Qual a melhor época para plantar feijão?

Confira qual a melhor época para plantar feijão em cada região do país, além dos componentes, ciclo da cultura e estratégia de produtividade. 

O feijão é um dos principais alimentos da mesa do brasileiro e por conta do período de quarentena devido ao Covid-19, as vendas no mercado interno e externo cresceram.

Segundo o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), em 2019 a exportação de feijão já era de  US$ 57,1 milhões nos sete primeiros meses do ano, um avanço de 34% em relação aos US$ 42,7 milhões do mesmo período de 2018.

O mercado que já vinha aquecido, nesse momento só tende a crescer. 

Sendo uma vantagem para você produtor planejar bem a sua safra, pois a compra é garantida. 

Por isso, vamos falar justamente sobre qual a melhor época para plantar feijão e seu ciclo em cada parte do Brasil. Acompanhe a seguir!

A produção de feijão no país

Por ser um alimento rico pela sua fonte nutricional e também pela sua alta durabilidade, atualmente o feijão vem sendo ainda mais consumido. 

A espera é que a segunda safra de 2020 seja boa para que o mercado interno fique abastecido e a demanda de exportação se mantenha. 

Desta forma, são três os principais tipos de feijões produzidos: 

  • Feijão comum-preto; 
  • Comum-cores; 
  • Feijão caupi. 

Vamos entender melhor sobre esta cultura e a melhor época de plantio.

Os componentes da planta

Para compreender o ciclo da feijão, precisa-se antes conhecer as partes que compõem sua planta.

O feijão (Phaseolus spp.) é uma planta herbácea pertencente à família Fabaceae, a mesma da soja.

São muitos os tipos de feijão, mas o nome científico do comum em que o mercado mais consome é Phaseolus vulgaris, principalmente o feijão-carioca, o feijão-preto  e o feijão-branco. 

Também temos suas variáveis como o feijão caupi, conhecido como feijão de corda – Vigna unguiculata.

As sementes do feijão apresentam germinação epígea, e seu sistema radicular é pivotante, com uma raiz principal e muitas ramificações (raízes secundárias).

A profundidade das raízes do feijoeiro podem chegar a alcançar cerca de 1,1 metro de profundidade, mas grande parte da densidade radicular se concentra nos 0,63 cm/cm³ do solo.

Outra característica é que o feijoeiro possui dois tipos de folhas: as folhas simples são as primárias, já presentes no embrião, e as demais folhas são trifolioladas.

A disposição das flores favorece a autofecundação e essas possuem diferentes colorações como brancas, branco-amareladas, róseas, purpúreas e ainda violetas. 

Além disso, o hábito de crescimento do feijoeiro pode ser determinado ou indeterminado. 

Crescimento determinado: o caule principal termina numa inflorescência, ou seja, quando inicia-se o florescimento o crescimento vegetativo finaliza. 

Crescimento indeterminado: na extremidade do caule existe gema vegetativa ou floral e vegetativa, ou seja, quando inicia o florescimento, o crescimento vegetativo pode continuar.
 

Qual a melhor época para plantar feijão: ciclo

Existe uma certa variabilidade no ciclo do feijão e a média geral se completa em 70 a 110 dias, dependendo da cultivar e das condições climáticas.

Diferente da soja que atualmente mudou suas nomenclaturas do ciclo de duração para grupos de maturação, o feijão mantém a mesma.  

A divisão entre a duração do ciclo pelas cultivares se dá entre superprecoces, precoces, médias e tardias.

Uma das recentes cultivares precoces do mercado tem a duração do ciclo abaixo dos 65 dias – a BRS FC 104 lançada pela Embrapa.

E falando em ciclo, as características morfológicas utilizadas na identificação de cultivares do feijoeiro, envolvendo as fases vegetativa e reprodutiva são muito importantes de serem conhecidas, pois interferem nos períodos em que se realiza o plantio (considerando o momento ideal das condições climáticas).

qual a melhor época para plantar feijão


Estádios de desenvolvimento da planta de feijoeiro
(Fonte: Embrapa)

Melhor época de plantio em cada região 

No Brasil, durante todo o ano ocorre a produção de feijão. Mas existem três safras mais pré-definidas no país. 

Na região Sul, o plantio é iniciado na segunda quinzena de agosto, quando se considera que não terá problemas com geadas. Essa é a conhecida “safra das águas”, que em geral vai de dezembro a fevereiro para realização da colheita. 

Na região Nordeste e Norte o plantio acontece de outubro em diante, indo até as colheitas de janeiro a abril. 

Na região Sudeste o plantio também se inicia em outubro, seguindo a colheita de janeiro a abril. 

Já na região Centro-Oeste ocorre em um período um pouco diferente, na conhecida “safra de inverno” que inicia com o plantio de maio a agosto.

Abaixo segue as recomendações do calendário agrícola para se plantar feijão em cada uma  das três safras que ocorrem no país: 

1º Safra

Região Norte

  • Tocantins:
    Primavera – plantio: novembro
    Verão – plantio/colheita: fevereiro

Região Nordeste

  • Piauí:
    Primavera – plantio: dezembro
    Verão – plantio/colheita: janeiro a fevereiro
  • Bahia:
    Primavera – plantio: outubro a dezembro 
  • Maranhão:
    Primavera – plantio: dezembro
    Verão – plantio: janeiro

Região Centro-Oeste 

  • Mato Grosso:
    Primavera – plantio: outubro a novembro
  • Mato Grosso do Sul:
    Primavera – plantio: outubro a novembro
  • Goiás – Distrito Federal:
    Primavera – plantio: outubro a dezembro

Região Sudeste

  • Minas Gerais:
    Primavera – plantio: outubro a dezembro
  • Espírito Santo:
    Primavera – plantio: novembro a dezembro
  • Rio de Janeiro:
    Primavera – plantio: outubro a novembro
  • São Paulo:
    Inverno – plantio: agosto a setembro
    Primavera – plantio: outubro

Região Sul

  • Paraná:
    Inverno – plantio: agosto a setembro
  • Santa Catarina:
    Inverno – plantio: setembro
    Primavera – plantio: outubro a dezembro
  • Rio Grande do Sul:
    Inverno – plantio: agosto a setembro
    Primavera – plantio: outubro
qual a melhor época para plantar feijão

Mapa da produção agrícola – Feijão primeira safra
(Fonte: Conab)

2º Safra

Região Norte

  • Roraima:
    Inverno – plantio: setembro
    Primavera – plantio: outubro a novembro
  • Rondônia:
    Verão – plantio: fevereiro a março
  • Acre:
    Verão – plantio: fevereiro a março
  • Amazônia:
    Inverno – plantio: julho a setembro
    Primavera – plantio: outubro a dezembro
  • Amapá:
    Outono – plantio: maio a junho
  • Tocantins:
    Verão – plantio: fevereiro a março
    Outono – plantio: abril a maio 

Região Nordeste

  • Piauí:
    Verão – plantio: março
    Outono – plantio: abril a maio 
  • Ceará:
    Verão – plantio: janeiro a março
    Outono – plantio: abril
  • Rio Grande do Norte: 
    Verão – plantio: fevereiro a março
    Outono – plantio: abril
  • Paraíba:
    Verão – plantio: janeiro a março
  • Pernambuco:
    Verão – plantio: fevereiro a março
    Outono – plantio: abril 
  • Maranhão:
    Verão – plantio: março
    Outono – plantio: abril a maio

Região Centro-Oeste 

  • Mato Grosso:
    Verão – plantio: fevereiro a março 
  • Mato Grosso do Sul:
    Verão – plantio: fevereiro a março
    Outono – plantio: abril
  • Goiás:
    Verão – plantio: janeiro a março 
  • Distrito Federal:
    Verão – plantio: janeiro a fevereiro

Região Sudeste

  • Minas Gerais:
    Verão – plantio: janeiro a março
    Outono – plantio: abril
  • Espírito Santo: 
    Verão – plantio: fevereiro a março
    Outono – plantio: abril
  • Rio de Janeiro:
    Verão – plantio: fevereiro a março
    Outono – plantio: abril
  • São Paulo:
    Verão – plantio: janeiro a março

Região Sul

  • Paraná:
    Inverno – plantio: dezembro
    Verão – plantio: janeiro a março
  • Santa Catarina:
    Verão – plantio: janeiro a março
  • Rio Grande do Sul:
    Verão – plantio: janeiro a fevereiro 

3º Safra

Região Norte

  • Pará:
    Outono – plantio: abril a junho
  • Tocantins:
    Outono – plantio: maio a junho
    Inverno – plantio: julho

Região Nordeste

  • Ceará:
    Outono- plantio: junho
    Inverno – plantio: julho
  • Paraíba:
    Outono- plantio: abril a junho 
  • Pernambuco:
    Outono- plantio: maio a junho
    Inverno – plantio: julho
  • Maranhão:
    Verão – plantio:
    Outono- plantio: abril a junho

Região Centro-Oeste 

  • Mato Grosso:
    Outono- plantio: maio a junho
    Inverno – plantio: julho
  • Mato Grosso do Sul:
    Inverno – plantio: julho a setembro 
  • Goiás:
    Outono – plantio: abril a junho
  • Distrito Federal:
    Outono- plantio: maio a junho

Região Sudeste

  • Minas Gerais:
    Outono – plantio: abril a junho
    Inverno – plantio: julho a setembro
  • São Paulo:
    Outono- plantio: maio a junho
    Inverno – plantio: julho

Região Sul

  • Paraná:
    Verão – plantio: março
    Outono – plantio: abril e maio.

Mesmo com essas safras determinadas, sabemos que o clima tem se modificado e que nem sempre as estações estão pré-definidas. 

Por isso, é recomendada a semeadura em condições climáticas com menor probabilidade de ocorrência de estresse hídrico possível, principalmente na fase vegetativa da cultura.

Considerando que essa condição interfere diretamente na quantidade de plantas por área, tanto a escassez quanto o excesso podem contribuir para baixa produtividade da cultura.

E a tecnologia sempre pode auxiliar, como essa ferramenta desenvolvida pela Embrapa que orienta os períodos ideais de semeadura com menor risco climático e as cultivares de acordo com o ciclo.

>>Leia mais: “Irrigação de feijão: quando vale a pena investir

Como aumentar a produtividade no plantio de feijão

Os rendimentos acompanhados nas três safras são variados. E um dos fatores que contribui diretamente nesse resultado é a umidade do solo

Essa variação de produtividade pode ser resumida em dois fatores: 

  1. O plantio em épocas com bom volume de chuvas;
  2. Evitar que a colheita seja feita em períodos com maior probabilidade de ocorrência de chuvas.

Além disso, seguir o vazio sanitário estabelecido na sua região é extremamente importante. Sendo que na cultura do feijão, um dos principais motivos do vazio é em função da mosca branca – vetor do mosaico dourado e também do carlavírus, que atinge o feijão e a soja. 

Veja mais no artigo: Prepare-se na pré-safra: Como combater as principais doenças de milho, feijão e sorgo. 

E claro, temperatura ideal, condição do solo rico em matéria orgânica e adubação bem feita são muito importantes para os resultados da sua safra. 

Assim como a inoculação da cultura de feijão também é uma das práticas para desenvolvimento e crescimento das plantas. Já falamos sobre o assunto, confira aqui.

Conclusão 

Acertar na época do plantio garante maior probabilidade de redução das perdas na lavoura por intempéries. É a escolha certa para a rentabilidade dos produtores rurais!

O mercado do feijão tem apresentado muitas vantagens econômicas e o investimento no plantio da cultura tem se mostrado bem vantajoso. 

Mas vimos que para garantir boas safras, a gestão dos manejos durante o ciclo é fundamental.

>> Leia Mais:
Feijão Guandu: Como ele pode melhorar seu sistema de produção

Veja como identificar as principais pragas do feijão

Inoculante para feijão caupi: por que e como utilizar

Restou alguma dúvida sobre qual a melhor época para plantar feijão? Tem alguma dica? Deixe nos comentários abaixo!

Quais são as principais pragas do trigo e como combatê-las

Pragas do trigo: Conheça melhor as principais pragas da cultura desde o campo até o armazenamento 

A cultura do trigo tem importância global devido à forte demanda na produção de alimentos, sendo uma matéria-prima base. 

É um dos cereais mais abundantes mundialmente, podendo ser produzido em regiões bastante distintas.

E, como toda cultura agrícola, existem doenças e pragas que podem prejudicar a produção.

Mas você sabe quais são as principais pragas do trigo e como combatê-las? Vou te explicar a seguir.

Principais pragas do trigo 

As pragas do trigo podem variar dependendo do local em que a cultura está sendo produzida, mas, de forma geral, as principais são:

  • pulgões;
  • lagarta-do-trigo;
  • lagarta-militar;
  • percevejos;
  • corós;
  • gorgulhos.

Esses são insetos-pragas que acometem a cultura de forma geral, desde a implantação no campo até o armazenamento. Para facilitar nossa conversa, vamos dividi-las em pragas de campo e pragas de armazenamento.

Pulgões

Os pulgões do trigo são afídeos que causam danos diretos pela sucção da seiva, reduzindo o poder germinativo das sementes, o número de grãos por espiga, o tamanho e peso dos grãos. 

Mas, mesmo quando não há população significativa para causar danos diretos, os pulgões causam danos indiretos sendo vetores de doenças, principalmente de espécies de Barley yellow dwarf virus (BYDV)

As espécies pertencem à família Aphididae dentro da ordem Hemiptera, sendo que os pulgões mais frequentes na cultura são:

1. Pulgão-do-colmo-do-trigo – Rhopalosiphum padi

pragas do trigo

(Fonte: Defesa Vegetal)

2. Pulgão-da-folha-do-trigo – Metopolophium dirhodum 

Pulgão-da-folha-do-trigo

(Fonte: Defesa Vegetal)

3. Pulgão-da-espiga-do-trigo – Sitobion avenae 

 Pulgão-da-espiga-do-trigo

(Fonte: Defesa Vegetal)

4. Pulgão-verde-dos-cereais – Schizaphis graminum 

Pulgão-verde-dos-cereais

(Fonte: Defesa Vegetal)

Como controlar os pulgões?

Antes de decidir qual controle você deve fazer é recomendado realizar um monitoramento da área para a tomada de decisão.

Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de pulgões em trigo
(Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale)

O controle biológico pode ser realizado para reduzir a população de pulgões que podem causar danos diretos com o uso de insetos parasitoides e predadores, como microhimenópteros e joaninhas.

Porém, devido aos danos indiretos causados pela transmissão de doenças, também existe a necessidade do uso do controle químico. 

Para isso, existem muitos produtos registrados no site do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), dentre eles piretroides e neonicotinoides.

Lagartas desfolhadoras

As lagartas desfolhadoras atacam desde plântulas até espigas na cultura tritícola e podem causar perdas significativas se não controladas. 

As três principais espécies que pertencem à família Noctuidae, ordem Lepidoptera, são: 

1. Lagarta-do-trigo – Pseudaletia adultera

pragas do trigo

Adulto (a) e lagarta de Pseudaletia adultera (b)
(Fonte: Agrolink)

2. Lagarta-do-trigo – Pseudaletia sequax

Lagarta-do-trigo

Adulto (a) e lagarta de Pseudaletia sequax (b)
(Fonte: Defesa Vegetal e Agrolink)

3. Lagarta-militar – Spodoptera frugiperda 

 Lagarta-militar

(Fonte: Agro Bayer Brasil)

Como controlar as lagartas desfolhadoras?

Para o controle das lagartas também é ideal que se faça monitoramento. 

Sendo assim, as amostragens devem ser semanais e é importante avaliar não somente as plantas, mas também o solo ao redor. 

Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de lagartas em trigo
(Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale)

Para a lagarta-militar, o monitoramento deve ter início logo após a emergência das plantas e a tomada de decisão deve ser realizada com lagartas pequenas. 

Com o espigamento, deve-se intensificar o monitoramento para lagartas-do-trigo e ainda fazer observações da redução da folha bandeira. 

O controle biológico, tanto o natural como o aplicado, reduzirão efetivamente as lagartas desfolhadoras da lavoura. 

Caso seja necessário o uso de inseticidas, prefira aqueles específicos para as lagartas e que sejam registrados no Mapa. Além disso, devem ser seletivos aos inimigos naturais.

Percevejos

Os percevejos mais frequentes na cultura do trigo são do gênero Dichelops. Pertencem à família Pentatomidae, da ordem Hemiptera. 

Podem causar problemas no período do emborrachamento do trigo como desenvolvimento atrofiado, redução da altura da planta e má formação das espigas, deixando-as sem grãos ou com formação parcial. 

As espécies que ocorrem são Dichelops furcatus e Dichelops melacanthus, sendo conhecidos como percevejos-barriga-verde.

pragas do trigo

Dichelops furcatus (a) e Dichelops melacanthus (b)
(Fonte: Embrapa)

Como os insetos são bastante semelhantes, é recomendado que você saiba identificar cada espécie. Veja na tabela abaixo: 

Características fenológicas de adultos dos percevejos barriga-verde que permitem separar as duas espécies mais comuns
(Fonte: Embrapa Trigo)

Como controlar o percevejo-barriga-verde?

Para controlar os percevejos, você deve monitorá-los nos períodos vegetativos e reprodutivos. 

Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de percevejos barriga-verde em trigo
(Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale)

Atualmente, o controle dos percevejos é basicamente realizado com uso de inseticidas. Mas reforço que existem insetos que atuam naturalmente parasitando ou predando estes percevejos.

Sempre opte por inseticidas que sejam específicos para o controle de percevejos, como os inseticidas sistêmicos. Evite inseticidas de amplo espectro.

Corós

Os corós são as pragas de solo que mais causam problemas ao triticultor. São insetos grandes que se alojam no solo a uma profundidade de cerca de 10 cm.

As infestações ocorrem em reboleiras e variam muito de um ano para o outro, devido ao ciclo reprodutivo das pragas, à mortalidade natural provocada por predadores e parasitoides e devido às condições climáticas. 

Atacam sementes, raízes e plântulas, podendo puxar as plantas para dentro do solo. 

As espécies mais comuns são:

1. Coró-das-pastagens – Diloboderus abderus

pragas do trigo

Adultos (A) e Larva (B)
(Fonte: Embrapa Trigo)

2. Coró-do-trigo – Phyllophaga triticophaga

Coró-do-trigo

Adulto (A) e Larva (B)
(Fonte: Embrapa Trigo)

Como controlar os corós?

Uma maneira de evitar surtos é saber o histórico da sua área. Esses insetos podem permanecer na área por um período maior do que o do próprio cultivo do trigo

O monitoramento deve ser realizado antes da semeadura.

Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de corós em trigo
(Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale)

O controle cultural para os corós com aração e gradagem pode reduzir bastante a população. Porém, quando a realidade é plantio direto, esse método é incompatível.

O tratamento de sementes é o método mais indicado para controle destas pragas.

Pragas do trigo: armazenamento

Seria bem mais fácil se, após a colheita, o trigo estivesse totalmente seguro em um local de armazenamento. Mas não é bem isso que acontece!

Existem diversas pragas, primárias e secundárias, que atacam o trigo no armazenamento. 

Os insetos primários atacam diretamente os grãos sadios e os secundários atacam os grãos já danificados. 

Além dos danos diretos, causam danos indiretos por facilitarem a contaminação fúngica e presença de micotoxinas.

Podemos destacar insetos-praga da ordem Lepidoptera, das famílias Curculionidae e Bostrichidae. Os principais são:

1. Gorgulho-do-milho – Sitophilus zeamais

pragas do trigo

(Fonte: Termitek)

2. Gorgulho-do-arroz – Sitophilus oryzae

Gorgulho-do-arroz

(Fonte: Defesa Vegetal)

3. Besourinho-dos-cereais – Rhyzopertha dominica

Besourinho-dos-cereais

(Fonte: Defesa Vegetal)

Como controlar as pragas de armazenamento?

Neste caso, deve-se avaliar o histórico do ambiente em que se armazena o seu trigo. 

Você pode realizar medidas como:

  • Preventivas – armazenamento com teor de umidade abaixo de 13%, higienização e limpeza dos silos, eliminação de focos de infestação e pulverizações das instalações com inseticidas.
  • Monitoramento – o trigo deve ser monitorado durante todo o período em que permanecer armazenado. Deve-se amostrar as pragas e medir temperatura e umidade com frequência. 
  • Curativas – fazer expurgo dos grãos com produtos à base de fosfina, registrados pelo Mapa, e fazer vedação total.

Conclusão

A cultura do trigo tem importância mundial e pode ser cultivada em diversas regiões.

Porém, é uma cultura atacada por pragas desde o campo até o armazenamento.

Aqui você conheceu as principais pragas e como combatê-las de acordo com o MIP.

>> Leia Mais:

Tudo que você precisa saber sobre as plantas daninhas do trigo

“3 fatores que determinam a qualidade do trigo e o preço de venda dos seus grãos”

Quais as pragas do trigo que mais acontecem em sua lavoura? Restou dúvidas? Deixe seu comentário abaixo! 


Qual o melhor software agrícola?

Software agrícola: veja quais as funcionalidades que um bom aplicativo precisa ter para o controle eficaz da fazenda  

Softwares rurais são ferramentas especificamente criadas para melhorar a gestão da fazenda.

Eles facilitam tanto o acompanhamento da rotina de manejo da lavoura quanto a gestão administrativa e financeira do negócio rural, unificando e organizando as informações.

Você já se perguntou quais funcionalidades um software agrícola precisa ter para atender todas as necessidades da sua propriedade? Confira!

O que um bom software agrícola precisa ter?

Para fazendas de médio e grande porte, a gestão da informação é essencial, principalmente para unir dados e permitir que pessoas de diversas áreas se comuniquem.

Pois quando todas as atividades da fazenda são geridas da maneira correta, o produtor rural tem maior confiança para planejar o futuro, diminuindo assim os riscos para realizar novos investimentos.

Na prática, por exemplo, quando a empresa rural precisa adquirir um implemento agrícola, necessita de altos investimentos e para isso é fundamental o planejamento!

Não apenas pensando na compra do equipamento, mas também nas manutenções e consertos no tempo certo.

Ainda, realizando uma boa gestão, o produtor consegue realizar um planejamento adequado para a compra de fitossanitários que são essenciais na proteção de cultivos. Controlando assim as entradas e saídas de produtos para não ser pego de surpresa no momento da aplicação.

A seguir, fiz uma lista das principais funcionalidades que um bom aplicativo para produtor rural precisa ter, pensando em todas as informações importantes que se deve ter acesso para gerenciar a fazenda de maneira descomplicada.

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Gestão de patrimônio e máquinas agrícolas com software para agricultura

A gestão do patrimônio é essencial para qualquer negócio, possibilitando que os investimentos feitos durem mais tempo e ajudem a alcançar altas produtividades. 

Dentre os patrimônios da fazenda, os maquinários costumam ocupar uma grande fatia dos investimentos, demandando muitos cuidados. Por isso o produtor deve estar sempre atento às manutenções, consertos e planejamento de renovações de frota. 

Muitas vezes a aquisição dessas máquinas é por meio de financiamentos, por isso a contabilidade da fazenda deve estar sempre a par destes investimentos. Além disso, o produtor deve ter um bom dimensionamento de frota para evitar super ou subutilização dos equipamentos. 

Para resolver isso, um bom software para gestão agrícola deve controlar as operações das máquinas mostrando de maneira detalhada seu desempenho.

Indicadores de desempenho e custos de máquinas agrícolas no software Aegro
Exemplo de controle de custos e atividades do maquinário com o software Aegro

Planejamento de safra

Um bom planejamento da safra é o segredo de altas produtividades!

Antes do início da safra, o produtor com auxílio de um engenheiro agrônomo, seja ele consultor, técnico de cooperativa ou funcionário da fazenda, deve planejar todas as operações que serão realizadas para implantação e condução das culturas escolhidas.

Decidindo assim qual variedade utilizar, qual o espaçamento, preparo do solo (calagem, gessagem, adubação) e quais defensivos agrícolas serão necessários durante a safra.

Neste processo de planejamento, as informações de safras anteriores, bem como as especificações de cada talhão, são fundamentais para a tomada de decisão – sendo uma maneira de visualizar a viabilidade do manejo utilizado na safra anterior e quais ajustes podem ser realizados, otimizando processos e diminuindo custos. 

Além disso, as recomendações decididas no planejamento devem estar acessíveis para todos os funcionários que vão realizá-las, de maneira simples e didática.

Assim, o processo produtivo fluirá melhor. 

Listagem e detalhes de operações agrícolas no software Aegro
Organize o calendário agrícola e as suas recomendações de manejo pelo Aegro

Monitoramento de pragas em um software agro

Um importante aliado da recomendação agronômica é o levantamento de pragas! O software para agronegócio ideal deve gerar informações detalhadas de infestações de insetos, doenças e plantas daninhas presentes em cada talhão. 

Desta forma, o engenheiro agrônomo responsável pode melhorar o planejamento da safra ou modificá-lo conforme a necessidade. 

Muitas vezes todo o investimento para aumento de produtividade é perdido por problemas no manejo, por isso escolha um software para gestão de fazendas que te ajude a manter sua lavoura em segurança

Mapa de calor mostrando os focos de pragas e doenças na lavoura
Mapeie as infestações existentes na lavoura com ajuda do Aegro

Gestão financeira e comercial

Muitas vezes o produtor possui ótima capacidade técnica no manejo de sua lavoura, porém tem grandes dificuldades de organizar suas finanças e planejar a venda de seus grãos.

Por isso, ter um software rural que organize todos os seus custos e ajude no controle de pagamentos, de cobranças e gere fluxo de caixa é essencial para a sanidade financeira do seu negócio.

Essa função digital será fundamental para a comunicação com o seu setor financeiro ou assistente contábil, auxiliando fortemente na gestão do negócio rural. 

Desta forma o proprietário pode realizar inspeções sobre as finanças de seu empreendimento a qualquer momento!

Listagem de despesas e receitas de uma fazenda no software Aegro
Fluxo de caixa automatizado no software de gestão agrícola Aegro

O software para fazendas deve ser baseado na nuvem

Com o avanço das redes de telecomunicações, o acesso à internet no campo é cada vez maior. 

Por isso, um bom software de gestão rural deve manter todas as informações disponíveis, utilizando nuvens de armazenamento

Assim mesmo que o tratorista esteja no meio da fazenda, ele terá diversas informações sobre a operações que vai realizar – otimizando o tempo e aumentado a eficiência do trabalho. 

E mesmo que este tratorista esteja offline, todas as informações deverão estar disponíveis no seu celular ou tablet e quando voltar a rede devem ser atualizadas.  

Registro de operação agrícola no aplicativo Aegro
O app Aegro funciona mesmo sem internet e garante sincronização automática dos seus dados

Além disso, opte por um software agro em que o produtor rural possa cadastrar novos colaboradores no sistema, dando acesso aos mesmos, indiferente de onde estejam, sendo uma forma de facilitar vários processos do sistema produtivo. 

Estando na nuvem, todas as operações e processos podem ser atualizados em tempo real, o que facilita o planejamento de atividades e controle de estoque. 

Qual é o melhor software agrícola?

Baseado em todas as funcionalidade que consideramos importantes para um bom software agrícola, recomendamos para você o Aegro. Esse aplicativo une as áreas operacional e financeira da fazenda na nuvem e pode ser acessado pelo computador ou celular, mesmo sem internet. 

Com ele, toda a sua equipe trabalha de forma mais integrada em uma plataforma de fácil usabilidade. Veja abaixo um resumo de suas funcionalidades de administração rural:

  • Gestão de patrimônio e de máquinas;
  • Operações agrícolas;
  • Gestão financeira e comercialização;
  • Monitoramento integrado de pragas – MIP;
  • Imagens de satélite e NDVI;
  • Integração com o Climatempo; 
  • Cotação de seguro rural; 
  • Anotador – ferramenta para preenchimento do Livro Caixa Digital do Produtor Rural;
  • Entre outras funções para o controle da fazenda. 
Aplicativo Aegro para computador, celular e tablet

Comece a usar o aplicativo de gestão agrícola Aegro agora mesmo:

Conclusão

Vimos neste texto a influência da tecnologia para altas produtividades e a importância de um software agrícola para maior rentabilidade.

Elencamos também as principais funcionalidades para um controle completo da fazenda: gestão de máquinas e patrimônio, planejamento da safra, monitoramento de pragas, gestão financeira e comercial e a acessibilidade destas informações.

Como organizar uma propriedade rural com a tecnologia

Como organizar uma propriedade rural: confira ferramentas digitais para controlar a gestão da sua fazenda de qualquer lugar. 

A cada dia temos novas tecnologias surgindo no meio rural. 

Muitas delas servem para facilitar e organizar as atividades diárias, outras para levantamento de dados, sejam por meio de satélites, sensores ou outras ferramentas.

O importante é que os produtores acompanhem a evolução da tecnologia, buscando soluções e softwares que otimizem seus processos operacionais.

Com a agricultura digital é possível otimizar e gerar mais lucros para as nossas propriedades agrícolas.

Por isso, separei algumas alternativas de controle e dicas de como organizar uma propriedade rural e otimizar o seu tempo. Aproveite!

Avaliação da gestão na propriedade rural

Durante o dia a dia do campo, existe uma infinidade de atividades agrícolas que precisam ser realizadas.

Uma propriedade sem boa gestão e organização pode entrar em colapso rapidamente.

Atualmente, com a digitalização dos processos e avanço da internet no campo, encontramos diversas tecnologias que podem auxiliar os produtores rurais em processos operacionais e gerenciais.

Problemas com imprecisão no controle de estoque da fazenda, em entradas e saídas, fluxo de caixa, registro de insumos utilizados em cada talhão e muitos outros, já podem ser resolvidos com o auxílio de tecnologia. 

Se o gestor ou o produtor rural não possui anotações e registros de custos da sua produção, uma busca por redução ou otimização desses custos se torna quase impossível, concordam comigo?

Assim, se eu não registrar os gastos de cada operação dentro da propriedade, nunca saberei  se estou gastando muito em minha fazenda.

Uma frase da qual gosto muito de Peter Drucker diz o seguinte:Se você não pode medir, você não pode gerenciar”.

O pensamento pode parecer simples, mas quanto mais simples, geralmente, melhores são os resultados.

Uma vez que temos na ponta do lápis todos os gastos das operações, controle de estoque, gastos com maquinário, reparos, manutenções e afins, as decisões serão mais assertivas.

Nosso amigo pensador Peter Drucker diz outra frase que nos remete muito à capacidade de organizar e gerir uma propriedade agrícola: “O que pode ser medido, pode ser melhorado.

Desta forma, é necessário que o empresário rural faça uma avaliação de seus processos, problemas e desafios para tomar a decisão de escolher uma tecnologia que vai auxiliá-lo nesse processo organizacional. 

Assim, certamente a sua fazenda será otimizada.

Como organizar uma propriedade rural usando tecnologia

Vamos citar algumas tecnologias que podem auxiliar os produtores na gestão e organização da propriedade rural.

Muitos destes softwares e ferramentas são gratuitos, porém podem não apresentar tudo o que os gestores desejam. Outros são pagos e podem ser personalizados para melhor atender cada necessidade.

Conheça essas opções a seguir:

AgriConnected

AgriConnected é um aplicativo para monitoramento de frota agrícola que resolve os desafios logísticos do campo. Ele ajuda a coordenar a utilização do maquinário e demais implementos na sua propriedade.

Os agricultores conseguem visualizar a localização de cada equipamento em tempo real, bem como o seu histórico de movimentação. Um relatório diário mostra qual foi o trajeto do veículo e a quilometragem percorrida.

Assim, o AgriConnected oferece aos fazendeiros um controle mais preciso sobre a atividade das máquinas e dos operadores. 

Como organizar uma propriedade rural

(Fonte: AgriConnected)

É possível calcular, por exemplo, quantas horas de trabalho foram necessárias para a realização de uma aplicação específica na lavoura. Ou por quanto tempo um trator ficou ocioso durante o dia.

Também dá para analisar se os operadores trafegaram dentro da velocidade adequada. Eles mesmos podem conferir, no velocímetro do aplicativo, se não estão passando dos limites estabelecidos.

Entre as principais vantagens dessa tecnologia está o aumento de eficiência na organização da frota, pois os produtores saberão quais veículos estão disponíveis para a operação planejada sem saírem do escritório. 

Além disso, será possível reduzir custos com combustível e manutenção, definindo os melhores itinerários para cada máquina e garantindo o aproveitamento consciente do seu patrimônio.

QGIS

O QGIS é um software livre e gratuito que permite a visualização, edição e análise de dados georreferenciados.

Com o QGIS, os produtores e gestores conseguem criar mapas com várias camadas de informações dos seus talhões e confeccionar relatórios personalizados que, certamente, auxiliarão no melhor entendimento de suas lavouras

Com o auxílio dessa ferramenta digital é possível levantar dados de todas as áreas, sendo uma possibilidade de como organizar uma propriedade rural. 

No QGIS é possível desenhar os talhões, bem como quantificar tamanho e gastos operacionais com insumos em cada pedaço da lavoura.

Como organizar uma propriedade rural

(Fonte: Canal no Youtube do LAP)

O armazenamento dos mapas ao longo dos anos é um importante aliado dos gestores no entendimento de áreas mais produtivas dentro da fazenda. 

Analisando estas informações presentes nos mapas, o processo de tomada de decisão e otimização dos processos se torna menos complexo.

Aegro

Se a ideia é levar organização para todos os cantos da propriedade rural, vale a pena apostar em um software de gestão agrícola completo como o Aegro.

Ele une as áreas operacional e financeira da fazenda em uma plataforma fácil de usar, centralizando informações que costumam ficar espalhadas em diferentes sistemas ou planilhas de Excel.

Com essa ferramenta, o agricultor planeja e acompanha cada etapa da safra: desde a semeadura até a comercialização. Dados sobre as atividades do campo, estoque e contas a pagar podem ser visualizados pelo computador ou celular.

Além disso, todos os funcionários conseguem acessar o aplicativo simultaneamente para registrar suas tarefas – trabalhando de forma mais integrada. É possível criar diferentes perfis para o proprietário, o agrônomo, o consultor financeiro e os operadores.

No final do ciclo produtivo, o Aegro oferece uma análise detalhada sobre os custos de produção e a rentabilidade de cada talhão. Desta maneira, o produtor pode entender o que deu certo ou errado no plantio e otimizar os processos da sua lavoura.

Confira as principais funcionalidades do aplicativo:

  • Gestão de patrimônio e de máquinas;
  • Operações agrícolas;
  • Gestão financeira e comercialização;
  • Monitoramento integrado de pragas;
  • Cotação de seguros agrícolas; 
  • Integração com o Climatempo, para verificar as previsões em tempo real;
  • Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR). 

É possível realizar um teste gratuito do sistema de gestão agrícola Aegro. Algumas opções grátis para começar agora:

Novo perfil de administrador rural

Com o avanço da tecnologia, muitas fazendas estão empregando um administrador rural.

Essa pessoa, que antes era responsável pelo planejamento e gerenciamento das lavouras, se transformou em um profissional mais versátil.

O perfil atual do administrador rural é mais estratégico, deixando de centralizar a maior parte das informações, aumentando a transparência e agilidade nos processos, além de diminuir a margem dos erros.

É fundamental que esse profissional do campo busque e implemente ferramentas que auxiliem na otimização dos processos.

O conceito de medir tudo que acontece na fazenda pode parecer muito complexo, mas na prática, o simples fato dos funcionários terem consciência de que estão sendo medidos os fazem trabalhar de forma melhor.

Quando os gestores afirmam que estão computando tudo o que é feito na fazenda, as pessoas acabam sendo mais eficazes em suas atividades.

O administrador rural deve ser capaz de anotar e armazenar o máximo de informações, basicamente o que todos  sabem que é importante, mas poucos fazem corretamente.

Com a organização e gestão da fazenda em dia, os resultados positivos são iminentes, uma vez que com as medições estamos analisando tudo que ocorre na propriedade.

No final de todo mês, o ideal é comparar os resultados atuais com o mês anterior e se tiver gastado mais, um certo desconforto será gerado e, se isso ocorrer no mês seguinte, ficará ainda pior. 

Consequentemente, a atitude imediata é a busca por soluções para reduzir custos e melhorar os processos operacionais.

Com o levantamento dos dados é possível ter visões mensais, semestrais e anuais dos fluxos, sejam eles financeiros, gerenciais ou operacionais.

No início, as análises com números negativos acabam criando um senso de querer melhorar e, convenhamos, por mais difícil que seja é melhor saber que os negócios estão indo mal e corrigir, antes que seja tarde demais.

Confira como o produtor de soja Fernando economizou pelo menos 5% em custos da safra com gestão tecnológica da fazenda, acesse aqui.

Conclusão

Os empreendedores de qualquer área, inclusive a agrícola, devem ficar atentos às mudanças que ocorrem nos processos gerenciais das propriedades rurais.

Saber escolher qual o melhor pacote tecnológico para sua fazenda é essencial.

Vimos neste texto que com o auxílio da tecnologia, a agilidade e registro das atividades na propriedade ficam otimizadas e de fácil acesso a todos os envolvidos. 

Assim, com as tecnologias cada vez mais presentes no agronegócio e o surgimento de novos produtos e softwares, cabe ao produtor e administrador escolher qual se encaixa melhor no seu modelo para ter melhores resultados!

Você possui algum software ou programa computacional para gestão da fazenda? Conhece outros benefícios que a tecnologia pode agregar em como organizar uma propriedade rural? Adoraria ver seu comentário abaixo.

Descubra como eliminar o besouro castanho

Como eliminar o besouro castanho com maneiras eficazes de controle dessa praga e, ainda, evitar prejuízos no armazenamento de grãos.

Na produção de grãos, os desafios não param após a colheita e você, como produtor, deve ficar de olho nas pragas de armazenamento.

De modo geral, as pragas secundárias não costumam ser vistas como problemas, mas as de armazenamento podem fazer um estrago e tanto. 

O besouro castanho é um desses insetos que podem causar sérios prejuízos no armazenamento de culturas como arroz, milho, soja e trigo.  

E é realmente possível acabar com essa praga? Vamos entender como eliminar o besouro castanho. Confira a seguir! 

Características do besouro castanho

A espécie é Tribolium castaneum que pertence à família Tenebrionidae, da ordem Coleoptera. O besouro castanho é popularmente conhecido como ‘caruncho’.

São besouros bastante diminutos, medindo cerca de 2 a 4 mm de comprimento, possuem coloração castanho-avermelhada e corpo achatado. 

As fêmeas ovipositam, em média, 500 ovos em locais como frestas, fendas de parede, sacarias e sobre os grãos. 

Como eliminar o besouro castanho

Adulto de besouro castanho
(Fonte: AgroBase)

Já as larvas, branco-amareladas, têm corpo alongado e cilíndrico e são do tipo elateriforme. 

Todo o ciclo de uma geração desta praga dura cerca de 20 dias em ambientes quentes com umidade alta.

Assim, o besouro castanho é tido como uma praga secundária por não ter a capacidade de romper o tegumento dos grãos. Devido a isso, ataca grãos armazenados que já haviam sido atacados por pragas primárias.

Além de causar sérios prejuízos em estoques de produtos moídos, farináceos e em grãos que não permanecem totalmente íntegros, o grande problema está no ataque do embrião dos grãos.

Como eliminar o besouro castanho

Besouro castanho – Tribolium castaneum. Larva (a, b), pupa (c) e adulto (d)
(Fotos: Adriana de Marques Freitas/Embrapa)

Manejo do besouro castanho

Para manter o controle do besouro castanho nos armazéns é essencial o Manejo Integrado de Pragas de Grãos e Sementes Armazenadas (MIPGRÃOS/ MIPSEMENTES).

E o controle dele não se dá de forma individual. 

Por isso, quando se trata de grãos armazenados existe todo um complexo de pragas em que se deve ter atenção.

No MIP, a integração de diferentes métodos e um bom sistema de monitoramento é o que vai garantir a supressão e, até mesmo, a eliminação desta praga. 

Antes de tudo, tenha em mente 6 etapas essenciais como prevenção e para manter a fitossanidade do armazém:

1. Mudança de comportamento dos armazenadores

É imprescindível que produtores e operadores estejam cientes da importância das pragas de grãos armazenados.

Não adianta você somente se preocupar com a praga quando ela já estiver lhe causando danos. 

2. Conhecimento da unidade armazenadora de grãos

Saiba qual o histórico de pragas do local nos anos anteriores e identifique problemas passados. 

A unidade deve ser conhecida por todos que estiverem envolvidos com o armazenamento, desde a colheita até o momento em que o produto será retirado do local. 

3. Limpeza e higienização local

A limpeza do local vai contribuir para que possíveis focos de infestações sejam eliminados e não prejudiquem um armazenamento adequado. 

Como mencionado, o besouro castanho tem hábito de oviposição em substrato inerte, ou seja, em fendas de parede e outros locais em que há necessidade da higienização. 

4. Fazer uma correta identificação das pragas 

As medidas de controle somente serão corretas se a identificação das pragas também estiver sido feita corretamente. 

Uma vez que tiver uso incorreto de alguma medida, o resultado só será visto quando já houver prejuízo final. 

5. Potencial de destruição das pragas 

Entender a capacidade de destruição de cada praga para que se determine a viabilidade de comercialização dos grãos armazenados. 

6. Gerenciamento da unidade armazenadora

Todas as atitudes devem ser realizadas por meio de um gerenciamento, desde a chegada dos grãos, a permanência no armazém até a saída para comercialização e consumo. 

Tudo isso garantirá diminuição de perdas e aumento da qualidade dos grãos.

E como deve ser o monitoramento?

O monitoramento do besouro castanho deve estar atrelado ao das demais pragas de grãos armazenados. Isso porque, como você viu, esta praga é secundária e sua ação será facilitada com a presença de pragas primárias no armazém.

Assim, os grãos devem ser monitorados durante todo o período de armazenamento. Isso vai garantir a detecção de possíveis focos das pragas. 

Desta forma, você deve utilizar armadilhas fixas ou fazer a coleta de grãos em vários pontos do armazém.  

As armadilhas fixas são para a captura dos insetos em pontos pré-determinados no local de armazenamento. 

E, ao optar pela coleta das amostras, você pode utilizar uma peneira de 20 x 20 cm, com malha de 2 mm com coletor para posterior identificação da praga.

Além disso, fique de olho na temperatura e umidade do local. 

Se ficar muito quente e úmido, você corre um sério risco de aumentar a população da praga caso seja detectada.

Controle de pragas em grãos armazenados

No MIP, o ideal é que não seja feito apenas o controle químico. Por isso, utilize de vários métodos ao mesmo tempo.

Como eliminar o besouro castanho: Métodos físicos

Você deve manipular os fatores físicos do ambiente de armazenamento como temperatura, umidade relativa do ar, controlar a atmosfera do ar (CO2, O2 e N2), utilizar pós-inertes, remoção física, radiação, luz e som. 

Ao ajustar todos ou apenas um dos métodos citados acima, a eliminação do besouro castanho e das demais pragas ficarão em níveis mais toleráveis ou poderão ser totalmente eliminadas.

Caso o uso dos métodos físicos não seja suficiente, você pode utilizar o método químico em conjunto.

Como eliminar o besouro castanho: Métodos químicos

O método químico é bastante empregado, mas lembre-se que não deve ser o único. Se utilizado de maneira incorreta e demasiada pode comprometer o controle e provocar resistência das pragas aos inseticidas

Podem ser feitos dois tipos de tratamentos:

1. Tratamento preventivo de grãos e sementes

Se o período de armazenamento for acima de 90 dias, os grãos e sementes devem ser secos, limpos e expurgados antes da entrada no armazém. 

Neste tratamento, aplica-se inseticidas líquidos sobre os grãos, na correia transportadora, no momento de carregar o armazém ou no momento de ensaque das sementes. 

É importante que os grãos e as sementes estejam descansados e recebam a aplicação de forma homogênea. 

2. Tratamento curativo (expurgo) de grãos e sementes 

Caso você já esteja tendo problemas com as pragas com os grãos já armazenados, é o momento de fazer um tratamento curativo com inseticidas. 

Os produtos à base de fosfeto de alumínio, precursores das fosfinas são os mais utilizados. A temperatura ideal para realizar o expurgo é cerca de 25°C. 

O local deve ficar vedado para que seja feita a fumigação do produto. 

Veja na tabela abaixo os inseticidas indicados tanto para tratamento preventivo como para curativo. Lembre-se sempre de consultar o(a) engenheiro(a) agrônomo(a).

Inseticidas indicados Embrapa

Inseticidas indicados para tratamento preventivo e/ou curativo de pragas de grãos e sementes armazenadas
(Fonte: Embrapa)

Conclusão

O besouro castanho é uma praga secundária de grãos armazenados, mas pode causar grandes perdas na produção se não for controlado. 

Portanto, algumas medidas podem ser tomadas para evitar surtos e também existem maneiras de controlar este inseto para suprimir ou eliminá-lo do armazém.

Vimos então que as medidas de controle devem ser feitas de acordo com MIP.

Quais medidas de como eliminar o besouro castanho você utiliza? Deixe seu comentário abaixo!

5 dicas para uma lavoura de trigo mais produtiva

Lavoura de trigo: confira algumas recomendações para garantir mais produtividade nesta cultura.

A lavoura de trigo, quando próxima à colheita, é algo bonito de se ver! Nos remete aos campos da Toscana e às belas paisagens europeias que vemos nos filmes.

Bem, no Brasil também plantamos muito trigo! Principalmente na região Sul onde a cultura se desenvolve melhor.

Mas você sabe quais os principais cuidados para garantir a produção da lavoura de trigo?

Confira comigo como podemos atuar no manejo da lavoura de trigo para garantir uma boa produção e obter sucesso na atividade.

Como obter sucesso na lavoura de trigo

O sucesso da lavoura de trigo – tanto em volume, como em sustentabilidade da produção – depende de diversos fatores. 

Podemos citar os relacionados ao:

  • Clima e solo da região de cultivo;
  • Cultivar e fenologia da planta; 
  • Manejo da lavoura de acordo com o sistema de produção.

Os cuidados para o sucesso da produção vão desde o plantio até a colheita e pós-colheita. 

Existem fatores que podem maximizar sua produção e outros que jogam contra o produtor. Confira a seguir 5 dicas de como obter sucesso com sua lavoura de trigo.

1. Não esqueça do clima

Antes mesmo do plantio devemos considerar o clima e o solo da região

Isso porque chuvas fora de hora e temperaturas inadequadas podem pôr em risco a lavoura de trigo e, dependendo do tipo de solo, a retenção e disponibilidade de água será distinta.

Por exemplo, o excesso de chuvas na maturidade fisiológica do trigo, característico do clima subtropical, é prejudicial. Nessas regiões também podemos ter problemas com geadas. 

Por outro lado, em regiões tropicais, o problema passa ser as altas temperaturas e a umidade relativa no florescimento.

Assim, começar com o pé direito é avaliar o clima e acertar na janela de plantio. Mas como fazer isso?

Para isso existe o zoneamento agroclimático para cultura do trigo, que leva em conta o clima e classifica a janela de plantio de acordo com o tipo de solo (arenoso, textura média ou argiloso).

Abaixo você pode conferir o Rio Grande do Sul como exemplo, mas isso varia de acordo com o estado. Com base no zoneamento, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) define as janelas de plantio adequadas.

lavoura de trigo

Períodos de semeadura para a cultura de trigo de sequeiro no RS
(Fonte: Embrapa Trigo)

2. Acerte no plantio

Bom, já sabemos que a semeadura da lavoura de trigo deve ocorrer de acordo com as definições do zoneamento para cada localidade. Agora, vamos definir qual cultivar semear.

A lista de cultivares de trigo é extensa e para cada região a melhor cultivar pode ser diferente. Aqui você pode encontrar informações detalhadas sobre as cultivares e escolher a que melhor lhe sirva.

cultivares de triticale Mapa

Cultivares de Triticale registradas no Mapa com indicação de cultivo em 2019
(Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale)

De qualquer maneira, algumas coisas não mudam. O espaçamento indicado para o trigo, por exemplo, é de 17 cm, no máximo 20 cm entre linhas. 

Já a densidade de semeadura (sementes viáveis/m2) varia de acordo com a localidade e a cultivar escolhida.

É importante lembrar que o plantio do trigo deve ser feito com o mínimo de mobilização do solo e sempre no contexto do sistema de plantio direto: com rotação de culturas e manutenção de cobertura sobre o solo, garantindo conservação do solo e maior sustentabilidade de produção.

3. Adubação e correção da lavoura de trigo

Antes de semear a lavoura de trigo, como está o seu solo?

A partir de uma análise de solo da área, devemos realizar as correções e adubações corretivas, caso necessário.

No cálculo da calagem, o ideal é que se eleve a saturação de bases até 70% e conforme os teores de nutrientes do solo, deve-se fazer a adubação corretiva. 

Existem várias recomendações, veja como exemplo abaixo a do estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As demais você pode encontrar nesta publicação.

lavoura de trigo
lavoura de trigo

(Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale)

4. Cuidados com a lavoura de trigo

Com a lavoura de trigo no campo surgem então novos desafios. Além das condições climáticas, as quais não controlamos, surgem as daninhas, pragas e doenças. 

Por isso, aqui vamos dar algumas diretrizes para que fique claro a importância do manejo.

Daninhas

As daninhas são mais problemáticas no ínicio da fase de desenvolvimento da cultura. 

O período crítico de competição é de 45 a 50 dias após emergência. Dessa forma, a lavoura de trigo precisa ficar livre de competição nesse período.  

Ao fim do ciclo do trigo, as daninhas podem contaminar o cereal colhido e aumentar sua umidade, por isso, tenha cuidado.

Doenças

Duas doenças que merecem atenção especial são: giberela e brusone.

Elas atacam diretamente a espiga do trigo e causam danos significativos ao rendimento da lavoura.  

Ambas são favorecidas em situações onde o período de molhamento é elevado e as temperaturas superiores a 20 ºC. São doenças de difícil controle e de alto potencial de dano, principalmente pela baixa resistência/tolerância da maioria das cultivares a elas. 

Para ajudar os produtores, foi criado um simulador de risco de ocorrência dessas doenças, o Sisalert. Afinal, toda ajuda é bem-vinda!

Pragas

Na lavoura de trigo, as pragas mais comuns são as lagartas (desfolha), pulgões (transmitem viroses), corós (causadores de danos no sistema radicular, sementes e plântulas do trigo) e percevejos (que atacam durante todo o ciclo, causando danos variados).

Cabe ressaltar que esses insetos só devem ser controlados quando atingirem a população que causem dano econômico. Antes disso não é economicamente viável.

Escala fenológica do trigo

Escala fenológica do trigo segundo Feekes-Large
(Fonte: Embrapa)

5. Lavoura de Trigo: colheita 

Na colheita, colhemos os “frutos” do nosso trabalho e alguns fatores são determinantes para o sucesso dessa prática na lavoura de trigo.

Deve-se evitar chuvas no período de maturidade fisiológica do trigo, pois isso reduz a qualidade final do cereal. 

Por isso, se possível antecipe a colheita, mas tenha em mente que a umidade de grão ideal é próxima a 13%.

Colher na umidade correta e com o maquinário regulado adequadamente reduz perdas quantitativas e qualitativas, obtendo assim, o máximo da sua lavoura de trigo. Ou seja, seu objetivo desde o início.

e-book culturas de inverno Aegro

Conclusão

Ao longo do texto, observamos que existem diversos detalhes para serem levados em conta para o sucesso de uma lavoura de trigo.

Devemos estar atentos ao clima da região e se ele é favorável ao cultivo do trigo e qual a cultivar mais adequada para um bom desenvolvimento. 

A partir disso, olhamos para o solo e as necessidades de correção.

O plantio deve sempre respeitar a época recomendada e o espaçamento. Além disso, o controle de pragas, doenças e daninhas deve ser realizado de forma sustentável, minimizando perdas e maximizando os rendimentos.

Também vimos as melhores condições para colheita a fim de evitar perdas, conseguindo as melhores produções e um produto de qualidade.

>> Leia mais:

O que você precisa saber para fazer a melhor aplicação de 2,4 D em trigo

“Como garantir a qualidade durante os processos de secagem e armazenamento de trigo”

“Melhores práticas para fazer o tratamento de sementes de trigo na fazenda”

Restou alguma dúvida sobre a lavoura de trigo? Deixe sua dúvida ou comentário abaixo. Grande abraço e até a próxima!

Secagem do arroz: tudo sobre esse processo

Secagem do arroz: Veja a umidade ideal para a colheita, qual secador utilizar e como realizar o processo de secagem para melhor produtividade.

Sabemos de todos os cuidados que o produtor rural precisa ter desde o plantio de sua safra e sua busca constante por aprimoramento para melhorar a produtividade da sua lavoura de arroz

E na hora dos processos de pós-colheita não é diferente.

A armazenagem dos grãos tem um papel importante na produtividade e, uma das etapas mais importantes nesse processo, é a secagem dos grãos de arroz. Confira!

Qual o teor de umidade ideal para a colheita?

Para uma boa colheita de arroz, o produtor deve acompanhar o ponto de maturidade fisiológica, que está principalmente ligado ao teor de umidade nos grãos.

Na prática o produtor pode se basear na coloração da casca do arroz, sendo o ponto ideal quando dois terços dos grãos da panícula apresentarem cascas (glumelas) com coloração amarelo dourado.

Além disso, é possível apertar os grãos e sentir sua textura: caso o grão fique amassado ele é considerado imaturo, já se o grão quebrar provavelmente estará no ponto de colheita.

Como o teor de umidade tem influência direta sobre a qualidade industrial dos grãos, é fundamental aferir a umidade constantemente. 

Sendo assim, o ideal é que a colheita seja realizada na faixa de 18% a 23% de umidade.

Além disso, o produtor deve acompanhar a previsão do tempo para evitar que os grãos fiquem expostos no campo a condições adversas como alta umidade relativa do ar, presença de orvalho e alternância entre chuvas e dias quentes.

Caso os grãos sejam colhidos acima da faixa ideal de umidade, ocorrerá maior presença de grãos imaturos e mal formados na colheita, aumentando o índice de quebra durante o beneficiamento do arroz.

Já se o arroz for colhido com umidade abaixo da faixa ideal, especialmente se for menor de 15%, ocorrerá maior incidência de perdas pelo desprendimento natural dos grãos e dano mecânico na colheita, o que diminuirá sua qualidade.

Como é feita a secagem do arroz?

Para que estejam adequados para o armazenamento, os grãos devem ter a sua umidade reduzida para uma faixa de 12% a 13%, o que é fundamental para a preservação de sua qualidade e para evitar o crescimento de fungos.

Esse processo de secagem pode ser realizado de duas maneiras: secagem artificial e secagem natural.

A secagem natural é um processo bastante simples, que consiste na utilização da radiação solar e temperatura do ar ambiente para redução do teor de água dos grãos.

Na prática, os grãos são espalhados sobre uma superfície de lona, cimento ou asfalto e revolvidos constantemente para facilitar a perda de umidade.

Esse método tem baixo custo e é bastante utilizado por produtores que não possuem orçamento para realizar a secagem artificial.

Contudo, vale lembrar que esse método depende muito das condições climáticas e pode ser bastante demorado!

Além disso, é um processo de maior exposição dos grãos, o que aumenta a ocorrência de microrganismos e pragas agrícolas.

secagem do arroz

Secagem natural de arroz
(Fonte: Planeta Arroz)

Já a secagem artificial é um processo um pouco mais elaborado, que consiste no emprego de técnicas para uma secagem rápida e uniforme com a utilização de silos secadores.

As principais vantagens dos secadores artificiais são a praticidade, melhor qualidade do produto final e maior capacidade de secagem. 

Ainda que tenha um custo maior, é a prática mais utilizada no mercado justamente pelos seus benefícios. 

Um dos fatores mais importantes na hora de escolher um sistema de secagem, é estimar com precisão os custos envolvidos. 

Se você não sabe quanto gasta com a secagem ou pretende implantar um novo sistema em sua fazenda e quer saber mais sobre os custos, aqui no blog já explicamos como fazer esse cálculo. 

Confira em: “Secagem e armazenamento de grãos: diferentes tipos e seus custos”.

Secadores de arroz: qual utilizar

Para a cultura do arroz, tanto para sementes quanto para os grãos, os secadores mais indicados são do tipo intermitentes.

A secagem intermitente consiste na passagem dos grãos diversas vezes pelo secador, evitando assim choques térmicos e perda acelerada de água dos grãos.

Nesses secadores intermitentes, os grãos passam pela ação do fluxo de ar aquecido na câmara de secagem a intervalos de tempo definidos.

Assim, ocorre a homogeneização da umidade e resfriamento (quando não estão passando pelas áreas de aquecimento).

secador de fluxo intermitente

Exemplo de secador de fluxo intermitente
(Fonte: Nunes)

Contudo, antes de utilizar os secadores, é necessário efetuar a pré-limpeza dos grãos e saber qual o teor de água deles.

Secagem do arroz: Armazenamento de grãos

Logo após a secagem, o próximo passo é o armazenamento de seus grãos.

Essa etapa deve ser planejada desde a semeadura, evitando assim problemas na pós-colheita e garantindo sucesso em sua comercialização.

Se você tem dúvidas sobre essa etapa, não deixe de conferir nosso artigo sobre armazenagem de grãos e este mais específico sobre armazenagem do arroz.

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Conclusão

Entender sobre os cuidados durante a secagem de grãos de arroz é fundamental para a manutenção da qualidade da safra, então esperamos ter ajudado você a entender melhor esse processo.

Além disso, não se esqueça: mapear os custos de secagem e armazenamento são essenciais para a saúde financeira da fazenda e precisam estar previstos no custo de safra.

E você, tem alguma dica sobre secagem do arroz? Restou alguma dúvida? Deixe o seu comentário abaixo!

Big Data no agronegócio: a revolução dos dados

Big Data no agronegócio: entenda mais sobre a definição e como é utilizada na agricultura para otimizar os processos.

Cada vez mais a tecnologia está dentro das nossa lavouras, mas você sabe como utilizá-la para otimizar os processos?

A coleta de dados sempre foi feita na rotina da lavoura, mas é preciso aprender a analisar os dados corretamente para utilizá-los da forma certa.

Até porque, não adianta sair coletando uma enorme quantidade de dados se depois não saber interpretá-los, não é mesmo?

Por isso, no texto de hoje, vamos entender mais sobre como utilizar Big Data na agricultura, além das vantagens e onde ela está sendo aplicada no agro. Confira!

O que é Big Data?

Primeiro, é necessário definirmos o conceito de Big Data para entendermos como ele pode ser aplicado na agricultura.

Podemos definir Big Data como a interpretação de grandes volumes de dados.

big data no agronegócio

Big Data e a agricultura na era do conhecimento
(Fonte: Fundação Shunji Hishimura de Tecnologia)

Com as ferramentas disponíveis hoje é possível aumentar a produtividade, reduzir custos e tomar decisões mais assertivas.

Os principais aspectos do Big Data são definidos pelos 5 Vs: Volume, Variedade, Velocidade, Veracidade e Valor. 

Os aspectos de Volume, Variedade e Velocidade, referem-se à grande quantidade de dados não-estruturados. Estes dados precisam ser analisados com as soluções de Big Data em grande velocidade e, em sua maioria, em tempo real.

A Veracidade nos diz que as fontes e a qualidade dos dados precisam ser confiáveis. 

O V de Valor se refere aos benefícios que essas soluções de Big Data vão trazer para sua empresa. 

Agora que abordamos o conceito de Big Data, vamos ver como podemos utilizá-lo na agricultura.

Como a análise de dados otimiza a lavoura?

Como vimos, o Big Data é um conjunto de dados que precisa ser analisado. Agora vamos trazer o conceito para o campo. 

Você sabe como ele pode ser útil e quais as vantagens que traz?

Entre as tecnologias mais conhecidas de análise de dados no campo podemos citar o entendimento e análise de dados meteorológicos.

Com a interpretação correta de dados sobre a previsão meteorológica, o agricultor consegue administrar outras operações como a semeadura, a colheita, a irrigação e as aplicações de defensivos agrícolas.

Outro exemplo que podemos citar da agricultura digital são as tecnologias que garantem o ajuste das doses de fertilizantes que são aplicados, o que reduz custos e perdas.

Além disso, outra importante ferramenta que pode ser utilizada é o cruzamento dos dados de produtividade com os dados dos manejos adotadas em cada área, como por exemplo: adubação, análise de solo, deficiência de nutrientes, precipitação e aplicações.

(Fonte: Boas Práticas Agronômicas)

Agora que vimos alguns exemplos de como o Big Data pode ser utilizado na agricultura, vamos ver quais as vantagens para a gestão agrícola e financeira.

Big Data no agronegócio: vantagens para a gestão agrícola

Além das vantagens que já citamos em relação ao uso do Big Data no agronegócio, veja abaixo uma lista com outros benefícios em utilizá-lo na sua lavoura.

  • Dados sobre a fertilidade química do solo, por meio das análises de solo;
  • Redução de desperdícios, reduzindo os custos de produção;
  • Estande de plantas, gasto de sementes e velocidade de semeadura;
  • Ações mais assertivas após interpretação dos dados;
  • Pluviosidade, temperatura e dias nublados, que ajudam na tomada de decisão para aplicação de defensivos, fertilizantes e corretivos;
  • Possibilidade de controlar tudo isso do escritório;
  • Informações sobre monitoramento de pragas, doenças e plantas daninhas;
  • Informações sobre consumo, aplicações de defensivos agrícolas, dados de produtividade, velocidade e perdas na colheita;
  • Aumento de produtividade com tomadas de decisão mais assertivas.
big data no agronegócio
(Fonte: GeoAgri)

Vantagens para a gestão financeira

O uso do Big Data na agricultura pode nos auxiliar em diversas ações na lavoura.

Assim, na gestão financeira podemos utilizar softwares que nos ajudam a manejar estes dados e informações relevantes, a fim de otimizar os processos.

Com o uso de um aplicativo como o Aegro, por exemplo, é possível otimizar a gestão agrícola da sua fazenda. 

Desta forma, você consegue fazer o fluxo de caixa, estoque, financeiro e agrícola integrados e automatizados, reduzindo custos.

Curso de Big Data no agronegócio

Uma busca rápida na internet e você já consegue encontrar diversos cursos sobre Big Data.

Em um curso de Big Data para o agronegócio, você vai ser capacitado para manusear grandes volumes de dados de maneira rápida e eficiente. 

Também vai aprender a como interpretar os dados para ser desenvolvido no agronegócio.

Esses cursos, geralmente, abordam as disciplinas de: algoritmos avançados, arquiteturas cloud, banco de dados, cálculo, estatística, fundamentos de administração geral, geometria analítica, inglês, Internet das Coisas, matemática discreta, manejos agrícolas de solo e semeadura, monitoramento de pragas e doenças e sociedade, tecnologia e inovação.

De acordo com o Canal Rural, a demanda por um profissionais capacitados nesta área são:

  • Empresas de infraestrutura de TI (tecnologia da informação);
  • Desenvolvimento e revenda de softwares para web;
  • Empresas de desenvolvimento e revenda de softwares para dispositivos móveis;
  • Fabricantes e revendedores de equipamentos de agricultura de precisão;
  • Fabricantes e revendedores de tratores e implementos agrícolas;
  • Empresas de produção agrícola e propriedades rurais;
  • Usinas de açúcar e etanol;
  • Indústria de insumos agrícolas;
  • Prestação de serviços na área de TI;
  • Prestação de serviços na área agrícola.

Conclusão

Neste texto você viu como podemos utilizar Big Data no agronegócio, sua definição, alguns conceitos e as vantagens que as análises trazem para as lavouras.

Com a correta interpretação dos dados levantados é possível otimizar processos na lavoura, reduzir custos e tomar decisões mais assertivas sobre os manejos.

Também vimos que com o aplicativo de controle e gestão agrícola, consegue-se gerenciar diversos dados coletados do campo.

Agora que você compreendeu mais sobre como utilizar Big Data na sua empresa rural, que tal colocar em prática? 

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