4 dicas para melhorar a gestão de tempo na fazenda

Gestão de tempo na fazenda: saiba como organizar sua rotina de atividades no campo com o auxílio de processos e ferramenta digital!

Gerir uma fazenda demanda tempo. Mas o que fazer quando não conseguimos administrar esse tempo?

Esse é um desafio de muitos produtores rurais, e tem impacto direto na produtividade de cada safra. 

Felizmente, você pode solucionar esse problema com algumas mudanças práticas que trazem diversos benefícios.

Já te adianto: usar as horas do seu dia da melhor forma é o caminho! 

Por isso, separei 4 dicas fáceis que vão te ajudar a melhorar a gestão de tempo na fazenda. Confira a seguir.

Por que a gestão de tempo na fazenda é importante?

Na rotina do campo, atividades de escritório e operação frequentes, como controle financeiro e decisões de manejo, se misturam a contratempos. 

Em meio a essa quantidade de afazeres, fica difícil conciliar os diferentes setores e dar a atenção necessária a cada tarefa.

Nesse caso, a falta de organização só colabora com a perda de tempo. Isso torna a operação insustentável, enquanto causa estresses desnecessários e afeta a lucratividade.

Para modificar esse cenário, a gestão de tempo na fazenda é a ferramenta ideal

Quando temos noção das tarefas que devem ser realizadas – seus prazos e o empenho que deve ser destinado a cada uma delas – otimizamos nosso dia

Ou seja, você é capaz de executar suas funções em um tempo menor que antes. Isso contribui para um trabalho cada vez mais produtivo, além de outros benefícios, como:

  • mais foco no que é importante;
  • facilidade para planejar e alcançar objetivos;
  • melhor desempenho das equipes;
  • capacidade de identificar problemas com antecedência, reduzindo erros e gastos;
  • maior controle financeiro, diminuindo desperdícios;
  • eficiência para melhorar os resultados.

Todavia, isso exige planejamento, paciência, disciplina e prática. Por isso, listei um passo a passo de como implementar a gestão do tempo em sua propriedade rural.

Dicas de gestão de tempo na fazenda

Comece aos poucos e amplie progressivamente para diferentes atividades e cargos. Lembre-se que a ideia não é complicar ou engessar processos, mas simplificar seu dia a dia.

Na hora de compartilhar as novas estratégias com os funcionários, comunique com clareza. Destaque as vantagens dessa transição e tire todas as dúvidas necessárias.

Sempre que possível, fique disponível para troca cotidiana de experiências e dificuldades.

Esse período que você dedicará para aplicar as mudanças não será em vão, pelo contrário! A partir dele se ganha tempo, qualidade de trabalho e melhorias de gestão. 

1. Mapeie suas tarefas

Visualizar a sequência produtiva de atividades da lavoura, do macro (grandes processos) ao micro (pequenos processos), é o primeiro passo. 

Para isso, comece anotando as atividades que são de sua responsabilidade, partindo do mais amplo para o mais detalhado. 

Por exemplo, se você executa atividades administrativas, dentre elas está o planejamento de safra. Ele envolve definir o orçamento de custos e assim por diante, até as coisas mais simples, como a verificação de e-mails. 

Não economize na descrição dos procedimentos, incluindo cada pequena ação dentro de uma sequência de execuções

Em tarefas que passam por várias mãos, descreva também o responsável por cada etapa e seu setor.

Com o mapeamento pronto, você terá uma melhor compreensão de tudo. Dessa forma, ficará claro o que é dispensável, o que gera atritos e o que deve ser otimizado.

Demonstração do melhor software para a gestão de tempo na fazenda

2. Classifique por níveis de prioridade

Com todas as atividades listadas, vamos ao segundo passo: classificar e priorizar.

Nesse caso, a classificação de período é a inicial, pois é ela que determina a urgência e com qual regularidade você deve executar tal ação: diariamente, semanalmente, a cada início/fim de safra ou esporadicamente

É comum finalizar essa organização e ver uma agenda lotada. 

Como não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, mas também não se pode perder o prazo de certas demandas, a solução é criar um cronograma embasado em diferentes níveis de prioridade

Uma das formas mais populares para definir essa categorização é a de “importante ou urgente”. Essa técnica é utilizada por diversos profissionais, e é conhecida como Matriz Eisenhower.

  • Importantes: são todas as tarefas que exigem planejamento e maior tempo de realização;
  • Urgentes: são todas as tarefas que exigem resposta rápida em um menor prazo.
Gráficos que demonstram o quanto de tempo você precisa gastar em tarefas importantes, não importantes, urgentes e não urgentes.
Gráfico de gestão de tempo na fazenda
(Fonte: “Sucesso no Leite”, Paulo Machado)

Além disso, aproveite este momento para determinar os afazeres que podem ser padronizados, substituídos ou automatizados. 

Cada uma dessas modificações ajuda a reduzir situações que ocupam seu tempo indevidamente ou de forma repetitiva. 

3. Crie uma rotina

Com um conhecimento aprofundado de suas prioridades, é mais simples criar e executar uma rotina de trabalho produtiva, saudável e realista

Assim, o terceiro passo é montar um cronograma que te ajude a visualizar as atividades e quando colocá-las em prática

Para que ele seja efetivo, faça uma distribuição viável de tempo para cada demanda. Evite o acúmulo de tarefas e reserve tempo extra para possíveis imprevistos

Outra dica que pode ajudar é descobrir o período do dia em que você se sente mais produtivo e motivado. Independente de quando for, coloque as atividades mais importantes para serem feitas nesse momento.

No Aegro, uma forma eficaz de estipular a rotina para sua fazenda é utilizando a aba de atividades

Nela, você consegue planejar todas as operações da safra, desde o preparo do solo até a colheita. A cada ação, você determina o período para execução, a área, os insumos, o maquinário e a equipe. 

Tela do aplicativo Aegro, na aba de planejamento de atividades de safra.

No Aegro, você consegue planejar e visualizar todas as atividades de safra, sem sair do lugar

Além de facilitar a organização, isso também garante mais autonomia aos funcionários. Eles podem acessar a tarefa pelo aplicativo diretamente da lavoura, mesmo sem internet. 

Outra opção é você gerar um relatório para ser enviado via WhatsApp, como uma ordem de serviço.

Imagem de relatório digital de atividade gerado pelo Aegro.

Relatório de atividade gerado pelo Aegro. Dados fictícios.

Com essa informação em mãos, seus funcionários executam a demanda e depois a registram no aplicativo. Pelo software agrícola, você pode acompanhar a execução dos trabalhos sem se preocupar. 

Imagem de uma tela de celular com o aplicativo Aegro aberto, na aba de aplicações de defensivos.

Acompanhe os registros de todas as atividades pelo Aegro através da tela do seu celular

4. Automatize as tarefas burocráticas recorrentes

Boa parte do cotidiano de uma fazenda é voltada para atividades burocráticas e repetitivas. Com o avanço da tecnologia, o que era feito manualmente pode e deve ser automatizado para a melhor gestão de tempo na fazenda.

Nesse caso, um software de gestão como o Aegro pode ser seu grande aliado, pois ele ajuda a centralizar informações da fazenda e organizar fluxos de trabalho. Isso agiliza tanto a execução quanto a análise dos processos operacionais. 

Um bom exemplo é a opção de planejamento das atividades da safra. Logo que elas são concluídas pela sua equipe, o aplicativo já desconta no estoque os insumos utilizados e contabiliza as horas de trabalho do maquinário.

Quando se trata de financeiro, também existem várias facilidades! Primeiro, as despesas contínuas e padrões, como salários de profissionais, podem ser programadas para se repetirem no futuro de maneira recorrente.

Os custos de compras de insumo e outros podem ser importados por XML ou manualmente. 

Em ambos os casos, é feita a entrada automática da quantidade no estoque. O mesmo vale para o lançamento de uma nova receita, para a qual você também pode emitir a nota fiscal de venda e atualizar a quantidade no silo.  

Outra possibilidade é conectar a sua conta à Sefaz. Assim, todas as notas fiscais emitidas contra o seu CPF são automaticamente importadas para dentro do Aegro. 

Basta confirmar com um clique o registro do custo, mantendo o fluxo de caixa atualizado. 

Além disso, cada ação que você registra no Aegro alimenta indicadores de maneira automática. Saiba, por exemplo, qual é o seu custo por hectare em poucos segundos, sem precisar fazer cálculos ou cruzar diferentes planilhas.

Conclusão

Conforme esses primeiros passos são realizados, você vai notar uma grande diferença. 

Uma vez feitos, não é preciso repeti-los, é só revisar e atualizar as informações de acordo com sua necessidade ou o crescimento da produção.

Mesmo assim, cada fazenda tem sua própria realidade e talvez não seja tão simples de se aplicar as dicas na prática. De qualquer forma, mesmo a introdução da menor modificação já faz a diferença em facilitar sua rotina.

Para tal, conte com a ajuda da Aegro! Nosso software para gestão de fazendas busca otimizar processos do campo ao escritório, podendo ser acessado de qualquer lugar, de forma prática e rápida. 

Aproveite também todos os conteúdos e materiais ricos sobre gestão e agronegócio, disponibilizados gratuitamente aqui no blog!

>> Leia mais:

Como a gestão agrícola pode trazer mais lucro para sua empresa rural

Aegro Conecta 2: veja o que aconteceu na segunda edição do evento

Saiba como gerenciar o ciclo de produção agrícola com o Aegro

Ciclo de produção agrícola: sistema digital facilita tomadas de decisões nas diferentes etapas do ciclo de produção 

Cada safra que se inicia representa uma oportunidade de produzir mais e melhor.

Para superar os resultados do ano anterior, o produtor moderno pode somar a sua experiência ao uso de sistemas digitais.

Um sistema como o Aegro ajuda a gerenciar as diferentes etapas do ciclo de produção agrícola. Ele automatiza processos e facilita o acesso às informações.

Assim, sobra tempo para que o fazendeiro pense suas estratégias dentro deste ambiente extremamente complexo que é o agronegócio.

Continue lendo para entender como planejar e executar uma safra de sucesso com o Aegro!

Comece pelo planejamento agrícola

Você precisa saber aonde quer chegar com sua empresa rural a curto, médio e longo prazos

Com uma visão clara de futuro, fica mais fácil traçar as ações necessárias para atingir os seus objetivos.

Comece analisando as tendências de mercado, estabeleça a sua estratégia de rotação de culturas e o sistema de plantio.

Então, inicie o planejamento agrícola com o seu sistema de gestão!

No Aegro, é possível mapear as áreas da propriedade em poucos minutos e definir metas de produtividade para os talhões.

Tela do Aegro, na aba de planejamento de aplicação de insumos.
Com o Aegro, é possível fazer todo o planejamento de aplicação de insumos

Você também pode usar o sistema para programar as atividades de safra, prevendo o uso de insumos e máquinas ao longo dos meses.

Desta forma, você consegue fazer as compras com antecedência e preparar o patrimônio da fazenda para as operações.

Gerenciando o ciclo de produção agrícola com o Aegro

Siga com o planejamento financeiro da safra

Depois de realizar o planejamento agrícola, é importante verificar a viabilidade econômica da sua safra.

A boa notícia é que o Aegro te ajuda nessa etapa do ciclo de produção agrícola.

Você pode montar um orçamento, de forma prática, com base nas atividades que já programou.

Basta inserir no sistema o valor base dos insumos e complementar com outras categorias de gastos, como: administração, fretes e o salário dos funcionários.

A partir das projeções de custos e produtividade, o Aegro calcula o lucro ou prejuízo que a fazenda terá ao final do ciclo produtivo.

Descubra qual é o seu ponto de equilíbrio e avalie quais investimentos realmente cabem no seu bolso.

Esse é o momento de decidir, por exemplo, se você vai fechar barter ou contratar crédito agrícola.

Tela do Aegro, na aba de informações gerais da fazenda, todas reunidas em um só lugar.
Todas as informações da sua fazenda ficam reunidas em um só lugar

Organize o fluxo de caixa da fazenda

À medida que os gastos se concretizam, o Aegro descomplica um dos trabalhos mais burocráticos do ciclo de produção agrícola: o fluxo de caixa.

Você pode cadastrar o seu certificado digital no sistema para receber automaticamente todas as notas fiscais que são emitidas contra o seu CNPJ.

Isso quer dizer que você não precisará mais perder horas juntando comprovantes de abastecimento, ou correndo atrás dos seus fornecedores.

Com alguns cliques, você importa a nota fiscal de compra e a transforma em uma despesa no seu financeiro.

Como consequência, o controle do custo de produção se torna mais detalhado. Além disso, você deixa de atrasar o pagamento de contas por falta de organização.

O Aegro também permite que você emita as suas notas fiscais de venda, gerenciando as receitas da fazenda com precisão. 

Tela do Aegro, na aba de organização do financeiro. A imagem demonstra dados fictícios.
Organização do financeiro de uma fazenda. Dados fictícios.
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Mantenha o registro de atividades agrícolas

Se por um lado você tem os lançamentos feitos no escritório, por outro tem as anotações de campo.

Aquela árdua tarefa de registrar as atividades realizadas na lavoura, abaixo de sol, chuva e poeira.

Mas a confusão das agendas de papel que molham, sujam e se perdem com o tempo já ficou no passado.

O Aegro oferece duas alternativas mais práticas para o controle de operações ao longo do ciclo de produção agrícola.

A primeira delas é o aplicativo para celular, que funciona mesmo sem internet e permite que você faça apontamentos de campo georreferenciados

A segunda é a conexão com sistemas de telemetria, como Climate FieldView™ e John Deere Operations Center. 

A partir dessa conexão, você pode transferir dados de plantio, aplicação e colheita das suas máquinas diretamente para o Aegro.

Tela do Aegro, na aba de controle do maquinário da propriedade rural.
Controle todo o maquinário da propriedade rural durante o ciclo de produção agrícola

Faça o controle de estoque rural

A dificuldade de gerenciar o estoque rural tira o sono de muitos produtores. 

Afinal, ninguém quer paralisar uma operação de última hora por descobrir que não há produto suficiente na fazenda. 

Para reduzir os riscos operacionais relacionados ao estoque, o Aegro automatiza completamente este controle.

Você dá entrada nos insumos ao registrar uma nova compra através do financeiro, e dá baixa ao realizar as atividades de campo.

Com isso, não precisa mais se preocupar em atualizar as planilhas de inventário ao longo da safra.

E você ainda pode definir alertas no sistema para a reposição de itens que considera essenciais, como o diesel, evitando sua indisponibilidade durante o ciclo de produção agrícola.

Tela do Aegro, na aba de estoque da fazenda. A imagem apresenta dados fictícios.
Exemplo de controle de estoque com o Aegro. Dados fictícios.

Acompanhe o resultado dos talhões

À medida que você cadastra custos e operações agrícolas no Aegro, o sistema cruza essas informações para entregar relatórios individualizados de desempenho.

Funciona com um raio-X do talhão, mostrando o que deu certo e o que deu errado.

É possível visualizar, com o apoio de gráficos de fácil entendimento, a margem de lucro ou prejuízo que cada área trouxe para o seu negócio.

Esses relatórios te ajudarão a medir o retorno dos investimentos em seu ciclo de produção agrícola. 

Entenda, por exemplo, se aquele cultivar com melhor potencial produtivo realmente impactou no resultado da safra.

Tela do Aegro, na aba de controle de resultados por talhão.
Controle dos resultados por talhão. Dados fictícios.

Tome melhores decisões no próximo ciclo de produção agrícola

Com o histórico da safra documentado no seu Aegro, é chegada a hora de pensar no próximo ciclo de produção agrícola.

Desta vez, ao invés de contar com a sua memória e intuição, você poderá iniciar o planejamento com base em fatos e dados

Use as informações exatas que o sistema fornece para aprender com o passado e determinar quais serão seus passos seguintes.

Será que você deve trocar a plantadeira de 30 linhas por uma de 35? Será que deve substituir a aplicação interna por uma terceirizada?

O Aegro vai te ajudar com essas decisões que envolvem tantas variáveis. Muitas vezes, elas são tomadas sem confiança.

Assim, você entrará em um processo de melhoria contínua, atingindo maiores níveis de rentabilidade.

Conclusão

Sem dúvida, a experiência do produtor rural é insubstituível.

Somente ele conhece a fundo todas as particularidades da sua terra e pode tomar as decisões difíceis ao longo do ciclo de produção agrícola. 

Porém, o uso de tecnologia digital pode trazer mais assertividade para as escolhas do dia a dia. 

Neste artigo, mostramos como o Aegro automatiza as rotinas da propriedade e transforma dados em informações de negócio relevantes.

>> Leia mais:

Avalie o sucesso da safra com ajuda dos indicadores de produção no Aegro

Software agrícola: como ter o controle efetivo da sua fazenda

Aegro Conecta 2: veja o que aconteceu na segunda edição do evento

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Armazenamento de combustível: quais as melhores práticas para o agronegócio

Armazenamento de combustível: saiba como realizá-lo de maneira eficiente, além de economizar tempo e custos na fazenda.

Como é realizado o armazenamento de combustível?

O armazenamento de combustível é feito por meio de tanques ou recipientes que devem atender às normas técnicas e ambientais vigentes. 

Os tanques ou recipientes podem ser instalados acima ou abaixo do solo, dependendo das características e necessidades do negócio. 

O armazenamento de combustível requer cuidados especiais para evitar vazamentos, contaminações, incêndios e explosões, que podem causar danos à saúde, ao meio ambiente e ao patrimônio. 

Nas propriedades rurais, as regras de segurança também devem ser seguidas. Listamos alguns tópicos para você tomar todas as medidas necessárias nessa etapa tão importante para o agronegócio.

  • Escolher o local adequado para a instalação dos tanques ou recipientes, levando em conta a distância de fontes de ignição, de cursos d’água, de áreas habitadas e de outras instalações;
  • Utilizar materiais resistentes e compatíveis com o tipo de combustível armazenado, evitando a corrosão, a oxidação e a deterioração dos tanques ou recipientes;
  • Realizar a limpeza, a inspeção e a manutenção periódica dos tanques ou recipientes, verificando possíveis vazamentos, fissuras, deformações, desgastes ou defeitos;
  • Instalar sistemas de medição, de controle e de segurança nos tanques ou recipientes, como indicadores de nível, válvulas de alívio, dispositivos de bloqueio, extintores de incêndio, bacias de contenção e alarmes;
  • Seguir as normas de segurança e de prevenção de acidentes no manuseio, no transporte e no abastecimento dos tanques;
  • Treinar e capacitar os funcionários responsáveis pelo armazenamento de combustível;

Esses tópicos são de grande importância para que seu negócio rural se mantenha dentro dos conformes da legislação.

Armazenamento de produtos inflamáveis

O setor agrícola é um dos principais consumidores de produtos inflamáveis, especialmente de diesel, que é usado para abastecer tratores, colheitadeiras, irrigadores e outros equipamentos. 

O armazenamento de combustível como diesel no campo é uma necessidade para garantir a continuidade e a eficiência da produção agrícola. Você sabe como armazenar esses produtos corretamente? 

Como vimos anteriormente, eles devem ser armazenados em locais adequados, seguindo as normas técnicas e ambientais vigentes.

Segundo a legislação para armazenamento de produtos inflamáveis, os produtos devem ser mantidos em recipientes apropriados e bem fechados, alocados separados de outros artigos que colaborem para a inflamabilidade, protegidos de fontes de calor e luz solar, mantidos em temperatura adequada no galpão, com ventilação suficiente e sinalização indicando a presença de produtos inflamáveis.

Tanque de armazenamento de combustível em uma fazenda. Há dois galões de diesel em um suporte de concreto, com um grande campo no fundo.
Armazenamento de combustível
Fonte: Aegro (2023)

Além disso, os funcionários responsáveis pelo armazenamento devem usar equipamentos de proteção individual e coletiva, e receber treinamento sobre os riscos e as medidas de emergência.

Existem dois tipos principais de armazenamento de produtos inflamáveis: o armazenamento acima do solo e o armazenamento subterrâneo. 

O primeiro consiste em tanques ou recipientes instalados sobre a superfície do solo, que podem ser fixos ou móveis, metálicos ou não metálicos, aéreos ou apoiados. 

O segundo consiste em tanques ou recipientes instalados sob a superfície do solo, que devem ser impermeáveis e resistentes à corrosão. O tipo de armazenamento a ser utilizado depende do tipo de negócio e de seus objetivos.

O armazenamento de produtos inflamáveis deve seguir as recomendações da Norma Regulamentadora NR-20, que fixa as condições exigíveis para projetos de instalações de armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis contidos em tanques estacionários com capacidade superior a 250 L, à pressão manométrica igual ou inferior a 103,4 kPa (15 psig), medida no topo do tanque. A frente, iremos detalhar as normas de armazenamento. 

A norma aborda aspectos como tanques de armazenamento, arranjo dos tanques na bacia de contenção, dispositivo de alívio de pressão e vácuo, dispositivo de alívio de emergência para exposição a incêndio, distância de segurança, tubulação e sistema de proteção e combate a incêndio.

O armazenamento de produtos inflamáveis é uma atividade que demanda planejamento, controle e prevenção, visando garantir a segurança e a qualidade dos produtos e das pessoas envolvidas.

Quanto tempo pode armazenar gasolina no galão?

O armazenamento de gasolina em galão é uma prática que deve ser feita com cuidado e atenção, pois o combustível é um produto inflamável e volátil, que pode sofrer alterações de qualidade e causar riscos de acidentes. Antes de armazenar esse produto, consulte sempre um profissional da área, para que não ocorram acidentes.

Porém, o tempo máximo que a gasolina pode ficar armazenada em galão é de três a quatro meses, dependendo das condições de armazenamento.

A gasolina é um produto que se degrada com o tempo, pois sofre oxidação e evaporação, perdendo suas propriedades e características originais. 

A oxidação ocorre quando a gasolina entra em contato com o oxigênio do ar, formando gomas e vernizes que podem entupir os bicos injetores e prejudicar o desempenho do motor. 

A evaporação ocorre quando a gasolina é exposta ao calor e à luz solar, reduzindo o volume e a octanagem do combustível.

Lembre-se sempre de não utilizar garrafas pet, latas, baldes ou outros recipientes impróprios para o armazenamento de gasolina, pois eles podem se romper, vazar, pegar fogo ou explodir.

O armazenamento de gasolina ou qualquer outro combustível inflamável em galão é uma prática que deve ser feita com responsabilidade e consciência, seguindo as normas técnicas e ambientais vigentes. 

Normas de Armazenamento de combustível?

As principais normas e regras da ABNT NBR que se aplicam ao armazenamento de combustível na fazenda são:

ABNT NBR 15461: Estabelece requisitos para a construção de tanques estacionários de aço-carbono, atmosféricos, de até 190 mil litros, destinados ao armazenamento aéreo de líquidos cuja densidade relativa não exceda em 110% a da água.

ABNT NBR 7821: Estabelece exigências mínimas para materiais, projeto, fabricação, montagem e testes de tanques de aço-carbono, soldados, cilíndricos ou verticais, não enterrados, com teto fixo ou flutuante, destinados ao armazenamento de petróleo e seus derivados líquidos.

ABNT NBR 15456: Dita regras para construção e ensaios de unidades de abastecimento que possuam um gabinete hidráulico, a serem instaladas em bases fixas, destinadas a abastecer combustíveis líquidos nos tanques de veículos ou em recipientes portáteis a vazões de até 400 L/min, à utilização e armazenagem a temperaturas ambientes entre − 20 °C e + 40 °C.

ABNT NBR 13787:2013: Sobre procedimentos de controle de estoque e movimentação de combustíveis do Sasc (sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis), fornecendo subsídios para avaliação de variação de volumes.

ABNT NBR 14606:2013: Sobre procedimentos de segurança para a entrada em espaço confinado, em quaisquer tipos de tanques de armazenamento de combustíveis líquidos em locais de abastecimento.

ABNT NBR 7505-1 e 7505-4: Fixa condições para projetos de instalações de armazenagem de combustíveis em tanques estacionários com capacidade superior a 250 L, à pressão manométrica igual ou inferior a 103,4 kPa (15 psig), medida no topo do tanque.

Além dessas normas, é importante que o produtor rural utilize equipamentos e dispositivos adequados para o armazenamento de combustível na fazenda, tais como:

Medidores volumétricos e bombas de abastecimento, para controlar a quantidade e a qualidade do combustível armazenado e fornecido.

Filtros e sistema de verificação de vazamento, para evitar a contaminação e a perda do combustível armazenado.

Tubulações metálicas e não metálicas conforme normas da ABNT, para conduzir o combustível dos tanques até os pontos de consumo, sem riscos de vazamento ou ruptura.

Como armazenar combustível na fazenda?

A primeira regra básica que você deve seguir para ter o armazenamento de combustível na fazenda é ter uma estrutura de acordo com a sua necessidade e que respeite as Normas Técnicas que mostramos acima. 

Mas, independentemente disso, ter uma estrutura de um posto para armazenamento de combustível tem diversas vantagens:

  • Melhora a segurança contra roubos e furtos;
  • Preserva a qualidade do produto e minimiza perdas;
  • Economia de tempo;
  • Redução de custos.

Com vimos, para saber qual tipo de tanque você irá usar na sua fazenda é uma parte importante. Cada modelo vai gerar um custo específico. 

Panorama sobre o mercado de Commodities agrícolas

O mercado de Commodities agrícolas é um segmento que envolve a produção, o comércio e o consumo de produtos agrícolas padronizados, como grãos, oleaginosas, fibras, açúcar, café, carne e outros. 

Esse mercado é influenciado por diversos fatores, como a oferta e a demanda globais, os estoques, os custos de produção, as políticas comerciais, as condições climáticas, as oscilações cambiais e outros. 

O mercado de Commodities agrícolas é dinâmico e competitivo, exigindo dos produtores e dos comerciantes uma constante atualização e adaptação às mudanças.

Um dos aspectos mais importantes do mercado de Commodities agrícolas é a originação dos grãos, que como vimos anteriormente, é o processo de compra e aquisição dos grãos junto aos produtores rurais, fazendo a ponte entre a fazenda e a indústria. 

A originação dos grãos tem um papel estratégico no agronegócio, pois ela permite que os produtores rurais tenham acesso a mercados mais amplos e diversificados, podendo vender seus produtos para indústrias nacionais ou internacionais. 

Além disso, a originação dos grãos permite que os comerciantes tenham acesso a produtos de qualidade e quantidade adequada para atender às demandas dos clientes. 

A originação dos grãos também contribui para a gestão de riscos e a sustentabilidade do setor, pois ela incentiva o uso de boas práticas agrícolas e ambientais.

Porém, o relatório Perspectivas dos Mercados de Commodities, publicado pelo Banco Mundial em outubro de 2023, analisa os impactos da instabilidade geopolítica no Oriente Médio e na Ucrânia nos preços globais das Commodities, especialmente dos produtos energéticos e alimentícios. 

O relatório indica que o conflito no Oriente Médio pode provocar um “duplo choque” nos mercados de energia e alimentos, elevando os custos de produção e consumo e comprometendo a segurança alimentar e a estabilidade econômica de muitos países em desenvolvimento. Ou seja, vivemos um momento de instabilidade até mesmo para o mercado de originação de grãos.  

Kit de gestão do maquinário da fazenda

Conclusão

A originação de grãos tem um papel estratégico no agronegócio, pois ela permite que os produtores rurais tenham acesso a mercados mais amplos e diversificados, podendo vender seus produtos para indústrias nacionais ou internacionais. 

Além disso, a originação de grãos permite que os comerciantes tenham acesso a produtos de qualidade e quantidade adequada para atender às demandas dos clientes. 

A originação de grãos também contribui para a gestão de riscos e a sustentabilidade do setor, pois ela incentiva o uso de boas práticas agrícolas e ambientais.

>> Leia mais:

“Custo operacional de máquinas agrícolas: como calcular a hora trabalhada”
“Implementos agrícolas: Saiba tudo sobre regulagem e manutenção”
“Patrimônio rural: gerenciando nas fazendas agrícolas”

Como você faz o armazenamento de combustível na fazenda? Para saber mais sobre este tema e muitos outros, assine a nossa newsletter!

Redator Alasse Oliveira



Atualizado em 16 de novembro por Alasse Oliveira

Alasse é Engenheiro-Agrônomo (UFRA/Pará), Técnico em Agronegócio (Senar/Pará), especialista em Agronomia (Produção Vegetal) e mestre em Fitotecnia pela (Esalq/USP).

Como a agricultura preditiva e autônoma pode impulsionar sua lucratividade

Agricultura preditiva e autônoma: como ela pode auxiliar na detecção de pragas e doenças, na aplicação de insumos, e quais tecnologias fazem parte deste novo cenário do agro

Você já deve ter ouvido falar em agricultura 4.0, não é mesmo?! 

Os avanços e conectividade entre todas as etapas do processo produtivo e a geração de grande volume de dados fazem parte dela.

Até 2022, estima-se que estaremos na agricultura 5.0.

As novas tecnologias permitem que você e o consumidor final acompanhem todas as etapas de produção em tempo real. Isso é possível com a ajuda da inteligência artificial e de máquinas agrícolas.

Esses e muitos outros avanços tecnológicos fazem parte de uma agricultura preditiva e autônoma.

Neste artigo, você verá como ela funciona e quais tecnologias podem ser utilizadas para reduzir custos e otimizar a aplicação de insumos na sua propriedade! Boa leitura!

Mudanças nos mercados agrícolas e perspectivas futuras

São notáveis os grandes avanços do agro. 

Nos últimos dois anos, houve facilitação da conexão com os consumidores finais. 

Além disso, os modelos de mercados digitais e a aplicação de insumos na produção agrícola também vêm sendo otimizados.

Essa otimização busca aumentar a produtividade das áreas. Além disso, busca uma aplicação mais sustentável, com menores danos ao meio ambiente e maior retorno econômico.

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) indica que a produção brasileira de grãos deve ultrapassar os 300 milhões de toneladas nas safras 2028/2029.

Através das novas tecnologias, você pode obter maiores produtividades e retorno econômico sem haver maior disponibilidade de áreas agricultáveis.

Com as restrições impostas pelo novo coronavírus, as mudanças que já estavam sendo implementadas a ritmo lento aceleraram.

O mercado precisou se aproximar dos consumidores, que mudaram suas percepções sobre a alimentação. Com consumidores internos e externos mais exigentes, o agro precisou avançar.

A rastreabilidade das culturas e a otimização dos processos produtivos são alguns desses avanços. Eles visam à aplicação mais eficiente de insumos e redução de danos ambientais.

Com essas mudanças, a agricultura preditiva e autônoma também sofreu avanços importantes.

O que é a agricultura preditiva e autônoma?

A agricultura preditiva e autônoma é uma técnica de análise de dados, através de algoritmos e inteligência artificial. Esses dados auxiliam no entendimento e previsão do comportamento de variáveis importantes durante o cultivo.

Essas variáveis incluem:

  • o comportamento do clima, como temperatura e precipitações;
  • ocorrência de doenças nas diferentes culturas (incluindo o comportamento destas  quando realizada a rotação de culturas);
  • fertilidade;
  • desempenho de máquinas.

O acompanhamento em tempo real dos dados gerados pelas máquinas, por exemplo, permite observar e prever problemas.

Assim, é possível realizar a manutenção prévia e evitar que problemas ocorram em épocas de maior demanda, como em semeaduras e/ou colheitas.

Além disso, é possível prever estágios vegetativos e reprodutivos da cultura (fases) e as variáveis climáticas. Dessa forma, pode-se planejar que a fase mais crítica não coincida com períodos em que estresses na cultura possam ocorrer.

A agricultura preditiva e autônoma coleta dados de máquinas e equipamentos e através da inteligência artificial e big data toma decisões.

Em condições de chuvas e temperaturas desfavoráveis, tratores autônomos podem suspender suas atividades.

Também existem os pulverizadores inteligentes

Com a junção de tecnologias baseadas em imagens e inteligência artificial, eles podem aplicar herbicidas apenas em plantas daninhas.

Quando as daninhas não são detectadas, os bicos de pulverização são desativados.  Essa é uma forma de economizar grandes quantidades de produtos e recursos. 

Além disso, também é possível controlar: 

Exemplo do funcionamento de um pulverizador com sensor de infravermelho. A máquina se desloca, detecta a planta através do infravermelho (que permite inclusive a aplicação noturna), aciona os bicos correspondentes apenas onde há presença de plantas daninhas e posteriormente desaciona o bico, economizando produtos

Exemplo do funcionamento de um pulverizador com sensor de infravermelho. A máquina se desloca, detecta a planta através do infravermelho (que permite inclusive a aplicação noturna), aciona os bicos correspondentes apenas onde há presença de plantas daninhas e posteriormente desaciona o bico, economizando produtos
(Fonte: Smartsensing Brasil)

Recursos da agricultura preditiva

Para entender melhor como a agricultura preditiva funciona na prática, alguns conceitos precisam ficar claros. Entenda a seguir a definição de cada um.

Inteligência artificial

A inteligência artificial usa um conjunto de dados para que as máquinas operem tomando decisões.

Desta forma, dados são inseridos no sistema da máquina, que é treinada. Ela aprende a executar tarefas de forma inteligente, próximo ao que a mente humana é capaz de realizar.

As máquinas também são capazes de analisar grande volume de informações.

Internet das coisas 

A Internet das Coisas é a conexão entre dois pontos. Pode ser, por exemplo, entre uma máquina agrícola e o usuário da internet. Os dados gerados na máquina são encaminhados a uma base.

Esta conexão é possível através de GPS, bluetooth e softwares. Os dados podem ser encaminhados à base sem que haja uma conexão com a internet no momento da transmissão. 

Eles ficam armazenados em uma “nuvem digital”.

Machine learning

Em tradução literal, machine learning significa aprendizado de máquinas.

Os algoritmos analisam grandes volumes de dados e identificam soluções ou padrões de comportamento. A machine learning está associada à inteligência artificial.

Algoritmos

Algoritmos são uma sequência de ações executáveis, previamente delineadas. Incluem uma série de raciocínios e instruções que resolvem um problema.

Big data

Big data é um conjunto amplo e complexo de dados. Eles só podem ser interpretados e analisados a partir do seu processamento.

Tecnologias que fazem parte da agricultura preditiva e autônoma

Transborno, logística e transporte em colheitas

Nestas operações, a agricultura preditiva e autônoma auxilia no descarregamento de caminhões e no envio para novas descargas.

O tempo entre os processos pode ser otimizado, sem que haja atrasos em operações de colheita, carga e descarga.

Sensores

Os sensores na agricultura são utilizados de forma independente, e incluem:

  • detecção do nível da água;
  • temperatura do solo;
  • teor de nutrientes e previsão do tempo.

Em função dessas variáveis, alguns acionamentos através de microcontroladores são realizados. Por exemplo, no caso da irrigação por gotejamento.

Sensores imageadores, como a tecnologia de câmeras RGB; multiespectrais (incluindo o infravermelho próximo) e hiperespectrais são utilizados.

Os sensores imageadores detectam mudanças na vegetação, e as imagens são geradas através de:

Essas imagens são posteriormente processadas por softwares computacionais. As mudanças na vegetação podem indicar e monitorar:

  • o surgimento de doenças;
  • ocorrência de pragas;
  • presença de plantas daninhas;
  • estresses nutricionais e hídricos;
  • falhas de semeadura.

Monitorando a lavoura em tempo real, as ações de correções e de tratamentos podem ser localizadas. O efeito disso é a redução de custos e dos impactos negativos ao meio ambiente.

As correções podem ser feitas no caso de pragas e doenças, e até mesmo controle de plantas daninhas.

Distribuição espacial de características de crescimento e fatores ambientais para identificação de áreas anormais no monitoramento de habitat, para avaliar as distribuições de doenças de culturas com base em imagens de satélite e processamento digital de imagens.

Distribuição espacial de características de crescimento e fatores ambientais para identificação de áreas anormais no monitoramento de habitat, para avaliar as distribuições de doenças de culturas com base em imagens de satélite e processamento digital de imagens.
(Fonte: Yuan et al., 2017)

A junção de informações de imagens com variáveis ambientais estima os locais favoráveis para ocorrência de doenças. Veja o mapa a seguir:

Mapa de habitat adequado para ocorrência de doenças, baseado em variáveis climáticas e imagens de satélites. Em verde, áreas inadequadas para ocorrência, em vermelho, áreas adequadas para ocorrência.

Mapa de habitat adequado para ocorrência de doenças, baseado em variáveis climáticas e imagens de satélites. Em verde, áreas inadequadas para ocorrência, em vermelho, áreas adequadas para ocorrência.
(Fonte: Yuan et al., 2017)

Robótica e automação

No campo da robótica e automação, há diversos exemplos de aplicação.

Com a capina a laser, uma luz infravermelha desorganiza as células das plantas daninhas. Os feixes de luz são controlados por computador;

Com sistemas de irrigação automatizados, sensores que geram dados de evapotranspiração de água no solo são acionados conforme necessidade da cultura.

Eles consideram inclusive os estádios de desenvolvimento. Em estádios reprodutivos, por exemplo, a demanda hídrica da grande maioria das culturas é maior.

Também é possível realizar o monitoramento de fazendas.

Esquema ilustrativo de como a Inteligência Artificial é utilizada em conjunto com a internet das coisas em sistemas de controle de irrigação e predição de ocorrência de pragas e doenças.

Esquema ilustrativo de como a Inteligência Artificial é utilizada em conjunto com a internet das coisas em sistemas de controle de irrigação e predição de ocorrência de pragas e doenças.
(Fonte:. Debauche et al., 2020)

Vantagens e desvantagens da agricultura preditiva e autônoma

Assim como toda tecnologia, a agricultura preditiva e autônoma possui vantagens e desvantagens.

Vantagens

Uma agricultura preditiva e autônoma possibilita prever comportamentos e eventos futuros. Assim, resoluções podem ser antecipadas. 

A possibilidade de aplicações localizadas também é vantajosa. Com o uso da agricultura de precisão, os custos e impactos ao meio ambiente são reduzidos.

Desvantagens

Essa tecnologia ainda é de difícil acesso. 

Essa dificuldade é devido à falta de recursos financeiros, de conhecimento e profissionais qualificados que possam auxiliar na implantação de ferramentas.

A utilização de uma agricultura preditiva e autônoma não é reduzida apenas ao uso de máquinas e implementos de última geração. 

Ela pode ser praticada a partir de ferramentas acessíveis. Sensores, imagens de sensoriamento remoto e dados climáticos são algumas delas.

Porém, essas ferramentas exigem que o profissional seja capaz de analisar e extrair dados relevantes. 

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Conclusão

Neste artigo, você viu o que é a agricultura preditiva e autônoma, e quais ferramentas estão associadas a ela. As tecnologias podem prever as safras e monitorar em tempo real o desenvolvimento do seu cultivo.

Essas ferramentas também fazem parte da agricultura de precisão. Sensores são utilizados na aplicação de insumos em taxas variadas e na aplicação de tratamentos fitossanitários.

A junção dessas ferramentas tecnológicas pretendem reduzir custos e impactos ambientais, aumentando em contrapartida os resultados produtivos.

É importante lembrar que a geração de grande volume de dados e ferramentas tecnológicas ainda precisarão da inteligência humana. Isso tanto no desenvolvimento e avanços, quanto na interpretação de resultados.

Restou alguma dúvida sobre a agricultura preditiva e autônoma e sua aplicação na agricultura? Você já tem adotado alguma dessas ferramentas nos seus cultivos? Deixe seu comentário.

Entenda melhor o seguro rural e veja as novidades

Atualizado em 7 de novembro de 2022. 

Seguro rural: como o aumento dos limites financeiros, a simplificação das regras do PTSR e ampliação do Zarc dão mais segurança nas negociações da sua atividade

Seguro rural: O que você precisa saber para contratar

O seguro rural é uma importante ferramenta de gestão que oferece proteção contra perdas decorrentes das adversidades que afetam a lavoura. Ele protege os seus investimentos e te mantém na atividade.

O Governo Federal reservou R$ 2 bilhões para o PSR (Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural), junto ao Plano Safra.

Para que você se beneficie do Seguro Rural, é preciso conhecer as novas regras do PTSR (Plano Trienal do Seguro Rural) 2022-2024. Nele, estão as diretrizes do PSR. 

Neste artigo, saiba quais são os tipos de seguro rural, as regras, como funciona a cotação, preços e mais! Aproveite a leitura!

O que é o seguro rural

O seguro rural reúne um conjunto de seguros para o produtor rural. Eles vão desde o seguro agrícola (de lavoura), até o seguro de cédula de produtor rural e de máquinas. 

É importante ressaltar a diferença entre seguro rural e seguro agrícola. O seguro rural abrange vários tipos de seguro (máquinas, benfeitorias, de vida, etc.), incluindo o seguro agrícola (uma ramificação do rural).  

Entender a importância do seguro rural é essencial para uma boa gestão agrícola, sobretudo por ser uma atividade de elevado risco. Fatores que colaboram para as incertezas no campo são:

  • instabilidade climática;
  • problemas de ordem sanitária (pragas e doenças);
  • oscilações do mercado agrícola. 

Uma boa gestão inclui a previsão de riscos e um plano de ação (que deve incluir o seguro rural) em caso de possíveis prejuízos. Assim, você contribui para sua estabilidade financeira e permanência na atividade.

Um benefício do seguro rural é que ele estimula o aumento da área cultivada e o uso de tecnologias. Isso porque atua como garantia adicional de acesso ao crédito rural. Ele te ajuda a conseguir taxas de juros mais baixas na obtenção de crédito. 

Afinal, com o seguro, o risco agrícola é reduzido.

Do lado governamental, o seguro rural diminui a pressão por crédito subvencionado, voltado para investimentos privados de alto risco que são de interesse do Estado. Por isso, o Governo Federal aumenta ano a ano os recursos para o PSR.

Tabela mostra que orçamento quase triplicou entre 2018 e 2022
(Fonte: Mapa)

Segundo o Mapa, no 1º semestre de 2022, as indenizações de seguro rural atingiram R$ 7,7 bilhões. Isso foi impulsionado pelas perdas no Centro-Sul.

Esse valor supera o ano de 2021 e corresponde a quase 66% do que foi pago em indenização pelas seguradoras (R$ 11,7 bilhões) entre 2014 e 2020.

Quanto custa o Seguro Rural?

Pelas regras do PSR, o valor desembolsado pelo produtor na cobertura do seguro rural gira em torno de 6% a 15% do custo de produção. Isso varia conforme a região da lavoura e a cultura que será coberta.

Por isso, é importante que você, dentro da sua estratégia de gestão, defina o que deseja segurar em sua propriedade rural. Por exemplo, pode ser uma lavoura inteira ou parte dela. 

Além disso, é possível optar por mais de um tipo de seguro para a sua propriedade e atividade agropecuária. Conheça abaixo todos os tipos de seguro rural.

Tipos de seguro rural

O seguro rural possui várias modalidades previstas por legislação. São elas: seguro agrícola, pecuário, aquícola, de benfeitorias e produtos agropecuários, de penhor rural, de floresta, de vida do produtor rural e de cédula de produto rural.

Cada um dos tipos de seguro rural é destinado para uma cobertura específica, conforme você vê abaixo.

Seguro Pecuário

Cobre as perdas por morte de animais destinados ao consumo, produção, criação, recria, engorda ou atividade de tração.

Seguro agrícola

Destina-se a cobrir as perdas causadas, sobretudo, por fenômenos meteorológicos. Isso desde a emergência da planta até a colheita.

Os fenômenos meteorológicos, neste caso, são: variação excessiva de temperatura, incêndio, raios, geada, granizo, tromba d’água, chuvas excessivas, seca e ventos fortes.

Seguro de Vida

Destina-se ao produtor rural e é válido para o período do financiamento, sendo o beneficiário o agente financiador.

Seguro Aquícola

Garante indenização por morte e outros riscos inerentes aos animais aquáticos (peixes e crustáceos), como doenças ou acidentes.

Seguro de Benfeitorias e Produtos Agropecuários

Cobre perdas e danos causados em bens utilizados na atividade rural que não tenham sido oferecidos como garantias em operações de crédito rural.

Seguro de CPR (Cédula de Produto Rural)

Garante o pagamento de indenização em caso de comprovada falta de cumprimento, por parte do tomador, de obrigações estabelecidas na cédula de produto rural.

Seguro de Florestas

Indeniza prejuízos causados às áreas de florestas seguradas, desde que identificadas e caracterizadas na apólice. Ainda, desde que tenham decorrido de um ou mais riscos cobertos.

Seguro de Penhor Rural

Este seguro cobre perdas e danos causados às atividades rurais oferecidas como garantia em operações de crédito rural.

Novas regras do Seguro Rural

Para ampliar o número de beneficiários atendidos pelo PSR, o Mapa criou  regras para o PTSR, válidas para o triênio 2022-2024.

O objetivo das mudanças é simplificar mais as regras do PSR  para facilitar o entendimento pelo produtor rural e pelos agentes de operacionalização do seguro.

Nas regras atuais, o percentual de subvenção ao prêmio é de 20%, 25%, 30%, 35% ou de 40%. Veja as regras do PSR 2021:

Mudanças nas regras foram para atender ao setor produtivo, segundo o Mapa
(Fonte: Mapa)

A depender da modalidade, da cultura e da cobertura contratada, pode ser de 20% ou 40%.

Para o triênio 2022-2024, houve a  simplificação e aumento dos limites financeiros, além de maior subvenção para o milho verão e milho safrinha. Houve ainda maior apoio aos seguros de mais de 60 culturas. Confira abaixo as novas regras do PTSR:

Soja e do seguro paramétrico (sob medida) continuam com 20%
(Fonte: Mapa)

Incentivo às práticas sustentáveis no Seguro Rural

As práticas sustentáveis estão sendo incentivadas por meio das contratações de Seguro Rural em 2023 e 2024.

Se o mutuário for segurado do Programa ABC (agricultura de baixo carbono), com contrato vigente até 31/12/2021, há diferenciação do percentual de subvenção. Essa diferença é de 25% para a soja e 45% para as demais culturas no prêmio para as apólices.

Assim, quem contratou financiamento do ABC até 2022, pode acessar em 2023 uma subvenção diferenciada. Essa subvenção é de 20% para a soja e 40% para as demais atividades.

Cobertura do Seguro Rural no Norte e Nordeste

Desde 2019, o Governo Federal vem incentivando produtores rurais do Norte e Nordeste com a destinação de recursos específicos do Seguro Rural.

O objetivo é a contratação de apólices de seguro nessas regiões, para onde foram destacados R$ 56 milhões em subvenção ao prêmio em 2021. 

Esse valor, segundo o Mapa, auxiliou na contratação de 5.282 apólices, com área total segurada de 825 mil hectares, e R$ 4 bilhões em garantia de capitais.

Em 2022, produtores de grãos dessas regiões tiveram R$ 60 milhões em recursos exclusivos. Para 2023 e 2024, estão previstas subvenções ao prêmio diferenciado de 30% para a soja e 45% para as demais atividades

Georreferenciamento e certificação de profissionais no seguro rural

Outra novidade para o seguro rural 2022 é que todas as apólices seguradoras precisam ter a indicação de área segurada com o polígono completo. Não é possível mais apenas a marcação de um ponto da propriedade rural.

Com isso, espera-se obter mais informações de cada apólice, com vistas à:

  • fiscalização;
  • verificação de riscos à atividade;
  • controle;
  • monitoramento por meio do sensoriamento remoto
  • cruzamento de dados com outras bases. 

A certificação dos profissionais para atuarem com seguro rural é outro item importante: agora, há requisitos mínimos para o atendimento. A ideia é que as certificações tragam diretrizes para atuação profissional no âmbito do PSR nos seguintes aspectos:

  • originação à comercialização dos produtos de seguro;
  • aferição de perdas, realizada por peritos;
  • liquidação dos sinistros. 

Motivos de contratamento do seguro rural

No Brasil, o seguro rural é contratado com os principais objetivos: multirrisco, custeio, produção, faturação ou receita, riscos nomeados, paramétricos ou produtividade por faixa. Saiba um pouco mais sobre cada um desses objetivos a seguir.

Seguros multirrisco

Esse tipo de seguro abrange produtos nos quais são cobertos diversos riscos em uma única cobertura. Não há a possibilidade de contratação de um determinado risco em detrimento de outro.

Seguro de custeio

É uma modalidade de seguro vinculada ao custeio agrícola, tendo como objetivo garantir a produtividade estabelecida na apólice do custeio. Uma forma de diminuir o risco de inadimplência e facilitar a obtenção do financiamento. 

Seguro de produção

Destina-se a garantir a produção do cultivo perante as adversidades climáticas. O limite máximo de indenização é calculado com base na produtividade garantida para a área a ser segurada. 

A produtividade é multiplicada por um preço estabelecido no momento da contratação.

Seguro de faturamento ou receita

Além de garantir a produtividade agrícola esperada, garante o preço de venda do produto no mercado futuro.

Seguro de riscos nomeados

É um seguro em que são cobertos os riscos em coberturas diferentes. Há a possibilidade de contratar apenas as coberturas de maior interesse. As coberturas mais comuns são de granizo, geada, incêndio e/ou chuva excessiva.

Seguro paramétrico

É de acordo com a necessidade específica do cliente, e considera as oscilações dos parâmetros climáticos (temperatura e precipitação). No momento em que o índice de temperatura ou de ventos é muito alto, a cobertura é feita.

Seguro de produtividade por faixa 

Atende às necessidades de produtores que possuem históricos de produtividade detalhados e que conseguem calcular o seu risco. 

Podem recorrer produtores que dificilmente terão uma perda inferior à determinada produtividade, em função da área cultivada e do nível tecnológico utilizado.

Outros fatores que influenciam a contratação do seguro rural

Além dos tipos de seguro rural, você deve ficar por dentro de outros fatores:

  • Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático);
  • O tipo de solo (arenoso, médio ou argiloso);
  • Se o plantio está sendo feio em áreas de pastagens ou não;
  • O nível de cobertura contratado, que afeta o valor do prêmio pago na contratação;
  • A localização das glebas;
  • O valor contratado de cobertura da cultura (é com base nele que a seguradora irá calcular a indenização).

Seguro Rural na Agricultura Familiar

Em 2020, o Mapa lançou um projeto-piloto para fomentar a contratação de seguro rural pelos produtores ligados ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). O orçamento é de R$ 50 milhões.

Dez mil produtores familiares participaram desse projeto, cujas diretrizes básicas são:

  • Massificar a utilização do seguro rural, com a expansão do número de lavouras e hectares amparados;
  • Assegurar o papel do seguro rural como mitigador dos efeitos dos riscos climáticos das atividades agropecuárias;
  • Reduzir o custo de aquisição de apólice;
  • Induzir o uso de tecnologias e modernizar a gestão da propriedade rural

As constatações serviram para o Governo Federal justificar a destinação exclusiva de recursos do seguro rural para as contratações nas regiões Norte e Nordeste.

Quem pode solicitar e como contratar o Seguro Rural?

A contratação do seguro rural pode ser feita por meio de um corretor ou de uma das 15 seguradoras habilitadas para operar no PSR.

Qualquer pessoa física ou jurídica que cultive espécies contempladas pelo programa pode solicitar a contratação. Uma forma de conhecer mais o PSR é por meio do aplicativo, disponível para Android e iOS.

Há informações sobre o LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), atualizado mensalmente pelo IBGE em todo o país. Além disso, há previsões do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Aplicativo PSR pode ser baixado gratuitamente
(Fonte: Mapa)

Como é o processo de contratação de um Seguro Rural?

Para contratar um seguro rural e tentar o subsídio do governo, você deve seguir os seguintes passos: 

  • Formalizar a proposta de seguro em uma das seguradoras habilitadas no programa;
  • Após isso, a seguradora enviará a proposta de subvenção ao Mapa;
  • A proposta pode ser aprovada, a depender de critérios como:
    • limite financeiro disponível para o produtor;
    • limite financeiro disponível para a cultura e regularidade do produtor no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal).
  • Caso o incentivo seja aprovado, o Mapa realizará o pagamento do percentual do prêmio do seguro correspondente ao governo, diretamente para a seguradora. 

Capacitação de profissionais e monitoramento

Com o aumento de beneficiados pelo PSR, o Governo tem se preocupado com a qualidade dos serviços. Por isso, incentivará instituições públicas e privadas a ofertarem cursos de capacitação de peritos, consultores e profissionais de seguradoras.

Para o segundo semestre de 2022, há previsão de início das capacitações com curso básico de introdução sobre serviços de avaliação de danos de sinistros.

Outra frente de ação é o monitoramento da qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas seguradoras que atuam no PSR. Ele é oferecido por meio do projeto Monitor do Seguro Rural.

O trabalho será coordenado pelo Departamento de Gestão de Riscos do Mapa. Ele contará com auxílio dos produtores rurais, entidades que os representam e empresas do setor.

Importância do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para o Seguro Rural

O Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) é um complemento importante na avaliação dos riscos de uma cultura que será segurada. Ele traz informações sobre riscos agroclimáticos no país.

Por meio do Zarc, é possível que cada município identifique a melhor época de plantio das culturas. Tudo isso em diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.

Atualmente, são 63 sistemas produtivos de cultivos agrícolas permanentes e anuais. Os estudos técnicos-científicos são realizados por por uma rede de pesquisadores da Embrapa e mais 150 especialistas. São 32 centros de pesquisa públicos e privados.   

Com as informações do Zarc, você consegue ter uma ideia mais real sobre os riscos de determinada cultura agrícola e chegar a um valor mais correto para o seguro rural.

Isso porque os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos. Eles podem ser beneficiados pelo Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) e pelo PSR.

Qual seguradora faz Seguro Rural

Atualmente, no Brasil, existem 16 seguradoras habilitadas pelo Mapa no Programa de Subvenção. Elas atendem a mais de 60 culturas. Confira a lista abaixo.

  • Aliança do Brasil: seguro de custeio;
  • Allianz: produtividade agrícola, granizo;
  • BrasilSeg: faturamento agrícolas, pecuário, floresta e agrícola.
  • Essor: granizo (grãos, frutas e hortaliças), multirrisco, faturamento e custeio;
  • Excelsior: seguro de produtividade da soja e granizo;
  • Ezze: custeio, produtividade; 
  • Fairfax: seguro pecuário, aquícola, de floresta, de produtividade, de riscos e de receita;
  • Mapfre: granizo, pecuária, olericultura, café, de colheita, custeio, floresta e faturamento;
  • Newe: paramétrico, seca, produtividade, custeio, receita;
  • Porto Seguro: seguro agrícola de produtividade;
  • Sancor Seguros: granizo, frutas, hortaliças, multirriscos e cana-de-açúcar;
  • Sombrero (sem informações sobre área de atuação);
  • Sompo Seguros: multirrisco para custeio, para produtividade e paramétrico;
  • Swiss RE: granizo e geada, incêndio, multirisco, faturamento e pecuário;
  • Tokio Marine: multirrisco produtividade, custeio e de riscos;
  • Too Seguros: multirrisco de produtividade e custeio, além do paramétrico;
  • Saiba mais sobre as condições gerais com que cada uma atua no site do Mapa.
Divulgação do kit de 5 planilhas para controle da gestão da fazenda

Conclusão

Neste artigo, você viu que o seguro rural no Brasil avança bastante. Por isso, ele tem passado por alterações com vistas ao seu melhor entendimento e utilização, e mais recursos disponíveis.

O seguro rural é uma das principais ferramentas para uma boa gestão agrícola. Ele prevê riscos e ações mitigatórias, o que colabora para sua permanência na atividade rural.

É importante se atentar para as mudanças do PTSR, pois é ele quem baliza o Seguro Rural no Brasil. As alterações nas regras vieram para facilitar a sua vida.

Consulte uma seguradora de sua preferência, baixe os aplicativos PSR e Plantio Certo (do Zarc), e aprenda a manejá-los, pois também vão te auxiliar muito.

>> Leia Mais: 

Saiba o que é e como é feito o arrendamento rural

“O que é o Plano ABC e como ele impacta na sua produção agrícola”

Você costuma segurar sua lavoura? Já foi contemplado com o auxílio do governo? Quais medidas poderiam melhorar o mercado de seguro rural no Brasil? Adoraria ver seu comentário abaixo!

Texto publicado em 21 de janeiro de 2020 e atualizado pela última vez em 07 de novembro de 2022 por Mário Bittencourt. Colaborou com o artigo Eduardo Bianconcini Teixeira Mendes, engenheiro-agrônomo, que atua com seguro rural, crédito rural e de custeio (Proagro) desde 2005.

6 vantagens de fazer MIP com o Aegro

MIP com o Aegro: entenda como um software de gestão agrícola torna o seu Manejo Integrado de Pragas mais eficiente

Provavelmente você tem ouvido falar cada vez mais no MIP (Manejo Integrado de Pragas), sobre o quanto ele é importante para a sustentabilidade da produção e como pode ajudar a melhorar o manejo e a rentabilidade da sua lavoura.

Mas você sabe de fato o que ele é e como pode te ajudar nesses aspectos?

Neste artigo, vamos te ajudar a entender por que fazer o MIP com o Aegro, quais os benefícios e como o software pode facilitar o seu trabalho.

O que é o MIP?

O Manejo Integrado de Pragas é um conjunto de práticas que procura manter as pragas abaixo do NDE (Nível de Dano Econômico).

No MIP, a intenção não é eliminar as pragas agrícolas existentes, mas sim manter sua população abaixo da quantidade que causaria prejuízo econômico.

Para isso, o manejo integrado de pragas baseia-se em 4 pontos principais:

  • monitorar;
  • explorar o controle natural;
  • conhecer o nível de tolerância das plantas aos danos causados pelas pragas;
  • conhecer sobre a ecologia e biologia das pragas e da cultura.

Com isso, você promove o equilíbrio entre as pragas e seus predadores e pode até evitar algumas aplicações de defensivos agrícolas.

Mas como manter essas pragas abaixo do nível de dano? Monitorando e sabendo quando e como agir!

Monitoramento

Você já deve ter ouvido a expressão “é o olho do dono que engorda o gado”. Pois é!

O monitoramento é um ponto fundamental do manejo e vai ser um grande aliado na sua tomada de decisão. A escolha do método de monitoramento depende muito da cultura e das pragas a serem observadas.

Alguns dos métodos mais comuns são:

  • inspeção de plantas;
  • contagem de plantas;
  • pano de batida;
  • armadilhas.

Confira como realizar a amostragem por pano de batida, o método mais comum nas lavouras.

metodo-pano-de-batida

Quando e como agir

Para saber quando agir, é importante que você conheça alguns conceitos:

  • Nível de dano econômico: é aquela quantidade mínima de pragas necessárias para causar prejuízo econômico;
  • Nível de controle: é a quantidade limite de pragas para realizar algum tipo de controle e evitar o prejuízo;
  • Nível de equilíbrio: momento em que as pragas e seus predadores estão em equilíbrio, sem causar prejuízo.

Esses níveis são estabelecidos de acordo com o conhecimento da tolerância das plantas ao ataque e da dinâmica das populações de insetos presentes.

Agora que você já monitorou e decidiu se precisa ou não fazer controle naquele momento, vamos conhecer as práticas empregadas no MIP?

Práticas

Como já vimos, o manejo integrado de pragas trabalha com várias técnicas de manejo em conjunto.

A escolha dessas práticas depende de cada cultura, da disponibilidade de produtos e do investimento necessário para cada método.

Os métodos utilizados podem ser enquadrados em:

  • culturais: medidas preventivas, para evitar ou desfavorecer o crescimento populacional, como plantio na época certa, rotação de culturas, eliminação de restos culturais e limpeza da área;
  • biológicos: manutenção ou liberação de inimigos naturais, utilização de produtos seletivos naturais;
  • comportamentais: utilização de armadilhas, iscas com feromônios para atração de insetos;
  • varietais: liberação de machos estéreis a fim de reduzir o crescimento populacional;
  • genéticos: uso de variedades resistentes de plantas;
  • físicos: ação direta para impedir dano, inundação de áreas e formação de barreiras físicas como ensacamento de frutos.
  • químicos: aplicação de inseticidas químicos.

Além disso, não se esqueça de sempre cumprir as medidas legislativas de prevenção, como serviço quarentenário, controle obrigatório de pragas previsto em lei, comercialização e utilização correta de produtos químicos.

Por que fazer?

A utilização dessas técnicas em conjunto contribui para um ecossistema mais equilibrado e um cultivo mais saudável.

Usando vários métodos, você não precisa depender de uma única forma de controle nem de um calendário de aplicação.

Realizando o monitoramento de forma correta, frequente e conhecendo bem sua cultura e as pragas presentes nela, é possível reduzir o número de aplicações de inseticidas.

Reduzir seus custos com aplicação pode ser um ponto-chave para alavancar sua rentabilidade.

Agora que você já sabe como e porquê fazer o monitoramento integrado de pragas, venha conhecer as vantagens de fazer o MIP com o Aegro.

Vantagens de fazer MIP com o Aegro

Para qualificar o processo de MIP na sua lavoura, você pode contar com o apoio do Aegro

Esse software de gestão agrícola possui um módulo dedicado ao controle de pragas e doenças, que já é utilizado para monitorar mais de 1 milhão de hectares em todo o Brasil.

Entenda como o Aegro facilita a prática do manejo integrado!

1. Planejando as atividades de MIP

Um ponto decisivo para o sucesso do seu controle de pragas é manter a regularidade do monitoramento.

No Aegro, você pode montar um cronograma de trabalho para garantir que as amostragens sejam coletadas conforme a frequência estabelecida.

Comece definindo a data em que o monitoramento será realizado e atribua as atividades para os membros da sua equipe.

Depois você consegue acompanhar o progresso das atividades pelo aplicativo, verificando quais pontos já foram inspecionados.

Tela de monitoramento do progresso das atividades

2. Monitoramento orientado por GPS

Ao planejar o monitoramento, você pode determinar quais pontos da lavoura serão inspecionados.

O Aegro oferece tecnologia de georreferenciamento para tornar o seu MIP mais preciso.

Assim, quando os monitores estiverem no campo, eles conseguirão consultar pelo aplicativo o local exato em que deve ser coletada a amostragem

Basta ativar o localizador do celular e abrir o Aegro, que o aplicativo indica o ponto de coleta mais próximo.

3. Registro de amostragens pelo celular

O Aegro acaba com a confusão dos cadernos de campo. Com ele, é possível registrar o monitoramento de pragas pelo celular, e você evita perder qualquer informação.

Você informa a quantidade de pragas encontradas na amostra e ainda pode inserir informações complementares, como estande de plantas e estádio fenológico.

O aplicativo também permite que você anexe fotos durante a coleta dos dados para garantir um registro ainda mais detalhado.

E a melhor parte é que o Aegro funciona mesmo sem internet!

Registros de amostragens

4. Mapa com os níveis de infestação

Após a coleta das amostras, você pode conferir o resultado do seu monitoramento pelo computador.

O Aegro prepara um mapa de calor que apresenta a quantidade de pragas encontrada em cada ponto da plantação:

  • a cor verde significa que nenhuma praga foi registrada;
  • amarelo e laranja representam áreas que estão no nível de controle;
  • vermelho indica infestações acima do nível de controle.

Esses mapas te ajudam a entender quando e onde é necessário entrar com medidas de controle.

Você passa a pulverizar de maneira mais assertiva e reduz custos com defensivos agrícolas.

Mapa de calor

5. Alerta sobre a incidência de pragas

Para assegurar que nenhuma situação de perigo passe despercebida, é possível configurar alertas no Aegro.

Desta forma, o aplicativo notifica seu computador e seu celular sempre que uma praga atinge o nível de controle.

Com um clique na notificação, você descobre o local da infestação e toma providências rapidamente.

Este recurso é excelente para quem precisa se manter atualizado mesmo a distância.

6. Histórico detalhado dos talhões

A grande vantagem de integrar o MIP à gestão da fazenda é obter uma visão completa da lavoura.

No Aegro, você visualiza o histórico de pragas de cada talhão junto ao seu controle de manejo. Ou seja, fica mais fácil analisar se as suas aplicações tiveram o impacto esperado nas pragas.

Use essas informações para descobrir os produtos mais eficazes e direcionar seus investimentos no futuro.

Quer ver todas essas funcionalidades de perto? Então peça uma demonstração gratuita do Aegro!

  • Computador (teste grátis por 7 dias – clique aqui)
  • Celular Android (aplicativo gratuito – clique aqui)
  • Celular iOS (aplicativo gratuito – clique aqui)
  • Utilize seus Pontos Bayer para contratar a versão completa do Aegro (clique aqui)

Vale a pena investir em tecnologia?

Caso você tenha dúvida se vale a pena apostar em tecnologia para o MIP, fique atento aos dados da Embrapa.

De acordo com a instituição, um monitoramento de pragas bem-feito pode reduzir a aplicação de defensivos em quase 50%

Em outras palavras, investir em aplicativos como o Aegro gera um potencial de economia gigante para a sua propriedade.

Logo, o retorno produtivo e financeiro dessas ferramentas se torna evidente.

Conclusão 

Implementar o Manejo Integrado de Pragas é fundamental para proteger a lucratividade da sua fazenda.

Adotar práticas como o monitoramento te ajudam a identificar a presença de invasores na lavoura antes que haja dano econômico.

Considere utilizar aplicativos como o Aegro, que facilitam a rotina de monitoramento e oferecem uma visão mais clara das infestações.

5 passos para realizar o fechamento de safra de forma prática e rápida

Fechamento de safra: como é feito, o que influencia e como a tecnologia pode ser sua aliada nesse processo

Toda a produção é voltada para a rentabilidade! Quantas vezes você pensou se a safra te daria ou não o retorno esperado? Se pagaria todas as aplicações e operações feitas?

Para você não perder noites e dias pensando a respeito, algumas atitudes durante os meses de produção podem e devem ser tomadas. 

Saber o que foi gasto, quanto foi colhido e por quanto foi vendido te ajuda neste processo, mas apenas isso não basta

Neste artigo, te mostrarei 5 passos para você saber se sua safra foi rentável e qual sua lucratividade. Confira!

Produção, custo e fechamento de safra 

Neste ano, a cultura da soja obteve uma produção recorde estimada em 135,4 milhões de toneladas, sendo 8,5% superior à safra 2019/2020.

O mesmo está ocorrendo com as demais culturas de primeira safra. O milho, com crescimento de 3,7% superior em relação à safra passada, estima 106,4 milhões de toneladas.

Esse aumento de produção foi reflexo da expansão das áreas de produção para as culturas de milho e soja, principalmente.

O que impulsionou esse aumento de área foram os preços elevados dos grãos dessas culturas, no segundo semestre de 2020.

Entretanto, o custo de produção também foi superior, com aumento de fertilizantes, defensivos, sementes, dentre outros insumos necessários para produção.

gráfico com comparativo dos custos de produção da soja

(Fonte: Canal Rural)

Ao finalizar a colheita, não basta apenas ver o valor recebido pela sua produção e achar que tudo foi lucro. Para saber sua lucratividade exata você precisa fazer um planejamento, antes mesmo de iniciar a lavoura.

Veja nos tópicos abaixo algumas informações que te ajudarão a fazer o fechamento de safra de modo fácil e correto.

Por que fazer o fechamento da safra? 

O aumento do valor pago na saca do produto colhido foi um estímulo ao produtor.

Entretanto, ao final da safra, também olhe o valor gasto para a implantação, manutenção e colheita da sua lavoura. Somente assim você saberá sua rentabilidade exata.

Fechar a safra é fazer o cálculo de tudo que foi gasto com a lavoura, inclusive mão de obra, energia, escritório. Também tenha em mãos tudo o que você recebeu com a venda do produto.

Assim, o cálculo do fechamento fornece informações importantes, como onde foi o maior gasto de dinheiro desta safra.

Através dessas informações, você pode chegar a conclusões como: 

  • Por que determinada atividade gastou este valor?
  • O que fazer para reduzir este custo?
  • Qual foi a margem de lucro?
  • Qual foi a rentabilidade desta atividade?
  • O que é necessário mudar para a próxima safra e garantir mais lucro?

Ao saber o destino do dinheiro da sua lavoura, você consegue tomar decisões mais assertivas sobre como economizar mais, além de fazer o planejamento para a próxima safra.

Saber quanto foi gasto e recebido te permite entender quanto terá em caixa para a próxima safra.

Como fazer o fechamento da safra?

Antes de conferir o passo a passo, veja algumas informações sobre neste vídeo que eu separei:

Como fazer o fechamento da safra

Para o cálculo de final de safra, são necessários dados do início da atividade, que muitas vezes começa antes mesmo da semeadura.

Fazer o balanço de quanto foi gasto e quanto foi recebido é importante. Você anota tudo o que gasta, inclusive as despesas cotidianas? 

Pensando em auxiliar você nessa etapa final da safra, separei alguns passos para te ajudar.

1. Faça o planejamento 

A agricultura é uma atividade de ciclos, então é possível planejar o que e quando será semeado.

Sabendo o que será cultivado, você consegue comprar os produtos antecipadamente, conseguindo tempo para pesquisar e negociar preços.

Esse é um passo importante, porque ao planejar, você diminui seus custos, sabe aproximadamente quanto irá gastar na safra, e com isso, determina o valor mínimo necessário de venda.

Não se preocupe se você não fez o planejamento da safra atual. Ainda é possível fazer o fechamento.

2. Tenha todos os gastos anotados 

Anotar todos os gastos, inclusive aqueles que você tem no cotidiano da fazenda, como parafusos, mangueiras de máquinas, por exemplo, é de extrema importância.

Fazer o fluxo de caixa te auxilia em diversos momentos. 

infográfico com composição do fluxo de caixa

(Fonte: MPinvest)

Para te ajudar a fazer um fluxo de caixa rápido e sem complicações, separei uma planilha gratuita. Para baixar, clique na figura a seguir:

3. Separe suas despesas pessoais das despesas da fazenda 

Um erro muito comum é misturar as contas pessoais com as contas da fazenda.

Já que muitas vezes a agricultura é uma atividade familiar, os gastos acabam se misturando.

Ter controle do que foi gasto com a fazenda faz com que seus custos fiquem mais corretos, e consequentemente, o valor da sua lucratividade também.

4. Acompanhe os preços de venda 

Os preços de venda da maioria das culturas agrícolas estão em alta nos últimos meses, acompanhados por grande volatilidade dos preços pagos ao produtor.

Sabendo seu fluxo de caixa e seu custo de produção, é possível saber qual o preço mínimo de venda da produção para pagar os gastos e ter uma margem de lucro.

É muito importante sempre acompanhar o preço pago pelo seu produto.

Lembre-se, no entanto, de que os preços podem sofrer quedas e altas em curto espaço de tempo. Fique atento(a)  para fazer a melhor negociação para sua empresa rural.

>> Leia mais: “Como usar software para agricultura para melhorar seu custo de produção”

5. Faça as contas 

Tendo todos os dados, é possível fazer as contas e saber realmente qual foi sua lucratividade. Então tire um tempo após a finalização da safra e faça as contas.

Utilize todas as informações anotadas durante a safra e pronto, você saberá quais foram seus gastos, seus recebimentos e sua rentabilidade.

Utilizando tecnologia no fechamento de safra

A tecnologia te auxilia em diversos momentos, e no fechamento da safra não é diferente!

Um aplicativo de gestão agrícola como o Aegro facilita o controle de despesas e receitas ao longo de todo o processo produtivo.

Assim, quando você chega no final da safra, bastam alguns cliques para descobrir quais talhões da fazenda deram lucro ou prejuízo.

relatório de rentabilidade no software de gestão rural Aegro

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Conclusão

O fechamento de safra deve ser realizado para você ter a melhor noção possível da situação do seu negócio e saber se ele foi rentável.

Ao fazer o fechamento, você saberá quanto tem em caixa, e se esse valor será suficiente para custear a próxima safra.

Para te auxiliar nessa jornada, existem tecnologias como o software da Aegro. Com ele, suas contas ficaram mais claras, corretas e rápidas.

Você faz o cálculo dos valores gastos e recebidos na sua lavoura? Já utilizou o software Aegro para te auxiliar a fazer o fechamento de safra? Deixe seu comentário abaixo!

Saiba as vantagens da Cafeicultura de Precisão e como aplicá-la

Cafeicultura de Precisão: como técnicas inovadoras aliadas às tecnologias favorecem  o aumento da produtividade, redução de custos e sustentabilidade

A cafeicultura de precisão é um modelo de gestão da fazenda que se utiliza de tecnologias para o manejo da lavoura em taxas variáveis, com baixo impacto ambiental.

Também chamada de Cafeicultura 4.0, a técnica possui diversas ferramentas que favorecem a maior eficiência na produção e a sustentabilidade econômica. 

Neste artigo, saiba as vantagens que ela oferece e as metodologias de aplicação. Confira!

O que é cafeicultura de precisão

A cafeicultura de precisão está em evolução no país, sobretudo em Minas Gerais, maior produtor de café do Brasil, e nos estados do Espírito Santo, São Paulo e Bahia. 

Pesquisas sobre a técnica e métodos de aplicação mostram a redução de custos com insumos, aumento da produtividade e baixo impacto ambiental.  

Apontam também a viabilidade em pequenas, médias e grandes áreas, com cultivo do arábica ou robusta (conilon). 

Essência da AP

Em sua essência, a cafeicultura de precisão é baseada em dois conceitos da AP (Agricultura de Precisão): o de variabilidade espacial e o de variabilidade temporal. 

As variabilidades espacial e temporal apontam as particularidades do cafezal e fornecem dados para tomada de decisão, manejo eficiente e planejamento da safra

Mapa de variabilidade espacial para aplicação de fósforo em taxa variável
Mapa de variabilidade espacial para aplicação de fósforo em taxa variável
(Fonte: PrecisãoAP)

Com isso, diversas variáveis que influenciam na produtividade do cafeeiro podem ser melhores gerenciadas, tais como:

  • propriedades físicas e químicas do solo e das plantas;
  • incidência de pragas e doenças e o índice vegetativo;
  • quantidade de aplicação de insumos;
  • água na irrigação;
  • floração e a maturação dos frutos;
  • uso de mão de obra ou máquinas na colheita;
  • infraestrutura do pós-colheita;
  • orçamento e lucro final.

É importante conhecer bem as particularidades da lavoura, pois o café é perene e qualquer fator influencia na produtividade da planta durante anos.

Mapa de variabilidade temporal do índice vegetativo
Mapa de variabilidade temporal do índice vegetativo
(Fonte: José Diógenes Alves Silveira e outros)

DNA do solo 

Uma novidade importante da cafeicultura de precisão é o mapeamento da variabilidade dos teores de argila, considerada o DNA do solo

As pesquisas mostram redução de 68% da necessidade de área subsolada com base na qualidade das argilas em comparação ao método tradicional. 

Ocorre ainda redução de 7,1% no consumo de combustível e na emissão de dióxido de carbono na atmosfera, o que dá mais sustentabilidade à lavoura.

banner-de-implantacao-e-renovacao-do-cafezal

Ferramentas de AP para a cafeicultura 

As ferramentas utilizadas na cafeicultura de precisão são as tecnologias (máquinas, softwares, equipamentos, etc.) e as metodologias de aplicação. 

Dentre as tecnologias, estão o GNSS (Global Navigation Satellite System), o GPS (Global Position System) e os SIGs (Sistemas de Informações Georreferenciadas). 

Elas atuam com monitores, pilotos automáticos, sensores, drones, aplicativos e softwares instalados em máquinas, implementos, computadores e celulares. 

Características das colhedoras da Cafeicultura 4.0
Características das colhedoras da Cafeicultura 4.0
(Fonte: Rouverson Pereira da Silva)

Colheita mecanizada

Na colheita do café, a mecanização ocorre com derriçadeira costal, que chega a multiplicar por quatro a produtividade em campo, ou pode ser seletiva, demanda de quem produz cafés especiais.

A regulagem da máquina é manual, mas a amostragem da variabilidade espacial sobre a maturação dos frutos pode ser por meio da AP.

Mapa de variabilidade espacial da maturação dos frutos e uma área de produção de café com pivô central em Minas Gerais
Mapa de variabilidade espacial da maturação dos frutos e uma área de produção de café com pivô central em Minas Gerais
(Fonte: Felipe Santinato)

Drones e sensores 

Na cafeicultura, os drones são muito úteis para em áreas onde não é possível a mecanização devido à topografia irregular. 

Muitos são equipados com câmeras RGB e NDVI (alta resolução) e sensores multiespectrais que identificam desde déficits nutricionais até pragas e doenças.

Há drones que sobrevoam 20 hectares em 15 minutos e coletam informações sobre a quantidade de plantas e identificam falhas de plantio. 

Na pulverização, o drone reduz tempo e custos: em 10 minutos, cobre 1 hectare. 

Ortomosaico georreferenciado de área de produção de café para contagem das plantas
Ortomosaico georreferenciado de área de produção de café para contagem das plantas
(Fonte: Plan4r)

Os sensores são uma ferramenta importante para o manejo nutricional.  

Estudo realizado na Bahia apontou correlação entre o nitrogênio e os índices vegetativos do cafeeiro, a partir do uso calibrado de sensoriamento remoto

Por esse método, o tempo de análise foliar, normalmente de 30 dias, caiu para 1 dia.

Análise foliar do N no cafeeiro a partir do sensoriamento remoto
Análise foliar do N no cafeeiro a partir do sensoriamento remoto
(Fonte: Crislaine Ladeia)

Metodologias mais utilizadas 

O uso das ferramentas tecnológicas segue metodologias de aplicação. Os métodos mais conhecidos são os seguintes:

  • geoestatística;
  • malhas amostrais;
  • semivariograma;
  • índices de Moran Local (IML) e Global (IMG);
  • krigeagem;
  • mapas de isolinhas;
  • modelagem de SIGs. 

A mais utilizada entre os pesquisadores é a geoestatística, que é fundamentada em dois conceitos: o de semivariograma e o de krigeagem. 

O semivariograma tem o papel de descrever a estrutura da variabilidade espacial e a krigeagem prediz valores não medidos, sem tendenciosidade e com variância mínima. 

A utilização dessas tecnologias e métodos possibilita fazer mapas de variabilidade espacial e temporal para gerenciamento eficiente da lavoura.

Os softwares realizam a leitura dos mapas e, por meio de comandos hidráulicos e eletrônicos, regulam a dose e aplicam a quantidade necessária do insumo.

Há no mercado softwares com imagens de satélite em alta resolução: as imagens são em WDRVI, mais potentes que o NDVI dos drones. A licença de utilização para 50 ha custa R$ 500/ano. 

Com essas imagens, é possível verificar o índice vegetativo, monitorar pragas e doenças, construir zonas de manejo e identificar falhas de plantio. 

Como aplicar a cafeicultura de precisão 

Como vimos, a cafeicultura de precisão pode ser aplicada de várias formas e sua eficiência depende das tecnologias e do método.

Mas há também maneiras de praticar a AP sem muitos recursos tecnológicos. 

Por exemplo: se sua área de produção tem 20 ha, faça a divisão em 5 subáreas de 4 ha ou em 4 subáreas de 5 ha. Após isso, realize análise de solo em cada subárea.

A divisão deve ser feita com o uso de um aplicativo com GPS, a exemplo do Fields Area Measure, de fácil manuseio.

tabela com análise de solo de uma área de 20 ha, dividida em quatro subáreas de 5 ha, mostra níveis diferentes dos atributos químicos
Análise de solo de uma área de 20 ha, dividida em quatro subáreas de 5 ha, mostra níveis diferentes dos atributos químicos
(Fonte: Labominas)

Variabilidade espacial

Faça a análise de solo de cada subárea e crie um mapa (numa folha de papel mesmo) com as particularidades químicas das subáreas. 

Dessa forma, você observará a variabilidade do cafeeiro e fará um manejo mais eficiente, pois haverá recomendações diferentes.

E, como consequência, será gasto só o necessário com insumos. 

Uma pesquisa sobre AP na cafeicultura mostrou economia de 23,76% (R$ 318,36/ha) nos custos totais com adubação em taxa variável em comparação à adubação convencional.

Software para gestão da lavoura

O uso de um software de gestão agrícola, como o Aegro, auxilia na prática da agricultura de precisão.

Você pode obter imagens NDVI pelo sistema, para avaliar áreas historicamente problemáticas e direcionar as suas amostragens de solo.

Além disso, o software possui um módulo especializado no monitoramento de pragas que ajuda você a mapear focos de infestação e realizar aplicações localizadas.

Todo o cronograma de manejo pode ser planejado e controlado no Aegro a partir do celular. O aplicativo utiliza tecnologia de georreferenciamento para facilitar as movimentações da equipe no campo.

Outra vantagem do Aegro é que ele computa todos os seus gastos com insumos, oferecendo uma análise de rentabilidade por talhão ao final da safra.

Assim você verá, com clareza, o retorno financeiro das técnicas de AP na sua fazenda.

>> Leia mais: “Como grupo cafeeiro realiza o monitoramento de pragas em 5 fazendas com apoio da tecnologia”

guia - a gestão da fazenda cabe nos papéis

Conclusão 

Os métodos e tecnologias da cafeicultura de precisão estão em aperfeiçoamento, mas não restam dúvidas sobre os impactos positivos que ela gera no setor.

Neste artigo, mostramos como ela pode beneficiar o manejo da sua lavoura e, consequentemente, sua produtividade.

Falamos ainda sobre as principais ferramentas de AP e as dicas de como praticar a cafeicultura de precisão mesmo sem muitos recursos tecnológicos.

Então, aproveite essas informações, busque mais conhecimento sobre como aplicar a técnica em sua lavoura e se beneficie das vantagens que ela oferece. Você e o meio ambiente só terão a ganhar!

Restou alguma dúvida sobre a cafeicultura de precisão? Deixe seu comentário!