Mais do que uma questão burocrática, é uma forma de proteger sua propriedade, garantir a legalidade das suas operações e abrir portas para novas oportunidades de crescimento.
Ignorar isso pode prejudicar sua relação com grandes compradores, inviabilizar financiamentos e ainda gerar multas e bloqueios que impactam diretamente sua produção.
E não é só isso: a não emissão de nota fiscal faz a sua operação correr o risco de ser considerada irregular, o que pode comprometer o futuro da sua propriedade rural.
É obrigatório emitir Nota Fiscal Produtor Rural?
Sim, emitir a nota fiscal produtor rural é obrigatório. Desde que a legislação passou a exigir a substituição dos antigos talonários em papel pelo modelo eletrônico (NFP-e), deixar de emitir notas é considerado uma irregularidade fiscal, valendo para operações como:
Vendas de produtos agrícolas ou pecuários.
Transporte de mercadorias entre estados ou para exportação.
Transferência de produtos entre propriedades do mesmo proprietário.
Além de cumprir uma exigência legal, a emissão de notas é o que garante que suas operações sejam reconhecidas pelo fisco e que sua propriedade esteja dentro da lei.
Quais os problemas da não Emissão de Nota Fiscal?
A não emissão de nota fiscal eletrônica de produtor rural pode gerar multas, penalidades e até processos por sonegação fiscal, além de dificultar o controle financeirodevido à falta de registros formais das transações. Confira mais informações:
1. Multas tributárias pesadas
A não emissão de nota fiscal é considerada sonegação de impostos, e as multas podem ser bastante altas. Dependendo da situação, você pode ser multado em até 20% do valor da operação ou um valor fixo a partir de R$ 500,00, conforme o estado.
2. Bloqueio de mercadorias durante o transporte
Sem a nota fiscal, suas mercadorias podem ser barradas em fiscalizações durante o transporte. Produtos perecíveis, como frutas ou leite, podem ser perdidos, gerando prejuízos financeiros e desgaste na relação com os clientes.
3. Perda de credibilidade no mercado
Empresas, cooperativas e exportadores exigem a nota fiscal para formalizar as transações. Sem ela, você pode perder contratos importantes e até ser excluído de parcerias comerciais estratégicas. A falta de emissão afeta diretamente sua imagem como produtor confiável e organizado.
4. Dificuldades para acessar financiamentos
Os bancos utilizam as notas fiscais como prova de renda. Sem esse documento, é praticamente impossível acessar linhas de crédito ou financiamentos voltados ao setor agrícola.
Isso significa que investimentos na propriedade, como compra de máquinas ou expansão da produção, podem ficar comprometidos.
5. Exclusão de benefícios fiscais e governamentais
Sem notas fiscais, você não consegue comprovar sua produção, o que impede o acesso a programas governamentais de apoio ao setor rural, como subsídios, descontos tributários e financiamentos subsidiados.
6. Problemas em auditorias fiscais
Caso sua propriedade seja alvo de uma auditoria, a ausência de notas fiscais pode agravar a situação. Você terá dificuldade em comprovar suas operações, podendo enfrentar cobranças retroativas de impostos e mais multas.
Como vão funcionar as Notas de Produtor Rural?
A partir da obrigatoriedade da NFP-e, as operações do produtor rural serão realizadas exclusivamente de forma eletrônica. Isso significa que os talonários em papel estão sendo gradualmente substituídos.
Com a NFP-e, todo o processo de emissão, envio e armazenamento é digital, o que aumenta a transparência e facilita o controle das operações. Para emitir a nota fiscal eletrônica de produtor rural, você precisa:
Certificado digital: Um documento eletrônico que serve como sua assinatura oficial para validar as notas.
Sistema emissor de notas: Ferramentas como o Aegro ajudam a simplificar esse processo, permitindo emitir, consultar e organizar as notas fiscais com facilidade.
Não emissão de nota fiscal: O que fazer para me regularizar?
A não emissão de nota fiscal pode gerar implicações legais, tributárias e comerciais. A única forma de evitar problemas é se adaptar e aderir ao uso correto do documento e cumprir a legislação, começando por:
Cadastramento na Secretaria da Fazenda (Sefaz) Verifique se você já possui o Cadastro de Produtor Rural (CAD-PRO). Caso não tenha, procure a Secretaria da Fazenda do seu estado para realizar o registro.
Aquisição de Certificado Digital Escolha o modelo A1, que é prático e pode ser instalado no computador ou sistema emissor. Ele é indispensável para validar suas notas eletrônicas.
Escolha de um Sistema Emissor O ideal é utilizar ferramentas confiáveis, que automatizam o preenchimento das notas fiscais e o envio, reduzindo o risco de erros e atrasos.
Organização das suas operações Certifique-se de que todas as transações estejam registradas. Para vendas anteriores sem nota fiscal, consulte um contador para regularizar a situação.
Iniciar a emissão Com o sistema configurado, comece a gerar suas notas fiscaisimediatamente para evitar complicações futuras.
Por que emitir nota fiscal agora?
Além de evitar os problemas que mencionamos, emitir a nota fiscal produtor rural é uma oportunidade para organizar sua propriedade e abrir novas possibilidades de crescimento. Com a emissão regular de notas, você:
Garante a segurança jurídica das suas operações;
Conquista a confiança de grandes compradores e parceiros;
Facilita o acesso a financiamentos e benefícios fiscais;
Evita perdas financeiras com multas ou mercadorias barradas.
Lembre-se: A não emissão de nota fiscal de produtor rural não é apenas um risco legal, mas também uma barreira para o crescimento da sua propriedade.
Com ferramentas para emitir de nota fiscal para produtor rural, o processo fica muito mais simples e eficiente, permitindo que você foque no que realmente importa: a produtividade e o sucesso da sua fazenda.
Não espere os problemas aparecerem para agir. Regularize sua situação agora e garanta um futuro próspero para sua propriedade rural.
Daniel Oliveira
Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.
A gestão rural é algo que exige organização e controle precisos. As planilhas de Excel na agricultura são ferramentas populares entre produtores rurais, mas até que ponto elas atendem às necessidades de uma fazenda moderna?
Embora ofereçam simplicidade inicial, apresentam limitações significativas que podem dificultar o crescimento e o planejamento de longo prazo.
Neste artigo, vamos explorar as limitações do uso do Excel na agricultura e por que softwares de gestão rural se destacam como uma opção mais confiável e adaptada às demandas do dia a dia das fazendas.
Quando o excel costuma ser usado na agricultura?
O Excel na agricultura é uma ferramenta amplamente usado devido à sua flexibilidade e capacidade de organizar e analisar dados. Alguns dos principais usos no setor incluem:
1. Gestão financeira
Controle de receitas e despesas da propriedade rural;
Planejamento orçamentário e projeções financeiras;
Registro e acompanhamento de financiamentos e custos de produção.
2. Planejamento de safra
Elaboração de cronogramas de plantio, manejo e colheita;
Comparação de custos e estimativas de lucro para diferentes culturas;
Por que o excel na agricultura não é tão eficiente?
Apesar de suas vantagens iniciais, o Excel carece de funcionalidades específicas para a agricultura. Um exemplo claro é o histórico de atividades: é difícil rastrear informações antigas e cruzar com os resultados atuais de forma eficaz. Além disso, o Excel não oferece:
Relatórios automáticos;
Integração com dispositivos móveis e sistemas de monitoramento;
Alertas ou recomendações baseados em dados.
Essas limitações podem impactar negativamente a equipe da fazenda, tanto em tempo quanto em recursos.
Software de Gestão de Fazendas X Excel
Característica
Sofware
Excel
Integração de dados
Sim
Não
Acesso remoto
Sim (aplicativo e navegador)
Limitado
Relatórios automáticos
Sim
Não
Atualização em tempo real
Sim
Não
Escalabilidade
Alta
Baixa
Qual o momento de deixar de usar planilhas em uma fazenda?
O Excel na agricultura é amplamente utilizado em pequenas e médias fazendas para organização financeira, registro de atividades e organização de custos.
Contudo, à medida que a fazenda cresce ou as demandas aumentam, surgem sinais de que é hora de buscar uma solução mais avançada. Entre esses sinais estão:
Complexidade crescente: O volume de informações pode gerar erros e confusão em planilhas manuais;
Falta de integração: As planilhas não conversam entre si, dificultando a visão geral da fazenda;
Dificuldade de acesso: Compartilhar ou acessar informações fora do ambiente de trabalho é limitado;
Risco de perdas: Falhas humanas ou técnicas podem levar à perda de dados importantes;
Se essas dificuldades fazem parte da rotina da sua fazenda, é um bom momento para considerar um software de gestão rural.
Vantagens do Excel na Agricultura
Custo inicial baixo e não exige investimento inicial;
Familiaridade, por muitas pessoas já terem algum conhecimento na ferramenta;
Personalizaçãoe adaptação de necessidades específicas da fazenda.
Desvantagens do Excel na Agricultura
Erros humanos de digitação que podem comprometer toda a análise;
Falta de automação, demandando tempo e cuidado;
Ausência de integração com financeiros, produtivos e operacionais;
Pouca escalabilidade devido a lentidão com o aumento de dados.
Quando é o momento de usar um software?
A transição para um software deve acontecer quando o Excel na agricultura começa a limitar a gestão, e você percebe que está perdendo tempo ou dinheiro com erros e processos manuais.
Por mais que o Excel seja uma ferramenta e versátil, pode ser difícil ter um controle organizado, preciso e até mesmo realizar projeções financeiras, especialmente quando o negócio cresce.
Entenda se você está vivendo esse momento com alguns sinais de que é hora de migrar para um software de gestão agrícola.
1. Complexidade nas operações
Se a propriedade rural abrange várias culturas, talhões ou está diversificando atividades, as planilhas começam a ficar confusas e propensas a erros. Um software de gestão rural permite integrar todas as informações em um único lugar de forma organizada.
2. Tempo perdido na consolidação de dados
Agricultores que utilizam o Excel geralmente precisam consolidar manualmente dados de diferentes planilhas, o que consome muito tempo e, muitas vezes, em erros que podem gerar problemas sérios no futuro.
3. Dificuldade em analisar dados
Embora o Excel tenha boas funcionalidades, softwares de gestão oferecem relatórios automáticos e personalizados, que ajudam a tomar decisões estratégicas com maior facilidade.
4. Falta de mobilidade
Com o avanço da tecnologia, muitos softwares oferecem acesso remoto via celular ou tablet, permitindo acesso e registro de informações diretamente do campo, algo que o Excel não oferece de maneira prática.
5. Erro humano frequente
Planilhas mal configuradas ou erros de digitação podem gerar problemas financeiros e operacionais. Os softwares minimizam esses riscos, já que muitos processos são automáticos e baseados em dados integrados.
A tecnologia é uma aliada e pode ser usada por propriedade rurais de todos os tamanhos. Avalie suas necessidades e considere dar o próximo passo para um produtividade ainda melhor.
Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).
O rateio de custos automático na fazenda ajuda na gestão financeira mais eficiente, contribuindo para a clareza do controle de custos gerais, como combustível, manutenção, energia e mão de obra.
Tudo isso dá um entendimento maior sobre quais áreas estão gerando lucro, quais estão consumindo mais recursos e onde conseguir produtos com melhor custo benefício.
Com a ajuda da tecnologia, esse processo pode ser automatizado, evitando erros manuais e economizando tempo.
Hoje em dia, alguns sistemas calculam a divisão dos custos com base em critérios como área utilizada ou insumos aplicados, garantindo uma alocação precisa.
Além de melhorar o controle financeiro, o rateio automático também facilita o cumprimento de obrigações fiscais, como o Funrural, ao gerar relatórios detalhados para a declaração correta dos impostos.
O que é o rateio de custos automático?
O rateio de custos automático é uma função que permite distribuir automaticamente os custos de produção entre diferentes áreas, safras e patrimônios.
Essa funcionalidade facilita o lançamento de despesas, garantindo que os custos sejam alocados corretamente, sem a necessidade de intervenções manuais complexas.
A ferramenta também oferece opções de personalização, como a distribuição de custos por porcentagem, e a possibilidade de selecionar a apropriação de custos por máquinas e estoques, otimizando a gestão financeira e de recursos nas propriedades rurais.
Essa automação não só economiza tempo, mas também melhora o controle financeiro, contribuindo para uma gestão mais transparente e otimizada.
Como usar rateio de custos automático na fazenda?
O rateio de custos automáticona fazenda, junto de processos como o balanço patrimonial, pode ser usado como uma estratégia de controle financeiro, já que aumenta a precisão dos cálculos e demonstra como está a rentabilidade da propriedade.
Outro ponto positivo é que facilita a análise individual de cada atividade, e ainda colabora para outros pontos, como:
Distribuição precisa de custos: Aloca automaticamente as despesas entre as atividades ou áreas da fazenda, como produção, manutenção e outras operações.
Redução de erros: Automatiza os cálculos, eliminando falhas comuns na alocação manual.
Controle financeiro aprimorado: Oferece uma visão detalhada sobre quais áreas geram mais lucro e onde estão concentrados os custos.
Eficiência no planejamento: Simplifica o planejamento e a previsão de custos para safras futuras.
Maior precisão: Garante informações confiáveis ao eliminar erros manuais nos cálculos.
Economia de tempo: Automatiza tarefas repetitivas, permitindo que você se concentre em decisões estratégicas.
Decisões mais assertivas: Identifica gargalos e oportunidades de melhoria, ajudando na gestão eficiente da propriedade.
Clareza na rentabilidade: Facilita a análise comparativa entre atividades, destacando as mais lucrativas.
Conformidade contábil e fiscal: Auxilia no cumprimento das obrigações legais e fiscais de forma prática.
O rateio automático pode ser feito por um software de gestão de fazendas, que cadastra as atividades, distribui os custos e integra os dados financeiros.
Exemplo: Se você aplica 1.000 litros de defensivo em uma área de 100 hectares, o custo será rateado proporcionalmente para cada talhão ou cultura.
Com isso você diminui falhas comuns em cálculos feitos em planilhas e se libera para focar em outras atividades na fazenda.
Vantagens de usar o rateio de custos automático
Gerir os custos de uma fazenda nunca foi uma tarefa fácil, principalmente para quem lida com diversas atividades e áreas produtivas ao mesmo tempo.
Orateio de custosé uma solução que simplifica essa gestão, trazendo mais precisão e economia de tempo. Confira mais algumas vantagens:
1. Facilidade no controle financeiro
Com o rateio automático, você não precisa gastar horas calculando manualmente os custos de cada atividade ou lavoura.
O processo é feito de forma prática e sem complicações, a partir do cadastro das informações da propriedade, eliminando o uso excessivo de planilhas e reduzindo erros nos cálculos.
2. Maior clareza sobre os custos reais
Saber exatamente quanto custa cada talhão ou cultura faz toda a diferença para tomar decisões estratégicas.
Com a automatização, os custos são distribuídos proporcionalmente, garantindo que você tenha uma visão realista da rentabilidade de cada atividade.
3. Redução de erros e retrabalho
Erros em planilhas ou na distribuição manual de custos podem causar grandes prejuízos. Ao automatizar o rateio, você elimina essas falhas e pode confiar nos resultados, tendo mais segurança na sua gestão financeira.
4. Otimização do tempo
Processos financeiros podem tomar um bom tempo da rotina, especialmente se forem feitos à mão.
Ao optar por automatizar o rateio, você pode dedicar mais tempo aoplanejamento estratégico ou à gestão operacional, por exemplo, em vez de se preocupar com cálculos complicados.
Isso permite uma gestão centralizada, onde tudo está interligado e atualizado em tempo real. Com dados claros e confiáveis, você pode decidir com mais confiança onde investir, quais culturas são mais lucrativas e como reduzir despesas sem comprometer a produtividade.
O rateio de custos automático não é apenas uma ferramenta financeira, mas um aliado para facilitar a gestão da sua fazenda, ajudando você a superar as dificuldades do dia a dia e a focar no que realmente importa: produzir mais e melhor.
3 plataformas de rateio de custos automático
A complexidade da gestão de custos na agricultura exige soluções eficientes. Plataformas de controle financeiro de fazendas surgem como aliadas, automatizando o rateio de custos e simplificando a tarefa.
Para ajudar você a escolher a melhor ferramenta, separamos abaixo algumas das opções encontradas no mercado. Confira a seguir:
1. Ag Leader
A Ag Leader permite uma análise detalhada dos dados agrícolas, facilitando a distribuição precisa dos custos entre diferentes atividades e culturas.
Com recursos como processamento em lote, mapeamento e análises em NDVI, é possível controlar os custos operacionais claramente, otimizando a rentabilidade da fazenda.
Os sistemas integrados, como orientadores de máquinas e colheitadeiras, proporcionam maior eficiência operacional e um controle mais preciso das operações agrícolas.
2. AgFiniti
Oferece análise e gerenciamento de dados agrícolas, como mapeamento, relatórios e análise de informações permitindo detalhados sobre as operações.
Esses recursos ajudam na distribuição e alocação de custos entre diferentes atividades e culturas, fornecendo dados para embasar decisões financeiras.
O sistema é um pouco complexo, mas oferece um bom resultado e pontos de melhoria financeira para as propriedades rurais.
3. Aegro
O Rateio Avançado do Aegro facilita a alocação precisa de custos, permitindo dividir cada nota fiscal entre múltiplos itens sem duplicar registros, reduzindo o retrabalho, melhorando o controle financeiro e otimizando seu tempo.
A ferramenta também possibilita distribuir custos de máquinas, áreas e safras em um único lançamento, de acordo com as necessidades específicas.
Além disso, a plataforma está trazendo melhorias como a gestão de despesas para múltiplas máquinas, simplificando o lançamento de custos de serviços e peças.
A nova forma de aprovação permite incluir várias máquinas e estoques distintos, agilizando a análise financeira e ainda inclui outros benefícios, como:
Integração completa entre gestão de finanças, estoque e operações agrícolas, proporcionando uma visão holística da fazenda.
Relatórios financeiros detalhados que ajudam a acompanhar a rentabilidade e tomar decisões mais assertivas.
Automação de processos financeiros e de controle de custos, economizando tempo e aumentando a precisão das informações.
Facilidade de uso com uma interface intuitiva, tornando a gestão financeira acessível mesmo para quem não tem experiência em tecnologia.
As plataformas oferecem soluções personalizadas para a gestão de custos da sua propriedade, características únicas para atender às necessidades específicas de diferentes produtores.
Independentemente da escolha, recomendamos optar pela plataforma que melhor se adapta às necessidades da sua fazenda e que ofereça a melhor usabilidade para o seu dia a dia.
Funrural: confira as principais questões sobre o tema, as novidades, as alíquotas e os prazos
Funrural é a sigla para Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural. Trata-se de um fundo rural destinado à contribuição social, com recolhimento obrigatório para que o empregado rural possa se aposentar.
Ficar sempre em dia com as obrigações fiscais é muito importante, porque os tributos costumam sofrer alterações com o tempo.
Então, para te manter por dentro do Funrural, veja algumas das respostas para as principais dúvidas que envolvem o tema. Aproveite!
O que é o Funrural?
O Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) é uma contribuição previdenciária que financia a seguridade social dos trabalhadores rurais. Dessa forma, ele é uma contribuição recolhida para o INSS, RAT (Risco Ambiental do Trabalho) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).
A contribuição funciona como uma espécie de INSS para a categoria e é cobrado sobre a receita bruta da comercialização da produção rural ou sobre a folha de pagamento.
Ou seja, quando um produtor rural vende sua produção, uma parte do valor arrecadado deve ser destinada ao Funrural. Esse recolhimento garante benefícios previdenciários aos trabalhadores do setor, como aposentadoria e auxílio-doença.
A obrigatoriedade do Funrural se aplica tanto a produtores rurais pessoa física quanto a pessoa jurídica. No entanto, a forma de recolhimento pode variar.
A responsabilidade pelo recolhimento do Funrural depende da categoria do contribuinte:
Produtor rural pessoa física: A responsabilidade é do próprio produtor, seja ele com ou sem empregados. Se houver empregados, o produtor também deve recolher o INSS patronal sobre a folha de pagamento.
Produtor rural pessoa jurídica: A responsabilidade é da empresa, que deve recolher o Funrural sobre a receita bruta de comercialização, além do INSS patronal sobre a folha de pagamento de seus empregados.
Adquirentes de produção rural (como frigoríficos, laticínios e cooperativas): Quando a comercialização for realizada por esses adquirentes, eles são responsáveis por reter e recolher a contribuição do Funrural, conforme o percentual aplicado à receita bruta da produção adquirida.
Dentro disso, o recolhimento ainda pode ser feito de duas formas, sendo elas:
Sobre a folha de pagamento – opção disponível para produtores pessoa jurídica que preferem calcular a contribuição com base nos salários pagos aos funcionários.
Sobre a receita bruta da comercialização da produção rural – o valor é descontado diretamente no momento da venda do produto.
Qual é a alíquota do Funrural em 2025?
As alíquotas do Funrural variam conforme o tipo de produtor rural e a base de cálculo escolhida. A última atualização da legislação estabeleceu os seguintes percentuais:
Produtor Rural Pessoa Física
1,2% sobre a receita bruta da comercialização
0,1% para o RAT (Risco Ambiental do Trabalho)
0,2% para o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural)
Total: 1,5% sobre a receita bruta
Produtor Rural Pessoa Jurídica
2,5% sobre a receita bruta da comercialização
0,1% para o RAT
0,2% para o Senar
Total: 2,8% sobre a receita bruta
Caso o produtor rural opte por recolher sobre a folha de pagamento, a alíquota será de 20% sobre os salários pagos aos funcionários.
É fundamental verificar as alíquotas vigentes, pois podem sofrer atualizações anuais conforme determinações da Receita Federal.
Como funciona o Funrural?
O recolhimento do Funrural varia de acordo com quem realiza a operação de venda ou compra.
Quando um produtor rural pessoa física vende sua produção para uma empresa (pessoa jurídica), como cooperativas, agroindústrias ou grandes redes varejistas, a responsabilidade pelo recolhimento do tributo é da empresa compradora.
Nesse caso, o valor do Funrural é retido na fonte e repassado diretamente ao governo pelo adquirente da mercadoria.
Já quando um produtor rural pessoa jurídica comercializa sua produção, seja para outra empresa ou para consumidores finais, ele mesmo é o responsável pelo recolhimento e pelo pagamento do tributo.
Nesse cenário, o produtor deve calcular o valor devido, emitir a guia de pagamento e garantir que o recolhimento ocorra dentro do prazo estipulado pela Receita Federal.
O pagamento do Funrural deve ser realizado por meio da Guia da Previdência Social (GPS), que pode ser gerada no site da Receita Federal.
Além disso, é essencial que a contribuição seja devidamente informada na GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social), garantindo que os valores pagos sejam registrados corretamente no sistema previdenciário.
Para manter a regularidade fiscal da fazenda e evitar problemas futuros, é fundamental que o produtor esteja atento às datas de vencimento e ao correto preenchimento das guias.
A ausência de pagamento ou erros no recolhimento podem resultar em multas, restrições financeiras e até dificuldades para acessar financiamentos rurais e benefícios governamentais.
Contar com um sistema de gestão financeira e um acompanhamento contábil especializado pode facilitar esse processo, garantindo que todas as obrigações sejam cumpridas sem atrasos ou inconsistências.
É importante que você saiba o que é empregado rural, produtor rural pessoa física e produtor rural pessoa jurídica para entender como irá recolher o imposto:
Produtor Rural Pessoa Jurídica: empresa rural;
Empregado Rural: aquele que trabalha para um produtor rural;
Produtor Rural Pessoa Física: é a pessoa física da área rural que produz e comercializa produtos.
O que acontece se o Produtor Rural não recolher o Funrural?
Não pagar o Funrural corretamente pode trazer diversos problemas para o produtor rural. O primeiro impacto é o risco de multas e juros, já que o não recolhimento é considerado inadimplência com a Receita Federal.
Outro problema grave é a impossibilidade de emitir a Certidão Negativa de Débitos (CND), documento essencial para acessar financiamentos agrícolas, participar de programas de incentivos e formalizar negócios com grandes compradores.
Além disso, a falta de pagamento pode resultar em dívidas ativas e até processos judiciais, caso a Receita Federal cobre os valores retroativos com penalidades adicionais.
Para evitar problemas, é fundamental manter o recolhimento do Funrural em dia e acompanhar possíveis mudanças na legislação.
Mudanças e atualizações na legislação do Funrural
A legislação do Funrural já passou por várias mudanças ao longo dos anos. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a declarar a cobrança inconstitucional, o que gerou incertezas no setor.
No entanto, em 2017, o STF voltou atrás e considerou a contribuição obrigatória novamente. Desde então, os produtores rurais devem seguir as regras vigentes, recolhendo a contribuição conforme as alíquotas estabelecidas.
É essencial que o produtor rural acompanhe as atualizações fiscais e consulte um contador para garantir que está cumprindo todas as obrigações corretamente.
Principais dúvidas sobre o Funrural
O Funrural é um dos tributos mais importantes para o setor rural, mas ainda gera diversas dúvidas, especialmente depois das mudanças da Lei nº 13.606/2018. Para resolver tudo isso, separamos algumas dúvidas frequentes sobre a obrigação. Confira:
1. Quem precisa recolher o Funrural?
O recolhimento do Funrural depende da categoria que você se encaixa como produtor rural. As principais situações são:
Produtor rural pessoa física sem empregados: Não é obrigado a recolher o Funrural, a não ser que sua receita bruta anual ultrapasse R$ 4,8 milhões.
Produtor rural pessoa física com empregados: Tem a obrigação de recolher o Funrural tanto sobre a receita bruta da comercialização de sua produção quanto sobre a folha de pagamento de seus empregados.
Produtor rural pessoa jurídica com empregados: Deve recolher o Funrural sobre a receita bruta da comercialização da produção e sobre a folha de pagamento dos empregados.
2. Quais produtos são isentos do Funrural em 2025?
A isenção do Funrural se aplica a alguns produtos e situações específicas. Em 2025, os seguintes produtos estão isentos do pagamento:
Produtos da agricultura familiar: Pequenos produtores rurais, desde que a receita bruta anual não ultrapasse R$ 4,8 milhões, incluindo como grãos, hortaliças e frutas produzidas em pequena escala.
Leite de vaca: Para produtores que sejam pessoa física e sem empregados ou que a produção seja voltada para consumo interno e de pequeno porte.
Produtos de pequena produção: Pescadores e agricultores familiares com receita bruta inferior a R$ 4,8 milhões por ano também podem ser isentos, com base em sua receita anual.
Produtos agrícolas destinados à alimentação: Em casos em que os alimentos sejam produzidos em pequena escala e o produtor atenda às exigências da legislação vigente.
A isenção do Funral dependente da natureza do produto, da atividade do produtor e do volume de receita anual.
Vale ressaltar que os pequenos produtores devem comprovar sua condição perante a Receita Federal para obter a isenção.
3. Quais as formas de pagamento para recolher o Funrural?
O recolhimento do Funrural pode ser feito de duas formas: sobre o faturamento da produção ou sobre a folha de pagamento.
Sobre o faturamento da produção:
Produtor rural pessoa física deve pagar 1,2% do Funrural, 0,1% do RAT e 0,2% do Senar. Ou seja, a alíquota total é de 1,5%.
Produtor rural pessoa jurídica deve pagar 1,7% do Funrural, 0,1% do RAT e 0,25% do Senar. A alíquota total é de 2,8%.
Sobre a folha de pagamento:
A alíquota é de 20% para o INSS patronal (Funrural) e 3% para o RAT. O total da alíquota é de 23%, além das alíquotas de terceiros (como o SENAR, que permanece em 0,2% sobre a receita bruta da produção).
O Senar incide apenas sobre a receita bruta da comercialização da produção. O produtor rural, seja pessoa física ou pessoa jurídica, pode escolher entre o recolhimento sobre a comercialização da produção ou sobre a folha de pagamento.
A escolha deve ser feita até 31 de janeiro de cada ano e será válida para todo o ano, não podendo ser alterada até o ano seguinte.
4. Funrural e aposentadoria
O pagamento do Funrural não garante ao produtor rural a aposentadoria. Para receber o benefício, quem produz deve contribuir também com o INSS.
Ou seja, é preciso contribuir para o INSS individualmente para adquirir o direito de se aposentar. O Funruralé uma contribuição para a previdência como um todo.
O Funrural não é uma declaração, mas uma contribuição recolhida para o INSS (previdência), RAT (seguro de acidente de trabalho) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).
Essa contribuição deve ser declarada por meio da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social), ou seja, da Sefip/GFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social).
6. Existem multas para quem não paga o Funrural?
Sim, as multas do Funrural existem e variam de 75% a 225% do tributo devido. De acordo com a Receita Federal, a dívida acumulada dessa contribuição está em torno de R$ 11 bilhões.
A renegociação das dívidas do Funrural pode ser feita por meio do PRR (Programa de Regularização Tributária Rural), criado para possibilitar o parcelamento de débitos tributários de produtores rurais e adquirentes de produção rural (como frigoríficos, laticínios e cooperativas). Podem participar do PRR:
Produtores rurais pessoa física;
Adquirentes de produção rural, como frigoríficos, laticínios e cooperativas.
Como garantia, débitos iguais ou superiores a R$ 15 milhões exigem a carta de fiança ou o seguro garantia judicial.
No guia GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), é possível encontrar as orientações detalhadas para cada situação, incluindo a possibilidade de utilizar o depósito judicial como forma de quitação dos débitos.
7. Qual o prazo de escolha do Funrural em 2025?
A escolha do regime de recolhimento do Funrural para 2025 deve ser feita até 31 de janeiro de 2025.
A contribuição vai ser vinculada ao mês de janeiro, sendo que, se o produtor optar por pagar o boleto relacionado à folha de salários, vai estar automaticamente desvinculado do Funrural sobre a receita e pagará com base na folha de pagamento.
Se o pagamento da contribuição de janeiro não for feito, o produtor será automaticamente incluído no regime do Funrural sobre a produção e precisará pagar o percentual sobre a receita bruta de comercialização durante o ano. Esse valor será retido pela empresa que compra o produto.
Lembre-se de que essa escolha será válida para todo o ano de 2025 e só poderá ser alterada no ano seguinte.
Para mais detalhes sobre o tema, consulte a Lei nº 13.606, de 9 de janeiro de 2018 e a Instrução Normativa RFB nº 1.867, de 25 de janeiro de 2019.
Como softwares de gestão rural podem ajudar gerenciar obrigações fiscais?
Essas plataformas permitem centralizar todas as informações financeiras, planejar safras, monitorar a produtividade e, claro, controlar contribuições fiscais, como o Funrural.
Com o uso de tecnologia, é possível ter uma visão mais clara das finanças da sua propriedade, garantindo que você cumpra todas as suas obrigações sem surpresas.
Se você está buscando uma solução completa para a gestão da sua fazenda, vale a pena explorar as opções disponíveis e como elas podem otimizar o seu dia a dia.
Você sabe exatamente quanto sua fazenda tem de patrimônio, dívidas ou recursos disponíveis? Se ainda não sabe, o balanço patrimonial pode ser a ferramenta que faltava para transformar sua gestão.
No agronegócio, a contabilidade rural é o que garante a saúde financeira da propriedade, e o balanço patrimonial é o documento que apresenta um retrato claro da situação econômica e financeira da sua fazenda.
Com ele, você pode entender melhor seus ativos (o que a fazenda possui), seus passivos (as dívidas e obrigações) e o patrimônio líquido (o que realmente pertence a você).
Mais do que um relatório obrigatório em alguns casos, esta é uma ferramenta estratégica para tomar decisões mais seguras, acessar financiamentos e garantir a sustentabilidade do negócio.
Se você ainda não faz o balanço patrimonial da sua fazenda, pode estar correndo riscos que vão desde a perda de oportunidades de crédito até problemas tributários.
O que é o Balanço Patrimonial e por que ele é importante?
O balanço patrimonial é um relatório contábil que apresenta a posição financeira da sua fazenda em uma data específica.
A principal função é detalhar o que você tem de recursos, suas obrigações financeiras e o que realmente pertence ao produtor, organizados em três categorias principais: ativos, passivos e patrimônio líquido.
Os ativos representam tudo o que a fazenda possui e que gera valor, como terras, máquinas, estoques de insumos e recursos em caixa.
Os passivos incluem financiamentos, contas a pagar, dívidas com fornecedores e tributos. Já o patrimônio líquido é a diferença entre ativos e passivos, ou seja, o que realmente pertence ao produtor depois de quitar as obrigações.
A importância do balanço patrimonial vai muito além de atender a exigências fiscais, sendo importante para entender se a fazenda estáfinanceiramente saudável, identificar gargalos e planejar o futuro com mais clareza.
Além disso, bancos e cooperativas costumam exigir esse documento para liberar financiamentos, e grandes empresas valorizam fornecedores que demonstram boa gestão e organização financeira.
Como fazer o Balanço Patrimonial de uma fazenda?
A elaboração do balanço patrimonial exige organização e uma visão clara de todas as áreas da propriedade.
Primeiro, é necessário listar os ativos, como maquinários, rebanhos, estoques e recursos financeiros. Em seguida, é importante identificar os passivos, incluindo empréstimos, impostos a pagar e dívidas com fornecedores.
Com essas informações em mãos, o próximo passo é calcular o patrimônio líquido, subtraindo os passivos dos ativos. Por exemplo, se sua fazenda possui R$ 800 mil em ativos e R$ 300 mil em passivos, o patrimônio líquido será de R$ 500 mil.
Isso significa que, mesmo pagando todas as dívidas, você ainda tem um capital expressivo à disposição. Para facilitar esse processo, ferramentas de gestão financeira para o agronegócio podem automatizar a organização dos dados e gerar relatórios detalhados.
Um contador especializado em contabilidade rural também pode ser um grande aliado, garantindo que o balanço esteja correto e dentro das normas fiscais.
Quando e por que realizar o Balanço Patrimonial?
Realizar o balanço patrimonial regularmente é fundamental para garantir que você tenha uma visão atualizada da saúde financeira da sua fazenda.
O ideal é que ele seja feito ao menos uma vez por ano, geralmente no encerramento do exercício fiscal.
No entanto, propriedades maiores ou com operações mais complexas podem se beneficiar de balanços trimestrais ou semestrais, que permitem acompanhar a evolução do negócio de forma mais detalhada. Além da frequência, é importante destacar os momentos estratégicos em que o balanço é indispensável.
Se você está pensando em expandir sua produção, renegociar dívidasou buscar financiamentos, ter um balanço patrimonial atualizado é essencial, por aumentar a confiança de bancos, investidores e grandes compradores.
Ignorar essa prática pode limitar suas possibilidades de crescimento e até gerar problemas fiscais, implicando na justificativa de receitas e despesas em declarações tributárias.
Impactos negativos de não fazer o Balanço Patrimonial
A ausência de um balanço patrimonial pode trazer sérios prejuízos para a sua fazenda, como rombos financeiros e falta de benefícios fiscais, como empréstimos e negociações.
Somente esses pontos já são o suficiente para levar o balanço mais a sério, mas ainda existem outros impactos negativos que você deve estar ciente. Confira abaixo:
1. Falta de controle financeiro
Sem o balanço patrimonial, é difícil ter uma visão do que entra e sai da propriedade, aumentando o risco de tomar decisões equivocadas, como contrair dívidas sem saber se haverá recursos para quitá-las.
Além disso, você pode acabar deixando de investir em áreas estratégicas que poderiam trazer um retorno financeiro maior.
2. Dificuldades em acessar financiamentos
Os bancos utilizam o balanço patrimonial como base para avaliar a capacidade de pagamento do produtor rural.
Sem esse documento, a análise de crédito fica prejudicada, tornando mais difícil a aprovação de financiamentos.
Isso pode limitar investimentos importantes para o crescimento da fazenda, como aquisição de maquinário ou expansão da produção.
O balanço patrimonial é essencial para a entrega de declarações fiscais, como a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF). Sem um relatório atualizado, podem surgir inconsistências nos dados, resultando em multas, auditorias fiscais e até complicações legais.
4. Perda de Credibilidade no Mercado
Empresas, cooperativas e exportadores valorizam fornecedores organizados e com boa gestão financeira. A falta de um balanço patrimonial pode comprometer sua imagem no mercado, resultando na perda de contratos e oportunidades de expansão.
Como simplificar o processo com ferramentas modernas?
Se a ideia de organizar todos os ativos, passivos e calcular o patrimônio líquido parece complicada, saiba que existem ferramentas que tornam esse processo mais simples.
Com essas ferramentas, você consegue visualizar rapidamente a situação da fazenda, identificar áreas de melhoria e garantir que o balanço patrimonial esteja sempre atualizado.
Muitas delas ainda permitem integrar o controle financeiro com a gestão operacional, o que aumenta a eficiência e reduz o risco de erros.
Assim, investir em uma solução tecnológica não só facilita a elaboração do balanço patrimonial, mas também contribui para uma gestão mais estratégica e eficiente da sua propriedade rural.
Daniel Oliveira
Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.
A soja é a principal cultura do agronegócio brasileiro, representando não apenas uma importante fonte de renda para produtores rurais, mas também um grande pilar da economia.
Com uma produção que ultrapassa 120 milhões de toneladas anuais, o país lidera o ranking mundial de produção e exportação deste grão versátil.
O papel da cultura da soja vai muito além das lavouras, influenciando contratos futuros amplamente negociados nas principais bolsas de valores globais.
Seja você um agricultor experiente ou um iniciante no setor, este guia completo contempla todos os aspectos essenciais da leguminosa, desde o planejamento do plantio até sua industrialização. Confira:
O que é soja?
A soja (Glycine max) é uma leguminosa originária da Ásia, cultivada há mais de 5.000 anos, que se tornou uma das principais commodities agrícolas do mundo.
No Brasil, sua adaptação e desenvolvimento revolucionaram o agronegócio, especialmente a partir da década de 1970, quando houve expansão agrícola no país.
Ao longo dos anos, se tornou matéria-prima para a produção de alimentos, rações animais, biocombustíveis e produtos industriais.
Rica em proteínas, óleo vegetal e aminoácidos essenciais, a soja é uma fonte alimentar importante tanto para humanos quanto para animais.
Em relação ao clima, a cultura tem uma boa adaptabilidade às condições de solo e clima, crescendo em climas tropicais, subtropicais e temperados.
Por conta disso, é popular em países como Brasil, Estados Unidos e Argentina, que são os maiores produtores mundiais de soja.
As necessidades básicas da soja incluem solo bem drenado, rico em matéria orgânica e pH equilibrado, além de um clima que ofereça chuvas regulares e temperaturas amenas. Essa combinação de fatores possibilita um crescimento uniforme e produtivo.
Quanto tempo demora a cultura da soja?
O ciclo de cultivo da soja varia conforme a variedade da planta, às condições climáticas e o sistema de manejo adotado, levando de 90 a 150 dias (3 a 5 meses) desde o plantio até a colheita.
Tudo começa com a germinação e emergência (0 a 10 dias), seguido pelo crescimento vegetativo (10 a 45 dias), floração (45 a 65 dias), formação e enchimento de grãos (65 a 120 dias) e, finalmente, a maturação (120 a 150 dias), quando os grãos estão prontos para a colheita.
Algumas cultivares precoces podem ter ciclos mais curtos, enquanto as de ciclo longo podem levar até 5 meses.
Preparo e Plantio da Soja: Como funciona?
O sucesso da lavoura de soja começa muito antes da semeadura, com o preparo adequado do solo. Isso inclui a correção da acidez e aadequação da fertilidade, essenciais para alcançar alta produtividade.
A semeadura deve ser feita no momento certo, combinada com a fixação biológica de nitrogênio, que forma a base para um desenvolvimento vigoroso da cultura.
Práticas de rotação de culturas também são importantes para melhorar a qualidade do solo, além de ajudar no controle de pragas e doenças.
Além disso, o uso de tecnologia, como semeadoras de alta precisão, garante uma distribuição uniforme das sementes, potencializando o desempenho da lavoura desde o início.
Cultivares e melhoramento da soja
A escolha da cultivar adequada é decisiva para o sucesso da lavoura. A boa notícia é que o Brasil tem programas de melhoramento genético mais avançados do mundo, desenvolvendo cultivares adaptadas às diferentes regiões e condições de cultivo do país.
Essas cultivares não só oferecem resistência a doenças e pragas, como também garantem alto potencial produtivo.
Os avanços na biotecnologia também têm permitido o desenvolvimento de variedades transgênicas, que são mais eficientes no uso de recursos naturais, como água e nutrientes, proporcionando mais tolerância a condições adversas, como estresse hídrico e temperaturas extremas.
O melhoramento genético busca características como o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade do grão e a otimização do ciclo da soja, tornando a produção mais competitiva e sustentável.
Essas inovações fazem toda a diferença para que os produtores mantenham a alta produtividade, mesmo frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela demanda crescente do mercado.
A grande maioria dessas doenças são causadas por uma combinação de fungos, bactérias e vírus, variando o impacto dessas, mas geralmente resulta em perdas na produção, redução da qualidade do grão, menor resistência das plantas e até a morte precoce das culturas.
A compreensão disso e do manejo adequado são o melhor plano de prevenção, garantindo uma lavoura saudável desde o início do ciclo até a colheita. Abaixo separamos uma lista com as doenças mais comuns que afetam a a cultura da soja:
1. Míldio (Peronospora manshurica)
Sintomas: Manchas amarelas ou acinzentadas nas folhas, com pó branco na parte inferior.
Impacto: Redução da fotossíntese, o que compromete o crescimento e a produtividade da planta.
Controle: Uso de cultivares resistentes e fungicidas.
Sintomas: Manchas necróticas nas folhas e caules, com bordas amareladas.
Impacto: Pode reduzir o vigor da planta e a produtividade.
Controle: Uso de sementes livres de patógenos e práticas de manejo adequadas.
Manejo Fitossanitário da Soja: Melhores métodos
O controle integrado de pragas, doenças e plantas daninhas é a melhor forma de proteger o potencial produtivo da lavoura, garantindo a sustentabilidade e a eficiência econômica a longo prazo.
Um manejo integrado eficaz combina diversas abordagens de controle, utilizando métodos biológicos, químicos, culturais e físicos de maneira harmoniosa, reduzindo a dependência de produtos químicos e minimizando os impactos ambientais.
Cada um desses métodos oferece vantagens específicas e pode ser utilizado de forma combinada para garantir a proteção das lavouras de maneira eficaz e sustentável. Confira:
1. Métodos Biológicos
O controle biológico é uma abordagem ecológica e muito comum nas fazendas que usa organismos vivos para combater pragas e doenças.
Esses organismos podem ser predadores naturais, parasitas ou patógenos que atacam as pragas-alvo. Alguns exemplos incluem o uso de insetos benéficos, como joaninhas e vespas parasitoides, que predam pulgões e outros insetos nocivos.
Além disso, o controle biológico pode envolver a introdução de fungos, bactérias ou vírus que atacam pragas específicas, diminuindo a necessidade de pesticidas.
2. Métodos Químicos
O controle químico envolve o uso de defensivos agrícolas, como pesticidas, fungicidas e herbicidas, para combater pragas, doenças e plantas daninhas.
Embora seja uma ferramenta eficaz, o uso indiscriminado de produtos químicos pode causar resistência das pragas e danos ao meio ambiente.
Por isso, a recomendação é usar defensivos com consciência, monitoramento constante e sempre que possível, alternando os ingredientes ativos para prevenir a resistência.
O controle químico é ótimo quando usado em conjunto com outros métodos, como o biológico e o cultural, minimizando os impactos negativos.
3. Métodos Culturais
Os métodos culturais são práticas que podem reduzir a pressão das pragas e melhorar a saúde geral das plantas. Algumas dessas práticas incluem:
Rotação de culturas: Alternar as espécies cultivadas em uma mesma área ajuda a evitar a proliferação de pragas específicas de uma planta e melhora a fertilidade do solo.
Plantio direto: Ao evitar o revolvimento do solo, essa prática preserva a estrutura do solo e a reduz a germinação de plantas daninhas.
Uso de cultivares resistentes: A escolha de variedades com resistência natural a determinadas doenças e pragas reduz a necessidade de intervenções externas.
Cobertura do solo: As plantas de cobertura melhoram a retenção de umidade, controlam plantas daninhas e previnem a erosão do solo.
4.Métodos Físicos
O controle físico envolve a aplicação de métodos diretos para controlar pragas e plantas daninhas sem o uso de substâncias químicas. Alguns exemplos incluem:
Capinas manuais ou mecânicas: Remoção física de plantas daninhas por meio de ferramentas ou máquinas.
Barreiras físicas: O uso de redes, telas ou coberturas para impedir a entrada de pragas, como insetos e roedores.
Armadilhas: Instalar armadilhas para capturar insetos ou outros animais prejudiciais à lavoura.
Luz e temperatura: O uso de luz ultravioleta ou variações de temperatura para matar pragas em determinadas fases de seu ciclo de vida, ou até mesmo o uso de calor para controlar ervas daninhas.
5. Combinando Métodos
A integração desses métodos de controle é a chave para um manejo eficaz e sustentável. O uso combinado minimiza o impacto de cada método, além de reduzir a dependência de produtos químicos e promover um ambiente agrícola mais saudável.
Ao priorizar soluções naturais e ecologicamente responsáveis, o manejo integrado não só melhora a produtividade das lavouras, mas também contribui para a preservação do meio ambiente e a saúde do solo.
Estratégias de Manejo Integrado para Soja
Uma boa estratégia de manejo integrado inclui o monitoramento constante das lavouras, que identifica precocemente sinais de infestações, doenças ou a presença de plantas daninhas, facilitando a tomada de decisões rápidas e eficazes.
O monitoramento pode ser feito por meio de inspeções regulares no campo, uso de tecnologia de sensores e sistemas de informação geográfica (GIS), que ajudam a mapear as áreas afetadas e a planejar ações corretivas.
Os defensivos devem ser feitos de forma racional e estratégica, respeitando as doses recomendadas e priorizando a rotação de princípios ativos para evitar o desenvolvimento de resistência.
Isso deve ser combinado com práticas culturais como a rotação de culturas, plantio direto, controle de resíduos de cultura e o uso de cultivares resistentes para reduzir a pressão das pragas e doenças.
Práticas de manejo integrado de plantas daninhas (MIPD), como a rotação de herbicidas e o uso de coberturas vegetais, também são essenciais para prevenir o surgimento de resistência.
A chave para o sucesso está no equilíbrio entre a eficácia econômica e a sustentabilidade ambiental, proporcionando uma agricultura mais rentável e menos impactante para o meio ambiente.
Sistemas de Produção de soja
A soja pode ser cultivada em diferentes sistemas de produção, desde o convencional até modelos mais sustentáveis como a integração lavoura-pecuária e o cultivo orgânico.
Cada sistema possui suas particularidades e exige um manejo específico para maximizar resultados.
O cultivo consorciado com outras culturas também tem se mostrado eficiente na otimização do uso da terra.
1. Sistema de Plantio Direto (SPD)
O plantio direto é a semeadura da soja diretamente sobre a palha de culturas anteriores, sem o revolvimento do solo, ajudando a preservar a estrutura do solo, reduzir a erosão e aumentar a retenção de umidade.
O SPD melhora a fertilidade do solo por meio da cobertura vegetal, o que favorece a sustentabilidade a longo prazo, facilitando o controle de plantas daninhas e a redução de custos com tratos culturais.
2. Sistema de Rotação de Culturas
A rotação de culturas envolve alternar a soja com outras culturas, comomilho, trigoou feijão, ao longo de diferentes ciclos agrícolas e tem como objetivo:
Reduzir a pressão de pragas e doenças, uma vez que diferentes culturas atraem diferentes tipos de organismos.
Melhorar a fertilidade do solo. O uso do milho, por exemplo, pode ajudar a fixar nitrogênio no solo, beneficiando a soja no ciclo seguinte.
Controlar plantas daninhas de forma mais eficaz.
3. Sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP)
No sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), a soja é cultivada junto com a pecuária, alternando a produção de grãos e pastagem em um mesmo espaço ao longo do ano, proporcionando:
Melhor aproveitamento do solo, com a soja sendo cultivada na entressafra da pastagem.
Aumento da rentabilidade, já que é possível diversificar as fontes de receita.
Maior sustentabilidade, pois a rotação entre as culturas ajuda a reduzir a degradação do solo.
4. Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
O ILPF é um sistema mais avançado que combina a produção de soja, pecuária e florestas, formando uma paisagem mais diversificada, oferecendo vantagens, como:
Preservação da biodiversidade, já que as florestas ajudam a manter o equilíbrio ecológico.
Diversificação de fontes de renda, com a possibilidade de venda de madeira, carne e soja.
Melhoria do ciclo do carbono, pois as árvores ajudam na captura de carbono, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
5. Sistema de Cultivo em Consórcio
No cultivo em consórcio, a soja é plantada junto com outras culturas, como milheto, sorgo ou braquiária, durante o ciclo de cultivo, permitindo que a lavoura:
Melhore a cobertura do solo, evitando erosão.
Aumente a diversidade biológica, o que pode ajudar a controlar pragas e doenças.
Maximize a utilização dos nutrientes do solo, já que diferentes plantas podem acessar nutrientes em diferentes profundidades.
6. Sistemas Intensivos com Alta Tecnologia
Com o avanço das tecnologias agrícolas, muitos produtores de soja adotam sistemas de produção intensivos, que incluem o uso de:
Sensores e drones para monitoramento de pragas, doenças e saúde do solo.
Adubação e fertilização de alta precisão, utilizando dados de análises de solo e recomendações de fertilizantes específicos para cada área da lavoura.
Dominar todos os aspectos da produção da cultura da soja, desde o plantio até a comercialização, pode ser um grande diferencial para a qualidade da sua fazenda.
Com as informações e recursos apresentados neste guia, você está mais preparado para tomar decisões assertivas e maximizar os resultados em sua propriedade.
A integração entre inovações tecnológicas e práticas sustentáveis é o caminho para enfrentar os desafios futuros. Seja você um pequeno produtor ou gestor de grandes áreas, este guia pode ser adaptado às suas necessidades.
Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).
A agricultura tradicional é um modelo de produção ancestral que reflete o equilíbrio entre as práticas agrícolas e a interação humana com a natureza.
Praticada desde o período Neolítico, essa forma de agricultura é conhecida pelas técnicas rudimentares e a sua conexão com os ciclos naturais.
Ao explorar os valores e características da agricultura tradicional, podemos compreender sua importância histórica, social e ambiental, além de observar como ele continua a influenciar práticas agrícolas atuais.
Neste artigo, você vai entender como este tipo de agricultura moldou civilizações, suas contribuições para a preservação da biodiversidade e os desafios que enfrenta em um mundo cada vez mais tecnológico.
O que é agricultura tradicional?
A agricultura tradicional é um sistema de cultivo baseado em práticas transmitidas ao longo de gerações.
Com raízes históricas no período Neolítico, ela representa não apenas um meio de subsistência, mas também um elo cultural que conecta comunidades à terra.
Sua principal característica são os métodos manuais, interação direta com o meio ambiente, dependência de condições naturais, adaptabilidade a diferentes ecossistemas e a valorização dos recursos locais.
Além de ir além da produção de alimentos, essa forma de agricultura é um sistema integrado que abrange práticas culturais, sociais e espirituais.
Muitos povos indígenas e comunidades tradicionais ao redor do mundo utilizam os sistemas agrícolas tradicionais não só como meio de sobrevivência, mas também como expressão de identidade cultural, respeitando ciclos naturais e promovendo um equilíbrio sustentável entre o ser humano e a natureza.
Principais características da agricultura tradicional
A agricultura tradicional apresenta uma série de características que a diferenciam de modelos modernos de produção agrícola, como o uso de técnicas ancestrais transmitidas entre gerações.
Outro aspecto dominante é a menor dependência de insumos químicos, foco na sustentabilidade, preservação da biodiversidade local e forte ligação com valores culturais e comunitários. Confira abaixo mais detalhes:
1. Diversidade de Culturas
A predominância da policultura assegura um uso variado do solo e favorece a biodiversidade local. Isso reduz a vulnerabilidade a pragas e garante uma maior resiliência a mudanças climáticas.
2. Utilização de Ferramentas Simples
Equipamentos rudimentares, como arados e enxadas, feitos de materiais locais, continuam sendo essenciais nesse modelo. Essas ferramentas representam a conexão entre o conhecimento ancestral e as condições ambientais específicas de cada região.
3. Interação com a Pecuária
A integração com animais para tração e fertilização do solo é comum, criando um sistema cíclico e sustentável. O esterco, por exemplo, é amplamente utilizado como fertilizante natural.
4. Dependência de Condições Naturais
A relação íntima com o meio ambiente faz com que os agricultores tradicionais possuam um conhecimento profundo sobre os ciclos das chuvas, fases da lua e condições do solo.
5. Produção Local e Subsistência
O foco principal é atender às necessidades da família ou da comunidade local. O excedente, quando existe, é utilizado para trocas ou pequenas vendas, promovendo um sistema de economia local.
Contribuições históricas da agricultura tradicional
A agricultura tradicional desempenhou um papel essencial na formação das primeiras civilizações.
O desenvolvimento de excedentes permitiu o surgimento de cidades, o comércio e a diversificação de atividades econômicas, além de consolidar sistemas sociais organizados.
Culturas agrícolas, como as de arroz na Ásia, milho na América Latina e trigo no Oriente Médio, moldaram não apenas ecossistemas, mas também a identidade de sociedades inteiras.
Culturalmente, a agricultura tradicional é um patrimônio imaterial. Sistemas agrícolas reconhecidos pela FAO, como os jardins suspensos de Djebba El Olia, na Tunísia, ou o sistema agrícola da Serra do Espinhaço, no Brasil, ilustram como a prática agrícola está profundamente enraizada em tradições culturais e espirituais.
Além disso, os sistemas agrícolas tradicionais contribuem para a preservação da biodiversidade. Técnicas como a rotação de culturas, o plantio consorciado e o uso de sementes crioulas garantiram a continuidade de espécies que hoje são a base da segurança alimentar global.
Esses métodos são referências para práticas contemporâneas, como a agroecologia e a agricultura regenerativa.
Desafios e adaptações da agricultura tradicional
Embora rica em valores e práticas sustentáveis, a agricultura tradicional enfrenta desafios significativos:
Pressão Demográfica: o aumento da população mundial exige maior produtividade agrícola, muitas vezes ultrapassando a capacidade das práticas tradicionais de atender à demanda;
Mudanças Climáticas: eventos climáticos extremos, como secas e inundações, afetam diretamente a produtividade, tornando agricultores tradicionais mais vulneráveis;
Concorrência com a Agricultura Industrial: a intensificação da mecanização, o uso de insumos químicos e a monocultura têm deslocado práticas tradicionais em muitas regiões, levando à perda de conhecimentos ancestrais;
Acesso a Recursos: muitos agricultores tradicionais enfrentam dificuldades para obter terras e água, especialmente em regiões onde o avanço do agronegócio ou a urbanização comprometem áreas agrícolas tradicionais.
Apesar dos desafios, a agricultura tradicional tem demonstrado notável resiliência. Programas de incentivo à agricultura familiar e o reconhecimento internacional de sistemas agrícolas tradicionais têm impulsionado a integração de saberes ancestrais com tecnologias contemporâneas.
Práticas como o uso de tecnologias apropriadas, manejo agroecológico e certificações de produtos típicos abrem novas oportunidades para revitalizar e fortalecer essas tradições.
Preservar e valorizar a agricultura tradicional é importante não apenas para garantir a segurança alimentar, mas também para proteger a biodiversidade, a cultura e a identidade das comunidades ao redor do mundo.
Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).
Os benefícios danota fiscal produtor rural vão muito além de fortalecer sua propriedade a sua propriedade rural ou de descontos fiscais.
Você já parou para pensar no quanto a nota fiscal eletrônica pode simplificar sua vida e trazer benefícios para a sua fazenda? Sabemos que, à primeira vista, lidar com isso pode parecer só mais uma tarefa burocrática.
Mas, na prática, ela é uma ferramenta que pode transformar a forma como você gerencia suas operações e garante a regularidade da sua propriedade.
E se você acha que o processo é complicado, fique tranquilo: com as ferramentas certas e algumas informações, tudo fica mais simples. Acompanhe o conteúdo e entenda todos os benefícios da nota fiscal produtor rural.
Quais os benefícios da nota fiscal produtor rural?
Se você acha que a emissão de NFP-e é só para atender à lei, é hora de mudar essa visão. Emitir a nota fiscal eletrônica traz vantagens que vão muito além da conformidade fiscal.
Com a emissão, tudo fica digital e centralizado, sendo um dos maiores benefícios da nota fiscal produtor rural. Confira mais detalhes abaixo:
1. Regularização Fiscal e Conformidade Legal
Emitir a NF-e ajuda a se manter em conformidade com a legislação fiscal vigente, evitando problemas com a Receita Federal e órgãos estaduais. A partir disso, você fica livre de multas e outras penalidades por não cumprimento das obrigações fiscais.
2. Facilidade na Comercialização
Para vender produtos agrícolas, a nota fiscal é frequentemente exigida, especialmente para transações comerciais formais. Quanto melhor for a sua regularidade fiscal, maior será o acesso a grandes mercados e negociações.
3. Acesso a Benefícios e Incentivos Fiscais
Um dos benefícios da nota fiscal produtor rural também é isenção fiscal, oferecida em muitos estados, promovendo descontos em impostos ou programas de incentivo para o setor agrícola.
A emissão de notas fiscais facilita o controle organizado da produção e das vendas, otimizando a gestão do negócio e abrindo espaço para uma melhor gestão de custos e planejamento tributário, já que o registro fiscal formal torna mais fácil o cálculo de custos e despesas.
5. Transparência e Confiabilidade
Com a NF demonstra tem maior transparência e confiabilidade os compradores do seu produto e parceiros comerciais. Sem contar que ajudar a prevenir fraudes fiscais, pois o sistema é mais seguro e rastreável.
6. Facilidade na Importação e Exportação
Para produtores que desejam exportar seus produtos, a nota fiscal é um requisito fundamental, pois atende às exigências internacionais.
O documento formaliza os processos de importação e exportação, garantindo que as transações sejam realizadas de forma legal e transparente, com o devido cumprimento das normas fiscais e aduaneiras.
Por que emitir NFP-e é tão importante?
Porque é o documento que prova que a sua operação, seja uma venda, um transporte ou até uma exportação, está dentro das regras. Sem ela, a transação fica irregular e pode te causar problemas com o fisco.
Além disso, a nota fiscal produtor rural serve para organizar as finanças da sua fazenda. Pense nela como um registro oficial das receitas e movimentações: cada nota emitida é uma peça no quebra-cabeça que mostra o desempenho financeiro da sua propriedade. E não para por aí.
Comprovando sua renda através da emissão de notas, você consegue acessar financiamentos, negociar com grandes empresas e até participar de programas governamentais voltados ao setor rural.
Ou seja, além de cumprir uma obrigação legal, a emissão coloca a sua propriedade em outro patamar de organização e transparência, sendo mais um item dos benefícios da nota fiscal produtor rural.
O que pode acontecer se você não emitir a nota fiscal?
Deixar de emitir a nota fiscal produtor rural pode trazer uma série de problemas que vão muito além de uma simples irregularidade fiscal. Vamos explorar as principais consequências:
1. Multas Pesadas
Sem a NFP-e, as operações podem ser consideradas ilegais, e isso abre espaço para multas aplicadas pela Receita Federal ou pela Secretaria da Fazenda. Os valores podem chegar a 20% do valor da operação ou até mais, dependendo da gravidade da infração.
2. Bloqueio de Mercadorias
Todas as suas mercadorias ficam vulneráveis a bloqueios durante o transporte. Imagine ter um caminhão parado em uma fiscalização e não conseguir comprovar a origem ou a legalidade dos produtos.
3. Perda de Credibilidade no Mercado
Empresas, cooperativas e até exportadores exigem a nota fiscal como garantia de que a transação é regular. Sem ela, você pode perder parcerias valiosas ou até ser excluído de mercados mais exigentes.
4. Problemas em Auditorias Fiscais
Se você for alvo de uma auditoria, a ausência de notas fiscais pode complicar ainda mais a situação. Além de multas e bloqueios, você pode enfrentar dificuldades para justificar operações anteriores, colocando em risco o equilíbrio financeiro da propriedade.
5. Exclusão de Benefícios Governamentais
Programas governamentais de incentivo à agricultura frequentemente exigem comprovação de produção por meio de notas fiscais. Se você não apresentar os documentos, pode perder acesso a descontos tributários, subsídios ou benefícios que fariam toda a diferença na sua operação.
Mudanças com a Emissão de NFP-e
Desde janeiro 2025, a emissão da nota fiscal eletrônica produtor rural é obrigatória para alguns estados. Isso significa que não haverá mais espaço para talonários físicos em muitos estados.
Um dos benefícios da Nota Fiscal de Produtor Rural é a agilidade no preenchimento, eliminando a necessidade de armazenar pilhas de papéis e proporcionando um controle digital completo de todas as operações.
Sem falar que a integração com sistemas emissores, como o do Aegro, permite que tudo seja feito em poucos cliques, com muito mais praticidade.
Se você ainda não se adaptou, é hora de começar a se organizar. A primeira coisa que você vai precisar é de um certificado digital, que funciona como sua assinatura eletrônica para validar as notas.
Minas Gerais (MG), Rio Grande do Sul (RS), São Paulo (SP), Goiás (GO), Pernambuco (PE), Ceará (CE), Rio de Janeiro (RJ)
3 de fevereiro de 2025: NFP-e obrigatória para produtores com receita acima de R$ 360.000,00.
5 de janeiro de 2026: Todos os produtores devem emitir NFP-e.
Paraná (PR)
1º de julho de 2025: NFP-e obrigatória para quem faturou acima de R$ 360.000,00.
5 de janeiro de 2026: Emissão da NFP-e se torna obrigatória para todos os produtores rurais.
Santa Catarina (SC)
A obrigatoriedade está em vigor para produtores que emitiram 25 ou mais notas fiscais no modelo 4 em 2023.
1 de março de 2024: Produtor que emitiram 10 ou mais notas fiscais no modelo 4 em exercício de 2023.
3 de fevereiro de 2025: Obrigatória para quem faturou acima de R$ 360.000,00.
5 de janeiro de 2026: Todos os produtores devem emitir NF-e.
Espírito Santo (ES)
2 de janeiro de 2025: NF-e obrigatória para todos os produtores rurais e pescadores artesanais.
Estados onde a obrigatoriedade NFP-e já começou
Mato Grosso (MT): Desde 1º de março de 2022.
Bahia (BA): Desde janeiro de 2019.
Amazonas (AM): Desde 1º de janeiro de 2021 para algumas operações.
NFP-e: Por onde começar?
Se você ainda está começando ou quer melhorar a emissão de suas notas, aqui vão algumas dicas práticas:
Adquira o certificado digital: O modelo mais usado é o A1, que é prático e funciona diretamente no computador.
Escolha um sistema emissor: Ferramentas como o Aegro são perfeitas para produtores rurais, porque além de emitir notas, também ajudam no controle financeiro.
Mantenha seus dados atualizados: Verifique se as informações da propriedade, do CNPJ ou CPF e dos compradores estão corretas.
Comece pequeno: Se ainda tem dúvidas, teste o sistema com uma operação simples para se familiarizar com o processo.
A nota fiscal produtor rural acaba sendo um grande benefício por ser uma ferramenta que coloca sua fazenda no caminho certo, a partir de operações transparentes e uma maior organização financeira.
Agora que você entende os benefícios da nota fiscal produtor rural, está na hora de agir. Regularize suas operações com o emissor gratuito do Aegro. Clique no banner e confira!
Daniel Oliveira
Formado em Ciências Contábeis, pós-graduado em gestão financeira, Mestre em Contabilidade e finanças pela UFMG, Doutorando em Economia aplicada pela USP Esalq.