Como fazer a gestão de pessoas no agronegócio?

Gestão de pessoas no agronegócio: o que é, quais são os desafios, dicas para profissionalizar colaboradores e como ser um bom gestor.

Não adianta ter bons maquinários, insumos, tecnologia e uma boa área agrícola se as pessoas não estão preparadas e gerenciadas para as atividades.

Por isso, é importante ter uma boa gestão de pessoas na sua empresa. 

Você pode achar que é difícil empregar gestão de pessoas no agro, mas vamos mostrar que isso é essencial para o sucesso do seu negócio.

Essa pode ser uma gestão esquecida no meio rural, mas isso não pode acontecer. 

Assim, preparamos este texto de como você pode fazer a gestão das pessoas no agronegócio. Confira!

O que é gestão de pessoas?

Gestão de pessoas é um conjunto de estratégias que visa o desenvolvimento do capital humano nas organizações.

Esta deve ser realizada para qualquer funcionário da fazenda e em qualquer nível hierárquico.

Assim, a gestão de pessoas envolve atrair e manter bons profissionais com atividades como: seleção de funcionários, programas de treinamentos, desenvolvimento do capital humano, entre outras.

gestão de pessoas no agronegócio

(Fonte: Blog Luz)

Uma boa gestão de pessoas no agronegócio deve ter estratégias para estimular o desenvolvimento profissional. 

Dessa forma, um profissional motivado, satisfeito e com habilidades é muito importante para a empresa rural, podendo aumentar a produção da fazenda.

É o que relata uma importante fazenda produtora de leite no Brasil, a Fazenda Colorado, que 70% do sucesso de qualquer negócio está intimamente ligado à maneira como as pessoas encaram o desafio que desempenham dentro do negócio. 

Assim, se o profissional tem interesse da fazenda prosperar é para que junto ele também possa crescer profissionalmente.

Por isso, é importante que os profissionais sejam motivados diariamente.

Além disso, deve-se valorizar e reconhecer esses profissionais, ter respeito no ambiente de trabalho, além de manter um local adequado e com segurança.

Lembre-se que profissionais satisfeitos trabalham com mais entusiasmo e isso é importante para o sucesso e lucratividade das atividades rurais

Mas não podemos esquecer que para uma boa gestão de pessoas se faz necessário um bom gestor. 

Esse profissional precisa estar atento às estratégias de gestão, sempre buscando se profissionalizar e modernizar a gestão da empresa.

No entanto, a gestão de pessoas pode não ser tarefa fácil, como relata o Prof. Dr. Gilberto Shinyashiki da área de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional da USP: “Gestão de pessoas é a parte mais difícil do trabalho gerencial”.

Por isso, vamos falar dos desafios da gestão de pessoas no agronegócio no próximo tópico.

Desafios da gestão de pessoas no agronegócio

Ter uma boa gestão de pessoas pode não ser fácil por conta de alguns desafios. Dessa forma, é importante conhecê-los para tentar minimizá-los.

Alguns desafios da gestão de pessoas no agronegócio são:

Comunicação entre colabores e gestores

gestão de pessoas no agronegócio
A gestão de pessoas no agronegócio é fundamental para o sucesso da fazenda

Se a comunicação não ocorrer ou for mal feita entre os envolvidos nas atividades agrícolas pode gerar muitos problemas na empresa como a não execução de trabalho ou realização de forma incorreta, o que traz prejuízos.

Um estudo feito pelo Project Management Institute Brasil (PMI) constatou que, para 76% das empresas, o principal motivo para seus projetos fracassarem são falhas na comunicação.

Isso não deve ser diferente para as empresas rurais, por isso, é um fator muito importante na gestão de pessoas.

Assim, para te auxiliar e melhorar a comunicação interna da sua empresa rural você pode utilizar da tecnologia, com programas e softwares.

Atrair e manter bons profissionais

Uma das funções da gestão de pessoas é a contratação de bons profissionais, a fim de mantê-los na atividade.

Para minimizar esse desafio é necessário realizar uma boa seleção, com recrutamento que explique todas as atividades a desenvolver na empresa, remuneração e se há plano de carreira.

Outro ponto importante a ser observado é que, muitas vezes, é difícil encontrar trabalhadores no campo.

Por isso, quando for selecionar um profissional para as atividades da fazenda é recomendável a capacitação constante para mantê-lo motivado e conservá-lo na empresa.

Mas além de atrair bons profissionais, é necessário mantê-los na sua empresa. Para isso, é importante dar feedbacks e ter metas claras.

Capacitação e treinamento dos profissionais

Como falamos, a capacitação dos profissionais é importante para a retenção deles na empresa rural.

Mas, a capacitação pode ser um desafio para o gestor no quesito de escolher quais os cursos e treinamentos ideais e identificar o momento certo de realizá-los.

Entretanto, este é um fator extremamente necessário por conta das novas tecnologias cada vez mais inseridas na agricultura. 

Pois, não adianta nada ter tantas tecnologias disponíveis se o profissional não consegue utilizá-las adequadamente para melhorar as atividades agrícolas. Então, tenha sempre em mente que profissionais do futuro no agro precisam se capacitar.

Liderança

Outro desafio que a gestão de pessoas no agronegócio pode enfrentar é a falta de liderança. 

O gestor precisa ser um líder que orienta, incentiva, ajuda, motiva e elogia, ou seja, ele deve dar exemplo com as suas ações na empresa rural (praticando o que fala).  

Para te auxiliar ainda mais nisto, veja algumas dicas de como profissionalizar a gestão de pessoas.

5 dicas para profissionalizar a gestão de pessoas no agronegócio

1. Planejamento e levantamento de dados

Como sempre gosto de enfatizar, o planejamento é importante em toda atividade e isso não é diferente para a gestão de pessoas.

Primeiro, realize um planejamento de sua empresa, observando como está a situação atual, qual seu recurso financeiro, suas atividades e profissionais envolvidos nessas rotinas.

Com isso, você já pode realizar o levantamento de dados dos funcionários da fazenda: quais atividades desempenham, em qual setor, suas qualificações, entre outras informações importantes. 

Também tente levantar informações sobre o perfil de cada funcionário, com isso, o gestor pode realocar colaboradores de acordo com suas qualificações e perfis.

2. Boa comunicação com a equipe de trabalho 

A comunicação é fundamental na gestão de pessoas, como já vimos neste texto. 

Por isso, esteja sempre conversando com seus colaboradores para entender suas dificuldades e desafios durante o dia a dia. 

Uma alternativa é realizar reuniões específicas em grupo e de forma individual, ao menos uma vez por mês.

3. Avaliação dos profissionais

Para o desenvolvimento de pessoas, deve-se realizar a avaliação de desempenho de cada profissional (feedback), mostrando os pontos positivos e os que precisam ser melhorados.

Isto vai melhorar o processo produtivo, garantir maior eficiência e bons resultados. 

Para ajudar neste processo, conte com um aplicativo de gestão que tenha toda a equipe, com possibilidade de relatório de suas atividades. 

No Aegro, por exemplo, é possível adicionar todas as pessoas que trabalham na fazenda e estabelecer o perfil de usuário dentro do software. 

O aplicativo disponibiliza seis perfis diferentes, cada um com responsabilidades e acessos diferentes.

Gif mostra a gestão de pessoas no agronegócio por meio do Aegro

Menu do perfil dos usuários no aplicativo Aegro

4. Capacitação das pessoas da propriedade rural

Como comentamos no tópico acima, este é um desafio para a gestão de pessoas no agronegócio, mas também é uma dica de como melhorar essa gestão.

Para te auxiliar com a escolha de capacitação e treinamentos dos colaboradores, você pode realizar um pequeno questionário com os profissionais perguntando qual(is) curso(s) eles gostariam de realizar para melhorar sua atuação.

E com essas respostas, você determina qual treinamento será realizado e qual o cronograma para isso.

Lembrando que a capacitação deve ser realizada independente do tamanho da propriedade.

5. Metas e plano de carreira

Tenha metas com sua equipe de trabalho. É importante destacar sempre quais são os objetivos da empresa e quais as metas que se pretende alcançar. 

Se as metas forem atingidas, pense em bonificação ou até mesmo um aumento no salário, além de reconhecer e valorizar esses profissionais.

Assim, é importante também determinar se a empresa apresenta um plano de carreira e quais as condições para alcançar níveis mais altos, ou seja, o que a empresa espera do profissional para determinado cargo.

Depois dessas dicas de como melhorar a gestão de pessoas no agronegócio, veja como melhorar e ser um bom gestor.

Como fazer uma boa gestão de pessoas no agronegócio?

Muitas pessoas que estão à frente de um negócio não se posicionam como líder, mas sim como apenas um chefe que demanda os trabalhos. Mas, lembre sempre que um gestor deve ser um bom líder.

diferença entre líder e chefe
gestão de pessoas no agronegócio

(Fonte: aec)

Além da liderança, a comunicação é essencial para um gestor, escutando os colaboradores para entender o que esperam do local de trabalho e como podem melhorar as atividades na fazenda. 

O gestor também tem como responsabilidade definir o que cada profissional realizará de acordo com o seu cargo, quais suas funções e atividades dentro da empresa rural.

E mais, deve proporcionar trabalho em equipe e motivar seus colaboradores. Então pense e reflita: Qual a motivação dos colaboradores da sua empresa rural?

Portanto, o gestor deve estar presente, sempre que possível, nas atividades e observando como essas tarefas diárias são executadas, o que pode ser melhorado, como os profissionais estão atuando nos locais de trabalho, entre outras funções que considere importante.

Divulgação do kit de 5 planilhas para controle da gestão da fazenda

Conclusão

Vimos neste texto o que é e qual a importância da gestão de pessoas na empresa rural e, ainda, algumas dicas para profissionalizar essa gestão.

Também discutimos alguns desafios que podem acontecer na gestão de pessoas no agronegócio e como ser um bom gestor.

Agora que você sabe mais sobre gestão de pessoas, realize um bom gerenciamento dos seus colaboradores e, com isso, obtenha sucesso e melhores resultados na sua empresa rural.

Você realiza gestão de pessoas na sua empresa rural? Quais os desafios que você enfrenta com essa atividade? Adoraria ver seu comentário abaixo!

O que são mapas NDVI e como utilizá-los na fazenda

NDVI: entenda esse e outros índices de vegetação, saiba como utilizá-los na fazenda e veja opções de ferramentas.

Compreender o estado de saúde das nossas culturas é a melhor coisa a fazer no planejamento de safra.  Você pode apenas observar, fazer algumas análises de solo por amostras e outras técnicas de medição direta. 

E se houvesse uma maneira fácil, rápida e eficiente de ver a saúde da sua lavoura? E ainda conferir o seu desenvolvimento ao longo do tempo?  É exatamente o que fazem os índices de vegetação, como o NDVI.  Isso faz a diferença na gestão da fazenda.

Neste artigo, veja como conseguir esses mapas e como eles te ajudam a garantir mais produtividade e saúde da lavoura. Boa leitura!

O que são mapas NDVI ?

O NDVI é a sigla em inglês para Normalized Difference Vegetation Index. Ou seja, é o índice de vegetação por diferença normalizada. O NDVI é uma medida da saúde das plantas com base em como uma planta reflete a luz (geralmente a luz solar) em frequências específicas. 

Quando a luz solar atinge uma planta, certos comprimentos de onda são absorvidos enquanto outros são refletidos.  Em uma planta saudável, a clorofila absorve fortemente a luz visível, enquanto a estrutura celular das folhas reflete fortemente a luz do infravermelho próximo (NIR)

Quando uma planta se torna desidratada, doente, afetada por pragas agrícolas, etc., a planta absorve mais dessa luz infravermelha.  Portanto, observar como o NIR varia em comparação com a luz vermelha fornece uma relação com a saúde das plantas.

Para ser mais específico, o NDVI é uma medida da refletividade das plantas. É uma tecnologia na agricultura que veio nos auxiliar no manejo da lavoura.

Essa refletividade é expressa pela equação que considera a refletividade do infravermelho próximo (NIR) menos a refletividade vermelha (VIS), dividido pelo NIR mais o VIS: 

Fórmula NDVI

ndvi

(Fonte: Sentera)

A partir dessa equação temos valores de NDVI que variam entre 0 e 1, os quais significam:

  • -1 – 0: Planta morta ou objetivo inanimado
  • 0 – 0,33: Planta não saudável
  • 0.33 – 0.66: Planta moderadamente saudável 
  • 0.66 – 1: Planta muito saudável 

Lembrando que esses números são apenas noções gerais e variam de acordo com o tipo de planta e outras condições.  A partir dos valores de fitossanidade do NDVI entre -1,0 e +1,0 é possível obter os mapas NDVI.

Dessa forma, para cada faixa de valores é atribuída uma cor.  Por exemplo na figura abaixo, as áreas com NDVI de -1 a 0 são exibidos em vermelho, de 0,0 a 0,33 são laranjas a amarelos, 0,33 a 0,66 alguma variação de verde e acima de 0,66 são verdes.

exemplo de mapa ndvi

(Fonte: Sentera)

Como o NDVI funciona? 

O NDVI funciona medindo a diferença entre a reflexão da luz em dois comprimentos de onda: luz vermelha (visível) e infravermelho próximo (NIR), ajudando a avaliar a saúde e o vigor da vegetação.

  • Plantas saudáveis: Absorvem muita luz vermelha (usada na fotossíntese) e refletem bastante luz no infravermelho próximo.
  • Plantas estressadas ou áreas sem vegetação: Refletem menos infravermelho próximo e mais luz vermelha.

Para entender como as imagens e índices podem ajudar, é importante que alguns conceitos sejam comentados.

O sol é a principal fonte de energia do planeta. Parte dessa energia é absorvida pela terra e utilizada pelas plantas na fotossíntese, enquanto outra parte é refletida de volta ao espaço.

A energia refletida varia conforme a composição dos objetos. Nas plantas, ela interage com os pigmentos fotossintéticos (como clorofilas e carotenos) e a estrutura celular.

Quando a energia atinge um objeto, pode ser absorvida, refletida, transmitida ou espalhada. Entenda melhor abaixo:

1. Absorção da planta 

A absorção da energia eletromagnética depende do estado nutricional da planta e do estádio vegetativo. Ocorre quando o pulso de radiação eletromagnética é completamente absorvido pelo alvo, convertendo-se em calor.

Em plantas saudáveis, pode-se observar que na região visível ocorre maior absorção da energia eletromagnética. Consequentemente, menor quantidade de  energia é refletida.

Além disso, também é possível observar os picos de absorção, que ocorrem nos comprimentos de onda do visível na região do azul e do vermelho.  

A menor absorção na região do verde está relacionada ao fato de uma folha verde conter pigmentos que absorvem o azul e o vermelho. Elas refletem a luz verde, sendo possível visualizar as culturas nessa coloração.

2. Transmissão

Ocorre quando o material é relativamente transparente para esta radiação, de forma que a radiação eletromagnética atravessará de uma extremidade à outra. 

Este fato explica a transparência da água pura e de um vidro, por exemplo. Nas plantas, a transmissão é responsável pela incidência da energia eletromagnética para as demais camadas do dossel vegetativo.

3. Reflexão

É responsável pela visualização dos objetos. Dependendo da composição química, parte da energia eletromagnética será absorvida e parte será refletida. 

No caso dos tecidos vegetais, uma folha verde e sadia reflete grandes quantidades de energia eletromagnética na faixa do infravermelho. 

Isso acontece devido às suas estruturas vegetais, especialmente a configuração e proporção de água contida nas folhas.

Por isso, folhas secas, com restrição hídrica ou atacadas por pragas e doenças, tem menor reflectância na região do infravermelho próximo. 

Além disso, a rugosidade ou relevo dos objetos também terá influência na energia refletida.

4. NDVI e a energia eletromagnética

Quando a luz ou radiação eletromagnética incide nos objetos, ela pode ser absorvida, refletida, transmitida ou espalhada em diferentes regiões do espectro eletromagnético. 

Posteriormente, você pode realizar cálculos como o NDVI para ter informações sobre o seu estado.

Os cálculos dos índices de vegetação, devem ser cruzados com informações reais da lavoura, considerando eventos climáticos e manejos adotados, para melhorar os resultados econômicos.

Esse esforço serve como indicativo de problemas localizados e podem ser usados na estimativa da biomassa e produção das culturas, sendo importante para que não podem ser detectadas a olho nu em fotografias. 

Como os mapas NDVI ajudam na lavoura?

Os mapas NDVI oferecem informações detalhadas sobre a saúde e o vigor das plantas, permitindo decisões mais assertivas no manejo das lavouras.

Por conta disso, ajudam a otimizar recursos e aumentar a produtividade, oferecendo uma visão abrangente do desempenho da lavoura ao longo do ciclo produtivo. Confira como podem ainda mais contribuir:

1. Monitoramento da saúde das plantas

  • Identificação de áreas com estresse, como deficiência nutricional, pragas, doenças ou falta de água;
  • Diagnóstico precoce, permitindo intervenções rápidas e direcionadas, evitando perdas e reduzindo o uso de insumos;
  • Avaliação da eficiência de tratamentos, como aplicação de fertilizantes, irrigação e controle de pragas.

2. Otimização do uso de insumos

  • Aplicação variável de fertilizantes em taxas variáveis, de acordo com a necessidade de cada zona;
  • Irrigação precisa de áreas com diferentes necessidades de água, otimizando o uso da irrigação e evitando o desperdício.

3. Estimativa de produtividade

  • Previsão de safras, ajudando os agricultores a planejar a colheita e a comercialização.
  • Identificação de áreas com potencial produtivo, auxiliando na tomada de decisões sobre o manejo da lavoura.

4. Planejamento e gestão da lavoura

  • Zoneamento da lavoura com características semelhantes, permitindo a aplicação de práticas de manejo específicas para cada zona;
  • Melhoria da tomada de decisão, otimizando o uso de recursos e aumentando a produtividade da lavoura.

Em resumo, os mapas NDVI são ferramentas que fazem parte da agricultura de precisão e ajudam no monitoramento preciso da saúde das plantas, uso inteligente de insumos, estimativa de produtividade e a gestão eficiente da lavoura.

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Por que usar NDVI no dia a dia? 

O uso do NDVI no dia a dia da gestão agrícola permite um monitoramento constante e em tempo real da saúde da lavoura, identificando problemas como estresse hídrico, deficiências nutricionais, pragas e doenças antes que causem prejuízos significativos.

Essa ferramenta facilita o planejamento e a execução de práticas agrícolas mais eficientes, como adubação localizada, irrigação direcionada e pulverização estratégica, otimizando o uso de recursos e reduzindo custos e desperdícios.

Além disso, o NDVI fornece dados confiáveis que ajudam na tomada de decisões mais assertivas, como o planejamento da colheita e a estimativa de produtividade, promovendo uma agricultura sustentável e ambientalmente responsável.

Integrado a tecnologias de agricultura de precisão, como drones e sistemas de gestão, ele potencializa a eficiência das operações agrícolas, garantindo maior produtividade e rentabilidade para o produtor.

Imagens de satélite integradas à gestão da fazenda

Para os usuários do aplicativo de gestão rural Aegro, que já estão acostumados a monitorar suas lavouras através de tecnologia, acrescentar análises NDVI à rotina da fazenda é muito simples.

Basta contratar a integração Aegro Imagens para ter acesso ao mapeamento por satélite da sua propriedade rural.

Com essa integração, você recebe imagens atualizadas do satélite Sentinel-2 em uma frequência de 3 a 5 dias. É possível visualizar os índices de vegetação de cada talhão, juntamente com as operações agrícolas que foram realizadas no local.

Afinal, o Aegro funciona como um caderno de campo onde você e sua equipe mantêm o registro detalhado das atividades de manejo. 

Princípios físicos e padrões de cores das imagens NDVI

A diferença entre os sensores utilizados na agricultura são as faixas do espectro eletromagnético que estes sensores imageadores são capazes de capturar. 

O NDVI utiliza em seu cálculo a refletividade da região do visível e do infravermelho próximo. Dessa forma, os sensores para utilização nesses cálculos precisam obrigatoriamente ser capazes de cobrir esta faixa espectral.

Sensores RGB (que capturam na região do visível), como os presentes em câmeras fotográficas comuns e aparelhos celulares, não podem ser empregados para este fim.

Além disso, a qualidade das informações obtidas por estes sensores está relacionada ainda a diferentes resoluções, como a resolução espacial, espectral, radiométrica e temporal.

1. Resolução espacial

Auxilia na identificação das formas, tamanhos e texturas. Quanto maior a resolução espacial, menor o tamanho dos pixels (área imageada).

Uma imagem é formada por um conjunto de pixels (por exemplo, de 50 por 50 metros, variável de acordo com o sensor e resolução).

2. Resolução espectral

Corresponde às bandas ou faixas do espectro eletromagnético em que o sensor é capaz de adquirir uma imagem. Por exemplo, um sensor é capaz de realizar o imageamento de uma área com resolução de 11 faixas do espectro. 

Na região do visível, os valores oscilam de 400 a 732 nm. Logo, nesta faixa, para cada intervalo existem inúmeras bandas espectrais (intervalo de valores).

Quanto maior o número de bandas, maior é a resolução espectral. É relacionado à capacidade de distinção da composição química dos tecidos.

3. Resolução radiométrica

Capacidade do sensor em registrar níveis de cinza. Esta quantidade é normalmente medida em número de bits (2n. N corresponde ao número de bits da imagem).

Quando (n) assume o valor de 6, por exemplo, teremos 64 bits ou níveis de cinza, onde o branco corresponde ao valor máximo e 0 à coloração preta.

Quanto maiores os níveis de cinza ou intervalos de bits, maior o detalhamento das imagens.

4. Resolução temporal

Diz respeito ao número de imagens que podem ser adquiridas ao longo do tempo. Quando falamos de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) ou aeronaves, e até mesmo sensores portáteis, essa resolução pode ser no momento em que o técnico considerar necessário, se as condições ambientais forem favoráveis. 

Já os sensores orbitais possuem resolução temporal fixa. Ou seja, o tempo de nova passagem e imageamento de uma área é fixo, podendo sofrer interferências de condições ambientais, como grande presença de nuvens.

5. Padrões de cores do NDVI

O NDVI não possui uma paleta de cores fixa, embora a maioria dos programas assuma coloração vermelha para áreas com pouca vegetação ou de solo exposto, e coloração verde para áreas de intensa vegetação.

Cores verdes intensas representam maior NDVI, ou seja, plantas mais vigorosas, porém podem diminuir, e adquir coloração verde-claro, amarelo, bege, laranja e por fim vermelho, indicando falta de vegetação ou solo exposto.

Como interpretar imagens NDVI?

Para interpretar imagens NDVI é preciso entender a escala de cores e os valores que representam, além de usar uma ferramenta que apresente esses elementos claramente. Confira abaixo: 

Escala de Cores

  • Verde Escuro: Áreas com alta densidade de vegetação saudável e vigorosa. Geralmente, indica locais com maior biomassa vegetal; 
  • Verde Claro: Indica áreas com vegetação moderada ou em estágios iniciais de crescimento;
  • Amarelo/Laranja: Sugere áreas com pouca vegetação, solo exposto ou vegetação sob estresse;
  • Vermelho: Representa áreas sem vegetação, como solo nu, água ou áreas urbanas.

Valores NDVI

  • Valores Negativos (-1 a 0): Indicam água, neve, nuvens ou áreas com pouca ou nenhuma vegetação;
  • Valores Próximos a Zero (0 a 0,2): Áreas com solo exposto, rochas ou vegetação muito esparsa;
  • Valores Positivos (0,2 a 1): Presença de vegetação. Quanto maior o valor, maior a densidade e o vigor da vegetação.

Dicas para Interpretação

  • Contexto: Considere o tipo de vegetação, época do ano e condições climáticas ao analisar as imagens;
  • Comparação: Compare imagens NDVI ao longo do tempo para monitorar mudanças na vegetação, como crescimento, estresse hídrico ou desmatamento;
  • Combinação com outras informações: Utilize as imagens NDVI em conjunto com outros dados, como mapas de solo, dados meteorológicos e imagens de satélite de alta resolução, para obter uma análise mais completa.

A interpretação de imagens NDVI requer prática e conhecimento. Comece com o básico e explore as diferentes ferramentas e recursos disponíveis para aprimorar suas habilidades.

Comportamento do NDVI durante o ciclo de cultivo da soja

O NDVI apresenta valores próximos 0,4 no início de novembro, coincidindo com o período em que são realizados manejos de preparo de solo e pré-plantio, com dessecação das áreas.

Posteriormente, há um aumento no período que compreende o final do mês de novembro (0,4) até o final do mês de fevereiro (0,8), período em que a cultura está em desenvolvimento vegetativo. 

Os valores máximos de NDVI são encontrados geralmente na fase de floração (0,823), que se inicia entre final de janeiro e final de fevereiro, período de  máxima biomassa vegetal da cultura. Nessa fase ocorre saturação do NDVI.

Após a floração, começa o decréscimo acentuado do NDVI, relacionado ao enchimento de grãos. 

O estádio de maturidade fisiológica da cultura ocorre após o final do enchimento de grãos (final de março e início de abril), com leve decréscimo do NDVI após a maturação, pela perda das folhas e senescência total das plantas. 

Após a maturação, começa novamente o aumento do NDVI pelo crescimento vegetativo de outras plantas e até mesmo de plantas de soja, oriundas dos grãos perdidos durante a colheita.

Quais problemas na lavoura as imagens NDVI conseguem identificar?

Diversos estudos já identificaram as alterações das respostas dos índices de vegetação ao longo do ciclo de diferentes culturas, incluindo soja e milho.

Essas ferramentas podem dar informações acerca das condições fenológicas da cultura. Desta forma, você pode planejar tratos culturais mais assertivos, como aplicação de fertilizantes, irrigação e tratos fitossanitários.

Os índices, especialmente imagens NDVI, podem fornecer informações sobre o ciclo total das culturas, além de poder estimar a produção e rendimento delas.

Além disso,  são eficazes na identificação precoce de problemas relacionados a nutrição, pragas e erosão do solo. 

Essas informações permitem que você estabeleça estratégias de comercialização e regulação de suprimentos. 

Ter uma ferramenta de gestão de fazendas que integre imagens NDVI faz toda a diferença para elevar a eficiência e a sustentabilidade das operações agrícolas. 

Essa combinação permite que você tome decisões cada vez mais assertivas em todas as etapas do cultivo. 

Benefícios do trigo mourisco para o solo da lavoura

Trigo mourisco: veja quais características tornam esta cultura uma excelente opção para inserir no seu sistema de rotação de culturas. 

A maior parte dos produtores brasileiros concordam que realizar uma boa rotação de culturas e construir um bom perfil de solo pode solucionar muitos problemas da agricultura atual.

Porém, muitos agricultores relatam que ainda existem barreiras regionais ou operacionais que os impedem de implementar um sistema de rotação em sua propriedade. 

Entretanto, algumas culturas têm se mostrado promissoras para rotação em diferentes contextos, como o trigo mourisco. 

Esta planta possibilita realizar três safras em uma mesma área, em que sua produção pode ser utilizada na alimentação humana e animal. 

Também pode ser utilizada como cobertura verde solteira ou consorciada com outras coberturas ou milho. 

Ficou interessado em saber mais sobre as características e benefícios do trigo mourisco? Confira!

Histórico do trigo mourisco

O trigo mourisco, tartara ou trigo sarraceno é uma cultura da família das Poligonáceas com nome científico de Fagopyrum esculentum Moench.

Apesar do nome comum, não tem nenhuma semelhança botânica com o trigo convencional e recebe este nome devido ao uso para produção de farinha. 

Proveniente das regiões centrais da Ásia, o trigo mourisco é uma planta muito cultivada na Polônia e Ucrânia compondo vários pratos da culinária típica desses países.  

Sendo introduzida no Brasil no século 20, por imigrantes na região sul. 

Desta forma, inicialmente o trigo mourisco foi produzido por estes imigrantes para consumo próprio por ser uma opção mais barata de alimento em relação a outros cultivos, como arroz e trigo que demandam mais insumos.

Atualmente, o maior produtor nacional desta cultura é o estado do Paraná com cerca de 2.640 ton ao ano de trigo mourisco.

Sendo a maioria desta produção de grãos destinada ao mercado internacional (Japão e França) e o restante ao mercado nacional de produtos saudáveis, como a fabricação de soba (macarrão japonês).

trigo mourisco

Sementes de trigo mourisco
(Fonte: Beleza da terra)

Por que usar trigo mourisco na rotação de culturas?

Um dos diferenciais do trigo mourisco é o bom desenvolvimento em solos pobres com presença de metais pesados, sem necessidade de adubação e com rusticidade a pragas e doenças. 

Além disso, possui um bom fechamento de rua, o que contribui com o manejo de plantas daninhas e suprime nematoides

Esta cultura é de uma família diferente da maioria das culturas utilizadas no Brasil, possuindo características com efeitos benéficos que se encaixam em vários contextos produtivos do país, como veremos a seguir.  

Lavoura de Trigo Mourisco

Lavoura de trigo mourisco
(Fonte: Sementes com vigor)

Ciclo curto do trigo mourisco

O trigo mourisco é uma cultura de ciclo curto, de aproximadamente 75 dias, o que possibilita a realização de três safras na mesma área, implantação como cultura de cobertura ou consórcio com outras culturas. 

Além disso, pode ser utilizado na alimentação animal, seja pelo fornecimento dos grãos ou como feno ou silagem. 

Porém existem restrições quanto ao fornecimento diário (dependendo do animal), que se não forem levadas em consideração podem ocasionar algumas doenças. 

Com isso, em regiões mais frias o produtor deve realizar o planejamento de seu ciclo para não cair em épocas de geadas – em que esta cultura é muito suscetível.

Bom aproveitamento da fertilidade natural do solo

Este cultivo tem ótimo desenvolvimento em solos pobres, pois seu sistema radicular tem maior facilidade de absorver fósforo e potássio de maiores profundidades, o que é muito benéfico para ciclagem de nutrientes no solo.  

Mas quando utilizada como cultura, o uso de formulados (NPK) pode melhorar muito sua performance.  

Além disso, esta cultura tem alta tolerância a metais pesados, podendo ser cultivada, por exemplo, em áreas com alto teor de alumínio ou cobre. 

Na região Sul vem sendo muito estudada como opção para ser cultivada na entrelinha da cultura da uva, devido ao alto teor de cobre presente nestas áreas.

Facilidade no manejo de plantas daninhas

Esta cultura possui um bom fechamento de linha que inibe a germinação de plantas que dependem de luz para germinar (por exemplo buva), além delas terem alta competitividade por seu bom aproveitamento de nutrientes. 

Como essas são plantas daninhas de folha larga, permite o uso de graminicidas para controle de gramíneas em pós-emergência.

Portanto, essa pode ser uma ótima estratégia para áreas com alta infestação de capim-amargoso, alternativamente ao uso de aveia ou brachiaria que também são gramíneas.

Rusticidade a pragas e doenças

Como o trigo mourisco é de uma família diferente da maioria das culturas do país, pode ser utilizado para interromper o ciclo das principais pragas e doenças que atacam as culturas brasileiras. 

Estudos também comprovam que o trigo mourisco pode ser uma excelente ferramenta no combate aos nematoides, inibindo a reprodução de Pratylenchus e suprimindo o desenvolvimento em 90% de formas juvenis de Meloidogyne e Incógnita. 

Além disso, a cultura atrai abelhas que são muito importantes para a polinização de várias culturas.

Principais desafios do trigo mourisco no Brasil

Atualmente esta cultura não tem produção de sementes em todo o Brasil, tendo maiores iniciativas na região Sul, principalmente com parcerias entre instituições de pesquisa e extensão (IAPAR, EPAGRI e EMATER) e produtores. 

Outra característica é que quando este trigo é destinado para a produção de farinha, deve ter uma estrutura própria de beneficiamento (moinho) para não ser contaminado com glúten, sendo um dos seus maiores diferenciais de mercado. 

Seus subprodutos também podem ser utilizados para confecção de travesseiros e tatames. 

Farinha de Trigo Mourisco

Farinha de Trigo Mourisco
(Fonte: Sabor em grãos)

Divulgação do kit de 5 planilhas para controle da gestão da fazenda

Conclusão

Vimos neste artigo a importância da rotação de culturas e as principais barreiras que dificultam sua implantação em algumas propriedades. 

Falamos sobre o potencial de utilização do trigo mourisco na rotação de culturas, adubação verde e consórcio com outras culturas. 

Além disso, citamos algumas características como bom aproveitamento da fertilidade do solo, bom desenvolvimento em áreas com metais pesados, rusticidade a pragas e doenças e bom fechamento de entrelinha. 

Você conhecia esta cultura? Já cultivou trigo mourisco? Ficou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo! 

Conheça as melhores práticas de adubo para feijão

Adubo para Feijão: veja que adubar de forma correta, com estratégias certeiras, pode permitir as produções esperadas.

Todo sucesso na produção está vinculado ao estado nutricional da planta e no feijão isso não é diferente! 

O feijão é uma cultura de ciclo rápido, por isso fazer uma adubação assertiva é o caminho para boas produtividades. 

Assim, aqui vamos relatar a importância do adubo para feijão e como o cultivo pode se tornar mais produtivo quando essa adubação é fornecida no momento certo e de forma exata.

O que devo fazer antes de adubar?

Sabemos que não adianta adubar sem que haja condições ideais, desta forma, a seguir demonstro os passos que devem ser feito antes da adubação.

1- Amostragem do solo

Conhecer a real situação do solo é um fator importante para quem busca respostas produtivas. 

Mas como se consegue averiguar isso? Por meio de amostras de solo que serão submetidas à análise. 

Assim, a amostra enviada ao laboratório (amostra composta) pesando 500 gramas deve ser provinda da mistura de 15 sub-amostras.

Recomenda-se também que sejam coletadas de áreas consideradas homogêneas quanto ao tipo de solo, vegetação, topografia e histórico da área e que não ultrapasse de 10 a 20 hectares

Além disso, aconselha-se realizar a amostragem com dois meses de antecedência à adubação, com a possibilidade de fazer possíveis correções necessárias.

2- Calagem 

Se com o resultado da análise de solo em mãos, você notar que apresenta elevada acidez, altos teores de alumínio trocável e deficiência de cálcio, magnésio e fósforo, será necessário calagem

Entre os benefícios da calagem estão: 

  • Aumento da eficiência dos fertilizantes;
  • Aumento da atividade microbiana (liberação de nutrientes);
  • Melhora das propriedades físicas do solo; 
  • Aumento da produtividade;
  • Elevação do pH; 
  • Fornecimento de Ca e Mg como nutrientes; 
  • Diminuição ou eliminação dos efeitos tóxicos do Al, Mn e Fe; 
  • Diminuição da “fixação” de P;
  • Aumento da disponibilidade do N, P, K, Ca, Mg, S e Mo do solo.

Quando aplicar? Em qualquer época do ano, com 3 meses de antecedência à semeadura.

Quando esse tempo é inferior, recomenda-se a utilização de calcário com maior PRNT para que reaja mais rápido. 

E sua distribuição? Deve ser a mais uniforme possível e incorporada a maior profundidade que conseguir. 

Em sistemas de plantio direto já estabelecido, o calcário é distribuído na superfície do solo sem que haja incorporação, acarretando em efeito mais lento.  

Como determinar a necessidade de calcário (NC)? A NC pode ser calculada por dois métodos: da neutralização da acidez trocável e elevação dos teores de cálcio e magnésio trocáveis e, pelo método da saturação por bases. 

Confira a equação do método da neutralização da acidez trocável e elevação de Ca e Mg:

NC=Y[Al3+– (mt . t/100)] + [X – (Ca2++Mg2+)]

E a equação do método da soma de bases: 

NC= T(Ve – Va)/100

Então, qual quantidade aplicar de calcário (QC)? Calculando a NC, não levamos em consideração a porcentagem da superfície do terreno a ser coberta (SC), qual a profundidade de incorporação (PF) e o poder relativo de neutralização total do calcário (PRNT). Dessa forma, a quantidade de aplicação será feita pela seguinte fórmula:

QC= NC x (SC/100) x (PF/100) x (100/PRNT)

3- Gessagem 

O gesso é um sulfato de cálcio di-hidratado responsável por condicionar a subsuperfície do solo. 

As vantagens em sua utilização são: 

  • Diminuição do alumínio trocável nas camadas mais profundas, aumentando assim o cálcio;
  • Fornecimento de enxofre a baixo custo;
  • Propicia condições para o crescimento radicular em subsuperfície, permitindo que a planta explore maior volume de solo, acessando mais água e nutrientes. 

Quando aplicar? No momento em que o solo apresentar em análise de 20 a 40 cm, valores de cálcio menor que 4,0 mmol/dm-3  e/ou saturação por alumínio (m%) maior que 30%. 

E quanto aplicar? A quantidade a aplicar pode ser feita com base na textura do solo, no teor de fósforo remanescente e no NC calculado pelo método de neutralização da acidez (equações contidas na 5ª aproximação – recomendações para uso de corretivos fertilizantes em MG).

Qual o melhor adubo para feijão?

É fundamental que os adubos sejam colocados à disposição para as plantas em local e tempo certo. 

No feijão isso é bem pontual devido ao seu ciclo curto e por seu sistema radicular ser pouco profundo. 

Relata-se que a cada 1000 kg de grãos de feijão são exportados:

  • 35,5 kg de N
  • 4,0 kg de P
  • 15,3 kg de K
  • 3,1 kg de Ca
  • 2,6 kg de Mg 
  • 5,4 kg de S
adubo para feijão

Marcha de absorção do feijoeiro 
(Fonte: Haag et al. (1967))

Nitrogênio 

O nitrogênio é absorvido durante todo o ciclo do feijoeiro, mas em maior quantidade entre o 35º e 50º dia após emergência (DAE). 

Diferente da soja, no feijão somente a fixação biológica de nitrogênio não é suficiente – demandando assim adubação. 

Desta forma, normalmente a adubação é feita com ⅓ na semeadura e ⅔ na cobertura de 25 a 30 DAE

As doses de N variam de 40 a 120 kg/ha, dependendo do nível de tecnologia e produtividade esperada.

Fósforo

A época de maior velocidade de absorção de fósforo vai desde aproximadamente 30 dias até os 55 dias da emergência, acentuando-se no final do florescimento e no início de formação das vagens. 

Por isso, recomenda-se que sua aplicação seja toda na semeadura, ao lado e abaixo das sementes. 

Suas dosagens variam de 30 a 110 kg/ha a depender da produtividade esperada, do nível de tecnologia empregado e dos teores desse nutriente no solo.

Potássio 

O potássio tem comportamento de absorção diferente dos nutrientes anteriores. 

Desta maneira, existem dois picos de absorção: um marcado pela diferenciação dos botões florais (25 a 35 DAE) e outro no florescimento e formação das vagens (45 a 55 DAE).

A recomendação desse nutriente varia de 20 a 50 kg/ha, de acordo com a produtividade, tecnologia e teor presente no solo. 

Em solos arenosos, por exemplo, existem recomendações de parcelamento, sendo feito metade da dose na semeadura e a outra metade na cobertura de 25 a 30 DAE. 

Para outros solos, a dosagem pode ser fornecida toda no plantio

Cálcio e Magnésio 

Ambos são fornecidos pela aplicação de calcário, que além de corrigir o pH disponibiliza esses dois nutrientes.

Enxofre 

O feijoeiro responde bem a adubações de enxofre quando o solo apresenta baixos teores, por isso, recomenda-se aplicar 20 kg/ha desse nutriente, podendo ser fornecido por adubos nitrogenados ou fosfatados que o contém. 

Esse elemento também é disponibilizado pelo gesso, enfatizando mais uma vez a importância de fazer a gessagem.

Zinco e Boro 

Constatando baixo teores de boro no solo, deve-se realizar a aplicação de 1 kg/ha

E, se notar a de zinco, também deve-se aplicar de 2 a 4 kg/ha, preferencialmente junto com a adubação de plantio.

Condições do solo e Fórmula de adubo para feijão

Quando o solo apresenta condições nutricionais adequadas, outra estratégia é a adubação trabalhada em valores de extração e exportação, como mostra a tabela a seguir. 

nutrientes feijão

Extrações e exportações de nutrientes segundo diferentes autores
(Fonte: Brasil IPNI)

No mercado é possível encontrar inúmeras formulações de adubo e diferentes fontes de adubos. 

A escolha deve ser baseada no nível de tecnificação adotada, na produção esperada, nos teores de nutrientes no solo e, além disso, no valor que o produtor pretende investir. 

A seguir elenco algumas formulações de NPK utilizadas no feijoeiro: 

08-24-12
06-26-12
08-20-15

Adubação orgânica para feijão

A cultura do feijão responde bem à adubação orgânica.

Com adubações de 15 a 20 t/ha de esterco de curral e até 4 a 8 t de esterco de galinha ou cama de frango de corte, percebe-se o efeito residual dessa adubação em até o 3º ano. 

Adubos orgânicos devem ser aplicados a lanço e, em seguida, serem incorporados com o auxílio da grade.

Adubo foliar para feijão

A adubação foliar é importante no diagnóstico de qualquer deficiência, principalmente de micronutrientes.

Porém, não pode ser tratada como substituta da adubação via solo e nem é muito recomendada para culturas anuais, como é o caso do feijão.

Mas em casos pontuais e para respostas rápidas, essa pode ser uma estratégia que não provoca efeito algum sobre a cultura subsequente. 

Atente-se à dosagem dessas aplicações, pois podem provocar fitotoxicidade severas quando muito altas. 

Na cultura do feijão, pode ser efetuada aplicação via foliar de 60 g/ha de molibdênio (154 g/ha de molibdato de sódio ou 111 g/ha de molibdato de amônio) entre 15 e 25 DAE.

Conclusão

Vimos que antes de adubar deve ter atenção a várias práticas, tudo para aumentar a eficiência dos fertilizantes. 

Além disso, destacamos a importância das dosagens e aplicações dos nutrientes no feijoeiro e informamos algumas formulações utilizadas. 

Citamos também a importância da adubação orgânica e da adubação via foliar para o sucesso produtivo do feijoeiro. 

>> Leia Mais:

Veja como identificar as principais pragas do feijão

Inoculante para feijão caupi: Por que e como utilizar

Plantas daninhas em feijão: principais espécies, manejo e combate

E você, como realiza a adubação do seu feijoeiro? Tem alguma dica? Deixe nos comentários abaixo. 

Impactos e perspectivas do novo coronavírus no agronegócio

Coronavírus no agronegócio: confira as principais notícias do setor, as perspectivas do mercado e uma solução para sua gestão. 

O agro não vai parar! Isso é fato, até porque os negócios rurais alimentam o mundo e fornecem matéria-prima para diversos produtos que fazem a economia girar. 

Mas entre tantas incertezas após a chegada do Covid-19, todos ficam apreensivos sobre os próximos acontecimentos e como isso será refletido no mercado. 

Para auxiliar produtores e profissionais rurais, selecionamos as principais informações sobre os impactos e perspectivas durante e após o coronavírus no agronegócio. Confira a seguir!

Logísticas e exportações 

Mesmo com incertezas futuras, os mercados internos e externos de soja, por exemplo, continuam trabalhando com otimismo. 

Isso porque o dólar se valorizou diante das mudanças no cenário econômico mundial e, como resultado, os preços da oleaginosa subiram. 

A demanda chinesa permanece nos portos brasileiros e pretende superar as expectativas de exportações em abril e, ainda, de acordo com o Canal Rural, deve ser assim durante todo o primeiro semestre do ano. 

Essa valorização também se mantém para outras commodities agrícolas como o milho e o café.  

Esse cenário tende a mudar naturalmente no segundo semestre de 2020, por conta de acordos comerciais norte-americanos. 

coronavírus no agronegócio

(Fonte: Canal Rural)

Os produtores podem continuar otimistas? 

Recentemente conversamos sobre este momento com o Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures (referência na condução de investimentos em Venture Capital no Brasil e focada em promover o crescimento de negócios inovadores no agronegócio). 

No bate-papo abordamos os cenários dos mercados financeiros e da economia mundial para os produtores e que o otimismo depende da situação de cada negócio rural. 

“Para quem já vendeu e garantiu margem, esse não será um grande desafio, mas a preocupação é o planejamento para a próxima safra. Num cenário de crise, a regra do jogo é liquidez”, relata o especialista. 

Outro assunto comentado durante a conversa é que um dos setores mais atingidos e preocupantes é o da cana – mercado de açúcar e álcool – por conta da queda do preço do petróleo.  

Outro setor de atenção é o de algodão – mercado de fibra, o de flores e plantas ornamentais e também o de hortaliças e frutas por conta da mudança de alimentação.

Entretanto, os cereais estão sendo vistos com bons olhos como já citado acima.

Obrigatoriedades: IR, LCDPR e Crédito Rural

Uma das medidas adotadas pela Receita Federal e seguindo a recomendação de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi a prorrogação das obrigatoriedades que aconteceriam em abril. 

A entrega final da declaração do Imposto de Renda de pessoa física, assim como do Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR) serão até o dia 30 de junho de 2020.

É um fôlego a mais para produtores e empresários rurais buscarem os documentos necessários, mas atenção: não deixe para o último momento! 

Sobre o Crédito Rural, no último dia 07 de abril foi sancionado a chamada MP do Agro (Lei 13.986/2020) que amplia o acesso ao financiamento agrícola, expandindo recursos e reduzindo taxas de juros. 

A medida provisória prevê: 

  • Fundo Garantidor Solidário (FGS) – troca de aval entre produtores para dar garantia às empresas, bancos e tradings. 
  • Patrimônio Rural em Afetação – permite ao proprietário rural oferecer parte de seu imóvel como garantia nos empréstimos rurais.
  • Além de equalização de taxas de juros para instituições financeiras privadas, entre outras operações. 

Segundo o especialista, Francisco Jardim, o ideal agora é analisar como está a saúde financeira da fazenda e a gestão para se devolver e evoluir.

Mudança de hábito dos consumidores 

O isolamento social na maioria das cidades brasileiras levou a uma mudança no dia a dia e, sobretudo, na alimentação das famílias. 

E assim também aconteceu com o consumo de carnes, por exemplo. Nos últimos dias, o preço do boi gordo caiu por conta da pressão dos frigoríficos sobre os pecuaristas e como divulgado pelo Canal Rural, apesar dessas projeções o cenário ainda se mantém incerto. 

Por isso, o momento também é de adaptação dentro e fora da porteira para garantir liquidez e trabalhar com produtos que podem ser menos afetados durante a crise.

“Essa crise tem um impacto devastador na demanda e no consumo de formas diferentes, causando uma ruptura na cadeia de suprimentos”, destaca Fernando Jardim.

Como se proteger e cuidar da gestão rural?

“Quem tiver o controle da gestão e uma boa saúde financeira de seu negócio, provavelmente sairá melhor desta crise” ressaltou Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures. 

Cuidar do fluxo de caixa, mapear 100% despesas, entender o que pode ser cortado e saber exatamente como está a saúde financeira da fazenda é essencial. Assim, as plataformas que ajudam na gestão do campo ganham ainda mais importância nesse período.

“A melhor forma de disseminar a gestão é via ferramentas tecnológicas, este é o diferencial. Em um cenário de crise, o produtor deve olhar suas operações e saber onde está ganhando, onde está perdendo, se é o momento de investir em agricultura de precisão e como estão seus investimentos, a compra de insumos, etc.”

Isso é possível com um software de gestão, que torna todo o processo e análise mais fácil!

Procurando um aplicativo de gestão? Conheça o Aegro!

O Aegro já ajudou mais de mil produtores rurais a melhorarem a gestão da sua fazenda e tem mais 1,5 milhão de hectares cadastrados.

O aplicativo une as áreas operacional e financeira da fazenda para dar ao produtor uma gestão eficiente da propriedade rural. 

Desenvolvido com ajuda de produtores e agrônomos para se adaptar à rotina no campo, o Aegro é fácil de usar e pode ser utilizado pelo computador ou celular, com cadastro de atividades e consulta de estoque pelo aplicativo mobile, mesmo sem internet.

No final do ciclo produtivo, o Aegro oferece uma análise detalhada sobre os custos de produção e a rentabilidade de cada talhão.

Desta maneira, o produtor pode entender o que deu certo ou errado no plantio e otimizar os processos da sua lavoura.

Com ele sua equipe pode:

  • Planejar, controlar e registrar atividades diretamente do campo, mesmo sem internet;
  • Mapear e medir áreas dos talhões;
  • Registrar observações com geolocalização e fotos;
  • Controlar os abastecimentos e as manutenções de máquinas;
  • Registrar leitura de pluviômetros e acompanhar a quantidade acumulada de precipitação na safra;
  • Realizar o monitoramento de pragas e doenças (MIP);
  • Gerenciar o fluxo de caixa, visualizando contas a pagar e cadastrando novas despesas;
  • Consultar o estoque da fazenda;
  • Trabalhar de forma integrada, com acesso simultâneo ao aplicativo.
aegro

É possível testar o aplicativo de gestão agrícola Aegro de forma gratuita, por meio de:

Boas práticas de prevenção

Além de cuidar da saúde de seu negócio, os produtores devem estar atentos à prevenção do Covid-19 no campo. 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alerta para os cuidados necessários, reforçando medidas de higiene em todas as etapas da produção. 

São mais de 15 milhões de pessoas que trabalham nos estabelecimentos agropecuários do Brasil (segundo IBGE) e por ser considerado linha de frente e atividade essencial neste momento, os profissionais do agro não podem ficar em isolamento social assim como a grande parte da população. 

Mesmo que as regras higiênicas-sanitárias já são conhecidas pelo produtores, vale lembrá-las principalmente para a circulação de mercadorias, logística e entradas e saídas dos colaboradores da fazenda. 

Veja abaixo as recomendações gerais do Mapa:

  • Lavar, com frequência, as mãos, braços e rosto com água e sabão;
  • Aplicar, frequentemente, e sempre que necessário álcool gel nas mãos;
  • Aumentar a frequência de desinfecção das superfícies de contato de veículos, seja volante do trator e ou câmbio, painel e maçanetas de carros;
  • Manter a distância segura (cerca de 2 metros) entre pessoas nos locais de descanso e evitar aglomerações.

Conclusão 

Vimos que todos os setores do agro estão em oscilações por conta da pandemia do coronavírus que atinge o mundo todo. Alguns setores são mais preocupantes e outros ainda se mantêm em evolução, como os grãos e cereais. 

Portanto, quem saber cuidar de sua gestão, de forma digital e remotamente, com certeza se sairá melhor durante e após os impactos do Covid-19. Para isso, um bom aplicativo de gestão fará toda a diferença.  

Gostou deste texto sobre coronavírus no agronegócio. Assine nossa newsletter para receber nossos artigos direto em seu e-mail!

Como fazer a contabilidade de fazenda? Descubra!

Contabilidade de fazenda: planejamento tributário, gestão financeira e patrimonial, entre outros pontos importantes para organizar as finanças da sua propriedade rural.

Assim como a contabilidade da vida pessoal, a contabilidade da fazenda é algo vital para o sucesso no campo. Fazê-la permite conhecer a saúde financeira do negócio.

É por meio da contabilidade que se sabe o valor dos ativos, passivos, entradas e saídas da empresa rural.

Se você possui uma boa contabilidade agrícola, consegue visualizar a rentabilidade e lucratividade do negócio. Além disso, as tomadas de decisões se tornam mais assertivas.

Acompanhe neste artigo como fazer a contabilidade de fazenda de forma simples e produtiva.

Pontos de atenção na contabilidade de fazenda

Se o controle de estoque é uma coisa que te deixa nervoso, imagine desconhecer a contabilidade de toda a sua fazenda.

Muitos produtores limitam suas receitas por não terem uma contabilidade e gestão financeira apuradas na propriedade.

Uma vez que as atividades rurais estão sendo tratadas como verdadeiros negócios, a gestão financeira da fazenda deve ser realizada diariamente.

Desta forma, a contabilidade é uma boa forma de realizar o controle das contas da empresa rural.

Dentro do agronegócio existem dois fatores que podemos considerar essenciais para o sucesso e o crescimento das atividades de campo: 

  1. Tamanho das fazendas
  2. Capacidade de produzir

Muitos agricultores ainda não praticam a gestão e, principalmente, a contabilidade da fazenda. 

Isso acontece por falta de costume, de conhecimento técnico sobre o assunto ou até mesmo devido à desorganização presente “dentro da porteira”.

A contabilidade é necessária, uma vez que o sucesso no campo pode se dar por três motivos principais:

  1. Fluxo de caixa e capital para compra de novas áreas;
  2. Possibilidade de arrendar novas áreas;
  3. Aumento de produtividade nas áreas atuais.

Ganhos em produtividade vêm do investimento em manejo correto, tecnologia aplicada nas áreas, boas práticas agrícolas, etc.

Atualmente, é possível utilizar um aplicativo de gestão para fazer a contabilidade de fazenda, comentaremos sobre ele a seguir.

Três áreas da contabilidade de uma fazenda

A contabilidade da fazenda é fundamental para o bom funcionamento das propriedades rurais.

Sendo que a boa contabilidade permite que você conheça de maneira correta os custos da fazenda, além de auxiliar no cálculo correto de impostos e praticar corretamente a gestão das atividades.

Frente a isso, separamos três áreas para se atentar durante este processo: planejamento tributário, gestão financeira e gestão do patrimônio.

Planejamento tributário

Falando em impostos, a contabilidade é essencial para que sejam realizados estudos e projeções dentro da sua fazenda que possibilitem a escolha do regime tributário mais adequado a cada cenário.

Quais os impactos disso sobre seus custos?

Os estudos tributários são, normalmente, realizados com base nas receitas e despesas da fazenda que só são conhecidas uma vez que a contabilidade do agronegócio esteja em dia.

Dessa maneira, pode-se escolher a melhor forma, desde que dentro da legislação, de pagar menos impostos. 

O enquadramento correto da atividade evita possíveis problemas com o recolhimento de tributos.

>> Leia Mais: Planejamento tributário de fazenda em 5 passos

Gestão financeira

Na gestão financeira, podem-se citar as despesas, receitas, vendas e o fluxo de caixa, os quais  detalharemos a seguir.

O fluxo de caixa da fazenda deve conter todas as movimentações financeiras, demonstrando saldos iniciais, aplicações em curto e longo prazo, despesas e receitas de cada mês.

É por meio do fluxo de caixa que você sabe a saúde financeira do negócio agrícola. E, com estes números em mãos, é possível checar quanto você tem para investimentos em necessidades futuras. 

Assim, o fluxo de caixa proporciona uma organização financeira da propriedade, contabilizando gastos e entradas de capital de forma detalhada, sendo muito útil em análises mais abrangentes quando cruzadas com relatórios de custos, despesas e receitas de cada período. 

>> Leia Mais:6 passos para fazer o planejamento financeiro da sua fazenda

Gestão do patrimônio

A gestão do patrimônio engloba a realização do levantamento de seus ativos e passivos dentro da fazenda.

Com isso, dentro da gestão se deve considerar o capital financeiro na sua conta, máquinas e implementos da propriedade, galpões, contas a pagar, contas a receber, o valor da terra em questão, entre outros patrimônios que você possa ter.

Após o levantamento desses dados de patrimônio é importante saber separar despesas pessoais de despesas da empresa agrícola.

Grande parte do fracasso das atividades agrícolas é proveniente da não separação entre contas pessoais e contas profissionais.

Separando contas e bens, você terá maior controle tanto do seu negócio quanto da sua vida pessoal.

O que é ano agrícola?

A contabilidade rural se diferencia da contabilidade tradicional em alguns aspectos.

O ano agrícola geralmente inicia com o cultivo do solo e encerra com a colheita.

Diferentemente da contabilidade geral, na qual o exercício social equivale a um ano, de 1º de janeiro até 31 de dezembro, na contabilidade rural o exercício social corresponde ao ano agrícola, que é o período que abrange os processos de plantação, colheita e comercialização da safra.

O exercício social da atividade agrícola se encerra com o ano agrícola, que corresponde normalmente ao período de 12 meses, a partir do início do cultivo.

Isso ocorre porque a produção agrícola é sazonal. E se uma fazenda tiver mais que uma atividade rural, deve-se considerar aquela com maior representatividade financeira.

A grande diferença de uma contabilidade tradicional para uma rural é que as empresas possuem receita durante todo o ano, enquanto as fazendas só possuem receita no período da colheita.

Dessa forma, se o ano agrícola terminar em junho, o exercício social será encerrado em 31/07, devendo ser avaliados os resultados dos produtos agrícolas da empresa nesse período.

Como é feita a contabilidade rural?

A contabilidade rural deve ser iniciada medindo, controlando e registrando todos seus resultados e, com isso, buscando melhorias e otimizações em tempos e recursos.

Com análises de anos anteriores é possível criar metas futuras para investimentos e novas aquisições.

A simples implementação de um software para gestão pode ajudar a criar rotinas dentro das fazendas e melhorias nos processos operacionais.

Uma vez que temos todos os dados centralizados em relatórios fica bem mais simples o planejamento de objetivos, metas e planos de ação.

Tudo isso tem início no registro de entradas e saídas de dinheiro da fazenda.

Visto que já temos a noção das entradas e saídas de todos os custos envolvidos na nossa atividade agrícola, é possível definir pró-labores, capital de giro e ainda conhecer os resultados reais de sua fazenda.

Aplicativo Aegro para contabilidade da fazenda

A contabilidade rural pode ser realizada com o auxílio de um aplicativo de gestão agrícola como o Aegro

Desta forma, o controle do fluxo de caixa se torna mais preciso e automatizado. Você tem uma visão clara das parcelas a pagar e a receber e consegue fazer a conciliação de extrato bancário por arquivo OFX.

Além disso, a sua contabilidade fica integrada à área operacional da propriedade. No Aegro, cada compra de insumo é direcionada ao estoque e os gastos com abastecimento são vinculados ao seu maquinário.

Assim, você descobre o seu custo real de produção e analisa a viabilidade financeira das próximas safras.

O Aegro também oferece relatórios para que você avalie a rentabilidade da safra. É possível comparar os resultados de diferentes colheitas, cultivares e talhões a fim de entender quais são as estratégias de manejo mais lucrativas.

Por meio de indicadores, ainda é possível acompanhar a evolução patrimonial da fazenda para fazer investimentos mais assertivos no futuro.

Mas o Aegro não ajuda apenas na sua contabilidade rural. Ele é um sistema completo que acompanha o agricultor desde o planejamento da semeadura até venda do cultivo.

Estas são as principais funcionalidades do Aegro:

  • Gestão de patrimônio e de máquinas;
  • Operações agrícolas;
  • Gestão financeira e comercialização;
  • Livro caixa digital do produtor rural;
  • Monitoramento de pragas e doenças;
  • Cotação de seguros agrícolas; 
  • Integração com a Climate FieldView™;
  • Integração com o Climatempo, para verificar as previsões em tempo real.

O aplicativo está disponível para computadores e dispositivos móveis

Teste você mesmo o sistema de gestão agrícola Aegro:

Além de possibilitar a realização de todos os processos que foram citados neste artigo, o aplicativo é armazenado em nuvem, propiciando segurança ao arquivamento dos seus dados.

Conclusão

Uma contabilidade bem feita auxilia na tomada de decisões futuras na propriedade. Uma vez que você conhece seu fluxo de caixa, fica simples planejar as futuras atividades da fazenda. 

Desta forma, uma opção para realização da contabilidade de fazenda é com um auxílio de um software agrícola.

Os benefícios de uma contabilidade bem feita são muitos. Desde a administração das terras de maneira otimizada, gestão dos custos de produção e criação de metas futuras passíveis de serem atingidas.

Cabe a cada produtor escolher se realiza a contabilidade da propriedade em um aplicativo agrícola, planilha de Excel ou terceirizar esse tipo de serviço.

O que não podemos é deixar de registrar o que ocorre na fazenda diariamente e não ter dados e relatórios para a busca constante de melhorias. 

>> Leia mais:

“Entenda os impactos da reforma tributária no agronegócio e nas contas da sua fazenda”

Como você realiza a sua contabilidade de fazenda? Sabia que existem softwares dedicados a isso? Restou alguma dúvida? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Como fazer o preparo do solo para plantio de feijão

Preparo do solo para plantio de feijão: confira os tipos de solos, condições ideais para cultivo e outras dicas para uma boa produção. 

Nos últimos anos, o feijão esteve entre os cinco grãos mais produzidos no Brasil, com uma média de 3 milhões de toneladas por ano

Toda essa produção é dividida, basicamente, em três safras ao longo do ano.

  • safra de verão ou “das águas”, semeada entre outubro e novembro;
  • – safra outonal ou “da seca”, que é plantada entre fevereiro e março;
  • – safra de inverno entre abril e junho.

Isso garante uma oferta constante de feijão para o mercado, sendo consumido ao longo de todo o ano. 

Essas três safras só são possíveis graças ao ciclo curto da cultura e ao uso da irrigação.

Desta forma, o cultivo de feijão pode ter altos retornos financeiros, o que viabiliza uma agricultura mais intensiva com cada vez mais investidores e produtores para o setor.

Veja neste texto como tudo começa nesse cultivo, aprendendo mais sobre o preparo do solo para plantio de feijão, a época ideal e das características ambientais exigidas pela cultura.

Tipo de solo para plantar feijão

O feijoeiro é uma planta que se adapta a diferentes características do solo, podendo ser cultivado desde texturas arenosas até uma textura argilosa pesada. 

Contudo, o principal aqui é observar a drenagem do solo.

Solos com texturas mais argilosas e tendência de má drenagem devem ter a semeadura evitada na safra de verão, evitando assim um possível problema nas raízes da planta.

Isso porque a má drenagem propicia o ataque da semente por fungos do solo, o que diminui a emergência das plântulas, afetando a população do feijoal. 

Outra característica que afeta muito o feijoeiro é a compactação de solo

A planta apresenta um sistema radicular modesto, que limita a exploração do solo por água e nutrientes e, por essa razão, solos compactados podem reduzir a produtividade em até 75%!

preparo do solo para plantio de feijão

Produtividade do feijoeiro em função do grau de compactação do solo
(Fonte: Alves et al. (2003))

Quanto à fertilidade e acidez do solo, o feijoeiro não é diferente da maior parte das nossas culturas, sendo até de maior importância dado a falta do desenvolvimento do sistema radicular vigoroso, que apresenta 85% das raízes nos primeiros 20 cm de solo.

Agora uma consideração extremamente importante: a sucessão do cultivo de feijão sobre feijão ou sobre soja (quando feito logo em sequência) deve ser evitada ao máximo.

Essa prática pode aumentar a incidência de doenças como antracnose, podridão radicular, Rhizoctonia, mofo-branco e também de pragas.

Preparo do solo para plantio de feijão

Bom, temos três principais meios para o preparo do solo para plantio de feijão ou de qualquer cultura anual.

O primeiro deles é o velho conhecido preparo convencional, que tem o objetivo de revolver a camada superficial do solo. 

Esse preparo é realizado normalmente com discos como arados, grades pesadas ou arado de aiveca.

O importante é evitar o uso recorrente da mesma profundidade dos implementos e trabalhar o solo com o teor de umidade ideal. Tudo isso para evitar camadas de compactação que, como vimos, prejudicam muito a produtividade do feijoeiro.

O segundo método é o preparo reduzido, que visa reduzir o número de operações e dos problemas com erosão. 

O principal implemento para a realização da operação é o arado escarificador que deve ser utilizado com o solo de 30% a 40% da capacidade de campo.

E o terceiro método de manejo do solo é a semeadura direta ou plantio direto na palha, da qual já falei bastante aqui no blog.  

A semeadura direta visa o não revolvimento do solo e também a cobertura total do solo por resíduos vegetais.

Componentes da produtividade do feijoeiro

Componentes da produtividade do feijoeiro em cinco sistemas de preparo do solo (médias de quatro anos)1
(Fonte: Stone & Moreira (2000))

Como podemos ver na tabela, a semeadura direta tende a aumentar os teores de matéria orgânica do solo.

Além de reduzir a erosão causada pelas chuvas, aumentar a disponibilidade de água e diminuir a compactação do solo. 

Mas os benefícios desse sistema de plantio direto acontecem apenas quando temos constantemente uma camada de palha cobrindo todo o solo.

Quais as condições ideais para plantar feijão?

O feijoeiro pode ser cultivado praticamente em todo o Brasil, porque suas exigências de temperatura são enquadradas em pelo menos 1 de suas 3 safras em quase todo o território nacional.

As temperaturas críticas da planta ficam na faixa de 15 a 29º C, sendo considerada uma faixa ótima entre 20 e 22º C – importantes na época de florescimento da cultura.

Por outro lado, a ocorrência de baixas temperaturas pode reduzir ou atrasar a germinação e a emergência de plântulas, consequentemente reduzindo a produção. 

Já as altas temperaturas prejudicam especialmente no florescimento da cultura do feijoeiro.

Portanto, temperaturas acima de 29º C provocam o abortamento das flores e acima disso há a esterilização do grão de pólen. 

É possível evitar essa situação planejando a semeadura para que o florescimento da planta não corresponda a altas temperaturas médias.

Conclusão

Vimos os passos iniciais para a instalação de uma lavoura de feijão, as características de solo desejáveis, opções de preparo de solo até a influência do clima no feijoal.

A cultura do feijão pode se adaptar a praticamente todas as regiões do Brasil, sendo preciso apenas planejar o ciclo da cultura com as condições climáticas locais.

O cultivo de feijão pode ser uma ótima opção no sistema de produção, principalmente em sistemas irrigados onde conseguimos colher três safras no ano!

>> Leia Mais:

5 passos para calcular o custo de produção de feijão por hectare”

Feijão Guandu: Como ele pode melhorar seu sistema de produção

Inoculante para feijão caupi: Por que e como utilizar

Qual tipo de preparo do solo para plantio de feijão você utiliza? Restou dúvidas ou tem alguma dica para compartilhar? Deixe nos comentários abaixo!

Rotação de culturas: entenda as vantagens e desvantagens dessa prática

A rotação de culturas é uma técnica agrícola tradicional e amplamente utilizada, que envolve a alternância de diferentes tipos de plantas em uma mesma área ao longo de várias temporadas de cultivo. 

Uma das suas principais vantagens é a melhoria da saúde do solo, que ajuda a manter o equilíbrio de nutrientes, prevenir a degradação e melhorar sua estrutura. 

Além disso, ajuda a interromper os ciclos de vida de pragas e doenças específicas de determinadas culturas, reduzindo a necessidade de pesticidas e promovendo um ambiente agrícola mais sustentável.

Continue acompanhando o conteúdo para mais informações sobre a rotação de culturas!

O que é rotação de culturas?

A rotação de culturas é uma técnica que alterna diferentes espécies de plantas cultivadas em uma mesma área ao longo do tempo. 

A técnica é usada para melhorar a saúde do solo, reduzir pragas e doenças, aumentar a produtividade e ajudar a manter o equilíbrio de nutrientes

Ou seja, após uma safra de milho, por exemplo, você pode plantar feijão ou trigo, para ter maior diversidade no sistema agrícola e reduzindo os impactos do monocultivo

Além de aumentar a biodiversidade, a rotação ainda ajuda para a sustentabilidade agrícola, evitando a degradação do solo, melhorando sua estrutura e capacidade de retenção de água. 

Quanto mais a rotação for usada em uma lavoura, maior será o equilíbrio ecológico, a rentabilidade e a longevidade da área cultivada.

Quais as vantagens da rotação de culturas?

A rotação de culturas apresenta muitas vantagens ao sistema de produção, principalmente em relação aos defensivos. 

O uso dos mesmos herbicidas, fungicidas e inseticidas todos os anos é um prato cheio para a seleção natural. 

Com isso, vemos surgir um número expressivo de plantas daninhas resistentes a várias moléculas de herbicidas, o que torna o controle delas ainda mais complicado.

Considerando esse fato, a prática de rotação de culturas se torna ainda mais importante em uma fazenda, especialmente pelas seguintes vantagens:

1. Melhoria da saúde do solo

Sem dúvidas, a maior vantagem da rotação de culturas é a melhoria da saúde do solo e a sua própria manutenção

A diversidade de plantas cultivadas promove variações na absorção e devolução de nutrientes, prevenindo a exaustão de elementos específicos. 

Sendo assim, leguminosas, como feijão e ervilha, por exemplo, fixam nitrogênio atmosférico no solo, enriquecendo para culturas seguintes que demandam esse nutriente. 

Além disso, a rotação contribui para a estruturação do solo, aumentando sua porosidade e capacidade de retenção de água, essenciais para o desenvolvimento radicular e resistência à erosão.

2. Redução de pragas e doenças

A rotação de culturas é uma estratégia eficaz para interromper os ciclos de vida de pragas e patógenos específicos de determinadas culturas. 

Monoculturas contínuas criam um ambiente favorável para a proliferação de pragas e doenças que se adaptam a uma única espécie vegetal. 

Ao alterar culturas, será mais difícil o estabelecimento e a disseminação desses organismos, reduzindo a necessidade de intervenções químicas

Isso não apenas diminui os custos com pesticidas, mas também mitiga os impactos ambientais negativos associados ao seu uso.

Leia também: 

3. Aumento da biodiversidade

Ao atrair organismos benéficos, como polinizadores e predadores naturais de pragas, promovendo o equilíbrio do ecossistema, a rotação de culturas também acaba sendo uma vantagem para uma maior biodiversidade na lavoura. 

Essa diversidade fortalece a resiliência do sistema agrícola, reduzindo sua vulnerabilidade a estresses causados por pragas, doenças e condições climáticas adversas, tornando a produção mais sustentável e equilibrada.

4. Redução do uso de químicos

Outra vantagem da rotação de culturas é a contribuição para a redução do uso de químicos ao controlar pragas e doenças de forma natural, interrompendo seus ciclos de vida. 

Alternar espécies diferentes diminui a proliferação de organismos associados ao monocultivo e melhora a saúde do solo, reduzindo a necessidade de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Tudo isso torna o sistema produtivo ainda mais sustentável e menos dependente de insumos químicos.

5. Implicações econômicas

Embora a rotação de culturas exija um planejamento detalhado e possa envolver investimentos adicionais, seus benefícios econômicos são significativos. 

A melhoria da saúde do solo e a redução de pragas e doenças resultam em menores custos de produção e maiores rendimentos a longo prazo. 

Além disso, a diversificação de culturas pode abrir novos mercados e fontes de receita para os agricultores, mitigando os riscos econômicos associados à dependência de uma única cultura.

Banner planilha- manejo integrado de pragas

Rotação de culturas x monocultura

A rotação de culturas alterna diferentes espécies em uma mesma área ao longo das safras, melhorando diversos aspectos, em especial o solo e a quebra do ciclo de pragas e doenças, promovendo  sustentabilidade.

Já a monocultura é o cultivo contínuo de uma única espécie, priorizando a produtividade de um produto específico. Essa abordagem pode exaurir o solo, aumentar a dependência de químicos e tornar a lavoura mais suscetível a pragas e doenças.

A rotação favorece o equilíbrio ecológico, enquanto a monocultura pode comprometer a sustentabilidade a longo prazo.

Rotação de culturas x rotação de terras

A rotação de terras pode ser uma prática para complementar a rotação de culturas, já que melhora a sustentabilidade agrícola e a qualidade do solo.

Ao alternar o uso de diferentes áreas de cultivo, a rotação de terras permite que algumas áreas descansem, o que favorece a recuperação da estrutura do solo e a reposição de nutrientes.

Isso ajuda a evitar o esgotamento de nutrientes em uma área específica, permitindo que as culturas sejam alternadas de forma mais eficaz.

Além disso, a rotação de terras reduz o risco de compactação do solo, que pode ocorrer com o uso constante de máquinas pesadas, e melhora a drenagem e a aeração do solo.

Quais as desvantagens da rotação de culturas?

Uma desvantagem crítica da rotação de cultura está ligada ao fato de não cultivar a mesma cultura todos os anos. 

Geralmente, as microrregiões das culturas são tão especializadas que dificilmente se encontra maquinário ou, até mesmo, mercado na região para outras diferentes culturas.

Contudo, a rotação d pode ser feita de uma forma mais simples, semeando plantas de cobertura ou variando apenas a área semeada com soja e milho na primeira safra.

Mesmo com esses pontos, e outras diversas vantagens, é importante que você entenda os pontos negativas da rotação de culturas, que podem ser: 

  • Complexidade de manejo: Exige mais planejamento e conhecimento sobre diferentes culturas.
  • Custo inicial: Pode haver um aumento nos custos de implementação, como o investimento em sementes e equipamentos para diferentes culturas.
  • Espaço limitado: Pode ser difícil em áreas com grande demanda por uma cultura específica.
  • Necessidade de adaptação: A mudança de culturas pode exigir ajustes no manejo, o que pode levar a uma curva de aprendizado.

Rotação de culturas x sistema de plantio direto

A rotação de culturas e o Sistema de Plantio Direto (SPD) são práticas complementares, mas com objetivos diferentes. 

A rotação de culturas envolve alternar as plantas cultivadas para melhorar a saúde do solo e reduzir pragas, enquanto o SPD visa minimizar o preparo do solo, mantendo a cobertura vegetal e evitando a erosão. 

Juntas, essas práticas favorecem a sustentabilidade agrícola, com a rotação diversificando as culturas e o SPD preservando a estrutura do solo, ambos contribuindo para maior produtividade e conservação ambiental.

Banner de chamada para o kit de sucesso da lavoura campeã de produtividade

Como implantar rotação de cultura na lavoura?

A rotação de culturas pode ser implantada facilmente e o maior segredo aqui é o planejamento!

Comece avaliando o solo e identificando as condições climáticas da sua região para selecionar culturas que se complementem em termos de necessidade de nutrientes e adaptação ao ambiente.

Outro segredo para ter sucesso, é seguir as dicas abaixo e implementar na sua organização para iniciar a rotação. Confira:

  1. Analise o solo: Faça testes de fertilidade e textura do solo para identificar suas necessidades e potenciais limitações;
  2. Escolha culturas adequadas: Combine culturas que tenham diferentes características, como gramíneas (milho, trigo) e leguminosas (soja, feijão);
  3. Planeje os ciclos de plantio: Determine a sequência de plantio para evitar a repetição de espécies que tenham as mesmas pragas ou doenças. Por exemplo, plante soja após milho para se beneficiar da fixação de nitrogênio pela soja.
  4. Inclua culturas de cobertura: Entre safras, cultive espécies que protejam o solo, como braquiária ou aveia, para evitar erosão e melhorar a retenção de nutrientes.
  5. Registre e monitore as práticas: Utilize ferramentas como a Aegro para registrar os talhões, ciclos de plantio e resultados.
  6. Capacite sua equipe: Certifique-se de que todos os envolvidos na lavoura compreendam a importância da rotação e saibam identificar pragas, doenças ou sinais de melhoria do solo.
  7. Avalie os resultados regularmente: Após algumas safras, analise os impactos da rotação na produtividade e saúde do solo para fazer ajustes no planejamento.

Além dessas dicas, você pode dividir a propriedade e semear pequenos talhões, alternando os talhões em rotação ao longo dos anos, para não ter nenhum tipo de surpresa financeira.

Por exemplo: um talhão dividido em quatro partes, sendo que a primeira parte é semeada com milho ou girassol, algodão, etc. no primeiro ano e o restante com soja

Na próxima safra, outra parte do talhão será semeada com alguma outra cultura e o restante com a soja, e por aí vai.

3 exemplos de rotação de culturas

1. Soja → Milho → Braquiária

    A soja fixa nitrogênio no solo, beneficiando o milho na safra seguinte. Depois do milho, a braquiária melhora a matéria orgânica e estrutura do solo, reduzindo a compactação e o risco de erosão.

    2. Trigo → Soja → Milheto

    O trigo é cultivado no inverno, seguido pela soja no verão, aproveitando a adubação residual. Após a colheita da soja, o milheto é plantado como cobertura, ajudando na reciclagem de nutrientes e controle de pragas.

    3. Arroz → Feijão → Crotalária

    O arroz, de ciclo curto e exigente em nutrientes, é seguido pelo feijão, que aproveita o solo já corrigido. A crotalária, como adubo verde, melhora a fertilidade e reduz nematoides para a próxima safra.

    Essas rotações ajudam a melhorar a fertilidade do solo, reduzir pragas e doenças e aumentar a produtividade de forma sustentável.

    Como o Aegro pode ajudar na rotação de culturas?

    No Aegro você consegue registrar e acompanhar todas as etapas do processo da fazenda, desde o plantio até a colheita, proporcionando uma visão clara sobre o desempenho das culturas ao longo do tempo. 

    Esse tipo de utilização ajuda a fazer a análise do histórico de tudo o que foi feito em cada talhão, ajudando a tomar decisões sobre a rotação de culturas.

    Por exemplo, ao usar a rotação com milho e soja, o Aegro pode monitorar o impacto de cada safra sobre o solo e auxiliar na escolha da melhor cultura de inverno ou de verão para otimizar os resultados. 

    Com o uso de funcionalidades como o planejamento financeiro e de recursos, o sistema prevê os custos e lucros, garantindo que a rotação seja economicamente viável.

    A plataforma também oferece  monitoramento de saúde do solo e de culturas, além de integrar dados com outras áreas do gerenciamento agrícola, como o controle de insumos e a gestão de produtividade​

    Marque uma demonstração gratuita e veja tudo o que o Aegro pode fazer pela sua propriedade rural. Clique no botão e faça seu registro em menos de 1 minuto!