Preparação do solo: análise de solo, adubação e correção

Análise de solo: realize uma análise completa do solo para identificar suas características químicas, físicas e biológicas. Essa análise é crucial para determinar a necessidade de correções e adubação.

A análise deve ser feita em diferentes pontos da lavoura para obter uma visão geral da variabilidade do solo. Parâmetros como pH, matéria orgânica, textura, capacidade de retenção de água e níveis de nutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, entre outros) devem ser avaliados.

Adubação e correção: com base na análise de solo, aplique os corretivos necessários para ajustar o pH e os níveis de nutrientes. Utilize adubos orgânicos e inorgânicos de forma equilibrada para suprir as necessidades das culturas. 

A calagem é uma prática comum para corrigir a acidez do solo, enquanto a aplicação de compostos orgânicos ajuda a aumentar a matéria orgânica e a atividade biológica do solo. 

A adubação deve ser feita de acordo com as recomendações técnicas, considerando as fases de desenvolvimento das plantas para otimizar a absorção de nutrientes.

3. Seleção e uso eficiente de insumos

Insumos agrícolas: escolha sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas de alta qualidade e adequados para as condições específicas da sua lavoura. Prefira insumos certificados e de fornecedores confiáveis. 

A qualidade das sementes é um fator determinante para a produtividade. Sementes certificadas garantem maior vigor, uniformidade e resistência a doenças. Os fertilizantes devem ser escolhidos com base nas necessidades nutricionais das culturas, enquanto os defensivos agrícolas devem ser selecionados para controlar pragas e doenças específicas de maneira eficaz e segura.

Uso eficiente: planeje a aplicação dos insumos de forma racional, evitando desperdícios e reduzindo os custos. Utilize técnicas como a adubação de precisão e o manejo integrado de pragas (MIP) para otimizar o uso dos recursos. 

A adubação de precisão envolve a aplicação de fertilizantes na quantidade certa, no local certo e no momento adequado, utilizando tecnologias como GPS e sensores de solo. O MIP combina métodos químicos, biológicos e culturais para controlar pragas de forma sustentável, reduzindo a dependência de defensivos químicos.

4. Monitoramento climático: como usar previsões meteorológicas para otimizar o plantio

Previsões meteorológicas: utilize dados meteorológicos para planejar o plantio e as operações agrícolas. Ferramentas como aplicativos de clima e estações meteorológicas locais podem fornecer previsões precisas e em tempo real. Essas previsões ajudam a tomar decisões informadas sobre o melhor momento para semear, irrigar e aplicar defensivos agrícolas. É importante acompanhar não apenas a previsão do tempo, mas também tendências climáticas de médio e longo prazo, que podem afetar o desenvolvimento das culturas.

Tomada de decisões: ajuste as datas de plantio e as práticas de manejo com base nas previsões de chuva, temperatura e umidade. Um bom monitoramento climático ajuda a minimizar os riscos e maximizar a produtividade. 

Por exemplo, antecipar ou atrasar o plantio em resposta a uma previsão de seca ou chuvas intensas pode proteger as sementes e melhorar a germinação. Além disso, o monitoramento climático contínuo permite ajustar a irrigação e a aplicação de insumos ao longo da safra, otimizando o uso dos recursos e evitando desperdícios.

5. Ferramentas e tecnologias para a gestão eficiente da safra

Tecnologias digitais: adote tecnologias como software de gestão agrícola, sensores de solo e drones para monitoramento e análise da lavoura. Essas ferramentas auxiliam na coleta de dados precisos e na tomada de decisões informadas. 

Softwares de gestão agrícola permitem o registro e análise de dados de campo, facilitando o planejamento e o controle das operações agrícolas. 

Sensores de solo fornecem informações em tempo real sobre a umidade e a temperatura do solo, enquanto drones capturam imagens aéreas detalhadas para monitorar o crescimento das plantas e detectar problemas precocemente.

Automação e IoT: utilize sistemas de irrigação automatizados e dispositivos IoT (Internet das Coisas) para otimizar o uso de água e insumos, garantindo eficiência e sustentabilidade. 

Sistemas de irrigação automatizados, como a irrigação por gotejamento controlada por sensores de umidade, permitem aplicar a quantidade exata de água necessária, evitando o desperdício e melhorando a eficiência hídrica. 

Dispositivos IoT, como sensores de clima e estações meteorológicas conectadas, fornecem dados em tempo real que podem ser usados para ajustar as práticas de manejo e melhorar a precisão das operações agrícolas.

6. Planejamento de safra por estação

Estacionalidade: planeje as atividades agrícolas considerando as características de cada estação do ano. Cada estação oferece condições específicas que podem ser aproveitadas para diferentes culturas e práticas de manejo. 

O planejamento estacional envolve a adaptação das operações agrícolas às variações climáticas sazonais, como a temperatura, a precipitação e a duração do dia.

Por exemplo, culturas de estação fria, como trigo e cevada, são mais adequadas para o outono e inverno, enquanto culturas de estação quente, como milho e soja, prosperam na primavera e verão.

Calendário agrícola: desenvolva um calendário agrícola detalhado, mapeando todas as atividades desde o preparo do solo até a colheita. Este calendário deve ser ajustado conforme as condições climáticas e as necessidades da lavoura. 

Um calendário agrícola bem planejado permite coordenar todas as operações agrícolas, garantindo que cada atividade seja realizada no momento ideal. Isso inclui o preparo do solo, a semeadura, a irrigação, a adubação, o controle de pragas e doenças, e a colheita.

Ajustes podem ser feitos ao longo da safra com base no monitoramento contínuo das condições climáticas e do desenvolvimento das culturas.

Integração com planejamento financeiro e de estoque

O planejamento de safra deve estar alinhado ao planejamento financeiro e de estoque, sempre partindo dos custos de produção. 

A análise financeira contínua e o controle de estoque são fundamentais para evitar gastos desnecessários e otimizar os recursos disponíveis. 

Um bom planejamento financeiro envolve a elaboração de orçamentos detalhados, que consideram todos os custos operacionais, desde a compra de insumos até a colheita e a comercialização. 

O controle de estoque, por sua vez, garante que todos os insumos necessários estejam disponíveis no momento certo, evitando atrasos e interrupções nas operações agrícolas.

Ferramentas de Gestão: Aegro

Para otimizar o planejamento de safra, considere o uso de ferramentas digitais como o Aegro. Este aplicativo centraliza todas as informações da safra, unindo áreas operacionais e financeiras da fazenda. Entre as principais funcionalidades estão:

  • Planejamento, controle e registro de atividades no campo;
  • Mapeamento e medição de áreas dos talhões;
  • Registro de observações com geolocalização e fotos;
  • Controle de abastecimentos e manutenções de máquinas;
  • Monitoramento de pragas e doenças;
  • Administração do fluxo de caixa;
  • Gestão do estoque da fazenda.

O Aegro facilita a gestão integrada da fazenda, permitindo que o produtor acompanhe cada etapa da safra, desde a semeadura até a comercialização. 

Pelo computador ou celular, o produtor e sua equipe podem trabalhar de forma mais integrada, melhorando a eficiência operacional e a tomada de decisões. 

No final do ciclo produtivo, o Aegro oferece uma análise detalhada sobre os custos de produção e a rentabilidade de cada talhão, permitindo entender o que deu certo ou errado no plantio e otimizar os processos da lavoura.

Agende sua demonstração aqui

Conclusão

O planejamento de safra é essencial para o sucesso e sustentabilidade da produção agrícola. Envolve desde a escolha das culturas e preparação do solo até o uso eficiente de insumos e tecnologias avançadas. Estratégias como a rotação de culturas e o manejo integrado de pragas são fundamentais. 

A utilização de ferramentas digitais, como o Aegro, centraliza informações e otimiza o controle operacional e financeiro.

Alinhar o planejamento de safra ao planejamento financeiro e ao controle de estoque garante eficiência e controle de custos. A integração de práticas sustentáveis também é crucial para a longevidade e produtividade da lavoura. 

Com um planejamento bem elaborado e o uso de tecnologias adequadas, produtores podem enfrentar os desafios do campo com mais confiança e obter melhores resultados. 

Se tiver dúvidas ou quiser compartilhar suas experiências, deixe um comentário abaixo!

Restou alguma dúvida sobre planejamento de safra? Deixe seu comentário abaixo! 

Descubra qual o melhor adubo para plantas

Melhor adubo para plantas: confira sobre as classificações, diferenças entre adubo mineral e orgânico, vantagens dos fertilizantes líquidos e mais. 

O Brasil utiliza cerca de 30 milhões de toneladas de fertilizantes na agricultura todos os anos e, aproximadamente, 75% dessa quantia é importada.

Assim, a variação mundial nos preços dos fertilizantes afeta imensamente produtores nacionais.

São adubos orgânicos, minerais, de liberação controlada, foliares, formulados e por aí vai. Mas como escolher o melhor para a lavoura? E qual o modo de aplicação mais eficiente para cada tipo de fertilizante? 

Os novos fertilizantes, lançados a cada ano, trazem ainda mais dúvidas na hora de gerir a propriedade, pois afinal, o que todas essas novidades têm de diferente e o que podem trazer de vantagens e rentabilidade? 

Bem, para saber o melhor momento de investir em um novo adubo e não jogar dinheiro fora, precisa-se conhecer melhor a dinâmica dos nutrientes no ambiente de produção.

Então, me acompanhe neste texto para ajudar na escolha do seu melhor adubo para plantas e saiba mais sobre o mundo dos fertilizantes.

Classificação dos adubos 

Segundo a legislação brasileira, os fertilizantes podem podem ser classificados em três tipos.

O primeiro são os mais utilizados na agricultura de larga escala: os fertilizantes minerais ou sintéticos. Esses adubos são concentrados e de rápida assimilação pelas plantas.

Temos também os adubos orgânicos, de origem animal ou vegetal (ou ambos), com concentrações menores de nutrientes, sendo que muitas vezes não estarão rapidamente disponíveis para as plantas. Esses adubos têm como principal função “alimentar o solo” para promover o aumento da matéria orgânica.

E o terceiro tipo são os adubos organominerais que são compostos por uma mistura de fertilizantes orgânicos e minerais, sendo que na maioria dos casos apresentam maiores quantidades de adubos orgânicos e baixas quantidades de adubos minerais ou sintéticos. 

melhor adubo

(Fonte: Emanuel Malai)

Além disso, os adubos também se diferenciam pela sua constituição, podendo ser simples (composto que fornecerá um ou mais nutrientes) ou mistura (mistura de dois ou mais fertilizantes simples).

O fertilizante misturado pode ser classificado em simples – fertilizante misto em que cada nutriente principal está contido em grãos separados – ou complexo – que contém todos os nutrientes de sua fórmula no mesmo grão.

Mas os adubos também podem ser classificados pelo estado físico: 

  • Pó: fertilizantes simples ou misto, sendo moídos na forma de pó;
  • Farelado: com grânulos desuniformes;
  • Granulado: é o fertilizante na forma de grânulos;
  • Líquido: tipo de fertilizante na forma líquida.

Certo, vimos que existem diversas classificações de fertilizantes, mas qual a diferença no uso de cada um deles? O que muda na prática? Veremos a seguir!

Melhor adubo para plantas: mineral ou orgânico?

Bom, já falei um pouco sobre isso, mas vamos entender um melhor sobre a grande diferença entre os adubos minerais e orgânicos. 

Os fertilizantes minerais e sintéticos (por exemplo, o nitrogênio) possuem composição química e são utilizados para disponibilizar prontamente os nutrientes para as plantas, mas pouco ou nada influenciam o sistema a longo prazo.

Outro ponto é a concentração alta desses adubos que facilitam a logística e a aplicação, principalmente em áreas extensas de cultivo como feijão, arroz, soja, milho, algodão, trigo, etc.  

Já os adubos orgânicos apresentam menores concentrações de nutrientes e, consequentemente, necessitam de grandes volumes de aplicação, o que dificulta a logística em áreas de grandes culturas. 

Por outro lado, os adubos orgânicos influenciam na fertilidade do solo a longo prazo, aumentando a matéria orgânica e, assim, o potencial do solo em reter os nutrientes minerais e sintéticos (CTC do solo).

Mas em contrapartida, outro ponto negativo é que as maiores perdas de nitrogênio ocorrem por conta desses adubos, tanto por volatilização quanto por lixiviação. 

Para combater esse problema é aconselhado a mistura de pequenas doses de fósforo que ajudam a fixar o nitrogênio no fertilizante natural, diminuindo a perda e incrementando o adubo.

Tamanho da partícula 

O modo como a mistura de adubos para plantas é feito também é outro fator que influencia muito na aplicação. 

Fertilizantes em misturas simples segregam com facilidade, devido aos diferentes tamanhos e peso dos grânulos, e essa segregação tende a tornar a aplicação desuniforme.

Esse problema pode ser resolvido com misturas complexas de fertilizantes. Como cada grânulo contém todos os compostos químicos, dessa forma eles se distribuem de maneira mais uniforme na lavoura durante a aplicação. 

Já a forma física dos adubos influencia no tempo de reação deles, assim como no calcário, por exemplo. Quanto menor a partícula, menor o tempo para esse fertilizante reagir no solo e liberar nutrientes.

Mas isso não quer dizer que partículas menores sempre são melhores. 

Fertilizantes mais propensos a sofrerem lixiviação no perfil do solo ou por escorrimento superficial da água podem ter sua eficiência diminuída quando aplicados em partículas menores e passarem por chuvas torrenciais. 

Outro exemplo é o do fósforo (P), que apresenta adubos com diferentes solubilidades em água. Os mais solúveis podem ser adsorvidos ao solo e/ou lixiviados mais facilmente quando aplicados em formas de partículas menores.

Desse modo, as fontes de P mais solúveis são recomendadas para aplicações no sulco de plantio na forma de grânulos, aumentando a eficiência do fertilizante.

Por outro lado, as fontes menos solúveis de fósforo apresentam reação mais lenta no solo, dessa forma a aplicação de partículas menores agiliza esse processo e é mais aconselhável nas adubações em área total (fosfatagem).

Melhor adubo: líquidos

Nos últimos anos, houve um aumento no surgimento e comercialização dos fertilizantes líquidos, principalmente dos adubos foliares.

Esse estado líquido dos adubos tem como ponto positivo a logística mais fácil e o uso que pode ser, basicamente, de duas formas: foliar e fertirrigação.

Porém, existem certas limitações nos adubos foliares que nem sempre são claras. 

Apesar da alta concentração dos fertilizantes líquidos, que facilita o manejo, eles devem ser aplicados em baixíssimas concentrações (1% a 2%) para evitar danos às folhas.

Dessa forma, a aplicação em grandes quantidades fica limitada, o que inviabiliza os nutrientes exigidos em grandes quantidades pelas plantas como nitrogênio, fósforo, potássio e outros macros, ainda que essa adubação foliar seja apenas para tratamentos de emergência.

Nesses casos de deficiência, mesmo com várias aplicações foliares, é difícil suprir as necessidades das culturas, por isso, torna-se mais viável o uso de fertilizantes sólidos. 

Contudo, uma possibilidade viável é o uso de adubos foliares para aplicações de micronutrientes e, mesmo quando o solo apresenta deficiência acentuada, a aplicação via solo é a mais indicada.

melhor adubo

(Fonte: Semeadura Líquida)

As aplicações foliares de zinco, manganês, boro e ferro têm se mostrado eficazes, sendo comum a associação de fertilizantes líquidos aos defensivos para aplicação, desde que não prejudiquem a eficiência do defensivo em questão.  

E na fertirrigação, o mais aconselhável é a utilização dos adubos após o início da irrigação, finalizando antes do término dela. Desse modo evitamos as perdas por lixiviação ou danos por salinidade nas raízes e folhas das plantas.

Conclusão

Vimos que escolher o melhor adubo para plantas não é uma decisão simples, pois existem diferentes classificações que interferem diretamente na melhor opção. 

Precisa-se compreender a função de cada fertilizante e qual o cenário mais adequado para cada um.

Não existem soluções mágicas, nem uma “bala de prata” que resolverá todos os problemas na agricultura. Lembre-se que os nutrientes correspondem a 5% da planta, todo o resto (95%) vem da fotossíntese. 

Por isso, é necessário pensar no manejo como um todo!

>> Leia mais:

Enxofre para as plantas: adubação e outras recomendações de manejo

Como ter mais eficiência na adubação com ureia agrícola

O que achou deste texto? Tem mais dúvidas sobre o melhor adubo para plantas? Deixe nos comentários abaixo!

Aplicativo rural: conheça os melhores apps para produtores

Aplicativo rural: saiba como escolher e veja nossas recomendações de agricultura digital para tornar o seu dia a dia no campo mais eficiente.

Se antigamente a pulverização era realizada segundo o conhecimento pessoal de cada aplicador, sem muitos critérios científicos, atualmente as próprias máquinas não pulverizam se as condições forem impróprias para a realização da operação.

As novas tecnologias, certamente, auxiliam os produtores rurais no manejo de suas lavouras.

Por meio do celular ou tablet, os produtores já conseguem prever chuvas na semeadura ou na colheita. Assim como a aplicação correta de defensivos e georreferenciamento de pragas e doenças. 

Por isso, quem não se atualizar vai ficar para trás! O aplicativo rural está cada vez mais presente nas atividades do campo, possibilitando aumentos significativos de rendimento.

Saiba neste artigo quais são nossas sugestões de aplicativo rural para a sua fazenda. Boa leitura!

O que é um aplicativo rural?

O conceito de aplicativo rural já é bastante comum no nosso dia a dia desde o advento dos smartphones. Um aplicativo é um software (ou uma plataforma com um programa) que desempenha certas funções em um meio digital — ou seja, um celular ou computador.

Aplicativo rural, ou aplicativo agrícola, é um programa que desempenha funções que auxiliam o produtor na condução de sua fazenda e do seu negócio rural.

Hoje existem cada vez mais aplicativos que atuam na maioria das atividades de uma fazenda. Por exemplo:

  • Controle de estoque;
  • Manutenção de máquinas;
  • Avaliação de lavouras;
  • Monitoramento e execução de atividades de manejo;
  • Previsão e monitoramento do clima e tempo;
  • Gestão financeira;
  • Preenchimento de receituário agronômico;
  • Georreferenciamento e medição de áreas;
  • Mercado agrícola;
  • Identificação de plantas, insetos e doenças.

Nesse artigo, trataremos das melhores ferramentas disponíveis para o produtor modernizar sua propriedade e ter um negócio muito mais eficiente.

Qual aplicativo rural vale a pena ter?

Temos um novo aplicativo rural sendo lançado todos os dias, mas quais são os mais indicados para o agro?

Selecionamos uma lista de opções que certamente vai facilitar as atividades diárias de muitas fazendas. Confira a seguir!

Como um aplicativo rural pode beneficiar sua fazenda

Aplicativo rural de medição de área e georreferenciamento

A medição de áreas e georreferenciamento da fazenda já é uma requisição ao produtor, passível de multas caso não seja feita.

Além disso, o conhecimento de áreas e suas características, como declives e presença de cursos d’água, vegetação, áreas de pedreira, voçorocas, são imprescindíveis para o planejamento da safra.

Também é importante para o controle remoto de maquinários autônomos ou pilotados que executam as funções dentro da propriedade.

Alguns aplicativos que são recomendados para essa atividade são:

  • Garmin: aplicativo de georreferenciamento que é bastante conhecido e tem utilidade em muitas atividades, incluindo a agricultura;
  • C7 GPS Dados: é gratuito e foi desenvolvido pelos professores e pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS).
  • GPS Fields Area Measure: com funcionalidades similares e precisão também de 1 a 5 m, esse aplicativo pode ser outra opção para quem não se familiarizar com o C7 GPS Dados.

Aplicativo rural para previsão do tempo

Monitorar as condições climáticas na propriedade e ter previsões para o futuro próximo é uma necessidade do produtor para planejar as atividades e evitar danos às suas lavouras. Por isso, muitos aplicativos e sistemas entregam soluções práticas para essa atividade.

O Climatempo fornece previsão do tempo para até 15 dias de forma bem rápida e fácil. O aplicativo fornece também mapa de raios, radares meteorológicos, informações geolocalizadas do satélite GOES-16 e outras coisas mais.

Semelhante a outros apps com plataformas colaborativas, o Climatempo permite que os usuários reportem o tempo e as condições de chuvas localizadas, de modo que tenhamos melhorias em tempo real da previsão.

Aplicativo rural para agricultura de precisão

Em tempos de máquinas cada vez mais autônomas, é importante que o produtor tenha um bom sistema de controle e execução remota das atividades agrícolas.

Field Navigator (Navegador de Campo)

Este aplicativo rural é um dos mais populares de direção paralela para agricultura de precisão.

O Field Navigator ou Navegador de campo é um app que permite a aplicação de uma das ferramentas de agricultura de precisão logo após a instalação, sem gastar um centavo com a compra de um software dedicado.

Sem qualquer equipamento adicional, que custa milhares de dólares, este aplicativo rural permite que o agricultor possa conduzir máquinas agrícolas ao longo de trilhas paralelas com precisão, mesmo em condições de pouca visibilidade.

WebGis

Esse aplicativo rural permite a confecção de mapas informativos da propriedade. Ele permite a inclusão de dados da propriedade permitindo o monitoramento de diversas características específicas.

Há a possibilidade de se dividir a propriedade em talhões e incorporar imagens de satélite. 

Aplicativo rural para manejo agrícola

As várias atividades de manejo na propriedade podem ser mais eficientes se controladas e organizadas por um aplicativo rural. Citamos abaixo algumas opções importantes:

ADAMA Alvo

ADAMA Alvo possui um banco de dados capaz de auxiliar nas identificações e no monitoramento de pragas, plantas daninhas e doenças das lavouras de soja, milho, trigo, algodão, cana e café por meio de um banco de imagens completo.

Neste aplicativo, também é possível buscar informações sobre ciclo de vida, tratamento indicado, importância econômica e descrição de cada problema das lavouras brasileiras. 

Dr Agro

Esse aplicativo facilita a interpretação das análises de solo, explicando indicadores de fertilidade e teores de macro e micronutrientes.

Ele também faz recomendações de calagem, gessagem e aplicação de outros nutrientes.

FieldNet

Atua no controle e execução dos sistemas de irrigação da propriedade. O aplicativo permite que o produtor verifique a situação e comando o funcionamento dos sistemas de irrigação, mesmo de fora da fazenda.

Spray Select

Este aplicativo rural permite que o produtor entre com as informações sobre a pulverização a ser feita e escolhe o melhor bico a ser utilizado. O produtor pode informar o aplicativo sobre tipo de produto, espaçamento, velocidade, precisão, volume e tamanho de gota.

Yara TankMix

É comum que, durante a execução das atividades de pulverização, haja dúvidas sobre ordem de mistura e possibilidade de incompatibilidade entre os produtos.

Este aplicativo permite uma análise de misturas e a chance de incompatibilidade.

General do campo

Facilita a regulagem de maquinários agrícolas através de equações que facilitam os cálculos necessários. Este aplicativo ajuda a diminuir as chances de erro em cálculos em operações como plantio, pulverização e colheita, por exemplo.

Aplicativo rural de cotação agropecuária e mercado agrícola

O acompanhamento de preços e cotações de mercado é essencial para saber a hora correta de comprar ou vender os seus produtos. 

Confira a seguir algumas opções para ter sempre em mãos.

AgroMercado

O AgroMercado é um aplicativo rural em que os produtores conseguem acompanhar as cotações agrícolas brasileiras de diversos produtos.

Ele disponibiliza gratuitamente informações de bolsas nacionais e internacionais, como da BM&F e de bolsas de Chicago e Nova York, de produtos como soja, milho, sorgo, feijão, arroz e, ainda, gado, suínos e frangos.

Grão Direto

Este aplicativo rural permite que o produtor pesquise por compradores de grãos na sua região, o que pode facilitar a comercialização da sua produção.

Permite a criação de uma rede de comércio próxima com menor dependência de intermediários e atravessadores.

Aplicativo rural para gestão da propriedade

Um aplicativo completo, que reúne grande parte das funcionalidades que foram citadas anteriormente.

O Aegro auxilia os produtores na gestão financeira da fazenda, bem como no planejamento agrícola da lavoura.

Além disso, possui funções que eliminam a necessidade de instalação de outros aplicativos, como a integração com máquinas da Stara e John Deere e o Monitoramento Integrado de Pragas (MIP).

Com o auxílio do Aegro, também é possível:

  • Registrar atividades diretamente do campo mesmo sem internet;
  • Mapear e medir áreas dos talhões;
  • Planejar, registrar e controlar atividades da sua fazenda;
  • Registrar observações com geolocalização e fotos;
  • Produzir análises de custo de produção e rentabilidade;
  • Administrar máquinas e patrimônio agrícola;
  • Registrar leitura de pluviômetros e acompanhar a quantidade acumulada de precipitação na safra;
  • Controlar o estoque da fazenda;
  • Gerenciar o armazenamento e a venda da produção.
Tela do Aegro, aplicativo rural que torna a gestão da fazenda mais eficiente
O Aegro é um aplicativo rural fundamental para tornar a gestão da fazenda mais eficiente
(Fonte: Aegro)

Outras funções importantes que estão dentro da gestão do app é a integração para cotação de seguros (em parceria com a JDM), o Aegro Imagens (sensoriamento remoto da lavoura) e o Livro Caixa (para documentação do Livro Caixa Digital do Produtor Rural).

Você pode testar o nosso aplicativo de gestão agrícola Aegro de forma gratuita por 7 dias, clicando no link. Aproveite!

Como um software ou aplicativo rural pode contribuir para o trabalho no campo?

Como vimos, há uma série de atividades agrícolas que podem ser monitoradas e executadas por meio de aplicativos para celular ou programas de computador.

O uso dessas tecnologias traz uma série de benefícios ao produtor, como por exemplo:

  • Menor retrabalho;
  • Maior eficiência no uso de recursos;
  • Menor chance de erros e perdas;
  • Segurança de empregados;
  • Rastreabilidade de falhas e monitoramento de pontos positivos;
  • Maior assertividade no manejo;
  • Menor risco sobre o investimento;
  • Maior vida útil de maquinário;
  • Vendas com maior margem de lucro.
Planilha para controle de estoque da fazenda

Conclusão

Atualmente, os produtores possuem inúmeros programas que contribuem para a melhor condução de suas lavouras. Existe aplicativo rural com coleta e interpretação de dados até programas que ajudam diretamente no paralelismo das operações de campo.

Vimos neste artigo que é importante os produtores terem os apps ideais para não gastar além do planejado com aquisição de máquinas e equipamentos para suas lavouras.

Por isso, aproveite essas recomendações que foram aqui citadas e fique atento aos novos aplicativos que surgem a cada dia!

>> Veja mais:

“Tecnologias agrícolas: o presente e o futuro do agronegócio”

“Agricultura de precisão: equipamentos essenciais e novidades do mercado”

“Veja como adotar práticas de tecnologia e sustentabilidade no campo na sua fazenda”

“Agricultura inteligente: 6 tecnologias que podem auxiliar sua fazenda”

Gostou deste artigo sobre aplicativo rural? Envie para outros produtores que possam se beneficiar desses apps e assine nossa newsletter para receber nossos textos direto em seu e-mail.

Redator João Paulo Pennacchi

Atualizado em 24 de outubro por João Paulo Pennacchi

Sou engenheiro eletricista formado pela UNIFEI e engenheiro-agrônomo formado pela UFLA. Mestre e doutor em agronomia/fisiologia vegetal pela UFLA e PhD em ciências do ambiente pela Lancaster University. Atualmente desenvolvo pesquisa na área de fisiologia de culturas agrícolas pela UFLA.

Fertilidade do solo e adubação: dicas de como melhorar seu manejo

Fertilidade do solo e adubação: confira como se relacionam e entenda por que nem sempre há resposta da adubação.

A maioria dos solos brasileiros tem baixa fertilidade natural. Então, como foi possível ganharmos o cerrado e produzirmos tanto?

Bem, graças a muito estudo sobre fertilidade do solo, correção e adubação, além é claro, da coragem do produtor em meter o peito e desbravar o Brasil, hoje sabemos o resultado! 

Mas se engana aquele que acha que está tudo resolvido neste assunto. 

Ainda existe muito para ser feito quanto à eficiência do uso de nutrientes e nunca é demais falar sobre boas práticas que às vezes são esquecidas.

Confira neste artigo dicas sobre fertilidade do solo e adubação e entenda como podem influenciar na sua produção. Vem comigo!

O que determina a fertilidade do solo?

A fertilidade do solo se refere à capacidade do mesmo em fornecer os nutrientes para que as plantas se desenvolvam e cumpram seu ciclo. 

Dessa forma, não se pode esquecer dos elementos tóxicos que devem estar em níveis que não comprometam o desenvolvimento vegetal.

Dessa definição conseguimos extrair três informações importantes sobre a fertilidade do solo:

  1. A fertilidade do solo depende da sua disponibilidade de nutrientes;
  2. A fertilidade do solo é relativa às exigências nutricionais das plantas;
  3. Ao analisar quimicamente um solo, pode-se inferir sobre sua fertilidade.

Isso quer dizer que um solo considerado fértil para uma espécie menos exigente pode não ser capaz de fornecer os nutrientes necessários para uma espécie mais exigente.

Se as exigências de uma espécie vegetal para cumprir seu ciclo são menores, teoricamente ela necessita de menor fertilidade. 

Logo, se a espécie for mais exigente, mais nutrientes serão necessários. 

É importante ressaltar que um solo fértil não, necessariamente, é sinônimo de solo produtivo. Outros fatores além da química como o clima, a física e a biologia de solo influenciam nisso.

Qual a relação entre fertilidade do solo e adubação?

Bem, a adubação é (ou pelo menos deveria ser) feita com base no balanço entre as exigências nutricionais da planta e a disponibilidade de nutrientes no solo (fertilidade). 

Veja de maneira simplificada na fórmula abaixo:

Adubação = (exigência da planta – disponibilidade no solo)

fertilidade do solo e adubação

(Fonte: Blog Unicamp)

Assim, fica claro que existe uma relação íntima entre três disciplinas:

  • Nutrição de plantas
  • Fertilidade de solo
  • Adubos e adubação

Quanto maior a disponibilidade de nutrientes ou a fertilidade do solo, menor será, proporcionalmente, a necessidade de adubação. E isso é relativo às exigências da cultura em questão como já abordamos no tópico anterior.

3 dicas para melhorar a fertilidade do solo com adubação

1. Pergunte ao solo

Não podemos falar de fertilidade sem antes fazer uma análise de solo

O padrão de comparação é a camada de 0 a 20 cm do solo, na qual se baseiam as recomendações de adubação.

Com base em ensaios que correlacionam a produção relativa das plantas aos teores dos elementos do solo, diversas instituições de pesquisas definiram classes de teores de nutrientes no solo.

As classificações podem mudar de acordo com a instituição de pesquisa, mas em linhas gerais, se o teor de determinado nutriente no solo é considerado baixo, este será limitante à produção. 

Por isso é fundamental elevar esses teores até níveis adequados (adubação de correção), além de fornecer a quantidade exportada pela planta (adubação de manutenção)

Por outro lado, se o nutriente está na faixa adequada, teoricamente não há resposta à adubação. Sendo necessária apenas a adubação de manutenção para manter esses níveis.

interpretação de teores de potássio e de fósforo em solos

Limites de interpretação de teores de potássio e de fósforo em solos
(Fonte: adaptado IAC)

Toda essa conversa de teores no solo é válida para P, K, Ca, Mg, S (fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre) e os micronutrientes. Mas e o N (nitrogênio)?

Não existe ainda um teste padrão para inferir quanto de N há disponível no solo, por isso: pergunte às plantas!

2. Pergunte às plantas

As plantas não mentem. O excesso ou falta de nutrientes aparece na forma de sintomas característicos nas folhas e no crescimento da planta, isso seria a diagnose visual da fertilidade do solo.

Essa avaliação requer conhecimento e treino, o que muitas vezes gera problemas e a torna subjetiva. Por isso, um método mais certeiro de inferir sobre a fertilidade via planta é pela análise foliar.

Para cada espécie existe uma época correta de coleta, folhas específicas e um número de amostras mínimos. Você pode encontrar essas informações aqui, disponibilizadas pelo Departamento de Ciência do Solo – Esalq/USP. 

A partir disso, podemos comparar os resultados com uma base de dados de plantas da mesma espécie e verificar se está tudo bem. 

A diagnose foliar  pode servir como um complemento à análise de solo, revelando se o que está no solo realmente está suprindo a exigência da planta ou se devemos intervir com adubações, por exemplo.  

Além disso, a produtividade esperada e a exportação de nutrientes pela planta ajudam a definir a demanda de nutrientes e a adubação de manutenção da cultura. 

Isso é importante, principalmente, no caso do N que não sai na análise de solo.

Concentração de nutrientes nas partes exportadas das culturas

Concentração de nutrientes nas partes exportadas das culturas
(Fonte: Informações Agronômicas Nº130 – IPNI)

3. A adubação

Como já dissemos, existem basicamente dois tipos de adubação.

A adubação de correção deve ser feita com base na análise de solo, a fim de elevar os teores de nutrientes que podem não estar adequados para a cultura. Esses nutrientes devem estar disponíveis desde antes do plantio.

Adubação = (Exigência da planta – disponibilidade no solo) x f

É importante lembrar que a eficiência de uma adubação de correção não é 100%. 

Portanto, devemos sempre utilizar um fator (f) para corrigir o cálculo que geralmente é maior para solos argilosos devido à reatividade maior desses solos.

Já a adubação de manutenção é feita visando repor os nutrientes exportados pela cultura. 

Deve ser ressaltado que a demanda da planta não é uniforme durante seu ciclo. Cada cultura tem estádios de maior demanda e nesses estádios o nutriente já deve estar disponível para absorção.

fertilidade do solo e adubação

Porcentagem do N total na planta, absorvido antes e após o florescimento; e porcentagem do N no grão absorvido pós-florescimento (VT-R1) e remobilizado de outras partes da planta
(Fonte: Pioneer)

Assim, de modo simplificado, fornecemos uma pequena quantidade de nutrientes no plantio e o restante em cobertura, sempre pensando na marcha de absorção de nutrientes. 

Dessa maneira, consegue-se aumentar a eficiência da adubação.

Conclusão

Observamos que existe uma relação íntima entre fertilidade do solo, adubação e nutrição de plantas.

Ressaltamos também que a fertilidade do solo depende da disponibilidade de nutrientes, baixos teores de elementos tóxicos e da planta utilizada como referência, a sua cultura.

Além da importância de adubações feitas corretamente para garantir a eficiência do uso de fertilizantes.

>> Leia mais:

Como fazer o manejo e a correção do solo alcalino

“Conheça os 9 indicadores de fertilidade do solo e saiba usá-los ao favor da sua lavoura”

Restou alguma dúvida sobre fertilidade do solo e adubação? Conte pra gente nos comentários abaixo. Grande abraço!

Safra e safrinha: veja as diferenças, dicas e cuidados para o produtor

Safra e safrinha: entenda as principais diferenças, os riscos e como fazer a programação da sua lavoura.

Se você tem contato com a agricultura, com certeza já ouviu muito os termos “safra” e “safrinha”. Mas você sabe o que significam ou qual a implicação sobre as culturas?

Geralmente, esses termos são associados às culturas anuais e se referem tanto à época de plantio quanto à expectativa de produção em si.

Confira neste artigo, o que muda entre essas duas épocas de cultivo e como extrair o máximo potencial de sua lavoura. Vem comigo!

Qual a diferença entre safra e safrinha (e entressafra)?

Safra, safrinha e entressafra. Confuso, né? Bem, esses termos estão associados às culturas anuais, principalmente à dobradinha soja-milho em plantio direto, como você já deve saber. 

Assim, eles se referem à época do ano agrícola em que será feito o plantio das culturas e, ainda, refere-se à produtividade esperada. 

Na safra, o plantio é feito quando as chuvas voltam e vai de outubro a dezembro, como no caso do milho. Nessa época, as condições climáticas –  temperatura, luminosidade e umidade – são as melhores para o desenvolvimento das culturas. 

Por isso, em geral o produtor investe mais na safra, pois há um potencial produtivo e de retorno financeiro maior.

A safrinha vem logo após a safra e foi assim apelidada, no diminutivo, porque a produtividade era geralmente menor, devido a condições sub-ótimas de luminosidade, além dos riscos de veranico, por exemplo.

Hoje, devido ao aumento de área e produtividade do milho safrinha, por exemplo – o qual se tornou maior que a safra –  já podemos chamar a safrinha de 2ª safra.  Pois esse termo dá a ideia da importância dessa época de plantio para o agro. Mas, e a entressafra?

A entressafra é o período entre o fim da colheita da(s) principal(is) e o início da próxima colheita. Esse período pode e deve ser aproveitado para colocar a fazenda em ordem e se preparar para a próxima safra.

Para resumir: a safra é a primeira safra; safrinha, a segunda. A entressafra fica entre o fim do último cultivo (da segunda safra, por exemplo) e o início da próxima safra.

Ciclo do milho safrinha

Devido à força e participação no agronegócio nacional, geralmente associamos safra e safrinha à soja e milho. Por essa razão, será o foco deste texto também.

Mas para outras culturas, as nomenclaturas podem ser diferentes. Por exemplo, no feijão, temos até uma terceira safra; e nas culturas adaptadas a condições mais frias, temos o chamado cultivo de inverno.

Mas vamos à cultura do milho… O milho safrinha deixou de ser coadjuvante no cenário nacional porque a produtividade média hoje é semelhante à da safra, mas a produção e a área plantada são bem maiores.

Pra você ter noção, tanto a produção de milho safrinha quanto a área plantada são o dobro do que se tem na safra, como podemos ver na figura abaixo.

(Fonte: IBGE – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola)

Isso é fruto da preferência pela soja na safra principal devido às condições de mercado, por exemplo. E onde é possível o cultivo, faz-se milho na safrinha.  Além disso, os estádios fenológicos são os mesmos do milho plantado na safra. 

Mas, em geral, os estádios podem durar mais tempo, pois devido à luminosidade que não é a mais adequada e ao menor acúmulo de graus dia, o ciclo do milho é maior na safrinha.

Quando se planta o milho safrinha?

O plantio do milho safrinha ocorre entre janeiro e abril para as maiores regiões produtoras, mas isso pode variar um pouquinho nos vários cantos desse Brasilzão. Como mostra o calendário de plantio da Conab que eu trouxe pra você observar abaixo:

milho safrinha

(Fonte: adaptado de Conab)

O que é safrinha de soja?

Este é um assunto que gera polêmica!  Pode parecer interessante cultivar a soja na safrinha, principalmente quando o preço do milho está baixo e o mercado da soja está aquecido. Mas calma, “pisa no freio Zé”… pois existem mais contras que prós nesse caso.

Primeiro, as condições de fotoperíodo, pluviosidade e temperatura não são as melhores e poucas cultivares seriam adaptadas – o que por si só já é um problema. 

Ainda mais se o cultivo for feito após a safra da própria soja.

Desta maneira, pragas, plantas daninhas, doenças e até questões de conservação e cobertura do solo seriam problemáticos.

Outro argumento que coloca a soja safrinha como uma atividade de alto risco é o fato de não termos informações sólidas sobre população de plantas, pragas e adubação da cultura nessa época.

Portanto, soja safrinha é ainda um cultivo arriscado e que necessita de mais informações e análises para se mostrar uma boa opção.

Planejamento de safra e safrinha

Um bom planejamento conta muito no sucesso das atividades que você realiza em sua fazenda. 

Nem seria preciso dizer que como cada cultura tem um ciclo e em determinados casos você pode plantá-las na safra e na safrinha, é preciso organização.

Como estamos falando em sistemas de produção, a escolha da cultura para a safra determina ou limita as opções para safrinha, principalmente por questões fitossanitárias, do cronograma e da janela de cultivo. 

Veja na figura abaixo os exemplos dos ciclos das culturas e das épocas de plantio e colheita

safra e safrinha

(Fonte: adaptado de Heringer)

Uma ideia é utilizar o período de entressafra para realizar esse planejamento.

Geralmente é o período “mais tranquilo” da fazenda e, portanto, podemos usá-lo de maneira proveitosa para planejamento e manutenção do maquinário, por exemplo.

Se precisar de uma mãozinha para se programar e colocar a casa em ordem, o Aegro pode te ajudar. 

Assim, suas informações ficam organizadas e de fácil visualização, para você não se perder no planejamento.

Banner de chamada para o download da planilha de controle de custos de safra

Conclusão

Como acompanhamos, os termos safra e safrinha são relacionados a épocas de cultivo de culturas anuais dentro do ano agrícola. 

De modo geral e em anos normais, a safra significa melhores condições para a cultura e maiores produtividades. 

Por sua vez, a safrinha apresenta condições marginais de cultivo e, portanto, limitações que se traduzem em menores produtividades ou produção total.

Mas vimos que nem sempre é assim. No caso da cultura mais associada à safrinha, o milho, é clara a importância dessa época de plantio para a agricultura nacional, já para a soja precisamos tomar cuidado.

Por isso, o produtor deve estar atento a esses detalhes na hora de planejar seu plantio, pois assim terá pensado nos riscos de cultivar determinada cultura na safra ou na safrinha. 

Além de que, um bom planejamento pode ajudar bastante em um plantio e condução de lavoura bem-feitos.

>>Leia mais:

“Por que o crambe pode ser uma ótima opção para a safrinha”

Manejos pré-plantio: o que você precisa para começar bem a próxima safra

E você? Já sabia das diferenças entre safra e safrinha? Restou alguma dúvida? Conte pra gente nos comentários abaixo. Grande abraço!